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Aprendizagem em Foco

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WBA0158_v2.0
APRENDIZAGEM EM FOCO
A CRIANÇA COMO PRODUTORA 
CULTURAL
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Marta Regina Furlan de Oliveira
Leitura crítica: Verônica Belfi Roncetti Paulino
Esta disciplina objetiva refletir sobre a criança enquanto produtora 
de cultura e as formas de conexões com as mudanças sociais, 
históricas, políticas e formativas. É fato que essa discussão 
é necessária e pertinente, principalmente para profissionais 
educacionais que têm intenções de trabalhar com as crianças 
pequenas. A luta por uma educação de qualidade e que garanta 
os direitos fundamentais das crianças inspiram a pensar em novos 
direcionamentos pedagógicos e formativos em prol de acolher a 
criança e sua forma individual e subjetiva de ser e estar no mundo.
Diante disso, para uma melhor organização estrutural dos 
conteúdos e objetivos de aprendizagem, essa disciplina será dividida 
em quatro unidades, os quais estão dispostos em conteúdos 
programáticos. A primeira traz a discussão sobre A construção 
cultural da infância no Brasil como marco histórico e social para 
compreender a infância em dias atuais. A segunda unidade 
discorre sobre Criança, produção cultural e educação da infância, 
bem como direciona para o entendimento sobre o conceito de 
criança e de infância enquanto potência de cultura. A terceira 
unidade busca analisar e refletir sobre A criança contemporânea: 
consume, tecnologia, mídia e lúdico e, de forma ampla, a criança 
está envolvida por um universo mercadológico e capitalista, que 
tem como prioridade o consume, a disseminação da tecnologia em 
longa escala, o fortalecimento da cultura midiática e da indústria 
do brincar. Na quarta unidade, a discussão envolve O sentido de 
educar a criança na contemporaneidade: proposições pedagógicas, 
direcionando o olhar para a educação infantil e o sentido de educar 
3
a criança, apresentando proposições pedagógicas sobre o tempo, 
espaço e interações. 
Logo, os assuntos abordados nesta disciplina potencializam um 
olhar mais crítico e reflexivo sobre as nossas crianças até 5 anos, no 
sentido de melhor compreender a infância e o sentido de educar 
a criança desde a mais tenra idade. O convite é para que você, 
estudante, aproveite essa oportunidade de estudar e aprender um 
pouco mais sobre esse universo da criança e da cultura envolvida.
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
A construção cultural da infância no 
Brasil 
______________________________________________________________
Autoria: Marta Regina Furlan de Oliveira 
Leitura crítica: Verônica Belfi Roncetti Paulino
TEMA 1
5
DIRETO AO PONTO
A infância é uma construção social, histórica e cultural e se encontra 
em contínuo processo de mudança mediante aos fatores que 
a constrói e das dimensões de que se compõem. Reconhecer a 
criança como o ser social que ela é significa considerar sua história 
e sua forma peculiar de ser e estar no mundo, visto que diante das 
situações sociais mais amplas em cada contexto social, a criança 
vai expressando esses ditames. Sobre isso, temos as crianças 
contemporâneas que revelam em sua cotidianidade a cultura 
mercadológica, tecnológica, midiática e lúdica da infância. Ainda, a 
infância expressa linguagens e experiências que merece um olhar 
educacional apurado em consonância com possíveis implicações 
pedagógicas. 
Nesta percepção sobre a infância e a diversidade estabelecida pelas 
condições sociais, culturais, históricas, econômicas e educativas, 
é mister reconhecer as crianças indígenas, afrodescendentes, 
asiáticas, europeias e americanas. A partir disso, reconhecer, 
valorizar o respeito e a interação das crianças com as histórias e as 
culturas africanas, afro-brasileiras, bem como o combate ao racismo 
e à discriminação. 
Nesta empreitada, as crianças, filhos de agricultores familiares, 
camponeses, indígenas, pescadores, quilombolas, entre outros 
grupos culturais, precisam ter os mesmos direitos e o mesmo 
respeito das outras crianças. 
As concepções de infância mudam historicamente, revelando 
diversas maneiras de olhar e perceber a criança em sua 
individualidade. Portanto, a infância é um atributo cultural e 
não natural, ou seja, uma construção dialética, uma vez que o 
desenvolvimento humano avança para além da evolução biológica 
da espécie. 
6
A partir disso, ao tratar da infância nos dias atuais, defende-se a 
imagem da criança cidadã, cabendo a ela direitos e deveres. Em 
relação aos direitos da criança, pode-se pensar no direito ao respeito 
da sua forma peculiar de ser e estar no mundo, suas experiências 
e percepções de mundo; também pela sua forma afetiva de se 
expressar, de sentir e de ser o que ela é. Para que isso aconteça, 
é importante atentar para as lutas e conquistas na história, 
principalmente no que tange ao período da Idade Média, Moderna e 
Pós-Moderna, conforme a figura seguir.
Figura 1 - A infância na história: lutas e conquistas
Fonte: elaborada pela autora.
É preciso reviver um mundo da infância diferente do que aconteceu 
em tempos anteriores, que precisa ser realmente vislumbrado por 
um sentimento de sensibilidade e de responsabilidade pela criança 
que trouxemos ao mundo. Para isso, as crianças precisam ser 
olhadas por meio de sentimentos, alegrias, tristezas e, também, por 
causa das dificuldades em que muitas crianças têm de estar nesta 
terra comum chamada mundo. Essas crianças, infelizmente, são, em 
sua maioria, esquecidas e sem voz.
Nesse sentido, ainda, a criança não é um vir a ser pois já é, está. 
E, diante disso, não deve carregar os fardos de adultos frustrados 
que acabam depositando uma avalanche de responsabilidade 
para as crianças além do que é possível para a sua infância, a citar 
crianças com agendas superlotadas e que ainda carregam marcas 
adultizadas.
7
Logo, ao conceber a infância de direitos, é notória a necessidade de 
que a sociedade e o mundo adulto olhem as crianças pela acolhida, 
sensibilidade, escuta, memória do vivido, potência em falar, narrar, 
expressar seus medos, suas angústias, suas certezas e incertezas. 
Enfim, deixar que as palavras das crianças dilucidam em seus lábios 
que se movimentam entre sorrisos e espontaneidade saboreando o 
gosto suculento da existência e da vida humana.
Referências bibliográficas
FARIA, A. L. G. de; DEMARTINI, Z. de B. F.; PRADO, P. D. (orgs.). Por uma cultura 
da infância: metodologias de pesquisa com crianças. 3. ed. Campinas, SP: 
Autores Associados, 2009. 
PARA SABER MAIS
Em pleno século XXI, embora se tenha um discurso ferrenho em 
relação a criança cidadã, de direitos e deveres, há ainda uma 
materialidade que é vivida por uma maioria de nossas crianças que 
tem sua infância roubada pela adultização e erotização infantil, pela 
exploração do trabalho escravo infantil, pela tecnologia que lhe 
rouba a infância lúdica, imaginativa e fantasiosa, e onde a criança 
passa a ser receptora da ludicidade dos outros do outro lado da tela. 
Da criança que ainda é refém de uma sociedade negligente que é 
impotente em lhe garantir a preservação de uma vida digna e de 
proteção, como é o caso de tantas crianças que se vão por falta 
de cuidados, alimentos, que são violentadas pela própria família, 
abusadas de todas as formas. Nesse feito, a problemática é: “Nossas 
crianças realmente estão melhores?” 
Sobre isso, é urgente e desafiador pensar que as concepções que 
se tem hoje de infância e ser criança precisam ser emancipadas a 
8
todos os pequenos de diferentes culturas e realidade, bem como as 
crianças precisam construir suas identidades de modo a diferenciar 
dos adultos e que, de certa forma, precisam ocupar seu lugar 
de crianças e vivenciar ativamente sua infância com dignidade e 
respeito.
Isto posto, a criança deve ser protagonistana instigante tarefa de ler 
e descobrir o mundo que a espera, na fascinante busca do novo e na 
reconstrução do velho, no conhecer e conhecer-se.
Referências bibliográficas
BARBOSA, M. C. S. Culturas escolares, culturas de infância e culturas familiares: 
as socializações e a escolarização no entretecer destas culturas. Educação & 
Sociedade, Campinas, v. 28, n. 100-Especial, p. 1059-1083, out. 2007.
TEORIA EM PRÁTICA
Ao pensar a criança no solo contemporâneo, embora haja um 
discurso bem-organizado de valorização à infância, tem-se ainda 
a necessidade de trilhar novos direcionamentos que considere as 
crianças em suas diferentes linguagens e contextos. Sobre isso, é 
preciso direcionar um olhar humanizador e formativo para que a 
criança seja respeitada na sua especificidade humana, considerando 
que ela não é um adulto em miniatura, mas um ser humano que se 
desenvolver em todas as áreas da vida, sejam elas: social, afetiva, 
psíquica, física, cultural, cognitiva etc.
Diante disso, o que os adultos, seja na qualidade família ou 
professores, podem fazer para que as crianças tenham o direito de 
ser criança em sua peculiaridade e de expressar suas leituras de 
mundo?
9
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
O texto indicado objetiva apresentar algumas considerações 
sobre a infância sob a ótica histórica e sociológica, centrando-se 
na concepção voltada a sociologia da infância. Por meio de uma 
breve retomada histórica do conceito sobre infância traz até a 
modernidade perpassando por elementos mais efetivos para a 
compreensão deste processo acerca da infância e da criança. 
Indicações de leitura
10
NASCIMENTO, C. T.; BRANCHER, V. R.; OLIVEIRA, V. F. A Construção Social do 
Conceito de Infância: algumas interlocuções históricas e sociológicas. Contexto 
e Educação, Ijuí, ano 23, n. 79, p. 47-63, jan./jun. 2008.
Indicação 2
O artigo de Manuel Jacinto Sarmento traz uma discussão atual 
e relevante, levando o leitor a pensar sobre as representações 
históricas e sociais acerca das infâncias percebidas e não percebidas 
na cultura, bem como as formas peculiares de ser/estar crianças. 
SARMENTO, M. J. Visibilidade Social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, 
V. M. R; SARMENTO, M. J. (org.). Infância (in)visível. Araraquara: Junqueira & 
Marin, 2007. p. 25-49. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Sarmento (2005, p. 365) que afirma que a “infância é 
historicamente construída a partir de um processo de longa 
duração que lhe atribuiu um estatuto social e que elaborou as 
bases ideológicas, normativas e referenciais do seu lugar na 
sociedade”. A partir destes preceitos, analise as alternativas que 
11
melhor expressam a concepção de infância e criança que estão 
de acordo com o autor.
Fonte: SARMENTO, M. J. Gerações e alteridade: interrogações a partir da 
sociologia da infância. Educação e Sociedade, Campinas, v. 26, n. 91, p. 
361-378, maio/ago. 2005. 
a. A infância é um dado biológico e a criança um ser histórico.
b. A infância é o próprio desenvolvimento da criança.
c. A infância é uma fase da inocência em que a criança não tem 
voz.
d. A infância é uma construção histórica e a criança sujeito de 
direitos.
e. A infância é uma construção cultural e a criança um ser frágil e 
inocente. 
2. Para Dahlberg et al. (2003, p.72) a criança “é entendida e 
reconhecida como sendo parte da sociedade”. Entretanto, 
no século XXI, embora tenhamos um discurso e lutas pela 
infância de direitos, ainda é possível perceber que tal busca 
não tem sido efetivamente materializada pela sociedade 
de modo geral e pelo mundo adulto responsável pelos 
pequenos. Analise as alternativas em relação ao que pode 
ser feito que podem garantir que: a criança é criança, 
independente do contexto social, histórico, político e 
econômico. 
Fonte: DAHLBERG, G. et al. Qualidade na educação da primeira 
infância: perspectivas pós-modernas. Tradução de Magda França 
Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2003.
a. A criança é criança, independente do contexto social, histórico, 
político e cultural.
12
b. A criança é criança e depende do contexto social, histórico, 
político e econômico.
c. A criança é criança de acordo com o contexto social e de 
acordo condição ideal de infância.
d. A criança é criança em detrimento do contexto social, no 
sentido de valorizar a infância tecnológica.
e. A criança é criança e está articulada com o contexto social, 
político, cultural e religioso. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: A infância não é somente um dado biológico, tão 
pouco reduzida a uma fase do desenvolvimento da criança. 
Ainda, não se pode afirmar que a infância está limitada a uma 
fase da inocência e que a criança não tem voz, mas como uma 
construção histórica, social e cultural e a criança um ser de 
direitos, que tem leituras e percepções sobre o mundo ao seu 
redor. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: Um dos princípios básicos para garantir os 
direitos das crianças a uma vida com mais dignidade é 
respeitar e valorizar os diversos tipos de infâncias e crianças, 
desconsiderando um olhar homogeneizado em prol da 
heterogeneidade infantil e ou diversidade. Nessa condição, a 
criança é criança independente do contexto social, histórico, 
político e cultural. Nesse sentido, em decorrência desses 
elementos há a infância tecnológica, indígena, camponesa, 
tecnológica, consumista etc. Diante disso, entendemos que não 
se fecha em uma concepção única de infância, mas infâncias e, 
que não há uma concepção universal de crianças, mas crianças. 
Criança, produção cultural e 
educação da infância 
______________________________________________________________
Autoria: Marta Regina Furlan de Oliveira 
Leitura crítica: Verônica Belfi Roncetti Paulino
TEMA 2
14
DIRETO AO PONTO
A criação de sucessivas representações da infância e das crianças 
ao longo da história tem produzido um efeito de visibilidade e 
invisibilidade social. No que tange ao efeito de invisibilidade, o 
trabalho imaginativo e idealista da infância provocou a redução 
da complexidade real de como nossas crianças têm constituído 
suas infâncias em detrimento da divinização das realidades e de 
interpretações para fins normativos da criança ideal. 
O trabalho de imaginação social da criança está relacionado a 
concepção de um sujeito infantil e como uma entidade singular e 
abstrata como estratégia de exclusão do próprio contexto social 
enquanto produtor de condições de existência e de formação 
simbólica e humana. 
Na maioria das situações contemporâneas, a criança, embora seja 
produtora de cultura, ainda há uma certa visibilidade dessa infância 
em detrimento das suas condições sociais e econômicas, ou seja, a 
criançamá é vislumbrada nas imagens produzidas sobre as crianças 
das classes menos favorecidas e mobilizada por uma ideologia de 
estar associada ao contexto familiar desestruturado. Ora, desta 
condição, duas situações são emergentes: a) vitimização da infância 
pelas condições vividas; b) demonização da infância atrelada aos 
perigos das crianças submetidas a este tipo de vida e de constituição 
humana (SARMENTO, 2007).
A novidade ainda maior, hoje, é que a infância, em algumas 
situações, está envolvida em um contexto de barbárie, de opressão 
com que são tratadas as crianças e suas formas de viver na 
sociedade. A preocupação com as crianças tem sofrido influências 
de todos os cantos, seja pela sociedade industrial e mercadológica 
que em sua égide tem perpetuado cada vez mais uma concepção 
de infância consumidora e tecnológica. Ainda, a influência da família 
15
que, de certa forma, por desconhecer as peculiaridades da infância, 
tem constituído uma educação pautada em ideologias, padrões de 
criança e outras formas equivocadas de pensar e agir acerca dos 
pequenos. 
Por conseguinte, a escola é uma proposta de antítese ao que tem 
se constituído veemente na sociedade contemporânea, no sentido 
de educar a criança para outros tipos de experiências que não 
sejam apenas as que estão condicionadas a uma vida capitalista 
e de utilidade. Basicamente, a sociedade anula a infância em suas 
infâncias e espera dos espaços educativos e dos profissionais que 
atendem as crianças que sejam capazes de reverter esse quadro 
depreciativo e de desconsideração à criança pequena em sua 
peculiaridade. 
A infância real (está envolvida por crianças de diversas condições 
humanas e, não necessariamente, as que idealizamos a partir de 
uma concepção) ou as muitas infâncias estão desmontando uma 
cômoda ilusão da sociedade e, os profissionais escolares estão 
indispostos, em sua maioria, de perpetuar e reprodução essa 
infância idealizada na sociedade. Sobre isso, ousa-se questionar: 
a responsabilidade não seria coletiva? Ou seja, da sociedade, dos 
governos, da família, da escola e outras possibilidades formativas? O 
que cabe a todos afinal?
Uma certeza há: as condições a que são condenadas milhões de 
crianças exigem responsabilidades das políticas públicas e de todas 
as instituições da sociedade e dos profissionais de múltiplas áreas. 
O trabalho infantil ainda é uma das formas mais cruéis de se negar 
a criança a formação de sua humanidade, uma vez que muitas 
perdem sua infância para ajudar no sustento da família, deixando 
de estudar e de viver ludicamente sua infância via o direito de ser 
apenas criança.
16
Figura 1 - Trabalho infantil
Fonte: pixelfusion3d/iStock.com.
Aos espaços formativos escolares e aos professores cabe parte 
dessas responsabilidades na especificidade de seu papel docente 
e educativo, mas não cabe a única responsabilidade. Redefinir 
responsabilidades sociais não é fácil, porém, é urgente.
Dos condomínios residenciais às inexistentes moradias efetivas, 
as crianças têm construído suas formas de viver e agir no mundo, 
sendo que negar essa realidade é desconsiderar a criança enquanto 
produtora cultural e sua infância como reflexo e expressão de suas 
relações humanas e sociais. Nesta ótica, a compreensão de ser 
criança hoje se torna um dos desafios para a sociedade, governos, 
instituições familiares e escolares, como é o caso; visto que ser 
criança significa, antes de qualquer coisa, ser pessoa, se gente que 
se alegra e se entristece, que chora e que sorri, que brinca, que 
fantasia, que se cansa e que se anima, um sujeito único, complexo e 
individual. 
17
Assim, refletir sobre as crianças hoje se torna a mola propulsora 
para qualquer ação que se firme no propósito de corroborar para a 
sua formação humana. Então, significa pensar a infância e a cultura, 
bem como a construção de subjetividade no mundo, entendendo 
a cultura como produção e criação de linguagens relacionados aos 
instrumentos de trabalho, de convivência, de formas de lazer, entre 
outros, e que são partilhadas por adultos e crianças.
Referências bibliográficas
SARMENTO, M. J. Visibilidade social e estudo da infância. In: VASCONCELLOS, V. 
M. R.; SARMENTO, M. J. (orgs.). Infância (in)visível. Araraquara, SP: Junqueira & 
Marin Editores, 2007. 
PARA SABER MAIS
Ao considerar o campo de invisibilidade social da infância, é 
importante reputar que, apesar de oficialmente proibido pelo 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, o trabalho 
infantil é ainda uma triste realidade do Brasil, considerando que 
há milhões de pequenos brasileiros que desconhecem a educação 
e o lazer. São meninos e meninas que não podem brincar, ir à 
escola, que não podem ser crianças (BRASIL, 1990).
A obra intitulada de Trabalho infantil: o difícil sonho de ser criança, 
publicada em 2004 pelos autores Cristina Porto, ficcionista; Iolanda 
Huzak, fotógrafa e Jô Azevedo, jornalista revelam, com base em 
pesquisa feita por meio de artigos de revistas e jornais, teses e 
outras publicações e reportagens e fotos feitas entre 1993 e 2000 
acerca da realidade social das diversas crianças que enfrentam 
jornadas de trabalho em diversas instâncias, como o lixão, lavoura 
de cana-de-açúcar, lavoura de café, extração de resina em condições 
quase desumanas.
18
Em um dos relatos publicados na obra, há o de um menino de 13 
anos que diz: 
Comecei a cortar cana com 8 anos. Não podia, e os fiscais davam 
em cima. Aí, eu corria para dentro dos canaviais e trabalhava assim 
mesmo. Um dia, o facão pegou no meu dedo com tanta forma que 
quase tirou fora. Quebrei o braço. Papai tentou uma indenização 
com o fornecedor, mas não conseguiu. Minha mão ficou defeituosa. 
(PORTO; HUZAK; AZEVEDO, 2004, p. 23)
Além de ser evidente a exploração da criança por meio do trabalho 
infantil, principalmente essas em condições economicamente 
desfavoráveis; há uma contramão nesta complexidade com as 
crianças advindas de situações economicamente confortáveis 
e que, na contemporaneidade, estão postas a todas as formas 
de vida e exploração do trabalho infantil, principalmente por 
causa dos contextos midiáticos e virtuais que tem perpetuada a 
erotização infantil, a vida adulta de maneira precoce, as identidades 
construídas sobre os youtubers mirins que, de certa forma, revelam 
modos de ser e estar no mundo.
Da criança explorada em sua força física à criança em suas 
imagens, todas tem constituído seus modos de viver e interagir 
em um contexto marcado pela contradição, ou seja, um discurso 
previamente preparado de acolhimento às infâncias brasileiras, mas 
que em sua cotidianidade se vê perpetuar a descrença de que esse 
tempo é primordial para seu desenvolvimento e para seu construto 
humano.
Referências bibliográficas
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da 
Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da 
República, [1990]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil03/leis/l8069.
htm. Acesso em: 25 jun. 2021.
19
PORTO, C.; HUZAK, I.; AZEVEDO, J. Trabalho infantil: o difícil sonho de ser 
criança. Rio de Janeiro: Ática, 2004.
TEORIA EM PRÁTICA
Sobre as infâncias, pode-se destacar o relato de Madalena (PORTO; 
HUZAK; AZEVEDO, 2004, p. 11) que afirma: 
[...] se pensasse um pouco mais, minha mãe, que me conhece tão 
bem, diria que nasci muito curiosa, com uma vontade enorme de 
conhecer, descobrir, investigar, querer saber o porquê de tudo. Se 
pudesse, teria mais dois olhos atrás da cabeça e dois do lado, perto 
das orelhas, para enxergar tudo ao mesmo tempo. Isso sem falar em 
mais mãos para poder pegar um monte de coisas, e mais pernas e 
pés, para andar mais rápido.
A partir do relato de Madalena, vê-se uma criança ativa, interativa, 
curiosa, inventiva que é capaz de construir e reconstruir história. 
Nesse sentido, de qual maneira as instituições formativas, sejam 
elas, a família e escola, devem agir para que o universo da 
infância seja priorizadoenquanto potência para a aprendizagem e 
desenvolvimento integral da criança? 
Referências bibliográficas
PORTO, C.; HUZAK, I.; AZEVEDO, J. Trabalho infantil: o difícil sonho de ser 
criança. Rio de Janeiro: Ática, 2004.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
20
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
O texto objetiva apresentar algumas considerações das crianças 
e adolescentes que desenvolvem atividades na mídia por meio de 
canais do Youtube. Enfatiza que as identidades possuem diferentes 
formas de se engajar, pois existem diferentes ecologias de 
pertencimento, experiências, subjetividades e contextos, dirigindo, 
desse modo, para um olhar crítico sobre os limites e possibilidades 
desta infância tecnológica.
ARAÚJO, E. B. Meu nome é Liv: youtubers mirins e seus engajamentos 
identitários na relação com as infâncias contemporâneas. Dossiê temático. 
Revista Sociais & Humanas, [s. l.], v. 33, n. 2, p. 25-44, 2020.
Indicações de leitura
21
Indicação 2
O respectivo documento do Ministério da Educação é composto 
por duas partes: 1) contém critérios relativos à organização e 
ao funcionamento interno das creches, como organização e 
funcionamento; 2) explicita os critérios relativos à definição 
de diretrizes e normas políticas, programas e sistemas de 
financiamento das crianças, dando atenção aos direitos da criança a 
uma educação digna e de qualidade. 
CAMPOS, M. M.; ROSEMBERG, F. Critérios para um atendimento em creches 
que respeite os direitos fundamentais das crianças. 6. ed. Brasília: MEC; 
SEB, 2009. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. O documento produzido por Campos e Rosemberg (2009) em 
parceria com o Ministério da Educação objetiva desenvolver 
um trabalho de contribuição aos gestores e professores em 
relação a organização, financiamento, normas e programas de 
financiamento. Para tanto, analise as alternativas considerando o 
que é necessário para a realização de tais objetivos. 
22
Fonte: CAMPOS, M. M.; ROSEMBERG, F. Critérios para um 
atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das 
crianças. 6. ed. Brasília: MEC; SEB, 2009. 
a. Estabelecer uma formação continuada de professores para 
atendimento às crianças.
b. Compreender os critérios para um atendimento em creches 
que respeita os direitos fundamentais das crianças.
c. Buscar alternativas para ajudar a criança explorada e 
erotizada por meio da abertura de espaço que lhe garanta 
expressar seus sentimentos.
d. Propor avaliações concedidas pelo Ministério da Educação a 
fim de que seja observado in loco como anda o atendimento 
às crianças.
e. Buscar melhorias na infraestrutura, com criação de espaços 
internos e externos para a criança desenvolver o brincar pelo 
brincar. 
2. A partir da situação brasileira acerca das crianças 
trabalhadoras precoces, há imagens fortes que resultam de 
um processo histórico de luta para que nossos pequenos 
possam ter a dignidade de ser criança. Em uma das 
pesquisas realizadas por Porto, Huzak e Azevedo (2004), na 
obra Trabalho infantil: o difícil sonho de ser criança, afirmam 
que o que mais lhes impressionaram foi a “expressão de 
infinita tristeza que havia nos olhos da grande maioria das 
crianças retratadas. Poucos sorrisos, pouca manifestação 
de alegria. Fisionomias pesadas, fechadas, às vezes alheias, 
ausentes”. Com base nisso, analise as alternativas em 
relação aos tipos de trabalho infantil desenvolvidos pelas 
crianças na respectiva obra. 
23
Fonte: PORTO, C.; HUZAK, I.; AZEVEDO, J. Trabalho infantil: o difícil 
sonho de ser criança. Rio de Janeiro: Ática, 2004.
a. Lixão, doméstico e lavoura de café e de soja.
b. Doméstico, lavoura de soja, erotização e lixão.
c. Lixão, lavoura de cana-de-açúcar, de café e extração de resina.
d. Lavoura de cana-de-açúcar, extração de resina e youtuber 
mirim.
e. Erotização infantil, youtuber mirim, doméstico e lavoura de 
café. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta B
Resolução: Para que todos os objetivos do documento sejam 
alcançados, é crucial que haja a compreensão acerca dos 
critérios estabelecidos pelas autoras em parceria com o MEC 
em consonância com o atendimento em creches respeitando, 
desse modo, os direitos fundamentais das crianças. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: A tristeza revelada no rosto das crianças marca 
uma herança história no país brasileiro de trabalho infantil. Há 
20 anos, com a migração intensa dos brasileiros da área rural 
para as cidades, muitas crianças tiveram que se submeter as 
diversas formas de trabalho. Desse modo, tanto as crianças 
que ficaram nos campos quanto as que foram para as cidades, 
tiveram suas infâncias marcadas pelos trabalhos no lixão, na 
lavoura de cana-de-açúcar, lavoura de café e extração de resina. 
A criança contemporânea: consumo, 
tecnologia, mídia e lúdico 
______________________________________________________________
Autoria: Marta Regina Furlan de Oliveira 
Leitura crítica: Verônica Belfi Roncetti Paulino
TEMA 3
25
DIRETO AO PONTO
Os brinquedos fabricados pelas indústrias são lançados no mercado 
por meio de propagandas veiculadas nos diversos tipos de mídias 
(televisão, canais fechados específicos para o público infantil, 
redes sociais, entre outras) que aguçam o desejo das crianças 
para a aquisição desses produtos. Dessa forma, as crianças cujos 
responsáveis possuem um poder de compra e, que muitas das vezes 
não conseguem perceber, favorecem o consumismo.
A longo prazo, essa imersão das crianças na cultura comercial traz 
consequências que vão muito além do que elas compram ou não. 
O marketing é organizado e planejado para influenciar mais do que 
preferências por alimentos específicos ou escolhas de roupas. A 
partir do marketing infantil, há a manipulação sensível que agrada 
aos sentidos das crianças, a fim de excitar nelas o desejo de posse 
e motivá-las à compra de mercadorias por meio do consumismo 
desmedido.
Há, de certa forma, a exposição sem medida das crianças em relação 
aos apelativos publicitários e midiáticos, principalmente, forjando 
situações cotidianas em que crianças são induzidas à compra do 
lanche para ter o determinado brinquedo, assim, identificado 
como brinquedo fast food. Há aqui um poder de persuasão que 
monopoliza a criança e até os adultos para a possibilidade de criar 
uma nova necessidade, a fim de obrigá-los, por meio da sedução e 
fetiche, a um novo sacrifício, de impingir-lhe uma nova dependência. 
Nesse contexto social e econômico, adultos e crianças são inclinados 
para a busca da satisfação dos desejos que, de modo geral, tornam-
se cada vez maiores, principalmente pela forte influência da mídia 
e da indústria cultural. Esses desejos são imediatos, sendo a cada 
momento substituído por novos desejos e, consequentemente,gerando o desapego e o aumento do consumo. 
26
Assim, a mídia e a publicidade, de modo geral, trabalham juntas no 
intuito de promover cada vez mais o consumo infantil na sociedade, 
desconsiderando as questões relacionadas a individualidade do 
sujeito, principalmente a mídia que se destina ao conteúdo infantil, 
por meio dos desenhos animados, jogos virtuais etc. Nas economias 
neoliberais que visam o acúmulo de capital, as indústrias seguem a 
lógica dessa política e, para isso, se utilizam de todos os meios para 
que as crianças se tornem cada vez mais consumistas. 
O mundo infantil é conduzido para um processo de padronização 
da criança pelos mesmos programas de televisão, assim como 
as lojas de roupa, revistas, salão de beleza, entre outros. As 
empresas de publicidade infantil são motivadas ao processo de 
criação de propaganda, principalmente no que tange aos produtos 
relacionados aos brinquedos tecnológicos, a fim de gerar a 
estandardização da mercadoria. 
Ao buscar no site Google Brasil, em 2021, que tratam de apresentar 
pesquisas realizadas por outras bases sobre os brinquedos mais 
acessados e, também em endereços de lojas infantis, pode-
se perceber uma variação diversificada de novos brinquedos 
produzidos para as crianças para todas as idades, gêneros, sexo, 
nível econômico, cultural etc. Foram encontrados 80 (oitenta) 
brinquedos mais procurados pelas crianças do Brasil, envolvendo 
objetos lúdicos e atuais e, também, brinquedos que marcaram 
época. Vários são brinquedos atuais mais acessados para 
compras, em que destacamos 5 (cinco) mais procurados:
27
Figura 1 - Brinquedos atuais mais acessados para compras
Fonte: Victoria Denisova; fieldwork; Ekaterina79/iStock.com; https://www.amazon.
com.br/Boneca-Alive-Lanchinhos-Divertidos-Hasbro/dp/B071ZLXHKD; https://www.
amazon.com.br/Lan%C3%A7ador-Beyblade-Burst-Spryzen-Inicial/dp/B08NWGNC9H/
ref=sr_1_8?dchild=1&keywords=beyblades&qid=1631550990&sr=8-8&ufe=app_
do%3Aamzn1.fos.4bddec23-2dcf-4403-8597-e1a02442043d. Acesso em: 13 set. 2021.
Em relação aos brinquedos de época (década de 1980 e 1990), 
destaca-se:
28
Figura 2 - Brinquedos das décadas de 1980 e 1990
Fonte: martince2; AlexLMX; CTRPhotos; Boogich/iStock.com; https://www.amazon.
com.br/Jg-Batalha-Dos-Baloes-Dic5055/dp/B07MJ3WX66. Acesso em: 13 set. 2021.
A partir disso, há a necessidade de analisar criticamente até que 
ponto essa avalanche industrial e de consumo é adequada para 
as crianças, uma vez que a publicidade intensa voltada às crianças 
pode estar corroendo os seus alicerces humanos.
PARA SABER MAIS
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 
alertam para os riscos de crianças expostas a telas, principalmente 
nos últimos anos. A justificativa para isso se deve aos variados 
fatores que operam na vida social, cultural, econômica e afetiva. No 
caso das instituições familiares, há a percepção dos pesquisadores 
que discutem sobre a infância, como Ana Friedman, Tizuko 
Kishimoto, José Manuel Sarmento e outros de que as crianças 
passam a maior parte do seu tempo no cotidiano dentro de casa 
29
e expostas à equipamentos eletrônicos, como celulares, tablet, 
notebook, vídeo games etc.
Os riscos são consideráveis a contar sobre a saúde mental e 
física das crianças que se vêm prejudicadas em detrimento da 
moldagem do corpo e da vida frente às telinhas; à solidão frente à 
tela, passando a maior parte do tempo ouvindo e vendo o que os 
“outros” fazem, menos a própria criança. 
Toda essa exposição da criança desde muito cedo serve para afirmar 
e reafirmar a cultura tecnológica digital e a chamada “geração net”, 
ou seja, as crianças, praticamente, nascem inseridas nesse contexto 
tecnológico da informação e comunicação e sua ação acaba sendo 
reduzida a dos polegares que, com um toque, abre o mundo sem 
sair do lugar. É como se fosse o mundo nas mãos da criança via 
aparelhos tecnológicos e, ao mesmo tempo, a criança refém do 
mundo. 
Desse modo, segundo Oliveira (2020), a cultural digital acaba 
sendo revelada por meio de diversas formas: filmes, livros digitais, 
desenhos animados, jogos de computador, games, aplicativos, 
site de histórias infantis, canal do Youtube Kids, brinquedos 
tecnológicos, celulares, tabletes, smartphone, entre outros aparatos.
Referências bibliográficas
OLIVEIRA, M. R. F. de. O (in)evitável acesso das crianças às novas 
tecnologias: tessituras formativas em tempos atuais. In: MELLO, D. E. (org.). 
Reflexões e experiências didáticas com tecnologias digitais. Londrina, PR: 
Madrepérola, 2020. p. 218-234.
30
TEORIA EM PRÁTICA
O contato com as tecnologias digitais pelas crianças acontece 
desde muito cedo com as práticas de hiperestimulação, pressa, 
lógica de consumo e múltiplas práticas que conduzem a situações 
limites, ansiedade, obesidade, sedentarismo, pois tais mecanismos 
e inquietudes geram uma certa dispersão e supressão da condição 
humana.
Esse contato precoce faz com que as crianças considerem os 
dispositivos tecnológicos como extensão de si mesmas, pois, se 
comunicam de maneira bastante natural com outras crianças de 
forma on-line, por exemplo, e a timidez é realçada em momentos 
reais de interação social com outros pares.
Diante disso, quais os caminhos para a possível resistência da 
infância tecnológica em prol de experiências mais interativas, 
criativas e humanizadoras?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
Indicações de leitura
31
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
A obra do pensador francês Michel Serres, intitulada Polegarzinha: 
uma nova forma de viver em harmonia, de pensar as instituições, de ser 
e de saber, objetiva desenvolver o movimento de pensar a atribuição 
da tecnologia no processo de educação, formação e socialização 
de adultos e crianças, bem como intencionar sobre os impactos 
tecnológicas na vida social e na condição humana dos indivíduos. 
Por meio dos polegares, crianças e adultos habitam o mundo e, 
consequentemente, são habitados por ele. Daí a necessidade de 
um olhar apurador das condições tecnológicas em detrimento do 
construto humano das pessoas (crianças e adultos).
SERRES, M. Polegarzinha: Uma nova forma de viver em harmonia, de pensar 
as instituições, de ser e de saber. Tradução: Jorge Bastos. Rio de Janeiro: 
Bertrand Brasil, 2015.
Indicação 2
O artigo indicado , de Oliveira, Souza e Araujo (2019), tem como 
propósito geral refletir sobre a indústria do brincar no contexto 
da infância contemporânea e, ainda, analisar criticamente sobre 
32
o impacto do brinquedo tecnológico enquanto materialização do 
brincar por meio da lógico do consumo. A criança, na condição de 
consumidora, acumula coleções de brinquedos e objetos lúdicos 
em maior proporção do que efetivamente a experiência do brincar 
propriamente dito, ou seja, tem o brinquedo, mas isso não lhe 
garante a brincadeira. 
OLIVEIRA, M. R. F. de; SOUZA, R. H. de; ARAUJO, K. de T. Brinquedo sem 
brincadeira: reflexões sobre a indústria do brincar na infância contemporânea. 
Doxa: Rev. Bras. Psico. e Educ., Araraquara, v. 21, n. 1, p. 28-43, jan./jun. 2019. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificaçãode leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Linn (2006, p. 23) ao tratar do consumo na infância, afirma 
que “criatividade, originalidade e integridade merecem ser 
nutridas e, todos os adultos têm a obrigação permanente de 
priorizar os interesses das crianças”. Diante disso, analise as 
alternativas considerando o que é necessário para a realização 
de tais objetivos concernentes aos interesses das crianças. 
Fonte: LINN, S. Crianças do consumo: a infância roubada. Tradução: 
Cristina Tognelli. São Paulo: Instituto Alana, 2006. 
33
a. A criança deve ser moldada de acordo com a lógica do 
consumo para ser mais criativa e interativa.
b. Os adultos precisam impor limites as crianças por meio de 
estratégias disciplinadoras e intimidadoras em relação ao 
consumo abusivo das crianças.
c. As crianças têm o direito de serem orientadas e educadas para 
o consumo consciente em detrimento das suas necessidades 
humanas e vitais.
d. O consumo na infância atinge uma proporção que não há 
mais controle, pois, a imagem é o que precisamos manter 
para se relacionar.
e. O consumo de mercadorias atinge somente a classe 
economicamente favorecida na sociedade, portanto, há uma 
saída para as crianças burguesas. 
2. Oliveira (2011, p. 103) afirma que os brinquedos 
tecnológicos têm construído a única finalidade que é a de 
“preparar a criança para o futuro estereotipado do mundo 
adulto, esquecendo o presente, ou seja, o ser criança que 
ela é”. Ainda, “a experiência de socialização da criança pelo 
brincar configura-se numa espécie de domesticação da 
infância para o gozo do capital, bem como a explosão do 
mundo lúdico em que as indústrias de brinquedos, sob a 
inspiração das teorias, sobretudo da psicologia, sugerem 
que o brincar não pode mais ser considerado como uma 
atividade fortuita, espontânea da criança, mas como algo 
que cabe aos adultos garantir” (OLIVERA, 2011, p. 103). A 
partir dessa relação entre o brincar e o consumo, analise as 
alternativas abaixo considerando a relação da criança e o 
seu papel frente ao uso dos brinquedos.
Fonte: OLIVEIRA, M. R. F. de. A lógica do consumo na sociedade 
contemporânea e sua influência na mediação do professor 
34
no processo de formação do pensamento infantil. 293 f. Tese 
(Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, 
Maringá, 2011.
a. A criança só pode assumir o papel de proprietária do 
brinquedo e é essa a nova configuração do brincar na 
contemporaneidade e que precisa ser respeitada.
b. A criança, além de desenvolver o papel de proprietária do 
brinquedo, precisa vivenciar outras formas lúdicas que não 
seja associada a este contexto do consumo unicamente.
c. A criança precisa ser educada longe dos ditames consumistas, 
por meio de restrições sociais em que faça uso somente de 
brinquedos e brincadeiras do contexto natural. 
d. A criança precisa desenvolver o brincar consumista como 
estratégia empreendedora para outras ações futuras, já que 
ela é um devir a ser, e não o agora.
e. A criança é consumidora e isso está na sua origem, sendo 
que por mais que haja intervenções cada vez mais vão 
sendo domesticados pela indústria do brincar, o que é uma 
fatalidade. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: Independentemente da condição social, cultural e 
econômica, na arena do consumo, as crianças são moldadas 
a serem consumidoras, ou seja, umas mais que a outras, mas 
todas são alvo das empresas e indústrias de mercadoria, 
sendo induzidas para uma compreensão de que por meio do 
consumo são capazes de ser mais criativas e interativas, o que 
não procede. Ainda, a ação de alguns adultos, principalmente 
os pais, acabam prejudicando a criança no processo de 
35
compreensão sobre a necessidade de uso consciente do 
consumo de produtos e mercadorias para fins vitais, ou seja, 
acabam utilizando, erroneamente, estratégias disciplinadoras 
e intimidadoras. Há, ainda, a possibilidade de que possamos 
resistir ao consumo em demasia, desde a pequena infância, 
visto que o consumo, hoje tem direcionado para todas as 
classes econômicas. 
Questão 2 - Resposta B
Resolução: A criança não pode assumir somente o papel de 
proprietária do brinquedo, mas também precisa vivenciar 
outras formas lúdicas que não seja associada a esse contexto 
do consumo unicamente. Além disso, práticas educativas 
que exclui a criança do contexto social, a fim de que ela 
não participe desta configuração capitalista, não é a melhor 
solução, visto que em um determinado momento de sua vida 
terá que vivenciar isso e o choque social e cultural pode ser 
maior. Sendo a criança um ser hoje e não um devir, ela precisa 
compreender de maneira consciente sobre a sua relação com 
o brinquedo, a fim de ter outras experiências para além do 
brincar consumista. Assim, é necessário oferecer outras formas 
de experiências humanas que estão para além da utilidade, 
promovendo momentos em que a criança possa desenvolver 
a criatividade, a imaginação, o protagonismo seja por meio 
da construção de novos objetos lúdicos e ou brinquedos, 
reaproveitamento de materiais e outras formas criativas de 
resista a domesticação frente ao consumo. 
O sentido de educar a criança na 
contemporaneidade: proposições 
pedagógicas 
______________________________________________________________
Autoria: Marta Regina Furlan de Oliveira 
Leitura crítica: Verônica Belfi Roncetti Paulino
TEMA 4
37
DIRETO AO PONTO
Ao tratar do sentido de educar a criança na contemporaneidade, 
depara-se com um conjunto de desafios relacionados ao processo 
de aprendizagem, desenvolvimento e interação infantil. As crianças 
precisam, desde a mais tenra idade, vivenciar experiências variadas 
e lúdicas. 
Assim, a organização do cotidiano educativo com as crianças precisa 
ser envolvido pelo processo de aprendizagem e desenvolvimento 
humano em sintonia com uma proposta educativa regida pelas 
concepções claras sobre o trabalho pedagógico com crianças, 
a rotina, o tempo e as interações. A partir disso, o professor 
efetivamente tem condições de desenvolver uma proposta que 
priorize a emancipação da criança por meio da curiosa descoberta 
do conhecimento, ampliando possibilidades para que tanto a criança 
quanto o professor venham experienciar a aventura fascinante pelo 
desconhecido e, quem sabe, possam até se molhar com a chuva da 
descoberta do saber compartilhado.
Uma das possibilidades para tal conquista compartilhada entre 
professores e crianças está na trilha do brincar, enquanto 
possibilidade lúdica, criativa, inventiva e, ainda, fonte propulsora 
do conhecimento. O contentamento pedagógico está relacionado 
na viabilidade do brincar como linguagem privilegiada no trabalho 
pedagógico com a criança, haja vista que a ação lúdica é uma área 
priorizada na educação infantil e está envolvida por objetos lúdicos 
como os brinquedos, jogos, histórias infantis, músicas, danças, 
desenhos etc., os quais apoiam a aquisição e a organização de 
experiências da criança no mundo ao seu redor.
38
Figura 1 - A criança e o lúdico
Fonte: FatCamera/iStock.com.
A partir disso, indaga-se: a quem compete fazer isso? Ao 
adulto! Pais, parentes, professores, políticos, ou seja, todos são 
responsáveis por educar e cuidar das crianças e devem possibilitar e 
apoiar a ação lúdica em casa, na escola e nos diferentes espaços de 
convivência. 
A ação lúdica, nesse prisma, é desafiadora porque exige organizar 
o cotidiano para/com as crianças, projetando e realizando feitos 
que contribuam para uma amplitude do processo de aprendizagem 
e desenvolvimento infantil. Nesse empreendimento, as crianças 
carecem de espelhar seus medos, suas inseguranças, as leiturasque 
faz sobre o mundo, suas impressões, suas hipóteses; além disso, 
precisam ter acesso aos espaços diversificados na educação infantil 
para conhecer, perguntar, elaborar ideias e hipóteses, estabelecer 
relações e aprender de maneira real e significativa. 
39
Do parque de areia, com seus balanços construídos nas grandes 
árvores enquanto cenário lúdico para as crianças até as salas de 
referência (de aula), todas as organizações expressam como vemos, 
percebemos e pensamos ser a criança e sua aprendizagem.
Referências bibliográficas
HORN, M. G. S. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na 
educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
PARA SABER MAIS
Vale a pena conferir o artigo indicado, elaborado pelas autoras 
Heloisa Toshie Irie Saito e Marta Regina Furlan de Oliveira em 2018. 
O texto apresenta uma reflexão crítica sobre a importância do 
planejamento de ensinar enquanto materialização sistemática das 
intenções e ações docentes de modo geral e, em específico, na 
educação infantil.
Referências bibliográficas
SAITO, H. T. I.; OLIVEIRA, M. R. F. de. Trabalho docente na educação infantil: 
olhares reflexivos para a ação intencional e planejada do ensino. Imagens da 
Educação, [s. l.], v. 8, n. 1, e39210, p. 1-15, 2018.
TEORIA EM PRÁTICA
De acordo com a BNCC (BRASIL, 2018), o processo de ensino e 
aprendizagem da educação infantil precisa acontecer por meio 
da inserção em práticas sociais e culturais criativas e interativas, 
gerando sentido ao arranjo curricular que está envolvido pelos 
40
direitos de aprendizagem (conviver, brincar, participar, explorar, 
expressar e conhecer-se) e aos campos de experiência que devem 
acontecer de maneira interligada e complexa.
Diante disso, de que maneira podemos desenvolver o trabalho 
pedagógico com as crianças em favor da garantia dos direitos de 
aprendizagem e dos campos de experiência?
Referências bibliográficas
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: Ministério da 
Educação, 2018.
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, 
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de 
aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis 
em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log 
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em 
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições 
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou 
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet. 
Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de 
autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos 
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve, 
Indicações de leitura
41
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na 
construção da sua carreira profissional. 
Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da 
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!
Indicação 1
A obra revela a necessidade de pensar sobre a organização do 
espaço na educação infantil como possibilidade de educação e 
aprendizagem da criança. A autora, ao considerar que o espaço 
é também possibilidade de estabelecer relações e experiências, 
acredita no papel mediador do professor em favor da construção de 
um ambiente rico e estimulante de aprendizagem. Assim, acredita-
se que o espaço vai além da limitação de ser algo dado, mas deve 
ser construído como uma dimensão do trabalho pedagógico.
HORN, M. G. S. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na 
educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Indicação 2
A obra discute sobre as perspectivas relacionadas a organização do 
tempo no cotidiano infantil, dividindo-se em três partes: na parte 
1 procura pensar e refletir sobre o tempo na escola, bem como o 
processo do dia a dia educativo na educação infantil; a parte 2 revela 
a importância de pensar sobre o tempo constituído na relação casa 
e escola, aproximações e seus confrontos; e, por fim, na parte 3 
busca discutir sobre o tempo na vida cotidiana das crianças e toda a 
complexidade envolvente.
BONDIOLI, A. (org.). O tempo no cotidiano infantil: perspectiva de pesquisa e 
estudo de casos. São Paulo: Cortez, 2004. 
42
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste 
Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco 
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de 
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho 
da questão.
1. Quando tratamos do planejamento de ensino, afirmamos 
que as ações precisam ser antecipadamente pensadas no 
plano das ideias e das propostas para tal fim. Em relação aos 
objetivos de aprendizagem, é importante atentarmos que, por 
meio deles, o professor poderá explicitar de maneira clara 
seus propósitos formativos com a precisão de métodos de 
ensino adequados. 
Sobre isso, considere as alternativas em relação aos 
procedimentos metodológicos na educação infantil e assinale 
a correta. 
a. Os procedimentos metodológicos adotados pelo professor 
estão diretamente relacionados à visão de homem, educação 
e sociedade. 
b. Dos elementos que compõem o planejamento de ensino, os 
procedimentos metodológicos são os recursos utilizados em 
sala de aula.
c. Os procedimentos de ensino devem ser padronizados nas 
aulas de Educação infantil para se diferenciar de outras áreas. 
43
d. Os objetivos de aprendizagem acontecem de maneira 
desarticulada dos procedimentos estratégicos de ensino.
e. A avaliação deve anteceder os objetivos de aprendizagem e os 
métodos de ensino, e jamais sucedê-los.. 
2. Leia o trecho a seguir.
As atuais orientações sobre o desenvolvimento infantil 
consideram que a criança aprende pela relação com o meio e 
com o outro. Para tanto, esse ambiente deve ser fortalecido 
por ensino-aprendizagem e relações de afeto e humanização. 
A partir disso, analise a situação a seguir.
“Em uma instituição de Educação Infantil, a professora, ao 
atender um bebê de quatro meses, procede da seguinte 
forma: procura deixá-lo a maior parte do tempo possível em 
seu berço, sem se ocupar dele, mas mantendo-o confortável 
em seu “ninho”. No momento da mamadeira, a oferece sem 
conversar com ele e sem acariciá-lo, evitando também segurá-
lo no colo.” (OLIVEIRA, 2000, p. 12)
Sobre os procedimentos adotados pela professora, é correto 
afirmar:
Fonte: OLIVEIRA, Z. M. R (org.). A criança e seu desenvolvimento: 
perspectivas para discutir a educação infantil. 4. ed. São Paulo: Cortez, 
2000.
a. Ao nascer, a criança age de maneira involuntária, visto 
que não há ainda condições psíquicas para compreender 
o ambiente a sua volta, bem como os possíveis estímulos 
advindos da relação professora e bebê.
44
b. A professora tem uma postura rígida e mecânica da docência, 
desconsiderando a educação e o cuidado no berçário por 
meio das relações social, afetiva e corporal da criança em 
relação ao adulto.
c. A criança, nessa faixa etária, precisa apenas de cuidados, visto 
que não tem compreensão clara de outro sujeito que não seja 
a referência materna, que é seu vínculo de afeto e estímulo.
d. A professora tem uma atitude apenas técnica no exercício da 
profissão do magistério, de modo a garantir que a educação 
seja mediada de maneira adequada na relação entre ela e o 
bebê. 
e. A professora se utiliza de uma prática adequada e que se 
distancia da prática materna, visto que tem demasiadas 
crianças para o atendimento e cuidado. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: Em se tratando do trabalho docente, tem-se 
a compreensão de que é necessário pensar em: objetivos 
(para que ensino?); conteúdo (o que ensino?); procedimentos 
metodológicos (de que forma ensino?); recursos didáticos (o 
que é preciso para ensinar?); e avaliação (como avalio o que 
ensino?). Assim,são elementos norteadores que precisam 
estar interligados entre si e revelar uma concepção de homem, 
educação e sociedade. 
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Questão 2 - Resposta B
Resolução: O processo de aprendizagem e o desenvolvimento 
só são possíveis por meio das interações sociais entre adultos 
e crianças, visto que, nesse período inicial da vida, o bebê 
tem condições psíquicas e afetivas de aprender por meio das 
relações com o ambiente que o cerca. 
BONS ESTUDOS!
	Apresentação da disciplina
	Introdução
	TEMA 1
	Direto ao ponto
	Para saber mais 
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 2
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 3
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Leitura fundamental
	Quiz
	Gabarito
	TEMA 4
	Direto ao ponto
	Para saber mais
	Teoria em prática
	Quiz
	Gabarito
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