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INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM VACAS

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INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM BOVINOS 
 
Definição de I.A.: 
 
▪ Deposição mecânica do sêmen no 
aparelho reprodutor feminino por meio de 
equipamentos apropriados. 
▪ A FECUNDAÇÃO É “in vivo” – ou seja, a 
fertilização ocorre dentro da fêmea 
inseminada, mais especificamente dentro 
da tuba uterina. 
- Fala-se colocar o sêmen dentro do aparelho 
genital feminino porque temos espécies que 
fazemos a deposição do sêmen no fundo de 
vagina, como a cadela por exemplo, e espécies 
que fazemos a deposição do sêmen intra uterino 
como a égua, porca e a vaca. 
- Por isto falamos de uma forma geral que é a 
deposição do sêmen dentro do aparelho genital 
feminino. 
 
Vantagens da I.A. (em relação a monta natural): 
-menor custo por concepção em relação à 
monta natural – onde fica muito mais barato 
comprar as palhetas de semen, do que ter um 
touro para cobrir as vacas. 
-melhoramento genético e produtivo – porque 
consegue usar touros geneticamente superiores 
do que poderíamos comprar para ter no 
rebanho. 
-redução da dificuldade em partos – em vacas 
que tem dificuldade de parir ou tem os ossos da 
pelve um pouco mais estreito, através da IA 
podemos fazer o acasalamento com touros que 
façam nascer bezerros pequenos e assim 
reduzindo os problemas no parto. 
-acasalamento corretivo – usado para reduzir 
problemas nos partos, mas também para por 
exemplo, uma vaca de leite que tem o úbere 
muito caído vai usar sêmen de um touro com alta 
produção de leite, porem que dê filhas com 
úbere mais suspenso. Ou pode usar para corrigir 
outros problemas indesejáveis, conseguindo 
escolher o melhor touro para corrigir aquele 
defeito que a fêmea tem. 
-cruzamento entre raças – entre duas raças 
diferentes, como por exemplo, o cruzamento 
industrial – muito utilizado para precocidade, 
ganho de peso no gado de corte, é um animal 
que tem uma rusticidade muito grande. Exemplo: 
gado europeu cruzado com nelore. Também 
vemos isto no gado de leite, que por exemplo no 
pais vemos o gado girolando, que é o 
cruzamento da raça holandesa e o Gir – o 
holandês pela alta produção de leite e o Gir que 
é um gado muito rústico. Este cruzamento da 
vacas com uma produção muito boa de leite e 
com uma rusticidade maior. 
-prevenção de acidentes com as fêmeas – 
sempre que formos inseminar uma vaca dentro 
de um brete vai ter muito menos riscos de 
acidentes do que um touro fosse cobrir ela no 
campo, podendo causar algum acidente para 
ela. 
-prevenção de acidentes com o ser humano – 
temos mais proteção mexendo em uma estrutura 
com curral, bretes, do que o serviço for feito a 
nível de campo, onde temos um contato direto 
com o animal podendo ocorrer algum tipo de 
acidente. 
-democratiza o melhoramento genético – 
significa que todo mundo tem acesso a uma 
genética de ponta, então mesmo um pequeno 
produtor ele tem acesso, não sendo necessário 
ter um touro excepcionalmente melhor 
geneticamente. Onde um produtor pode 
comprar em qualquer central de reprodução 
doses deste touro e com isto ele consegue fazer 
um melhoramento genético mesmo sendo um 
pequeno produtor. 
-aumento do número de descendentes de um 
bom macho – pela IA conseguimos fazer uma 
quantidade maior de filhos de um touro, porque 
podemos inseminar quantas fêmeas quisermos, 
propagando ainda mais as características de um 
touro nos filhos. 
-controle zootécnico do rebanho – pois tudo esta 
anotado, organizado, tem data da cobertura, 
inseminação, data de previsão de parto, cada 
vaca tem uma ficha individual e isto nos 
proporciona um controle zootécnico muito 
melhor. 
-padronização do rebanho – por exemplo, tendo 
filhas de um determinado touro e fazer o plantel 
em cima destas fêmeas, que vão tornar matrizes. 
-uso de machos após a morte – pelo sêmen 
congelado. 
-melhor controle sanitário da reprodução- 
evitando doenças sexualmente transmissíveis. 
 
Eficiência reprodutiva: 
- Diariamente trabalhamos em cima de índices 
para melhorar a eficiência reprodutiva. Que é 
fazer um proprietário em um menor intervalo de 
tempo ter uma lucratividade maior com aquela 
atividade. No caso do rebanho bovino vamos 
trabalhar em pontos chaves para ter uma 
eficiência reprodutiva maior: 
 
-diminuir intervalo entre partos – ou seja, quanto 
maior rápido a vaca emprenhar no pós parto, 
menor vai ser o intervalo entre um parto e outro. 
Fazer exames ginecológicos com 30 dias pos 
parto, para evitar endometrites pós puerperais, 
porque são os principais fatores que vão 
aumentar o intervalo entre partos. Se inseminar 
uma vaca que tem endometrite e não foi bem 
tratada, ela não vai emprenhar, assim cada vez 
mais aumenta o intervalo entre partos. 
-diminuir número de fêmeas c/ problemas 
reprodutivos – todo ano devemos fazer um 
descarte no rebanho das fêmeas que tentamos 
tratar e não resolvemos, então devemos 
descartar e repor com fêmeas sem problemas 
reprodutivos no lugar. 
-diminuir mortalidade dos bezerros – quando 
falamos em eficiência reprodutiva, não adianta 
somente a vaca parir e parir em um intervalo 
curto. Temos que cuidar do produto que vai 
nascer, sendo que diminuir a mortalidade do 
bezerro também é muito importante. Cuidado 
com curativo de umbigo, observar para que os 
bezerros não tenham problemas respiratórios, 
gastrointestinal e outros problemas que podem 
ter nos recém nascidos. Fazer acompanhamento 
de partos. 
-diminuir número médio de serviços por 
concepção – ou seja, quanto menos vezes 
inseminar e serviço tiver para esta vaca 
emprenhar. E para isto temos que ter certeza que 
estas vacas já estão limpas, principalmente parte 
uterina, saber que elas não teve endometrite ou 
não tem mais, e se teve já resolveu. E isto é 
possível fazendo um bom exame ginecológico 
aos 30 dias pós parto, fazer observação de cio 
com bastante atenção e eficácia – para ter 
índices de maior prenhez e concepção. 
-aumentar capacidade reprodutiva de machos: 
IA ou MN – onde a IA faz o macho ter um número 
maior de produto. 
-aumentar capacidade reprodutiva da fêmea: TE 
e FIV – ou seja, se tivermos uma fêmea altamente 
fértil e genética superior que compense fazer 
vários produtos dela, podemos fazer uma 
biotecnologia mais avançada como a 
transferência de embriões ou a fertilização em 
vitro podendo tirar vários produtos durante o ano. 
 
ESTAÇÃO DE MONTA 
 
 
- Na pecuária moderna também é muito utilizada 
a estação de monta. Na espécie bovina não tem 
problema de estacionalidade reprodutiva, a 
estação de monta é feita em qualquer parte do 
ano porque a vaca cicla o ano todo. Mas a 
estação deve ser feita justamente pensando na 
data de parto e depois na data de desmame 
dos bezerros. Assim, é traçado uma estratégia 
que os bezerros nasçam em uma época boa e 
que desmamem em uma época boa. 
- E tudo isto é feito em cima da atividade que o 
proprietário tem, como por exemplo, se a 
atividade do produtor for a venda de bezerros, 
então vamos pensar qual é a melhor data para o 
produtor vender estes bezerros – quais meses do 
ano que o bezerro fica mais caro. Em cima disto 
vamos traçar a estação de monta para que 
essas vacas tenham os partos concentrados 6-8 
meses antes dessa época de venda de bezerro. 
Por exemplo, o gado de leite não pensamos em 
lucratividade de venda, mas sim do leite em si, 
então para este proprietário for a venda do leite, 
laticínio deve ter vaca parindo o ano todo, para 
que haja leite o ano todo, mas sabemos que no 
laticínio tem uma época do ano que eles pagam 
mais caro – principalmente época de 
inverno/seca – que o leite fica mais valorizado 
esta época. Então o produtor vai fazer o 
planejamento para as vacas parirem próximo a 
época que o leite esta mais valorizado – sabendo 
que os 3 primeiros meses de lactação, é o 
período que a vaca mais da leite e depois essa 
produção vai caindo. 
 
Sucesso na I.A.: 
 
MANEJO ADEQUADODA PROPRIEDADE C/ 
ASSISTÊNCIA TÉCNICA + SÊMEN DE QUALIDADE + 
INSEMINADOR CAPACITADO = Ótimo resultado 
 
- Para que tenha sucesso na IA vamos depender 
de três fatores básicos: primeiro um manejo muito 
bom da propriedade e com uma assistência 
técnica veterinária (fazer esquema de 
inseminação e orientação dos funcionários), ter 
um bom manejo sanitário, manejo nutricional, 
além disso, é necessário um sêmen de qualidade 
ou seja, um sêmen fértil com alta fertilidade, 
portanto é necessário comprar sêmen de centrais 
idôneas. E o ultimo fator e o mais importante é a 
capacitação do inseminador ou inseminadores – 
devendo ser um funcionário treinado para isto. 
Unindo estes 3 fatores tende a ter um ótimo 
resultado no programa de IA. 
 
Manejo da propriedade e assistência técnica: 
 
- Harmonia entre: 
▪ Técnico veterinário 
▪ Proprietário 
▪ Administrador – orientar funcionários 
▪ Inseminador – observam o cio e 
inseminam 
▪ Funcionários da fazenda – ajuda no 
manejo 
 
Conhecer aparelho reprodutor feminino 
 
▪ CÉRVIX - 3 a 5 anéis cartilaginosos - Base 
de todos os trabalhos de inseminação 
▪ DEVE-SE REALIZAR TREINAMENTO PRÁTICO 
EM PEÇAS ANATÔMICAS 
 
- É importante conhecer o aparelho reprodutor 
feminino. Sabe-se que na vaca a cervix é 
totalmente diferente das outras espécies. Na 
vaca tem de 3-5 aneis cartilaginosos na cervix, 
sendo difícil de passar por causa desses anéis 
cartilaginosos não concêntricos. 
 
Exame ginecológico 
- O exame ginecológico é um fator primordial e 
básico em todo rebanho bovino. Toda vaca 
antes de entrar no programa de reprodução e 
toda vaca que pariu com 30 dias pós parto deve 
ser feito exame ginecológico para vermos se não 
detecta nenhum problema. Se não tiver nenhum 
problema a vaca pode voltar para o programa 
reprodutivo, e se for diagnosticado algum 
problema ela vai ser primeiramente tratada para 
depois ser inserida novamente no programa de 
reprodução. 
 
Aparelho reprodutor feminino 
 
- Revisão anatômica do aparelho reprodutor 
feminino. Inicialmente tem a cérvix com os anéis 
cartilaginosos, o útero da vaca com formato 
como se fosse chifre de bode (útero e os ovários 
são bem centrais), o útero fica acima da bexiga. 
Vamos localizar a cérvix, pelo reto vamos colocar 
o braço, localizamos a cérvix, segura a cérvix 
com uma mão, e com a outra entramos com o 
aplicador no fundo de vagina, passa a cérvix, até 
chegar no corpo uterino onde vai ser o local de 
deposição do sêmen no corpo do útero. 
 
Conhecer aparelho reprodutor feminino 
 
▪ Novilhas: tem cérvix menor que as vacas 
(que nunca pariu, primipara). 
▪ Fêmeas zebuínas: cérvix mais curta e alta 
▪ Fêmeas taurinas: cérvix mais longa e baixa 
▪ Conhecer que fêmeas bovinas no 
metaestro podem ter hemorragia 
caruncular 3 a 4 dias após o cio = 
NORMAL 
 
Local de deposição de sêmen = Início do corpo 
do útero – assim do momento que passar a cérvix 
e apontar o aplicador no corpo do útero, este é 
o local de deposição do sêmen. 
- Vacas de cérvix sinuosa devem ser descartadas 
dos programas de I.A - se sabemos que para 
fazer a IA é necessário passar a cérvix, então as 
vacas que tem problemas de cérvix – fibrose, 
cérvix torta/ sinuosa, causando dificuldade de se 
passar a cérvix o ideal é que no final da estação 
seja feita a troca dessas vacas, colocando vacas 
novas que não tenham problemas. 
- Escolher o lado certo do aplicador conforme a 
palheta fina ou média – palhetas de 0,5 ou 0,25. 
 
Sinais do pré-cio 
- Algumas propriedades trabalham com o sistema 
de observação de cio, e para isso é muito 
importante que o funcionário/ inseminação saber 
que a vaca vai dar sinais de pré cio, que esta 
próxima a entrar no cio. Ela costuma dar esses 
sinais um dia antes ou 12 horas antes de dar os 
sinais de cio. 
- Estes sinais é de aumento de estrógeno, mas 
quando ela ainda não esta aceitando o macho. 
Estes sinais são: 
 
-vulva com edema e brilhante – inchada e lisa 
-corrimento vaginal cristalino, transparente 
(“clara de ovo”) – significa que ela esta para 
entrar no cio ou já esteja no cio. 
-inquietação, nervosismo; 
-cauda erguida; 
-urina e vocaliza constantemente; 
-monta em outras fêmeas, mas não se deixa 
montar 
-perda de apetite e diminuição da produção de 
leite – esses sinais não acontecem em 100% dos 
animais. 
-afastamento do rebanho. 
 
Reconhecendo o cio: 
▪ Ciclo estral a cada 21 dias em média 
(podendo variar de 17-24 dias) 
▪ CIO - Período de aceitação da monta 
(DURA 10-16 HORAS) 
▪ Associado aos sinais de pré-cio 
- Para reconhecer o cio este funcionário vai ver a 
fêmea aceitando a monta, mais os sinais de pré 
cio mostrado acima. O cio da vaca é muito curto 
durando de 10 a 16 horas, por isso a observação 
de cio deve ser feita duas vezes ao dia, de 12 em 
12 hrs, de manhã e tarde. 
 
Observação do cio: 
 
TAREFA DO INSEMINADOR → 2 X DIA → Nos 
horários mais frescos → Durante uma hora 
 
RUFIÃO com bucal → Incorporá-lo ao lote de 
fêmeas 30 dias antes da estação de monta. 
 
COMPETÊNCIA -RESPONSABILIDADE –INTERESSE 
 
- A observação de cio é a tarefa principal do 
inseminador, ela tem que ser feita 2x ao dia, nos 
horários mais frescos e tem que durar no mínimo 
uma hora mesmo que sejam poucos animais. 
- Outra coisa que poderia ser usado para ajudar 
é o rufião com o buçal (bolsa com tinta embaixo 
do queixo). Assim essa vaca que estiver no cio o 
rufião vai apoiar o queixo antes de subir na vaca, 
assim mancha a garupa da vaca de tinta – assim 
mostra quais vacas provavelmente podem estar 
no cio para observarmos mais elas. E se a vaca 
não estiver no cio ainda, quando o rufião chegar 
perto ela vai correr. 
- Se for colocar um rufião, deve incoorporar ele 
no rebanho uns 30 dias antes de começar a 
estação de monta porque as vacas primeiro 
precisam se adaptar com este rufião no rebanho, 
se não elas vão correr dele mesmo estando no 
cio. 
 
HORÁRIO DA I.A. 
Esquema de Trimberger (1942) 
 
▪ Femea em cio de manhã → Insemina na 
tarde do mesmo dia 
▪ Femea em cio a tarde → Insemina na 
manha do dia seguinte 
 
A inseminação deve ser o primeiro e o último 
serviço do dia em uma propriedade 
 
- Como o cio da vaca dura de 10 a 16 horas, 
toda fêmea que for vista em cio no período da 
manhã, ela vai ser inseminada no final da tarde 
no mesmo dia. E toda fêmea que entrar no cio a 
tarde, vamos inseminar a vaca no período da 
manhã do dia seguinte. Mais próximo a 
ovulação. 
- Os inseminadores acordam e saem, primeira 
coisa que eles fazem é inseminar as vacas que 
entraram no cio a tarde/noite do dia anterior, 
acabando de inseminar, eles ficam por 1 hora 
fazendo a observação do cio no rebanho, depois 
a tarde por volta das 17 horas vai fazer a 
observação de cio de novo, permanecendo por 
mais 1 hora. Anota as vacas no cio para 
inseminar no dia seguinte e depois vai inseminar 
as vacas que viu no cio de manhã. 
 
 
 
Horário da IA. 
 
 
 
IATF 
•Inseminação Artificial em Tempo Fixo 
- Neste caso não precisa de observação de cio, 
ela foi desenvolvida para propriedades onde tem 
dificuldade de ser feita a observação de cio. Na 
IATF o veterinário pode fazer este protocolo e ele 
mesmo ir fazer a inseminação no dia 
programado. Neste caso, vai fazer uma 
sincronização hormonal de um lote de vacas 
onde elas vão ovular todas no mesmo período de 
tempo. 
- Grande vantagem é que não precisa dos 
funcionários para fazer a observação de cio. 
Pode ser usada em propriedades também que 
possuem um número muito grande de fêmeas. 
 
Protocolos de IATF: 
 
 
- Vamos sincronizar uma onda folicular em todas 
as vacas protocoladas para que elas ovulem 
todas próximas e que possamos inseminá-las 
todas no mesmo dia. 
- Então no primeiro dia de protocolo é feito um 
estrógeno (BE – benzoato de estradiol) e no 
mesmo dia é colocado o implante vaginal deprogesterona (P4). Então no dia 0 é colocado o 
implante vaginal de P4 e aplica uma dose de 
estrógeno (BE). 
A P4 bloqueia o LH fazendo como se fosse uma 
ovulação – então colocando o implante vamos 
fazer como se todas as vacas estivessem 
ovuladas naquele dia, e daria inicio a formação 
do corpo lúteo. 
- É feito também o BE no dia 0 para zerar as 
ondas foliculares (fazendo os folículos entrarem 
em atresia). 
- Quando pegamos um lote de vacas, vão ter 
várias em diversos estágios reprodutivos, já vão 
ter vacas ovuladas, e vão ter vacas em fase de 
diestro ou proestro. 
- Então se a vaca estiver com folículo pré 
ovulatório já em cio, este BE vai fazer com que 
este folículo ovule. Se a vaca estiver com folículos 
menores que não atingiram a dominância o BE 
vai fazer com que estes folículos entrem em 
atresia devido ao aumento da progesterona. 
Resumindo vamos zerar as ondas foliculares de 
todas as vacas e elas vão todas a partir do 4 dia 
de protocolo vão começar uma nova onda 
folicular no mesmo dia, juntas, para este é o 
intuito de se fazer no D0 um implante de 
progesterona e o benzoato de estradiol. 
- Essa nova onda folicular começa e vai 
crescendo, lembrando que a progesterona (P4) 
vai ficar implantado um tempo intravaginal na 
vaca (por 8 dias) deixando a fêmea bloqueada 
por este período. 
- Lembrando que a P4 só bloqueia o LH, então 
continua tendo GnRH e FSH. Então a partir de 3 a 
4 dias se inicia uma nova onda folicular , e eas 
vacas tem uma onda de crescimento folicular. Os 
folículos crescem, e a partir do momento que um 
atingiu a dominância ele continua fazendo o 
crescimento. Com 8 dias retira o implante 
intravaginal de progesterona da vaca. 
- Quando é feita a retirada do implante todas já 
vão ter folículos dominantes e mais ou menos do 
mesmo tamanho. Assim a P4 cai em poucas (a 
nível 0) horas da retirada do implante,. 
- Assim com folículo grande, com alto nível de 
estrógeno, assim se inicia o pico de LH (produzido 
pela hipófise), há bloqueio de FSH pela inibina. 
Para melhorar essas taxas e essa eficiência no dia 
seguinte é feita mais uma dose de BE (no dia 9). 
Desta forma, fazemos que todas as vacas 
tenham um nível alto de estrógeno para termos 
um numero maior de vacas ovulando, para que 
o pico de LH seja mais eficiente em todas. Assim, 
no dia 10 vai ser feito o IATF. 
 
Materiais necessários para I.A.: 
 
- Antes de inseminar deixamos tudo pronto, o 
botijão para descongelar o sêmen, o pote em 
água morna no banho Maria para descongelar o 
sêmen, os aplicadores, cortadores de palheta, 
papel toalha, detergente, bainha, luva. 
 
- Exames andrológicos periódicos nos machos / 
touros de repasse – para ver se o sêmen continua 
com as características que esperamos. Avalia 
características físicas e morfológicas do sêmen. 
 
Sequência da 
inseminação artificial 
 
✓ Higiene na prática da I.A.: 
▪ higiene pessoal do inseminador (mãos, 
unhas, avental) – lavar mão com sabão, 
passar álcool 70. 
▪ higiene das instalações e ambiente 
▪ higiene com o animal (limpar reto, vulva e 
secar) 
▪ higiene com o material utilizado 
 
✓ Verificar ficha da fêmea (se ela pode ser 
inseminada, se ela já esta liberada do 
exame ginecológico, se ela já esta com 
30 dias pós parto e foi feito o exame 
ginecológico) 
✓ Verificar nível de nitrogênio – do botijão 
com sêmen, para manter o 
armazenamento e congelamento das 
palhetas. 
✓ Organizar o material antes de 
descongelar o sêmen. 
✓ Conter adequadamente a fêmea no 
tronco 
✓ Esvaziar reto e examinar muco límpido – 
deve estar transparente, cristalino. Se o 
muco estiver de outra cor não inseminar e 
fazer o tratamento de endometrite. 
✓ Lavar vulva 
✓ Secar a vulva com papel toalha ou 
higiênico 
✓ Vestir aplicador com bainha sanitária 
✓ Preparar água para descongelar sêmen 
✓ Identificar na ficha da fêmea o nome do 
touro a ser utilizado – confirmar para não 
descongelar sêmen errado. 
✓ Escolher o lado certo do aplicador 
conforma a palheta fina ou média 
✓ Retirar o dose de sêmen com pinça 
aproriada em até 5 segundos 
✓ Descongelar palheta entre 35 e 37oC por 
30 segundos – se for bovino com palheta 
de 0,25. Se for palheta de 0,50 o 
descongelamento deve ser feito a 37oC 
por 1 minuto. 
✓ Enxugar palheta com papel toalha 
✓ Corte a palheta de forma reta – com 
material limpo. 
✓ Encaixe a palheta na bainha 
✓ Introduzir a cânula do aplicador na 
bainha e trave com o anel 
✓ Mantenha aplicador na posição horizontal 
✓ Calce a luva 
✓ Abrir vulva e introduzir aplicador – sempre 
a 45 graus, para passar pelo vestíbulo e 
chegar na vagina. 
✓ Movimentos com a mão até ultrapassar a 
cérvix – pelo reto 
✓ Depositar sêmen no corpo do útero 
✓ Massagem no clitóris – vai fazer 
contrações uterinas, no sentido da cérvix 
até cornos uterinos, facilitando a subida 
do sêmen para a tuba uterina. 
✓ Anotar na ficha controle – nome ou 
numero da vaca, data do cio, data da 
inseminação, horário e o touro que foi 
utilizado, e o nome do inseminador. 
✓ Descarte e desinfecção do material 
 
Considerações finais 
 
-incentivar criador ou administrador fazer 
também curso de I.A. – porque é importante ter 
mais de um inseminador, porque na falta de um 
tem outros. E também, podem ser fiscais para ver 
se os inseminadores estão fazendo seu trabalho 
corretamente. 
-ter mais de um inseminador 
-Conhecer empresas que fornecem sêmen

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