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História da Arte Idade Média • Arte Bizantina • Arte Românica • Arte Gótica Arte Românica • Em 395, o imperador Teodósio dividiu o Império Romano entre os seus dois filhos: Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, e Arcádio, que ficou com o Império Romano do Oriente. Arte Românica • O Império Romano do Ocidente não conseguiu resistir à pressão dos bárbaros, que nessa época já haviam conseguido romper as suas fronteiras nos rios Reno e Danúbio. Em 476, os hérulos, um grupo de bárbaros germanos chefiados por Odoacro, invadiram e conquistaram Roma. Desmoronou, assim, o Império Romano do Ocidente. Por sua repercussão, esse fato marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média. Arte Românica • O Império Romano do Oriente conseguiu sobreviver por 10 séculos: só foi extinto em 1453, quando os turcos tomaram Constantinopla, sua capital. Idade Média Século V a XV • Bizâncio era uma antiga colônia grega localizada entre a Europa e a Ásia, no estreito de Bósforo. Nesse local, no ano 330, o imperador Constantino fundou a cidade Constantinopla, que, graças à localização privilegiada, viria a ser palco de uma verdadeira síntese das culturas greco-romana e oriental, atual Istambul - Turquia. • O termo bizantino, deriva de Bizâncio e designa a criação cultural não só de Constantinopla, mas de todo o Império Romano do Oriente. Idade Média Século V a XV • O império Bizantino alcançou seu apogeu político e cultural durante o governo do imperador Justiniano, que reinou de 527 a 565. • Apesar das crises políticas, manteve-se a unidade do Império até 1452, quando os turcos tomaram sua capital, Constantinopla, dando início a um novo período histórico: a Idade Moderna. • Depois da queda de Constantinopla, a Rússia tornou-se a herdeira da civilização bizantina. Arte Bizantina A arte cristã primitiva • O início do cristianismo foi marcado por uma série de perseguições aos cristãos. Em virtude dessas perseguições, os primeiros cristãos de Roma enterravam seus mártires (pessoas que morreram em defesa de sua fé) – em galerias subterrâneas, as catacumbas. Assim, nas paredes e nos tetos dessas galerias foram registradas as primeiras manifestações da pintura cristã. • Em princípio, essas pinturas limitavam-se a representações de símbolos cristãos, como a cruz e a palma. Mais tarde, começaram a aparecer cenas do Antigo e do Novo Testamento. Representações da arte primitiva cristã Arte Bizantina Arte Bizantina • Com o tempo, as perseguições aos cristãos diminuíram até que 313, o imperador Constantino converteu-se ao cristianismo e autorizou seu culto. • O cristianismo, então, expandiu-se até que, em 391, o imperador Teodósio torno-o a religião oficial do Império. • Deu-se início, então à construção dos templos cristãos, denominados basílicas, que mantiveram muitas das características romanas. Arte Bizantina Uma arte que expressa riqueza e poder • O momento de esplendor da capital do Império Bizantino coincidiu historicamente com a oficialização do cristianismo. • A partir daí, a arte cristã primitiva, que era popular e simples, foi substituída por uma arte cristã de caráter majestoso, que exprime poder e riqueza. Arte Bizantina • A arte bizantina tinha um objetivo: expressar a autoridade absoluta e sagrada do imperador, considerado o representante de Deus. • Para que a arte atingisse esse objetivo, uma série de convenções foram estabelecidas, como ocorreu na arte egípcia. Arte Bizantina • Uma dessas convenções foi a da frontalidade, uma vez que a postura rígida da personagem representada leva o observador a uma atitude de respeito e veneração. • Ao mesmo tempo, ao reproduzir frontalmente as figuras, o artista mostra respeito pelo observador, que vê nos soberanos e nas figuras sagradas seus senhores e protetores. Mosaico Igreja San Apollinare Nuovo Arte Bizantina Além da frontalidade, outras regras minuciosas foram impostas aos artistas pelos sacerdotes, como: • Estabeleceu-se uma hierarquia, a determinação do lugar de cada personagem sagrada na composição, • a indicação de como deveriam ser os gestos, • as mãos, • os pés, • as dobras das roupas • e os símbolos. Arte Bizantina • Passou-se também a retratar as personalidades oficiais e as personagens sagradas como se compartilhassem as mesmas características: assim, a representação de personalidades oficiais sugeria tratar-se de personagens sagradas. • Os imperadores eram considerados os representantes de Deus na Terra. Mosaico Corte do Imperador Justiniano Basílica de San Vitale, Ravena, Itália Mosaico Imperador Justiniano Igreja San Apollinare Nuovo, Ravena Arte Bizantina Mosaico • O mosaico consiste na colocação, lado a lado, de pequenos pedaços de pedras ou vidro de cores diferentes sobre uma superfície de gesso ou argamassa. • Foi com os bizantinos que o mosaico atingiu sua mais perfeita realização. As figuras rígidas e a pompa da arte de Bizâncio fizeram do mosaico a forma de expressão artística preferida pelo Império Romano do Oriente. Detalhe mosaico bizantino Museu de Arte Berlim Arte Bizantina • Assim, as paredes e as abóbadas das igrejas recobertas de mosaicos de cores intensas e de materiais que refletem a luz em reflexos dourados, conferem uma suntuosidade ao interior dos templos que nenhuma época conseguiu reproduzir. Detalhe mosaico bizantino Museu de Arte Berlim Detalhe Mosaico estilo bizantino Exposto Museu de Arte - Berlim Arte Bizantina • O caráter majestoso da arte bizantina pode ser observado também na arquitetura das igrejas. Um dos melhores exemplos é a basílica de Santa Sofia. • O revestimento de mármore e mosaicos e a sucessão de janelas e arcos criam um espaço interno de grande beleza. Igreja de Santa Sofia Istambul, Turquia Igreja de Santa Sofia Istambul, Turquia Interior Igreja de Santa Sofia Istambul, Turquia Cúpula Igreja de Santa Sofia Istambul, Turquia Cristo Pantocrator Basílica de Monreale, Itália. Mosaico estilo bizantino Imperador Justiniano (547-548 d.C.) - Igreja São Vital, Ravena Mosaico Imperatriz Teodora Igreja São Vital, Ravena Mosaico Procissão dos Mártires Igreja San Apollinare Nuovo, Ravena Mosaico Procissão dos Mártires Igreja San Apollinare Nuovo, Ravena Arte Bizantina Os ícones bizantinos • Além de trabalhar nos mosaicos, os artistas bizantinos criaram os ícones, uma nova forma de expressão artística na pintura. A palavra ícone, de origem grega, significa “imagem”. Como trabalho artístico, os ícones são quadros que representam figuras sagradas, como Jesus Cristo, a Virgem, os apóstolos, santos e mártires. Em geral, são bastante luxuosos. • Para os bizantinos o ícone tinha por objetivo criar uma ligação entre o humano e o divino. Arte Bizantina Para pintar os ícones, os artistas utilizavam a técnica da tempera ou a da encáustica, lançando mão de recursos que realçavam os efeitos de luxo e riqueza • Tempera é o nome dado a um dos modos como os artistas bizantinos preparavam a tinta usada em seus ícones. Consiste em misturar os pigmentos a uma goma orgânica, em geral gema de ovo, para facilitar a fixação das cores à superfície do objeto pintado. O resultado é uma superfície brilhante e luminosa. • Encáustica consiste em diluir os pigmentos em cera aquecida e derretida no momento da aplicação. Ao contrario da tempera, cujo efeito é brilhante, a pintura em encáustica é semifosca. Arte Bizantina Santa Sofia em São Paulo • Entre 1934 e 1939 foi construída em São Paulo uma réplica da basílica de Santa Sofia. A Catedral Metropolitana Ortodoxa. Catedral Metropolitana Ortodoxa São Paulo – Bairro Paraíso Interior Catedral Metropolitana Ortodoxa São Paulo Interior Catedral Metropolitana Ortodoxa São PauloArte Românica Arte Românica • No período iniciado no século V e conhecido como Idade Média a vida social e econômica deslocou-se da cidade para o campo. Sem condições propícias para o desenvolvimento das artes, a evolução cultural no campo manteve-se praticamente nula. Os mosteiros eram muito pobres e neles também foi difícil estabelecer uma atividade artística. Arte Românica • No século VII, as únicas fontes de preservação da cultura greco-romana eram as escolas voltadas para a formação do clero. • Somente a igreja continuava a contratar construtores, carpinteiros, marceneiros, vitralistas, decoradores, escultores e pintores, pois as igrejas eram os únicos edifícios públicos que ainda se construíam. Arte Românica • Em 800, Carlos Magno foi coroado imperador do Ocidente, teve início um intenso desenvolvimento cultural. O poder real uniu-se ao poder papal e Carlos tornou-se protetor da cristandade. • Na corte de Carlos Magno, criou-se uma academia literária e desenvolveram-se oficinas onde eram produzidos objetos de arte e manuscritos ilustrados. • A ilustração de manuscritos foi muito importante, além da arquitetura, a escultura, a pintura, a ourivesaria, a cerâmica, a fundição de sinos, a encadernação e a fabricação de vidros. Evangelhos de Lindisfarne e Livro de Kells Arte Românica O estilo românico na arquitetura • O nome românico foi criado para designar as obras arquitetônicas dos séculos XI e XII, na Europa, cuja estrutura se assemelhava à das construções dos antigos romanos. Seus aspectos mais importantes são: • a utilização da abóbada, • dos pilares maciços que a sustentam e • das paredes espessas • com aberturas estreitas usadas como janelas. Igreja beneditina de Murbach Alsácia, 1160 d.C. Arte Românica • O primeiro aspecto que chama a atenção nas igrejas românicas é o tamanho: elas são sempre grandes e sólidas. • Daí serem chamadas de: “fortalezas de Deus”. Catedral de Durham Arte Românica Dois tipos de abóbadas: • Abóbada de berço era simples: consistia num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas paredes. Apresentava duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria que podia provocar sérios desabamentos, e a reduzida luminosidade interna, resultante das janelas estreitas. • A abertura de grandes vãos era impraticável por enfraquecer as paredes e aumentar o risco de desabamento. Abóbada de berço Abóbada de berço Arte Românica 2 - Abóbada de aresta: foi desenvolvida para superar as limitações da abóbada de berço. Ela consistia na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com isso, obtinha-se certa leveza e maior iluminação interna. Como esse tipo de abóbada exige um plano quadrado para se apoiar, a nave central ficou dividida em setores quadrados, que correspondem às respectivas abóbadas. Esse aspecto refletiu-se na forma compacta da planta de muitas igrejas românicas. Abóbada de aresta Abóbada de aresta Catedral de Notre-Dame du Puy Séculos XI e XII, França. Interior Catedral de Notre-Dame du Puy Séculos XI e XII, França. Arte Românica Basílica de Saint-Sernin • Na cidade de Toulouse, era uma das paradas obrigatórias para os peregrinos que passavam pelo trecho francês rumo a Santiago de Compostela. • Para que os moradores assistissem aos ofícios religiosos sem ser perturbados pelos peregrinos em visita às relíquias locais, essa igreja apresenta importante solução arquitetônica: em torno da nave central há um corredor contínuo que também contorna (preambulatório), o altar-mor. Basílica de San-Sernin Tolouse, França. Plano arquitetônico Basílica de San-Sernin Tolouse, França. Interior Basílica de San-Sernin Tolouse, França. Mosteiro Saint Pierre Moissac, França. Detalhe capitéis Mosteiro Saint Pierre Moissac, França. Arte Românica • Numa época em que poucos sabiam ler, a Igreja recorria à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou transmitir aos fiéis valores religiosos. • Um lugar muito usado para isso era o portal, na entrada do templo. • No portal das igrejas românicas, a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano: a parede semicircular que fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vão superior da porta. Ex. Saint-Pierre Portal da entrada da igreja Saint Pierre Moissac, França. Portal da entrada da igreja Saint Pierre Moissac, França. Fachada Igreja de St. Trophine Arles, 1180 Arte Românica A arquitetura românica na península Itálica • Na Itália, a arte românica não apresenta formas pesadas, duras e primitivas. Por estarem mais próximos dos exemplos das arquiteturas grega e romana, os construtores da região deram a suas igrejas um aspecto mais leve e delicado Também sob influência greco-romana, procuraram usar frontões e colunas. • Ex. Catedral de Pisa Catedral e campanário Pisa, na Itália Arte Românica • Os construtores da Idade Média, na Península Itálica costumavam erguer a igreja, o campanário e o batistério como edifícios separados. • Pisa tinha a planta em forma de cruz e iniciou suas construções em 1063. • O edifício mais conhecido é o campanário, a famosa Torre de Pisa, cuja construção se iniciou em 1174. Com o passar do tempo ela foi sofrendo inclinação porque o terreno cedeu. Campanário Pisa, na Itália Arte Românica • Igreja • Campanário – Torre da igreja onde se encontram os sinos. • Batistério – Capela onde se encontra a pia batismal e onde se realizam as cerimônias de batismo. Arte Românica O estilo românico na pintura • Os pintores românicos caracterizaram-se não como criadores de telas de pequenas proporções, mas como verdadeiros muralistas. • Assim, a pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decorações murais, favorecidas pelas formas arquitetônicas: as abóbadas, as paredes laterais com poucas aberturas criavam grandes superfícies. Na pintura mural era utilizada a técnica do afresco. Arte Românica • Afresco • Essa técnica de pintura mural foi utilizada desde a Grécia Antiga, ela é executada sobre uma base de gesso ou nata de cal ainda úmida - por isso o nome derivado da expressão italiana fresco, de mesmo significado no português - na qual o artista deve aplicar pigmentos puros diluídos somente em água. Dessa forma, as cores penetram no revestimento e, ao secarem, passam a integrar a superfície em que foram aplicadas. O suporte pode ser parede, muro ou teto e a durabilidade do trabalho é maior em regiões secas, pois a umidade pode provocar rachaduras na parede e danificar a pintura. O termo também é usado para designar a pintura feita dessa maneira, normalmente em igrejas e edifícios públicos, e ocupando grandes extensões. Arte Românica • Os murais tinham como modelos a ilustrações dos livros religiosos, pois naquela época era intensa, nos conventos a produção de manuscritos decorados à mão com cenas bíblicas. • Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. Para as igrejas e os mosteiros eram geralmente escolhidos temas como a criação do mundo e do ser humano, o pecado original, a arca de Noé, os símbolos dos evangelistas e Cristo em majestade. Arte Românica • As deformações traduziam os sentimentos religiosos e a interpretação mística que o artista fazia da realidade. Ex: • A figura de Cristo era sempre maior que as demais. Sua mão e seu braço, no gesto de abençoar, tinham proporções intencionalmente exageradas para que o gesto fosse valorizado por quem contemplasse a pintura. Os olhos muito abertos e expressivos evidenciavam sua intensa vida espiritual. Arte Românica O colorismo dos murais se traduziu no emprego de: • cores chapadas e uniformes, • sem preocupação com meios-tons ou jogos de luz e sombra, • pois não havia a menorintenção de imitar a natureza. Arte Gótica Arte Gótica • Nos primórdios da Idade Média o centro da vida social estava no campo e o desenvolvimento intelectual e artístico ficava restrito aos mosteiros. • No século XII, teve início uma economia fundamentada no comércio. Como consequência, o centro da vida social deslocou-se do campo para as cidades e surgiu uma nova classe social: a burguesia urbana. A cidade voltou a ser o lugar onde as pessoas se encontravam e trocavam informações. Novamente, ela era o centro renovador dos conhecimentos, da arte e da própria organização social. Arte Gótica • No começo do século XII, a arte românica ainda era a predominante, mas já começavam a aparecer mudanças que conduziriam a uma profunda revolução na arquitetura, principalmente na arte de projetar e construir grandes edifícios. Arte Gótica A arquitetura no século XII • Gótico ligado a arquitetura caracterizada pelos arcos ogivais. Essa nova maneira de construir surgiu na França por volta de 1140. Arcos ogivais Interior da Catedral de San Amiens França Fachada da Catedral de Saint-Denis França Arte Gótica Fachada: • Românica: um único portal • Gótica: três portais, que dão acesso as três naves da igreja, a central e as duas laterais. Catedral românica Um portal Catedral gótica Três portais Arte Gótica • Os portais são continuados por duas altas torres. • Frisos que emolduram o tímpano e acima uma grande janela e acima dela outra, redonda, chamada rosácea. • A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico, presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV. Rosácea Catedral Notre-Dame Paris Rosácea Catedral Estrasburgo Rosácea Catedral de Chartres França Arte Gótica • Abóbada de nervuras, que difere muito da abóbada de arestas pois deixa visíveis os arcos ogivais, que forma sua estrutura. • O emprego do arco ogival permitiu a construção de igrejas mais altas. Além disso, o desenho das ogivas, que se alonga e aponta para o alto, acentua a impressão de altura e verticalidade, proximidade com Deus). Abóbada de nervuras Arcos ogivais Abóbada de nervuras Arte Gótica • Os pilares (suportes de apoio), dispostos em espaços regulares, permitiram dispensar as grossas paredes para sustentar a estrutura. • A consequência estética mais importante da introdução dos pilares foi a substituição das sólidas paredes com janelas estreitas, do estilo românico, pela combinação de pequenas áreas de parede com grandes áreas preenchidas por vidros coloridos e trabalhados chamados vitrais. Pilares góticos Interior Catedral de Durham Arte Gótica Vitrais: • Primeiramente derretia-se o vidro na fornalha e acrescentava-se diversos produtos químicos para deixá-lo colorido e translúcido. • Depois faziam-se placas de vidro. Cada placa depois de resfriada era recortada com uma ponta de diamante, segundo o desenho previamente determinado. • A seguir o artesão pintava com tinta opaca os detalhes da figura. Por fim, todas essas pequenas placas eram encaixadas umas nas outras por uma moldura metálica, chamada perfil de chumbo. Interior da Catedral De Sainte-Chapelle, Paris Arte Gótica • Entre os séculos XII e XIV, foi construída a catedral de Notre-Dame de Chartres. • Entre os muitos aspectos interessantes da sua arquitetura, destaca-se o portal principal, conhecido como portal régio e considerado pelos historiadores de arte como um dos mais belos conjuntos escultóricos do mundo. É formado por um portal central e dois laterais, sendo que os três dão acesso a nave central. Fachada Catedral de Chartres, França Catedral de Chartres, França Catedral de Chartres, França Arte Gótica • Os vitrais são o aspecto que mais chamam a atenção: os azuis intensos e os vermelhos brilhantes projetam uma luz violeta sobre as pedras da construção quebrando sua aparência de dureza. Arte Gótica Notre-Dame Paris • Em 1160, iniciou-se a construção da catedral de Notre-Dame de Paris, uma das maiores igrejas góticas do mundo, que introduziu um novo e importante recurso técnico: o arcobotante. Catedral Notre-Dame Paris Arte Gótica • O arcobotante é uma peça em forma de arco que transmite a pressão de uma abóbada da parte superior de uma parede para os contrafortes externos. • Isso possibilitou que as paredes laterais não tivessem mais a função de sustentar as abóbadas. Os edifícios góticos puderam, então abusar do emprego das grandes aberturas, preenchidas com belíssimos vitrais. Detalhe arcobotante Catedral Notre-Dame Paris Detalhe arcobotante Arte Gótica As igrejas góticas tinham mais de 30 m de altura. • Notre-Dame Paris – 32 m • Chartres – 36,5 m Arte Gótica Gárgulas: São estátuas em forma de pássaros monstruosos. Podem ser vistas no alto de prédios góticos, em geral igrejas e catedrais, e eram esculpidas de maneira a disfarçar os canos por onde escoava água de chuva dos telhados. Suas figuras grotescas e demoníacas seguem o estilo gótico medieval, que usava e abusava de esculturas nas construções de maneira teatral, como que contando histórias. Arte Gótica E as gárgulas, em alguma medida, inspiram os pesadelos humanos - frente a frente, é quase impossível não imaginá-las em súbito movimento, abandonando a vigia para aterrorizar no escuro da noite. Essa estranheza colaborou para que as pessoas passassem a acreditar que as gárgulas serviam também para afastar os maus espíritos. Gárgulas Catedral Notre-Dame Paris Gárgulas Gárgulas Após o incêndio em 2019. Após o incêndio em 2019. Arte Gótica Sainte-Chapelle • O mais belo exemplo do estilo radiante é a Sainte- Chapelle, construída entre 1243 e 1246, no palácio real da corte de Luis IX, em Paris. • O trabalho dos vitrais e a harmonia das colunas revestidas de dourado dão à arquitetura grande semelhança com os trabalhos filigranados em metal e esmalte dos relicários medievais. Vitrais Catedral Sainte-Chapelle Paris Vitrais Catedral Sainte-Chapelle Paris Catedral de Tournai Bélgica Catedral de Estrasburgo Catedral de Ulm Catedral de Milão Séc XIV ao XIX. Catedral de Canterbury Reino Unido Arte Gótica Catedral da Sé em São Paulo: ecos de um estilo gótico O estilo gótico das grandes catedrais góticas teve influências sobre a arquitetura de grandes catedrais católicas ao longo dos séculos. Em São Paulo, a catedral mais importante da cidade, construída em pleno século XX, apresenta importantes recursos da arquitetura gótica: • Arcos ogivais • Pilares com pequenas colunas ao redor, • Decoração com esculturas representando elementos da natureza (plantas e animais) • Vitrais • Arcobantes no seu exterior. Catedral da Sé São Paulo Estilo gótico Interior Catedral da Sé São Paulo Estilo gótico
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