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1 INTRODUÇÃO À GEOLOGIA E CIÊNCIAS DO SOLO

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INTRODUÇÃO À GEOLOGIA E CIÊNCIAS DO SOLO.
OBJETIVOS
 Conhecer a constituição e a formação do globo terrestre. 
 Compreender elementos do vulcanismo e da composição de minerais e rochas.
 Identificar aspectos dos intemperismos químico, físico e biológico.
 Explorar a relação entre rochas e águas subterrâneas.
a Terra se destaca como um belíssimo oásis no vazio do espaço. Porém, não é somente a beleza do nosso planeta que impressiona, mas também a sua fragilidade e a longa e, muitas vezes, turbulenta história, que deciframos por meio das pistas preservadas no registro geológico.
Podemos examinar a Terra do mesmo modo como examinamos um automóvel – isto é, como um sistema de componentes interligados, que interagem e afetam uns aos outros de muitas maneiras. Os principais subsistemas da Terra são a atmosfera, a biosfera, a hidrosfera, a litosfera, o manto e o núcleo (comparação da terra com um carro o mais interessante que nos cuidamos de nosso carro com todo carinho e planeta não e tratado do mesmo modo!!! Deveria!!!.)
O QUE É GEOLOGIA? 
Geologia, do grego geo e logos, é definida como o estudo da Terra, mas agora também inclui o estudo dos planetas e das luas no nosso sistema solar. Em geral, é dividida em duas grandes áreas: geologia física e geolo‐ gia histórica. A geologia física é o estudo dos materiais da Terra, por exemplo, os minerais e as rochas, bem como os processos que operam no interior da Terra e na sua superfície. A geologia histórica examina a origem e a evolução terrestre, seus continentes, seus oceanos, sua atmosfera e sua vida.
Muitos geólogos estão envolvidos na exploração de recursos minerais e energéticos, utilizando seu conhecimento especializado para localizar os recursos naturais nos quais a nossa sociedade indus‐ trializada se baseia. Outros geólogos usam seus conhe‐ cimentos para ajudar a resolver problemas ambientais.
Uma vertente desse estudo geológico é monitorar a poluição das águas superficial e subterrânea e sua con‐ sequente recuperação. Encontrar fontes adequadas de água subterrânea para as necessidades cada vez maiores das comunidades e das indústrias está se tornando cada dia mais importante. O estudo geológico também ajuda a definir locais seguros para construção de barragens, locais para eliminação de resíduos e usinas de energia; bem como na concepção de edifícios resistentes aos ter‐ remotos. As previsões, de curto e de longo alcance, acerca de terremotos e erupções vulcânicas e o seu potencial de destruição também são atividades dos geólogos.
Na nossa vida diária e às inú meras referências da geologia nas artes, na música e na literatura. Muitos desenhos e pinturas retratam rochas e paisagens de forma realista.
As referências à geologia estão presentes nas Lendas alemãs dos Irmãos Grimm, Há ainda uma série de livros. 
A geologia também desempenha um papel importante na história e na cultura da humanidade. Ao longo da história, impérios se ergueram e caíram; e guerras foram travadas para garantir a distribuição e a exploração de recursos naturais como o petróleo e o gás, bem como minerais valiosos, como o ouro, a prata e os diamantes.
o somos dependentes da Geologia em nossas rotinas diárias. Para uma boa parte da humanidade a eletricidade vem da queima de carvão, petróleo, gás natural ou urânio consumido em usinas nucleares. Os geólogos localizam o carvão, o petróleo (petróleo e gás natural) e o urânio. Cabos de cobre, e/ou de outros metais que transmitem eletricidade, são produzidos a partir de minérios encontrados como resultado da exploração mineral. Nos edifícios onde vivemos e trabalhamos, a fundação de concreto (uma mistura de argila, areia ou cascalho e calcário); a alvenaria seca (feita em grande parte de tijolos de argila queimada ou de gesso mine‐ ral) e as janelas (o quartzo mineral é o principal ingre‐ diente na fabricação de vidro) dependem dos recursos geológicos pesquisados pelos geólogos.
O carro ou o transporte público que usamos é construído de ligas de metais e de plástico e alimentado e lubrificado por algum tipo de subproduto do petró‐ leo. As rodovias ou ferrovias nas quais nos locomove‐ mos dependem de materiais geológicos como cascalho, asfalto, concreto e aço. Todos esses itens são resultado do processamento dos recursos geológicos. Como indivíduos e sociedade, desfrutamos de um padrão de vida que é totalmente dependente do consumo de materiais geológicos. Portanto, é necessário se conscientizar sobre como o uso e o abuso dos recursos geológicos pode afetar o meio ambiente.
 fundamental apoiar a criação de políticas que incentivem a gestão racional dos recursos naturais que também garantam o desenvolvimento e bem‐estar mundial.
novas técnicas devem ser desenvolvidas para reduzir o uso de nossa base de recursos não renováveis e aumentar nossos esforços de reciclagem, de modo que possamos diminuir a dependência de novas fontes materiais geológicas.
um aumento de 1o a 3 oC na temperatura média global de 2000 a 2100, na estimativa mais favorável, e um aumento de 2,5o a 6,5 oC sob as condições atuais de desenvolvi‐ mento global. Estes aumentos previstos na temperatura tem como base vários cenários que exploram diferentes vias de desenvolvimento global.
A temperatura mais alta também afetará o abastecimento de água, criando crises potenciais de água dentro dos próximos 20 anos.
Conforme os climas mudam, doenças como a malá‐ ria podem se espalhar para regiões que, até então, eram inóspitas para os mosquitos transmissores destas doenças que vivem em áreas quentes e úmidas. Além disso, o aque‐ cimento global contínuo resultará em um aumento do nível médio do mar, já que as calotas polares e as geleiras se derretem e derramam sua água nos oceanos. No atual ritmo do derretimento glacial, o nível do mar estará 21 cm maior por volta de 2050, aumentando assim o número de pessoas em risco de inundações nas zonas costeiras em aproximadamente 20 milhões!
alguns cientistas não acreditam que a tendência do aquecimento global seja resultado direto do aumento da atividade humana rela‐ cionada à industrialização.
A Terra, como sabemos, é um sistema extrema‐ mente complexo, com muitos mecanismos de retroali‐ mentações e interligações entre seus vários subsistemas e ciclos. É muito difícil prever todas as consequências que o aquecimento global teria para os padrões da cir‐ culação atmosférica e oceânica e seu efeito final sobre a biota terrestre. No entanto, é importante lembrarmos que, embora todos sejam vulneráveis a desastres rela‐ cionados às condições meteorológicas, as mudanças de grande escala provocadas pelas alterações climáti‐ cas terão impactos maiores sobre as populações menos favorecidas.
Mudança climática, se já estamos nela ou, eventualmente, nela estaremos num futuro próximo, não resta dúvida que seremos, de alguma forma, afeta‐ dos por ela – seja econômica ou socialmente.
Origem do Universo: ele começou com um Big Bang?
A maioria dos cientistas acredita que o Universo se originou há cerca de 14 bilhões de anos, num evento cósmico conhecido como Big Bang. O Big Bang é um modelo para a evolução do universo em que um estado denso e quente, foi seguido de expansão, de resfria‐ mento, e de um estado de menor densidade.
Como sabemos que o Big Bang ocorreu há, apro‐ ximadamente, 14 bilhões de anos? Por que o universo não poderia ter existido como o conhecemos hoje? Dois fenômenos fundamentais indicam que o Big Bang ocor‐ reu: (1) o universo está expandindo; e (2) é permeado por uma radiação de fundo.
O nosso sistema solar, que faz parte da Via Láctea, consiste do Sol, oito planetas, cinco planetas anões (incluindo Plutão), 101 luas ou satélites (embora este número continue a mudar com a descoberta de novas luas e satélites que cercam os planetas jovianos), um número enorme de asteroides – a maioria orbitando o Sol emuma zona entre Marte e Júpiter – milhões de cometas e meteoritos, e poeira e gases interplanetários (Figura 1.8). Qualquer teoria para explicar a origem e a evolução do sistema solar deve, portanto, ter em conta suas diversas funcionalidades e características.
Muitas teorias científicas sobre a origem do sistema solar foram propostas, modificadas e descartadas, desde que o cientista e filósofo francês, René Descartes, propôs, pela primeira vez, em 1644, que o sistema sola
O nosso sistema solar, que faz parte da Via Láctea, consiste do Sol, oito planetas, cinco planetas anões (incluindo Plutão), 101 luas ou satélites (embora este número continue a mudar com a descoberta de novas luas e satélites que cercam os planetas jovianos), um número enorme de asteroides – a maioria orbitando o Sol em uma zona entre Marte e Júpiter – milhões de cometas e meteoritos, e poeira e gases interplanetários (Figura 1.8). Qualquer teoria para explicar a origem e a evolução do sistema solar deve, portanto, ter em conta suas diversas funcionalidades e características. Muitas teorias científicas sobre a origem do sistema solar foram propostas, modificadas e descartadas, desde que o cientista e filósofo francês, René Descartes, propôs, pela primeira vez, em 1644, que o sistema sola.
A Terra é um planeta dinâmico que muda constante‐ mente há 4,6 bilhões de anos. A dimensão, a forma e a distribuição geográfica dos continentes e das bacias oceânicas mudaram ao longo do tempo; a composição da atmosfera evoluiu e as formas de vida atuais diferem das que viveram no passado. Montanhas foram desgas‐ tadas pela erosão e as forças do vento, da água e do gelo esculpiram uma diversidade de paisagens. Erupções vul‐ cânicas e terremotos revelam um interior ativo; assim como as rochas dobradas e fraturadas são o resultado dessa colossal dinâmica interior da Terra. A Terra é composta por três camadas: o núcleo, o manto e crosta (Figura 1.11). Esta divisão resulta das diferenças de densidade entre as camadas, relativa às variações na composição, na temperatura e na pressão. O núcleo tem densidade de 10 a 13 gramas por cen‐ tímetro cúbico (g/cm3) e ocupa cerca de 16% do volume total da Terra. Os dados sísmicos (terremotos) indicam que o núcleo é constituído por uma região interna peque‐ na e sólida, e uma porção exterior maior, aparentemente líquida. Acredita‐se que essas regiões consistam, princi‐ palmente, de ferro e níquel, subordinado.
Teoria das placas tectônicas
A aceitação da teoria das placas tectônicas é um marco importante nas ciências geológicas e comparável à revolução que a teoria da evolução de Darwin causou na biologia. As placas tectônicas têm proporcionado um quadro para interpretar, em escala global, a composição, a estrutura e os processos internos da Terra. Isso levou à conclusão de que os continentes e as bacias oceânicas são parte de um sistema de litosfera‐atmosfera‐hidrosfera que evoluiu em conjunto com o interior terrestre.
Quando a teoria das placas tectônicas foi apresen‐ tada, nos anos de 1960, esse conceito revolucionário teve consequências de longo alcance em todos os cam‐ pos da geologia. Ela permitiu, então, relacionar muitos fenômenos aparentemente sem conexão: a formação e a ocorrência de recursos naturais da Terra; a distri‐ buição e a evolução da biota mundial, entre outros. Além disso, o impacto da teoria das placas tectônicas é, particularmente, notável na interpretação da histó‐ ria da Terra. Por exemplo, as Montanhas Apalaches, no leste da América do Norte e as cadeias de montanhas da Groenlândia, Escócia, Noruega e Suécia não são o resultado de episódios de formação de montanhas independentes, ao contrário, fazem parte de um mesmo evento global,
Se quisermos garantir a sobrevivência da espécie humana, devemos primeiro entender como os vários subsistemas trabalham e interagem e, mais importante, como nossas ações afetam o delicado equilíbrio entre esses sistemas. Podemos fazer isso, em parte, estudando o que aconte‐ ceu no passado, particularmente na escala global.
A forma como consumimos esses recursos natu‐ rais e interagimos com o ambiente – como indivíduos e sociedade – determina como passaremos este padrão de vida para a próxima geração.
Ao estudar os vários assuntos abordados neste livro, tenha em mente os temas e os tópicos discutidos neste capítulo e o modo que, como as partes de um sis‐ tema, eles estão inter‐relacionados e como são respon‐ sáveis pelos eventos que ocorreram durante a história de 4,6 bilhões de anos da Terra. Ao relacionar o tópico de cada capítulo ao seu lugar no sistema terrestre, você terá uma maior apreciação de como a Geologia é tão essencial para as nossas vidas.
Furúm 1
FORMAÇÃO DO GLOBO TERRESTRE
ORIGEM
Desde sua origem, há 4,56 bilhões de anos, a Terra já sofreu inúmeras mudanças geológicas. Apesar da aparente estabilidade, os continentes se mantem em constante movimento e algum dia podem até se partir, fazendo com que algumas cordilheiras surjam e outras desapareçam.
Tudo faz parte de um ciclo geológico. Enquanto a maioria dos processos são muito lentos e quase imperceptíveis, outros são abruptos e tem consequências muitas vezes devastadoras. Os desastres naturais, como os terremotos e as erupções vulcânicas, mostram a magnitude dos processos que ocorrem no interior do planeta. 
ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
O interior da Terra divide-se em três partes quimicamente diferentes: crosta, manto e núcleo, de maneira semelhante à composição de um ovo. 
Estrutura interna da Terra (Foto: Reprodução/Colégio Qi)
A crosta terrestre
A crosta é porção externa, fina e rígida da Terra. Embora seja composta de material rochoso, é muito frágil em resistência. Nosso planeta possui uma crosta continental e uma oceânica que diferem em espessura, densidade e tipo de rochas.
A crosta continental possui as rochas mais antigas já encontradas (4 bilhões de anos). A relativamente jovem crosta oceânica compõe-se de material rochoso pesado; pelo fato de prevalecerem os compostos de silício e magnésio, ela também é conhecida como “SiMa”. O material da crosta continental é menos denso, composto de granito com alto conteúdo de silício e alumínio (“SiAl”).
O manto
Em média, o manto tem 2.850 km de espessura e representa aproximadamente 68% da massa da Terra. Sua camada superir consiste em material rochoso e, junto com a crosta sólida, forma a litosfera. Há, no manto terrestre, alguns pontos mais quentes que o restante, chamados de hot spots (pontos quentes). Nesses locais, o material do manto tende sempre a subir e atravessar a crosta. Quando ele consegue isso, forma-se na superfície da Terra um vulcão.
O núcleo 
O núcleo é composto basicamente de ferro (80%) derretido, alcançando uma temperatura de 1.000°C. Acredita-se que o núcleo terrestre seja formado de duas porções, uma externa, de consistência líquida, e outra interna, sólida e muito densa.
TIPOS DE ROCHA
Tipos de rocha (Foto: PRESS, Frank. Para entender a Terra. Bookman, 2008. p. 105)
As rochas são compostas por um agregado sólido de minerais. As primeiras rochas da Terra foram formadas a partir do resfriamento superficial do magma, fazendo com que a rocha derretida cristalizasse essas rochas são chamadas magmáticas ou ígneas.
Quando essa rocha sofre mudanças na estrutura cristalina original (mineralogia, textura ou composição química), devido a mudanças de pressão ou temperaturas altas o bastante para as rochas modificarem, seja por recristalização ou por reações químicas, surgem as rochas metamórficas.
As rochas sedimentares, mais abundantes na superfície da Terra, são formadas pela compactação de sedimentos produzidos pelo intemperismo (sedimentação), isto é, a desagregação física, dissolução química ou decomposição biológica das rochas em fragmentos de vários tamanhos.
FORMAÇÃO DOS CONTINENTES
Evolução dos continentes (Foto: Colégio QI)
Teoria da Deriva dos Continentes
Apesarda atual divisão do mundo em continentes parecer uma situação estática, se nos basearmos em um referencial de milhões de anos, tudo indica que não é bem assim.
Segundo a Teoria da Deriva dos Continentes, existe um movimento, ainda que imperceptível dentro de nossa vivência de tempo, que faz com que os continentes se desloquem lentamente. Essa teoria foi proposta em 1912 pelo alemão Alfred Wegener, que observou o recorte da costa leste da America do Sul e o comparou com a da costa oeste da África e notou algumas semelhanças, como se os dois lados tivessem um dia estado juntos.
Em determinada época, há centenas de milhões de anos, todos os continentes formavam um só bloco, a Pangeia. Ao longo de milhões de anos, com o movimento das placas tectônicas a Pangeia dividiu-se inicialmente em duas partes: Gondwana e Laurásia. Daí para frente, as partes foram fragmentadas, até assumir a forma atual.
Teoria da tectônica de placas
A tectônica de placas é uma teoria geológica sobre a estrutura da litosfera. A teoria explica o deslocamento das placas tectônicas que formam a superfície terrestre, assim como a formação de cadeias montanhosas, as atividades vulcânicas e sísmicas e a localização das grandes fossas submarinas. Dessa forma, a crosta está dividida em muitos fragmentos, as placas tectônicas. As placas flutuam sobre o manto, mais precisamente sobre a astenosfera, uma camada plástica situada abaixo da crosta. Movimentam-se continuamente, alguns centímetros por ano. Em algumas regiões do globo, duas placas se afastam uma de outra e em outros, elas se chocam. Acredita-se que o motor da tectônica de placas seja a corrente de convecção – material quente que sobe e material frio que desce produzida por essa troca.
Os continentes continuam se movendo até hoje. A teoria da Tectônica de Placas, que aperfeiçoou a Teoria da Deriva Continental, é, atualmente, a forma mais aceita de se explicar a formação dos continentes.
VULCANISMO, 
vulcanismo é o conjunto de atividades de movimentação e liberação de materiais magmáticos do interior para a superfície da Terra. É, portanto, toda e qualquer atividade relacionada com a dinâmica dos vulcões e do material por eles liberado. Os elementos liberados com o magma, geralmente rochas, cinzas e fumaça, são chamados de materiais piroclásticos.
As atividades vulcânicas são importantes informações sobre o funcionamento do interior da Terra, sendo estudadas por diversas áreas do conhecimento científico. Elas demonstram algumas propriedades do magma existente no manto superior, além de fornecer dados químicos e físicos sobre as camadas internas do planeta, muito embora algumas propriedades minerais sejam perdidas durante o deslocamento do material magmático.
Os vulcões são importantes elementos de modelagem do relevo, uma vez que a solidificação da lava por eles emitida dá origem a rochas ígneas ou magmáticas extrusivas, também chamadas de rochas vulcânicas. O exemplo mais conhecido é o basalto. Essas rochas, posteriormente, poderão dar origem aos solos, transformarem-se em rochas metamórficas ou se converterem em sedimentos que, mais tarde, poderão formar as rochas sedimentares.
O resfriamento da lava vulcânica dá origem a rochas. Na imagem, temos a formação do basalto
As erupções consistem, assim, no processo de liberação do calor interno da Terra e são mais comuns nas zonas de encontro entre duas placas tectônicas. Não por acaso, localidades que costumam sofrer com terremotos também apresentam grandes vulcões, a exemplo do Chile, haja vista que esses dois fenômenos naturais estão relacionados com o tectonismo.
MINERAIS E ROCHAS
Os minerais são substâncias encontradas na natureza, formados por uma composição química equilibrada, resultante de milhões de anos de processos inorgânicos (ação do calor, pressão, etc). Todos os minerais são sólidos, como feldspato, mica, quartzo. A água, apesar de ter fonte mineral, não é um minério, assim como o mercúrio (que é líquido em temperatura ambiente).
As rochas são formadas por dois ou mais minerais agrupados. Existem três classificações para as rochas, de acordo com a sua formação: magmáticas, sedimentares e metamórficas.
Rochas Magmáticas
As rochas magmáticas, ou ígneas, como também são chamadas, são formadas pelo magma solidificado expelido por vulcões, e ainda podem ser subdivididas em dois tipos: intrusivas e extrusivas;
Rochas magmáticas intrusivas
São as rochas formadas pelo magma que se solidificou em grandes profundidades. O granito é uma das variedades desse tipo de rocha. No Brasil, algumas serras são formadas de granito, como a da Mantiqueira, do Mar, e algumas serras do Planalto Residual Norte-Amazônico.
Rochas magmáticas extrusivas
São as rochas que são formadas pelo magma solidificado na superfície. Um exemplo de rocha extrusiva é o basalto.
Basalto. Foto: Tyler Boyes / Shutterstock.com
Rochas Sedimentares
São formadas através da sedimentação de partículas de outras rochas existentes ou de materiais orgânicos. As rochas sedimentares podem ser divididas em três tipos: clásticas, orgânicas e químicas.
Clásticas
Também chamada de rochas sedimentares detríticas, são formadas por detritos de outras rochas antigas. Como exemplo de rocha clástica, existe o Arenito, Tilito, etc.
Arenito. Foto: Siim Sepp / Shutterstock.com
Orgânicas
As rochas sedimentares orgânicas são formadas por restos de animais e vegetais mortos, que vão se acumulando em alguns locais, e através de grande pressão e temperatura, dão origem á rochas e minerais como calcário, carvão mineral, petróleo, etc.
Calcário. Foto: mangojuicy / Shutterstock.com
Químicas
São formadas quando o líquido (água) onde os sedimentos de rocha estão dispersos, se torna saturado. As rochas químicas em geral formam cristais. Ex: calcita, aragonita, dolomita, estalactites e estalagmites.
Estalactites. Foto: Mazzzur / Shutterstock.com
Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas são rochas que sofreram alterações na sua estrutura em decorrência de altas pressões e temperaturas. Exemplos de rochas metamórficas são o mármore, quartzito (de onde é extraído o quartzo), etc.
INTEMPERISMO 
intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na alteração física e química das rochas e de seus minerais. É um importante agente no processo de formação de solos e modelador do relevo.
Existem dois tipos de intemperismo:
Intemperismo químico: Quebra da estrutura química dos minerais que compõe a rocha ou sedimento (material de origem). As rochas, então, sofrem um processo de decomposição. A intensidade deste intemperismo é relacionada com a temperatura, pluviosidade e vegetação, ocorrendo principalmente nas regiões intertropicais.
Intemperismo físico: Desagregação ou desintegração do material de origem (rocha ou sedimento) sem que haja alteração química dos minerais constituintes. Ele, portanto, causa uma desagregação de fragmentos cada vez menores, conservando as características de seus minerais, aumentando a superfície de contato dos fragmentos, o que colabora com o intemperismo químico. Em regiões desérticas e de clima semiárido esse processo é mais intenso.
Esquema que demonstra a desagregação da rocha e o aumento de sua superfície de contato
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Dentre os fatores que influenciam o intemperismo, tem-se, principalmente:
Clima: principal agente do intemperismo, pois ele determina a quantidade de chuva e temperatura que atingirá a rocha, alterando quimicamente seus minerais. O clima também determina a quantidade de ventos, o que altera fisicamente as rochas.
Relevo: Ele determina o fluxo de água e sua infiltração no solo. Em terrenos mais íngremes, a infiltração da água no solo será baixa, enquanto que em superfícies mais aplainadas ela será maior. Isso é importante, pois quanto mais tempo de contato entre água e rocha, mais reações químicas, aumentando assim a intensidade do intemperismo.
Existem também outros fatores que influenciam o intemperismo, tais como a composição mineral das rochas, o tempo cronológico, cobertura vegetal e a rocha-mãe.Por Régis Rodrigues
Graduado em Geografia
Fatores que influenciam no intemperismo: clima, chuva e relevo
 ROCHAS 
Rocha é um agregado sólido que ocorre naturalmente e é constituído por um ou mais minerais ou mineraloides. A camada externa sólida da Terra, conhecida por litosfera, é constituída por rochas. A rocha mais antiga da Terra, uma lasca de 2 centímetros coletada pelos astronautas da Apollo na Lua, é um fragmento de 4 bilhões de anos[1].
O estudo científico das rochas é chamado de petrologia, um ramo da geologia. Os termos populares pedra e calhau se referem a pedaços ou fragmentos soltos de rochas. Para ser considerada como uma rocha, esse agregado tem que ter representatividade à escala cartográfica (ter volume suficiente) e ocorrer repetidamente no espaço e no tempo, ou seja, o fenômeno geológico que forma a rocha ser suficientemente importante na história geológica para se dizer que faz parte da dinâmica da Terra.
As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas. As rochas magmáticas foram formadas de magma, as sedimentares pela deposição de sedimentos e posterior compressão destes, e as rochas metamórficas por qualquer uma das primeiras duas categorias e posteriormente modificadas pelos efeitos de temperatura e pressão. Nos casos onde o material orgânico deixa uma impressão na rocha, o resultado é conhecido como fóssil.
Ígneas ou Magmáticas
Ver artigo principal: Rocha ígnea
O granito, um exemplo de rocha ígnea.
Rochas ígneas (mais conhecidas como Magmáticas) são resultado da solidificação e consolidação do magma (ou lava)[2], por isso o nome rochas magmáticas. O magma é um material pastoso que, há bilhões de anos, deu origem às primeiras rochas de nosso planeta, e ainda existe no interior da Terra. As rochas ígneas podem, de maneira geral, ser classificadas sob dois critérios: texturais e mineralógicos. [3] O critério textural é especialmente útil na identificação do ambiente onde a rocha se cristalizou, enquanto o mineralógico é baseado na proporção entre seus minerais principais.[3] A classificação da maior parte das rochas ígneas, segundo o critério mineralógico, é feito com base no diagrama QAPF, usado para rochas com menos de 90% de minerais máficos.[3] Podem ser de dois tipos, a saber[2]:
· Vulcânicas (ou extrusivas) - são formadas por meio de erupções vulcânicas, através de um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto e a pedra-pomes, cujo resfriamento dá-se na água. O vidro vulcânico é um tipo de rocha vulcânica de resfriamento rápido.
· Plutônicas (ou intrusivas) - são formadas dentro da crosta por meio de um processo lento de resfriamento. Alguns exemplos são o granito e o diabásio.
Sedimentares
Ver artigo principal: Rocha sedimentar
Paredão exibindo perfil de depósitos de varvito, no Parque do Varvito, em Itu,SP. Note a regularidade das estratificações.
Na superfície da terra, as rochas sofrem a ação de diversos fatores, como o calor, frio, chuva, vento, neve e gelo. Durante milhares de anos, uma rocha vai se partindo em pedaços e vão ficando cada vez menores e sendo arrastados para outros lugares. Então, esses pequenos fragmentos vão se acumulando, se apertando e se depositando uns sob os outros, formando novas rochas que, por serem constituídas por sedimentos acumulados, recebem o nome de Rochas Sedimentares.[4] Fazem parte de 80% da superfície dos continentes. Classificam-se em:
· Detríticas - são as rochas formadas a partir de detritos de outras rochas. Alguns exemplos são o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho.
· Quimiogénicas - resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água. Alguns exemplos são o sal-gema, as estalactites e as estalagmites.
· Biogénicas - são rochas formadas por restos de seres vivos. Alguns exemplos são o calcário conquífero, formado através dos resíduos de conchas de animais marinhos. Possui o mineral cálcite.; e o carvão, formado a partir dos resíduos de vegetais.
Rochas Metamórficas
Ver artigo principal: Rocha metamórfica
O Quartzito, um exemplo de rocha metamórfica.
São as rochas formadas através da deformação de outras rochas, magmáticas, sedimentares e até mesmo outras rochas metamórficas, devido a alterações de condições ambientais, como a temperatura e a pressão ou ambas simultaneamente. Alguns exemplos são o gnaisse, formado a partir do granito; a ardósia, formada a partir do argilito; o mármore, formado a partir do calcário, e o quartzito, formado a partir do arenito.
As rochas mais antigas são as magmáticas seguidas pelas metamórficas. Elas datam das eras Pré-Cambriana e Paleozoica. Já as rochas sedimentares são de formação mais recente: datam das eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Essas rochas formam um verdadeiro capeamento, ou seja, encobrem as rochas magmáticas e as metamórficas quando estas não estão afloradas à superfície da Terra.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.
O que são (definição)
Águas subterrâneas são aquelas presentes no subsolo do planeta Terra, localizando-se, principalmente, em espaços vazios entre as rochas.
 
Estas águas representam uma importante fatia da água doce do planeta e estão presentes, principalmente, nos aquíferos.
 
Principais características:
- Quase a totalidade das águas subterrâneas é doce e, portanto, próprias para o consumo humano.
 
- Em muitos locais a extração das águas subterrâneas é complexa, em função da profundidade do aquífero ou da presença de rochas muito duras.
 
- Em muitos locais podem possuir grandes quantidades de minerais.
 
Importância
Em função da falta de água doce em muitas regiões, as águas subterrâneas tornam-se uma excelente opção para o uso em diversas atividades (residencial, industrial, agricultura e etc.).
 
São de extrema importância na manutenção da umidade do solo e na alimentação de muitos lagos e rios existentes no mundo todo.
 
Em muitas regiões afastadas dos grandes centros urbanos, em que não há presença de água encanada, são extraídas do subsolo através de poços artesianos, tornando-se assim uma boa opção para o consumo.
 
Poluição das águas subterrâneas
As águas subterrâneas podem, assim como as superficiais, enfrentar problemas relacionados à poluição. Esta deriva, principalmente, da contaminação do solo por produtos químicos de origem agrícola (pesticidas), industrial (chumbo e outros metais pesados) e residencial (esgoto doméstico).
 
Estes poluentes podem penetrar na terra e contaminar as águas subterrâneas, deixando-as impróprias para o consumo. Uma vez poluídas, estas águas subterrâneas podem conduzir estes poluentes para os rios e lagos com os quais possuem contato.
 
Aquíferos brasileiros
As águas subterrâneas estão presentes em grande volume no Brasil. Sendo que a maior quantidade deste tipo de água está presente no Aquífero Guarani, localizado no subsolo dos estados de SP, MS, GO, PR, SC, RS, noroeste do Uruguai e faixa leste da Argentina. Este aquífero possui, aproximadamente, 35 trilhões de metros cúbicos de água doce.
 
Os mais  importantes aquíferos brasileiros são: Barreiras (costa nordeste e norte do Brasil); Solimões e Alter do Chão (Amazônia); Cabeças, Serra Grande e Poti-Piauí (estados do Piauí e Maranhão); Açu (no Rio Grande do Norte) e São Sebastião (na Bahia).
 
Curiosidades:
- De acordo com estudos hidrológicos recentes, as águas subterrâneas possuem volume cem vezes maior do que as águas doces superficiais (presentes nos rios, lagos, córregos e etc.).
 
- Em algumas localidades, as águas subterrâneas afloram das rochas com temperaturas elevadas.
RESPOSTA DO FORUM
FORMAÇÃO DO GLOBO TERRESTRE,
 VULCANISMO, 
MINERAIS E ROCHAS, 
INTEMPERISMO E
 ROCHAS E
 ÁGUAS SUBTERRÂNEAS.

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