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Historia Antiga da America

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Departamento de Ciências de Educação
Curso de Lincenciatura em Ensino de História
A DESTRUIÇÃO DAS CIVILIZAÇÕES INDÍGENAS NO PERÍODO DA OCUPAÇÃO EUROPEIA E O LEGADO HISTÓRICO PARA OS DIAS ATUAIS, NO CASO DE MOÇAMBIQUE 
Nome: Sérgio Manuel Jamisse; Códgo: 41180005
Maxixe, Setembro de 2019
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Departamento de Ciências de Educação
Curso de Lincenciatura em Ensino de História
A DESTRUIÇÃO DAS CIVILIZAÇÕES INDÍGENAS NO PERÍODO DA OCUPAÇÃO EUROPEIA E O LEGADO HISTÓRICO PARA OS DIAS ATUAIS, NO CASO DE MOÇAMBIQUE 
 (
Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação do Curso de licenciatura em Ensino de História do ISCED.
Tutor:
 Dr. Pedro Tomás
)
Nome: Sérgio Manuel Jamisse; Códgo: 41180005
Maxixe, Setembro de 2019
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Conceito de Colonização ..................................................................................................5
Exemplos de colonização na História................................................................................5
Fatores da colonização da América pelos europeus..........................................................5
O Início da colonização europeia à América ....................................................................6
A chegada dos europeus na América ................................................................................7
Os Indíginas.......................................................................................................................8
As conseqüências da conquista para os indígenas ............................................................8
A Imigração religiosa .......................................................................................................9
Imigração forçada............................................................................................................10
A sociedade colonial .......................................................................................................10
O Legado histório da colonização para os nossos dias....................................................11
No caso de Moçambique.................................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
Introdução
A América era povoada por índios durante dezenas de milhares de anos e em todo o continente se desenvolveram civilizações importantes, como os maias, astecas e incas, entre outras. Apesar dos vikings terem explorado e estabelecido bases nas costas da América do Norte a partir do século X, estes exploradores aparentemente não colonizaram a América, limitando-se a tentar controlar o comércio de peles de animais e outras mercadorias da região. 
O continente americano foi colonizado principalmente por portugueses, ingleses, espanhóis, franceses e holandeses. Porém, o processo de colonização aconteceu de forma distinta entre os países do continente.
A Colonização da América pelos europeus foi aparentemente devido a um erro: eles procuravam a Índia, que era a fonte da seda e das especiarias, produtos que tinham um grande valor comercial no velho continente e, em vez de navegarem para leste, perderam-se e foram para oeste, encontrando o Novo Mundo. No entanto, estabeleceram-se ali e praticamente aniquilaram as populações e civilizações indígenas.
Neste contexto, este trabalho explicará alguns dos seus impactos para o mundo atual, com maior destaque para a realidade experimentada no continente africano, no país independente que hoje é Moçambique. Para isso, o presente trabalho tem como objectivo geral compreender o legado histórico da destruição das civilizações indígenas no período da ocupação europeia para o mundo atual, principalmente para Moçambique; e os específicos são de identificar os factores que motivaram a Europa à colonização, descrever a trajetória pela qual chegou à América e por fim explicar este legado histórico para os dias actuais, no caso do nosso país.
Colonização o que é?
Colonização é o ato de colonizar, ou seja, quando pessoas de um determinado país ou região vão para uma outra região (desabitada ou com nativos) para habitar ou explorar. No processo de colonização, ocorre a influência ou transferência cultural dos colonizadores para os colonizados e vice-versa. Existem dois tipos de colonização: de exploração e de povoamento. 
Na colonização de povoamento, os colonizadores buscam desenvolver a região colonizada. Criam leis, organizam, investem em infra-estrutura e lutam por melhorias. Como exemplo, podemos citar a colonização inglesa nos Estados Unidos.
Exemplos de colonização na História:
Colonização Americana: Os Estados Unidos foram colonizados por ingleses. O Canadá foi colonizado pelos ingleses e franceses. O Brasil foi colonizado pelos portugueses. Os países de língua espanhola da América (Argentina, México, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile, entre outros) sofreram colonização espanhola.
Colonização da África: os países africanos foram colonizados pelos europeus (colonização de exploração). Portugal, por exemplo, colonizou Angola, Moçambique e Cabo Verde. A África do Sul foi colonizada pelos ingleses. Marrocos e Argélia foram colonizados pela França.
Colonização da Oceania: tanto Austrália quanto a Nova Zelândia foram colonizadas pela Inglaterra.
Fatores da colonização da América pelos europeus 
Os principais fatores que levaram à colonização das Américas estão ligados à profunda crise que abalou a Europa, a partir do século XIII. A falta de mercados, a grande fome, as epidemias e a super exploração pela nobreza feudal fizeram desaparecer grande quantidade de camponeses e, como consequência, houve o retraimento do comércio. DaÍ a colonização passou a ser vista como uma promissora chance de recuperação de uma Europa em crise, política, econômica, social e religiosa.
Segundo Élisabeth Carpentier e Jean Pierre Arrignon, no fim da Idade Média a Europa passou por diversas crises ligadas às pestes e às guerras. Os Países foram sendo despovoados e não havia desenvolvimento econômico, nem social, este período foi o fim de um mundo antigo e princípio de um mundo novo. 
Com o fim das crises, a Europa iniciou, durante o século XV, o período moderno, com avanço populacional, aumento das classes burguesas, bem como com o desenvolvimento das trocas comerciais. Para as trocas eram utilizados os metais, como o ouro, a prata e o cobre. Todavia, o metal utilizado para fazer as grandes trocas comerciais "o ouro", começou a ficar escasso. Nessa época, os principais produtos comercializados pela nobreza e pela burguesia europeia eram as especiarias. Assim, precisavam conquistar novos espaços para conseguir as especiarias, e o ouro. Portanto, era preciso iniciar o processo de conquistas para os Países europeus conseguirem a principal fonte de poder e de riquezas. 
O Início da colonização europeia à América 
O início da colonização européia das Américas é geralmente datada de 1492, embora tenha havido pelo menos um início de colonização esforço. Neste período, Portugal era um dos Países europeus com maior desenvolvimento, logo somadas as questões da falta de metais na Europa, o alto conhecimento dos portugueses na navegação e com o desenvolvimento do País, Portugal estava preparado para iniciar as Grandes Navegações. A nobreza procurava no ultramar novas terras e novas fontes de riquezas. 
A Espanha também por sua vez, com o fim da Guerra da Reconquista, os espanhóis estavam finalmente dispostos a avançar a economia e a se desenvolver. Por isso, baseados na experiência de Portugalde avançar o além-mar, a Espanha, em 1492, decidiu iniciar as navegações. 
Cristóvão Colombo, aprendeu a navegar e a partir daí, gestou a idéia de alcançar o “fim do Oriente.” Para isso, passou a ser o conhecedor das navegações e começou a traçar uma rota de navegação, passando do Oriente ao Ocidente pelo Oceano Pacífico. Colombo partiu a 3 de agosto de 1492 com três caravelas, fez-se a oeste e alcançou terra a 12 de outubro, persuadido de ter chegado à Ásia. Durante as três viagens que depois realizou, tocou em algumas das Antilhas e também no litoral do próprio continente americano. Desta forma, pela primeira vez os europeus chegaram à América e então iniciou-se o processo de conquista do denominado “Novo Mundo”. 
De maneira geral, as colônias européias na América dividem-se em colônias de exploração e de povoamento. As de exploração caracterizam-se pela grande propriedade, pela monocultura e pelo trabalho escravo, especializam-se na produção de metais preciosos e gêneros agrícolas para abastecer o mercado europeu, como é o caso da colonização espanhola e portuguesa e da inglesa no sul dos EUA. E nas colónias de povoamento predominava a pequena propriedade, a policultura e a mão-de-obra familiar. A produção destinava-se ao mercado interno. 
No entanto, a colonização e exploração das Américas também transformou o mundo, acabou de adicionar 31 novos Estados-nação para a comunidade global. Por um lado, o cultural e religiosa arrogância que os colonos levados a negar qualquer coisa de valor na América pré-colombiana era destrutiva, mesmo genocida. Por outro lado, muitos daqueles que se instalaram no Novo Mundo também foram visionários políticos e sociais, que encontraram oportunidades lá, o que para eles era uma tabúa rasa, para visar a atingir seus mais altos ideais de justiça, igualdade e liberdade .
A chegada dos europeus na América 
As primeiras conquistas foram feitas pelo Espanha e Portugal. Em 1494 o Tratado de Tordesilhas , ratificado pelo Papa, esses dois reinos foram divididos de todo o mundo não europeu entre si, com uma linha desenhada pela América do Sul. 
O Frei espanhol Bartolomé de Las Casas descreve os primeiros contatos: As Índias foram descobertas em 1492 e povoadas pelos espanhóis no ano seguinte. As novas terras de América foram achadas, ou descobertas, em momento de expansão europeia e, provavelmente, já se sabia não só de sua existência, como de homens e mulheres vivendo. Todos os primeiros relatos são pródigos de elogios à terra e às gentes e não se cansam de enaltecer a humanidade dos habitantes, inclusive sua beleza física, sua saúde e solidariedade. 
Assim, Cristóvão Colombo decidiu começar a levar os habitantes que viviam naquelas terras, os chamados de indígenas, para a Europa para serem comercializados como escravos, transformando o seu modo de vida.
A exploração das minas de metais preciosos foi a principal atividade econômica das colônias espanholas. Sistemas de trabalho forçado garantiam a utilização de mão-de-obra indígena. Por meio do repartimiento, a terra é dividida entre os colonos, e, pela encomenda, é entregue a eles certo número de índios. Os espanhóis conquistaram a América de forma extremamente violenta. 
De acordo com as narrativas de Flávio de Campos e Renan Garcia Miranda, massacraram os indígenas, a fim de apoderarem-se de todo o seu ouro. Eles eram submetidos a trabalhos forçados e algumas etnias foram dizimadas pelas guerras, pelas doenças e pelos massacres. 
No contexto dos massacres, muitas etnias indígenas da América espanhola foram destruídas, como os Incas no Peru e os Astecas no México e os Maias. Assim, o contato em grande escala com os europeus a partir de 1492 introduziu novos germes para os povos indígenas das Américas. Epidemias de varíola, tifo, gripe, difteria e sarampo varreu a frente do contato europeu inicial, matando milhões de pessoas, até 95 por cento da população indígena das Américas. Esta perda de população e o caos cultural e política facilitou tanto a colonização da terra e a conquista das civilizações nativas. À medida que mais países ganhou um interesse na colonização das Américas, competição por território tornou-se cada vez mais acirrada. Os colonos muitas vezes enfrentaram a ameaça de ataques de colônias vizinhas, bem como de tribos indígenas e piratas.
Porém, Bartolomé de Las Casas foi um dos homens que evitou maiores barbáries na época colonial, vez que acreditava que todos, inclusive os indígenas, tinham de ter o direito à vida e à liberdade, como expõe Carlos Frederico Marés.
Os Indíginas
Os eurocentristas ignoravam qualquer possibilidade de existência de povos civilizados na América. Para eles, era impossível admitir que enquanto camponeses morriam de fome, na decadente Europa feudal, Estados organizados e centralizados construíam na América complexas obras, dignas de povos altamente desenvolvidos.
Os povos da América estavam, em 1492, em diferentes estágios de desenvolvimento, Dentre eles, os Astecas, no México, os Maias, na região central, e os lncas, na América Latina, atuaram como sintetizadores de culturas anteriores e, ao mesmo tempo, como focos irradiadores de civilização, Entretanto, impaciente para se tornar rica a tripulação de Colombo não se conformou com os presentes em ouro e prata dados pelos, até então, pacíficos habitantes dos trópicos e começou a saquear as aldeias indígenas. 
Os europeus dizimaram os construtores de uma civilização que em diversos aspectos superava, desestruturaram os avanços científicos transmitidos por gerações de americanos e, sobretudo, destruíram as possibilidades de um desenvolvimento autônomo.
Sociedades indígenas são sociedades igualitárias, não estratificadas em classes sociais e sem distinções entre possuidores dos meios de produção e possuidores de força de trabalho. São sociedades que se reproduzem a partir da posse coletiva da terra e dos recursos nela existentes e da socialização do conhecimento básico indispensável à sobrevivência física e ao equilíbrio sócio-cultural dos seus membros. 
Verifica-se que os indígenas possuíam uma sociedade extremante diferente da sociedade européia, sendo que esta chegou ao aos terrenos com o intuito de obter riquezas e poder, enquanto que os indígenas somente utilizavam a terra, a água e caçavam para a sobrevivência da espécie. 
As consequências da conquista para os indígenas 
A partir da chegada dos europeus na América, a vida dos indígenas foi transformada. Além do cotidiano e dos costumes, começou a ser modificado também o meio ambiente, como esclarece Carlos Frederico Marés de Souza Filho: Os europeus, especialmente os portugueses e espanhóis, chegaram na América como se estivessem praticando a expansão de suas fronteiras agrícolas. Foram chegando, extraindo as riquezas, devastando o solo e substituindo a natureza por outra, mais conhecida e dominada por eles. Diferente do que muitos contam, os indígenas, assim como os negros, foram escravizados. Darcy Ribeiro relata que eles eram caçados e apropriados pelos senhores para os servirem. Enquanto o negro era utilizado para mão-de-obra mercantil e de exportação, o índio era utilizado para transportar cargas, para cultivar gêneros, preparar alimentos, para a caça e a pesca. 
Desta forma o indígena passou a perder seu espaço e sua liberdade, ficando cada vez mais dependente do “homem branco”, o que ficou ainda mais marcado com a vinda dos Jesuítas, em meados do século XVI. 
A Imigração religiosa
Os católicos romanos foram o primeiro grande grupo religioso a imigrar para o Novo Mundo, como colonos nas colônias de Portugal e Espanha (e, mais tarde, na França) eram obrigados a pertencer a essa fé. 
Quando iniciaram as Grandes Navegações, os europeus, além de objetivarem a busca por riquezas, tinham como finalidade catequizar um maior número de pessoas em diversos lugares do mundo, quando vieram os Jesuítas, que faziam parte da ordem religiosa “Companhia de Jesus”. 
Durante as Missões Jesuíticas, que marcaram os Séculos XVI e XVII, a intenção era de integrar o indígena nos moldes deuma Sociedade Cristã, fazendo com que ele perdesse suas características tradicionais e abrisse mão de sua cultura, sua crença e sua língua. Nas Missões, organizadas pela Companhia de Jesus, as crenças das comunidades indígenas eram tidas como pecado, sendo-lhes ensinadas as lições Bíblicas e a Religião Católica. 
Todavia, de acordo com Jesús Antonio de La Torre Rangel, o trabalho missionário foi a primeira forma de tutela dos povos indígenas, que os consideravam inferiores aos europeus, incapazes “de defender-se por seus próprios meios, de poder alcançar por si só os níveis mais altos da cultura, de elaborar por si mesmos a exploração econômica da região.” 
Os indígenas, mesmo que considerados protegidos dentro das Missões porque nelas não havia pobreza nem escravidão, foram aos poucos perdendo suas tradições e cultura, tendo em vista que, conforme Thais Luzia Colaço, os indígenas eram para os europeus: seres inferiores e incapazes de se autogovernar; assim, através do regime tutelar das Missões lhes trariam a civilização e a consequente `humanização`, legitimando a transmissão e a interferência cultural, inserindo-os em nova ordem sócio-cultural.
Imigração forçada
A escravidão existiu nas Américas, antes da presença dos europeus, como os nativos, muitas vezes capturado e mantido membros de outras tribos como cativos. Alguns desses prisioneiros foram mesmo obrigados a submeter-se a sacrifícios humanos em algumas tribos, como os astecas . 
A espanha seguiu com a escravização dos aborígenes locais no Caribe . À medida que as populações nativas diminuíram (principalmente de doenças européias, mas também, e de forma significativa a exploração forçada e homicídio negligente), muitas vezes eles foram substituídos por africanos importados através de um grande comércio de escravos. 
Por volta do século XVIII, a maioria dos escravos negros era tal que a escravidão indígena americana foi menos usado. Os africanos, que foram levados a bordo de navios de escravos para as Américas, foram obtidos principalmente a partir de suas terras africanas por tribos costeiras que capturou e vendeu-os. A alta incidência da doença quase sempre fatal para os europeus mantiveram quase todas as atividades de captura de escravos confinados a tribos africanas nativas. Rum, armas e pólvora foram alguns dos principais itens comerciais trocados por escravos. 
A sociedade colonial
O modelo feudal, aristocrático e fechado, característico da sociedade espanhola, foi transferido para as colônias, onde o estatuto do nascimento e a renda eram fatores determinantes para a escala social. Outro fator diferenciador era a cor da pele. A aristocracia parasitária colonial, na maioria das vezes, deixava suas propriedades nas mãos de mestiços, que eram responsáveis pela escravização dos indígenas.
No topo da pirâmide social, estavam os chapetones, que eram espanhóis de nascimento e formavam a elite, ocupando os principais cargos administrativos. Eram também os donos das minas.
Em seguida, vinham os criollos, que eram filhos de espanhóis nascidos na América e formavam uma subelite colonial, pois apesar de dominarem a economia não podiam ocupar os principais cargos políticos. Eram os grandes proprietários de terras, comerciantes e compunham a elite intelectual na colônia. A participação administrativa desse grupo se restringia aos cabildos.
Abaixo dos criollos vinham os mestiços, que geralmente eram capatazes das minas e das fazendas, artesãos, vaqueiros, vagabundos, entre outras ocupações.
Os índios e logo abaixo os negros representavam as esferas menos favorecidas socialmente nas colônias espanholas. Eram explorados pelos conquistadores, e, na prática, não possuíam qualquer direito. Eram utilizados nos duros trabalhos das minas e nas fazendas.
O Legado histório da colonização para os nossos dias
Nos últimos anos, tem sido enfatizado as conseqüências calamitosas da colonização européia sobre a vida dos indígenas. Mann discute a arrogância cultural que permitiu que os colonos europeus não só para explorar as os territórios, mas negar que antes de 1492, os territórios colonizados “não tinha história real”, sendo “vazio da humanidade e suas obras. 
A pesquisa tem ajudado não só a altos níveis de realização na América pré-colombiana em áreas como calendário de decisões e matemática, mas uma compreensão sofisticada da relação entre o meio natural e os seres humanos. Mann resiste à tentação de romantizar a respeito retratando e comentando que “a interação nativo americano com o meio ambiente foram tão diversos como os próprios nativos americanos”.
No entanto, eles se acumulam, ele diz, “uma notável corpo de conhecimento sobre como gerenciar e melhorar o seu ambiente “que retêm valor.
Por outro lado, o mapa do mundo e do conhecimento da humanidade do mundo foi transformada pela colonização européia das Américas. As civilizações antigas foram conquistados e muito do seu legado destruído, mas 31 países, incluindo algumas das democracias mais estáveis, juntaram-se à comunidade mundial, mais pessoas foram interligados em todo o mundo. Algumas das pessoas que se instalaram viram suas novas sociedades como tabúa rasa, onde os princípios de justiça e igualdade poderia ser posta em prática, sem ter que desmontar não-igualitárias, os sistemas existentes, injustos.
Espiritualmente, o nativo americano reverencia a natureza muitas vezes e vê a humanidade como parte da natureza. A terra não era “propriedade” de pessoas, mas sim, as pessoas eram propriedade da terra, que era para ser respeitada e cuidada.
No caso de Moçambique
No século XIX, à medida que as potências europeias procuravam novas regiões para expandir a sua influência, África emergiu como uma localização privilegiada para a colonização quer pela riqueza de recursos naturais, quer pela mão de obra disponível, pelos potenciais mercados, quer ainda pelas economias supostamente não desenvolvidas, pronta a ser explorada. 
Muitos intelectuais ocidentais acreditavam que os grupos não europeus, como os africanos, eram culturalmente inferiores, uma posição que era apoiada pelo racismo científico (McClintock, 1995; Meneses, 2010). contrastando as realizações das potências colonizadoras com o suposto mundo incivilizado dos selvagens, dos escravos e bárbaros, a corrente política e filosófica liberal defende que todos os seres humanos são, em princípio, livres e que ninguém tem direito a restringir a liberdade do outro. 
Moçambique tornou-se independente em 1975, depois de uma luta armada de libertação nacional. A FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique, que havia conduzido a luta durante 10 anos, formou o primeiro governo, com um programa de trabalho orientado para a construção de uma sociedade socialista. 
Em Moçambique, o colonialismo significava a ocupação de terras de onde provinham os meios de subsistência das pessoas que já habitavam o território. Esta ocupação de terras, transformava o indígena em força bruta a explorar.
O novo governo independente, deve não só organizar o funcionamento da administração mas também garantir a produção e os mecanismos necessários para manter uma economia operacional. Utilizando a sua experiência desde a libertação e guiada por um programa de transformação socialista, a FRELIMO vêm traçando estratégias para mudar a estrutura económica e social do país. Duas das grandes áreas de investimento na área social, são a saúde e a educação. Na educação, tentando contrariar as políticas coloniais, criam-se condições para a entrada massiva de crianças nas escolas primárias, e priorizam-se estratégias para diminuir rapidamente os índices de analfabetismo. Na área da saúde, criaram-se programas de saúde rural, tentando assim estender a rede sanitária a todo o país e previlegiando a medicina preventiva. 
Os principais desafios que o país enfrenta incluem a manutenção da estabilidade macroeconómica, tendo em consideração a exposição às flutuações dos preços das matérias-primas e o restabelecimento da confiança através de uma melhor governação económica e maior transparência, incluindoo tratamento transparente da investigação das dívidas ocultas. Além do mais, são necessárias reformas estruturais destinadas a apoiar o sector privado actualmente em dificuldades.
Um outro grande desafio para a economia é afastar-se do actual enfoque em projectos com uso intensivo de capital e projectos de agricultura de subsistência de baixa produtividade e adoptar uma economia mais diversificada e competitiva, intensificando sempre os principais motores de inclusão, tais como uma educação e serviços de saúde de melhor qualidade, o que por seu turno poderia melhorar os indicadores sociais.
Conclusão
O Ocidente, uma parte da Europa, procurou, a partir do século XVI, impor ao resto do mundo a sua interpretação quer do espaço, quer do tempo, e dos valores e das instituições necessárias para os gerir. 
Na América, em distintos contextos, a desqualificação e mesmo negação da humanidade negra vai a par do desqualificar os saberes que os escravizados levados de África possuíam. 
Diante das considerações apresentadas, fica claro que o fator determinante para o desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países colonizados está ligado a fatos históricos. A forma de ocupação é raiz das condições atuais dos países do continente.
O início da luta armada em Moçambique trouxe não apenas a autodefinição de cada movimento, como também as opções de luta e os principais inimigos, espelhando a história da construção da resistência ao colonialismo, e encarnando vários projetos emancipatório: de classe, de género, pelo direito a ser, pelo reconhecimento da diversidade étnica, contra o racismo, etc.
Como desenvolvido neste trabalho, o colonialismo representou uma violência física, moral e mental, da qual alguns países colonizados ainda procuram recuperar-se. Pensando em Moçambique hoje, país soberano desde 1975 é possível e tem procurado recuperar. 
Nos espaços colonizados, os seus habitantes, subalternos oprimidos, não tinham o direito à voz, a exprimir os seus saberes e a falar das suas realidades e experiências. 
Este facto de não-reconhecimento violento levou Amílcar Cabral a proclamar, no contexto das lutas nacionalistas africanas, que a luta de libertação constitui, acima de tudo, uma luta pelo direito a exprimir as suas realidades, a teorizar as suas experiências, a produzir a sua própria história. 
A independência não trouxe, a garantia absoluta de liberdade e dignidade. Mas a época atual, como Mia Couto sublinha (2005: 204), é um tempo vivo cujas potencialidades aguardam ainda para se expor por inteiro. O nosso passado, desde 1975, é um futuro. Para que o povo decida o seu destino, especialmente através da juventude, é importante ver a história como espelho do que se quer, ou não, para superar o passado doloroso e violento.
Bibliografia
www.historiativanet.files.wordpress.com
https://journals.openedition.org/rccs/7741
https://jornal.usp.br/atualidades/os-indigenas-e-os-impactos-da-colonizacao-europeia/
www.newworldencyclopedia.org
www.casadehistoria.com.br
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