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BAUMAN amor liquido

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MICHELE BRAZ DA SILVA 
AMOR LIQUIDO: sobre a fragilidade dos laços humanos 
Fichamento apresentado no curso de Fisioterapia, da Faculdade AGES de Jacobina, Como um dos pré-requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina sociologia
Professor (a): Jancleide Goes
 Jacobina – BA 2020
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: Sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar.Ed.2004.
1. Citações: 
O amor e a morte não têm história própria. são eventos que ocorrem no tempo humano. Eventos distintos, não conectados muito menos de modo casual, com eventos” similares”, a não ser na visão de instituição avidas por identificar por inventar, retrospectivamente essas conexões e compreender o incompreensível. Assim não si pode aprender a amar, tal como não se pode aprender a morrer. (p.10)
As promessas do amor são, via de regra, menos ambígua do que suas dádivas. Assim, a tentação de apaixonar-se é grande e poderosa, mais também o é a atração de escapar. E o fascínio da procura de uma rosa sem espinhos nunca está muito longe, e é sempre difícil de resistir. (p.12)
 Desejo e amor encontram-se em campos opostos. O amor é uma rede lançada sobre a eternidade, o desejo é um estratagema para livrar-se da faina de tecer redes. Fies a sua natureza, o amor se empenharia em perpetuar o desejo, enquanto este se esquivaria aos grilhões do amor. (p.13) 
Os provedores de acesso a internet não são sacerdotes santificados a inviabilidade das uniões. A união só se mante na medida em que sintonizamos, conversamos, enviamos mensagens. Se você interromper a conversa, está fora. O silencio equivale à exclusão. De fato, não há nada fora do texto, embora não apenas no sentido pretendido por Derrida. (p.25)
 Do encontro dos sexos nasceu a cultura. Nesse encontro ele praticou pela primeira vez sua arte criativa da diferenciação. Desde então, nunca mais foi suspensa, muito menos abandonada, a intima cooperação da cultura e da natureza em tudo que se refere ao sexo. A ars erótica, criação eminentemente cultural, guiou a partir de então o impulso sexual na direção de sua satisfação no convívio humano. (p.27) 
Comedimento e dos rigorosos paradigmas de a proximidade não virtual termina desprovida dos rígidos comedimentos e dos rigorosos padrões de flexibilidade que a proximidade virtual estabeleceu. Se não puder imitar aquilo que esta transformou em norma, a proximidade topográfica vai se tornar um ato de transgressão que certamente enfrentar a resistência. E assim se permite que a proximidade virtual desempenhe o papel de genuína inalterada realidade real pela qual todos os outros pretendentes ao status de realidade de vem se avaliar e ser julgados. (p.39) 
Pois o que amamos em nosso amor próprio são os eus apropriados para serem amados. O que amamos é o estado, ou a esperança, de sermos amados. De sermos objetos dignos de amor, sermos reconhecidos tais e recebermos a prova desse reconhecimento. (p.47)
O compromisso com outa pessoa ou outras pessoas, em particular o compromisso incondicional e certamente aquele do tipo “ até que a morte nos separe”, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, parece cada vez mais uma armadilha que si deve evitar a todo custo.(p.52)
2. Texto Crítico
 O autor descreve a fragilidade das relações humanos, o sentimento de insegurança e os desejos conflitantes, estimulados por sentimentos, que ao apertar os laços já querem mantê-los frouxo, ao tentar estabelecer um relacionamento. Traz a imagem do homem moderno e a liberdade que necessitam e, os riscos e ansiedades de se viver junto e separado.
A sua tese, é que vivemos em um mundo onde as relações dissolvem, elas não são solidas, duráveis, que não sustenta, por isso chama-se, amor líquido. Para ele estamos na era em que os bens e as relações são usáveis e descartáveis a fim de abrir espaço para outros bens e usos. O homem moderno busca o outro pelo medo à solidão, mas a fragilidade das relações humanas é tamanha que as pessoas procuram manter o outro a uma distância que permita o exercício da liberdade e do descarte quando for conveniente.
O que sabemos é que, devemos tentar saber sobre o amor ou rejeição, com isso as biografias individuais e as histórias coletivas pontuam as relações dos seres humanos, pode se dizer quase o mesmo do amor e da morte. A afinidade são elos causais da individualidade ou do convívio humano, assim, não se pode aprender a amar, como não se pode aprender a morrer. De fato, é possível alguém se apaixonar mais de uma vez, particularmente todos nós somos ‘’propensas’’ ou ‘’vulneráveis’’ ao amor. A súbita abundância e a evidente disponibilidade das ‘’experiências amorosas’’ podem alimentar a convicção de que amar é uma habilidade que se pode adquirir, e que o domínio dessa habilidade aumenta com a prática, o próximo amor será uma experiência mais estimulante, embora não tão emocionante quanto a que virá depois.
A nossa cultura é consumista, a qual favorece o produto pronto para uso imediato, prazer passageiro, a satisfação instantânea, resultados que não exijam esforços prolongados, garantia de seguro total e devolução do dinheiro. A promessa de aprender a arte de amar é a oferta de construir a ‘’experiência amorosa’’ à semelhança de outras mercadorias, que seduzem exibindo todas essas características e prometem desejo sem ansiedade, esforço sem suor e resultados sem esforço. 
O desejo quer consumir e o amor quer possuir, com a ação por impulso profundamente incutida na conduta cotidiana pelos poderes supremos do mercado de consumo, seguir um desejo é o modo desastrado e desconfortável, na direção do compromisso amoroso, eminentemente descartável. O encontro dos sexos é o terreno em que natureza e cultura se deparam um com o outro pela primeira vez, e, além disso, o ponto de partida, a origem de toda cultura. Hoje, a medicina possibilita escolher o seu futuro filho em um catálogo, mas antigamente a chegada de um novo filho se tornava um meio de aumentar a renda familiar.
 Os objetos de consumo servem a necessidades, desejos ou impulsos do consumidor, assim como os filhos que estão entre as aquisições mais caras, é o tipo de obrigação que se choca com a vida do liquido mundo moderno. È o produto conjunto do liquido ambiente da vida moderna e do consumismo como estratégia escolhida. Nos compromissos duradouros, a liquida razão moderna enxerga a opressão, no engajamento permanente percebe a dependência. Essa razão nega direitos aos vínculos, espaciais ou temporais, não tem necessidade ou uso que possam ser justificados pela liquida racionalidade moderna dos consumidores.
Amar o próximo como a si mesmo é um dos preceitos fundamentais para a vida civilizada, sendo a razão do interesse próprio e da busca da felicidade. Também é passagem decisiva do instinto de sobrevivência para a moralidade, tampouco, precisam do amor próprio para nos manter vivos, ou seja, precisamos ser amados. Então significaria respeitar a singularidade de cada um, o valor de nossas diferenças, aumentando a suas promessas.
 Todas as coisas valorosas na vida humana nada mais é que diferentes fichas de aquisição do único valor que torna a vida a ser vivida. A memória seria francamente um risco e não uma ela seleciona e interpreta e possível reciclar a memória. As pessoas tendem a tecer suas memórias do mundo utilizando o fio de suas experiências. O "relacionamento puro" tende a ser, nos dias de hoje, a forma predominante de convívio humano, na qual se entra "pelo que se pode ganhar" e se "continua apenas enquanto ambas as partes imaginem que estão proporcionando a cada uma satisfações suficientes para permanecerem na relação". Esse confronto coloca em movimento e orienta a dinâmica da cidade ‘’líquido-moderno’’, mas tende a permanecer consistente e caprichosa.
A modernidade produz e continua produzindo enormes quantidades de lixo humano, sendo a soberania o poder de definir os limites da humanidade, a vida do ser humano que forem jogados fora não vale à pena.A intensa produção de lixo exige uma indústria de tratamento eficiente, apesar das quantidades crescentes e odores cada vez maiores. Juntamente com outras funções, esses empreendimentos serviam de unidade de deposito e reciclagem para os crescentes suprimentos de lixo humano. 
Nas presentes visões do futuro, o lugar que tendem a atribuir-lhe de fato que se contempla tal atribuição, parecem mais iminentes nem inescapáveis. O fato de outro discordar de nós não é um obstáculo no caminho que conduz a humanidade. Na era da globalização, a causa e a política da humanidade compartilhada enfrentam mais decisiva de todas as fases que já atravessamos.
O autor descreve os relacionamentos modernos e pós-modernos, marcados pela falta de compromisso, onde as pessoas gostam de estar juntas apenas para sentir prazer momentâneo em pouco tempo as relações são trocadas por outras. O relacionamento virtual ocupa mais espaço que os encontros concretos.
Na sociedade de hoje há uma propensão de relacionamentos mais descartáveis, flexíveis. Mas nessa busca do ideal as pessoas são trocadas por outras é quase inacreditável. E tão natural as pessoas terem esses tipo de comportamento que si torna imperceptível no cotidiano da vida, ao ler uma obra tão complexa com esta , e possível avaliar a sua importância, tanto no pessoal quanto no profissional, pois nos traz um alerta de que devemos valorizar as relações que vivemos e nos propomos a viver mesmo que em uma sociedade consumista, globalizada, onde há sempre novos produtos modernos, atraentes e estimulantes para serem consumidos.

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