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Infrações do código de ética
1. O PSICÓLOGO E A INDUÇÃO A CONVICÇÕES RELIGIOSAS, SIGILO E MAPA ASTRAL
Uma adolescente, atendida em orientação vocacional, queixou-se de que o psicólogo influenciava pacientes a participar de cultos, relacionando acontecimentos à vontade de Deus, utilizava-se de mapa astral em suas orientações e trocava informações de diferentes pessoas de uma mesma família, entre elas. Em sua defesa, o Psicólogo negou ter abordado a questão religiosa e devassado o sigilo, destacando ser a inviolabilidade relativa por ser a atendida menor de idade. Afirmou utilizar-se somente de instrumentos científicos e eventualmente da técnica de mapa astral para melhor compreender os pacientes e abreviar os processos psicoterápicos.
Foi constatado o uso de mapas astrológicos em sessões de orientação vocacional, como ferramenta complementar de análise. Verificou-se ainda a indução a convicções morais e religiosas e ter se sustentado na religiosidade no decorrer do atendimento psicológico.
A Astrologia não pode ser considerada prática complementar da Psicologia e nem um método científico compatível com a mesma. Deste modo, não pode ser utilizada direta ou indiretamente no decorrer de um processo ou tratamento psicológico. Houve transversalidade no atendimento a diversos membros da família, sem ser definida uma terapia familiar, mas sim atendimentos individuais, surgindo uma "brecha" para que informações de sessões privadas pudessem ser repassadas para fora do "settling" terapêutico, caracterizando quebra de sigilo profissional. O fato da pessoa atendida ser menor de idade não justifica repasse de informações sem a presença do interessado.
	2. Associação da psicologia com práticas não reconhecidas
	
	A psicóloga participou de programa de rádio e fez publicação em seu site, associando a Psicologia a práticas não reconhecidas pela ciência psicológica, tais como florais de bach, seichim, sekhen, laser quântico e reiki, de modo que a cura para câncer, depressão, medo, pânico, tristeza, insegurança, diabete, enxaqueca, stress, dores em geral e TPM, ocorreria em um espaço bem menor de tempo, com o tratamento psicoterápico associado a estas práticas. O número de inscrição no CRP da psicóloga é divulgado juntamente com a informação destas práticas. A processada também citou o preço simbólico de atendimento, utilizando-o como forma de concorrência desleal.
Em sua defesa, a psicóloga explicou que se interessou por outras atividades para além de sua formação, nas quais passou a se especializar, exercendo paralelamente à Psicologia. Ao fazer a divulgação em um site, tornou-se inevitável mencionar sua formação de psicóloga. Declarou que obteve a possibilidade de trabalhar na rádio como comunicadora, respondendo questões relativas as atividades que a processada denominou como paralelas, que em nada se confundem com a Psicologia. Quanto à cobrança de quantias simbólicas, alegou ter apenas fixado remuneração por seu trabalho.
A menção a práticas não reconhecidas foi, nesse caso, claramente ligada à Psicologia e usadas inclusive como parte dos atrativos na divulgação das atividades da psicóloga. A processada superestimou os resultados de seus serviços, fazendo propaganda, mencionando preços simbólicos e apresentando-se evidentemente como psicóloga - não somente referindo sua história de formação.
3. O Psicólogo e a atuação em recursos humanos
Psicólogo foi denunciado por ter sido cúmplice com ações ilícitas ao trabalhar junto a uma empresa prestadora de serviços de recolocação profissional. 
O profissional aplicava diversos testes psicológicos com o objetivo de selecionar candidatos a vagas supostamente oferecidas por diversas empresas. Os candidatos eram convidados a realizar tais testes psicológicos, aplicados mediante pagamento adiantado de quantias significativamente altas, sendo que os resultados das avaliações só eram oportunizados caso houvesse o pagamento. Os candidatos se submetiam a isso mediante uma promessa de recolocação pela empresa prestadora de serviços, o que tinha como condição a realização dos testes psicológicos. 
O psicólogo fazia devolutivas aos candidatos, todavia, não lhes esclarecia a conclusão a que chegara a partir da avaliação feita, muito menos os candidatos tinham conhecimento dos motivos da não aprovação para o cargo pretendido. O profissional apresentou também relatórios não se encaixavam com o exigido pela legislação profissional. 
Esses fatos levaram os pretendentes às vagas a se queixarem da superficialidade exposta nos resultados dos relatórios psicológicos apresentados a eles nas devolutivas. Notou-se uma despreocupação da empresa de recolocação com o prosseguimento do processo de seleção, uma vez que a empresa não mais contatava os candidatos após os pagamentos efetuados. Eles ficaram desassistidos, além de terem concorrido, mediante pagamento, a vagas inexistentes. Houve descuido por parte do profissional em não verificar a veracidade da existência dos possíveis postos de trabalho e da real demanda das empresas solicitantes que, se verificou, eram falsas. 
Diante dessas denúncias, o psicólogo argumentou que não era funcionário da empresa de recolocação, alegando que apenas fora contratado como prestador de serviços, para realizar as avaliações psicológicas na seleção e não poderia se responsabilizar pela veracidade da existência ou não das supostas vagas. 
O psicólogo alegou, também, desconhecimento da Resolução CFP 07/2003 que trata dos documentos escritos. Da mesma forma, argumentou que era a empresa de recolocação que mantinha contato com as empresas ofertantes, na intenção de cadastrar vagas de emprego, efetuar entrevistas e triar candidatos. No entanto, as vagas eram inexistentes e os candidatos foram ludibriados. Como resultado dessa má atuação do psicólogo, houve prejuízos aos usuários, em especial, danos materiais, posto que os candidatos desconheciam a inexistência das vagas e acabaram vítimas da má fé empresarial e por parte do profissional de Psicologia. 
Pelo exposto, o profissional que atuou no caso supramencionado incorreu em infração ao Código de Ética Profissional do Psicólogo nos seguintes princípios e artigos:
4. Publicidade Profissional e Qualidade na Prestação de Serviços Psicológicos
C. , candidato à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ao realizar exame médico numa clínica, foi encaminhado para exame psicotécnico com o psicólogo F.. Na ocasião, informaram-lhe que o exame deveria ser feito com o mesmo, embora posteriormente um amigo lhe esclareceu que poderia ser feito também em outro local. Na clínica, recebeu o cartão de visita do referido Psicólogo, com o seguinte conteúdo: nome da clínica, tipo de atendimento prestado (que se referia ao exame psicotécnico para motoristas), nome do psicólogo e sua profissão, endereço da clínica e texto contendo a oferta de um brinde caso o candidato procurasse a clínica. Posteriormente, foi informado à C. que o profissional costumava dar “brindes” aos candidatos e às auto-escolas que mais lhes enviavam candidatos.
Pelo exposto, o profissional que atuou no caso supramencionado incorreu em infração ao Código de Ética Profissional do Psicólogo nos seguintes princípios e artigos:

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