Buscar

E-BOOK LOUVOR (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ÍN
DI
CE
V I N E Y A R D B R A S I L - 2 0 1 9
03
O Poder dos Teclados 
Paulo Lira
04
A Bateria na Adoração
Marcio Miguel
07
Menos é Mais 
Paulo Lira
11
Liderando Louvor com Violão
Fabiano Alves
13
O Lugar do Contrabaixo
Peter Davyduck
16 Recebendo Novos Membros na EquipeFabiano Alves
19
A Função do Backing Vocal
Jessie Lane Clarke
26
30
A Guitarra no Período de Louvor
Raphael Costa
Dicas para escolha do repertório
Larry Levy
33
Ministrando Louvor no Período de Oração
Larry Levy
DICAS PARA 
ESCOLHA DO 
REPERTÓRIO
1. Escolha algumas músicas que 
proclamem os grandes temas da fé cristã: 
glória, amor e santidade de Deus; a cruz 
de Cristo; a graça de Deus; o reino de 
Deus entre nós. A intimidade na adoração 
cresce à medida que verdadeiramente 
entendemos os atributos do Deus a quem 
estamos expressando o nosso amor. 
 
 2. Em primeiro lugar, selecione músicas 
conhecidas. Se, por exemplo, você for 
cantar seis músicas, precisa ter três 
músicas que sejam muito bem 
conhecidas, duas que sejam familiares e 
uma música que seja nova. Nunca houve 
tantas músicas de louvor como agora! 
Existem as composições dos músicos em 
nossas igrejas. Eu creio que existe uma 
rica reserva de hinos que podem ser 
adaptados ao nosso estilo, e que 
poderiam fazer uma conexão com as 
igrejas históricas. Lembre-se: ao cantar 
uma música nova, faça isso por algumas 
semanas até que as pessoas se 
familiarizem com ela.
3. Escolha algumas músicas com letras e nas 
melodias simples. Tudo está se envolvendo 
constantemente, sempre partindo do simples 
para o complexo, e então voltando ao simples. 
Essa é uma verdade em todas as músicas, e se 
torna verdadeiro quando a música de adoração 
é composta. As pessoas realmente precisam de 
músicas simples, músicas que elas não tenham 
que ficar se esticando para ler a próxima linha 
da transparência, e que possam deixar o lado 
esquerdo do cérebro descansar um pouco. 
 
 4. Selecione músicas que tenham o mesmo 
'fluir'. Muitos temas diferentes tornam a coisa 
confusa. Mudanças em tonalidades 
descendentes podem auxiliá-lo (ex: C para D 
para G). Tente passar de uma música para a 
outra sem interrupções. Não se preocupe se 
acontecer um período de silêncio e reflexão 
antes de iniciar a próxima música. 
 
 5. Escolha músicas que proporcionem 
momentos de adoração espontânea ao final. 
Isso pode se tornar algo inapropriado se 
fizermos em todas as músicas, mas no tempo 
certo reforça o que estamos fazendo. O objetivo 
não é atravessar as músicas, mas conduzir as 
pessoas em adoração para que a Noiva (a 
Igreja) e o Noivo (Jesus) possam se beijar e se 
abraçar mutuamente. Como você deve ter 
percebido, nós não falamos nada sobre 
andamento, ritmo, tamanho ou talento da 
equipe de louvor, entre muitos outros aspectos. 
 
 
 
Por Larry Levy
MENOS É MAIS
Por Paulo Lira
Desde que comecei a tocar em uma 
equipe de louvor, percebi que nem tudo 
o que eu tocava era bom. E olha que eu 
tentava aplicar tudo o que sabia, como 
encaixar “aquele acorde” que havia 
aprendido naquela semana em 
praticamente todas as músicas. Era 
como se houvesse muito glacê para 
pouco bolo. Mas o que estava dando 
errado? Tenho certeza de que eu 
tentava dar o melhor de minha música 
para Deus. Mas o que define o que é “o 
melhor”? Quanto mais dissonante e 
repleta de extensões for a harmonia, e 
quanto mais “quebradeira” e contra-
tempos tiver um arranjo, mais rica esta 
música será, certo? Nem sempre.
 
Com o tempo e conselhos de músicos 
mais experientes, notei que uma boa 
música era aquela em que todos na 
banda encontravam seu lugar, como se 
pudessem falar e ser respondidos, 
fazendo assim com que a música 
respirasse. O grande desafio aqui é o de 
dar para cada instrumento que compõe 
sua equipe algo distinto e simples para 
tocar (ou não tocar). No final, avalie se o 
arranjo permite que todos estejam sendo 
ouvidos, respeitando sempre a dinâmica 
da música, sendo esta intensa ou não.
É importante ter como referência, por 
exemplo, um arranjo feito para orquestra. A 
maioria das pessoas acha uma grade algo 
muito intrigante e complexo, mas se você 
escutar cada instrumento individualmente, vai 
perceber que alguns deles tocam somente 
algumas notas durante uma peça de dez 
minutos. Cada um tem seu momento de 
aparecer ou de compor um naipe. No final, 
você escuta algo rico e muito claro.
 
Cada vez que escuto um arranjo de alguma 
música que faz sucesso percebo que ela é 
mais simples do que o que eu teria feito. 
Melodias nas pontes que soam como 
assinaturas, acordes abertos e puros com 
ritmos previsíveis. 
 
Uma melodia que possa ser assobiada por 
qualquer um, é uma música acessível. Isso 
também facilita ao ser reproduzida por uma 
banda. Acordes fáceis colocados no lugar 
certo, baixo tocado com um bumbo 
acentuando a levada, tonalidade acessível 
para a maioria dos cantores... Ah, os 
cantores! Enfim, uma música simples é uma 
música que não chama atenção para si 
mesma e permite que as pessoas atentem 
para o que realmente é importante. No caso 
da Igreja, a adoração a Jesus. 
 
O conhecimento musical, como já disse 
antes, não é o único responsável por uma 
boa música, mas saber aplicá-lo sim. E este 
amadurecimento leva tempo. 
Em uma equipe de louvor procure providenciar uma boa estrutura para todos os 
músicos, experientes ou iniciantes, tais como cifras, partituras, ensaios, gravações das 
músicas que serão tocadas no culto etc. Alguns músicos têm mais facilidade lendo, 
outros tirando uma música de ouvido. Procure nivelar sua equipe pelo básico. Nem muito 
profissional, nem muito amador, respeitando a fase de amadurecimento musical em que 
cada integrante se encontra, mas deixando claro onde você quer que ele chegue, 
estimulando e encorajando-o.
 
Há pessoas que acreditam que o ensaio prejudica a espontaneidade do período da 
adoração, tornando-o algo frio e mecânica. Mas, ao contrário disso, a prática do 
ensaio não só promove a união entre os músicos envolvidos, como também cria 
um ambiente de aprendizado mútuo e proporciona mais segurança na execução 
das músicas. O que gera mais liberdade e espontaneidade no período da 
adoração, dando para o músico condições de se expressar melhor, sabendo qual o 
seu papel. Particularmente, vejo o ensaio como um passo prático de adoração a Deus, 
entregando a Ele um período de adoração com preparo, dedicação e excelência.
 
O que fazer durante um período instrumental no louvor? Ou o que tocar quando o 
dirigente simplesmente aponta para você executar um solo durante uma ponte ou o 
refrão da música? Improvisação é a arte de expressar algo espontâneo, inspirado no 
momento, algo singular. Improvisação também é algo para ser praticado durante os 
ensaios, pois requer conhecimentos mínimos de escalas, harmonias e estilos, além de 
amadurecimento musical. Músicos que já improvisam com facilidade costumam tocar 
séries intermináveis de arpejos seguidos de escalas cromáticas e diatônicas, 
ascendentes ou descendentes, e o mais rápido possível.
 
O alvo aqui seria o de, com uma ou poucas notas, expressar um sentimento tão 
profundo quanto o de uma escala formada por um grupo de semi-fusas. Lembre-se: 
MENOS É MAIS. A atenção não deve estar focada no solo, mas no inspirador dele. 
Afinal, quem tem sido sua inspiração musical? Procure observar o que o Pai está 
fazendo naquele momento, e traduzir isto em notas.
Não tenha medo de errar, arrisque! Se você sente que Deus 
está ministrando para seu povo sobre misericórdia, com fé, 
toque arrependimento. Enfim, improvisar também é entoar um 
cântico novo. Miles Davis, um dos maiores gênios do jazz, 
uma vez disse: “Eu já sei tocar todas as notas, agora num solo 
procuro a ausência delas”.
 
Ah, finalmente os cantores. O grupo mais importante dentro da 
equipe de louvor, e ainda assim o grupo de menor preparo 
musicalna maioria das igrejas (afinal, todo mundo sabe 
cantar, certo?) Não posso deixar de enfatizar o quanto é 
importante que as pessoas que se propõem a cantar na 
equipe de louvor busquem treinamento técnico nesta área. A 
voz é o instrumento mais complexo e mais perfeito que existe. 
Necessita de muito cuidado e preparo.
 
O estudo técnico da voz ajuda na pronúncia ou articulação das 
palavras como também na respiração, dinâmica e afinação da 
voz, além de dar embasamento prático e teórico para 
harmonização vocal. Harmonização vocal é a adição de uma 
ou mais vozes diferentes da melodia, baseadas na harmonia 
ou acordes de uma música. Sempre que um arranjo vocal for 
feito, procure respeitar a dinâmica natural da música. Portanto, 
onde houver mais tensão, geralmente no refrão, acrescente 
vozes à melodia, enchendo o arranjo com mais harmonia. 
Porém, onde a música não pedir tensão, geralmente nas 
estrofes, deixe a melodia sozinha, com menos harmonia.
 
Se você está montando um backing vocal (e não um coral), as 
vozes que o compõem o podem ser simples. No coral você 
pode ter várias vozes por naipe. Por exemplo: 4 tenores, 4 
baixos, 4 contraltos e 5 sopranos. No backing vocal é 
suficiente ter 1 contralto, 1 tenor e uma voz masculina ou 
feminina cantando a melodia, como que um reforço nos 
momentos de maior tensão apoiando o solista ou dirigente.
Ensaie sempre, tire todas as dúvidas que aparecerem durante o ensaio. Não menospreze 
a sua parte no vocal, por menor que ela seja. Procure pensar no arranjo como um todo, e 
não apenas a sua parte microscopicamente. O mais importante é que quando você 
estiver cantando, sua função é a de adoração para que as pessoas possam te seguir 
sem distrações. Este não deve ser um momento de performance vocal, mas de apontar 
para Jesus.
 
Paulo Lira, é tecladista, produtor musical, casado com Greta Lira.
LIDERANDO 
LOUVOR COM 
VIOLÃO
Por Fabiano Alves
O violão talvez seja o instrumento 
mais popular e prático que existe, pelo 
menos no Brasil. É fácil encontrar 
alguém que saiba tocar alguns 
acordes no violão. Creio que é 
exatamente a praticidade que faz dele 
o instrumento mais tocado pela 
galera. 
Com um violão na mão você pode fazer uma 
festa. Ele é harmônico e ao mesmo tempo 
percussivo. Com o violão você pode conferir 
à música não apenas o tom no qual ela será 
executada, mas também a rítmica. Isso faz 
do violão um instrumento ótimo para ser 
usado quando você não tem uma banda 
completa. Mas existem diferenças entre o 
uso do violão em uma banda e em um grupo 
pequeno, e isso é uma grande dificuldade 
que vejo entre “violeiros” que encontro por 
aí. 
 
Em banda, “menos é mais”. Cada músico 
precisa procurar o seu lugar, e preencher o 
espaço que cabe a ele, sem atropelar todo 
mundo. 
 
Não é diferente com o violão. Muitas 
vezes uma grande dificuldade é assimilar 
o princípio de que em determinados 
momentos você pode até mesmo parar 
de tocar. Geralmente, o violonista começa 
treinando sozinho, ou em grupos 
pequenos. Isso confere a ele a sensação 
de que a música sempre depende do 
preenchimento do violão com levadas 
cheias e repetidas. Fato é que o violão 
geralmente é o instrumento que oferece a 
base para a música, mas o piano (órgão, 
pads, etc...) e a guitarra também podem 
fazer isso muito bem.
 
Como isso pode funcionar na prática? 
Diminuindo o número de batidas e 
acrescentando sonoridade. Diminua as 
batidas e permita que seu violão soe 
os acordes. Agora, aonde você vai tirar é 
uma questão de ouvir o resto da banda e 
procurar seu espaço. Se você não 
consegue perceber o espaço deixado 
pela banda, peça ajuda a um músico mais 
experiente.
 
Às vezes ouvimos bandas “de um arranjo 
só”. O que seria isso? Aquela em que o 
violão sempre começa a música. Isso 
geralmente acontece quando o líder de 
louvor toca o violão. 
Para que nossa equipe de louvor não seja 
“de um arranjo só”, precisamos dar 
espaço para diversas introduções, 
mesmo que para isso o violão precise 
estar de fora.
 
Quando estávamos produzindo a música 
“Amo a Ti”, do CD Atitude, perguntei para 
o produtor Paulo Lira: — “Como será o 
violão nessa música?” Ele me disse: — 
“Acho que não precisa nem de violão. Já 
está lindo assim”. Pra mim era um 
conceito novo. Mas não é que estava 
lindo mesmo!
 
Mesmo antes de me converter, minhas 
primeiras apresentações em público com 
um violão aconteceram em reuniões 
religiosas. Eu tocava um Tonante (meu 
primeiro violão) e minha mãe liderava o 
período de cânticos de uma reunião de 
grupo caseiro da igreja, há 12 anos. 
 
Apesar de eu não gostar muito daquela 
experiência difícil, eu sabia que de 
alguma forma estava contribuindo para o 
serviço daquele grupo. E as pessoas 
também reconheciam isso. No final da 
reunião, as senhoras até me davam 
pastéis a mais por eu ser o músico da 
equipe. 
Minha mãe, como uma boa cristã, arrastava as músicas ao máximo que elas 
podiam ser arrastadas. Era duro de acompanhá-la. Aprendi muito com aquele 
pequeno grupo de pessoas que insistiam em fazer do meu trabalho o mais 
difícil possível. Por exemplo, aprendi que as músicas que funcionam melhor 
em grupos caseiros são as médias. Se você toca uma música lenta demais, 
ela praticamente não anda. Se você toca uma rápida, ela se tornará uma 
média e perderá a característica. Se você usa uma música média, terá uma 
boa chance de sucesso. Além disso, gostaria de compartilhar algumas coisas 
que hoje tento aplicar quando estou à frente de um grupo pequeno, tocando 
meu violão, seja liderando louvor ou não.
 
Tocando em um grupo pequeno, use toda a sua criatividade para conferir à 
música dinâmicas diferentes, e não permitir que ela fique monótona. Não seja 
um músico de uma levada só. Busque formas diferentes para se tocar uma 
música. No que diz respeito também à dinâmica, é necessário pesar a mão 
ou maneirar de acordo com a tensão que você deseja dar à música. 
 
Muitas vezes, percebo também pessoas querendo executar apenas com o 
violão arranjos que foram montados para uma banda inteira. Não caia nessa, 
porque você corre um sério risco de deixar a música sem sentido, e até 
mesmo dificultar para as pessoas que não entendem de música como você. 
Busque introduções simples. Ao invés de ditar frases, dê às pessoas a 
segurança da tonalidade em que a música será executada. Em um grupo 
pequeno você pode acrescentar também instrumentos básicos de percussão 
como ovinho, pandeiro e o djembe (que é muito indicado por sua variedade 
de sons graves e agudos). Isso é uma grande ajuda em grupos como aquele 
da igreja em que eu tocava, que nunca acompanhava o ritmo das músicas.
Uma dica também importante — e que pode até parecer ridícula — é sobre a 
afinação. Afine seu violão SEMPRE antes de um período de louvor ou 
ensaio. As cordas do violão são sensíveis à mudança de temperatura, e por 
isso tanto o frio quanto o calor podem desafiná-lo. E também alguns violões 
têm dificuldade para manter a afinação. Não confie no seu ouvido somente. 
Invista em um afinador eletrônico. Se o seu afinador tiver calibragem, não se 
esqueça que o padrão (ou diapasão) é 440hz.
Violão para principiantes - O tipo de violão depende do estilo musical que você 
pretende executar. Por exemplo, na Vineyard hoje, o estilo que mais é tocado é o folk-
rock. Para esse estilo, violões de nylon não combinam. Mas isso não quer dizer que o 
violão de aço é sempre melhor. Um dedilhado ou um “swing à brasileira” em um violão 
de nylon também tem o seu lugar. Depende do estilo que sua igreja e sua banda estão 
acostumados a usar. Em se tratando de um grupo pequeno, em que você precisa tocar 
sem amplificação alguma, o de aço é mais recomendado por causa do maior volume de 
som em relação ao violão de nylon. São dicas simples, mas que fazem diferença.
 
Violão avançado - Hoje está na moda o uso do capotraste— que muita gente conhece 
como abraçadeira. Eu estava assistindo a um DVD de adoração super moderno de um 
evento que acontece nos EUA, e oito entre 10 músicas foram tocadas com capotraste. 
Particularmente, eu aderi a essa moda. Há quem diga que capotraste é coisa de 
preguiçoso, que não gosta de fazer pestana. Mas fato é que o capotraste confere a 
mobilidade de executar a música em um mesmo tom com timbres dos mais variados. 
Use o capotraste e execute a mesma seqüência de acordes em formatos diferentes (Ex: 
G em forma de D). Isso funciona mais ou menos assim: com um conhecimento básico a 
respeito de escalas, você transpõe o tom da música para o formato que você deseja 
usar, subindo no braço do violão o número de casas correspondente ao número de tons 
ou semi-tons que formam o intervalo entre o tom da música e o acorde que você vai 
utilizar, e toca como se tivesse encurtado um pedaço do braço do violão.
 
Se também em alguma música você tem todos os acordes em formato de pestana e não 
quer mudar o tom original, use o capotraste. Principalmente em um período de louvor em 
que você precisa executar cinco ou seis músicas consecutivas, pegar no meio uma 
música cheia de pestanas pode ser uma experiência dolorosa. 
 
Tocando com o coração - Como em qualquer outra atividade no Reino ou, mais 
especificamente, em uma equipe de louvor, nós músicos devemos lembrar que nosso 
papel é servir. Facilitar que as pessoas se conectem com o Pai é o princípio de onde 
deve partir nosso bom senso para todas as nossas idéias musicais. Meu coração pende 
para dois lados: como músico, anseio por uma música cheia de qualidade e com 
diversidade de ritmos; como líder de louvor, olho para as pessoas a minha frente e 
penso em como eu posso ajudá-las a se encontrar com o Pai. 
 
 
LOUVOR COM VIOLAO 4O grande desafio é somar essas coisas. O violão tem sido para 
mim um companheiro diante de Deus. Se o meu violão falasse, e fosse fofoqueiro, eu 
teria sérios problemas! Ao invés de usar a praticidade do violão para se exibir em rodas 
de pessoas, use-o diante de Deus. 
 
Fabiano Alves é um dos líderes de louvor da Vineyard em Piratininga (SP) e é o 
coordenador de treinamento da Vineyard Music Brasil.
O LUGAR DO
CONTRABAIXO
Por Peter Davyduck
Nós todos sabemos o lugar do violão 
numa equipe moderna de louvor, mas 
e nós, os baixistas? Com as 
constantes mudanças de estilo 
encontradas nos cultos, pode ser um 
pouco confuso saber qual é a nossa 
função. Será que devemos todos ser 
como Abraham Laboriel, mantendo o 
ritmo firme como Jon Thatcher, ou 
termos o estilo funk de Fred 
Hammond? 
Mesmo com esses grandes baixistas existe 
um solo comum no qual eles se firmam que 
é função.
 
Como você pode chegar a tocar um baixo 
"funcional" e encontrar o seu lugar na 
adoração? A resposta é ouça, e ouça 
muito! Comece ouvindo a música que 
você vai tocar.
Ritmicamente, será que essa música 
precisará de uma décima sexta linha 
sincopada, ou será uma canção 
contemplativa que requer notas cheias? E 
ainda, o mais importante, o que a bateria 
está fazendo? Como baixistas, nós 
devemos ser a ligação entre a harmonia e 
o ritmo da música. 
Os nossos dedos precisam estar trabalhando atrelados ao bumbo e a caixa. Apenas isso 
irá fazer com que as seções rítmicas sonoras que estão perdidas possam fazer sentido.
 
2) Ouça a harmonia
Harmonicamente, a música precisa de uma base rítmica, ou será que existe espaço para 
algo mais elaborado? Talvez este seja o ponto fraco para a maioria dos baixistas. Quem 
quer ficar tocando apenas “1-4-5-1”? Mas ser esperto pelo simples fato de ser esperto, 
não é nunca uma boa opção não importa qual seja o lance. Esta frase não existe para 
engessar sua criatividade, mas sim, encorajá-lo a esperar e tocar apenas o que é 
necessário. Lembre-se que estamos oferecendo a tela de fundo para ótimas letras.
 
3) Ouça o líder
É claro que falando em ouvir, nós temos que ouvir e seguir o líder de louvor. Cultive um 
bom relacionamento com eles, e procure saber que tipos de ritmos eles preferem ouvir.
 
Baixista, assuma o seu lugar 
Finalmente, não se esqueça de ouvir para onde o Espírito está te conduzindo. O Espírito 
Santo não nos guia apenas na nossa vida diária, mas também em todos os nossos 
esforços artísticos. O hábito de ouvir irá te ajudar a servir melhor a música, dessa 
maneira, ser servo é o que há de mais importante. Assuma o seu lugar, e sirva com toda 
a sua capacidade.
 
Peter Davyduck é baixista freelancer e professor na região de Vancouver. Além de 
tocar em inúmeras gravações da Vineyard Music Canada, Peter também se 
mantém ocupado tocando com Graham Ord, Brian Doerksen e outros. Peter e sua 
esposa Shelley freqüentam a Friends Langley Vineyard na Colúmbia Britânica, 
Canadá.
Ministrando 
louvor no 
perído de 
oração
Imagine a seguinte situação: “O pastor 
está encerrando sua pregação. Sua 
equipe de louvor já está tranqüilamente 
sentada, com a sensação de dever 
cumprido após ter liderado um período 
de louvor de quatro a cinco musicas. Mas 
inesperadamente, o pastor suavemente 
convida a igreja a responder a palavra de 
Deus, em atos físicos como ficar de pé 
ou ir até a frente, no que costumamos 
chamar de “altar”, para receber uma 
oração por algo específico.
 
 A equipe de louvor sobe até plataforma 
onde estão os instrumentos, e depois de 
uma breve conversa com o pastor, ou 
simplesmente por inspiração divina, sem 
distrair a igreja, tenta tocar o que está no 
coração de Deus, participando 
ativamente desse processo”. Tenho 
lidado com momentos como esse desde 
que comecei a liderar louvor, e durante
essa minha jornada, pude experimentar que 
esse pode ser o momento mais precioso 
durante um culto.
 
E é por isso que resolvi escrever esse artigo. Se 
esse momento é tão especial, porque não nos 
preparamos pra ele, assim como nos 
preparamos para o período de louvor? É certo 
que nem sempre podemos saber a direção em 
que o Espírito irá soprar, mas na tentativa de 
ser assertivo, entre uma “bola fora” e outra, 
aprendi algumas dicas que gostaria de deixar 
aqui registradas. Espero que possam ajudar.
 
O QUE TOCAR?
 Se você montou sua lista de musicas para o 
período de louvor baseado no tema da 
pregação da noite, provavelmente você já tem 
uma grande pista do que tocar no período de 
ministração. Por isso é fundamental que você 
converse com o pastor sobre o culto de 
domingo durante a semana. Vez ou outra, repito 
a musica que escolhi para o momento de 
intimidade no período de louvor durante a 
ministração. Mas isso não impede que eu 
escolha uma musica especifica para esse 
momento.
 
 É muito importante que toda a equipe de louvor 
esteja atenta a pregação, observando para 
onde o Vento está soprando. Muitas vezes eu 
decidi que musica seria feita num provável 
tempo de ministração enquanto Deus falava 
comigo através da pregação.
Por Fabiano Alves
Se você já tiver uma musica em mente, submeta ao pastor 
antes de começar a tocá-la, mas faça isso discretamente, sem 
“desligá-lo” do que ele está fazendo. Ao fazer isso, esteja aberto 
para uma sugestão repentina dele. Se a banda não souber tocar 
a musica, opte por um arranjo mais simples, como apenas 
teclado e voz, ou violão e voz, mas valorize a sugestão do 
pastor. Se você tiver um grupo de músicos experientes, mesmo 
que não conheçam a musica, na segunda vez que ela for tocada 
todos estarão te acompanhando.
 
COMO TOCAR?
Em primeiro lugar, sugiro que você peça para a banda inteira 
estar pronta pra tocar junto com você, mesmo que no processo 
você não use todo mundo.Se a musica que você escolheu tem 
em seu arranjo uma introdução ligeiramente “pesada”, considere 
a possibilidade de começá-la diferente. Pense numa maneira de 
suavizar, começando apenas com teclado ou violão, e 
acrescentando outros elementos aos poucos.
 
Esteja atento asintervenções do pastor enquanto toca ou canta. 
Lembre-se que o líder nesse momento é o pastor, e você está 
apenas apoiando seu trabalho. Se o coro da musica é o que 
você sente que Deus está falando ou quer ouvir naquele 
momento, gaste um tempo com ele. Não tenha pressa de cantar 
a musica inteira.
 
Se as pessoas estiverem recebendo oração, cuide para que 
o volume da banda não atrapalhe. Não esqueça a banda pra 
trás. Lembre que, especialmente num momento que pode tomar 
uma atmosfera espontânea como esse, a banda precisa muito 
dos seus sinais e deixas. Assim que você subir, rapidamente já 
converse com a banda sobre seus planos.
QUANDO TOCAR?
Se seu pastor já espera a banda no final de cada culto, não espere que ele chame. 
Esteja atento à conclusão da mensagem e fique num lugar onde o pastor possa te ver. 
Com um simples olhar você pode entender o que deve fazer. Quando o pastor terminar o 
culto, considere a possibilidade de continuar tocando por mais alguns minutos. Algumas 
pessoas podem ainda permanecer ali com o Senhor, e nós podemos ajudá-la 
musicalmente mesmo após o culto. De preferência, não cante enquanto o pastor fala. 
Se ele começar a falar enquanto você canta, De um passo para trás, diminuindo o 
volume ou mesmo parando de cantar por um tempo.
 
Essas são algumas dicas que podem ajudar, mas acima disso tudo, nunca se esqueça 
que o líder de louvor é muito mais que um cantor. Estamos nessa função com a nobre 
tarefa de perceber o que Deus está fazendo e comunicar isso musicalmente a nossa 
comunidade. Quanto mais seu relacionamento com Deus estiver bem “afinado”, 
mais naturalmente você irá reagir a um período de ministração, e maior será seu 
entrosamento com o seu pastor.
RECEBENDO 
NOVOS MEMBROS 
NA EQUIPE DE 
LOUVOR
Por Fabiano Alves 
Qual é o principal requisito para 
incluir alguém em minha equipe de 
louvor? Como devo proceder para 
convidar alguém para fazer parte de 
minha equipe de louvor? E se a 
pessoa não estiver musicalmente 
pronta para a tarefa?
Constantemente nos deparamos com 
essas e outras perguntas em nossos 
seminários de treinamento. Essas são 
dúvidas comuns aos nossos líderes de 
equipes de louvor. Quem nunca teve 
que lidar com uma pessoa musicalmente 
despreparada ou um grande músico de 
caráter duvidoso?
 
A verdade é que preferimos, às vezes, 
abaixar o volume do microfone de uma 
pessoa que desafina muito a ter que 
dizer não a ela quando ela nos diz: 
“Irmão, eu tenho um chamado para 
louvor. Deus já me falou isso. Você pode 
me incluir na escala?”
Ou então preferimos suportar as falhas de 
caráter de alguém simplesmente porque 
precisamos muito de seu talento.
 
Vamos colocar dessa maneira: Para fazer 
parte de uma equipe de louvor, a primeira 
coisa que a pessoa precisa é talento musical. 
Isso não quer dizer que o caráter não é 
importante. Mas nosso trabalho é 
essencialmente musical. Existem diversas 
outras tarefas na igreja que uma pessoa de 
bom caráter e nenhum talento musical pode 
realizar. Se incluirmos essa pessoa no 
ministério de louvor, podemos estar 
privando-a de fazer parte daquilo que Deus 
realmente a criou para fazer. Fato é que a 
equipe de louvor é “desejada” por sua 
exposição na principal reunião da maioria das 
igrejas – o culto de domingo. Por isso 
devemos estar atentos.
 
Um experiente líder de louvor e amigo meu 
uma vez me disse: “Fabiano, tenha cuidado 
em incluir pessoas em sua equipe, pois é 
muito fácil colocar, mas incomparavelmente 
mais difícil tirar”. Com o tempo descobri que 
ele tinha razão. Seguem então algumas dicas 
para ajudá-lo nesse processo. Elas não 
garantem 100% de acerto. Eu mesmo já me 
arrependi por ter trazido algumas pessoas 
para minha equipe. Contudo, aos poucos, 
vamos ganhando discernimento no Senhor 
para essa tarefa tão difícil, porém tão 
importante.
ANTES DE TUDO, CERTIFIQUE-SE DE QUE O CANDIDATO ESTEJA SENDO 
PASTOREADO
 
Em nossa comunidade, o pastoreamento costuma acontecer no contexto do que 
chamamos de grupos caseiros (pequenos grupos de discipulado e comunhão). Talvez 
você não tenha informações suficientes sobre a vida do “candidato”, mas o líder dele 
pode ajudar com isso. Então use esse recurso. Se essa pessoa não está engajada em 
um processo de discipulado e pastoreamento em sua igreja, meu conselho é que você 
não assuma o risco sem que antes saiba algumas questões importantes sobre ela como: 
desejo de servir, capacidade de trabalho em grupo, submissão à liderança, coração para 
adoração etc.
 
1) FAÇA UMA AUDIÇÃO MUSICAL
Se o candidato já canta ou toca em algum outro contexto, vá ouvi-lo e vê-lo em ação. Se 
não, marque uma audição com ele. Você pode ter um músico experiente ao seu lado 
para ajudá-lo. Ouça a pessoa com carinho e atenção. A partir dessa audição, você pode 
lhe dar três respostas diferentes: “Você está pronto”, “você tem talento, mas precisa 
estudar mais” ou “acho que música não é a sua aptidão”. Sei que isso é delicado. 
Dependendo da resposta, o “candidato” pode ficar muito triste com você. É possível que 
algumas pessoas passem a sentir raiva de você. Simplesmente faça sua parte, tratando 
do assunto com a maior demonstração de carinho e amor possível. E entregue o resto a 
Deus. Esteja tranquilo sobre o fato de que você irá ser muito mais útil ao “candidato” se 
for sincero com ele. Incluir uma pessoa musicalmente despreparada pode se tornar uma 
situação constrangedora para sua equipe, para a igreja e, o pior, pode expor o 
“candidato” a situações desconfortáveis por causa das suas limitações.
 
2) INCLUA DE ACORDO COM A NECESSIDADE DA EQUIPE
Para que você não tenha dificuldade em organizar suas escalas, inclua pessoas apenas 
nos lugares onde você está precisando. Cuidado para não desequilibrar sua equipe, por 
exemplo, com um número muito grande de cantoras em relação aos cantores e músicos. 
Tenha em mente quantas vagas você tem para cada área (baterista, baixista, guitarrista, 
vocal masculino, vocal feminino etc.) e trabalhe dessa maneira.
3) PREPARE A SUA EQUIPE PARA RECEBER NOVOS 
MEMBROS
 
Cuide para que a logística de funcionamento da equipe não funcione 
apenas para músicos extremamente experientes porque, se agir 
assim, você nunca terá lugar para novos.
Há alguns anos tínhamos uma equipe pequena, mas formada por 
músicos experientes. Uma banda de adolescentes nasceu no meio 
da igreja e logo me vi diante do desafio de trazê-los para nossa 
equipe. Porém a estrutura era desapropriada para receber novos 
membros. Um exemplo disso era o repertório, formado por um 
número imenso de músicas e, muitas delas, muito antigas. Os 
“meninos” teriam muita dificuldade em assimilar todo aquele 
repertório. Minha decisão foi reduzi-lo. Junto com os outros ministros 
de louvor da igreja, diminuí consideravelmente nosso repertório, e 
assim o tornei mais acessível aos novatos. Essa e outras medidas 
podem ser tomadas para tornar sua equipe acessível. Outra medida 
que tomamos foi a de pedir para que os ministros de louvor 
enviassem a lista de músicas a serem executadas no culto pelo 
menos com três dias de antecedência. Essa medida também 
facilitou para os novos. Com isso eles tinham mais tempo para se 
preparar.
 
Concluindo, gostaria de encorajá-lo a ser um líder inclusivo. 
Essa é uma tarefa desafiadora, talvez a mais difícil para um líder 
de louvor, mas extremamente necessária e recompensadora. 
Esteja atento, pois Deus estará levantando pessoas especiais a 
sua volta o tempo todo. É preciso reconhecer isso e ser suporte 
para o que Deus quer fazer através de outros.
 
Deus o abençoe.
 
Fabiano Alves
Pastor de louvor
O PODER DOS 
TECLADOS 
Apesar de ser impossível precisar quando o 
primeiro sintetizador foi criado, o instrumento 
que inspirou a criação dos teclados atuais foi 
o órgão de tubos pela sua semelhança 
estrutural. Provavelmente, o primeiro 
instrumentoque daria origem a história dos 
´synths´ foi o Telhamonium, inventado em 
1897 pelo engenheiro Thadeus Cahill, que 
pesava 200 toneladas e ocupava todo um 
andar de um prédio em Nova York. 
 
 Hoje podemos encontrar teclados que 
carregam em si mesmos um estúdio de 
gravação completo, podendo até gravar 
sons acústicos e organizá-los em um 
seqüenciador interno com poderosos 
recursos de edição. A verdade é que 
atualmente os teclados são instrumentos tão 
comuns em nosso meio que a impressão 
que temos é de que eles sempre existiram. 
São instrumentos extremamente úteis nas 
mãos de produtores musicais, arranjadores, 
professsores e, claro, músicos.
 
Os teclados são tão versáteis que podem 
ser tocados sozinhos como instrumento de 
solo ou acompanhamento, como também 
podem interagir com uma banda completa 
preenchendo espaços na música com sons 
de efeitos.
. Apesar de o teclado ser tão útil por causa 
de sua versatilidade e abrangência de sons 
diferentes, isso pode se tornar um grande 
revés nas mãos de um músico amador e, até 
mesmo, de um pianista profissional. Saber 
como utilizar o teclado em uma banda vai 
depender de vários fatores que devem ser 
considerados, tais como: estilo musical de 
sua banda, estilo ou arranjo da música em 
questão e se sua banda tem um ou mais 
instrumentos harmônicos além do teclado 
como, por exemplo, o violão.
 
Se sua banda tiver um segundo instrumento 
harmônico além do teclado, procure 
observar o que os outros instrumentos 
harmônicos estão fazendo.
 
Por exemplo, se o violão já está fazendo a 
´levada´ da música, com acordes abertos, 
procure tocar com um timbre que soe 
distinguível do violão e que não precise ser 
tocado o tempo todo. Desta forma seu 
timbre somará ao do violão e permitirá que a 
música respire.
Por Paulo Lira 
Caso os outros instrumentos harmônicos 
deixem para os teclados o papel de fazer a 
´levada´ da música, procure usar um timbre 
como o do piano e deixe que a banda 
preencha os espaços, permitindo assim que 
a música respire.
 
Tocar o tempo todo, além de prejudicar a 
dinâmica de uma música, desgasta o 
frescor do som de seu instrumento. Tocar 
apenas se for necessário tornará suas 
idéias musicais mais ricas e possibilitará 
que todos sejam ouvidos.
 
Tome cuidado com o que você faz com a 
sua mão esquerda, especialmente se sua 
banda já tiver um baixista. Deixe o baixo 
para ele, pois desta forma o que o contra-
baixo fizer vai soar limpo e claro. A 
alternativa é usar a mão esquerda para tocar 
parte da harmonia distribuída nas duas 
mãos.
Quanto aos timbres que devem ser usados, 
isso é uma questão de gosto e não há regra, 
a não ser o bom-senso. Caso você use 
timbres derivados de instrumentos acústicos 
como o de uma flauta, por exemplo, procure 
observar o que um flautista faz com o seu 
instrumento para que você não saia por aí 
fazendo acordes com seu som de flauta — 
não que haja algo de errado em fazer isso, 
mas procure fazer com que sua imitação soe 
realística.
O BOM USO DOS PEDAIS 
Ao tocar uma música com o timbre do piano, 
procure usar o pedal de sustain, pois todo 
piano possui um e usá-lo faz parte do 
instrumento. Se você não souber usá-lo, 
procure a ajuda de um professor de piano 
para que o som não fique picado ou 
embolado.
 
Pedais de expressão ou de volume também 
são muito úteis para obter realismo na 
execução e podem lhe dar mais liberdade, 
pois libera o uso das mãos em controles que 
podem ser efetuados pelos pés.
 Muitos tecladistas usam o pedal de 
expressão para controlar o som do segundo 
layer (som que fica por baixo, como uma 
segunda camada).
COMO ESCOLHER UM INSTRUMENTO 
Mesmo na hora de adquirir um teclado essas 
coisas devem ser levadas em conta. Procure 
comprar um teclado que possua: (a) entrada 
para pedal de sustain; (b) teclas sensitivas 
(teclas que respondem a intensidade do 
toque); (c) entrada e saída MIDI (MIDI 
IN/MIDI OUT); (d) timbres básicos que o 
agradem como os de piano acústico, piano 
elétrico (tipo Rhodes), órgão e pads (Warm 
Pads).
Quanto à marca e modelo, procure comprar algo que seja acessível e que atenda as suas 
necessidades, pois nem sempre o mais caro é o melhor. Mas dê preferência às marcas que 
têm mais tradição no mercado — Korg, Roland, Yamaha, Kurzweil e Casio —, pois até a 
disponibilidade de assistência técnica deve ser considerada. 
 
Você vai encontrar teclados de segmentos e propostas distintas, e por isso é importante que 
você identifique o propósito de seu uso (veja quadro ´Escolha o perfil do seu instrumento´).
TECLADOS X ARRANJOS
Devido à facilidade de poder ouvir e criar seqüências de timbres de toda espécie é que vemos 
mais e mais arranjadores usando os teclados para produzir, e mais tecladistas se tornando 
arranjadores e produtores. O processo de experimentação não tem limites. Contudo, é de 
extrema importância que o tecladista faça suas experiências baseadas em seus conhecimentos 
musicais. 
 
No caso de um produtor ou arranjador que toque outro instrumento diferente do teclado ou 
piano, é necessário que ele saiba tocar algum instrumento harmônico, como o violão. Portanto, 
é necessário que ele possua conhecimentos de harmonia, arranjo, estilos e formas musicais, 
além de uma boa noção do papel que os instrumentos que ele vai utilizar ocupam e como 
devem ser executados. O estudo musical para quem quer se dedicar à música como 
instrumentista, arranjador ou produtor deve fazer parte de sua vida — e não tem fim. Quanto 
mais você conhece, mais você descobre que tem mais para aprender.
O LÍDER DE LOUVOR TECLADISTA
Liderar louvor e tocar teclado ao mesmo tempo não é uma tarefa fácil. Admiro os músicos que 
fazem isso e, na verdade, tive a oportunidade e a honra de conhecer dois tecladistas-cantores 
que se tornaram referência de músicos profissionais e de pessoas que dedicam suas vidas e 
tudo o que fazem para o Reino de Deus: Gerson Ortega e Nilson Ferreira. Estes dois ministros 
de música me mostraram que não só é possível tocar teclado e cantar ao mesmo tempo, mas é 
possível fazer isso muito bem. Uma vez perguntei ao Nilson como ele conseguia cantar o tenor 
e tocar teclado ao mesmo tempo, e ele me disse que para ele era só imaginar o som que você 
gostaria de ouvir dos dois instrumentos (teclado e voz) como produto final e deixar seu corpo 
(mãos e voz) fazerem o resto.
Isso exige muitas ´horas de vôo´ e uma grande 
independência entre as funções dos dois instrumentos em 
questão. Contudo, isso não é impossível e, na realidade, liderar 
louvor com um instrumento nas mãos torna mais fácil para 
conduzir sua equipe, pois a harmonia e as indicações das 
seções musicais — refrão, estrofe etc. — estão em suas mãos. 
Mas se em algum momento o instrumento atrapalhar sua 
li¬derança no louvor, sugiro que você pare de tocá-lo naquele 
momento e passe a liderar mais sua equipe, pois o período de 
louvor não deve ser usado como um momento de estudo 
pessoal.
MAIS DE UM
Em equipes ou bandas que têm dois (ou mais) tecladistas, 
procure fazer como no caso do violão. Se um teclado estiver 
tocando com timbre de piano, toque com qualquer outro timbre, 
exceto piano. Parece óbvio, mas já vi equipes de louvor em 
que os músicos estavam tão concentrados em tocar seu 
próprio instrumento que se esqueceram de que estavam 
tocando em um grupo, e não individualmente. 
 
Não toque o tempo todo, e se for possível planeje com 
antecedência o que os dois teclados devem fazer em cada 
música. Lembre-se que quanto mais instrumentos sua banda 
tiver, menos você vai tocar. Afinal, a banda deve soar como um 
instrumento só, cada um no seu lugar, mesmo que para isso 
seja necessário que você não toque em determinado momento. 
Não tem problema. O importante é somar aonde for necessário 
somar.
ESTUDO E PRÁTICA
Além do estudo musical formal, como o conhecimento teórico e a leitura de partituras,o 
estudo ´popular´ também é importante. O músico completo é aquele que domina toda a 
linguagem musical, seja através de partituras, cifras ou simplesmente a identificação das 
notas pelo ouvir — o famoso ´tocar de ouvido´. Quanto mais o músico aprimorar todas as 
facetas da linguagem musical disponíveis, melhor será sua própria compreensão musical 
como também sua comunicação com outros músicos, sem falar de sua versatilidade como 
instrumentista ou produtor musical-arranjador.
 
A música é uma arte que usa o sentido da audição para ser propagada, compreendida e 
assimilada, portanto, antes de qualquer coisa, a música deve ser algo criado para ser 
ouvido — e não debatido. Músicos que não têm interesse em desenvolver seu ouvido 
musical e se prendem a simplesmente ler o que está escrito, estão limitando algo que a arte 
veio para liberar: a criatividade.
Da mesma forma, quem só consegue tocar o que soa bem mas nem faz idéia do que está 
fazendo, fica limitado por não ter segurança nenhuma, uma vez que o que ele toca não tem 
fundamento algum. Pode até estar correto, mas lhe falta direcionamento, pois seu 
conhecimento se baseia apenas em sua experiência. 
 
É importante, sim, estudar a riqueza da música documentada em partituras, pois é a origem 
do conhecimento da história musical da humanidade, assim como é importante não ficar 
preso a isso e um dia perceber que o tempo passou, mas sua musicalidade está quatro 
séculos atrasada. 
 
Portanto, procure tocar tudo o que você escutar: jingles do rádio, vinhetas de TV, temas de 
filmes, músicas de CDs, vinis, fitas cassetes, a música que toca em sua cabeça etc. 
Procure também ler tudo que estiver ao seu alcance: exercícios técnicos, peças eruditas, 
peças populares, temas folclóricos, hinários e uma infinidade de materiais disponíveis. 
Lembre-se: o mundo musical é muito maior do que podemos imaginar e não dá para 
prendê-lo na caixinha da comodidade, da miséria e da ignorância.
O INSTRUMENTO 
O teclado é um instrumento completo, pois com ele você pode tocar a harmonia, o 
contra-baixo e a melodia de uma música qual¬quer ao mesmo tempo, 
independentemente do estilo. Por essa razão muitos compositores usam o piano ou os 
teclados para compor ou arranjar suas canções, mesmo aqueles que não são pianistas 
ou tecladistas. E é exatamente por isso que o teclado é um instrumento de fácil 
utilização e adaptação em qualquer situação: sozinho ou em banda.
 
Ao mesmo tempo que o teclado é um instrumento que pode resolver o problema 
sozinho, lembre-se que quanto mais instrumentos uma banda tiver, menos você vai 
tocar. Em alguns casos, é melhor nem mesmo tocar. Nestes momentos, procure olhar 
para seu teclado como um processador de efeitos sonoros — aquele som que aparece 
não se sabe de onde e nem para onde foi, mas que acrescenta novidade ao arranjo de 
forma discreta e original. A cereja no bolo!
Procure desenvolver na música que você toca a essência do conceito ´menos é mais´. 
Este é um grande diferencial especialmente para os tecladistas que fazem parte de 
equipes de louvor. Portanto, gaste tempo com seu instrumento pesquisando novos 
sons, experimentando e criando novos timbres; Lembre-se que é você quem determina 
o limite de sua música — pois para a música, criada por Deus, através de Deus e para 
Deus, não há limites.
A ESCOLHA DO INSTRUMENTO
TECLADOS ARRANJADORES (conhecidos como teclados inteligentes). São teclados 
que praticamente dispensam a banda, pois neles, com o aperto de um botão, você 
consegue um arranjo completo com bateria, contra-baixo, guitarra, orquestra etc. Tudo 
em um único instrumento. È o ´teclado faz tudo´! São bastante comuns em restaurantes, 
bailes de formatura e escolas de teclado. Porém a qualidade de seus timbres deixam um 
pouco a desejar.
 
SAMPLERS São teclados que possuem uma função bastante específica — criar 
amostras de sons gerados por uma fonte externa. São ´copiadores de sons´. Se você 
estiver pensando em usar seu teclado em um estúdio, esta seria sua melhor opção, pois 
estes teclados podem copiar com fidelidade e alta qualidade qualquer som externo. Sons 
de automóveis, instrumentos acústicos, animais, sons da natureza, sua própria voz etc. 
Porém seu uso é bastante técnico e pouco prático se você precisa das coisas feitas sem 
perder tempo, como trocar de timbre, por exemplo.
 
WORKSTATIONS são teclados que possuem ótimos timbres em grande quantidade (às 
vezes milhares de sons). Os sons são, em sua maioria, produzidos sinteticamente, e não 
acusticamente como é o caso do sampler. Porém, hoje são tão realísticos quanto estes. 
Além disso, são mais fáceis de operar ao vivo por serem organizados em grupos — 
pianos, cordas, baixos, sopros etc. — e possuem um seqüenciador interno que possibilita 
gravar dezesseis ou mais canais de sons internos disponíveis nele. 
.
SINTETIZADORES São teclados que simplesmente possuem timbres que podem ser 
editados e armazenados em uma memoria RAM interna do instrumento. São 
extremamente fáceis de usar por serem dedicados ao público que toca ao vivo e que não 
pode perder tempo com programações feitas na hora no palco. Geralmente, seus 
parâmetros para edição são de fácil acesso e visualização. Por não terem seqüenciador, 
ritmos prontos com orquestra, nem o recurso de copiar amostras de sons externos é o 
instrumento de menor custo hoje no mercado. No entanto, nem todos os modelos 
possuem timbres de alta qualidade. 
 
 
Paulo Lira é músico profissional, arranjador e produziu os álbuns ´Entrega´ 
,’Grande Deus´ e ‘Meu Respirar – Piano’ da VM Brasil. 
Por Marcio Miguel
Muita gente afirma que existem duas 
classificações para as pessoas que tocam 
algum instrumento: os músicos e os 
bateristas. Outros afirmam a mesma idéia 
dizendo que o baterista é o cara que gosta 
de andar com os músicos. 
 
Bateristas são geralmente taxados de 
rebeldes, barulhentos, pessoas indomáveis. 
Foram e até hoje são alvos de muita 
observação dentro das igrejas. O pessoal 
mais jovem tende a admirá-los, porém os 
mais idosos têm o profundo pavor e 
resistência quanto a sua inclusão na equipe 
de louvor. 
 
No entanto, o que nós, bateristas, podemos 
fazer para nos tornarmos mais agradáveis e 
contribuir de uma forma construtiva com a 
igreja onde servimos? 
Existem diferentes pontos de vista em 
relação ao uso ou não do instrumento na 
igreja. uito embora eu seja baterista, em 
alguns casos acho dispensável o uso da 
bateria, devido a fatores como a acústicas 
do salão onde são
realizadas as reuniões, o número de 
pessoas que freqüentam os cultos, além 
de, muitas vezes, a falta de habilidade 
das pessoas que tocam - que em diversos 
casos ignoram a necessidade do estudo 
do instrumento. 
 
A seguir, gostaria de citar alguns pontos 
que, a meu ver, são determinantes para o 
uso adequado da bateria no contexto 
congregacional.
A ESCOLHA DO INSTRUMENTO
O primeiro passo para alguem ingressar 
no ministério de louvor - depois de ter o 
aval de seu pastor - é dominar 
tecnicamente a área em que pretente 
atuar.Ninguem confia a construção de um 
prédio a um médico, economista ou 
advogado, pois não têm conhecimento 
técnico para isso.
 
 Da mesma forma, não cabe uma pessoa 
que não tem habilidade com um 
determinado instrumento desejar cupar a 
função de músico.Infelizmente, isso 
acontece muito dentro das igrejas. É 
imprescindível que o baterista busque o 
acompanhamento de um professor 
experiente, que lhe dará amplas condições 
de conhecer o instrumento.
A BATERIA NA 
ADORAÇÃO
NA MEDIDA CERTA
Sem duvída, o bom - senso é o grande diferencial de um 
músico disciplinado.É muito bom ver bateristas perfeitos 
tecnicamentes tocar de maneira simples, valorizando a 
nitidez da levada, mantendo o andamento sem variações, 
tocando com dinânica, economizando notas e viradas e, 
consequentemente, deixando a música soar da maneira 
como ela pede.Em algunscasos, ter bom senso é não 
tocar, pois algumas músicas pedem para que se substitua 
a bateria por um simples chocalho.Ter bom senso é 
escolher até o tipo de baqueta que deve ser usada em 
uma determinada reunião. Antes de começar a tocar, 
procure verificar qual é a real necessidade daquele 
momento. Será que a reunião com 15 pessoas requer que 
a beteria seja tocada? Será que um salão com telhados 
de folha de zinco e com fiso frio, suporta uma bateria com 
10 tambores, oito pratos e microfones em todas as peças? 
Ter bom senso, no contexto que falamos, vai além de 
como tocar e abrange toda a concepção de alguem que 
pretende servir às pessoas com sua música.
 
 
O baterista precisa saber qual é a sua função dentro de 
um time. Durante o período de louvor, as pessoas da 
congregação precisam ouvir nitidamente a voz de quem 
está dirigindo a música, ou seja, da pessoa que está 
cantando a melodia da música. A função do baterista, 
juntamente com o baixista, é dar suporte para a banda; 
tocar de maneira que a pessoa que está cantando possa 
ser ouvida por toda a congregação; dar ritimo para que 
todos toquem e cantem juntos. O baterista pode ser o 
melhor músico da banda, porém se ele não for capaz de 
cumprir seu papel, com certeza o máximo que poderá 
fazer com todo seu talento será atrapalhar a banda toda.
ESPÍRITO DE EQUIPE
O MÚSICO BATERISTA
Outra dica que me ajudou muito - e que geralmente funciona com os bateristas, segundo 
seus próprios depoimentos - se refere ao fato de como estudar um outro instrumento 
harmônico pode contribuir para o seu melhor desempenho. Particularmente, posso dizer 
que estudar harmonia e tocar piano (mesmo que não muito bem!) me ajudou a 
compreender as diferentes formas musicais, os estilos e pulsações, as diferentes faces 
da dinâmica - isto é, quando suavizar; quando colocar mais notas; e quando deixar soar. 
 
Trocando em miúdos, a harmonia e a percepção me auxiliam muito na hora de tocar. 
Aprender a ler partitura foi outra grande conquista que me possibilitou compreender 
rapidamente o que o arranjador está querendo. Fica mais fácil falar a mesma língua dos 
pianistas, violonistas, baixistas, guitarristas e qualquer outro músico quando sabemos 
exatamente o que eles estão dizendo em relação a compassos, duração das notas, 
ligaduras e coisas desse tipo.
CUSTO X BENEFÍCIO
Escolher a bateria ideal e cuidar de sua manutenção são outras dificuldades dos 
bateristas. Nem sempre os produtos importados significam garantia de boa compra. 
Muitos fabricantes nacionais têm buscado a excelência - com êxito, em diversos casos - 
dos produtos importados. Hoje é muito comum ver pratos "made in Brazil" com a mesma 
sonoridade e acabamento dos pratos internacionais que estamos acostumados a comprar. 
E o melhor: por um preço muito inferior.
 
Portanto, o maior desafio não é escolher qual marca comprar, qual a procedência do 
material, mas sim escolher o instrumento que irá se adequar à estrutura do local onde 
será utilizado. Procure otimizar o som do instrumento que você tem. Muitas vezes uma 
simples troca de peles ou o uso de abafadores externos proporcionam grandes avanços 
na busca pelo som ideal. Em salões pequenos, geralmente utilizamos baterias com 
polegadas menores, por serem mais simples de afinar e proporcionarem volumes mais 
equilibrados.
Em grandes templos, onde centenas de pessoas se reúnem, o mais adequado seria ter 
uma bateria com tambores maiores, "microfonadas" por um técnico de som profissional, 
que realmente entenda o que está fazendo. Em alguns casos, com revestimento acrílico 
para impedir que os microfones da baterias interfiram nos vocais e vice-versa.
 
Finalizando, gostaria apenas de ressaltar a necessidade de entendermos qual é o nosso 
papel dentro do Reino de Deus. Todo artista é influenciador e formador de opinião pelo 
fato de estar em evidência. Essa realidade gera um grande compromisso de entender 
qual é o nosso verdadeiro chamado dentro do ministério, pois através do nosso exemplo 
podemos edificar tanto quanto destruir a vida de muitas pessoas que nos observam. 
Precisamos entender que não estamos na igreja apenas para tocar, para ser notados, 
nem para ter prestígio com as pessoas, mas sim para abençoar o próximo e cooperar 
para edificação da igreja. O fato de tocarmos bateria (ou qualquer outro instrumento) é 
apenas um talento muito especial que Deus colocou em nossas mãos para servirmos às 
pessoas com alegria e gratidão.
 
Marcio Miguel, casado, é baterista da equipe de louvor da Comunidade Vineyard de 
Piratininga (SP) e participou de todas as produções do Ministério Vineyard no 
Brasil.
A FUNÇÃO DO 
BACKING VOCAL
Eu tenho sido backing vocal em equipes de 
louvor e em outras áreas por dez anos. É 
tanto tempo que isso se torna espantoso. Eu 
me lembro que sempre quis ser cantora – 
rodando pelo meu mundo com a minha 
escova de cabelo, colher, ou escova de 
dente, cantando totalmente fora do tom, não 
importando o que estivesse sendo tocado no 
rádio. Quando éramos crianças, minha irmã 
e eu nos deitávamos na cama imitando as 
canções – uma tentando convencer a outra 
que aquela era a música que tínhamos 
ouvido no radio – e a minha irmã ficava 
brava, pois ela estava cantando uma música 
e eu a interrompia cantando outra música, 
mais alto ainda. Hoje em dia é o meu marido 
Darren que fica chateado comigo quando eu 
começo a cantar no meio das nossas 
conversas – isto é muito desagradável, não 
é? Eu estou tentando melhorar.
 
Entretanto, a verdade é que Deus me 
planejou com esta paixão – quando eu 
canto, eu sinto a satisfação do Senhor. Isso 
me faz perceber que Deus tinha um plano ao 
usar a minha voz, e todos esses anos depois 
eu olho para trás e louvo mais ainda a Deus 
por todas as oportunidades que ele tem me 
dado. 
Por algum tempo foi difícil para eu crer que o 
Senhor não estava brincando sobre o meu 
amor por cantar. Ao perceber que Ele havia 
colocado esse desejo em mim com um 
propósito, isso me trouxe muita alegria e 
liberdade, e é claro me fez querer cantar 
ainda mais. Eu sou muito grata a Deus por 
este dom. Desde que eu percebi que Ele 
havia me dado este dom com um propósito, 
eu tenho me conscientizado que Deus está 
investindo em mim e está me ensinando 
sobre a adoração, e também me livrando 
das situações desagradáveis do caminho.
 
Eu continuo cantando como uma backing 
vocal, e em certas ocasiões eu também 
conduzo o louvor. Eu penso que o segredo 
para ser um bom cantor de backing vocal 
é entender que a nossa voz é um 
instrumento e um dom.
 
Você tem a oportunidade e o potencial de ter 
um dom, e trazê-lo ás pessoas.
Por Jessie Lane Clarke
Em primeiro lugar, a sua adoração é uma oferta ao Senhor. Como 
membro de uma equipe de louvor, constantemente eu tenho que 
estar certa que esta é a minha motivação principal, pois Deus 
merece nada menos do que isso. É muito fácil mudar de direção em 
relação a isso. Mas quando os nossos corações estão no lugar certo, 
existe pouca pressão e há muita alegria. Deus então é glorificado.
 
Como uma cantora de backing vocal você é um suporte vital 
para o líder de louvor.
 
 Você também é um exemplo para toda a congregação seguir. Se eu 
fosse transmitir as lições que eu tenho aprendido, seja através dos 
meus próprios erros ou através da graça de aprender com os erros 
dos outros, eu diria o seguinte: Ouça bastante! Ouça a banda e tudo 
o que estiver acontecendo. Preste atenção e esteja aberto a 
qualquer coisa que Deus queira falar ou fazer. Deixe de lado seus 
interesses e aprenda a ceder Seja sensível ao líder de louvor – 
obedeça à liderança dele ou dela – e siga o fluir do que Deus está 
fazendo. Esteja certo de que você não está “tomando a frente” ou 
travando uma batalha com o líder de louvor, seja musicalmente ou 
por causa dos temas. Isto é crucial se você está fazendo as coisas 
deboa vontade. Também seja sensível aos outros membros da sua 
equipe e ao que eles estão fazendo.
 
Os choques ocorrem com muita facilidade. Lembre-se que há 
momentos para cantar, e há momentos para permanecer em 
silêncio. Faça muitas perguntas Preste atenção ao que líder deseja 
em termos de improvisação, ás liberdades que devem ser tomadas e 
ás contribuições proféticas – o que ele/ela querem e precisam de sua 
parte? Proteja os seus relacionamentos dentro da sua equipe de 
louvor. Seja um encorajador. Não subestime o poder da unidade 
e dos relacionamentos que honram ao Senhor. Se você está 
cantando com outros vocalistas, tenham um tempo para orarem 
juntos. Isto tem feito muita diferença para mim todas às vezes.
Lembre-se que a sua voz é um instrumento. Não menospreze sua parte. Aproveite o 
tempo para trabalhar as partes e as harmonias. Um bom vocal é crucial. As pessoas 
seguem aquilo que elas estão conseguindo ouvir. Seja criativo com as suas harmonias 
Procure não ficar preso a uma rotina. Entretanto, esteja ciente de que “ser mais criativo” 
não significa “melhor”. Lembre-se de pensar no som como um todo, não apenas na sua 
voz individualmente – você não está cantando sozinho – você é parte de uma equipe. 
Ter essa sensibilidade fará com que você se diferencie como uma cantora de backing 
vocal.
 
Saiba que o backing vocal é uma habilidade diferente do vocal principal. Só porque 
você é capaz de fazer uma dessas habilidades bem, não significa que automaticamente 
você pode fazer a outra (mas sabendo como fazer uma, isso pode lhe ajudar a fazer a 
outra bem). Reconheça a diferença entre essas duas habilidades. Isso pode soar 
comum, mas muitas pessoas pensam que só porque tem uma grande voz – afinação 
perfeita, paixão, entonação – elas serão grandes cantoras de backing vocal. Não 
necessariamente. Pessoas distraídas, fora de lugar, e que planejam atrair a atenção 
para si mesmas são péssimas cantoras de backing vocal.
 
Ser Backing Vocal de um grupo de louvor é diferente de ser Backing Vocal de uma 
banda “normal” Você não é uma estrela. Você não está se apresentando. Você é um 
exemplo. Então, seja um bom exemplo de adorador no púlpito e fora dele. Demonstre 
uma vida de adoração, envolva-se. Quando o líder disser “vamos dançar”, ou “vamos 
entoar um cântico ao Senhor’, o seu papel é fazer isso! Faça o que tem que ser feito. 
Dependendo de seu humor, isso pode ser difícil porque você quer ser real ali... mas a 
sua prioridade é servir e liderar pelo exemplo”.
 
Proteja o seu instrumento Cuide da sua voz. Mas seja sensível, não se tornando um 
chupador de pastilhas psicótico, ou um inimigo dos produtos feitos de leite, ou um 
fanático que “deve sempre ter um humidificador de ambientes” que perdeu todo o senso 
de perspectiva. É sempre bom ser equilibrado! Procure conhecer a sua voz, entender o 
que é bom, o que te auxilia e o que não te faz bem – e se doer – PARE.
 
Uma palavra final Não se perca na adoração a ponto de não saber o que está 
acontecendo ao seu redor (deixas, etc), mas ao mesmo tempo não fique tão preso à 
música a ponto de perder o seu objetivo principal – adorar. 
Seja você mesmo, mas seja profissional, e eu tenho que dizer... vista- se com 
moderação. Lembre-se que todos não estão te olhando como você imagina. Tente abrir 
os seus olhos ocasionalmente e você verá que todos NÃO estão olhando para você! Não 
exija muito de si mesmo; relaxe e sinta a presença de Deus, sinta a alegria de Deus 
sobre o Seu povo, veja o que Ele está fazendo com o Seu povo –é como se o Céu estive 
aqui na Terra.
 
Jessie Clarke nasceu e foi criada na Inglaterra, mas se mudou para costa central da 
Califórnia aos 19 anos. Jessie começou a cantar aos 16 anos, na sua Igreja natal, a 
the St. Albans Vineyard, e começou a cantar com Matt Redman & Graham Ord no 
final da adolescência. Desde então ela tem cantado em muitas gravações da VM 
(USA) com Darren Clarke and Ryan Delmore, entre outros. Os Clarkes tem escrito 
várias canções de adoração, incluindo ‘I love Your Presence’ .
A GUITARRA NO 
PERÍODO DE 
LOUVOR 
Por Raphael Costa
A guitarra definitivamente conquistou se
u espaço. Hoje a guitarra está presente 
em quase todos os estilos musicais, do 
jazz ao rock e do reggae ao funk. 
Apesar disso, a guitarra ainda é considerada 
um instrumento relativamente novo. A cada dia 
novas maneiras de se tocar são inventadas, 
fazendo da guitarra um instrumento cada vez 
mais versátil.
 
Para ser um bom guitarrista nos dias de 
hoje não basta apenas fazer solos 
'mirabolantes'. Um bom guitarrista é aquele 
que se preocupa com a sua sonoridade 
(timbre), que tem um bom conhecimento de 
harmonia e que sabe exatamente qual é a 
sua função dentro de uma banda.
Guitarra x violão
Muita gente me pergunta se existe diferença entre guitarra e violão. Existe, e muita! 
Apesar de teoricamente o violão e a guitarra serem 'iguais' (possuem seis cordas, 
mesma afinação, mesmos acordes), na prática eles tem funções completamente 
diferentes. O violão é usado (principalmente no contexto de louvor) como instrumento de 
base, enquanto a guitarra é um instrumento de detalhes, a 'cobertura do bolo'. É claro 
que existem momentos em que a guitarra faz a base, mas no geral, principalmente se 
você tiver um piano ou um violão (ou os dois!), sua função será de preencher os espaços 
deixados pelos outros instrumentos. Uma boa dica seria ouvir o que os outros músicos 
estão tocando antes de decidir o que você vai tocar.
 
 
Base x solo
Na verdade, essa história de ter uma guitarrista somente para base e outro apenas para 
solo praticamente não existe mais. O guitarrista moderno tem que estar preparado para 
fazer bem as duas funções. Dificilmente alguém vai chamar um guitarrista apenas tocar 
apenas solo. Lembre-se: a palavra chave para o guitarrista de hoje é versatilidade. Um 
bom solo é mais do que saber qual escala usar é preciso entrar no clima da música, 
captar a idéia e fazer o que a música está querendo comunicar. Por exemplo: se você 
fizer um solo na música 'Me Derramar', é melhor ir por um caminho mais melodioso em 
vez de querer mostrar todas as suas habilidades técnicas em oito compassos, 
entendeu?
 
 
Segredos do bom guitarrista
Existem pessoas que tem maior facilidade em aprender um instrumento do que outras, 
porem uma coisa que todo bom músico tem em comum são muitas horas de estudo. Não 
existe fórmula mágica para aprender um instrumento, portanto minha dica é que todo 
estudo seja acompanhado por um bom professor que vai saber direcionar corretamente 
as técnicas que você deverá aprender no momento certo. Outra coisa importante é ter 
humildade para saber que sempre temos muito que aprender com os outros. Humildade 
é essencial para se desenvolver como músico.
 
 
 
A seguir, algumas dicas práticas para chegar lá:
 
1) Ouça muita música - Compre um bom fone de ouvido, 
vá para seu quarto, apague a luz e ouça com muita atenção;
 
2) Ouça de tudo – Não tenha preconceito com algum estilo 
musical, amplie seus horizontes. Em todos os estilos 
musicais você vai encontrar música boa e música ruim;
 
3) Invista no seu equipamento – É muito melhor você ter 
apenas uma boa guitarra, um bom amplificador e um bom 
pedal delay do que ter um monte de equipamento ruim que 
só vai ‘te dar dor de cabeça’.
 
4) Estude, estude, estude - Procure um bom professor, 
bons músicos, freqüente cursos, clínicas e workshops 
sempre que possível, mantenha-se atualizado;
 
5) Divirta-se - Nada disso faz sentido se tocar guitarra não 
for algo prazeroso. Mantenha seu coração perto do Pai e o 
adore com sua guitarra e com sua vida.
 
 
Raphael Costa é músico, arranjador e produtor. Ele 
assina a produção do álbum Mais que Paixão do 
ministério Vineyard Music Brasil ao lado de Amauri 
Muniz, entre outros projetos já realizados.
OBRIGADO !
Vineyard Music Brasil é o ministériode louvor e adoração das igrejas 
da Vinha (Vineyard) no Brasil. Queremos influenciar a atividade da 
adoração através da música, encorajando pessoas em toda parte a 
buscar um relacionamento mais profundo com Deus. 
 
 
Nossa missão:
 1. Documentar a música de louvor e adoração da Vineyard no 
Brasil; 
2. Distribuir a música de louvor e adoração da Vineyard nos países de 
língua portuguesa; 
3. Equipar a Igreja com recursos de adoração que ajudem na busca 
por intimidade com Deus;

Continue navegando