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Benefício previdenciário e a reforma da Previdência Social - RPPS (1)

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Benefícios Previdenciários 
e a reforma da Previdência 
Social
Ian Ganciar Varella
 
Sobre o autor: 
 Ian Ganciar Varella é pós-graduando em MBA 
em Prática Previdenciária, 2017. Pós-graduado em Direito 
Previdenciário pela Faculdade Legale, 2016. Bacharel em Direito 
pela UNIFIEO. Advogado inscrito na OAB/SP sob nº 374/459, 
atuante no Direito Previdenciário e Direito do Trabalho – Membro 
da Comissão de Direito Previdenciário da OAB/SP – Autor de 
diversos artigos. 
E-mail: contato@ianvarella.adv.br 
Site: ianvarella.adv.br 
Facebook.com/adv.varella 
Instagram.com/advogadovarella 
 
 Todos os direitos desta edição são reservados ao Autor 
do E-book. É terminantemente proibido a reprodução total ou 
parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem expressa 
autorização do autor. A violação dos direitos autorais caracteriza 
crime descrito na Legislação em vigor, sem prejuízo das sanções 
cabíveis. 
 
 
 
SUMÁRIO 
Introdução, 5 
A grande farsa chamada déficit previdenciário, 7 
Planejamento Previdenciário, 12 
Capítulo I – O Regime Próprio de Previdência Social: Regras Atuais, 15 
 1. Introdução, 16 
 2. Aposentadoria, 16 
 2.1. Aposentadoria por invalidez, 16 
 2.2. Aposentadoria Compulsória, 17 
 2.3. Aposentadoria Voluntária, 17 
 2.3.1. Aposentadoria integral, 18 
 2.3.2. Aposentadoria proporcional, 18 
 2.3.3. Aposentadoria do Professor, 18 
 2.4. Aposentadoria especial, 18 
 2.4.1. Aposentadoria das pessoas com deficiência, 19 
 2.4.2. Atividade de risco, 20 
 2.4.3. Por exposição a agentes nocivos à saúde, 20 
3. Pensão por morte, 20 
Capítulo II – Regras de transição da PEC 287/2017, 24 
 1. Aposentadoria, 25 
 2. Pensão por morte, 27 
Capítulo III – Como a reforma da Previdência Social vai te afetar, 28 
 1. Introdução, 28 
 2. Aposentadoria, 29 
 3. Recebimento cumulativo de benefício previdenciário, 30 
 4. Valor do Salário de benefício, 31 
 5. Previdência Complementar, 32 
 6. Pensão por morte, 32 
Conclusão, 34 
Bibliografia 
 
 
Introdução
Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência 
Social
E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social 
Ian Ganciar Varella - 2017 
Introdução 
 
 O presente e-book tem como intuito mostrar os requisitos dos 
benefícios previdenciários, aposentadoria e pensão por morte, nas atuais 
regras e na regra da PEC 287/2017 e falar um pouco sobre o planejamento 
previdenciário. 
 Alguns temas não estão presentes neste presente e-book, como regras 
de transição das emendas de 1998 e 2003, isto porque o tema de benefícios 
previdenciários é bem extenso, portanto, os assuntos a serem explanados são 
sobre as regras atuais, regras da PEC 287 e o seu comparativo, bem como o 
planejamento da aposentadoria. 
 O e-book possui 3 capítulos sobre os direitos previdenciários dos 
servidores públicos, o primeiro capítulo discorre sobre as regras atuais do 
sistema previdenciário. 
 No segundo capítulo, são demonstradas as regras de transição 
previstas na proposta da reforma da Previdência Social para os servidores. 
 E no terceiro e último capítulo, o autor demostra como a reforma da 
Previdência Social vai afetar os direitos dos servidores. 
 
 
 
 
 
 
A grande farsa chamada déficit 
previdenciário
Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência 
Social
E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social 
Ian Ganciar Varella - 2017 
A grande farsa chamada déficit previdenciário 
 A Constituição Federal de 1988 inaugurou um sólido sistema de 
proteção social batizado de Seguridade Social. Ficaram estabelecidos 
mecanismos como a vinculação tributária em cascata para assegurar a 
valorização do trabalho na ordem social. 
 Já se vão quase 30 anos que existe a previsão de Desvinculação da 
Receita da Seguridade social e que aquilo que deveria ser transitório tem sido 
o principal meio utilizado para equilibrar as contas do Governo Federal. 
Possivelmente, para dar a sensação inicial de que é algo passageiro, até todos 
se acostumarem com a ideia. 
 Não é preciso ser um economista para perceber que retirar recursos de 
um segmento poderá causar sua ruína. Algumas conclusões básicas 
desabrocham frente a esse cenário: a) se não fossem retirados recursos da 
Seguridade Social, não faltaria; b) se não faltassem recursos, não seria 
preciso criar novos tributos; c) se não faltassem recursos, não seria preciso 
reformar direitos, conquistados a duras penas. 
 O discurso do déficit da Seguridade Social parece interessar a poucos 
e sustentar uma série de medidas que talvez não fossem necessárias se a DRU 
fosse revogada ou não prorrogada. Afora isso, aquilo que foi pensado como 
solução, vale dizer, desvincular receitas, é a origem do problema.1 
Entrevista da Professora de Economia Denise Gentil 
 A Professora de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ), Denise Gentil dedicou sua tese de doutorado para defender 
exatamente o oposto: o déficit previdenciário seria uma farsa provocada por 
 
1 Acesso em 04.04.2017 <http://fundacaoanfip.org.br/site/2016/06/a-dru-e-o-falso-
deficit-da-previdencia-social> 
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Ian Ganciar Varella - 2017 
uma distorção do mercado financeiro, que fecharia os olhos para um artigo 
da Constituição que exige participação da União na composição da 
Seguridade Social, da qual a Previdência faz parte. 
Brasileiros – A sua tese de doutorado diz que existe uma “farsa contábil” 
que transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário. Que 
farsa é essa? 
Denise Gentil – O artigo 195 da Constituição diz que a Seguridade Social 
será financiada por contribuições do empregador (incidentes sobre a folha de 
salários, o faturamento e o lucro), dos trabalhadores e do Estado. Mas o que 
se faz é um cálculo distorcido. Primeiro, isola-se a Previdência da 
Seguridade Social. Em seguida, calcula-se o resultado da Previdência 
levando-se em consideração apenas a contribuição de empregadores e 
trabalhadores, e dela se deduz os gastos com todos os benefícios. Por essa 
metodologia, houve déficit de R$ 87 bilhões de janeiro a novembro de 2015. 
Pela Constituição, a base de financiamento da Seguridade Social inclui 
receitas como a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), Cofins 
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e as receitas de 
concursos de prognóstico (resultado de sorteios, como loterias e apostas). 
De quanto foi o superávit da Seguridade Social no ano passado? 
Denise Gentil – Quando essas receitas são computadas, obtém-se superávit 
de, por exemplo, R$ 68 bilhões em 2013 e de R$ 56 bilhões em 2014. Mas 
essa informação não é repassada para a população, que fica com a noção de 
que o sistema enfrenta uma crise de grandes proporções e precisa de reforma 
urgente. Há uma ideia de insolvência e precariedade generalizada que, no 
caso da Previdência, não corresponde à realidade. 
Então por que tanta pressão por reforma? 
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Denise Gentil – O objetivo é cortar gastos para dar uma satisfação ao 
mercado, que cobra o ajuste fiscal. Nada é dito sobre os gastos com juros, 
que entre janeiro e dezembro de 2015 custaram R$ 450 bilhões, o equivalente 
a 8,3% do PIB. Ocorre que o governo fez enormes desonerações desde 2011. 
Em 2015, chegaram a um valor estimado em R$ 282 bilhões, equivalente a 
5% do PIB, sendo que 51% dessas renúncias foram de recursos da 
Seguridade Social. Essas desonerações não produziram o resultado previsto 
pelo governo, que era o de elevar os investimentos. Apenas se transformaram 
em margem de lucro. 
Em 50 anos, o volume dos inativos corresponderá a mais da metade da 
população brasileira, segundo o IBGE. Mesmo assim não é necessáriaalguma mudança na lei para garantir aposentadoria no futuro? 
Denise Gentil – É incrível que a burocracia estatal e uma parte da sociedade 
(o “mercado”) se preocupem tanto com o que acontecerá daqui a 50 anos. 
Subitamente, elas foram acometidas por um senso de responsabilidade com 
o futuro que não dedicam à educação, segurança, saúde… Só ocorre com o 
futuro da Previdência. Não é suspeito? O que precisamos, aqui e agora, é 
incluir um contingente enorme de pessoas que não têm acesso à Previdência. 
Aproximadamente 43% da população economicamente ativa vive sem 
direito a auxílio-acidente, seguro-desemprego, aposentadoria, pensão. A 
população envelhecerá, mas o que precisaremos não é de uma reforma 
previdenciária, mas de uma política macroeconômica voltada para o pleno 
emprego e que gere taxas elevadas de crescimento. É também necessário 
políticas de aumento da produtividade do trabalho com investimentos em 
educação, ciência, tecnologia e estímulos à infraestrutura. Esses mecanismos 
proporcionarão a arrecadação para o suporte aos idosos. Cada trabalhador 
será mais produtivo e produzirá o suficiente para elevar a renda e redistribuí-
E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social 
Ian Ganciar Varella - 2017 
la entre ativos e inativos. Não podemos ficar presos a um determinismo 
demográfico. 
Como estabelecer uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria 
em um país onde um trabalhador com mais de 40 anos é considerado 
velho? 
Denise Gentil – A idade mínima que o governo quer instituir é para as 
aposentadorias por tempo de contribuição (hoje de 30 anos para as mulheres 
e 35 anos para os homens), que representam 29% das concessões. Ocorre 
que estes normalmente começaram a trabalhar cedo. Sacrificaram seus 
estudos, ganham menos, têm saúde mais precária e vivem menos. Essas 
pessoas formam dois grupos. Os que se aposentam precocemente acabam 
voltando a trabalhar e a contribuir para o INSS; não são um peso para a 
União. Outros que se aposentam mais cedo o fazem compulsoriamente 
porque não conseguem manter seus empregos, na maioria das vezes por 
defasagem entre os avanços tecnológicos e sua formação ultrapassada, ou 
pelo aparecimento de doenças crônicas que certos ofícios ocasionam. Estes 
já são punidos pelo fator previdenciário, que reduz o valor do benefício.2 
 
 
 
 
 
 
 
2 Acesso em 04.04.2017 <https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/363553891/a-grande-farsa-chamada-
deficit-previdenciario> 
Planejamento Previdenciário
Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência 
Social
E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social 
Ian Ganciar Varella - 2017 
Planejamento Previdenciário 
 Muitas pessoas possuem a seguinte dúvida: ‘‘Quando me aposentarei 
e qual será o valor da minha aposentadoria? ’’ 
 Apesar das notícias propagadas pelo o governo federal, a Previdência 
Social não está quebrada, como vimos no tópico sobre a grande farsa 
chamada déficit previdenciário. 
 A aposentadoria é um investimento seguro e com uma rentabilidade 
até vantajosa para aqueles que souberam a melhor forma de contribuir, 
assegurando uma renda para si e para sua família. 
 O Planejamento tem como intuito buscar o melhor caminho mais 
vantajoso, devendo ser analisado a vida laboral e das contribuições ao 
sistema previdenciário. 
 Os principais motivos para realizar o planejamento é: 
• Saber o momento ideal para se aposentar. 
• Saber o valor ideal para contribuir e a maneira certa para realizar esse 
pagamento. 
• Saber o valor do benefício de aposentadoria que receberá no futuro. 
• Saber que terá uma vida tranquila e planejada. 
 O planejamento de aposentadoria deve iniciar cedo, o ideal é pensar 
no futuro quando se inicia no mercado de trabalho, contudo, diante da falta 
de educação previdenciária no sistema educacional brasileiro a grande 
totalidade dos trabalhadores pensa na aposentadoria apenas quando ela se 
aproxima. 
 Todos que ingressam no mercado de trabalho deveriam se preocupar 
com o investimento que estão fazendo, pois ao se aposentar, possivelmente 
se arrependeram de não terem feito um planejamento. 
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 A média do valor de benefício da aposentadoria não ultrapassa dois 
mil reais. Todos sabem que este valor é insuficiente para sustentar a si e a 
família. 
 Por isso, o trabalhador que ainda tem 10 anos ou menos para pedir o 
benefício previdenciário de aposentadoria deve se planejar, verificar se está 
tudo em ordem e se contribuiu na data certa e no valor correto. 
 Importante salientar que muitas pessoas recolhem a contribuição 
previdenciária da forma errada, com valores maiores ou menores do que a 
lei permite. 
 Devendo sempre consultar um advogado de sua confiança para evitar 
situações e problemas no momento de se aposentar ou requerer outro 
benefício previdenciário. 
 Veremos a seguir as regras da aposentadoria e pensão por morte, em 
específico as regras atuais, de transição da PEC 287/2017 e as regras futuras 
da PEC 287/2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I – O Regime Próprio de 
Previdência Social: Regras Atuais
Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência 
Social
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Ian Ganciar Varella - 2017 
1. Introdução 
 Falaremos nesse capítulo somente das espécies de aposentadoria e da 
pensão por morte, e demais requisitos que são necessários para compreensão 
básica do Direito Previdenciário e sua aplicação aos servidores públicos. 
2. Aposentadoria 
 O conceito da aposentadoria é de que sua ocorrência gera a ruptura da 
relação do servidor com o cargo efetivo e sua consequência é a vacância 
deste. 
 Importante observar que, devido às alterações pela EC 20/98 e EC 
41/03, existem três formas de fixação e reajuste dos proventos de 
aposentadoria por invalidez, porém tais questões não serão abordadas no e-
book em razão do seu conteúdo amplo. 
 Existem quatro tipos de aposentadorias aos servidores públicos dos 
entes da federação, basicamente são parecidas com as aposentadorias do 
regime geral, vejamos de forma minuciosa cada uma delas: 
2.1 Aposentadoria por invalidez 
 Essa modalidade de aposentadoria pressupõe que o servidor público 
tenha um infortúnio que o impeça permanentemente de exercer sua atividade 
funcional. 
 Sendo que aposentadoria por invalidez deve ser precedida de licença 
Médica pelo período máximo de 24 meses, caso expire o prazo e o servidor 
não esteja em condições de reassumir o cargo ou ser readaptado ocorrerá a 
sua inatividade por meio do processo de aposentadoria. 
 Esta espécie de aposentadoria pode ser proporcional ao tempo de 
contribuição ou integral que é nos casos decorrentes de acidente em serviço, 
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável. 
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 No que se refere à aposentadoria proporcional, os proventos serão 
calculados com base no tempo de contribuição de 35 anos, se homem e 30 
anos, se mulher. Logo, uma servidora que fique inválida com 15 anos de 
tempo de contribuição, os proventos da aposentadoria será de 15/30. 
2.2. Aposentadoria Compulsória 
 O servidor público que complete 70 anos ou 75 anos de idade será 
aposentado de forma compulsória com os proveitos proporcionais ao tempo 
de contribuição, não se exigindo os 10 anos da carreira e 5 anos no cargo 
público efetivo. 
 A Lei Complementar 152/2015 define quem será aposentado aos 75 
anos de idade nessa modalidade, vejamos: 
• Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e 
fundações. 
• Membros do Poder Judiciário. 
• Membros do Ministério Público. 
• Membros dasDefensorias Públicas. 
• Membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. 
• Servidores do Serviço Exterior Brasileiro será aplicado 
progressivamente à razão de 1 (um) ano adicional de limite para 
aposentadoria compulsória ao fim de cada 2 (dois) anos, a partir da 
vigência da Lei Complementar, até o limite de 75 (setenta e cinco) 
anos. 
2.3. Aposentadoria Voluntária 
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Ao servidor é garantido a opção de se aposentar de forma voluntária, 
desde que tenha dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos 
no cargo em que se dará a aposentadoria. 
Além desses dois requisitos básicos, existem duas modalidades diversas 
na aposentadoria voluntária, vejamos: 
2.3.1 Aposentadoria integral: 
• Sessenta anos de idade e cinco anos de tempo de contribuição, se 
homem; 
• Cinquenta e cinco anos de idade e trinta anos de tempo de 
contribuição, se mulher. 
2.3.2 Aposentadoria proporcional: 
• Sessenta e cinco anos de idade com os proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição, se homem. 
• Sessenta anos de idade com os proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição, se mulher. 
2.3.3 Aposentadoria do professor 
 É assegurado aos professores que exerceram as funções de magistério 
na educação infantil, ensino fundamental ou médio, os requisitos de idade e 
de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos. 
2.4. Aposentadoria especial 
 É uma exceção à regra constitucional que proíbe a adoção de requisitos 
e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. 
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 Inicialmente, a aposentadoria com critérios especiais somente previa 
para os casos em que o servidor estava exposto a condições especiais que 
prejudicassem a saúde ou a integridade física. 
 Posteriormente, foi incluído os casos em que o servidor desenvolva a 
atividade de risco ou com deficiência. 
 Vejamos os requisitos de cada espécie: 
2.4.1 Aposentadoria das pessoas com deficiência: 
 A aposentadoria das pessoas com deficiência ocorrerá quando forem 
cumpridos os seguintes requisitos: 
I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 
20 (vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; 
II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 
24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência 
moderada; 
III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 
28 (vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; 
ou 
IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) 
anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde 
que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e 
comprovada a existência de deficiência durante igual período. 
 
 
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2.4.2 Atividade de risco 
 Um exemplo de aposentadoria é a do servidor público policial, onde 
sua aposentadoria será com proventos integrais e independentemente da 
idade: 
I - após 30 (trinta) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 
20 (vinte) anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial, se 
homem; 
II - após 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, desde que conte, pelo 
menos, 15 (quinze) anos de exercício em cargo de natureza estritamente 
policial, se mulher. 
2.4.3 Por exposição a agentes nocivos à saúde 
O Supremo Tribunal Federal, por meio de mandados de injunção, 
decidiu que se aplica as regras da Lei 8.213/91, em seu artigo 57 e seguintes. 
Portanto, o servidor público efetivo filiado ao RPPS poderá se aposentar com 
15, 20 ou 25 anos de tempo de contribuição sem idade mínima, conforme o 
enquadramento da atividade e da exposição à agentes nocivos de forma 
permanente, não ocasional e nem intermitente. 
3. Pensão por morte 
 A pensão por morte é o benefício pago aos dependentes do segurado 
em razão de seu falecimento. 
 Até 2003, era assegurado ao dependente o valor dos proventos a que 
teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, devendo 
corresponder à totalidade da remuneração. 
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 Com a nova redação do artigo 40, §7º, pela EC 41/03, se manteve a 
necessidade de regulação legal em cada esfera federada sobre os critérios de 
concessão da pensão, observando as regras do regime geral, sendo que 
inovou em relação aos valores percebidos, vejamos: 
• Ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por 
cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do 
óbito; ou 
• Ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo 
em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 
201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, 
caso em atividade na data do óbito. 
 Tal regra só produziu seus efeitos, a partir da data da publicação da 
Medida Provisória 167/04, convertida em Lei de nº 10.887/04, com isso, 
servidores falecidos antes da data de 20.02.2004 os seus dependentes 
receberam à totalidade dos proventos percebidos pelo ativo ou inativo na 
data anterior ao óbito. 
 A fim de preservar, em caráter permanente, o valor rela da pensão, é 
assegurado o reajuste nos termos da Lei. Eis mais um dispositivo elegível ao 
esquecimento governista. 
 A pensão por morte no âmbito federal é disciplinada pela Lei 
8.112/900 e define os dependentes: 
 1ª Classe: 
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• Cônjuge; 
• Cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com 
percepção alimentícia estabelecida judicialmente; 
• Companheiro ou companheira que comprove a união estável como 
entidade familiar; 
• O filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos 
I. seja menor de 21 anos; 
II. seja inválido; 
III – tenha deficiência intelectual ou mental. 
• O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante 
declaração do servidor e desde que comprovada dependência 
econômica 
2ª Classe: 
• A mãe e o pai que comprove dependência econômica do servidor; 
 3ª Classe: 
• O irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica 
e atenda a um dos requisitos previstos para o filho. 
 Com isso, a concessão de pensão obedecerá a ordem de classes acima 
exposta. 
 Em relação ao prazo de recebimento, ao cônjuge ou companheiro (a), 
a percepção poderá ser temporária ou vitalícia: 
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 a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor 
tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a 
união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito 
do servidor; 
 b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a 
idade do pensionista na data de óbito do servidor, depois de vertidas 18 
(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do 
casamento ou da união estável: 
 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 
 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 
 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de 
idade; 
 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 
 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos 
de idade; 
 6) vitalícia,com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. 
 
 
 
 
 
Capítulo II – Regras de Transição da 
PEC 287/2017
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Social
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1. Aposentadoria 
 O servidor que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo 
até a data da promulgação desta Emenda e que tenha idade igual ou superior 
a cinquenta anos, se homem, e a quarenta e cinco anos, se mulher, nesta 
mesma data, poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, as 
seguintes condições: 
I - sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de 
idade, se mulher; 
II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de 
contribuição, se mulher; 
III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público; 
IV - cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a 
aposentadoria; 
V - período adicional de contribuição equivalente a 50% (cinquenta 
por cento) do tempo que, na data de promulgação desta Emenda, 
faltaria para atingir os limites previstos no inciso II. 
 Os servidores que ingressaram até 16 de dezembro de 1998 poderão 
optar pela redução da idade mínima de 60 anos, se homem ou cinquenta e 
cincos anos, se mulher, em um dia de idade para cada dia de contribuição 
que exceder o tempo de contribuição de 35 anos, se homem e 30 anos, se 
mulher. 
 Aos professores e policiais os prazos serão reduzidos em cinco anos e 
não será aplicado a regra dos ingressantes antes de 16 de dezembro de 1998. 
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 Os proventos das aposentadorias concedidas de acordo com as regras 
de transição acima deverão observar os §§14º e 16º do artigo 40 da 
Constituição que versa sobre a previdência complementar e os limites do 
valor do benefício do regime geral. 
 Para aqueles que ingressaram no serviço público em cargo efetivo 
até 31 de dezembro de 2003: 
• à totalidade da remuneração do servidor público no cargo efetivo em 
que se der a aposentadoria e serão revistos na mesma proporção e na 
mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores 
em atividade. 
 Para aqueles que ingressaram no serviço público em cargo efetivo 
a partir de 1º de janeiro de 2004: 
• à totalidade da média aritmética simples das remunerações utilizadas 
como base para as contribuições do servidor aos regimes de 
previdência aos quais esteve vinculado, desde a competência de julho 
de 1994 ou desde a competência do início da contribuição, se posterior 
àquela e serão revistos conforme os reajustes dos valores de benefícios 
do regime geral, nos termos do §8º do artigo 40 da Constituição 
Federal. 
 Deixando claro que somente será imposto o limite estabelecido para 
os benefícios do regime geral para aqueles que ingressaram no serviço 
público posteriormente à instituição do regime complementar ou que 
ingressaram anteriormente e exerceram essa opção. 
 Se o servidor completou as exigências da aposentadoria voluntária, e 
optou pela permanência em atividade fará jus a um abono de permanência 
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equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária até 
completar a idade para aposentadoria compulsória. 
2. Pensão por morte 
 O valor da pensão por morte concedida aos dependentes do servidor 
que ingressou em cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios anteriormente à instituição do regime de previdência 
complementar e que não aderiu ao regime complementar, será equivalente a 
uma cota familiar de 50%, acrescida de cotas individuais de 10 pontos 
percentuais por dependente, até o limite de 100% dos valores. 
 Na hipótese de óbito do aposentado, as cotas serão calculadas sobre a 
totalidade dos proventos do servidor falecido, respeitado o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, 
acrescido de 70% da parcela excedente a esse limite. 
 Na hipótese de óbito de servidor em atividade, as cotas serão 
calculadas sobre o valor dos proventos a que o servidor teria direito se fosse 
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, de 51% da média 
das remunerações, acrescidos de 1% para cada ano de contribuição ou se 
decorrente de acidente do trabalho, será de 100% do salário de benefício, 
respeitado o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela 
excedente a esse limite. 
 As cotas individuais cessarão com a perda da qualidade de dependente 
e não serão reversíveis aos demais beneficiários e o tempo de duração da 
pensão por morte e as condições de cessação das cotas individuais serão 
estabelecidos conforme a idade do beneficiário na data de óbito do segurado. 
Capítulo III – Como a reforma da 
Previdência Social vai te afetar
Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência 
Social
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1. Introdução 
 Veremos as inclusões e modificações propostas pela PEC na 
Constituição Federal. 
2.Aposentadoria 
 Os servidores abrangidos pelo regime de próprio serão aposentados: 
 I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que 
estiver investido, quando insuscetível de readaptação, pois poderá ser 
readaptado ao exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou 
mental, mediante perícia em saúde, enquanto permanecer nesta condição, 
respeitados a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o exercício 
do cargo de destino e mantida a remuneração do cargo de origem. 
II - compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade; ou 
 III - voluntariamente, aos sessenta e cinco anos de idade e vinte e cinco 
anos de contribuição, desde que cumprido o tempo mínimo de dez anos de 
efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se 
dará a aposentadoria. 
 IV - com deficiência; 
 V - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que 
efetivamente prejudiquem a saúde, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação. 
 Para os segurados com deficiência ou que exerçam atividades 
sob condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, será 
reduzido dez anos no requisito de idade e de, no máximo, cinco anos para o 
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tempo de contribuição, no caso de aposentadoria voluntária, observadas as 
regras de cálculo e reajustamento, portanto, a aposentadoria especial deixaria 
de existir. 
 Conforme os critérios a serem estabelecidos pelo ente federativo, o 
servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para 
aposentadoria voluntária, estabelecidas no inciso III do § 1º, e que opte por 
permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência 
equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até 
completar a idade para aposentadoria compulsória. 
 Fica vedada a existência de mais de um regime de previdência dos 
servidores titulares de cargos efetivos e de mais de uma unidade gestora deste 
regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, os órgãos e as 
entidades responsáveis, cada qual, equitativamente, pelo seu financiamento. 
3.Recebimento cumulativo de benefício previdenciário 
 É vedado o recebimento conjunto, sem prejuízo de outras hipóteses 
previstas em lei: 
I - de mais de uma aposentadoria à conta dos regimes de previdência 
dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, ressalvadas as aposentadorias decorrentesdos 
cargos acumuláveis. 
II - de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou 
companheiro no âmbito dos regimes de previdência dos servidores titulares 
de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios ou entre os regimes e o regime geral da previdência social, 
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assegurado o direito de opção por um dos benefícios, ficando suspenso o 
pagamento do outro benefício. 
III - de pensão por morte e aposentadoria no âmbito dos regimes de 
previdência dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios ou entre os regimes e o regime geral da 
previdência social, assegurado o direito de opção por um dos benefícios, 
ficando suspenso o pagamento do outro benefício. 
Diante disso, não poderá ocorrer a cumulação do recebimento de 
prestações previdenciárias entre os regimes ou no mesmo regime. 
4. Valor do salário de benefício 
 Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao limite 
mínimo ou superiores ao limite máximo estabelecidos para o regime geral 
de previdência social, caso o servidor tenha a opção de aderir ao regime de 
previdência complementar. 
 Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, 
corresponderão para a aposentadoria por incapacidade permanente para o 
trabalho e a aposentadoria voluntária, a 51% da média das remunerações e 
dos salários de contribuição utilizados como base para as contribuições, 
apurada na forma da lei, acrescidos de 1% para cada ano de contribuição 
considerado na concessão da aposentadoria, até o limite de 100% da média 
 Os proventos de aposentadoria da aposentadoria compulsória, por 
ocasião da sua concessão corresponderá ao resultado do tempo de 
contribuição dividido por 25, limitado a um inteiro, multiplicado pelo 
resultado do cálculo de 51% da média das remunerações mais 1% para cada 
ano de contribuição. 
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 Os proventos de aposentadoria por incapacidade permanente para o 
trabalho, quando decorrentes exclusivamente de acidente do trabalho, 
corresponderão a 100% da média das remunerações utilizadas como base 
para as contribuições. 
5. Previdência complementar 
 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que 
mantiverem o regime de previdência de que trata este artigo fixarão o limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência 
social para o valor das aposentadorias e pensões e instituirão regime de 
previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de 
cargo efetivo. 
 O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será 
instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo e oferecerá aos 
participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição 
definida, observado o disposto no art. 202. 
6. Pensão por morte 
 Na concessão do benefício de pensão por morte, cujo valor será 
equivalente a uma cota familiar de 50%, acrescida de cotas individuais de 
10% por dependente, até o limite de 100%, podendo ser inferior ao salário 
mínimo violando, assim, um princípio constitucional em que diz que nenhum 
benefício pode ser inferior ao salário mínimo vigente. 
 Na hipótese de óbito do aposentado, as cotas serão calculadas sobre a 
totalidade dos proventos do servidor falecido, respeitado o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social. 
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 Na hipótese de óbito de servidor em atividade, as cotas serão 
calculadas sobre o valor dos proventos aos quais o servidor teria direito caso 
fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, podendo ser 
o cálculo do salário de benefício ser calculado por 51% mais 1% de cada ano 
de tempo de contribuição. 
 As cotas individuais cessarão com a perda da qualidade de dependente 
e não serão reversíveis aos demais beneficiários e o tempo de duração da 
pensão por morte e as condições de cessação das cotas individuais serão 
estabelecidos conforme a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, 
na forma prevista para o regime geral de previdência social. 
 O reajuste periódico dos benefícios do regime próprio observará os 
índices do regime geral para preservar em caráter permanente o valor real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão
Benefícios Previdenciários e a reforma da 
Previdência Social
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Conclusão 
 No regime próprio, que abarca os servidores públicos é previsto os 
benefícios de aposentadoria e pensão por morte, dentre outros. 
 A PEC 287/2017 tem como principal foco acabar com os direitos 
sociais e pagar a dívida pública, pois repassam a história de que a Previdência 
está quebrada, no entanto, quase metade do orçamento da União é destinado 
para amortizar os juros da dívida pública brasileira. 
 Além de propor a unificação de regras de aposentadoria e pensão por 
morte dos regimes previdenciários. 
 Esperar que a população brasileira se aposente com 65 anos de idade 
ou no caso do miserável, em que poderá pedir o benefício assistencial, 
somente, aos 70 anos de idade é a mesma coisa que não conceder os 
benefícios previdenciários, pois a expectativa de vida do brasileiro não é alta 
e os dados mostram que a expectativa de vida com qualidade (HALE) é de 
apenas 6 meses após aos 65 anos de idade. 3 
 Além do fato que a pensão por morte e o benefício assistencial poderá 
ter o valor inferior ao salário mínimo vigente, transparecendo a ideia que o 
governo quer um povo miserável. 
 Caso a PEC 287/2017 ou qualquer outra proposta seja aprovada, o 
Brasil fomentará a miserabilidade de seu povo por causa de uma dívida 
pública. 
 
3 Acesso em 19.04.2017 <https://trendr.com.br/o-que-n%C3%A3o-te-contaram-sobre-a-
reforma-da-previd%C3%AAncia-18ba4d34c23a> 
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 É dever de cada brasileiro fazer sua parte para cientificar os demais e 
pressionar os políticos do Congresso Nacional para que não ocorra a reforma 
da Previdência Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Bibliografia 
AMADO, Frederico. Curso de Direito e Processo Previdenciário – 8ª Edição 
– Salvador: Juspodivm, 2016. 1662 p. 
CAMPOS, Marcelo Barro Lima Brito de. Regime Próprio de Previdência 
Social dos Servidores Públicos – 6ª Edição - Curitiba: Juruá, 2015. 496 p. 
GOUVEIA, Carlos Alberto Vieira de. Benefício por incapacidade e Perícia 
médica – Manual Prático – 2ª Edição - Curitiba: Juruá, 2015. 346 p. 
MACEDO, Alan da Costa. Benefícios Previdenciários por incapacidade e 
pericias médicas – Teoria e Prática. Curitiba: Juruá, 2017. 302 p. 
PEC 287/2016. Acesso em 28 de março de 2017 < 
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposica
o=2119881> 
Acesso em 28 de março de 2017 
<http://fundacaoanfip.org.br/site/2016/06/a-dru-e-o-falso-deficit-da-
previdencia-social/> 
Acesso em 28 de março de 2017 
https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/363553891/a-grande-farsa-
chamada-deficit-previdenciario 
Acesso em 19.04.2017 <https://trendr.com.br/o-que-n%C3%A3o-te-
contaram-sobre-a-reforma-da-previd%C3%AAncia-18ba4d34c23a>

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