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Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella Sobre o autor: Ian Ganciar Varella é pós-graduando em MBA em Prática Previdenciária, 2017. Pós-graduado em Direito Previdenciário pela Faculdade Legale, 2016. Bacharel em Direito pela UNIFIEO. Advogado inscrito na OAB/SP sob nº 374/459, atuante no Direito Previdenciário e Direito do Trabalho – Membro da Comissão de Direito Previdenciário da OAB/SP – Autor de diversos artigos. E-mail: contato@ianvarella.adv.br Site: ianvarella.adv.br Facebook.com/adv.varella Instagram.com/advogadovarella Todos os direitos desta edição são reservados ao Autor do E-book. É terminantemente proibido a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem expressa autorização do autor. A violação dos direitos autorais caracteriza crime descrito na Legislação em vigor, sem prejuízo das sanções cabíveis. SUMÁRIO Introdução, 5 A grande farsa chamada déficit previdenciário, 7 Planejamento Previdenciário, 12 Capítulo I – O Regime Próprio de Previdência Social: Regras Atuais, 15 1. Introdução, 16 2. Aposentadoria, 16 2.1. Aposentadoria por invalidez, 16 2.2. Aposentadoria Compulsória, 17 2.3. Aposentadoria Voluntária, 17 2.3.1. Aposentadoria integral, 18 2.3.2. Aposentadoria proporcional, 18 2.3.3. Aposentadoria do Professor, 18 2.4. Aposentadoria especial, 18 2.4.1. Aposentadoria das pessoas com deficiência, 19 2.4.2. Atividade de risco, 20 2.4.3. Por exposição a agentes nocivos à saúde, 20 3. Pensão por morte, 20 Capítulo II – Regras de transição da PEC 287/2017, 24 1. Aposentadoria, 25 2. Pensão por morte, 27 Capítulo III – Como a reforma da Previdência Social vai te afetar, 28 1. Introdução, 28 2. Aposentadoria, 29 3. Recebimento cumulativo de benefício previdenciário, 30 4. Valor do Salário de benefício, 31 5. Previdência Complementar, 32 6. Pensão por morte, 32 Conclusão, 34 Bibliografia Introdução Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Introdução O presente e-book tem como intuito mostrar os requisitos dos benefícios previdenciários, aposentadoria e pensão por morte, nas atuais regras e na regra da PEC 287/2017 e falar um pouco sobre o planejamento previdenciário. Alguns temas não estão presentes neste presente e-book, como regras de transição das emendas de 1998 e 2003, isto porque o tema de benefícios previdenciários é bem extenso, portanto, os assuntos a serem explanados são sobre as regras atuais, regras da PEC 287 e o seu comparativo, bem como o planejamento da aposentadoria. O e-book possui 3 capítulos sobre os direitos previdenciários dos servidores públicos, o primeiro capítulo discorre sobre as regras atuais do sistema previdenciário. No segundo capítulo, são demonstradas as regras de transição previstas na proposta da reforma da Previdência Social para os servidores. E no terceiro e último capítulo, o autor demostra como a reforma da Previdência Social vai afetar os direitos dos servidores. A grande farsa chamada déficit previdenciário Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 A grande farsa chamada déficit previdenciário A Constituição Federal de 1988 inaugurou um sólido sistema de proteção social batizado de Seguridade Social. Ficaram estabelecidos mecanismos como a vinculação tributária em cascata para assegurar a valorização do trabalho na ordem social. Já se vão quase 30 anos que existe a previsão de Desvinculação da Receita da Seguridade social e que aquilo que deveria ser transitório tem sido o principal meio utilizado para equilibrar as contas do Governo Federal. Possivelmente, para dar a sensação inicial de que é algo passageiro, até todos se acostumarem com a ideia. Não é preciso ser um economista para perceber que retirar recursos de um segmento poderá causar sua ruína. Algumas conclusões básicas desabrocham frente a esse cenário: a) se não fossem retirados recursos da Seguridade Social, não faltaria; b) se não faltassem recursos, não seria preciso criar novos tributos; c) se não faltassem recursos, não seria preciso reformar direitos, conquistados a duras penas. O discurso do déficit da Seguridade Social parece interessar a poucos e sustentar uma série de medidas que talvez não fossem necessárias se a DRU fosse revogada ou não prorrogada. Afora isso, aquilo que foi pensado como solução, vale dizer, desvincular receitas, é a origem do problema.1 Entrevista da Professora de Economia Denise Gentil A Professora de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Gentil dedicou sua tese de doutorado para defender exatamente o oposto: o déficit previdenciário seria uma farsa provocada por 1 Acesso em 04.04.2017 <http://fundacaoanfip.org.br/site/2016/06/a-dru-e-o-falso- deficit-da-previdencia-social> E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 uma distorção do mercado financeiro, que fecharia os olhos para um artigo da Constituição que exige participação da União na composição da Seguridade Social, da qual a Previdência faz parte. Brasileiros – A sua tese de doutorado diz que existe uma “farsa contábil” que transforma em déficit o superávit do sistema previdenciário. Que farsa é essa? Denise Gentil – O artigo 195 da Constituição diz que a Seguridade Social será financiada por contribuições do empregador (incidentes sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro), dos trabalhadores e do Estado. Mas o que se faz é um cálculo distorcido. Primeiro, isola-se a Previdência da Seguridade Social. Em seguida, calcula-se o resultado da Previdência levando-se em consideração apenas a contribuição de empregadores e trabalhadores, e dela se deduz os gastos com todos os benefícios. Por essa metodologia, houve déficit de R$ 87 bilhões de janeiro a novembro de 2015. Pela Constituição, a base de financiamento da Seguridade Social inclui receitas como a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e as receitas de concursos de prognóstico (resultado de sorteios, como loterias e apostas). De quanto foi o superávit da Seguridade Social no ano passado? Denise Gentil – Quando essas receitas são computadas, obtém-se superávit de, por exemplo, R$ 68 bilhões em 2013 e de R$ 56 bilhões em 2014. Mas essa informação não é repassada para a população, que fica com a noção de que o sistema enfrenta uma crise de grandes proporções e precisa de reforma urgente. Há uma ideia de insolvência e precariedade generalizada que, no caso da Previdência, não corresponde à realidade. Então por que tanta pressão por reforma? E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Denise Gentil – O objetivo é cortar gastos para dar uma satisfação ao mercado, que cobra o ajuste fiscal. Nada é dito sobre os gastos com juros, que entre janeiro e dezembro de 2015 custaram R$ 450 bilhões, o equivalente a 8,3% do PIB. Ocorre que o governo fez enormes desonerações desde 2011. Em 2015, chegaram a um valor estimado em R$ 282 bilhões, equivalente a 5% do PIB, sendo que 51% dessas renúncias foram de recursos da Seguridade Social. Essas desonerações não produziram o resultado previsto pelo governo, que era o de elevar os investimentos. Apenas se transformaram em margem de lucro. Em 50 anos, o volume dos inativos corresponderá a mais da metade da população brasileira, segundo o IBGE. Mesmo assim não é necessáriaalguma mudança na lei para garantir aposentadoria no futuro? Denise Gentil – É incrível que a burocracia estatal e uma parte da sociedade (o “mercado”) se preocupem tanto com o que acontecerá daqui a 50 anos. Subitamente, elas foram acometidas por um senso de responsabilidade com o futuro que não dedicam à educação, segurança, saúde… Só ocorre com o futuro da Previdência. Não é suspeito? O que precisamos, aqui e agora, é incluir um contingente enorme de pessoas que não têm acesso à Previdência. Aproximadamente 43% da população economicamente ativa vive sem direito a auxílio-acidente, seguro-desemprego, aposentadoria, pensão. A população envelhecerá, mas o que precisaremos não é de uma reforma previdenciária, mas de uma política macroeconômica voltada para o pleno emprego e que gere taxas elevadas de crescimento. É também necessário políticas de aumento da produtividade do trabalho com investimentos em educação, ciência, tecnologia e estímulos à infraestrutura. Esses mecanismos proporcionarão a arrecadação para o suporte aos idosos. Cada trabalhador será mais produtivo e produzirá o suficiente para elevar a renda e redistribuí- E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 la entre ativos e inativos. Não podemos ficar presos a um determinismo demográfico. Como estabelecer uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria em um país onde um trabalhador com mais de 40 anos é considerado velho? Denise Gentil – A idade mínima que o governo quer instituir é para as aposentadorias por tempo de contribuição (hoje de 30 anos para as mulheres e 35 anos para os homens), que representam 29% das concessões. Ocorre que estes normalmente começaram a trabalhar cedo. Sacrificaram seus estudos, ganham menos, têm saúde mais precária e vivem menos. Essas pessoas formam dois grupos. Os que se aposentam precocemente acabam voltando a trabalhar e a contribuir para o INSS; não são um peso para a União. Outros que se aposentam mais cedo o fazem compulsoriamente porque não conseguem manter seus empregos, na maioria das vezes por defasagem entre os avanços tecnológicos e sua formação ultrapassada, ou pelo aparecimento de doenças crônicas que certos ofícios ocasionam. Estes já são punidos pelo fator previdenciário, que reduz o valor do benefício.2 2 Acesso em 04.04.2017 <https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/363553891/a-grande-farsa-chamada- deficit-previdenciario> Planejamento Previdenciário Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Planejamento Previdenciário Muitas pessoas possuem a seguinte dúvida: ‘‘Quando me aposentarei e qual será o valor da minha aposentadoria? ’’ Apesar das notícias propagadas pelo o governo federal, a Previdência Social não está quebrada, como vimos no tópico sobre a grande farsa chamada déficit previdenciário. A aposentadoria é um investimento seguro e com uma rentabilidade até vantajosa para aqueles que souberam a melhor forma de contribuir, assegurando uma renda para si e para sua família. O Planejamento tem como intuito buscar o melhor caminho mais vantajoso, devendo ser analisado a vida laboral e das contribuições ao sistema previdenciário. Os principais motivos para realizar o planejamento é: • Saber o momento ideal para se aposentar. • Saber o valor ideal para contribuir e a maneira certa para realizar esse pagamento. • Saber o valor do benefício de aposentadoria que receberá no futuro. • Saber que terá uma vida tranquila e planejada. O planejamento de aposentadoria deve iniciar cedo, o ideal é pensar no futuro quando se inicia no mercado de trabalho, contudo, diante da falta de educação previdenciária no sistema educacional brasileiro a grande totalidade dos trabalhadores pensa na aposentadoria apenas quando ela se aproxima. Todos que ingressam no mercado de trabalho deveriam se preocupar com o investimento que estão fazendo, pois ao se aposentar, possivelmente se arrependeram de não terem feito um planejamento. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 A média do valor de benefício da aposentadoria não ultrapassa dois mil reais. Todos sabem que este valor é insuficiente para sustentar a si e a família. Por isso, o trabalhador que ainda tem 10 anos ou menos para pedir o benefício previdenciário de aposentadoria deve se planejar, verificar se está tudo em ordem e se contribuiu na data certa e no valor correto. Importante salientar que muitas pessoas recolhem a contribuição previdenciária da forma errada, com valores maiores ou menores do que a lei permite. Devendo sempre consultar um advogado de sua confiança para evitar situações e problemas no momento de se aposentar ou requerer outro benefício previdenciário. Veremos a seguir as regras da aposentadoria e pensão por morte, em específico as regras atuais, de transição da PEC 287/2017 e as regras futuras da PEC 287/2017. Capítulo I – O Regime Próprio de Previdência Social: Regras Atuais Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 1. Introdução Falaremos nesse capítulo somente das espécies de aposentadoria e da pensão por morte, e demais requisitos que são necessários para compreensão básica do Direito Previdenciário e sua aplicação aos servidores públicos. 2. Aposentadoria O conceito da aposentadoria é de que sua ocorrência gera a ruptura da relação do servidor com o cargo efetivo e sua consequência é a vacância deste. Importante observar que, devido às alterações pela EC 20/98 e EC 41/03, existem três formas de fixação e reajuste dos proventos de aposentadoria por invalidez, porém tais questões não serão abordadas no e- book em razão do seu conteúdo amplo. Existem quatro tipos de aposentadorias aos servidores públicos dos entes da federação, basicamente são parecidas com as aposentadorias do regime geral, vejamos de forma minuciosa cada uma delas: 2.1 Aposentadoria por invalidez Essa modalidade de aposentadoria pressupõe que o servidor público tenha um infortúnio que o impeça permanentemente de exercer sua atividade funcional. Sendo que aposentadoria por invalidez deve ser precedida de licença Médica pelo período máximo de 24 meses, caso expire o prazo e o servidor não esteja em condições de reassumir o cargo ou ser readaptado ocorrerá a sua inatividade por meio do processo de aposentadoria. Esta espécie de aposentadoria pode ser proporcional ao tempo de contribuição ou integral que é nos casos decorrentes de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 No que se refere à aposentadoria proporcional, os proventos serão calculados com base no tempo de contribuição de 35 anos, se homem e 30 anos, se mulher. Logo, uma servidora que fique inválida com 15 anos de tempo de contribuição, os proventos da aposentadoria será de 15/30. 2.2. Aposentadoria Compulsória O servidor público que complete 70 anos ou 75 anos de idade será aposentado de forma compulsória com os proveitos proporcionais ao tempo de contribuição, não se exigindo os 10 anos da carreira e 5 anos no cargo público efetivo. A Lei Complementar 152/2015 define quem será aposentado aos 75 anos de idade nessa modalidade, vejamos: • Servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações. • Membros do Poder Judiciário. • Membros do Ministério Público. • Membros dasDefensorias Públicas. • Membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. • Servidores do Serviço Exterior Brasileiro será aplicado progressivamente à razão de 1 (um) ano adicional de limite para aposentadoria compulsória ao fim de cada 2 (dois) anos, a partir da vigência da Lei Complementar, até o limite de 75 (setenta e cinco) anos. 2.3. Aposentadoria Voluntária E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Ao servidor é garantido a opção de se aposentar de forma voluntária, desde que tenha dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo em que se dará a aposentadoria. Além desses dois requisitos básicos, existem duas modalidades diversas na aposentadoria voluntária, vejamos: 2.3.1 Aposentadoria integral: • Sessenta anos de idade e cinco anos de tempo de contribuição, se homem; • Cinquenta e cinco anos de idade e trinta anos de tempo de contribuição, se mulher. 2.3.2 Aposentadoria proporcional: • Sessenta e cinco anos de idade com os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, se homem. • Sessenta anos de idade com os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, se mulher. 2.3.3 Aposentadoria do professor É assegurado aos professores que exerceram as funções de magistério na educação infantil, ensino fundamental ou médio, os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos. 2.4. Aposentadoria especial É uma exceção à regra constitucional que proíbe a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Inicialmente, a aposentadoria com critérios especiais somente previa para os casos em que o servidor estava exposto a condições especiais que prejudicassem a saúde ou a integridade física. Posteriormente, foi incluído os casos em que o servidor desenvolva a atividade de risco ou com deficiência. Vejamos os requisitos de cada espécie: 2.4.1 Aposentadoria das pessoas com deficiência: A aposentadoria das pessoas com deficiência ocorrerá quando forem cumpridos os seguintes requisitos: I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 2.4.2 Atividade de risco Um exemplo de aposentadoria é a do servidor público policial, onde sua aposentadoria será com proventos integrais e independentemente da idade: I - após 30 (trinta) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial, se homem; II - após 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 15 (quinze) anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial, se mulher. 2.4.3 Por exposição a agentes nocivos à saúde O Supremo Tribunal Federal, por meio de mandados de injunção, decidiu que se aplica as regras da Lei 8.213/91, em seu artigo 57 e seguintes. Portanto, o servidor público efetivo filiado ao RPPS poderá se aposentar com 15, 20 ou 25 anos de tempo de contribuição sem idade mínima, conforme o enquadramento da atividade e da exposição à agentes nocivos de forma permanente, não ocasional e nem intermitente. 3. Pensão por morte A pensão por morte é o benefício pago aos dependentes do segurado em razão de seu falecimento. Até 2003, era assegurado ao dependente o valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, devendo corresponder à totalidade da remuneração. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Com a nova redação do artigo 40, §7º, pela EC 41/03, se manteve a necessidade de regulação legal em cada esfera federada sobre os critérios de concessão da pensão, observando as regras do regime geral, sendo que inovou em relação aos valores percebidos, vejamos: • Ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou • Ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. Tal regra só produziu seus efeitos, a partir da data da publicação da Medida Provisória 167/04, convertida em Lei de nº 10.887/04, com isso, servidores falecidos antes da data de 20.02.2004 os seus dependentes receberam à totalidade dos proventos percebidos pelo ativo ou inativo na data anterior ao óbito. A fim de preservar, em caráter permanente, o valor rela da pensão, é assegurado o reajuste nos termos da Lei. Eis mais um dispositivo elegível ao esquecimento governista. A pensão por morte no âmbito federal é disciplinada pela Lei 8.112/900 e define os dependentes: 1ª Classe: E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 • Cônjuge; • Cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção alimentícia estabelecida judicialmente; • Companheiro ou companheira que comprove a união estável como entidade familiar; • O filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos I. seja menor de 21 anos; II. seja inválido; III – tenha deficiência intelectual ou mental. • O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do servidor e desde que comprovada dependência econômica 2ª Classe: • A mãe e o pai que comprove dependência econômica do servidor; 3ª Classe: • O irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica e atenda a um dos requisitos previstos para o filho. Com isso, a concessão de pensão obedecerá a ordem de classes acima exposta. Em relação ao prazo de recebimento, ao cônjuge ou companheiro (a), a percepção poderá ser temporária ou vitalícia: E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o óbito ocorrer sem que o servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do servidor; b) o decurso dos seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do pensionista na data de óbito do servidor, depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável: 1) 3 (três) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade; 2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade; 3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade; 4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade; 5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade; 6) vitalícia,com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. Capítulo II – Regras de Transição da PEC 287/2017 Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 1. Aposentadoria O servidor que tenha ingressado no serviço público em cargo efetivo até a data da promulgação desta Emenda e que tenha idade igual ou superior a cinquenta anos, se homem, e a quarenta e cinco anos, se mulher, nesta mesma data, poderá aposentar-se quando preencher, cumulativamente, as seguintes condições: I - sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade, se mulher; II - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; III - vinte anos de efetivo exercício no serviço público; IV - cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se der a aposentadoria; V - período adicional de contribuição equivalente a 50% (cinquenta por cento) do tempo que, na data de promulgação desta Emenda, faltaria para atingir os limites previstos no inciso II. Os servidores que ingressaram até 16 de dezembro de 1998 poderão optar pela redução da idade mínima de 60 anos, se homem ou cinquenta e cincos anos, se mulher, em um dia de idade para cada dia de contribuição que exceder o tempo de contribuição de 35 anos, se homem e 30 anos, se mulher. Aos professores e policiais os prazos serão reduzidos em cinco anos e não será aplicado a regra dos ingressantes antes de 16 de dezembro de 1998. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Os proventos das aposentadorias concedidas de acordo com as regras de transição acima deverão observar os §§14º e 16º do artigo 40 da Constituição que versa sobre a previdência complementar e os limites do valor do benefício do regime geral. Para aqueles que ingressaram no serviço público em cargo efetivo até 31 de dezembro de 2003: • à totalidade da remuneração do servidor público no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade. Para aqueles que ingressaram no serviço público em cargo efetivo a partir de 1º de janeiro de 2004: • à totalidade da média aritmética simples das remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência aos quais esteve vinculado, desde a competência de julho de 1994 ou desde a competência do início da contribuição, se posterior àquela e serão revistos conforme os reajustes dos valores de benefícios do regime geral, nos termos do §8º do artigo 40 da Constituição Federal. Deixando claro que somente será imposto o limite estabelecido para os benefícios do regime geral para aqueles que ingressaram no serviço público posteriormente à instituição do regime complementar ou que ingressaram anteriormente e exerceram essa opção. Se o servidor completou as exigências da aposentadoria voluntária, e optou pela permanência em atividade fará jus a um abono de permanência E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária até completar a idade para aposentadoria compulsória. 2. Pensão por morte O valor da pensão por morte concedida aos dependentes do servidor que ingressou em cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios anteriormente à instituição do regime de previdência complementar e que não aderiu ao regime complementar, será equivalente a uma cota familiar de 50%, acrescida de cotas individuais de 10 pontos percentuais por dependente, até o limite de 100% dos valores. Na hipótese de óbito do aposentado, as cotas serão calculadas sobre a totalidade dos proventos do servidor falecido, respeitado o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, acrescido de 70% da parcela excedente a esse limite. Na hipótese de óbito de servidor em atividade, as cotas serão calculadas sobre o valor dos proventos a que o servidor teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, de 51% da média das remunerações, acrescidos de 1% para cada ano de contribuição ou se decorrente de acidente do trabalho, será de 100% do salário de benefício, respeitado o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela excedente a esse limite. As cotas individuais cessarão com a perda da qualidade de dependente e não serão reversíveis aos demais beneficiários e o tempo de duração da pensão por morte e as condições de cessação das cotas individuais serão estabelecidos conforme a idade do beneficiário na data de óbito do segurado. Capítulo III – Como a reforma da Previdência Social vai te afetar Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 1. Introdução Veremos as inclusões e modificações propostas pela PEC na Constituição Federal. 2.Aposentadoria Os servidores abrangidos pelo regime de próprio serão aposentados: I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, pois poderá ser readaptado ao exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, mediante perícia em saúde, enquanto permanecer nesta condição, respeitados a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o exercício do cargo de destino e mantida a remuneração do cargo de origem. II - compulsoriamente, aos setenta e cinco anos de idade; ou III - voluntariamente, aos sessenta e cinco anos de idade e vinte e cinco anos de contribuição, desde que cumprido o tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. IV - com deficiência; V - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. Para os segurados com deficiência ou que exerçam atividades sob condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, será reduzido dez anos no requisito de idade e de, no máximo, cinco anos para o E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 tempo de contribuição, no caso de aposentadoria voluntária, observadas as regras de cálculo e reajustamento, portanto, a aposentadoria especial deixaria de existir. Conforme os critérios a serem estabelecidos pelo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária, estabelecidas no inciso III do § 1º, e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. Fica vedada a existência de mais de um regime de previdência dos servidores titulares de cargos efetivos e de mais de uma unidade gestora deste regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, os órgãos e as entidades responsáveis, cada qual, equitativamente, pelo seu financiamento. 3.Recebimento cumulativo de benefício previdenciário É vedado o recebimento conjunto, sem prejuízo de outras hipóteses previstas em lei: I - de mais de uma aposentadoria à conta dos regimes de previdência dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ressalvadas as aposentadorias decorrentesdos cargos acumuláveis. II - de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro no âmbito dos regimes de previdência dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ou entre os regimes e o regime geral da previdência social, E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 assegurado o direito de opção por um dos benefícios, ficando suspenso o pagamento do outro benefício. III - de pensão por morte e aposentadoria no âmbito dos regimes de previdência dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ou entre os regimes e o regime geral da previdência social, assegurado o direito de opção por um dos benefícios, ficando suspenso o pagamento do outro benefício. Diante disso, não poderá ocorrer a cumulação do recebimento de prestações previdenciárias entre os regimes ou no mesmo regime. 4. Valor do salário de benefício Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao limite mínimo ou superiores ao limite máximo estabelecidos para o regime geral de previdência social, caso o servidor tenha a opção de aderir ao regime de previdência complementar. Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, corresponderão para a aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho e a aposentadoria voluntária, a 51% da média das remunerações e dos salários de contribuição utilizados como base para as contribuições, apurada na forma da lei, acrescidos de 1% para cada ano de contribuição considerado na concessão da aposentadoria, até o limite de 100% da média Os proventos de aposentadoria da aposentadoria compulsória, por ocasião da sua concessão corresponderá ao resultado do tempo de contribuição dividido por 25, limitado a um inteiro, multiplicado pelo resultado do cálculo de 51% da média das remunerações mais 1% para cada ano de contribuição. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Os proventos de aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho, quando decorrentes exclusivamente de acidente do trabalho, corresponderão a 100% da média das remunerações utilizadas como base para as contribuições. 5. Previdência complementar A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que mantiverem o regime de previdência de que trata este artigo fixarão o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social para o valor das aposentadorias e pensões e instituirão regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo e oferecerá aos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida, observado o disposto no art. 202. 6. Pensão por morte Na concessão do benefício de pensão por morte, cujo valor será equivalente a uma cota familiar de 50%, acrescida de cotas individuais de 10% por dependente, até o limite de 100%, podendo ser inferior ao salário mínimo violando, assim, um princípio constitucional em que diz que nenhum benefício pode ser inferior ao salário mínimo vigente. Na hipótese de óbito do aposentado, as cotas serão calculadas sobre a totalidade dos proventos do servidor falecido, respeitado o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Na hipótese de óbito de servidor em atividade, as cotas serão calculadas sobre o valor dos proventos aos quais o servidor teria direito caso fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, podendo ser o cálculo do salário de benefício ser calculado por 51% mais 1% de cada ano de tempo de contribuição. As cotas individuais cessarão com a perda da qualidade de dependente e não serão reversíveis aos demais beneficiários e o tempo de duração da pensão por morte e as condições de cessação das cotas individuais serão estabelecidos conforme a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, na forma prevista para o regime geral de previdência social. O reajuste periódico dos benefícios do regime próprio observará os índices do regime geral para preservar em caráter permanente o valor real. Conclusão Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Conclusão No regime próprio, que abarca os servidores públicos é previsto os benefícios de aposentadoria e pensão por morte, dentre outros. A PEC 287/2017 tem como principal foco acabar com os direitos sociais e pagar a dívida pública, pois repassam a história de que a Previdência está quebrada, no entanto, quase metade do orçamento da União é destinado para amortizar os juros da dívida pública brasileira. Além de propor a unificação de regras de aposentadoria e pensão por morte dos regimes previdenciários. Esperar que a população brasileira se aposente com 65 anos de idade ou no caso do miserável, em que poderá pedir o benefício assistencial, somente, aos 70 anos de idade é a mesma coisa que não conceder os benefícios previdenciários, pois a expectativa de vida do brasileiro não é alta e os dados mostram que a expectativa de vida com qualidade (HALE) é de apenas 6 meses após aos 65 anos de idade. 3 Além do fato que a pensão por morte e o benefício assistencial poderá ter o valor inferior ao salário mínimo vigente, transparecendo a ideia que o governo quer um povo miserável. Caso a PEC 287/2017 ou qualquer outra proposta seja aprovada, o Brasil fomentará a miserabilidade de seu povo por causa de uma dívida pública. 3 Acesso em 19.04.2017 <https://trendr.com.br/o-que-n%C3%A3o-te-contaram-sobre-a- reforma-da-previd%C3%AAncia-18ba4d34c23a> E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 É dever de cada brasileiro fazer sua parte para cientificar os demais e pressionar os políticos do Congresso Nacional para que não ocorra a reforma da Previdência Social. E-book: Benefícios Previdenciários e a reforma da Previdência Social Ian Ganciar Varella - 2017 Bibliografia AMADO, Frederico. Curso de Direito e Processo Previdenciário – 8ª Edição – Salvador: Juspodivm, 2016. 1662 p. CAMPOS, Marcelo Barro Lima Brito de. Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos – 6ª Edição - Curitiba: Juruá, 2015. 496 p. GOUVEIA, Carlos Alberto Vieira de. Benefício por incapacidade e Perícia médica – Manual Prático – 2ª Edição - Curitiba: Juruá, 2015. 346 p. MACEDO, Alan da Costa. Benefícios Previdenciários por incapacidade e pericias médicas – Teoria e Prática. Curitiba: Juruá, 2017. 302 p. PEC 287/2016. Acesso em 28 de março de 2017 < http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposica o=2119881> Acesso em 28 de março de 2017 <http://fundacaoanfip.org.br/site/2016/06/a-dru-e-o-falso-deficit-da- previdencia-social/> Acesso em 28 de março de 2017 https://ianvarella.jusbrasil.com.br/artigos/363553891/a-grande-farsa- chamada-deficit-previdenciario Acesso em 19.04.2017 <https://trendr.com.br/o-que-n%C3%A3o-te- contaram-sobre-a-reforma-da-previd%C3%AAncia-18ba4d34c23a>
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