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DIREITO PREVIDENCIÁRIO- 2020 2 (3)

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Professora Rebeca A. de S. Garcia[footnoteRef:1] [1: Perfil Profissional Acadêmico da Professora
Advogada Sócia Proprietária. Pós Graduada em Direito Público pela Universidade Salesianas, Mestre pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Doutora em Direito Previdenciário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Autora de artigos acadêmicos científicos e Palestrante em Universidades. 
Livro: O direito e as políticas públicas no Brasil. Coord. Patricia Tuma & Gianpaolo Smanio.
Idiomas: português, francês, inglês, espanhol, alemão e Nível 1 do Mandarim.
Coordenadora Auxiliar da Universidade Paulista da Unidade de Alphaville e Professora da Casa (UNIP) nas disciplinas de Direito do Trabalho, Processo do Trabalho, Direito e Processo Previdenciário, Direito Ambiental, Direito do Consumidor, Comércio Internacional, Filosofia, Psicologia Jurídica.] 
rebecaasgarcia@gmail.com
SEGURIDADE SOCIAL o direito previdenciário é um ramo do direito público que esta embutido no Sistema de Seguridade social.
Por que¿
Porque a SEGURIDADE SOCIAL é formada por 3 direitos:
PREVIDENCIA SOCIAL
SAUDE
ASSISTENCIA SOCIAL
A Previdência Social é objeto do nosso estudo mas o Direito Previdenciário estuda também principalmente o custeio da Seguridade Social.
Temos duas leis principais:
LEI 8212-91
LEI 8213-91
DEC. 3048-99
Esse é o nosso Direito Previdenciário. Estuda a previdência social no âmbito dos benefícios previdenciários e do custeio.
Para nós entendermos o que é SEGURIDADE SOCIAL.
SEGURIDADE SEGURO PROTEÇÃO 
A Seguridade Social, tal qual como conhecemos hoje, é resultado de toda uma evolução histórica e legislativa.
Mas, refere-se, por enquanto, a noção de proteção social que sempre esteve presente na comunidade humana, dentre proteções da comunidade.
Inicialmente, de uma forma mais tímida, voltada para a caridade, passando para um momento em que o Estado, paulatinamente, começa a intervir, oferecendo abrigo às pessoas, aos necessitados, chegando a um ponto muito importante que é com Bismarck (chanceler alemão) que nos apresenta a ideia de proteção mediante contribuições, o que esta ligada à ideia de previdência.
Até que chegamos a um modelo social mais amplo. Desde a década de 40, na Inglaterra, com o Plano de Beveridge, que temos a noção macro sobre Previdência Social, que posteriormente nossa Constituição sistematiza.
E é aí que tenho a noção de Seguridade. Que é justamente o conjunto de integrado de ações de iniciativa do Poder Público, com vistas a assegurar os direitos:
SAUDE – para a qual eu não preciso de contribuição específica.
ASSISTÊNCIA – para a qual eu não preciso de contribuição específica.
PREVIDENCIA- onde eu vou ter que contribuir para ter acesso aos benefícios.
Atente-se a essa gênese: proteção sistematização da seguridade como uma rede protetiva ampla voltada a todas as pessoas.
Se considerarmos o todo.
É voltada a todas as pessoas.
É na CF 88 que temos a implementação efetiva do modelo de Seguridade social.
Qual é o objetivo da aula¿ Visualizar o andamento histórico e enfatizar o que costuma ser mais recorrente nas provas.
HISTORICO MUNDIAL
- A noção de proteção social é fundamental para entendermos Direito Previdenciário. Ao longo da história podemos verificar:
- 1ª forma de proteção social que surge com o ASSISTENCIALISMO. É marcado como uma forma de proteção às próprias famílias e membros da sociedade.
Característica fundamental: ausência de participação do Estado.
(Que tipo de proteção social é essa¿ em relação ao que¿)
- A 1ª forma de assistencialismo é caracterizado pela ausência de participação do Estado. A exceção é a Lei dos Pobres, 1601, Inglaterra, que previa proteção aos necessitados.
- Entre os séculos XVII e XIX apesar de ser um momento em que o Estado não participa das decisões sociais. O Estado começa, timidamente, a se preocupar com a situação dos necessitados, instituindo os chamados “socorros públicos”.
O Estado começa ofertar abrigos e assistência, mesmo que tímida aos necessitados (voltados às pessoas carentes)
- entre 1883 a 1889 (final do século XIX) – Criação do Seguro Social – Bismarck criou os seguros para cobertura do: seguro doença, cobertura de acidentes de trabalho, seguros de invalidez e velhice.
A “semente” do direito previdenciário é lançada aqui porque o Estado se torna responsável por benefícios que serão custeados pelas contribuições de empresas e trabalhadores.
Observa-se o caráter contributivo.
O marco da previdência social no mundo é a Lei de Bismarck.
O marco da assistência social no mundo é a Lei dos Pobres na Inglaterra.
Mas, temos um passo mais adiante.
Lembrem-se que a noção de Seguridade Social é mais ampla que a de Previdência Social.
A Seguridade Social começa ser pensada e concebida diante daquela ideia de Estado de Bem Estar Social.
- Constituição do México de 1917 é a 1ª a utilizar a expressão previdência Social
- Constituição de Weimar (Alemanha) 1919 – também inseriu a proteção social em seu texto.
- 1942 – Inglaterra – Plano de Beveridge – implementação de um modelo de Seguridade Social baseado em um plano.
Um plano baseado na contribuição de todos. Destinado a garantir o estado mínimo de satisfação abaixo do qual ninguém poderia viver.
É, então, na Inglaterra que esse plano se consolida como uma rede de proteção.
HISTORICO – BRASIL
- No Brasil, a evolução segue, em linhas gerais, ao que aconteceu no mundo.
- Século XVI- atuação das Santas Casas de Misericórdias
- Constituição de 1824 – “socorros públicos” – proteção mais genérica.
- Tivemos também um período de proteção “mutualista”.
O que é a proteção mutualista¿ São aquelas situações em que as contribuições dos respectivos membros de um grupo vão financiar aquela proteção daquelas pessoas que encontrarem em estado de necessidade social.
Exemplo Montgeral 1835 – Montepio Geral dos Servidores do Estado – Os quais possuem um caráter mutualista ou seja baseado nas contribuições dos respectivos membros.
- Constituição 1891 – Chegou a instituir a aposentadoria para os servidores públicos. Todavia, é a Constituição do México de 1917 que utiliza a expressão previdência social pela 1ª vez.
*** ATENÇÃO *** É O QUE MAIS É PERGUNTADO NOS EXAMES ****
O MARCO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL É A LEI ELOY CHAVES. No entanto, é ERRADO AFIRMAR que antes da Lei Eloy Chaves não houve norma sobre proteção social!!!
- Apesar de existirem normas anteriores sobre proteção social (Decreto 3724-1919 – que trata sobre seguro obrigatório do acidente de trabalho que deveria ser pago pelos empregadores o marco da previdência social é a Lei Eloy Chaves)
- Decreto 4682 de 24.01.1923 – a Lei Eloy Chaves - institui as CAPs – Caixas de Aposentadoria e Pensão – no âmbito das empresas de estrada de ferro custeadas pelas contribuições dos empregados, garantindo a esses trabalhadores os benefícios de aposentadoria por invalidez ordinária, pensão por morte e assistência médica.
- Não havia participação direta do Estado, o qual se limitava em estabelecer as regras de funcionamento das CAPs
Contudo, o modelo das CAPs não se mostrou suficiente para atender a demanda brasileira.
- Década de 30 – temos os IAPs para cada ramo de atividade.
A partir de 1930 as CAPs passam ser unificadas nos IAPs, Os IAPs eram autarquias federais organizadas por categorias profissionais (diferente das CAPs que não contavam com a participação do Estado)
IAPM- marítimos.
IAPB- bancários
IAPC – comerciários
- Constituição de 1934 – foi a 1ª a trazer a tríplice forma de custeio.
(diferente de Gestão Quadripartite)
- Constituição de 1937 – Chegou a utilizar a expressão seguro social mas não avança nesse sentido.
- Constituição de 1946 – “ousada” – tentou sistematizar – utilizou a expressão previdência social – mas, não chegou a expandir.
- 1960 – LOPS – Lei 3807 – visou uniformizar a legislação brasileira dos diversos IAPs existentes.
Não chegou a padronizar o que existe. Não chegou a sistematizar o modelo.
- 1967 – INPS – Padroniza os benefícios previdenciários (Decreto 72-66) – Foram extintosos IAPs e foi padronizado critérios previdenciários, criando um novo modelo de estrutura previdenciária.
- 1977 – Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social – SINPAS – Lei 6439 de 1977.
As atividades da previdência, assistência médica e social foram integradas mediante a reunião de diversos órgãos e autarquias com funções próprias:
INPS – tratava da concessão dos benefícios previdenciários.
IAPAS – tratava da arrecadação, fiscalização e cobrança
INAMPS – tratava da assistência médica
LBA- Assistência Social
FUNABEM – bem estar do menor
CEME – Central de medicamentos
DATAPREV – empresa da previdência social responsável pelo processamento de dados.
- Lei 8029.90 – Autoriza a criação do INSS – A partir da junção do INPS com o IAPAS
Inicialmente, o INSS fazia as duas funções: arrecadação + concessão 
- Lei 11.457- 2007 – Criou a SRFB – responsável pela arrecadação, fiscalização, cobrança das contribuições previdenciárias (dentre outras funções)
- Lei 8212.91- Lei do Custeio da Previdência Social (LCPS)
- Lei 8213.91- Lei Planos e Benefícios Previdenciários (LPBPS)
- Decreto 3048.99 – Regulamento da Previdência Social (RPS)
- A CF.88 é quem dá os contornos definitivos da seguridade social. É a 1ª a promover completa sistematização de cunho protetivo, estabelecendo a organização e os princípios aplicáveis no sistema.
COMO CAI NA(S) PROVA(S)¿
1 – A Seguridade Social, nos moldes como é atualmente, é fruto da evolução legislativa quanto à garantia dos direitos sociais no Brasil e foi introduzida pela CF.88. CORRETO.
2- A Lei Eloy Chaves foi um marco da legislação previdenciária no Brasil pois unificou diversos institutos de aposentadoria e pensão e criou o INPS. ERRADO.
3- A lei Eloy Chaves que criou para cada uma das empresas de ferro existentes no país uma CAP para os respectivos empregados foi o 1º ato normativo a tratar de Seguridade Social no Brasil. ERRADA
PRINCIPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
SEGURIDADE SOCIAL – art. 194, CF.88 – Formada por um conjunto de ações de iniciativa do poder publico e da sociedade e tem em vista garantir os direitos à:
SAUDE – Subsistema não contributivo
ASSISTENCIA SOCIAL – Subsistema não contributivo
PREVIDÊNCIA SOCIAL – subsistema contributivo.
PRINCIPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL
1- PRINCIPIO DA UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO
Significa que a SS visa atender o maior numero de pessoas e cobrir o maior numero de riscos sociais.
Apresenta dois aspectos: 
- SUBJETIVO: Atender o maior numero de pessoas.
- OBJETIVO: cobrir a maior parte de riscos sociais.
Obs; deve ser ponderada com principio da “reserva do possível” (orçamento).
2- UNIFORMIDADE E EQUIVALENTCIA DOS BENEFICIOS E SERVIÇOS ENTRE A POPULAÇÃO RURAL E A POPULAÇÃO URBANA
Significa que se deve conceder os mesmos benefícios e serviços tanto aos trabalhadores urbanos e rurais.
Isso não significa que não pode existir diferenças. Porém, tais diferenças devem ser justificadas.
Exemplo: a contribuição previdenciária do segurado especial.
3. IRREDUTIBILIDADE DOS BENEFÍCIOS
A irredutibilidade NOMINAL é atendida especialmente pela SAUDE e pela ASSISTENCIA SOCIAL.
Significa que se a lei prevê um benefício para as pessoas carentes no valor de R$ 300,00. Esse valor não pode ser pago a menor. No entanto, não há necessidade que esse valor seja corrigido pelos índices da inflação.
A Previdência Social atende a irredutibilidade NOMINAL e a REAL.
Uma vez que os benefícios previdenciários devem ser garantidos de modo a acobertar a inflação do período.
4- EQUIDADE NA PARTICIPAÇÃO DO CUSTEIO
= CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (“quem tem mais paga mais quem tem menos paga menos”)
5- DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO
As bases de financiamento devem ser diversificadas para evitar o colapso.
De art. 195, CF.88, a SS será financiada por toda sociedade e o Estado (União, Estado, município e DF) e pelas contribuições sociais: trabalhadores e empresa.
6- Seletividade e Distributividade dos benefícios e serviços
Contraponto da universalidade – o legislador vai selecionar quais os riscos merecem a proteção social naquele determinado momento.
- mitigação da universalidade
- distributividade – art. 193, CF- OBJETIVO: diminuir as desigualdades sociais através da distribuição de renda.
7- Gestão Quadripartite da Seguridade Social
- caráter descentralizado 
- gestão democrática 
Ex: CNPS – Conselho Nacional da Previdência Social – representação de 4 (quatro) setores da sociedade: trabalhadores, empresa, Estado e aposentados e pensionistas.
Solidariedade – Todos contribuem por todos. Modelo intergeracional. Toda sociedade contribui para esse sistema de proteção que é a Seguridade Social.
REGIMES DE PREVIDENCIA
1- RGPS – regime geral de previdência social
Fundamento: art. 201, CF
2- RPPS – regime próprio de previdência social
- servidores públicos e militares
3- Complementar: Privada
Facultativa.
Fechada: destinada a assegurar os participantes de um grupo específico.
Ex. Funcionários do BB
Aberta: planos oferecidos para qualquer pessoa. Instituídos por bancos.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS
- art. 201, CF
- COMPULSÓRIO
- EQUILIBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL.
- P.S. deve cobrir os seguintes riscos: idade avançada, doença, invalidez, morte, gestação, salário família (para segurado de baixa renda). Auxilio reclusão ( para dependentes do segurado de baixa renda).
ATENÇÃO! A CF menciona que a P.S. vai contemplar o risco do desemprego involuntário.
Porém, o Seguro desemprego não é um assunto de direito previdenciário, O Ministéro do Trabalho paga o beneficio que é financiado com recursos do FAT.
Quem são os beneficiários do RGPS¿
- segurados: vinculo direto com a P.S “PAGAM” a contribuição.
-Dependentes: vinculo indireto com a P.s. (tem uma relação com o segurado)
- regulamentação:
Leis 8213.91- benefícios
Lei 8212.91 – custeio
Decreto 3048.99 - RPS
SEGURADOS DO RGPS.
1- Obrigatórios:
- Empregado
- Empregado Domestico
- Trabalhador Avulso
- Segurado Especial
- Contribuinte Individual
2- Facultativos
METODO DE MEMORIZAÇÃO:
C A D E S F
OBRIGATORIOS FACULTATIVOS
C- contribuinte individual
A – Avulso
D- Domestico
E – Empregado
S – segurado especial
1- FACULTATIVO
É aquele que não exerce atividade econômica, e não esta vinculado a outro regime publico de previdência social, mas contribui (facultativa) para garantir a cobertura de determinados eventos sociais.
Exemplo: dona de casa, estagiário, sindico não remunerado.
1- OBRIGATÓRIOS – exercem atividade econômica
1- Empregado – art. 11 da lei 8213.91 – LPBPS
- Empregado de acordo com o art. 3º, CLT.
- Temporário
- brasileiro ou estrangeiro, residente e contratado no Brasil pra trabalhar em empresa nacional no exterior ou empresa com o capital majoritário nacional.
- aquele que presta serviços no Brasil a missão diplomática .... excluídos os não brasileiros sem residência permanente no Brasil e o Brasileiro amparado pela legis. Da respectiva missão diplomática.
- o brasileiro que trabalha para União no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro ainda que lá contratado e domiciliado salvo se for vinculado a legislação vigente no país de domicilio.
- servidor publico ocupante de cargo em comissão que não tenha vínculo efetivo.
- exercente de mandato eletivo federal, estadual, municipal, distrital, desde que não tenha regime próprio.
- empregado publico
- aprendiz
2- Trabalhador avulso
Contrato mediante a Intermediação do Sindicato ou do Orgao Gestor de Mão de Obra (OGMO).
Não possui vínculo empregatício, mas tem resguardo todos os direitos previstos no art. 7º da CF.
Exemplo: guidasteiro, ensacadores, estivadores, capatazia, conferencia de carg.
3- Doméstico
Lei Complementar 150, 2015
Passou a ter direitos previdenciários como salário família e os benefícios acidentários.
Apresenta algumas diferenças na parte do custeio (SIMPLES doméstico)
4- Segurado Especial
- Pessoa física, residente em imóvel rural ou aglomerado rural que, individualmente ou em regime de economia familiar (REF) aindaque com auxilio eventual de terceiros exerce atividade na condição de:
a) produtor agropecuário em propriedade pequena ( até 4 modulos fiscais)
b) pescador artesanal que faça da pesca o seu principal meio de vida. (pequena embarcação) 
c) aquele que exerce atividade extrativista (independente da área).
d) grupo familiar: cônjuge ou companheiro e filho maior de 16 anos que comprovadamente atuem na atividade.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!!!!!!
Todo trabalhador rural é segurado especial¿
NÃOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!
Não são todos trabalhadores rurais que são segurados especiais!!!!!!!!!!!!!!
TRABALHADOR RURAL (não estamos discutindo o beneficio da aposentadoria)
Pode ser:
1- Empregado rural: pessoa física que presta serviços de natureza rural, de forma habitual, onerosa, subordinada, pessoal. É UM SEGURADO OBRIGATORIO EMPREGADO.
2- Segurado Especial: Quando¿
Exerce atividade agropecuária em lote de terra pequeno (até 4 modulos fiscais). Individualmente ou em regime de economia familiar (com auxilio do grupo: cônjuge, companheiro e filhos maiores de 16 anos)
3- CONTRIBUINTE INDIVIDUAL – Quando¿ 
Quando exerce atividade agropecuária em lote maior que 4 modulos fiscais ou conta com a ajuda frequente de empregados.
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
É uma categoria residual. O seu enquadramento decorre da desclassificação das outras categorias.
- AUTONOMO
- MINISTRO DE CONFISSÃO RELIGIOSA
- SINDICO REMUNERADO
- brasileiros que trabalham no exterior para organismos internacionais do qual o Brasil faça parte, mas que não estejam a serviço da União.
- vendedor ambulante
- garimpeiro desde que comprove trabalhar em Regime de Economia Familiar (REF) tem direito a reduzir 5 anos na idade.
- condutor de veiculo autônomo
- O titular de firma individual, o diretor não empregado, membro do Conselho de Administração da S A, o sócio que receba remuneração.
- associado de cooperativa
- pescador artesanal com embarcação de médio e grande porte.
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
Filiação ao RGPS vínculo jurídico entre segurados e Previdência Social
- Do referido vínculo jurídico decorrem direitos e obrigações.
Quais são as obrigações do segurado¿
Contribuir.
Quais são os direitos do segurado¿
Benefícios e serviços.
O Decreto 3048. 99 traz uma regra bem taxativa para os SEGURADOS OBRIGATORIOS A FILIAÇÃO DECORRE AUTONOMATICAMENTE DO EXERCICIO DA ATIVIDADE REMUNERADA.
Inscrição – decorre do ato de cadastramento no sistema da Previdência Social.
Em regra a FILIAÇÃO vem antes da INSCRIÇÃO.
Mas, CUIDADO COM O FACULTATIVO!!! A filiação se materializa com a inscrição desde que haja pagamento da contribuição em época própria.
DEPENDENTES DO RGPS
Possuem vínculo com o Segurado.
Há 3 (três) classes dependentes:
1ª classe – cônjuge, companheiro (independente do sexo) filhos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos ou que tenham deficiência mental ou intelectual grave.
A regra é que a dependência econômica da 1ª classe é PRESUMIDA!!! Não precisa comprovar a dependência econômica.
A 1ª classe precede as demais – havendo dependentes na 1ª classe, isso automaticamente exclui a 2ª e 3ª.
2ª classe – pais
3ª classe – irmãos menores de 21 anos não emancipados ou inválidos ou com deficiência mental grave.
A 2ª e a 3ª classe não tem presunção de dependência econômica. Tem que comprovar.
Como se comprova¿ através dos documentos mencionados no art. 22 do RPS (regulamento da previdência social) – Decreto nº 3048.99
Julgue a assertiva:
De acordo com a Lei 8213.91 o companheiro deve comprovar dependência econômica. NÃOOOOOO
Justificando:
Na 1ª classe a dependência econômica é presumida. O que deve fazer é comprovar o vínculo de união estável e isso também é feito através dos documentos que constam no §3º do art. 22.
Observações:
- cônjuge, separado ou divorciado, mas que RECEBE SIM ajuda (pensão alimentícia) É DEPENDENTE PARA PREVIDENCIA TEM DIREITO À PENSÃO POR MORTE.
- cônjuge, separado ou divorciado mas que não recebe ajuda (renúncia à pensão alimentícia) NÃO É DEPENDENTE PARA A PREVIDENCIA NÃO VAI RECEBER PENSÃO POR MORTE.
Jurisprudência O ex cônjuge que renunciou a pensão alimentícia (DIREITO CIVIL) caso comprove NECESSIDADE SUPERVENIENTE será considerado DEPENDENTE e terá direito à pensão por morte.
O que significa necessidade superveniente¿ ao longo do tempo recebia ajudas financeiras do ex cônjuge (segurado), embora essa obrigação não tenha sido fixada no termo do divorcio.
Período de Manutenção da Qualidade de Segurado
- Período de graça é uma proteção previdenciária durante períodos em que não há contribuição. Previsto no art. 15 da Lei nº 8213.91.
Trata-se de um período em que mesmo que o segurado não contribua ele estará protegido pela previdência. (ele terá acesso aos benefícios e serviços)
I – sem limite de prazo; quem estiver em gozo de beneficio previdenciário.
II- quem deixar de exercer atividade remunerada 12 meses
· §§ 1º O segurado que tiver pago pelo menos 120 contribuições (sem perder a qualidade de segurado – sem “desfiliação”) aumenta 12 meses em relação ao prazo II.
+ 12 MESES
· §2º acréscimo de 12 meses caso o segurado comprove a situação de desemprego involuntário (essa comprovação tem sido objeto de debate na jurisprudência – TNU x STF)
+ 12 MESES
Conclusão: O período de graça, no caso, poderá atingir até 36 meses.
III – segregação compulsória – 12 meses, após cessar a segregação.
IV – Preso (detenção ou reclusão) 12 meses
V – Serviço militar obrigatório 3 meses
VI – facultativo 6 meses
Perda da qualidade de segurado (contagem do período de graça) § 4º
Mas, o esquema abaixo ilustra a contagem do prazo para efeitos da perda qualidade de segurado. Considera-se que o vencimento da contribuição é dia 15.
Desligado pular abril começa contar
01.03.2019 16. 05.2019
 12 meses
Conclusão: perde a qualidade de segurado em 16 de maio de 2020.
Parou
Atividade - PULA --- Começa contar
25.01.2020 FEV 16.03. 2020
Conclusão: perde a qualidade de segurado em 16.03. 2021.
Se ele recolher até 15.03.2021, mantém a filiação.
Carência dos benefícios previdenciários
Carência – consiste no número mínimo de contribuições previdenciárias, pagas tempestivamente, exigido para concessão de alguns benefícios previdenciários.
Carência é diferente de tempo de contribuição:
	CARENCIA
	TC – temp. contrib.
	Contada em meses.
Não pode ser paga retroativa.
	Contado em dias
É possível ser retroativo
Exemplo:
Advogada – OAB: 2005
2005 ------- 2007------------------------------
Não “recolheu” passou “recolher”
Conclusão: 
- O período entre 2005 e 2007 poderá ser considerado como tempo de contribuição, se houver recolhimento retroativo.
- Porém o referido período não poderá ser considerado como carência.
Qual é a carência dos benefícios previdenciários:
- Aposentadoria Idade e Tempo de Contribuição – 180 contribuições
- Aposentadoria Especial – 180 contribuições
- Aposentadoria por Incapacidade Permanente (antiga Invalidez) 
12 contribuições
Exceção: não há carência
- acidente de qualquer natureza
- doença profissional ou do trabalho
- doenças graves que constam na lista do Ministério da Saúde (ex: neoplasia maligna, cardiopatia grave ...)
- Auxilio por incapacidade temporária – EC 103.2019- (antigo auxilio doença)
12 contribuições
Exceção: não há carência
- acidente de qualquer natureza
- doença profissional ou do trabalho
- doenças graves que constam na lista do Ministério da Saúde (ex: neoplasia maligna, cardiopatia grave ...). Obs. O problema vai deixar uma “pista” de que se trata de “doença grave” de acordo com o Ministério da Saúde.
- Auxilio reclusão - NÃO
- Auxilio acidente - NÃO
- Salario Maternidade
Empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso não há carência.
Contribuinte Individual, Segurado especial, Segurado facultativo 10 contribuições.
- Salario Família - NÃO
- Pensão Morte – NÃO
· Quando houver perda da qualidade de segurado
O segurado deve cumprir metade da carência exigidapara o benefício previdenciário.
Exceção: aposentadorias por idade e tempo de contribuição e especial
No caso dos mencionados benefícios, basta que o segurado comprove a existência dos requisitos, independente de ser segurado na data do requerimento junto à Previdência.
BENEFICIOS EM ESPECIE
· Conceitos importantes!!!!
1 – Salário de Contribuição (SC)
Base de cálculo da contribuição previdenciária. Incide sobre verbas de natureza remuneratórias.
Cada segurado possui uma regra específica para calcular a contribuição (alíquotas) e também o salário contribuição (base).
2 – Salário de Benefício (SB)
Atenção!!!! O SALÁRIO DE BENEFICIO NÃO É (REPITA! NÃO É O VALOR DO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO)
É a BASE DE CÁLCULO utilizada para calcular a maioria dos benefícios previdenciários. 
Não se aplica: salário maternidade e salário família. De acordo com o Decreto 3048.99 também não se aplica à pensão por morte e auxilio reclusão, mas veremos que indiretamente esses benefícios também terão o salário de benefício como base.
Isso quer dizer que há um processo de apuração para calcular o valor do benefício previdenciário. 
1º calcula-se o SB
2º Aplica-se um percentual (lei) sobre o SB
3º Teremos o valor inicial do benefício (que é chamado de renda mensal inicial)
Exemplo: A lei determina que a RMI do auxilio por incapacidade permanente é 91% do SB.
Isso significa que vamos calcular, primeiro, o SB, para depois aplicar 91% para obtermos o valor inicial do benefício (que será atualizado pelo INPC)
Como se calcula o SB¿
· O cálculo do SB foi objeto da reforma da previdência veiculada pela EC 103 de 2019.
Antes o SB = Média matemática simples dos maiores SC do segurado referente a 80% do período contributivo, a partir de julho de 94.
Depois, e é a regra atual e vigente o SB = Média aritmética simples dos SC do segurado relativos a todo período contributivo a partir de julho de 1994.
Mas, não ficou melhor¿ NÃO!!!! VEJA ABAIXO como era o cálculo antes e o cálculo depois.
SEGUE NA OUTRA FOLHA:
· EXEMPLO: Considere os seguintes salários:
1 – R$ 1. 000,00 Regra antiga: 
2- R$1200,00 considera somente os 
3- R$ 1300,00 maiores salários 
 4- R$ 1400,00 Exclui-se os menores 
 valores.
 Média: R$ 1650,00
5- R$ 1500,00
6- R$ 1600,00 Com a reforma:
7- R$ 1700,00 Considera todos os 
8- R$ 1800,00		salários.
9- R$ 1900,00 Não se exclui os 
10- R$ 2000,00		valores menores.
		 Média: R$ 1540,00
Algumas regras sobre SB:
1- O SB NUNCA (REPITA!NUNCAAA!! SEM EXCEÇÃO) SERÁ MENOR DO QUE O SALÁRIO MÍNIMO.
NÃO HÁ EXCEÇÃO.
2- O SB NUNCA (REPITA!NUNCAAA!! SEM EXCEÇÃO) SERÁ MAIOR DO QUE TETO FIXADO PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL.
3- O 13º Salário será considerado como base de cálculo para o SC.
Porém, o 13º salário não será considerado como base de cálculo para o SB.
4- O auxilio acidente não será considerado como base de cálculo para o SC.
Porém o auxilio acidente será considerado para efeitos da média do SB.
3 – Renda Mensal Inicial (RMI) É o valor inicial gerado pela Previdência quando da concessão do benefício previdenciário. Esse valor será corrigido de acordo com o INPC.
Aposentadoria por idade e tempo de contribuição
Aposentadoria especial
RMI = 60% do SB + 2% a cada ano que superar o tempo de contribuição mínimo exigido para o benefício.
Aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez) 
RMI = 60% do SB + 2% a cada ano que superar 15 anos de tempo de contribuição.
Porém, se o benefício for concedido em razão do acidente de trabalho.
RMI = 100% do SB.
Auxilio por incapacidade temporária (auxilio doença) = RMI = 91% do SB
Auxilio acidente = 50% do SB
Salário Família – estipulado de forma fixa na lei por cota parte.
Salário maternidade – falaremos adiante
Pensão por morte – valor da aposentadoria que o segurado recebia. Se o segurado não recebia aposentadoria, será o valor equivalente à aposentadoria por invalidez (atual incapacidade permanente). 
Como o auxilio reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado, serão aplicadas as mesmas regras previstas para a pensão por morte.
Algumas regras sobre RMI:
1 – A RMI não poderá ser inferior ao salário mínimo.
Mas, há exceção:
1ª – Auxilio acidente
2ª – cota parte da pensão por morte em caso de existir mais de um dependente na classe.
3ª – acordos internacionais.
2 – A RMI não poderá ser superior ao teto do RGPS.
Mas, há exceção:
1ª – Salário Maternidade que, no caso do empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso corresponde à remuneração e adota como teto o valor para o RPPS, ou seja, o subsídio dos Ministros do STF.
2ª – Aposentadoria por incapacidade permanente (antiga invalidez) quando comprovada a necessidade de auxilio de terceiro (atestada por perícia médica do INSS) – Essa modalidade haverá o acréscimo de 25% na aposentadoria e esse valor poderá ser superior ao teto do RGPS.
3- A RMI do auxilio doença (auxilio por incapacidade temporária) não poderá ser superior a média matemática simples das 12 ultimas contribuições do segurados.
4 – Quando o segurado exerce duas atividades. No caso, o segurado se afasta de uma das atividades, por motivo de incapacidade temporária, mas continua exercendo a outra atividade, o valor da RMI do auxilio doença poderá ser inferior ao mínimo, caso a soma do salário que ele estiver recebendo + o valor do benefício resultem em pelo menos 1 salário mínimo.
BENEFÍCIOS EM ESPECIE
Os benefícios previdenciários previstos no RGPS são os seguintes:
regra para MEMORIZAR: 3 APOSENTADORIAS, 3 AUXILIOS, 2 SALÁRIOS e 1 PENSÃO. Veja abaixo
APOSENTADORIAS:
1- Por idade e tempo de contribuição (aposentadoria programada) –
Idade: mulher = 62 anos –TC – 15a
 Homem = 65 anos- TC- 20a
2- Especial
3- Incapacidade permanente (antiga invalidez – até EC 103. 2019)
AUXILIO
1 – Por incapacidade temporária (antigo auxilio doença – antes da EC 103.2019)
2- Acidente
3- Reclusão
SALARIOS
1- Maternidade
2- Família
PENSÃO
Pensão por Morte
Vamos estudar o beneficio que foi mais alterado ao longo do tempo: APOSENTADORIA POR IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
APOSENTADORIA POR IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
A Emenda Constitucional nº 103 de 2019, aprovada em Novembro de 2019, alterou diversos dispositivos do texto constitucional, bem como das Leis nº 8212.91 e 8213.91.
A 1ª observação a ser feita se refere à modificação que foi realizada no §7º, inciso I, do art. 201, da Constituição da República.
Consta a previsão de uma aposentadoria, respeitada a Idade Mínima de 62 anos, para as mulheres, e 65 anos para os homens, conforme tempo previsto na lei.
Pela redação atual, os requisitos de Idade e Tempo de Contribuição são conjugados e devem estar presentes de forma simultânea para que exista direito ao benefício.
Houve uma mudança em relação às regras anteriores porque o regime anterior previa, de forma autônoma, a existência de uma Aposentadoria por Tempo de Contribuição e outra Aposentadoria por Idade. Agora, temos somente a Aposentadoria por Idade + Tempo de Contribuição.
Mas, há que ser observado o DIREITO ADQUIRIDO.
E o que é o DIREITO ADQUIRIDO no âmbito da EC 103.2019¿
TODOS AQUELES QUE PREENCHERAM OS REQUISITOS PARA SE APOSENTAR ATÉ A DATA DA PUBLICAÇÃO DA EC 103, TERÃO SEU DIREITO RESGUADADO.
Dessa forma, caso o segurado tenha completado todos requisitos para se aposentar por tempo de contribuição até a publicação da EC nº 103.
Homem – 35 anos de TC
Mulher – 30 anos de TC
Carência = 180 contribuições
O benefício deverá se concedido, de acordo com as regras anteriores, independente da data do requerimento.
O mesmo é válido para a Aposentadoria por Idade.
Ou seja, se o segurado urbano tenha preenchido antes da EC:
65 anos de idade – Homem
60 aos de idade – Mulher
Carência = 180 contribuições
Se preencheu esses requisitos até a entrada em vigor da EC 103, o segurado terá o direito de se aposentar de acordo com as regras anteriores, independenteda data de entrada do requerimento.[footnoteRef:2] [2: O direito adquirido também é aplicado, inclusive para a Aposentadoria Proporcional, de acordo com a EC 20.98. Para todos que ingressaram até dezembro de 1998, deveriam cumprir uma idade mínima: Homem – 53 anos, Mulher: 48 anos; Tempo de contribuição: Homem – 30 anos, Mulher: 25 anos + um “pedágio” que é um adicional de tempo de 40% do tempo que, em dezembro de 1998, faltava para atingir 30 anos e 25 anos, homem e mulher, respectivamente. Também será devida a aposentadoria proporcional.] 
Em outras palavras, o regime anterior, naquilo que diz respeito ao direito adquirido, é plenamente resguardado, independente da data de entrada do requerimento do benefício.
Voltando a atual aposentaria por Idade + TC, conforme redação da Constituição, será concedida diante dos seguintes requisitos:
1- Idade mínima
Mulher: 62 anos
Homem: 65 anos
2- Qual é o tempo de contribuição que deverá ser observado¿
Mulher: 15 anos
Homem: 20 anos
3 – Carência: 180 contribuições
Esses requisitos devem estar presentes de forma conjugada. Uma espécie de aposentadoria programada.
Observação Importante
· Não houve modificação sobre as regras gerais quanto à concessão (regras de acesso) às aposentadorias dos rurais, incluído o garimpeiro que trabalha sob o regime de economia familiar
Em resumo, a redução na idade, prevista aos rurais, permanece, de modo que os trabalhadores rurais e o garimpeiro (que exerce a atividade sob regime de economia familiar) se aposentam com 60 anos de idade, se homem e 55 anos, se mulheres.
Respeitada a carência correspondente ao número de meses de atividade rural.
Toda vez que há alterações significativas no regime de previdência ou mesmo no sistema, o legislador deve, obrigatoriamente, em razão do principio da segurança jurídica estabelecer REGRAS DE TRANSIÇÃO.[footnoteRef:3] [3: Importante frisar que regras de transição são diferentes de regras transitórias. A EC 103 também previu regras transitórias, que seriam regras temporárias e sujeitas a regulamentação por meio de lei complementar.] 
Portanto, a EC 103 de 2019 estabeleceu regras de transição.
E o que seriam essas regras de transição¿
São regras aplicadas a todos aqueles que ingressaram até a data de entrada em vigor da EC 103, porém ainda não possuíam todos requisitos necessários para se aposentar.
Em relação às regras de transição estabelecidas para as aposentadorias, a EC 103, definiu:
- 4 regras de transição para a aposentadoria por tempo de contribuição.
- 1 regra de transição para a aposentadoria por idade
- 1 regra de transição para aposentadoria especial.
E trataremos das regras de transição a seguir.
Em relação ao cálculo das aposentadorias houve uma impactante alteração.
A RMI da aposentadoria por idade + TC = 60% do SB + 2% para cada ano que exceder 15 anos de TC para mulheres e 20 anos de TC para os homens.
REGRAS DE TRANSIÇÃO
Destinadas aqueles segurados que estavam contribuindo para o RGPS, eram filiados ao RGPS, porém na data da EC 103 de 2019 não completaram os requisitos para se aposentar.
Lembrem-se que a aposentadoria por tempo de contribuição foi extinta e, por isso aqueles que já estavam filiados no regime poderão se enquadram em uma das regras de transição.
Da mesma forma a aposentadoria por idade sem tempo de contribuição também foi extinta, sendo que os segurados que estavam filiados e preencherem os requisitos poderão se valer da regra de transição que é um pouco mais branda que a atual regra.
1- REGRA DA PONTUAÇÃO MÍNIMA:
Todos aqueles que não cumpriram os requisitos e continuaram contribuindo, poderão se aposentar de acordo com essa regra, desde que:
1) TC mínimo 
35 anos para os homens
30 anos para as mulheres
2) Pontuação Mínima: que consiste na soma da Idade + TC
86 pontos para as mulheres
96 pontos para os homens
(Por exemplo, uma mulher de 50 anos com 36 anos de tempo de contribuição teria 86 pontos)
Porém, essa pontuação será aumentada, ou seja, será somado 1 ponto a cada ano até o limite de 100 pontos para as mulheres e 105 pontos para os homens.
Dessa forma, agora, em 2020, deve-se observar 87 pontos para mulheres e 97 pontos para os homens.
E qual será o valor da aposentadoria¿
RMI= 60% SB + 2% para cada ano que ultrapassar 15 anos de tc para mulheres e 20 anos de TC para homens.
2- REGRA DE TRANSIÇÃO DA IDADE MÍNIMA
Esta prevista no art. 16 da EC 103.
Caso o segurado não tenha cumprido os requisitos para se aposentar, mas era filiado antes da EC 103, terá direito ao benefício de acordo com essa regra, desde que tenha:
Mulheres: 30 anos de TC– 56 anos de idade
Homens: 35 anos de TC- 61 anos de idade.
A idade mínima será acrescida de 6 meses a cada ano até atingir 62 anos para mulheres e 65 anos para os homens.
Qual é o valor do benefício¿ 
RMI = 60% do SP + 2% para cada ano que superar 20 anos de TC para homens e 15 anos de TC para mulheres.
3- REGRA DE TANSIÇÃO Nº 3
Aplica-se a todos segurados, filiados ao RGPS e que, quando a EC 103 foi publicada, em novembro de 2019, contavam com pelo menos:
Mulheres: 28 anos de TC
Homens: 33 anos de TC
Terão direito a acessar ao beneficio, pela 3 regra de transição, desde que completem também os seguintes requisitos:
I – tempo de contribuição 
Mulheres: 30 anos de TC
Homens: 35 anos de TC
II- Pedágio (tempo a mais, um tempo adicional)
50% do tempo que, na data da EC 103 (novembro de 2019) faltava para atingir 30 anos, se mulher e 35 anos, se homem.
Exemplo:
Em novembro de 2019 uma mulher tinha 28 anos de tempo de contribuição. Assim, esse é o 1º item, 1º passo.
Mas, não é somente isso, ela terá que continuar contribuindo e chegar aos 30 anos, se mulher e 35 anos, se homem.
E quando atingir o referido tempo, ainda precisa cumprir um pedágio (tempo adicional) que corresponde a 50% do tempo que faltava (naquela época da EC) para atingir 30 ou 35 anos.
Olhando para a época da EC, naquela época, a mulher contava com 28 anos de TC, faltavam 2 anos!!
Então, o tempo adicional é de 50% de 2 anos = terá que trabalhar + 1 ano!! No total, 31 anos.
Como é calculado o beneficio de acordo com essa regra de transição¿
RMI = 100%SB x Fp (fator previdenciário)[footnoteRef:4] [4: FATOR PREVIDENCIÁRIO é um COEFICIENTE (obtido por uma fórmula que leva em consideração. O TC, idade e expectativa de vida do segurado), que era utilizado, obrigatoriamente, no cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição. A EC 103 de 2019 extinguiu o FP, porém utiliza para o cálculo do benefício de acordo com essa regra de transição. A fórmula do FP é a seguinte:
f = Tc x a / Es x [ 1 + (Id + Tc x a) / 100 ]. A fórmula acima considera:
F: fator previdenciário;
Es: expectativa de sobrevida no momento do requerimento da aposentadoria;
Id: idade no momento da aposentadoria;
A: alíquota de contribuição que corresponde a 0,31.
] 
4 – REGRA DE TRANSIÇÃO 4
Aplicável aos segurados que eram filiados ao RGPS antes da EC 103 de 2019 e que não tinham os requisitos para se aposentar, terão direito ao benefício previdenciário, desde que comprovem:
1) Idade Mínima:
Mulher: 57 anos
Homem: 60 anos
2) Tempo de Contribuição
Mulher: 30 anos
Homem: 35 anos
3) Pedágio ( tempo adicional) = 100% do tempo que faltava para ter direito ao benefício na época da publicação da EC 103.
Exemplo:
Em novembro de 2019, observo, quantos anos faltavam para a mulher completar 30 anos e homem completar 35 anos.
Sobre esse período que faltava aplico um pedágio de 100%. 
Em novembro de 2019, um homem tinha 34 anos de TC. Faltava quanto para se aposentar¿ 1 ano!
Portanto, para ingressar na 4ª regra, vai ter que cumprir mais 1 ano de tempo de contribuição. 35 anos + 1 ano = 36 anos de TC.
RMI = 100% SB
* No caso não há incidência do Fp.
REGRA DE TRANSIÇÃO DA APOSENTADORIA POR IDADE
Será aplicada a todos aqueles que estavam filiados antes de novembro de 2019, desde que apresentem os seguintes requisitos:
Mulher: 60 Idade; 15 anos de TC
Homem: 65 Idade; 15 anos de TC
Isso é o básico!
Cuidado!! A EC é de novembro de 2019. Prevê que a partir de janeirode 2020 a idade da mulher será acrescida de 6 meses a cada ano até atingir 62 anos.
Como será calculada¿
RMI = 60% SB + 2% para cada ano que exceder 15 ou 20 anos de tempo de contribuição para mulheres e homens, respectivamente.

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