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ESPONTANEISMO PEDAGOGICO PAPER PROF PATRICIA

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ESPONTANEÍSMO PEDAGÓGICO 
Jean Jacques Rousseau 
 
Acadêmicas: 
 Franciele Batistel 
Letícia Lana Rosa 
 Marcia Santos de Sá 
Saionara lopes 
 
Tutor Externo Raquel Stumpf Bernardes 
Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI 
Licenciatura em Pedagogia (PED 1593) -Seminário Interdisciplinar IV 
23/04/2018 
 
 
RESUMO 
 
O projeto de uma educação natural criada por Jean Jacques Rousseau de seu aluno 
fictício Emilio, aborda diferentes fases e idades e para cada situação um problema 
específico. Podemos citar dois princípios fundamentais, que são, o princípio da natureza 
do homem e da liberdade e racionalidade. Partindo desse enfoque, questionador, 
subjetivo e indispensável, que o educador prepare o educando de modo que suas ações o 
centralizem, do que seja proveitoso para seu desenvolvimento natural, biológico e 
cognitivo, tornando sujeitos autônomos e críticos. 
 Cabe ressaltar que este contexto faz frente com as práticas educacionais contemporânea. 
 
Palavras-chave: Rousseau, Emilio e Educação natural. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo principal, trazer uma temática baseada no 
conceito de infância abordada por Rousseau (1762), bem como a atuação e postura dos 
educadores, quanto a educação nas primeiras fases da vida formando primeiramente 
humana e consecutivamente a social. 
Rousseau (1762) teve outro grande princípio na educação, que foi a 
contextualização do aprendizado, sendo um princípio muito conflitante para a época, que 
nada mais era uma retenção de conteúdos na memória. São muitas as variações dos 
princípios fundamentais da educação rousseaniana. 
Deve-se respeitar cada fase de vida: infância, adolescência, juventude e 
maturidade são características próprias de cada um, respeitando a individualidade de 
todos. Para Rousseau (1762) a criança não é um adulto em miniatura. 
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/o-2.0/contato_new/contato.php
https://www.uniasselvi.com.br/extranet/o-2.0/contato_new/contato.php
2. JEAN JACQUES ROUSSEAU 
Jean-Jacques Rousseau foi um importante filósofo, teórico político e escritor 
suíço. Nasceu em 28 de junho de 1712 na cidade de Genebra (Suíça) e morreu em 2 de 
julho de 1778 em Ermenoville (França). É considerado um dos principais filósofos do 
iluminismo, sendo que suas ideias influenciaram a Revolução Francesa (1789). Suas 
principais obras foram; 
 Discurso sobre as Ciências e as Artes 
 
 Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens 
 
 Do Contrato Social 
 
 Emílio, ou da Educação 
 
 Os Devaneios de um Caminhante Solitário 
 
3. EMÍLIO 
Em 1762, Jean Jacques Rousseau publicou Emílio ou da Educação. Esse romance 
pedagógico teve grandes novidades para a época e grande sucesso, revolucionou a 
pedagógica e serviu de exemplo para a teoria de outros grandes educadores do século XIX 
e XX. 
É um romance pedagógico da educação de um jovem órfão nobre e rico, desde seu 
nascimento até seu casamento. 
Rousseau (1762) é fiel a suas ideias, segundo ele o homem nasce naturalmente 
bom, porém se tiver uma educação negativa pode se tornar um ser corrupto e sem caráter. 
 
O ciclo dessa obra compõe quatro períodos: 
 
1. O primeiro vai de 0 a 5 (zero a cinco) anos, segundo Rousseau (1762) esse período 
é crucial para a criança, é a educação que mais importa, desde os primeiros meses 
a criança já sabe qual é o limite que pode ter cabe aos pais começar desde cedo a 
ensiná-los, que nem tudo o que querem conseguem obter. Essa etapa é chamada 
hoje de educação infantil. 
Resta em fim a educação doméstica ou da natureza, mas 
que será para os outros um homem unicamente educado 
para si mesmo? Se o duplo objetivo que se propõe pudesse 
por - ventura reunir-se num só, eliminando as contradições 
do homem, eliminar-se-ia um grande obstáculo à sua 
felicidade. (ROUSSEAU,1995, p.15) 
2. Segundo período vai de 5 a 12 (cinco a doze) anos, é onde a criança desenvolve 
seu corpo e seu caráter de acordo com a realidade de mundo em que vive, nesta 
etapa a criança já descobre por si mesma do que gosta e o que precisa para 
desenvolver seus anseios, mas, mais uma vez cabe aos pais desenvolver uma 
criança digna de ser um homem naturalmente bom. Pode-se chamar essa fase de 
educação primária. 
 
Ninguém deve meter-se a educar uma criança se não souber 
conduzi-la para onde quiser através das únicas leis do possível e 
do impossível. A esfera de uma coisa e de outra sendo-lhe 
desconhecida, pode-se entendê-la ou restringi-la ao redor dela 
como se quer. (ROUSSEAU,1995, p.77) 
 
3. Período que vai dos 12 aos 15 (doze a quinze) anos, nesta etapa o jovem começa 
a desenvolver suas próprias escolhas, mas também é na adolescência que ocorre 
algumas fraquezas, onde ele pensa ser dono de si mesmo, e muitas vezes 
esquecendo de sua essência e dos ensinamentos trazidos pelos pais e mestres. 
Nestes primeiros anos o jovem precisa de muitas orientações para poder se colocar 
na sociedade como um digno e fiel as suas concepções. Essa é uma etapa 
secundária obrigatória 
Esse intervalo em que o indivíduo pode mais do que deseja, embora 
não seja o tempo de sua maior força absoluta, é, como já o disse, 
o de sua maior força relativa. É o tempo mais precioso da sua vida, 
tempo que só ocorre uma vez; tempo muito curto, tanto mais curto, 
como se verá, quanto mais lhe importa bem empregá-lo. 
(ROUSSEAU,1995, p. 173) 
4. Período que vai dos 15 aos 20 (quinze aos vinte) anos, é uma fase de 
conhecimentos onde o homem floresce para a vida, descobrindo a religião e a 
sociedade, descobrindo o sexo como um prazer e necessidade, descobrindo 
paixões e a liberdade. Porem novamente cabe aos pais, trazer esse homem para a 
realidade, para que não se perca no meio do caminho, para que não se torne um 
jovem homem sem amor próprio desobedecido de si mesmo, que tenha amor a si 
mesmo e respeito aos outros. 
Nascemos, por assim dizer, em duas vezes: uma para existir, outra 
para vivermos; uma para a espécie outra para o sexo. Os que 
encaram a mulher como um homem imperfeito estão sem dúvida 
errados; mas a analogia exterior está com eles. Até a idade núbil, 
as crianças dos dois sexos nada têm de aparente que as distinga; 
mesmo rosto, mesmo porte, mesma tez, mesma voz, tudo é igual; 
as meninas são crianças, os meninos são crianças; a mesma 
palavra basta para seres tão diferentes. (ROUSSEAU, 1995, p. 
233) 
 O modelo destacado acima é um modelo básico da educação de Rousseau 
(1762), para ele os pais também precisam se educar para depois poder educar seus 
filhos, ser seus espelhos desde pequenos, para que mais tarde seu exemplo não 
repercutirá negativamente na sociedade. 
A obra-prima de uma boa educação está em fazer um 
homem razoável: e pretende-se educar uma criança pela 
razão! É começar pelo fim, é quere fazer o instrumento com 
a obra. Se a criança entendesse razão, não teria 
necessidade de ser educada; mas falando-lhe, desde a 
primeira infância, uma língua que não entende, 
acostumam-na a jogar com palavras, a controlar tudo que 
lhe dizem, a se acreditar tão sábia quanto ao seu mestre. 
(ROUSSEAU, 1995, p.74) 
 Rousseau (1762) destaca os problemas na educação das crianças, até os dias de 
hoje vemos pais que terceirizam a tarefa de educar, transmitindo aos filhos desatenção e 
desamor, pagando pessoas para dar atenção e educação a eles. Quer ele uma sociedade 
onde as pessoas possam ser livres e iguais, perante uma educação autêntica e as 
expressões naturais das crianças. 
Nascemos fracos, precisamos de força; nascemos 
desprovidos de tudo, temos necessidade de assistência; 
nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não 
temos ao nascer, e de que precisamos adultos, é-nos dados 
pela educação. (ROUSSEAU,1995, p,10) 
 Emílio é obra pedagógica que muitas vezes foi citada, inspirando-se no homem 
natural,defendendo uma pedagogia que siga os traços da natureza. Sendo assim Rousseau 
(1762) propõe uma educação inovadora com novas diretrizes, procurando ele a essência 
e as tendências naturais da criança, ao invés de ser educação de repreensão ou disciplina, 
como era muito comum na época. Coloca que a educação na infância deve ser de amor e 
carinho, jogos e brincadeiras, despertando assim a naturalidade da criança, trazendo os 
sentimentos e deixando em segundo plano o aspecto teórico e racional. 
[...] o homem que mais vive não e aquele que conta maior 
número de anos e sim o que mais sente a vida [...] 
(Rousseau, 1995, pag. 16) 
 
5. JOHANN HEINRICH PESTALOZZI 
Johann Heinrich Pestalozzi, nasceu em 12 de janeiro e 1746 em Zurique na Suíça, 
morreu em 17 de fevereiro de 1827 (81 anos) em Brugg, Suíça. 
Seu pai morreu quando ainda era criança, foi criado pela mãe, com a morte do pai 
a família ficou pobre. Ainda na infância conheceu o preconceito social e teve que lutar 
para ficar conhecido numa sociedade dividida entre nobres e plebeus, entre ricos e pobres. 
Durante esse período recebeu orientações religiosa protestante, mas considerava-se 
sempre um cristão, sem defender qualquer religião. 
Após ler Emílio, de Rousseau (1762), Pestalozzi foi influenciado pelo movimento 
naturalista e tornou-se um revolucionário, juntando-se aos críticos da política no país. 
Pestalozzi foi um dos pioneiros da pedagogia moderna, influenciando 
profundamente todas as correntes educacionais, e longe está de deixar uma referência. 
Fundou escolas baseada na pedagogia do amor, escolas essas que era para atingir o povo, 
num tempo em que o ensino era privilégio exclusivo das classes dominantes. 
 
5.1 O AMOR COMO BASE PRINCIPAL NO DESENVOLVIMENTO DA 
CRIANÇA (PESTALOZZI) 
Pestalozzi seguindo Rousseau (1762), preocupou-se muito com a educação das 
crianças, dedicando sua vida a essa causa, ambos acreditavam que a importância da 
educação começa quando a vida se inicia. Pestalozzi defendia a educação do lar, dada 
pela mãe, embora, foi o percursor pela institucionalização da educação na infância, 
defendendo a formação dos professores como peças fundamentais para a educação. 
Diante de alguns fatos, podemos dizer que Pestalozzi reforça a ideia de Rousseau 
(1762) da educação na infância como condição para o desenvolvimento para a razão. A 
criança diante a visão de Pestalozzi desenvolve-se de dentro para fora. Para ele um dos 
principais cuidados que o professor deve ter é respeitar os estágios do desenvolvimento 
da criança, dar atenção as suas necessidades de acordo com as diferentes idades. 
Ao contrário de Rousseau (1762), Pestalozzi idealiza a teoria, aplicando o 
princípio da educação integral, não limitando a absorção de informação, esse processo 
educativo engloba três dimensões humanas, cabeça, mão e coração, sendo o final uma 
formação tripla, intelectual, física e moral, podendo assim o educando encontrar em si 
mesmo liberdade e autonomia para poder alcançar seus objetivos, também defendia a 
pedagogia do amor, onde acreditava que s escola deveria ser uma extensão do lar, inspirar-
se no ambiente familiar, oferecendo segurança e afeto. 
[...]A manifestação do amor é a salvação do mundo! Amor 
é o fio que liga o globo terrestre. Amor é fio que liga Deus 
e o homem. Sem amor, o homem está sem Deus, e sem Deus 
e sem amor, o que é o homem? (...). Não é homem — é 
inumano o homem sem Deus e sem amor”. (PESTALOZZI) 
p.141(5), apud INCONTRI 1997 p. 92) 
 
Acreditava muito no amor, partindo do princípio que a criança poderia apreender 
mais se a criança fosse amada pelo seu mestre, uma pedagogia voltada a afeição, 
enfatizando que qualquer membro da sociedade, sejam eles, pais mestres e amigos podem 
oferecer esse amor. 
Pestalozzi não acreditava no julgamento externo, por isso em suas escolas não 
haviam notas ou provas, castigos ou recompensas, uma escola voltada a naturalidade da 
criança, sendo ele um ser puro e possuidor de uma natureza divina. Ele costumava 
comparar o professor a um jardineiro, dizia ele que, quando o jardineiro rega todos os 
dias suas plantas e planta boas sementes, bons frutos e lindas árvores darão, igual é o 
professor, podendo moldar seus alunos para alcançar a plenitude. 
[...]Devemos ter presente que o aluno, independentemente 
da camada social a que pertença e da profissão a que se 
destine, participa de certos elementos da natureza humana, 
que são comuns e constituem o fundamento das forças 
humanas. Não temos nenhum direito de limitar a homem 
algum a possibilidade de desenvolver as próprias 
faculdades[...] (PESTALOZZI, p. 94(10) apud INCONTRI 
p. 96, 97) 
Pestalozzi sempre esteve em busca de desenvolver suas teorias no princípio que 
toda a criança deveria ter acesso à educação, sendo elas de qualquer classe social, partindo 
do amor ou da razão, partindo de cada indivíduo, desenvolvendo o sentido espiritual na 
educação e na ciência, sendo fundamental para o crescimento do ser humano. 
Os percursores da pedagogia social, traçaram caminhos para a educação e 
transformação social, com base no afeto, nas relações de confiança entre todos os pares 
das comunidades escolares. 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A educação é um sistema contínuo e eficaz, seja ela formal ou moral, cabe aqui 
refletir sobre os conteúdos e as formas de conhecimentos vinculado as escolas, os 
conhecimentos em geral, são aqueles que dizem respeito a explicação do funcionamento 
de uma sociedade, onde são fundadas pelas classes dominantes e que vinculam ideias 
conservadoras, essas ideias estão atravessadas por uma visão realista ou uma concepção 
natural da realidade. 
Por outro lado, as tendências pedagógicas atuais, fazem crítica ao ensino 
tradicional, marcando uma postura relativista e espontaneista pedagogicamente em 
relação ao ensino aprendizagem. 
No espontaneísmo pedagógico, o professor tem o importante papel de levar o 
aluno a promover-se e a projetar-se no mundo onde vive, não como um ser que a ele se 
insere, mas compreendê-lo e transformá-lo, respeitando sua liberdade. 
O professor por exemplo deve exercer sua autoridade em prol da construção dessa 
liberdade, responsabilidade e autonomia do aluno, sendo assim um exercício da 
autoridade do professor que implica na formação dos educandos, significa que o professor 
precisa ter competências para conduzir o ato pedagógico na direção desses valores. 
 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS 
ROUSSEAU, Jean Jacques, 1712-1778 Emílio; ou, Da educação; tradução de Sérgio 
Milliet. -- 3.ed.-- Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. 592p. 
INCONTRI, Dora. Educação e Ética. São Paulo. Scipione.1997. — (Pensamento e ação 
no magistério)

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