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Ética: Meios e Fins

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No campo da ética
    Costuma-se dizer que os fins justificam os meios, de modo que, para alcançar um fim legítimo, todos os meios disponíveis são válidos. No campo da ética, porém, essa afirmação deixa de ser óbvia.
    Suponhamos uma sociedade que considere um valor e um fim moral a lealdade entre seus membros, baseada na confiança recíproca. Isso significa que a mentira, a inveja, a adulação, a má-fé, a crueldade e o medo deverão estar excluídos da vida moral, e as ações que se valham desses recursos, empregando-os como meios para alcançar um fim, serão imorais. 
No entanto, poderia acontecer que, para forçar alguém à lealdade, fosse preciso fazê-lo sentir medo da punição pela deslealdade, ou fosse preciso mentir-lhe para que não perdesse a confiança em certas pessoas e continuasse leal a elas.    Nesses casos, o fim – a lealdade – não justificaria os meios – o medo e a mentira? A resposta ética é: não. Por quê? Porque esses meios desrespeitam a consciência e a liberdade da pessoa moral, que agiria por coação externa e não por reconhecimento interior e verdadeiro do fim ético. No campo da ética, portanto, nem todos os meios são justificáveis, mas apenas aqueles que estão de acordo com os fins da própria ação. 
Em outras palavras, fins éticos exigem meios éticos. A relação entre meios e fins pressupõe que a pessoa moral não existe como um fato dado, como um fenômeno da Natureza, mas é instaurada pela vida intersubjetiva e social, precisando ser educada para os valores morais e para as virtudes.
(Marilena Chauí, Convite à Filosofia)
1. Esse texto se desenvolve de modo a argumentar em favor da seguinte posição:
(A) os meios só se justificam quando não são contrários aos fins de uma ação.
(B) a prática dos valores éticos é um atributo natural dos seres humanos.
(C) a deslealdade pode ser necessária para se promover uma atitude leal.
(D) a educação moral torna possível justificar quaisquer meios em razão dos fins.
(E) a legitimidade dos fins é garantida pela eficácia de uso dos meios disponíveis.
2. A leitura do último parágrafo do texto permite deduzir, corretamente, que:
(A) a prática moral é tanto mais fácil quanto mais alto o nível de escolaridade.
(B) é necessária uma educação moral para que bem se ajustem meios e fins.
(C) os valores morais são categorias essencialmente individuais, e não coletivas.
(D) nenhuma ação é moral quando contraria a índole natural de uma pessoa.
(E) a educação moral resulta de uma imposição interna de cada indivíduo.
3. Está correta a tradução de sentido da seguinte expressão do texto:
(A) todos os meios disponíveis são válidos = todos os subterfúgios são verossímeis.
(B) essa afirmação deixa de ser óbvia = tal conjectura já não é improcedente.
(C) ações que se valham desses recursos = atos que lancem mão desses meios.
 (D) a relação entre meios e fins pressupõe que = a autonomia tanto dos fins quanto dos meios faz supor que.
(E) agiria por coação externa = se renderia aos ditames da consciência. 
2. A ÉTICA GREGA
Resumo
Os gregos chamaram de ética á elaboração teórica que se ocupa dos costumes (moral), denominação que veio a ser consagrada. Ao contrário da moral judaica, na Grécia as regras morais não eram obrigatórias. Tratava-se de um aprendizado difícil, que não era dado a todos. Além disto, para que a pessoa se tornasse virtuosa eram requeridos certos pré-requisitos (boa saúde; aparência; ser dotado de posses; certa idade e maturidade).
O texto que melhor espelha as concepções gregas é aÉtica a Nicômaco, de Aristóteles. Nicômaco era o nome de seu filho.
Aristóteles não separa a política da moral. Esta trata da virtude e dos meios de adquiri-la, sendo condição da felicidade que, por sua vez é o objetivo (político) visado pela cidade. Existem virtudes intelectuais e virtudes morais.
São virtudes intelectuais: arte, ciência, sabedoria, filosofia e inteligência.
Quanto às virtudes morais, Aristóteles elaborou uma tábua das virtudes e dos vícios. A virtude consiste no justo meio.
A coragem é o justo meio enquanto a covardia seria a falta de virtude e a temeridade o seu excesso. A calma é o justo meio; a pacatez a sua ausência e a irracibilidade o excesso. Em relação ao dinheiro e aos bens materiais, a liberalidade é o justo meio enquanto a avareza a sua falta e a prodigalidade o excesso.
Entre as virtudes morais, Aristóteles enfatiza a posição da Justiça, que considera como a própria virtude.
A justiça é uma disposição de caráter sendo o justo o respeitador da lei e probo (honrado, reto). No seu exercício, distingue justiça distributiva, que considerará o problema em causa do ângulo estritamente moral, e a justiça comutativa, que leva em conta situações concretas. O princípio mais geral no seu exercício é a equidade, que define como um corretivo em relação á lei, na medida em que sua universalidade torna-a incompleta e pode dar lugar à injustiça.
1. Na Grécia aceitava-se que, para tornar-se virtuosa, a pessoa:
A. devia praticar exercícios físicos
B. precisaria dispor de bens materiais, saúde e boa aparência
C. freqüentar os festejos dionisíacos
D. abster-se de certas comidas e bebidas
2. Na tábua de virtudes e vícios, formulada por Aristóteles, o comportamento virtuoso reside:
A. no acatamento aos deuses da cidade
B. na observância dos princípios formulados por Sócrates
C. no justo meio
D. no conhecimento das leis adotadas pela cidade
3. O comportamento virtuoso encontra-se na coragem enquanto a sua privação (vício) na covardia e o seu excesso
A. na prudência
B. na tolerância
C. na magnanimidade
D. na temeridade
4. Segundo Aristóteles, a equidade é o princípio moral geral no exercício da Justiça
A. porque obriga os magistrados a cumprirem a lei
B. por impedir a adoção de leis injustas
C. por facultar corretivo em relação à lei
D. por fornecer roteiro para a formação dos juízes
 5. O que é ética?
6.Como a moral fundamenta os julgamentos morais (juízo de fato e de valor)? Levando em consideração o senso comum (moral) a naturalização moral do individuo
7“- O que significa exatamente essa expressão antiquada: ‘virtude’? – perguntou Sebastião. (0.5)
- No sentido filosófico, compreende-se por virtude aquela atitude de, na ação, deixar-se guiar pelo bem próprio ou pelo bem alheio – esclareceu o senhor Barros.
- O bem alheio? – perguntou Sebastião.
- Sim – disse o senhor Barros. – É verdade que a coragem e a moderação são virtudes, em primeiro lugar, para consigo mesmo, mas também há outras virtudes, como a benevolência, a justiça e a seriedade ou confiabilidade, ou seja, a qualidade de ser confiável, que são disposições orientadas para o bem dos outros.” (TUGENDHAT, Ernst; VICUÑA, Ana Maria; LÓPES, Celso. O livro de Manuel e Camila: diálogos sobre moral. Trad. de Suzana Albornoz. Goiânia: Ed. da UFG, 2002. p. 142.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) As ações virtuosas são reguladas por leis positivas, determinadas pelo direito, independentemente de um princípio de bem moral.
b) A virtude limita-se às ações que envolvem outras pessoas; em relação a si próprio a ação é independente de um princípio de bem.
c) A ação virtuosa é orientada por princípios externos que determinam a qualidade da ação.
d) Ser virtuoso significa guiar suas ações por um bem, que pode ser tanto em relação a si próprio quanto em relação aos outros.
e) As virtudes são disposições desvinculadas de qualquer orientação, seja para o bem, seja para o mal.
8-  Leia o seguinte trecho de um diálogo: (...)
Kobir: Porque, embora haja poucos motivos, se é que há algum, para supor que Deus existe, há algumas boas provas de que deve haver formas de vida extraterrestres.
Bob: Que provas? Não descobrimos vida em outros planetas.
Kobir: É verdade. Mas sabemos que a vida evoluiu aqui neste planeta, não sabemos? E também sabemos que há milhões de outros planetas no universo, muitos dos quais são bem semelhantes ao nosso. Nesse caso, nãoparece improvável que a vida deva ter evoluído pelo menos em um desses outros planetas também. Existem, portanto, boas provas para a existência de vida por lá. Só não temos provas conclusivas. Por outro lado, parece-me que há poucas provas, se é que há alguma, que sugiram que Deus existe (Arquivos filosóficos, de Stephen Law).
Assinale a alternativa INCORRETA.
a) Kobir propõe um argumento de tipo indutivo para a existência de vida em outros planetas no universo.
b) O argumento de Kobir pode admitir contra-exemplo.
c) Kobir refuta a afirmação da existência de Deus.
d) Kobir admite que uma boa prova não precisa ser dedutivamente válida.
e) Kobir não afirma que, se não existem provas para a existência de Deus, então Deus não existe.
9- Na literatura sobre ensino de filosofia, a idéia de "pensamento crítico" envolve, necessária e recorrentemente: 
a) a denúncia da semiformação promovida pela sociedade do espetáculo. 
b) a  discussão sobre a própria presença da disciplina na escola. 
c) amplo conhecimento da história da filosofia e dos problemas filosóficos. 
d) relação com as experiências, demandas e interesses dos estudantes. 
e) elaboração conceitual, procedimentos argumentativos e problematização. 
10- O século XV é marcado pelo surgimento do Movimento Renascentista. Também nessa época a Filosofia Moderna rompe com a Filosofia Clássica. Ora, a Filosofia Moderna refletia sobre os seguintes temas, EXCETO: 
a) Questões da representação e das idéias
b) Questões da Mitologia Assíria e Hebraica
c) Questões da razão e do conhecimento
d) Questões da experiência e dos sentidos
11- No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como, “ignorância”, “escuridão ou “idade das trevas”. Nesse período as obras religiosas recebem tratamento leigo, uma valorização do abstrato, expresso pelo matemático, além também de algumas noções artísticas como proporção e profundidade, e, finalmente, a introdução de novas técnicas artísticas, como a pintura a óleo. Podem ser apontados como valores e ideais defendidos pelo Renascimento o Otimismo e o Individualismo, entre outros. Aponte a única alternativa que não se refere aos valores defendidos no Renascimento. 
a) Antropocentrismo
b) Hedonismo
c) Racionalismo
d) Teocentrismo
12- Imaginemos, agora, alguém que tomasse uma decisão muito estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas. Em vez de “que horas são?” ou “que dia é hoje?”, perguntasse: O que é o tempo? Em vez de dizer “está sonhando” ou “ficou maluca”, quisesse saber: O que é o sonho? A loucura? A razão? Se essa pessoa fosse substituindo sucessivamente suas perguntas, suas afirmações por outras: “Onde há fumaça, há fogo”, ou “não saia na chuva para não ficar resfriado”, por: O que é causa? O que é efeito?; “seja objetivo”, ou “eles são muito subjetivos”, por: O que é a objetividade? O que é a subjetividade?; “Esta casa é mais bonita do que a outra”, por: O que é “mais”? O que é “menos”? O que é o belo? Em vez de gritar “mentiroso!”, questionasse: O que é a verdade? O que é o falso? O que é o erro? O que é a mentira? Quando existe verdade e por quê? Quando existe ilusão e por quê? Se, em vez de falar na subjetividade dos namorados, inquirisse: O que é o amor? O que é o desejo? O que são os sentimentos? Assim, uma primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?” poderia ser: A decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido. Perguntaram, certa vez, a um filósofo: “Para que Filosofia?”. E ele respondeu: “Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações”. Então, O que é Filosofia? 
13- Esta última descrição da atividade filosófica capta a Filosofia como análise (das condições da ciência, da religião, da arte, da moral), como reflexão (isto é, volta da consciência para si mesma para conhecer-se enquanto capacidade para o conhecimento, o sentimento e a ação) e como crítica (das ilusões e dos preconceitos individuais e coletivos, das teorias e práticas científicas, políticas e artísticas), essas três atividades (análise, reflexão e crítica) estando orientadas pela elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade e os seres humanos. Além de análise, reflexão e crítica, a Filosofia é a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas indagando [o que são? Qual sua permanência? E qual a necessidade interna que as transforma em outras?]. O que é o ser e o aparecer-desaparecer dos seres? Como objeto de estudo do Direito que se faz representante? 
14. Conceitue:
a) Dogmatismo b) Ceticismo c) Hedonismo d) Pensamento e) Conhecimento

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