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Slides revisão av Ética na saúde

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ÉTICA NA SAÚDE
Aula 1- Conceito e modelos de ética
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 1 - Conceitos de ética e moral;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 2 - Características do principais 
modelos éticos;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 3 - A influência da política, das 
crenças e da economia na ética de uma 
sociedade.;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
ASSUNTO 1 – CONCEITOS DE ÉTICA E DE MORAL
O conceito de ética
O termo ética deriva de éthos, que
significa modo de ser, e, por isto,
define-se com frequência a ética como
a doutrina dos costumes ou hábitos
adquiridos pelo homem. Aristóteles
tornou a ética uma disciplina
autônoma no domínio da filosofia
moral.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
O CONCEITO DE ÉTICA
Para ele, o campo ético deveria investigar as
características do bem, da perfeição e da felicidade
que são atribuídas ao homem, com o fim de ajustá-los à
orientação prática da conduta humana. Ele considerava
que toda “ação humana está orientada para a
realização de algum bem, ao qual estão unidos o prazer
e a felicidade”.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
O CONCEITO DE MORAL
Representa o conjunto das regras de conduta admitidas
numa época ou por um grupo de homens.
O ato moral, portanto, provocado por um ser humano
real e contextualizado historicamente, deve ser
avaliado sob o código moral que vigora na sociedade
daquele que promoveu a ação.
*
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
ASSUNTO 2 - CARACTERÍSTICAS DO PRINCIPAIS
MODELOS ÉTICOS
Antes de Aristóteles, encontramos precedentes para a
constituição de uma ética filosófica. Entre os pré-
socráticos, por exemplo, Heráclito utiliza o vocábulo
éthos para situar a condição do homem “como aquela
que necessita de um lugar” ou “morada”, definindo um
“modo de estar” no mundo.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Demócrito mostra a virtude sob a busca de um
equilíbrio interno diante do movimento das
paixões. O saber e a prudência seriam, assim,
essenciais, pois ensinariam ao homem de que modo
ele deveria viver, conseguindo a felicidade.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A reflexão ética autônoma no mundo grego aparece
apenas com Sócrates que, combatendo os sofistas,
acreditou na estabilidade das leis, dos princípios
verdadeiros e universais das normas, conferindo a
elas um valor intrínseco.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A partir dele, o termo ética se afasta tanto do
sentido originário de morada quanto de equilíbrio
das paixões, tal como Heráclito e Demócrito
respectivamente entendiam. Este avanço foi
possível sob a elaboração de um método,
denominado maiêutica, que levasse os diversos
cidadãos a uma vida virtuosa.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Para Aristóteles, existe uma correlação entre ser e
bem. O bem se relaciona com a essência de cada
coisa. O objeto da ética consiste em investigar as
características do bem, da perfeição e da
felicidade que são atribuídas ao homem, com o fim
de ajustá-los à orientação prática da conduta
humana.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Aristóteles considera que toda ação humana está
orientada para a realização de algum bem, ao qual
estão unidos o prazer e a felicidade. Já para Platão a
realidade fica dividida, para ele, em dois mundos
distintos e contrapostos: um, superior, invisível, eterno
e imutável das ideias subsistentes, outro, físico, visível,
material, sujeito à transformação. A ética platônica
gira em torno da aspiração dos homens à felicidade.
*
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
ASSUNTO 3 - A INFLUÊNCIA DA POLÍTICA, DAS CRENÇAS E 
DA ECONOMIA NA ÉTICA DE UMA SOCIEDADE
A transformação do cristianismo na religião oficial de Roma
do século IV trouxe novos sentidos para as doutrinas éticas
gregas. O período medieval caracteriza-se por uma profunda
fragmentação econômica e política, devido ao surgimento
de duas classes que marcam o regime feudal: os senhores
feudais (donos das terras) e os camponeses e servos (que
eram comprados junto com a terra).
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Diante desse quadro a religião garantia certa
unidade social. A Igreja influenciava fortemente e
diretamente a política, a cultura, a vida social e
intelectual.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Vasquez (2002) afirma: “a moral concreta, efetiva, e a
ética – como doutrina moral – estão impregnadas (...)
de um conteúdo religioso que encontramos em todas as
manifestações da vida medieval”.
Nesse período os pensadores cristãos conceberam uma
nova ética, que encontra em Deus os princípios da vida
moral.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A esta nova ética denomina-se teonomia (théos, em
grego, significa Deus). Estes pensadores aproveitaram
as doutrinas gregas das virtudes e da correspondência
do bom ao verdadeiro, agregando-as ao corpo de uma
ética cristã, negando, por outro lado, fundamentos
éticos naturalistas e hedonistas, incompatíveis com as
ideias morais cristãs.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Considerando, ainda, que o homem é um peregrino que se
prepara para uma vida futura ultraterrena, rejeitaram a
busca da felicidade (eudemonia) que caracterizou grande
parte do pensamento grego. Ironicamente, no entanto, a
ética cristã de igualdade é lançada no momento histórico
em que os homens conhecem as maiores desigualdades: a
divisão entre escravos e homens livres, ou entre servos e
senhores feudais.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A igualdade e a justiça são transferidas para um
mundo ideal, enquanto aqui se mantém e sanciona
a desigualdade social.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Entre os séculos XIV e XVI (Renascimento) a história da
ética ganha um novo rumo a partir da valorização do
homem nas ciências e nas artes, demarcando o início
da ética moderna. Algumas características deste
período:
*Incremento de forças produtivas no plano econômico;
* Aparecimento de uma nova classe social: a burguesia,
na França;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
•O trabalhador troca sua força de trabalho por um
salário e deixa de ser dono dos meios de produção;
•A classe burguesa ao vender os produtos
desenvolvidos pelos trabalhadores, obtém lucro e
surge o CAPITALISMO.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A religião deixa de ser a forma de ideologia dominante
e a dimensão humana coloca-se no centro da filosofia e
da moral.
No século XVIII, marcado pelo movimento intelectual
denominado de Iluminismo, exalta-se a capacidade que
tem o homem de conhecer e agir por uma luz própria
da razão.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A este respeito, ressalta a obra de Immanuel Kant, para
quem a consciência cognoscente ou moral é suscitada
em um homem ativo, criador e legislador.
Segundo afirma, a vontade é verdadeiramente moral
quando é regida por imperativos categóricos – referem-
se a ações objetivamente necessárias, em que suas
realizações estejam subordinadas tanto a fins quanto
condições; a moralidade, neste sentido, diz respeito ao
fundamento da bondade dos atos, averiguando em que
consiste o bom.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A resposta kantiana: o único bem em si mesmo é a boa
vontade, aquela que age por puro respeito ao dever,
visando sujeição do homem à lei moral – autonomia
humano-moral. O dever torna-se, nesse quadro,
incondicionado ou absoluto, abrangendo algo que se estende
a todos os seres humanos em quaisquer tempos ou
condições.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1ÉTICA NA SAÚDE
Duas outras importantes contribuições para o domínio ético
são encontradas ainda no século XIX: Friedrich Nietzsche e
de Franz Brentano. O primeiro, analisando os valores da
cultura europeia, os vê encarnados no cristianismo,
socialismo e igualitarismo democrático e sustenta que são
formas de uma moral a ser superada mediante a formulação
de um ponto vista além do bem e do mal.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Já para Brentano há um subjetivismo ético que se relaciona
a uma teoria objetiva do valor. Este é enunciado sob atos de
preferência (valorização) ou repugnância (desvalorização);
assim, a experiência que algo seja bom inclui um aspecto
subjetivo (para alguém) e a intenção que leva um homem a
preferir algo.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
ÉTICA CONTEMPORÂNEA E RELATIVISMO ÉTICO
As discussões sobre as questões a respeito do conceito de
bem supremo, ou os debates sobre se o bem é o bem
individual ou coletivo, se parte do particular para o geral ou
vice-versa, têm encontrado certo consenso no sentido de
que o bem só é possível quando compartilhado ao nível
social. Assim, o ético se faz a partir do todo social e não a
partir da ação individual.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Deste modo, torna-se necessária a noção de uma equidade
cultural que possibilitaria a uniformidade de valores e
consequentemente em uma única subjetividade de valores
morais e sociais que uniformizasse também as expectativas
e os desejos individuais.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Caso contrário, esta posição seria utópica e desprovida de
valor prático uma vez que o bem se relativiza a partir do
valor cultural que o fundamenta como um bem próprio e
típico do ponto de vista de uma dada Cultura. Estes ideais
são direta ou indiretamente a raiz do que se convencionou
chamar de Globalização.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
As atuais políticas governamentais têm pautado suas bases
de atuação em critérios que desconsideram a necessidade
de integração entre os diferentes níveis de desenvolvimento
e negado os aspectos necessários à construção de um
projeto social mais voltado para um futuro harmonioso nas
relações sociais.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A Ecologia Social, integrando os estudos do homem e de
seus ecossistemas através da compreensão da direta
correlação entre natureza e cultura, demonstra que as
relações deste com a sociedade passam necessariamente
pela sanidade de suas relações não só com os demais
membros de sua espécie, como também pelo modo
relacional que estabelece consigo próprio e com seu
ambiente. O esfacelamento deste conjunto inviabiliza
qualquer tentativa de desenvolvimento.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Diversos autores, nos mais variados campos do
conhecimento, têm ressaltado a importância de
estabelecer-se uma relação ética com os recursos sociais,
humanos e naturais que reponha uma hierarquia de valores
morais e filosóficos como parâmetros do desenvolvimento.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Félix Guattari, em seu livro As três ecologias, alerta para as
consequências daquilo que ele considera como “o império
de um mercado mundial que lamina os sistemas particulares
de valor, que coloca num mesmo plano de equivalência os
bens materiais, os bens culturais, as áreas naturais.” Para
outros autores, os desenvolvimentos social e cultural estão
mais diretamente associados à instituição de uma ética
social.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Não há desenvolvimento social sem antes a formação de
uma ética que baseie os pressupostos fundamentais de uma
sociedade e, todo o problema do desenvolvimento, segundo
estes autores, reside justamente na ausência desta ética
por parte, não apenas dos governos, mas também do próprio
modelo de ciência que arbitra o sistema teórico de
sustentação das políticas governamentais.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Este novo modelo, se como diz Bookchin, relativizou a ética,
teve o mérito de libertar as ciências de uma perspectiva
positivista de mensuração e “absolutismo” que nivelou
teorias e ideologias sociais que equiparavam sociedades
distintas por um único modelo econômico, político e social.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
A questão, portanto, reside em conhecer-se que modelo
ético está sendo gerado nas sociedades modernas como
consequência desta nova ciência e qual sua relação com o
desenvolvimento. Pois, só através dele, compreenderemos
os novos rumos do desenvolvimento social.
*
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
CONCLUINDO:
Ética e Moral estão diretamente associadas. Ambas dizem
respeito ao modo como lidamos com o outro, aos costumes.
A ética se constitui de princípios voltados para o bem
comum. Ou seja, é a reflexão acerca dos princípios que irão
nortear as relações humanas de modo justo e equânime.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
CONCLUINDO
A moral, por sua vez, é o conjunto de hábitos, condutas e
normas que constituem o padrão de um grupo social em
determinada época, lugar ou mesmo classe social. Assim,
moral são as normas de comportamento pertencentes a um
grupo e ética os princípios norteadores destas normas, ou
em outras palavras, os valores ideológicos que fundamentam
a moral.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
CONCLUINDO
A Alguém é moral ou imoral na medida em que acata ou
transgride as normas de seu grupo.
Alguém é ético ou antiético na medida em que
fundamenta suas ações em princípios que consideram
ou desconsideram a equidade, o respeito ao outro e a
justiça.
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
CONCLUINDO
Por exemplo: Roubar é imoral (vai contra as normas de
conduta de nossa sociedade). Roubar é imoral, porque
consideramos que ninguém tem o direito de retirar o que é
de outro contra a sua vontade (valor ideológico ético que
fundamenta o comportamento moral).
*
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO:
▪ Assunto 1 - Conceitos de ética e moral;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO:
▪ Assunto 2 - Características do principais 
modelos éticos;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO:
▪ Assunto 3 - A influência da política, das 
crenças e da economia na ética de uma 
sociedade.;
CONCEITO E MODELOS DE ÉTICA – AULA1
ÉTICA NA SAÚDE
Explorando o tema
Para saber mais sobre o assunto, acesso o link:
http://www.notapositiva.com/resumos/filosofia/moraletica.htm
E veja a diferença entre ética e moral!
Bons estudos!!!
ÉTICA NA SAÚDE
Aula 2- Bioética – História e princípios básicos
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 1 - A origem histórica e 
filosófica da bioética;
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 2 – Os critérios que 
definem os aspectos práticos da 
bioética;
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 3 – princípios básicos que 
fundamentam a bioética;
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
ASSUNTO 1 – A ORIGEM HISTÓRICA E FILOSÓFICA DA BIOÉTICA
As bases filosóficas da Bioética
começaram a ser mais bem definidas
após a Segunda Guerra Mundial,
quando o mundo ocidental, chocado
com as práticas nazistas executadas
pretensamente em nome da ciência,
cria um código ético para normatizar
os estudos e experiências relacionados
a seres humanos.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Deste episódio, fortalece-se também a ideia de que
a ciência (ou qualquer outra forma de progresso)
não pode ser mais importante que o homem.Assim,
tecnologias e desenvolvimento técnico devem ser
controlados para acompanhar a consciência da
humanidade sobre os efeitos que eles podem ter,
nos indivíduos, no mundo e na sociedade.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Oficialmente, o registro
inicial do termo
“Bioética” deu-se em
1971, no livro "Bioética:
Ponte para o Futuro", do
biólogo e oncologista
americano Van R. Potter.
BIOS = VIDA
+
ETHOS = 
RELATIVO À 
ÉTICA
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Em sua origem, o termo é a conjugação das
palavras gregas bios (vida) + ethos (relativo à ética)
e sua concepção compreende o campo disciplinar
compromissado com o conflito moral na área da
saúde e da doença dos seres humanos e dos animais
não humanos.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
O objetivo primordial da Bioética é discutir as questões
relativas à vida e a saúde, principalmente as que
surgiram a partir de inovações tecnológicas posteriores
aos debates éticos tradicionais, sob um enfoque
humanista e assim, evitar que estes debates se
restrinjam a aspectos puramente tecnicistas,
esquecendo-se de que tratamos de aspectos delicados e
extremamente complexos.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Não se poderia admitir que aspectos como os
provocados pelas controvertidas questões do aborto e
da eutanásia, ou as discussões cada dia mais prementes
acerca da biossegurança, da biotecnologia e muitos
outros associados, fossem discutidos sob o prisma de
antigas abordagens (muitas vezes preconceituosas ou
simplesmente dogmáticas) e sem uma análise
transdisciplinar mais ampla.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Por isso, a Bioética engloba áreas que
abarcam aspectos práticos e normativos,
através do biodireito e aspectos teóricos e
filosóficos, através do biopoder.
*
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
ASSUNTO 2 – OS CRITÉRIOS QUE DEFINEM OS ASPECTOS 
PRÁTICOS DA BIOÉTICA
A ética industrial decorrente da disseminação de
valores capitalistas e da incessante busca por mais
desenvolvimento tecnológico, estabeleceu nas
sociedades ocidentais uma ideologia chamada de teoria
utilitarista, através da qual a vida humana passa a ser
concebida como objetivando a maximização da
qualidade.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Com isso, o debate ético sobre a sacralidade da
vida humana começa a perder sentido em
detrimento do quanto pode ser feito para que as
pessoas em geral vivam mais e melhor.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
John Finnis e outros estudiosos da ética e da bioética
que se contrapunham a esta abordagem, argumentam
que a questão da maximização do prazer (ou da
qualidade de vida) não pode se impor (como uma
equação matemática) eticamente a aspectos morais e a
valores mais amplos do que o prazer.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Segundo estes autores, temas como o aborto ou a
eutanásia, não podem ser moralmente debatidos
em termos de satisfatoriedade ou qualidade de
vida. Ou, em outras palavras, não podemos
sustentar a defesa do aborto simplesmente pelo
fato de que a gestante se priva de situações ou
gratificações em função da gravidez.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
O que Finnis irá propor é uma Bioética
fundamentada em aspectos filosóficos mais
clássicos e moralmente sustentáveis.
Para solucionar questões éticas práticas,
decorrentes de conflitos e controvérsias da
interação humana e de suas práticas médicas ou
científicas, a bioética se fundamenta em uma
tríplice atuação:
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
(1) Descritiva, voltada para a descrição e análise destes
conflitos;
(2) Normativa, com relação a tais conflitos, no duplo
sentido de proscrever os comportamentos que podem ser
considerados reprováveis e de prescrever aqueles
considerados corretos;
(3) Protetora, no sentido de amparar, na medida do
possível, todos os envolvidos em alguma disputa de
interesses e valores, priorizando, quando isso for
necessário, os mais “fracos”.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO
A Bioética atua de modo a solucionar questões práticas
decorrentes de intervenções médicas e científicas sobre o
ser humano. Esta atuação se divide em três tipos distintos
de procedimentos. São eles:
Descritivo – Voltado para a descrição e análise dos conflitos
produzidos pela interação entre o ser humano e as práticas
científicas.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO
Normativo – Direcionado para a prescrição de
procedimentos médicos e científicos corretos e pela
proibição de procedimentos reprováveis eticamente.
Protetor – Atua de modo a proteger os envolvidos em algum
tipo de disputa de interesses e valores, priorizando a defesa
da parte mais fraca.
Associe os exemplos a seguir com um desses
procedimentos
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO
Que tipo de procedimento é este?
O Conselho Federal de Medicina (CFM), através da
Resolução nº 1.956/2010, publicada no dia 25 de outubro
no Diário Oficial da União, determinou que médicos não
poderão indicar para seus pacientes marcas de órteses,
próteses ou materiais implantáveis. O conselheiro Antônio
Pinheiro, coordenador da comissão que elaborou a
resolução, explicou que o objetivo é reduzir os conflitos
existentes entre médicos e operadoras de planos de saúde,
e também com instituições públicas, quando da indicação
de uso desses materiais.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO:
Resposta: NORMATIVO
Porque é direcionado para a prescrição de 
procedimentos médicos e científicos corretos e pela 
proibição de procedimentos reprováveis 
eticamente. 
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO:
Que tipo de procedimento é este?
O número de processos por erro médico recebido pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ) mais que triplicou nos
últimos seis anos. De 2002 até o fim do ano passado, o
volume de ações passou de 120 para 398, segundo a
Assessoria de Imprensa do tribunal. No total, tramitam no
STJ atualmente 471 casos, a maioria questionando a
responsabilidade exclusiva do médico e não das instituições.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO:
Resposta: PROTETOR
Porque atua de modo a proteger os envolvidos em 
algum tipo de disputa de interesses e valores, 
priorizando a defesa da parte mais fraca. 
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO:
Divulgar melhor a Declaração Universal sobre a Bioética
adotada pela Unesco em 2005 foi uma das maiores
preocupações manifestadas pelo Comitê Internacional de
Bioética reunido entre os dias 26 e 27 de outubro, em
Paris.Durante dois dias, representantes dos 36 países que
compõem o Comitê discutiram os relatórios elaborados por
grupos de trabalho em torno de três temas: a vulnerabilidade
humana e integridade pessoal, a clonagem humana e
governança internacional e as implicações éticas da prática da
chamada medicina tradicional.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
APLICANDO O CONHECIMENTO:
Resposta: DESCRITIVO
Porque é voltado para a descrição e análise dos 
conflitos produzidos pela interação entre o ser 
humano e as práticas científicas. 
*
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
ASSUNTO 3 – PRINCÍPIOS BÁSICOS QUE FUNDAMENTAM A 
BIOÉTICA
A Bioética se sustenta em alguns conceitos básicos:
1. O princípio do duplo efeito: uma situação frequente é a
ocorrênciade uma determinada ação que acarreta em dois
efeitos concomitantes, um bom e outro mau. Apesar de
buscarmos o primeiro resultado, ele sempre trás consigo um
efeito colateral indesejável, porém inseparável.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
O que fazer nestas situações? Desistir do efeito positivo
em função do colateral ou aceitar os danos como
consequências de um fim positivo? Como decidir sobre o
que irá pesar mais? O principio do duplo efeito foi
elaborado para estabelecer as condições pelas quais
considera-se ética uma ação boa que promove efeitos
negativos.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
A primeira destas condições se refere ao fato de que a
ação em si, não deve ser má. Isto significa dizer que o
mal não pode ser meio para produção do bem, assim
como um ato mau não pode ser moralmente aceito
mesmo que produza benefícios. Desta forma, as
consequências de um ato são diferentes do ato em si.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
O efeito negativo é aceito eticamente como
consequência de um ato bom, mas nunca aceito
como ato (negativo) em si. É apenas a reprodução
do conceito moral tradicional pelo qual “o fim não
justifica os meios”.
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ÉTICA NA SAÚDE
A segunda condição diz respeito à existência de uma
proporcionalidade entre os efeitos colaterais negativos
e os benefícios decorrentes da ação. Os benefícios
precisam ser maiores do que os malefícios da ação. Um
ato no qual os efeitos negativos sejam muito maiores
do que o bem que ele possa acarretar não pode ser
moralmente aceitável.
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ÉTICA NA SAÚDE
Naturalmente que sempre haverá subjetividades e
discordâncias relativas a esta avaliação de
proporcionalidade, mas uma ação ética implica
necessariamente nesta análise e (sempre que
possível) em um consenso de valor entre as partes
envolvidas.
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ÉTICA NA SAÚDE
2. O princípio da totalidade: Este princípio se origina
do sistema psicológico da Gestalt que sustenta que “o
todo é mais do que a soma de suas partes”. Assim, as
partes do corpo não podem ser compreendidas de modo
dissociado da unidade física. Em outras palavras, isso
significa dizer que não podemos dispor das partes de
nosso corpo sem analisarmos o que isso irá promover
em termos da preservação de nossa saúde geral.
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ÉTICA NA SAÚDE
A amputação de um órgão ou parte do corpo, por
exemplo, precisa ser justificada em função de um dano
permanente que não possa ser alterado e que implique
em prejuízos para a saúde geral do corpo. Ou, em
situações de doação a terceiros, o quanto esta remoção
irá ou não afetar as condições de saúde geral do doador
(em termos de proporcionalidade ao bem produzido ao
outro).
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ÉTICA NA SAÚDE
3. Meios ordinários e extraordinários de tratamento:
Um procedimento padrão no tratamento de alguma
enfermidade se traduz pela aplicação de medicamentos
ou processos terapêuticos já amplamente testados, de
acesso disponível e que possuem eficácia comprovada
na produção de resultados. Este tipo de procedimento,
chamamos de meios ordinários (comuns).
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ÉTICA NA SAÚDE
Existem, no entanto, situações em que estes
procedimentos não logram êxito, nestes casos, é
preciso lançar mão de procedimentos que ao contrário
dos primeiros, são muitas vezes caros, produzem
efeitos colaterais indesejáveis e ainda assim, não tem
sua eficácia plenamente comprovada. São os chamados
meios extraordinários.
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ÉTICA NA SAÚDE
Esta distinção é decorrente de uma condição temporal, na
medida em os avanços tecnológicos rapidamente podem
transformar um meio extraordinário em ordinário. Esta
avaliação, mesmo que sabidamente relativa ao momento
presente, é extremamente importante do ponto de vista
ético, na medida em que só se justifica a aplicação de um
meio extraordinário se os meios ordinários já tiverem sido
tentados e demonstrados sua ineficácia no caso em questão.
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ÉTICA NA SAÚDE
4. Justiça: Critérios de justiça estão diretamente
associados aos aspectos éticos e não poderiam deixar
de estar, também, vinculados à Bioética. A justiça é o
conceito pelo qual cada um deve receber o que lhe é
merecido por direito ou pela ação de seus atos. Assim,
casos semelhantes devem ser tratados de modo
semelhante e casos diferentes tratados de modo
diferenciado.
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ÉTICA NA SAÚDE
Dentre os padrões de aplicação dos critérios de justiça,
temos a chamada justiça comutativa, que define padrões
relativos à equidade nos mais variados tipos de trocas ou
relações comerciais como, por exemplo, as formas de
determinação de preços e salários. Temos a justiça
retributiva que estipula sanções legais para a violação das
leis e que determina os meios de garantia que o que é
devido seja pago ou restituído.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
E temos, ainda, a justiça distributiva que regula a partilha
de bens e benefícios sociais, garantindo a cada um o que lhe
é devido na distribuição de um todo. Todos estes aspectos
estão intrínsecos na aplicação da Bioética, mas a justiça
distributiva, em particular, tem se demonstrado uma área
bastante sensível, na medida em que a obtenção de
recursos de saúde interfere diretamente em muitas
questões e problemas inerentes à Bioética.
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ÉTICA NA SAÚDE
5. Santidade da vida humana: Como vimos, quando
John Finnis se opõe à ética industrial, o objetivo
central de sua crítica se localizava na restauração do
conceito de sacralidade da vida humana. Não
precisamos, necessariamente, considerar esta
concepção sob um ângulo religioso, mas é importante
percebemos que a vida é o valor maior a ser
preservado.
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Desta forma, qualquer intervenção ou interferência
produzida sobre ela, precisa obrigatoriamente ser
avaliada em termos éticos e morais e deve ter o sentido
de sacralidade como paradigma central de suas
considerações. Muitos autores preferem o uso do termo
dignidade da vida humana para se reportar a este
sentido (em oposição ao sentido de santidade da vida).
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Mais importante do que o termo utilizado ou o sentido
filosófico dado, é a consciência da necessidade de
respeito e preservação na aplicação de ações e direitos
associados a este valor.
Daniel Callahan identificou cinco elementos críticos no
conceito de santidade (ou dignidade) da vida humana:
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ÉTICA NA SAÚDE
1) Sobrevivência da espécie humana.
2) Preservação das linhas familiares.
3) O direito dos seres humanos terem proteção de seus
companheiros.
4) Respeito por escolhas pessoais e autodeterminação,
que inclui integridade mental e emocional.
5) Inviolabilidade corporal: Meu corpo, com seus
órgãos, sou eu mesmo.
*
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
▪ Assunto 1 - A origem histórica e 
filosófica da bioética;
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
▪ Assunto 2 – Os critérios que 
definem os aspectos práticos da 
bioética;
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ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
▪ Assunto 3 – princípios básicos que 
fundamentam a bioética;
BIOÉTICA – HISTÓRIA E PRINCÍPIOS BÁSICOS – AULA2
ÉTICA NA SAÚDE
Explorando o tema
Para saber mais sobre o assunto, acesso o link:
http://www.ghente.org/bioetica/
Bons estudos!!!
ÉTICA NA SAÚDE
Aula3- Avaliação de riscos e benefícios em
Pesquisas biomédicas
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 1 –O histórico do controle 
de pesquisas envolvendo seres 
humanos;
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 2 – As pesquisas 
biomédicas
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 3 – Os procedimentos de 
avaliação de riscos e benefícios 
nas pesquisas em seres humanos 
a luz dos princípios éticos;
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ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 1 –O histórico do controle de pesquisas 
envolvendo seres humanos
Surgimento da pesquisa biomédica:
Como vimos na aula anterior, em consequência dos
abusos criminosos promovidos por experimentações
nazistas no decorrer da Segunda Grande Guerra surgiu a
Bioética, uma nova concepção ética voltada de modo
mais direto aos aspectos associados à saúde e às
pesquisas científicas que envolvessem seres humanos.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Uma das consequências impostas aos criminosos nazistas ao
fim da guerra foi o chamado julgamento de Nuremberg.
Mundialmente conhecido, este foi constituído por um
tribunal militar internacional que efetuou os julgamentos
dos primeiros criminosos de guerra (dentre eles 20 médicos)
e ocorreu entre 1945 e 1946 na cidade alemã de
Nuremberg. Em função deste julgamento, foi elaborado em
1947, o chamado Código de Nuremberg.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Objetivando eliminar 
futuros episódios 
semelhantes aos 
praticados pelos nazistas, 
o código de Nuremberg 
surge como um 
importante marco na 
história da ética 
envolvida em pesquisas 
médicas. 
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Em síntese, ele determinava que deveria haver
consentimento prévio e voluntário de todos os
sujeitos envolvidos em pesquisas e para garantir
que não haveria indução à participação, os
sujeitos deveriam receber informações sobre
riscos, objetivos e procedimentos experimentais.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Determinava também que toda pesquisa deveria
apresentar a possibilidade de resultados não
alcançáveis por outros procedimentos não invasivos e
exigia a realização de experimentos anteriores em
animais.
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Esta foi a primeira legislação moderna que visou o
controle sobre atuações científicas de riscos em seres
humanos.
Quase vinte anos depois, em 1964, foi criado pela
Associação Médica Mundial, um novo e mais elaborado
documento, conhecido pelo nome de Declaração de
Helsinque.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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A Declaração passou no decorrer dos anos por diversas
alterações e revisões, tendo sido a última, até o momento,
efetuada em 2008, na 59ª Assembleia Médica Mundial,
realizada em Seul na Coreia do Sul. A Declaração de
Helsinque é considerada o mais atual e importante
documento mundial sobre a ética em pesquisas na área da
saúde e tem servido como base para quase que a
totalidade de todos os procedimentos regulatórios sobre
pesquisa biomédica.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Este documento foi dividido em três partes
principais:
▪ Princípios básicos
▪ Pesquisa médica combinada com cuidados
profissionais
▪ Pesquisas biomédica não terapêutica envolvendo
serres humanos
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Nos princípios básicos a declaração procura seguir os
princípios gerais da Bioética, ressaltando os aspectos
morais envolvidos nos procedimentos e experimentos
científicos e na necessária proporcionalidade entre os
riscos envolvidos e os benefícios advindos destas
pesquisas.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Na parte referente à pesquisa clínica combinada
com o cuidado profissional, o documento aborda a
possibilidade da aplicação de meios extraordinários
de tratamento (pesquisas experimentais) desde que
previamente consentidos e que a pesquisa traga
perspectiva de reversão da patologia do próprio
paciente.
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ÉTICA NA SAÚDE
No que diz respeito à pesquisa clínica não terapêutica,
a declaração de Helsinque obriga o médico pesquisador
a se responsabilizar pela saúde do paciente no qual os
procedimentos experimentais são efetuados e considera
que, apesar do necessário consentimento explicito,
consciente e plenamente justificado do paciente, a
responsabilidade sobre danos ou consequências é
sempre do médico pesquisador.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Podendo ainda o sujeito, objeto da pesquisa, cancelar seu
consentimento ou solicitar seu encerramento a qualquer
momento.
Cidade de Helsinque
Estes princípios tratam da
necessidade de serem seguidos
critérios científicos aceitos pela
comunidade científica internacional
e da revisão ética e científica de
toda pesquisa envolvendo seres
vivos.
*
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 2 – As pesquisas biomédicas
O primeiro documento brasileiro a tratar das questões éticas
sobre pesquisas em seres humanos foi elaborado em 1988.
Tratava-se da Resolução nº 1 do Conselho Nacional de Saúde
(CNS) que regulamentava o credenciamento de centros de
pesquisa e recomendava a criação de comitês de ética nas
instituições de saúde (CEP’s). 
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Estes comitês multidisciplinares têm com função analisar as
pesquisas em seres humanos nas diversas áreas de
conhecimento, bem como fomentar a discussão sobre
Bioética. 
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Com a crescente discussão ética mundial, no
entanto, a Resolução 01/88 mostrou-se ainda
incipiente e para complementá-la surgiu, oito anos
após, um novo documento nacional abordando os
aspectos éticos em pesquisa. A Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Este novo documento, que é ainda hoje a
legislação regulatória geral vigente neste aspecto,
nasceu de um amplo debate entre a comunidade
científica e representantes da sociedade civil, e
foi elaborado pelo Ministério da Saúde com o
intuito de normatizar as diretrizes de todas as
pesquisas que envolvessem seres humanos no
território nacional.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Tomando por base os documentos internacionais e
igualmente centrada nos princípios gerais da
Bioética, a Resolução 196/96 instala ainda a
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP),
instância colegiada, de natureza consultiva,
deliberativa, normativa, educativa e independente,
vinculada ao Conselho Nacional de Saúde.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Como instância superior e reguladora dos CEP’s, a
CONEP é composta por 13 membros sendo cinco
personalidades destacadas no campo da ética e
saúde e oito personalidades de atuação em outras
áreas. Atualmente, qualquer pesquisa só
consegue publicação nas revistas científicas
nacionais ou internacionais, após aprovação
prévia dada por um comitê de ética institucional.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
O objetivo maior de todos estes documentos
citadosé assegurar os direitos à integridade e à
preservação da dignidade dos pacientes envolvidos
em pesquisas e regulamentar os deveres e
responsabilidades da comunidade científica e do
Estado, na medida em que a existência de riscos é
uma característica inerente às pesquisas em seres
humanos.
*
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 3 – Os procedimentos de avaliação de riscos e 
benefícios nas pesquisas em seres humanos a luz dos 
princípios éticos
A classificação ou definição precisa do conceito de
risco é sempre algo controverso e que implica em
aspectos subjetivos e muitas vezes culturais ou
ideológicos.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
A antiga Resolução 01/88 classificava os riscos de uma
pesquisa em risco mínimo e risco maior que mínimo, mas a
Resolução 196/96 ao revogar a anterior, eliminou esta
classificação e faz uma assertiva mais geral ao determinar,
em sua parte V – RISCOS E BENEFÍCIOS, que “considera-se que
toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco”.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Complementa ainda, definindo que os danos podem
ser imediatos ou tardios e individuais ou coletivos.
Desta forma, estabelece o entendimento de risco
como a possibilidade de dano (previsto ou não) ao
sujeito da pesquisa ou, indiretamente, à
coletividade como consequência da mesma.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Em maior ou menor grau, estes riscos só se tornam
aceitáveis quando a finalidade da pesquisa o
justificar pelos seguintes critérios básicos:
•Se a pesquisa oferecer elevada possibilidade de
entendimento, prevenção ou alívio do problema que
afeta o sujeito.
•Se o benefício esperado for de grande importância
ou se o benefício for igual ou maior que o de outra
alternativa já conhecida.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Assim, percebe-se a direta correlação 
estabelecida na relação risco x 
benefício ao paciente ou à sociedade.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Outro importante aspecto a ser considerado, diz respeito ao
fato de que nem sempre estamos cientes de todos os riscos
envolvidos em um procedimento. Em 1994, no livro Éticas
da Pesquisa Científica, a Dr.ª Kristin Sharder-Frechette fala
sobre o Princípio da Precaução, ressaltando que não se
pode considerar como inexistente um risco desconhecido,
ou seja, do qual não temos ainda as possíveis dimensões de
sua ocorrência. Por isso, procedimentos de análise prévia e
prevenção de riscos são tão importantes em pesquisas
científicas.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) ou
simplesmente Rio 92, como ficou mais conhecida,
ocorreu na Cidade do Rio de Janeiro, no ano de
1992 e dentre outros aspectos voltados para o
desenvolvimento sustentável estabeleceu um
documento, chamado Agenda 21, no qual foi
formalmente retomado o antigo preceito grego
conhecido como Princípio da Precaução.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
•Seu sentido original, reporta-se ao cuidado
necessário para que seja possível antecipar danos à
saúde ou à segurança das pessoas.
•Retomado como um principio do direito ambiental,
este conceito, no entanto, aplica-se a qualquer
forma de análise de riscos referentes a atividades
científicas e tecnológicas que envolvam a
possibilidade de danos às pessoas.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Segundo este conceito, mediante a ausência
de certeza científica da inexistência de
riscos de danos, devem ser tomadas todas as
medidas necessárias na prevenção de efeitos
indesejáveis.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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Especificamente quando falamos de intervenções
clínicas ou científicas em saúde, estes efeitos
indesejáveis recebem o nome de “eventos
adversos”. EAs são definidos como complicações
indesejadas decorrentes do cuidado prestado aos
pacientes, não atribuídas à evolução natural da
doença de base”.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Estes eventos podem ou não ser decorrentes de erros
ou ocorrer como consequências diretas das
intervenções sobre o sujeito. Reduzir sua ocorrência é,
além da principal função da aplicação do Princípio da
Precaução, uma preocupação constante em
profissionais eticamente comprometidos e uma das
atribuições básicas dos CEP’s.
*
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
Quando pensamos em proteção e/ou prevenção de
riscos em pesquisas com seres humanos, em geral,
consideramos prioritariamente os sujeitos da pesquisa,
mas não podemos nos esquecer que, em muitos casos,
também os pesquisadores são expostos a riscos e
precisam de proteção. Veja este caso que ficou
mundialmente famoso:
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
A química Karen E. Wetterhahn, do Dartmouth
College/USA, era uma pesquisadora de 48 anos que
pesquisava sobre os efeitos dos metais pesados sobre
moléculas e células. Durante um experimento, em agosto
de 1996, ela acidentalmente foi exposta ao
dimetilmercúrio, que é um composto incolor
extremamente tóxico, raramente utilizado.
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ATIVIDADE PROPOSTA
Esta substância era considerada como padrão de controle
nos testes que utilizam Ressonância Nuclear Magnética
para verificar a ligação entre moléculas. A Dra.
Wetterhahn era uma pesquisadora experiente e
meticulosa. Durante este experimento, uma pequena
quantidade desta substância respingou em sua luva de
látex, quando transferia o material para um equipamento
de Ressonância Nuclear Magnética.
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ATIVIDADE PROPOSTA
Como estava utilizando equipamento de segurança
recomendado, não deu maior importância ao fato.A
substância era permeável aos poros da luva e entrou em
contato com a sua pele em questão de segundos. Ela ficou
doente alguns meses após e faleceu em menos de um ano do
ocorrido. Após a sua morte, seus colegas iniciaram uma
série de testes e verificaram que o dimetilmercúrio
atravessa o látex das luvas descartáveis em menos de 15
segundos.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
Se consideramos o Princípio da Precaução, estudado
na aula, o que podemos aprender com este
lamentável episódio? Que procedimento não foi
respeitado e o que deveria ter sido feito que
poderia ter evitado esta morte trágica?
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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ATIVIDADE PROPOSTA – RESPOSTA:
O Princípio da Precaução determina que não podemos
considerar que uma ação não tenha riscos pelo fato
destes não terem sido avaliados e que, portanto, diante
da ausência de certeza cientifica confirmada da
inexistência de riscos, devem ser tomadas todas as
medidas necessárias no sentido de evitá-los.
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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ATIVIDADE PROPOSTA – RESPOSTA:
No caso em questão, como não se sabia a relação de
permeabilidade do composto estudado em relação ao
equipamento utilizado (luvas de látex), não deveria ter
sido suposto segurança e sim, feitos experimentos que
garantissem que o equipamento de fato protegia em
relação àquela substância.
*
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
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RESUMINDO
▪ Assunto 1 –O histórico do controlede pesquisas envolvendo seres 
humanos;
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
▪ Assunto 2 – As pesquisas 
biomédicas
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
▪ Assunto 3 – Os procedimentos de 
avaliação de riscos e benefícios 
nas pesquisas em seres humanos 
a luz dos princípios éticos;
AVALIAÇÃO DE RISCOS E BENEFÍCIOS EM PESQUISAS BIOMÉDICAS – AULA3
ÉTICA NA SAÚDE
Explorando o tema
Para saber mais sobre o assunto, acesso o link:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dire
trizes_operacionais_biomedicas.pdf
E veja as diretrizes operacionais para comitês de 
ética que avaliam pesquisas biomédicas.
Até a aula 4! Bons estudos!!!
ÉTICA NA SAÚDE
Aula 4- Transplante de órgãos e tecidos
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 1 – A noção de Direitos 
fundamentais do receptor e do 
doador. 
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 2 – A legislação e os
princípios éticos que regem os
transplantes de órgãos e tecidos.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 3 – Os critérios e 
caracterização de morte. 
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 4 – Transplantes e 
princípios éticos 
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 1 –A noção de Direitos fundamentais do 
receptor e do doador
Transplante de órgãos e tecidos
O transplante de órgãos e tecidos implica uma sequência
de eventos que, desde a doação até a efetivação do
transplante, abarca alguns direitos fundamentais
pertinentes ao doador e ao receptor.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Estes direitos estão associados ao direito à vida, à
formação dos direitos de personalidade, à
integridade física e ao direito ao corpo, em
particular, à liberdade de consciência e ao poder
de dispor do próprio corpo.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Os chamados direitos fundamentais estão de tal
forma relacionados à dignidade e aos direitos
essenciais da pessoa que são, inclusive, considerados
como cláusulas inatingíveis por diversas
constituições democráticas pelo mundo, ou seja, não
podem ser alterados por legislações.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
A questão dos transplantes frequentemente
tangencia questões éticas relativas à
experimentação no corpo humano, às decisões
políticas relacionadas com a saúde, e, em sentido
mais amplo provocam debates sobre estes
direitos fundamentais.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Estes debates estão
associados a aspectos
que vão desde a origem
dos órgãos e tecidos,
até a forma de
obtenção e ao tipo de
procedimento realizado
para o transplante.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
CURIOSIDADE
O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de
transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548
estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas
autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de
Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio
das Centrais Estaduais de Transplantes.
*
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 2 – A legislação e os princípios éticos que 
regem os transplantes de órgãos e tecidos 
A política Nacional de Transplantes de órgãos e tecidos
está fundamentada na Legislação (Lei nº 9.434/1997 e
Lei nº 10.211/2001), tendo como diretrizes a gratuidade
da doação, a beneficência em relação aos receptores e
não maleficência em relação aos doadores vivos.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Estabelece também garantias e direitos aos pacientes
que necessitam destes procedimentos e regula toda a
rede assistencial através de autorizações e
reautorizações de funcionamento de equipes e
instituições. Toda a política de transplante está em
sintonia com as Leis nº 8.080/1990 e nº 8.142/1990, que
regem o funcionamento do SUS.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4
ÉTICA NA SAÚDE
Qual a origem dos órgãos destinados a transplantes?
Existem basicamente três fontes de órgãos e tecidos
utilizáveis. Este material pode ser coletado de:
Animais: neste caso chamamos de xenotransplantes.
Seres humanos vivos: são os chamados alotransplantes
intervivos.
Seres humanos mortos: que chamamos de alotransplantes
de doador cadáver.
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ÉTICA NA SAÚDE
Os xenotransplantes, por enquanto, são apenas uma
possibilidade teórica.
•Muitos estudos vêm sendo realizados no sentido de
transplantar órgãos e tecidos entre espécies
distintas.
•Os defensores desta técnica ressaltam os
argumentos de que esta possibilidade diminuiria
muito o tempo de espera por órgãos e muitas vidas
poderiam ser salvas.
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•Há, no entanto uma série de dificuldades técnicas
que ainda precisam ser vencidas. A principal delas
se refere às rejeições e à possibilidade de
transmissão de vírus não humanos para os
receptores.
•Além destas, há ainda aspectos éticos envolvidos
como o direito ou não de humanos em utilizar-se de
animais para fins de retirada de órgãos.
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O alotransplante intervivos, naturalmente implica na
utilização de órgãos e tecidos específicos e na
necessidade de respeitar-se ao preceito ético da não
maleficência do doador.
Isto é, não podemos promover uma doação se a mesma
produzir no doador algum tipo de dano ou prejuízo a
sua saúde geral. Estes aspectos já estavam dispostos na
Lei 9.434/97 (Lei dos Transplantes) que estabelece em
seu capítulo III, parágrafo 3, que:
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“Só é permitida a doação referida neste artigo quando se
tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou
partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do
doador de continuar vivendo sem risco para a sua
integridade e não represente grave comprometimento de
suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação
ou deformação inaceitável, e corresponda a uma
necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à
pessoa receptora.”
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O alotransplante de doador cadáver é de fato o
mais comumente utilizado para a grande maioria
dos casos e a principal questão ética envolvida diz
respeito ao critério de morte, na medida em que
esta precisa ser atestada para que se promova a
remoção do órgão.
*
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Assunto 3 – Os critérios e caracterização de morte
O Conselho Federal de Medicina, através da Resolução
CFM 1480/97, alterou o critério de morte que
anteriormente estava vinculado à falência
cardiorrespiratória para a morte encefálica,
possibilitando com isso, grande avanço na viabilidade e
efetividade das doações. Assim, neste tipo de doação
por cadáver, a questão, hoje, resume-se praticamente
à forma de obtenção dos órgãos.
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Neste aspecto, a questão ética mais premente, se
refere ao questionamento da prevalência e
manutenção da voluntariedade e da
espontaneidade no ato de doar ou se considerar o
princípio pelo qual o bem-comum está acima da
vontade individual e, consequentemente, se aceita
a apropriação de órgãos de cadáveres.
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No bojo desta questão, reside o questionamento
acerca do fato de sermos ou não donos de nosso
corpo. O que pode não ser uma questão tão simples
quanto parece como vimos em nossa aula 2 nos
princípios éticos da santidade da vida e da
totalidade.
TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS – AULA4ÉTICA NA SAÚDE
Ser dono implica na relação de posse o que, a
princípio, só se estabelece em relação a coisas
(objetos) e em poder dispor destes objetos em
função exclusivamente de sua vontade. Não é assim
que o corpo é concebido atualmente. As partes do
corpo não podem ser dissociadas na noção integral
de pessoa. Pertencem ao conjunto da nossa
identidade. Não são coisas e muito menos podem ser
utilizadas independentes da vontade.
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As formas de obtenção de órgão são comumente
distribuídas pelas seguintes modalidades:
•Doação voluntária
•Consentimento presumido
•Manifestação compulsória ou abordagem de
mercado
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A doação voluntária é aquela realizada através da
vontade expressa do doador quando em vida.
•Até 1997, no Brasil, os órgãos só poderiam ser
utilizados se a pessoa tivesse assim procedido.
•A partir daquele ano, a legislação brasileira
substituiu a doação voluntária pelo consentimento
presumido.
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• Por esta modalidade presume-se que todo
cidadão é um doador em potencial a menos que
tenha expressado vontade contrária.
• Assim, se não há manifestação explicita da
negativa de doação, as equipes de saúde podem
proceder a retirada dos órgãos.
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1998 - medida provisória
2001 - promulgada Lei 10.211/2001(que alterou alguns dos
dispositivos da Lei dos transplantes original de 1997)
2007 - Lei 11.633 que incluiu um artigo na lei original sobre
o direito a informação sobre os benefícios da doação de
placenta e sangue do cordão umbilical.
A legislação brasileira substitui o critério de doação
voluntária pelo do consentimento familiar, onde o cônjuge
ou parente na linha sucessória assume a responsabilidade
pela autorização da doação.
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As duas demais modalidades, representam apenas
propostas ainda não amplamente debatidas.
A chamada manifestação compulsória defende o conceito
de que todo cidadão deve fazer formalmente a opção
entre ser ou não um doador e a abordagem de mercado
defende a possibilidade de incentivos financeiros à
família do doador como forma de estimular as doações
voluntárias.
*
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Assunto 4 - Transplantes e princípios éticos
De modo geral, podemos resumir os aspectos vinculados à
questão da doação de órgãos a um conjunto de princípios
éticos gerais, nos quais, se vinculam intrinsecamente as
questões dos transplantes. São eles:
•Princípio da intangibilidade corporal
•Princípio da solidariedade
•Princípio da totalidade
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O princípio da intangibilidade corporal associa de modo
absoluto o corpo à identidade pessoal, e assim, estende ao
corpo do indivíduo (e às suas partes) os mesmos princípios
de dignidade e indisponibilidade por terceiros que regem os
direitos da pessoa. O sentido de integridade, portanto, fica
compreendido sob a perspectiva da integridade pessoal
ampla, não sendo possível separar o “eu físico” do psíquico,
compondo ambos uma única identidade. Assim, intervenções
no corpo são sempre interpretadas como intervenções na
integridade pessoal.
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O princípio da solidariedade, que considera que o ato
de doar órgãos inclui-se na possibilidade que os
indivíduos têm de sacrificar sua individualidade em
detrimento do bem da comunidade (de outros),
desde que estas doações não impliquem em
comprometimento da vida ou da saúde geral da
pessoa.
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O princípio da totalidade (já visto na aula 2), que entende o
corpo como uma unidade, sendo cada parte do mesmo
avaliada de acordo com o todo. Assim, cada parte (membro,
órgão ou função), só pode ser sacrificada em função da
unidade do corpo, ou seja, desde que isso seja útil para o
bem-estar de todo o organismo ou que em caso de doação a
terceiros, não comprometa a integridade geral.
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A estes princípios éticos gerais, somam-se ainda
aspectos específicos que se traduzem em princípios
do biodireito próprios para as situações de
transplantes. Dentre eles, destacam-se:
•Princípio da autonomia
•Princípio da confidencialidade
•Princípio da gratuidade
•Princípio da não discriminação
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• O princípio da autonomia, pelo qual qualquer
coleta de tecidos ou órgãos tem de passar pelo
consentimento do doador.
• O princípio da confidencialidade, pelo qual se
preserva o direito do indivíduo doador em decidir
qual a informação sua que autoriza a veiculação ao
receptor e qual quer manter em anonimato.
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•O princípio da gratuidade, que estabelece que o
órgão ou tecido apenas poderá ser dado e nunca
vendido, visto que não se trata de objetos e sim
partes da própria individualidade.
•Há, ainda, o princípio da não discriminação, em
que a seleção dos receptores só pode ser feita
mediante critérios médicos.
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O Ministério da Saúde, através do Sistema Nacional de
Transplantes, estabeleceu na Portaria n.º 3.407 de 5 de
agosto de 1998 o chamado sistema de lista única. Este
sistema informatizado integra toda rede de saúde
nacional e segue critérios de distribuição específicos
para cada tipo de órgão ou tecido, alocando cada
receptor em função de sua posição na lista de espera
pelos critérios próprios do órgão ou tecido ao qual se
candidatou.
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A alocação dos órgãos para transplante deve ser
feita em dois estágios. “O primeiro estágio deve ser
realizado pela própria equipe de saúde,
contemplando os critérios de elegibilidade, de
probabilidade de sucesso e de progresso à ciência,
visando à beneficência ampla.
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O segundo estágio, a ser realizada por um Comitê de
Bioética, pode utilizar os critérios de igualdade de
acesso, das probabilidades estatísticas envolvidas no
caso, da necessidade de tratamento futuro, do valor
social do indivíduo receptor, da dependência de outras
pessoas, entre outros critérios mais.
*
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ATIVIDADE PROPOSTA
Sabemos que um dos maiores entraves técnicos que
impedem os xenotransplantes (transplantes de
órgãos entre espécies diferentes) é, além da
infecção por vírus estranhos ao organismo humano,
o imenso risco de rejeição por parte do receptor.
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ATIVIDADE PROPOSTA
Pesquisas recentes demonstram que o organismo receptor
pode chegar a destruir o órgão implantado em menos de 24
horas. Assim, se seguirmos uma lógica simples, quanto maior
a semelhança biológica entre os seres, menor o risco de
infecções por vírus estranhos e menor também os riscos de
rejeição do organismo.
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ATIVIDADE PROPOSTA
PERGUNTA
Por que órgãos de porcos e não de macacos são testados
para transplantes em seres humanos?
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ATIVIDADE PROPOSTA – RESPOSTA
Isso ocorre porque há bastante semelhança física entre
suínos e seres humanos. "Anatomicamente, órgãos como o
fígado, o coração e o rim do porco são muito parecidos com
os nossos", diz o cirurgião hepático Sérgio Mies, da
Universidade de São Paulo (USP) e do hospital Albert
Einstein, em São Paulo.
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ATIVIDADE PROPOSTA
Outra vantagem é que os porcos chegam à fase adulta muito
mais rápido do que os macacos. Com apenas um ano, um
porco já tem entre 60 e80 quilos e pode ser doador,
enquanto gorilas, que têm órgãos com um tamanho próximo
ao do ser humano, só atingem a maturidade aos 7 anos -
sem contar que boa parte dos primatas está em risco de
extinção.
*
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Dica do Ministério da Saúde:
O passo principal para você se tornar um doador é conversar
com a sua família e deixar bem claro o seu desejo de ser
doador. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação de
órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da
morte encefálica. Em alguns casos, a doação em vida também
pode ser realizada, em caso de parentesco até 4ºgrau ou com
autorização judicial (não parentes).
Disque Saúde – Transplantes: 0800 61 1997 
E-mail: snt@saude.gov.br 
*
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RESUMINDO
▪ Assunto 1 – A noção de Direitos 
fundamentais do receptor e do 
doador. 
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RESUMINDO
▪ Assunto 2 – A legislação e os
princípios éticos que regem os
transplantes de órgãos e tecidos.
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RESUMINDO
▪ Assunto 3 – Os critérios e 
caracterização de morte. 
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RESUMINDO
▪ Assunto 4 – Transplantes e 
princípios éticos 
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Explorando o tema
Para saber mais sobre o assunto, acesso o link:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cf
m?id_area=1004
E saiba mais sobre a Política de Transplantes no 
Brasil
Até a aula 5! Bons estudos!!!
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Aula 5- ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA 
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 1 – A influência do
avanço das tecnologias com os
problemas éticos sobre
reprodução humana.
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 2 – Os principais 
conceitos sobre objetivos da 
reprodução e geração da vida.
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 3 – Alguns procedimentos 
e a legislação sobre reprodução 
assistida. 
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Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 4 – O aborto
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Assunto 1 – A influência do avanço das tecnologias com os 
problemas éticos sobre reprodução humana.
Sempre que a tecnologia avança, seja em que campo for,
ela trás consigo outros fatores paralelos à evolução do
conhecimento. O mais pragmático destes fatores está no
próprio uso destas novas tecnologias. Assim como o laser
pode ser usado para curar, pode também ser utilizado para
fins bélicos. Não podemos confundir a tecnologia em si,
com o uso que se fará dela.
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O fato é que novas tecnologias implicam em novas
ferramentas que podem alterar hábitos, eliminar ou
transformar comportamentos, inaugurar novas
possibilidades e uma série infindável de ações que
se transformam em função delas.
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Os frequentes avanços tecnológicos na área da saúde
se, por um lado, têm propiciado imensos benefícios
para a sociedade, por outro lado, têm também feito
surgir novos problemas e questões éticas a serem
discutidas e consideradas. Novas questões que
surgem a partir de novas possibilidades de
intervenção do homem sobre os fatos.
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Assim tem sido em relação às alternativas de
manipulação genética, no desenvolvimento de técnicas
de transplantes e também nos aspectos relacionados à
fertilização e reprodução humana.
Manipulação genética = está diretamente relacionada
com o processo de manipulação dos genes num
organismo. Geralmente envolvem o isolamento, a
manipulação e a introdução de DNA num denominado
“corpo de prova”.
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Estes procedimentos levantam não apenas questões
éticas individuais, relativas aos direitos da pessoa e ao modo
como pretendem se beneficiar destas tecnologias, mas
também nos incitam às questões relativas à saúde coletiva, na
medida em que, em geral, estas tecnologias vêm associadas a
novos instrumentos de diagnóstico e tratamento e, por isso,
implicam em princípios de justiça e alocação de recursos na
área de saúde que, normalmente são escassos e caros.
*
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Assunto 2 – Os principais conceitos sobre objetivos 
da reprodução e geração da vida.
As questões éticas envolvidas nos procedimentos 
ligados à reprodução humana abarcam uma série de 
aspectos, mas seu conceito básico é: o objetivo da 
reprodução é a geração da vida. 
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O que pode ser considerado “vida humana”?
Em que momento a vida biológica deve ser reconhecida
como pessoa?
Vida humana para a Igreja católica:
1987 - A Igreja Católica possui um extenso documento
intitulado “Instrução sobre o respeito à vida humana em
suas origens e a dignidade da procriação em resposta a
determinadas questões da atualidade” .
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Neste documento (Donum Vitae) datado de 1987, fica
formalmente estabelecido que, pela perspectiva da
Igreja, o início da vida humana se dá no momento em
que ocorre a fecundação.
2008 - Mais recentemente, em 2008, publica outro
documento sobre aspectos de Bioética ligados à
dignidade humana onde reforça este entendimento.
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A partir de 2008 considera como lícitas as
tecnologias de fertilização que auxiliam os casais a
procriarem desde que estas respeitem a preservação
do ato procriativo em si e considera moralmente
ilícitas as tecnologias que dissociam a procriação do
ato sexual como a criogenia ou a fecundação “in
vitro”.
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Além da perspectiva eclesiástica há ainda outros
critérios de abordagens mais direcionadas aos
aspectos do desenvolvimento embrionário. Alguns
destes critérios vinculam o início da vida humana:
•Ao início dos batimentos cardíacos (3 a 4 semanas).
•Ao surgimento da atividade do tronco cerebral (8
semanas).
•Ao início da atividade neocortical (12 semanas).
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•Ao surgimento dos movimentos respiratórios (20
semanas).
•Ao aparecimento do ritmo sono-vigília (28
semanas).
•Há ainda quem defenda que o ser humano se
caracteriza apenas a partir do surgimento da
consciência e do “comportamento moral” (18 a 24
meses pós-parto).
*
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Assunto 3 – Alguns procedimentos e a legislação 
sobre reprodução assistida 
Independente da questão da gênese do ser humano,
talvez o mais importante tema ético da atualidade no
que se refere à reprodução, seja mesmo o debate sobre
os procedimentos de reprodução assistida. J. Goldim
relata que desde o século XVIII já existem relatos
médicos sobre a tentativa de realização deste tipo de
intervenção.
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No entanto, apenas em 1978, com o nascimento de
Louise Brown (que ficou notoriamente conhecida
como o primeiro “bebê de proveta”) na Inglaterra,
as técnicas de fertilização “in vitro” chegaram ao
conhecimento do grande público e também
ganharam mais interesse nas pesquisas médicas
especializadas.
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O nascimento desta criança foi de tal importância para
o desenvolvimento cientifico e tecnológico na área da
saúde que foi instituído na Inglaterra, em 1981, um
comitê de investigação sobre fertilização humana e
embriologia, vinculado ao Ministério da Saúde britânico
com o objetivo de desenvolver um relatório sobre as
implicações éticas, sociais e legais provenientes da
utilização desta novabiotecnologia.
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O resultado deste comitê foi a publicação, três anos após
sua instalação, do chamado Relatório Warnock (em
referência a Mary Warnock, presidente do comitê). Grande
parte dos aspectos da Bioética e do Biodireito atuais é
pautada no texto deste relatório.
A partir da década de 90 as sociedades médicas mundiais
passaram a inserir diretrizes éticas relativas às tecnologias
de reprodução em suas normatizações.
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No Brasil, em 1992, o Conselho Federal de Medicina,
seguindo as mais avançadas legislações mundiais e
igualmente fundamentado no Relatório Warnock,
instituiu com a Resolução CFM 1358/92, as Normas
Éticas para Utilização das Técnicas de Reprodução
Assistida.
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Atualmente, está em vigor a Resolução CFM
1957/2010 que revoga a anterior (após 18 anos)
alterando alguns poucos aspectos, dentre os principais a
substituição do termo “pré-embriões” por “embriões” e
a introdução de um item que afirma que: “Não constitui
ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde
que haja autorização prévia específica do (a) falecido
(a) para o uso do material biológico criopreservado, de
acordo com a legislação vigente”.
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Uma série de ramificações temáticas de cunho ético
está associada, de modo mais ou menos direto à
questão da reprodução assistida. Existem aspectos
éticos vinculados ao:
Consentimento informado.
Seleção de sexo da criança.
A doação de espermatozoides, óvulos, embriões.
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A seleção dos embriões com bases na evidência da
possibilidade de doenças congênitas.
A maternidade substitutiva.
A clonagem.
A criopreservação de embriões.
E muitos outros.
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Ainda que em função de todos os avanços do
Biodireito, tenhamos hoje uma legislação bastante
rica em relação ao tema, as consequências éticas,
legais e mesmo tecnológicas da fertilização "in
vitro" ainda precisam ser bem melhor definidas em
muitos aspectos.
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A questão da doação de gametas, por exemplo:
A Resolução CFM 1957/10 institui que a doação
deve preservar o anonimato entre receptores e
doadores. O argumento principal é de que isso
evitaria problemas futuros relativos às situações
emocionais e legais com repercussões no
desenvolvimento psicológico da criança..
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Esta perspectiva, no entanto, também não é
consensual. Enquanto alguns especialistas
acreditam que ela permite aos pais criar seus filhos
exclusivamente em função de suas influências
socioculturais, outros discordam e afirmam que o
desconhecimento da origem genética interfere na
completa percepção de sua identidade pessoal.
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Em alguns países o anonimato não é obrigatório e
ainda assim, não há uma posição técnica definida em
relação aos benefícios ou não deste sigilo para o
desenvolvimento psicossocial da criança e/ou para o
acompanhamento clínico de futuros problemas
congênitos que venha a apresentar.
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Outra questão associada à reprodução assistida
envolve a possibilidade de gestação em casais
homossexuais femininos. A legislação autoriza que
mulheres utilizem sêmen doado para gestação
independente da existência de vínculo familiar
formal.
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Há, no entanto, intenso debate ético neste aspecto,
que envolve o conceito de família, a admissão do
casamento entre homossexuais e a equivalência de
procedimentos para adoção e fertilização. No Brasil,
assim como em muitos outros países, a adoção de
crianças por homossexuais tem sido admitida
legalmente, o que indica também a tendência à
aceitação da fertilização assistida para casais
homossexuais femininos.
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Desta forma, por uma perspectiva ética, seria lícito
estabelecer uma equivalência entre o que poderia
ser chamado, segundo Goldim, de “fertilização
legalmente assistida” (adoção) e a fertilização
assistida pela concepção médica de intervenção
clínica no processo.
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As questões éticas envolvidas seriam então,
fundamentalmente as mesmas:
•Até onde deve ir a intervenção do Estado em adoções ou
doações de gametas (espermatozoides e óvulos) feitas de
modo informal (algumas com forte apelo comercial)?
•É moralmente ética a seleção de características físicas das
crianças por parte dos futuros pais adotivos ou fertilizados?
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
A Resolução RDC nº 29 de 12 de maio de 2008, da ANVISA:
“Aprova o regulamento técnico para o cadastro nacional
dos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTG) e o
envio da produção de embriões humanos produzidos por
fertilização in vitro e não utilizados no respectivo
procedimento.
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Congresso Nacional PL 1184/2003 (trechos)
Art. 1º Esta Lei regulamenta o uso das técnicas de
Reprodução Assistida (RA) para a implantação artificial de
gametas ou embriões humanos, fertilizados in vitro, no
organismo de mulheres receptoras.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, atribui-se a
denominação de:
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
I – embriões humanos: ao resultado da união in vitro de
gametas, previamente à sua implantação no organismo
receptor, qualquer que seja o estágio de seu
desenvolvimento;
II – beneficiários: às mulheres ou aos casais que tenham
solicitado o emprego da Reprodução Assistida;
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
III – consentimento livre e esclarecido: ao ato pelo
qual os beneficiários são esclarecidos sobre a
Reprodução Assistida e manifestam, em documento,
consentimento para a sua realização, conforme
disposto no Capítulo II desta Lei.
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Art. 2º A utilização das técnicas de Reprodução Assistida será
permitida, na forma autorizada nesta Lei e em seus
regulamentos, nos casos em que se verifique infertilidade e
para a prevenção de doenças genéticas ligadas ao sexo, e
desde que:
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
I – exista indicação médica para o emprego da Reprodução
Assistida, consideradas as demais possibilidades terapêuticas
disponíveis, segundo o disposto em regulamento;
II – a receptora da técnica seja uma mulher civilmente capaz,
nos termos da lei, que tenha solicitado o tratamento de
maneira livre, consciente e informada, em documento de
consentimento livre e esclarecido;
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
III – a receptora da técnica seja apta, física e
psicologicamente, após avaliação que leve em conta sua
idade e outros critérios estabelecidos em regulamento;
IV – o doador seja considerado apto física e mentalmente,
por meio de exames clínicos e complementares que se façam
necessários.
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Parágrafo único. Caso não se diagnostique causa definida
para a situação de infertilidade, observar-se-á, antes da
utilização da Reprodução Assistida, prazo mínimo de espera,
que será estabelecido em regulamento e levará em conta a
idade da mulher receptora.
Art. 3º É proibida a gestação de substituição (barriga de
aluguel).
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ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 4 – O aborto
No sentido

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