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Pintura Automotiva 
 
 
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Centro Móvel de Formação Profissional 
© SENAI-SP, 2005. 
 
 
 
 
 
Coordenação Osney Seri 
Equipe de elaboração Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 
Projeto e revisão técnica Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 
Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 
 Alexandre Felske da Silva-CFP 1.13 
Elaboração Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 
Equipe de editoração 
Assistência Editorial 
Planejamento visual Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 
Revisão Paulo da Costa Hantke-CMFP 1.65 
Norma Lucia Barbosa-CFP 1.13 
Ilustração Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 
Diagramação 
Digitalização Luiz Fernando Gomes-CMFP 1.65 
Produção gráfica 
 
 
 
 
 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Centro Móvel de Formação Profissional 
Al. Barão de Limeira, 539 - 1º andar -Campos Elíseos 
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Sumário 
 
 
 
 
Lixamento............................................................................................................... 
Parâmetros de reparação....................................................................................... 
Processo de reparação.......................................................................................... 
Lixamento manual.................................................................................................. 
Tipos de defeitos.................................................................................................... 
Lixamento mecânico............................................................................................... 
07 
07 
07 
08 
08 
09 
Abrasivos................................................................................................................ 
Instruções de uso................................................................................................... 
Cuidados adicionais............................................................................................... 
Cuidados ambientais.............................................................................................. 
Prática operacional................................................................................................. 
13 
13 
14 
15 
16 
Limpeza e inspeção final........................................................................................ 
Limpeza manual..................................................................................................... 
Limpeza com ar comprimido.................................................................................. 
19 
19 
20 
Abrasivos para polimento....................................................................................... 
Tipos de abrasivos.................................................................................................. 
Poder de corte, (Abrasividade)............................................................................... 
21 
21 
21 
Equipamentos e acessórios para polimento........................................................... 
Tipos de equipamentos.......................................................................................... 
Manutenção............................................................................................................ 
Acessórios.............................................................................................................. 
23 
23 
24 
24 
Tipos de polimento................................................................................................. 
Manual.................................................................................................................... 
Modo operatório..................................................................................................... 
Mecânico................................................................................................................ 
Modo operatório..................................................................................................... 
27 
27 
27 
28 
28 
Remoção de defeitos de pintura ............................................................................ 
Quadro de aplicação.............................................................................................. 
31 
32 
Produtos para acabamento do polimento............................................................... 
Aplicação do líquido lustrador................................................................................. 
Técnicas de aplicação............................................................................................ 
33 
33 
34 
Limpeza de borrachas, plásticos e vidros.............................................................. 
Cuidados na limpeza.............................................................................................. 
Limpeza externa..................................................................................................... 
Limpeza interna...................................................................................................... 
35 
35 
35 
36 
Referências bibliográficas...................................................................................... 39 
 
 
 
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Apresentação 
 
 
 
 
 
 
 
Caro Aluno, 
 
Este curso tem como objetivo oferecer treinamento voltado à pratica e à simulação de 
situações vividas pelo profissional do ramo de pintura automotiva em seu ambiente de 
trabalho. 
Com o auxílio de informações adquiridas neste curso, você aprimorará seus 
conhecimentos em relação a polimento de retoques de pintura bem como de repinturas 
e, desta forma, melhorar a qualidade do serviço. 
 
Para isso, você receberá dicas importantes que o levarão a conhecer melhores 
técnicas de manuseio e aplicação dos produtos, com tecnologia avançada, além de 
ressaltar a importância da mão-de-obra treinada e qualificada. 
 
Lembre-se de que o sucesso advém de muito trabalho e dedicação. 
 
 
Bom proveito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lixamento 
 
 
 
 
 
 
 
PARÂMETROS DE REPARAÇÃO 
 
Definição 
 
Como o próprio nome diz, reparação automotiva é a arte de efetuar o reparo de algo já 
anteriormente construído. Embora sejam utilizados equipamentos e produtos de alta 
tecnologia, o trabalho de reparação é executado de forma quase artesanal 
(manufaturado). 
 
Usando como parâmetro o processo de pintura original de fábrica, notaremos algumas 
semelhanças com o processo de reparação feito nas oficinas. 
 
PROCESSO DE REPARAÇÃO 
 
01 – Limpeza da superfície; 
02 – Remoção de ferrugem (oxidação/corrosão), com lixamento e desoxidante; 
03 – Limpeza da peça com desengraxante; 
04 – Nivelamento da tinta nas áreas reparadas (lixamento / desbaste); 
05 – Nova limpeza (remoção de poeira e outras contaminações); 
06 – Aplicação de massas de reparação, se necessário: 
07 – Lixamento de massas a seco (manual / mecânico); 
08 – Nova limpeza com desengraxante; 
09 – Aplicação do fundo fosfatizante (Wash-primer) nas áreas de chapa nua; 
10 – Aplicação do primer de enchimento (primer PU/HS); 
11 – Secagem do primer; 
12 – Aplicação de controle de lixamento (pó); 
13 – Lixamento do primer (manual ou mecânico); 
14 – Limpeza rigorosa com desengraxante; 
 
 
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15 – Aplicação de tinta, monocamada ou dupla camada; 
16 – Aplicação do verniz, sistema dupla camada; 
17 – Secagem ao ar ou estufa; 
18 – Polimento, se necessário; 
19 – Liberação para montagem. 
 
Como pudemos observar na seqüência acima, são muitasas etapas da reparação. O 
mais importante é que cada uma delas requer um produto específico e uma técnica 
diferenciada para a sua execução, e o grau de importância não difere de uma para 
outra, pois o comprometimento com o resultado final é o mesmo em todas as etapas, 
para que, nenhuma etapa seja ultrapassada ou executada de forma errada. 
 
OBS* O processo de polimento, assim como o que acabamos de ver, também 
 requer habilidade do operador, técnicas e produtos específicos, bem 
 como equipamentos especiais. 
 
 
LIXAMENTO MANUAL 
 
O lixamento tem por finalidade eliminar possíveis imperfeições da superfície pintada, 
que requer desbaste mais controlado para que não haja remoção em excesso da 
película de tinta ou verniz visando facilitar o polimento que, em muitos casos será 
localizado e, em seguida, efetuar o polimento na peça ou em toda a carroceria, 
mantendo-se a uniformidade no brilho e no aspecto final da pintura. 
 
TIPOS DE DEFEITOS 
 
• Casca de laranja: textura acentuada, aspecto grosseiro que ofusca o brilho da 
pintura. Deve ser lixada com uma lixa grão mineral 1200, tendo como 
acessório um calço macio. Depois lixe com grana 1500 para dar acabamento, 
sempre em movimento orientado e cruzado, evitando provocar riscos na 
pintura. Lembre-se sempre de que este lixamento será apenas para acerto da 
textura, pois a pintura de alguns veículos tem o aspecto alaranjado. 
 
• Grumos: pequenos pontos dispersos na superfície, provenientes do excesso 
de pulverização ou sujeira no ambiente, também ocasionado por limpeza 
ineficiente antes da pintura. Recomenda-se um lixamento localizado com lixa 
de grão 1200 ou 1500 utilizando um suporte rígido com movimentos circulares 
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sobre o local (úmido) ou a seco ou utilizando lixadeira roto-orbital com suporte 
macio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• COLADURA OU ESCORRIMENTO: defeito ocasionado por aplicação fora dos 
parâmetros normais, descontinuidade dos movimentos ou não aproveitamento 
do leque de pulverização causando falhas ou excesso de produto. 
Dependendo da gravidade e tempo de cura do produto aplicado, é importante 
analisar se o defeito foi provocado na primeira ou última demão de tinta ou 
verniz, para então proceder com uma das técnicas a seguir: 
 
1. RASPAGEM (RECOMENDADO PARA PEQUENOS ESCORRIDOS) 
Utilizando-se uma lâmina afiada, é feito o trabalho localizado (operação 
delicada e de alto risco, pois pode furar e danificar o filme). O escorrido 
é um acúmulo de matéria, portanto demora mais para secar. Em alguns 
casos requer remoção total e repetição de todo o processo desde o 
início. 
 
2. LIXAMENTO LOCALIZADO 
Utilize uma lixa de grão 800, com auxílio de suporte rígido (apenas 
superficialmente no ponto alto do escorrimento). Depois faça o repasse 
com lixa grana 1000 também com o calço rígido e fazendo movimentos 
circulares e suaves. Por fim, realize o acabamento com lixas 1500 ou 
2000 com suporte macio em toda a área adjacente ao defeito. 
OBS* Pode ser feito a úmido ou a seco. 
 
LIXAMENTO MECÂNICO 
 
O lixamento mecânico visa agilizar o processo de desbaste e nivelamento de grandes 
áreas, pois utiliza equipamentos de alta produtividade e grande versatilidade, 
Encontra-se disponível no mercado muito tipos de abrasivos, que permitem ao 
Lixamento de cisco com bloco lixador especial 
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operador acelerar o processo de lixamento para polimento mantendo a qualidade final 
do acabamento, pois o processo é quatro vezes mais rápido e econômico em relação 
ao processo de lixamento manual. 
 
É ideal o uso de equipamentos pneumáticos de dupla ação 
com captação de pó residual, pois contribui para elimina- 
ção de contaminações no ambiente e fácil manuseio. 
 
 
LIXADEIRA ROTATIVA OSCILANTE (ROTO-ORBITAL) 
 
Esta ferramenta pode ser elétrica ou pneumática, a rotação de trabalho para melhor 
produtividade é de 6000 rpm. Sua característica principal é a forma de trabalho, 
quando o desenho formado pelo desbaste e atrito da lixa na superfície é uniforme e 
leve, em forma espiral, não deixando sulcos muito profundos no filme da tinta e 
facilitando o acabamento. A lixadeira deve ser utilizada com um ângulo de 10 a 15 
graus, evitando causar maiores defeitos (cabelo de anjo, marca de cd, etc.). 
 
 
 OBS: Recomenda-se o uso de equipamentos pneumáticos com 
 sistema de velcro para adaptação de lixas e sistema de 
captação de pó. 
 
 
LIXADEIRAS ANGULARES OU RETAS 
 
Estes equipamentos devem ser evitados no processo de preparação para polimento, 
pois a sua velocidade, mesmo em baixas rotações, provoca desbaste acentuado e 
irregular no aspecto final do trabalho. 
 
BENEFÍCIOS DO LIXAMENTO MECÂNICO 
 
a) Quatro vezes mais rápido que o processo manual; 
b) Maior produtividade; 
c) Reduz o desgaste físico do operador; 
d) Alta qualidade no acabamento; 
e) Melhor relação custo x benefício. 
 
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BENEFÍCIOS DO SISTEMA ASPIRADO 
 
a) Não oxida a chapa, pois não existe água no processo; 
b) Proporciona ambiente mais limpo, além de agilizar o processo de limpeza; 
c) Fácil remoção de partículas sem infiltrações; 
d) Maior poder de corte da lixa e melhor acabamento; 
e) Reduz a possibilidade de empastamento dos abrasivos. 
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Abrasivos 
 
 
 
 
 
 
 
No mercado de insumos para reparação automotiva é grande o número de abrasivos e 
processos que podemos utilizar. Cabe, a você profissional, fazer a escolha do melhor 
produto. 
A seguir listamos alguns. 
 
LIXAS D’ÁGUA GRÃO MINERAL: 1200, 1500, 2000 e 2500. 
 
Lixa desenvolvida especialmente para trabalhos sobre qualquer tipo de pintura 
automotiva, com a finalidade de uniformizar a textura de aplicação, eliminar grumos, 
defeitos, pequenos riscos e escorrimentos de tintas, preparando a superfície para o 
polimento final. Essas lixas são constituídas de microabrasivos e resinas especiais, 
destinadas a uniformizar a textura sem provocar grandes desbastes e, assim, facilitar o 
polimento e ativação do brilho. 
 
INSTRUÇÕES DE USO 
 
a) Observe se a superfície está bem limpa e livre de partículas que possam 
causar riscos profundos no filme. 
 
b) Nunca lixe diretamente com a mão, pois provocará sulcos que poderão 
comprometer o resultado final. Deve-se utilizar calços rígidos ou flexíveis de 
acordo com trabalho a ser executado, adaptando-os conforme o defeito. 
 
c) Mantenha sempre a lixa lubrificada com água limpa durante a operação. Isto 
proporciona melhor qualidade no acabamento, diminui a tendência de 
empastamento, devido aos grãos minerais das lixas serem muito finos. 
 
 
 
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d) Lixamento suave efetuado de forma orientada (vertical / horizontal), proporciona 
maior rapidez e facilidade no polimento. 
 
CUIDADOS ADICIONAIS 
 
Inicie o lixamento sempre com uma lixa mais abrasiva (grão mineral 1000), depois 
repasse utilizando outra menos abrasiva (grão mineral 1200, 1500, 2000), até 
completar o processo de acabamento, atingindo o resultado desejado e economizando 
lixas. 
 
LIXAS A SECO GRÃO MINERAL 1000, 1200, 1500, 2000, 2500, 3000 E 4000. 
 
Encontradas em forma de discos com sistema de fixação por velcro para ser utilizada 
em máquinas de dupla ação tipo roto-orbital. Algumas empresas as fabricam em 
folhas, mas apenas até o grão 2000. Também requerem a utilização de suporte macio 
(interface), para a fase de acabamento. 
Existem empresas que as fabricam para a utilização a úmido, mas com uma máquina 
roto orbital especial para trabalhos com água. 
 
INSTRUÇÕES DE USO 
 
a) Verifique se a superfície está limpa e livre de impurezas que possam provocar 
riscos profundos na película. 
 
b) Fixe a lixa correspondente ao processo que estiver executando, lembrando-se 
de que a melhor seqüênciasempre se inicia com grãos mais abrasivos para 
desbaste inicial, e sem o uso do suporte macio (interface) que será usado 
apenas para acabamento. 
 
c) Verifique a velocidade da máquina que não deverá ser excessiva (máximo 
6000rpm). Nos casos onde a lixa for do sistema úmido, mantenha a lixa 
lubrificada com água limpa. 
 
d) Se necessário, a máquina deverá ser inclinada apenas para lixamento 
localizado com a utilização de um suporte macio, tomando cuidado com os 
cantos, para não remover material em excesso expondo, assim, a chapa devido 
a ocorrência de nivelamento nestas áreas; 
 
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e) Quando o processo for manual, utilize tacos rígidos e macios alternadamente e 
de forma orientada (vertical / horizontal). 
 
Devido sua construção específica (lixa a seco), não deve ser utilizada com água, pois 
ocorrerá o desplacamento do abrasivo da lixa reduzindo sua vida útil. 
 
 OBS* Sistema utilizando máquina roto-orbital é, em média, quatro vezes mais 
 produtivo que os sistemas convencionais, proporcionando acabamento 
 superior. 
 
 
CUIDADOS AMBIENTAIS 
 
ARMAZENAMENTO: Todos os produtos devem ser mantidos em suas embalagens 
originais, afastados de locais úmidos, animais e crianças. Após o uso, aqueles que não 
tiverem mais condições de aproveitamento devem ser descartados em lixeiras 
apropriadas. 
 
MANTAS ABRASIVAS 
 
Produto confeccionado em fibras sintéticas, impregnadas com mineral abrasivo muito 
fino, aderido por uma resina resistente à água e solvente (thinner / gasolina). 
Principal característica: rendimento superior às folhas de lixa comum, muito utilizada 
para ativação (quebra de brilho) de peças novas para aplicação de primer ou ativação 
de pinturas, principalmente em cantos e contornos para fazer aberturas (alongamento 
de pintura), e limpeza de peças mecânicas. Pode ser utilizado no sistema úmido. 
Não tem características de nivelamento devido a sua construção flexível. 
 
ESPONJAS ABRASIVAS 
 
Confeccionadas em base de espuma tratada, recebendo resinas especiais e abrasivos 
minerais, tem grande versatilidade em cantos e contornos. É muito utilizada para 
lixamento de primer em áreas de difícil acesso. Pode também ser utilizada na fase de 
acabamento ou ainda para ativação de pinturas para alongamento. 
É encontrada nos grãos: 80/150, 320/400, 500/600, 800/1000, 1200/1500. 
Por ter sua base flexível não é aconselhável para nivelamento de superfície. 
 
 
 
 
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CUIDADOS AMBIENTAIS 
 
As mantas e esponjas abrasivas devem ser armazenadas em local seco, fora do 
alcance de animais e crianças. Como sua vida útil é indeterminada, devem ser 
reaproveitadas em sua totalidade. Ao descartá-las, deve-se utilizar lixeiras apropriadas 
e identificadas. 
 
PRÁTICA OPERACIONAL 
 
Nas operações de fosqueamento (ativação) onde se requer mais produtividade, 
quando há dificuldade de acesso, esses abrasivos se superam. Neste caso, as mantas 
e esponjas abrasivas são altamente recomendadas, pois facilitam a operação e 
reduzem o custo dos abrasivos necessários para estes trabalhos. 
 
ABRASIVOS PARA O LIXAMENTO MECÂNICO 
 
Finalidade 
 
A preparação da superfície é essencial para o bom acabamento. Profissionais 
altamente qualificados e produtos abrasivos de qualidade são fundamentais para este 
processo. 
Os abrasivos devem superar as expectativas com produtos e processos que melhorem 
o desempenho dos operadores, proporcionando um acabamento de qualidade e 
seguro para o operador. 
 
Tipos de Abrasivos 
 
DISCOS DE LIXA SEM FURO 
 
Produto utilizado em lixadeiras de dupla ação, com suporte de velcro para fixação de 
lixas, disponíveis em discos de 5” e 7”. Seu poder de abrasão é determinado pela 
granulometria. Para as operações de polimento, os grãos minerais variam de 1000 
para operações de desbaste e nivelamento a 1200, 1500, 2000, 2500, 3000 e 4000 
para as operações de acabamento e polimento. 
 
 
 
 
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DISCOS DE LIXA COM FURO 
 
Assim como os discos sem furos são recomendados para lixadeira pneumática de 
dupla ação com captação de pó, seus furos são compatibilizados com os do prato 
(suporte) de fixação por sistema de velcro, executando dessa forma o lixamento e, 
simultaneamente, a aspiração do pó residual gerado no processo. 
São encontrados nos grãos 40, 80, 150, 220, 320, 400, 600 e 800. 
 
RECOMENDAÇÕES 
 
Para melhor desempenho e aspecto final do polimento é recomendado o uso dos 
discos abrasivos, na ordem a seguir: 
 
a) Disco grão mineral 800: Indicado para desbaste inicial de imperfeições 
grosseiras como escorridos moderados e casca de laranja acentuada. Nesta 
etapa não deve ser utilizado o redutor de impacto (interface). 
 
b) Disco grão mineral 1000: Indicado para nivelamento de imperfeições médias 
que requer agilidade no processo e menor consumo de abrasivos. Deve ser 
usado com suporte flexível. 
 
c) Disco grão mineral 1200, 1500: indicado para nivelar e remover pequenas 
impurezas das superfícies e como conseqüência, promover acabamento do 
lixamento com os discos abrasivos anteriores, eliminando possíveis riscos, 
permitindo assim maior facilidade no polimento e apresentando um resultado 
final satisfatório. 
 
RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS 
 
Inicie o processo sempre com disco mais abrasivo para, então, proceder ao lixamento 
de acabamento com grãos menos abrasivos, observando sempre o aspecto da área a 
ser trabalhada e o acabamento desejado. 
 
Ex: Inicie com disco grão mineral 800, diretamente no prato (suporte) que tem a 
superfície rígida, semi-acabamento com disco grão 1000, com redutor de impacto 
(interface) e o acabamento com discos 1200 e 1500 sucessivamente. 
 
 
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Limpeza e inspeção final 
 
 
 
 
 
 
 
A finalidade desse processo é executar uma limpeza rigorosa após o lixamento manual 
ou mecânico (seco ou úmido), com a qual pode-se identificar pequenas falhas de 
nivelamento e remoção de qualquer impureza da superfície a ser polida. Isto evita 
também que micro impurezas contaminem as boinas e, conseqüentemente, não 
haverá riscos na pintura. 
 
Limpeza Manual 
 
Este método é usado para remoção da poeira e resíduos do processo de lixamento ou 
partículas diversas que ainda estejam depositadas sobre a superfície antes de 
iniciarmos o polimento. 
 
Método de limpeza 
 
a) Limpeza com flanela ou gaze resinada; 
b) Limpeza com sopro de ar comprimido; 
c) Limpeza combinada entre o sopro de ar e a fricção de flanelas. 
 
OBS: O último método é mais eficiente, pois remove partículas 
 depositadas em cantos e arestas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Limpeza com ar comprimido 
 
O uso de ar comprimido deve ser restrito às peças e à carroceria. Nunca utilize ar 
comprimido em suas roupas ou em sua pele, pois poderá trazer sérios danos à sua 
saúde. 
Use sempre a pistola de ar de maneira prática e segura, observando sua necessidade 
e controle de pressão do ar. Observe a distância máxima de 40cm e no mínimo de 
20cm da superfície. 
 
 ATENÇÃO 
 PARA ESTAS OPERAÇÕES USE ÓCULOS DE SEGURANÇA E PROTETOR AURICULAR. 
 
 
 
 
A limpeza das peças e carroçarias também poderá ser executada através do sistema 
de lavagem, usando xampu neutro para lavagem de carros. Após a secagem com 
pano macio, utilize também o ar comprimido combinado com a fricção de uma flanela 
para remoção de todas as partículas que ainda estejam na superfície, bem como a 
água que ainda poderá estar infiltrada nos frisos e acabamentos externos. 
Recomenda-se, também, a utilização de solvente desengraxante para total remoção de 
produtos que foram utilizados anteriormente, a fim de não comprometer a eficiência 
dos novos.CERTIFIQUE-SE DA LIMPEZA E INSPECIONE AS IMPERFEIÇÕES QUE POSSAM TER PASSADO 
DESPERCEBIDAS. 
 
 
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Abrasivos para polimento 
 
 
 
 
 
 
 
São produtos desenvolvidos com a finalidade de ativar e restaurar as pinturas 
automotivas e, de modo geral, contêm em sua fórmula elementos micro abrasivos, 
normalmente fornecidos em pasta ou líquido. Oferecem grande diversidade e 
desempenho, visando recuperar e restaurar diferentes problemas de pintura, assim 
como alguns produtos. São indicados para a manutenção e conservação do aspecto 
de brilho e cor das pinturas dos automóveis antigos ou atuais. 
 
Tipos de abrasivos 
 
Orgânicos: Produtos à base de solventes derivados de petróleo, mantêm boa 
qualidade e diversidade. Este produto não é recomendado devido aos solventes que o 
constituem e que agridem as camadas de tintas frescas ou mal curadas. Também 
contêm silicones para ativar o brilho e melhorar a proteção da pintura. Estes produtos 
normalmente são de difícil remoção em borrachas e outros acabamentos externos, o 
que provoca manchas. 
 
Hidrossolúveis: Produtos de alta tecnologia que possuem fórmula balanceada e 
biodegradável, o que mantém sua característica inodora, não tóxica, alta produtividade. 
É de fácil remoção e aplicação tanto no processo manual quanto mecânico. Em casos 
de retrabalho de pinturas pode ser removido facilmente para execução do processo. 
 
Abrasividade (poder de corte) 
 
a) Médio: Abrasivos fornecidos em pasta ou líquidos. Indicados para remoção 
de imperfeições mais grosseiras na pintura como riscos, casca de laranja 
acentuados e pequenos escorridos de tinta ou verniz. Seu poder de corte é 
alto e remove camadas consideráveis de tinta, também provoca opacidade às 
áreas trabalhadas. Não deve ser usado como acabamento. 
 
 
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b) Fino: Encontrado em pasta ou líquido, pode ser usado como semi-
acabamento das áreas trabalhadas com o abrasivo médio e também como 
polidor e ativador de pinturas em estágios de polimento, quando se quer 
restaurar ou recuperar o brilho e a cor da pintura. Não deve ser usado como 
acabamento. 
 
c) Micro fino: Encontrado em líquido, possui baixo poder de corte. É 
recomendado para acabamento dos produtos anteriores e seu desempenho é 
fraco para as necessidades de recuperação e remoção de imperfeições da 
pintura. Não é recomendado para imperfeições grosseiras. Necessita de 
aplicação de um líquido lustrador como acabamento. 
 
Ao manusear produtos abrasivos de qualquer natureza, use e recomende sempre os 
equipamentos de segurança como luvas de poliamida, óculos de proteção e avental de 
napa, mesmo nos processos manuais. 
 
Ao descartar embalagens e produtos não utilizáveis, coloque-os em lixeiras 
apropriadas e identificadas para não poluir ou contaminar áreas externas ao seu posto 
de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
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Equipamentos e acessórios 
para polimento 
 
 
 
 
 
 
Quando se busca produtividade sem perder qualidade final do produto, é necessário 
que se busque métodos otimizados. Alguns equipamentos e seus acessórios 
representam bem esta alternativa produtiva, pois agilizam os processos operacionais e 
obtêm-se melhores resultados no que se refere à quantidade e à qualidade final. Os 
equipamentos e métodos certos evitam desperdícios, atrasos e retrabalhos constantes, 
além de evitar fadiga dos operadores. 
 
TIPOS DE EQUIPAMENTOS 
 
Politrizes elétricas: Seu uso deve ser evitado nos ambientes de pintura, pois 
ocasiona faíscas durante seu acionamento e pode provocar princípios de incêndio 
devido aos solventes dispersos no ambiente. Outra restrição relacionada aos 
equipamentos elétricos, principalmente politrizes, que não dispõem de regulagem de 
rotação é a dificuldade de adaptação a trabalhos em pequenas áreas. Porém, podem-
se adquirir equipamentos elétricos com baixa rotação entre 1800 a 2500rpm. 
 
Politrizes pneumáticas: Existe no mercado uma grande variedade de 
equipamentos pneumáticos para polimento. As angulares comprovadamente têm a 
melhor resposta, pois além de permitirem regulagem de rotação, permitem melhor 
empunhadura e adaptam-se melhor às peças arredondadas e com ângulos retos 
existentes nos diversos modelos de veículos. 
As politrizes pneumáticas com lubrificação são de baixo custo de manutenção. Além 
de possuírem diversidade de tamanho, peso e rotação (1800 a 2500rpm), ainda são 
capazes de receber vários tipos de acessórios e outros dispositivos para qualquer 
natureza operacional. 
 
 
 
 
Polimento 
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Manutenção 
 
A manutenção dos equipamentos fica por conta de seu tempo de uso, pois cada 
equipamento requer manutenções periódicas, cujas instruções são obtidas no manual 
técnico do equipamento, que deve ser sempre consultado antes de se iniciar qualquer 
tipo de operação, para o perfeito entendimento da capacidade e especificações 
referentes ao modelo em questão. 
 
 Acessórios 
 
Todos os equipamentos possuem características de múltipla funcionalidade e, com 
isso, adaptam-se a vários tipos de operações. Para ajustá-los, tenha sempre à 
disposição vários modelos e tipos de acessórios, os quais devem combinar com o 
equipamento e a natureza da operação que está sendo realizada. 
 
Principais Acessórios 
 
Suporte para boinas: são equipamentos tipo prato, com diâmetro entre 5” e 7”, 
disponíveis com ou sem velcro para fixação das boinas. Esses equipamentos podem, 
ainda, ser rígidos ou flexíveis para melhor se adaptarem ao ângulo da peça que será 
polida. 
 
Obs* Para boinas do tipo dupla face, encontramos no mercado adaptadores com rosca 
que tem as seguintes medidas: mm – mm e pol. – mm. 
 
Boinas: são acessórios indispensáveis ao polidor, pois com sua natureza abrasiva, 
porém macia, proporciona ótimo rendimento operacional sem causar riscos ou danos à 
área a ser polida. Para melhor produtividade, deve-se escolher sempre as boinas 
conforme sua abrasividade: agressiva, normal, super macia ou de espuma, como é o 
caso das lixas e abrasivos para polimento. 
 
 Ex: 
a) Agressiva – para polimento inicial; 
b) Normal – para polimento intermediário antes do acabamento; 
c) Super macia – para acabamento com polidores ou lustradores; 
d) Espuma – para acabamento final e eliminação de excessos ou embaça- 
 mentos. 
 
Polimento 
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As boinas podem ser confeccionadas com lã de carneiro, lã sintética ou espuma de 
poliuretano. Todos os tipos de boinas podem ser encontrados com fixação através de 
velcro, dupla face com adaptador de rosca ou simples (amarra), que se adaptam 
facilmente a todos os equipamentos disponíveis, elétricos ou pneumáticos. 
 
Algodão para polimento: Por sua natureza macia, proporciona melhor 
acabamento. Indicado para polimento de cores escuras no processo de polimento 
manual. 
 
Papel para polimento (Perfect It 3M), Produto de alta performance, com ótima 
absorção dos polidores. Pode ser usado no início do polimento, com abrasivos mais 
agressivos, sendo mais indicado no acabamento com lustradores ou ceras protetoras. 
 
Evite o uso de flanelas ou abrasivos saturados, pois podem 
causar riscos profundos e de difícil remoção na pintura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polimento 
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Polimento 
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Tipos de polimento 
 
 
 
 
 
 
 
Manual 
 
A prática de polimento manual tem como finalidade agilizar o processo, permitindo ao 
operador manter a mesma qualidade e aspecto do veículo nos cantos, contornos e 
áreas onde não é possível o acesso com máquinas politrizes e mesmo em peças onde 
há probabilidade de desgaste excessivo, tomando-se cuidado para não retirar material 
em excesso expondo a chapa ou quando a cura do materialé imprópria para o 
polimento mecânico. 
 
Para polimento manual, existem acessórios como algodões para polimento, papel para 
polimento e uma diversidade de abrasivos e lustradores. 
 
Modo de Operação 
 
Lixe a superfície com lixa grão mineral 1200 e após 1500 (seco ou úmido). Utilize o 
suporte flexível para melhor nivelamento do lixamento. Tome cuidado para não 
remover material em excesso nos cantos expondo a chapa, o que causará retrabalho. 
 
Assegure-se de que a superfície esteja limpa. A água poderá diluir o produto 
comprometendo o seu rendimento e as sujeiras restantes poderão causar riscos 
profundos na pintura. 
 
Etapas para Polimento Manual 
 
Espalhe o abrasivo adequado ao uso em pequenas áreas, não mais de 50cmX50cm, 
para evitar que o produto seque e se torne impróprio ao uso, evitando desperdício, 
para então: 
 
 
 
Polimento 
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a) Com o auxílio de um algodão ou papel para polimento, friccionar com leve 
pressão o produto abrasivo até atingir o aspecto desejado; 
 
b) Repita a operação quantas vezes for necessário; 
 
c) Limpe ou remova excessos, sempre fazendo o auto controle do aspecto; 
 
d) Para uniformizar e eliminar possíveis marcas deixadas na operação anterior, 
utilize o líquido lustrador colocando uma pequena quantidade do produto 
sobre um algodão ou papel para polimento, espalhando-o com movimentos 
constantes. Ao notar que o produto está secando e houver presença de 
brilho, friccione novamente com algodão ou papel limpo para o acabamento. 
 
OBS: Trabalhe preferencialmente com movimentos circulares. 
 
Antes de iniciar as operações de polimento, faça uma inspeção visual da área que será 
trabalhada, diagnosticando o aspecto da peça, para definir o processo que será 
utilizado. 
 
Selecione os produtos abrasivos: lixa, polidores, acessórios e outros componentes 
suficientes para realizar as operações, acondicionando-os em local próprio e de fácil 
acesso junto à peça ou ao veículo que será polido. 
 
Polimento mecânico 
 
É feito com máquina pneumática ou elétrica visando agilizar o processo, buscando 
maior rendimento operacional, sem perder a qualidade final do produto. Desta forma, o 
acabamento será superior aos processos convencionais. 
 
Modo de Operação 
 
Ao iniciar a prática com equipamentos elétricos ou pneumáticos, conheça primeiro as 
características do equipamento disponível. Para isso, leia as instruções na ficha 
técnica do produto. Em equipamentos elétricos observe a voltagem, rotações, tipos de 
acessórios disponíveis e proceda a testes de funcionamento antes do manuseio. A 
partir daí, selecione produtos e técnicas diferenciadas para cada etapa realizada. 
 
 
Polimento 
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Aplicação 
 
• Remoção de defeitos em pinturas originais e repinturas; 
• Recuperação de pinturas queimadas. 
 
Casca de laranja e pequenos escorridos 
 
Escorridos devem ser removidos através da técnica de raspagem com lâmina bem 
afiada até nivelar ao máximo o defeito em relação à superfície da pintura. Após a 
raspagem, lixe normalmente com grão mineral 1200, 1500 ou 2000, seco ou úmido. 
Para casca de laranja moderada apenas o lixamento na seqüência correta resolverá o 
problema, (1200, 1500 ou 2000). 
 
 OBS: Se for utilizada nos escorridos apenas a lixa para nivelar o defeito, 
 poderá ocorrer um excesso de lixamento ao redor e causará um 
 defeito ainda maior devido ao desbaste desigual, provocado pelo 
 relevo do ponto crítico. 
 
Nesta fase, a peça já deve apresentar um aspecto brilhante quase próximo ao original. 
Vale ressaltar que o movimento do polimento deve se restringir à área lixada para 
proceder ao acabamento final. 
 
 OBS: O excesso de abrasivo não melhora a qualidade do polimento. 
 
 
 ATENÇÃO 
 PARA ESTAS OPERAÇÕES É NECESSÁRIO O USO DOS EPI’s 
 
 
Polimento 
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Polimento 
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Remoção de defeitos 
na pintura 
 
 
 
 
 
 
Para remover excessos de casca de laranja, contaminações diversas ou escorridos 
moderados de tinta ou verniz, pulverização de emborrachamento e restauração geral 
de pintura: 
 
a) Lixe a área afetada suavemente ou toda a superfície com lixa grana 1200, 
1500 e 2000, utilizando suporte macio para nivelamento da casca de laranja 
e rígido para as pequenas imperfeições (ciscos) localizadas em movimentos 
circulares; 
 
b) Certifique-se de que a superfície esteja limpa e seca. Água em excesso 
diminui a performance do produto; 
 
c) Para melhor aproveitamento do produto, efetue o polimento por partes, de 
aproximadamente 50cm x 50cm, para evitar que o produto seque ao ar; 
 
d) Utilize equipamentos com velocidade entre 1500 e 2500rpm máx. 
 
e) Agite bem os produtos abrasivos em sua embalagem. Com produtos à base 
d’água o abrasivo costuma decantar-se, o que prejudica sua performance; 
 
f) Conecte ao equipamento uma boina de boa qualidade. Recomenda-se 
boina dupla face, pois tem peso e estrutura balanceada, boa flexibilidade, 
evita trepidações que geram desconforto ao operador. Espalhe o produto 
com a boina conectada à máquina sem acioná-la; 
 
g) Acione o equipamento e movimente-o com cadência e leve fricção; 
 
 
 
Polimento 
Centro Móvel de Formação Profissional 32 
h) Repita as operações anteriores quantas vezes forem necessárias. 
 
i) O uso de abrasivos em excesso pode causar empastamento e aumentar a 
possibilidade de deixar marcas sobre a superfície polida, bem como causar 
desperdício; 
 
j) Limpe a boina, quando necessário, para auxiliar o acabamento. Para a 
limpeza da boina, use um metal de ponta arredondada e o friccione 
levemente sobre a boina com a máquina em movimento; 
 
k) Para minimizar a possibilidade de manchas, jamais aplique os produtos 
abrasivos sob o sol ou superfícies aquecidas. 
 
 OBS: No uso de boinas tipo dupla face e suportes para boinas, 
 é necessário o uso de adaptadores para alongar os suportes do 
 eixo rotatório da máquina, evitando-se acidentes e, principalmente, 
 riscos devido ao provável contato do metal com a superfície que 
 será polida. 
 
 
QUADRO DE APLICAÇÃO 
 
CONDIÇÕES DA 
PINTURA 
LIXAMENTO 
UMIDO / SECO 
POLIMENTO COM 
MÁQUINA 
LUSTRO COM 
MÁQUINA 
 LUSTRO 
MANUAL 
Carros novos e 
manutenção regular 
da pintura 
Não se aplica Não se aplica Não se aplica Cera protetora à base de silicone 
Pouco brilho 
Marcas de boina 
Preparação de carros 0K. 
Pinturas levemente queimadas 
Não se aplica Não se aplica Não se aplica 
Cera protetora 
Líquido lustrador 
(para pinturas com 
menos de 30 dias) 
Pequenos riscos 
Pinturas queimadas 
 
Manchas de produtos químicos 
Chuva ácida 
Lixa grana 1500 
 
 
Repasse com lixa 
grana 2000 
 
Massa de polir abrasiva, 
com boina abrasiva. 
 
Líquido polidor fino 
com boina normal 
Líquido lustrador 
com suporte e 
boina de espuma 
 
Cera protetora para 
tintas curadas 
 
Composto lustrador 
para tintas frescas 
(-) 30 dias 
Excesso de casca de laranja 
 
Contaminações 
 
Escorridos de tinta ou verniz 
 
Raspagem com 
lâmina 
 
Calço rígido com lixa 
1200, repasse 1500 e 
acabamento 2000 
 
Massa de polir abrasiva 
com boina abrasiva 
 
Repasse com abrasivo 
fino e boina normal 
 
Líquido lustrador 
 
Suporte e boina de 
espuma 
 
 
Cera protetora para 
tintas curadas 
 
Líquido lustrador para 
Tintas frescas (-) 30 
dias. 
 
Componentes do sistema: lixas a úmido ou a seco 1200, 1500 e 2000 – calços rígidos e flexíveis para lixamento. – boinas 
abrasivas, normal, super macia e espuma, suporte e adaptadores para boinas – massas ou líquidos para polimento 
abrasivo, líquido abrasivo médio, líquido abrasivo muito fino, líquido lustrador e ceras protetoras – politrizes angular de 1500 
a 2500 rpm. 
 
Centro Móvel de formaçãoProfissional 33 
Produtos para acabamento 
do polimento 
 
 
 
 
 
 
Após as atividades de polimento e em função do uso dos abrasivos, a pintura fica 
desprotegida devido à ativação dos poros do filme da tinta ou verniz. 
Para que a pintura possa ter novamente resistência química e física, é necessária a 
aplicação de um líquido ou cera para proteger o filme. Caso contrário, poderá oxidar e, 
conseqüentemente, aumentar o seu desgaste por agentes químicos e intemperismo. 
 
Para que servem os líquidos ou ceras? 
 
Líquidos ou ceras lustradoras têm por objetivo restaurar o brilho e aspecto final da tinta 
ou verniz, selando, dessa forma, novamente o filme e aumentando sua vida útil, 
mantendo a fidelidade na cor além de protegê-la contra a ação do tempo. 
 
Por que aplicá-los? 
 
O desempenho dos produtos de acabamento, ceras e lustradores devem ser aplicados 
logo após o polimento restaurador das pinturas, pois sua formulação cria uma película 
protetora no filme e, dessa forma, facilita sua manutenção. 
 
Principais produtos 
 
Em pinturas recém curadas, é recomendada a utilização de produtos biodegradáveis e 
hidrossolúveis. Os polidores e lustradores têm composições variadas conforme o 
fornecedor, porém a mais comum é a cera protetora, à base de silicone, e é 
indesejável por contaminar muito o setor de pintura e não é indicada para pinturas 
recém curadas, menos de 30 dias. Alguns produtos como o Auto Brilho e Cera 
Plus(3M) e a Cera Protetora (Norton), são produtos que melhor atendem às 
necessidades dos clientes e polidores do mercado em geral. 
 
 
Centro Móvel de formação Profissional 34 
Técnica de aplicação 
 
Processo Manual 
 
a) Após o polimento limpe bem a superfície com ar comprimido; 
b) Verifique se seu posto de trabalho está organizado; 
c) Selecione seus EPI’s(luva, guarda-pó, máscara e avental); 
d) Agite bem os produtos antes de usá-los; 
e) Nunca aplique ceras ou lustradores sob a luz do sol ou superfícies quentes; 
f) Embeba o algodão ou papel para polimento, nunca a peça; 
g) Aplique as ceras ou lustradores em pequenas quantidades com 
movimentos circulares e homogêneos; 
h) Aplique em pequenas áreas de cada vez (50cmX50cm); 
i) Repita a operação até obter o brilho e aspecto desejado; 
j) Excesso de produto não melhora a qualidade e o rendimento das 
operações; 
k) Retire o excesso com algodão ou papel para polimento limpo; 
l) Faça o autocontrole. 
 
 
OBS: Ao manusear produtos polidores, mantenha-os longe de 
 animais e crianças. Após o uso, feche adequadamente as 
 embalagens e acondicione-os de forma prática e segura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Verniz sem polimento 
Substrato (chapa) preparado 
Tinta de acabamento 
 Verniz 
Verniz após o polimento 
Polimento 
Centro Móvel de Formação Profissional 35 
Limpeza de borrachas, 
plásticos e vidros 
 
 
 
 
 
 
A limpeza geral do veículo é necessária depois das operações de polimento, que 
normalmente são executadas de forma mecânica. Este processo espalha e contamina 
diversas áreas, mesmo quando mascaradas, dificultando a remoção e limpeza das 
partículas dos abrasivos depositados nas borrachas, frisos e outros acabamentos, 
tanto internos quanto externos à carroceria. 
 
Cuidados na limpeza 
 
Para uma limpeza eficaz é necessária muita atenção, vários acessórios e produtos 
para remoção total de agentes indesejáveis à estética do veículo como pincéis, 
algodões, líquidos desengraxantes, limpa vidros, aspiradores de pó, limpa pneus, 
ativadores e restauradores de couro e borrachas. 
 
Limpeza externa 
 
As áreas visíveis da carroceria permitem fácil acesso e boa visualização dos 
contaminantes, porém é preciso alguns cuidados para não manchar e nem riscar a 
superfície polida. 
 
a) Limpe inicialmente cantos vivos e bordas das borrachas e frisos com pincel 
de cerdas macias ligeiramente umedecidas com água limpa, nas frestas. 
 
b) Repasse um algodão ou papel para polimento limpo em todos os frisos para 
remover partículas soltas. Se necessário, use uma pistola de ar comprimido; 
 
 
 
Polimento 
Centro Móvel de Formação Profissional 36 
c) Embeba um pano limpo com solução desengraxante e, com movimentos 
retilíneos e uniformes inicie a limpeza dos vidros. Remova os resíduos com 
pano limpo e seco. Repita a operação utilizando limpa vidros; 
 
d) Observe se não há overspray de tinta ou verniz sobre o vidro. Havendo, 
embeba um pano com solvente orgânico e proceda à remoção da tinta 
através de leve fricção; 
 
e) Com auxílio de uma espuma, aplique levemente o restaurador de borrachas 
e frisos, tomando cuidado para não ultrapassar a área dos frisos ou 
borrachas; 
 
f) Aplique um algodão ou papel para polimento sob todos os pontos ativados 
com líquido lustrador; 
 
g) Faça o autocontrole; 
 
h) Repita as operações sempre que necessário. 
 
OBS: Para estas operações nunca se esqueça dos EPI’s 
 
Limpeza Interna 
 
Embora o mascaramento da carroceria seja executado antes de iniciar o polimento a 
limpeza interna também é muito importante antes da entrega do veículo. Seguem 
alguns passos importantes que devem ser executados, obviamente após a inspeção 
visual e, não são, via de regra, gerais: 
 
a) Abra todas as portas do veículo; 
 
b) Remova todos os tapetes e forrações removíveis, limpando-os e aspirando-
os; 
 
c) Aspire cuidadosamente todo o interior do veículo (carpetes, estofamentos, 
forrações laterais); 
 
Polimento 
Centro Móvel de Formação Profissional 37 
d) Friccione um pano seco em todas as partes sólidas do veículo, (painel, 
descansa braço, forrações laterais, revestimentos em couro, napa e 
courvin); 
 
e) Utilize um pincel para os cantos do painel e defletores do ar condicionado; 
 
f) Certifique-se da remoção total da poeira e outros agentes; 
 
Cuidado na seleção dos produtos 
 
a) Friccione levemente uma espuma embebida com solução restauradora em 
todas as áreas citadas, removendo possíveis excessos com pano limpo. 
 
b) Faça o autocontrole; 
 
c) Repita as operações, se necessário; 
 
d) Recoloque os acessórios removidos, limpos em seus lugares de origem; 
 
e) Faça a inspeção visual geral do veículo; 
 
f) Observe se pneus e rodas estão limpos e restaurados; 
 
g) Por último, aplique um algodão ou papel para polimento em toda a área 
externa da carroceria, caso um ou outro não deslize de forma uniforme, é 
sinal de que alguma parte ainda necessite de um polimento, repita os 
passos vistos até aqui. 
 
Encerradas as operações de limpeza e acabamento, feche bem as embalagens de 
forma prática e segura, mantendo-as longe de animais e crianças. Jogue resíduo e 
embalagens vazias em lixeiras apropriadas e identificadas. Não reutilize embalagens, 
principalmente para fins domésticos e mantenha sempre seus rótulos em perfeitas 
condições, pois eles contêm todas as informações do produto. 
 
Polimento 
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Polimento 
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Referências bibliográficas 
 
 
 
 
 
Trabalho compilado e reproduzido a partir de material divulgado pela escola SENAI do 
Paraná. 
 
 
1. Apostila de polimento SENAI – PR