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Resolução dos Casos Concretos

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Aluna: DAIANA CARVALHO DE OLIVEIRA
MATRICULA:201408391554
Resolução dos Casos Concretos
Aula 1:
Questão 1 
Identifique se os excertos, a seguir, são narrativos ou argumentativos, justificando a sua resposta, com alguns fragmentos do próprio texto em análise. Para realizar essa proposta de trabalho, consulte o esquema apresentado acima. 
Fragmento 1 
Augusto ajuizou Ação em face de seu vizinho Germano, alegando, em linhas gerais, que o Réu lhe esbulhou uma parte de seu terreno onde existe um córrego com água potável e um abrigo para vacas leiteiras. Pede liminarmente a reintegração de posse, dizendo que houve violência, que a invasão se deu durante a noite - clandestinamente, portanto - e que isso lhe trouxe crescentes prejuízos. Em sua Petição Inicial, seu advogado explicou os fatos e, entre outros argumentos, justificou, a partir dos prejuízos, a necessidade de obter jurisdição de urgência.
Narrativo, uma vez que o trecho apresentado é um relatório em que são apresentadas as alegações feitas por um advogado ao Autor em sua petição inicial.
Fragmento 2 
O alimentando não presta ao alimentado os alimentos indispensáveis à sua subsistência na forma da lei civil, razão por que está passando por privações. O alimentando encontra-se em situação estável, trabalhando atualmente como mecânico autônomo e percebe a quantia aproximada de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) mensais.
Narrativo, pois neste fragmento o autor narra os fatos que comprovam o não cumprimento da obrigação jurídica entre o alimentando e o alimentado.
Fragmento 3 
Depreende-se da narrativa autoral que o que se pretende com a presente insurgência é discutir problemas familiares, revolvendo questões antigas e atritos/mágoas que sempre existiram e que estavam limitadas ao âmbito familiar, trazendo o Autor um desabafo emocional, mas, sem o menor constrangimento, expôs a público a privacidade de parte de seus familiares, maculando a imagem e a intimidade destes, desconsiderando o Autor a sua própria assertiva em Inicial “roupa suja se lava em casa” (Anexo II, item 17 , fl. 146).
Argumentativo, pois defende uma tese.
Fragmento 4 
O autor afirmou que o réu bloqueou a conta da empresa, impedindo-lhe de pagar fornecedores, empregados e impostos. Além disso, o autor assegurou que o réu teria cometido uma grave ilegalidade, pois abriu uma filial da empresa de sua mãe, “Chique- Chique”, supostamente concorrente, no mesmo endereço da empresa que é sócio com o autor, sem qualquer tipo de autorização prévia e utiliza-se de toda a estrutura de maneira completamente ilegal, com a intenção de vender a carteira de clientes da empresa, no escopo de encerrar suas atividades, asfixiar o autor financeiramente, e usurpar a estrutura e credibilidade do ponto comercial para instalar uma filial de sua empresa em Brasília.
Narrativo, posto que é feito um relato do que o Autor alegou e não há nenhuma defesa de tese.
Fragmento 5 
Não se duvida de que é de clareza solar que o Autor utiliza seus petitórios para expor sua interpretação distorcida, aleatória e até leviana do indigitado e-mail, com ilações inverídicas e extremamente distanciadas da verdade e do intento da Ré, que buscou apenas relatar fatos ocorridos no âmbito familiar e demonstrar o seu amargor e repulsa com a ofensa à sua honra, pois foi chamada de “ladra” pelo Autor, buscando, assim, e precipuamente alertar que novas desavenças familiares poderiam ocorrer, em razão de determinadas posturas do Autor, como a que se instaurou com a propositura da presente ação.
Argumentativo, pois há uma clara defesa da Ré neste fragmento.
Fragmento 6 
Assim, resta evidente que a requerida, ao aliciar o cantor Zeca Pagodinho ainda na vigência do contrato e veicular a campanha publicitária com referência direta à campanha produzida anteriormente pela autora, causou-lhe prejuízos, porque, por óbvio, foram inutilizados todos os materiais já produzidos pela requerente com tal campanha e perdidos eventuais espaços publicitários já adquiridos e não utilizados.
Argumentativo, porque há a defesa da tese de que a requerida aliciou o cantor e trouxe prejuízos a requerente.
Rio, 16 de abril de 2020
Resolução dos Casos Concretos
Continuação – Caso concreto AULA 1
Questão 2: objetivas
1. No contexto da temática Tipologia textual e Narrativa Jurídica, identifique a opção que apresenta a correspondência adequada/correta entre característica e tipologia textual: 
(A) Narração: um texto narrativo possui os elementos indispensáveis da narrativa (O quê? Quando? Como? Onde? Quem? Por quê?). 
(B) Argumentação: pode aparecer na narrativa jurídica simples. (Falso porque na argumentação sempre irá aparecer a narrativa jurídica valorada).
(C) Narração: um texto narrativo jamais poderá apresentar uma outra tipologia textual. 
(D) Descrição: um texto descritivo sempre aparece com a tipologia textual argumentação. 
(E) Argumentação: um texto argumentativo não poderá apresentar modalizadores.
Gabarito: Letra A
2. Analise o fragmento extraído de uma Petição Inicial e indique a que tipo textual pertence: 
DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: 
a) A procedência da ação para condenar a ré a efetuar o pagamento ao autor na importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescidos de juros e correção monetária; 
b) A condenação da requerida ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios na forma da lei; 
c) A citação do representante legal da pessoa jurídica que figura no polo passivo para, querendo, no prazo legal, contestar a ação; 
(A) Narrativo. (Não há narrativa de fatos)
(B) Injuntivo. 
(C) Dissertativo-argumentativo. (Não há defesa de tese)
(D) Descritivo. (Não há presença de descrição)
(E) Dissertativo-expositivo (Não se está explicando nada, mas sim, pedindo, injungindo)
Gabarito: Letra B
Resolução dos Casos Concretos
AULA 2:
Há uma regularidade na organização das peças processuais: são indispensáveis a narrativa dos fatos importantes da lide, a fundamentação de um ponto de vista e aplicação da norma, em forma de pedido, decisão etc. Não importa se a narrativa dos fatos será denominada “dos fatos” (petição inicial) ou “relatório” (sentença, parecer, acórdão). Também não cabe, neste momento, nomear a parte argumentativa como “do direito” (petição inicial) ou fundamentação (parecer). Pretendemos apenas, como já dissemos, que o estudante de Direito perceba que as peças processuais seguem, independente de suas peculiaridades, uma estrutura regular: narrar, fundamentar e pedir. Essa estrutura não existe sem motivação. Uma proposta teórica, internacionalmente conhecida, chamada Teoria Tridimensional do Direito, do jusfilósofo brasileiro Miguel Reale, defende que o Direito compõe-se de três dimensões: FATO, VALOR e NORMA. Assim:
(...)
Motivado por essa explicação, leia os casos concretos que seguem e responda à questão. 
Caso concreto 1 
O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro (onde), no ano de 2005 (quando). Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um mecânico, também desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um ano e meio. 
É importante mencionar que essa mulher, Marcela (Quem), estava gestando o quarto filho. No mês de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um deslizamento de terra arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a tempo. Morreu soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco no colo. A enfermeira o permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e morreu. (Como)
Perguntada por que tomara aquela atitude, disse que não gostaria que seu filho passassepor tudo o que os demais estavam passando: fome e miséria (por quê?). Um exame realizado no Instituto Médico Legal apontou que Marcela se encontrava em estado puerperal no momento em que matou o próprio filho (o quê). 
Caso concreto 2:
Este segundo caso ocorreu em São Paulo (onde). A secretária Adriana Alves (quem) engravidou do namorado e, sem saber explicar por qual motivo, não contou o fato para ele; também não contou para mais ninguém (o quê). Seus pais, com quem morava, não sabiam de sua gravidez. Não compartilhou esse segredo com amigas ou colegas de trabalho. Definitivamente, ninguém conhecia a gestação de Adriana. 
Com o passar dos meses, Adriana não recebeu qualquer tipo de acompanhamento ou cuidado pré-natal especial; escondia a barriga com cintas e usava roupas largas. No mês de dezembro de 2006 (quando), quando participava de uma festa de final de ano, no escritório em que trabalha, sentiu -se mal e foi para casa. 
Sua intenção era realizar o parto sozinha e jogar a criança em um rio próximo à sua casa. Ocorre, porém, que o parto não transcorreu tranquilamente. Adriana teve complicações e teve de puxar à força a criança. Depois, matou-a afogada na bacia de água quente que separou para realizar o parto. Para se livrar da justiça, jogou a criança, já morta, no rio, enrolada em um saco preto. (como) 
Muito debilitada, foi a um hospital buscar ajuda para si, mas não soube explicar o que aconteceu. Após breve investigação da Polícia, Adriana confessou tudo o que fizera. Exames comprovaram que ela não estava sob o estado puerperal.(por quê)
Questão 1 
a) Indique os elementos da narrativa dos casos lidos. 
Os elementos da narrativa estão marcados nos casos em grifos amarelos e os elementos em vermelho.
b) Ao perceber que as circunstâncias como a conduta é praticada influenciam substancialmente o crime imputado ao agente, o profissional do direito deve estar atento para selecionar todas as informações que não podem deixar de constar de sua exposição dos fatos. Identifique nos dois casos concretos quais informações não podem deixar de ser narradas e as indique em tópicos. 
Demonstrado nos textos através de grifo azul.
c) Quais crimes praticaram Marcela e Adriana? Defenda seus pontos de vista em um parágrafo.
Marcela cometeu o crime de infanticídio, previsto no art. 123 do Código Penal, uma vez que ela se encontrava sob o estado puerperal, sendo este o elemento objetivo do tipo penal infanticídio.
Adriana Alves cometeu o crime de homicídio privilegiado doloso, previsto no art. 121 do CP, uma vez que ausente o elemento objetivo do tipo penal infanticídio, tal seja o estado puerperal.
Questão 2: Objetivas. 
1. As narrativas jurídicas contêm características distintas das demais narrativas. Além disso, podem ser simples ou valoradas. Independentemente de serem simples ou valoradas, toda narrativa jurídica apresenta esta característica: 
(A) Ser escrita em terceira pessoa.
(B) Apresentar a descrição dos espaços. (F) (nem sempre apresenta descrição de espaço)
(C) Ser parcial. (valorada)
(D) Conter modalizadores. (Se for uma narrativa simples, não tem modalizador)
(E) Ser imparcial. (simples)
Letra A
2. Leia o trecho, analise os elementos constitutivos da narrativa e marque a alternativa correta:
 	Trata-se de negligência ao dever de cuidar de Maria de Lurdes Silva, 27 anos, a que expôs sua filha Carla Silva de dois anos. O fato ocorreu em Botafogo, Rio de Janeiro. 
(A) Não é possível extrair do parágrafo o elemento "onde". (F)
(B) É possível extrair do parágrafo o elemento "quando". (F, não é possível) 
(C) O parágrafo informa o porquê do conflito. (F. não fala o motivo)
(D) É desconhecido o agente da ação. (F. Maria de Lurdes)
(E) O fato gerador (o quê) do conflito não se encontra identificado nesse parágrafo, somente sua valoração. (V)
Resolução Caso Concreto – Aula 3
Questão 1 
Considere que as informações juridicamente importantes são aquelas que precisam constar da narrativa jurídica porque o julgador necessita desses fatos para esclarecer o conflito e solucionar a lide. 
Assim, redija uma narrativa jurídica sobre o caso concreto abaixo, selecionando todas as informações relevantes em ordem cronológica e verifique, ainda, se constam dela os seguintes elementos que a constituem: o quê, quem, por quê, quando, onde, como (passo a passo da narrativa). 
Faça uso dos tempos verbais no passado e na terceira pessoa do singular em busca de maior veracidade para os fatos narrados. 
Caso Concreto 
No dia 9 fevereiro de 2015, em uma segunda-feira ensolarada, Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, com muita pressa, toda maquiada e com um belo coque e óculos escuros vermelhos, com roupas e sapatos estranhos à moda atual, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto Alegre. Ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h55min às 16h26min. Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte diarreia. Pediu, então, à estagiária do banco, moça muito magra e extremamente bem vestida, com olhos de ressaca alencariana, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas para tornar-se mais modernoso e atraente aos clientes e aos funcionários. Sentindo fortes dores abdominais, a aposentada explicou a situação à gerente, qu e prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para acompanhá -la. Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantes da agência, que era muito alto, forte e malhado, o telefone da prefeitura e o número da Lei das Filas. Como o atraente vigilante não lhe deu atenção, ela resolveu ligar para a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). O atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem nenhuma explicação. Só depois de uma hora, a Srª. Iolanda foi conduzida ao banheiro por uma estagiária chamada Helena Miranda. Ao sair da agência, acompanhada de Hilda Thomás dos Santos, secretária, 29 anos, morena, muito elegante e simpática, cliente do Banco, que também se encontrava no interior da agência e que se prontificou a servir de testemunha do constrangimento, martírio e descaso por que passou, a aposentada registrou Boletim de Ocorrência, no qual informou que se sentiu constrangida, humilhada e desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o problema físico que a acometia, sem que nenhuma providência fosse tomada. Matilde Correa, baixinha e nada elegante, gerente da agência bancária, ao ser interrogada, alegou que a situação que se criou foi fruto da impaciência da cliente, num dia de pagamento de benefícios, em que a agência se encontrava cheia e ainda por cima com o aparelho de ar condicionado com defeito. E disse, ainda, que a presença de funcionário para acompanhá-la se fazia necessária, pois o trajeto até o banheiro privativo dos funcionários passa pelo cofre do Banco. (Texto adaptado)
Resposta:
I) DOS FATOS
No dia 9 fevereiro de 2015, a Autora, Iolanda de Araújo Nogueira, aposentada, 72 anos, portadora de doença degenerativa, dirigiu-se à agência do Banco do Estado do Rio Grande Sul (Banrisul) na cidade de Pelotas, com o propósito de sacar dinheiro para custear o seu tratamento médico em Porto Alegre. 
No entanto, a Autora ficou em duas filas aguardando atendimento, no período das 14h55min às 16h26min. Neste intervalo, sentiu-se mal, tendo sido acometida por forte dor intestinal. Pediu, então, à estagiária do banco, acesso ao banheiro, mas foi informada de que os banheiros dos funcionários não podiam ser emprestados e o destinado aos clientes passava por reformas para tornar-se mais confortável aos clientes e aos funcionários. 
Sentindo fortes dores abdominais, a aposentada explicou a situação à gerente, que prometeu ceder o banheiro privativo assim que dispusesse de uma funcionária para acompanhá-la. 
Com a demora, a aposentada pediu a um dos vigilantesda agência, o telefone da prefeitura e o número da Lei das Filas. Como o vigilante não lhe deu atenção, ela resolveu ligar para a Brigada Militar (a polícia militar gaúcha). Porém, o atendente, após ouvir seu relato, desligou o telefone, sem nenhuma explicação. 
Só depois de uma hora, a Autora foi conduzida ao banheiro por uma estagiária. Ao sair da agência, acompanhada de Hilda Thomás dos Santos, secretária, cliente do Banco, que também se encontrava no interior da agência e que está indicada como testemunha do constrangimento, martírio e descaso por que passou a Autora.
Desse modo, a aposentada registrou Boletim de Ocorrência, no qual informou que se sentiu constrangida, humilhada e desrespeitada em sua dignidade quando precisou expor o problema físico que a acometia, sem que nenhuma providência fosse tomada. 
Sendo assim, apresentados os fatos, requer-se que seja feita Justiça.
Questão 2
Coloque os fatos dos casos concretos 1, 2 e 3 na ordem cronológica ou linear, estabelecendo relações lógicas entre os raciocínios, e, em seguida, responda às perguntas básicas sobre cada um deles, como: QUEM QUER?, QUER O QUÊ?, DE QUEM?, POR QUÊ?, ONDE?,QUANDO?, COMO?. A resposta a essas perguntas são importantes porque permitem perceber vários pontos relevantes dos casos concretos em estudo. Observe:
 QUEM QUER? Retrata a parte que o advogado representa/Autor.
 QUER O QUÊ? - Retrata o pedido, o mérito.
 DE QUEM? Delimita a parte/ Réu
 POR QUÊ? Retrata a causa de pedir, fundamentos de fato e de direito
 ONDE? Sinaliza a competência/lugar 
QUANDO? É relevante porque se refere à ideia de tempo (dia, mês, ano), marcando a relação de anterioridade e posterioridade dos fatos narrados, isto é, a sequência cronológica em que os fatos ocorreram
COMO? O elemento como é o passo a passo da situação fática e auxiliará, inclusive, na interpretação do caso concreto, pois é a Narrativa Jurídica propriamente dita.
CASO CONCRETO 2
XIV EXAME DA ORDEM /2014
 Síntese da entrevista realizada com Heitor Samuel Santos, brasileiro, solteiro, desempregado, filho de Isaura Santos, portador da identidade 559, CPF 202, residente e domiciliado na Rua Sete de Setembro, casa 18, Manaus, Amazonas, CEP 999:
( 2 ) teve a CTPS assinada como assistente de estoque.
( 4 ) mas, em parte do horário de trabalho, também realizava as tarefas de um analista de compras, pois seu chefe determinava que ele fizesse pesquisa de preços e comparasse a sua evolução ao longo do tempo, atividades estranhas à sua função de assistente de estoque.
( 3 ) trabalhava de 2ª a 6ª feira, das 8h às 16h45min, com intervalo de 45 minutos para refeição, e, aos sábados, das 8h às 12h, sem intervalo.
( 10 ) é portador de deficiência e soube que, após a sua dispensa, não houve contratação de um substituto em condição semelhante.
( 7 ) a empresa possui 220 empregados.
( 8 ) seu e-mail pessoal era monitorado pela empresa porque, na admissão, estava ocorrendo um problema na plataforma institucional, daí porque a ex-empregadora acordou com os empregados que o conteúdo de trabalho seria enviado ao e-mail particular de cada um, desde que pudesse fazer o monitoramento.
( 1 ) trabalhou na fábrica de componentes eletrônicos Nimbus S.A. situada na Rua Leonardo Malcher, 7.070, Manaus, Amazonas, CEP 210, de 10.10.2012 a 02.07.2014.
( 6 ) foi dispensado em 2/7/2014, sem justa causa e recebeu sua indenização corretamente.
( 9 ) que, em razão disso, o empregador teve acesso a diversos escritos e fotos particulares do depoente, inclusive conteúdo que ele não desejava expor a terceiros.
( 5 ) durante o contrato sofreu descontos a título de contribuição sindical e confederativa, mesmo não sendo sindicalizado.
CASO CONCRETO 2
XIV EXAME DA ORDEM /2014
 Síntese da entrevista feita com Bruno Silva, brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade 0011, CPF 0012 e PIS 0013, filho de Valmor Silva e Helena Silva, nascido em 20.02.1990, domiciliado na Rua Oliveiras, 150 ? Cuiabá ? CEP 20000-000:
( 6 ) Bruno costumava fazer digitação de trabalhos de conclusão de curso para universitários, ganhando em média R$200,00 por mês, mas no período em que esteve afastado pelo INSS não teve condição física de realizar esta atividade, que voltou a fazer tão logo retornou ao emprego.
( 4 ) No acidente, sofreu amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a tratamento médico e psicológico, gastando com os profissionais R$ 2.500,00 entre honorários profissionais e medicamentos e levou consigo os recibos.
( 2 ) que teve a CTPS assinada e exercia a função de empacotador, recebendo por último o salário de R$ 1.300,00 por mês; que sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes numa máquina adquirida para tal fim.
( 1 ) Que foi admitido em 05.07.2011 pela empresa Central de Legumes Ltda., situada na Rua das Acácias, 58 ? Cuiabá ? CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa em 27.10.2013, quando recebeu corretamente as verbas da extinção contratual;
( 5) No seu retorno ao trabalho, foi comprovada pelos peritos do INSS a perda de 20% da sua capacidade laborativa, razão por que foi readaptado a outra função.
( 3 ) Em 30.11.2011 sofreu acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou presa no interior do equipamento, ficou afastado pelo INSS e recebeu auxílio doença acidentário até 20.05.2012, quando retornou ao serviço.
( 7 ) A CIPA da empresa, convocada quando da ocorrência do acidente, verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança para que ela trabalhasse com maior rapidez e, assim, aumentasse a produtividade.
CASO CONCRETO 3
XIV EXAME DA ORDEM /2012
( 2 ) O terreno está situado na Rua Cardoso Soares nº 42, no bairro de Lírios, na cidade de Condonópolis, no estado de Tocantins.
( 6 ) Em razão disso, Norberto tem sido constantemente sondado a se retirar do local, recebendo ofertas de valor insignificante, já que as construtoras alegam que o terreno sequer pertence a ele, pois está registrado em nome de Cândido Gonçalves.
( 1 ) Norberto da Silva, pessoa desprovida de qualquer bem material, adquiriu de terceiro, há nove anos e meio, posse de terreno medindo 240m² em área urbana, onde construiu moradia simples para sua família.
( 7 ) Norberto não tem qualquer interesse em aceitar tais ofertas; ao contrário, com setenta e dois anos de idade, viúvo e acostumado com a vida na localidade, demonstra desejo de lá permanecer com seus filhos.
( 4 ) A posse é exercida ininterruptamente, de forma mansa e pacífica, sem qualquer oposição.
( 5 ) No último ano, o bairro passou por um acelerado processo de valorização devido à construção de suntuosos projetos imobiliários.
( 3 ) São seus vizinhos do lado direito Carlos, do esquerdo Ezequiel e, dos fundos, Edgar.
Questão 3: objetivas
1. Marque a alternativa que melhor preenche a lacuna em: "____________ são aqueles que importam diretamente para a aplicação da norma jurídica."
(A) Fatos cronologicamente organizados
(B) Fatos juridicamente importantes.
(C) Fatos que satisfazem a curiosidade do leitor.
(D) Fatos que contribuem para a compreensão dos que são relevantes.
(E) Fatos que dão ênfase a informações relevantes.
2. A estrutura da narrativa é uma __________________ relacionados entre si de forma coerente, em que há uma ordem ______________ e ______________.
(A) descrição / linear / acronológica.
(B) sequência de fatos / temporal / casual.
(C) relação de valores / casual / cronológica.
(D) apresentação de teses / narrativa / argumentativa.
(E) sequência de fatos / argumentativa / casual.
 Resolução Caso Concreto – Aula 4
Questão 1 - Leia o fragmento, compreenda seu sentido global e parafraseie seu conteúdo. 
Consoante orientação de Malhães, “os estudantes que estão se iniciando na vida intelectual precisam ser orientados pelos seus professores, a fim de adquirirem familiaridade com os livros e habilidades na seleção das obras a serem consultadas”[footnoteRef:1]. (Citação Direta) [1: ] 
Resposta:
	Conforme leciona Malhães1 é importante que haja uma orientação por parte dos professores para comseus alunos a fim de que estes, que estão iniciando a vida acadêmica, possam adquirir uma maior proximidade com os livros e as demais obras que possam vir a consultar. (Citação Indireta)
Questão 2 - o texto adiante é rico em polifonia. Identifique essas ocorrências e comente qual o papel dessas informações na construção do texto. 
O Ministério Público de Santa Catarina impediu que o bacharel em Direito Carlos Augusto Pereira prestasse concurso público para Promotor de Justiça do órgão, por ele ser cego. Ele recorreu da decisão, mas teve o seu pedido negado. Na carta em que justifica a medida, o MP de Santa Catarina alegou que a função é indelegável, e Pereira, "obrigatoriamente, teria que se socorrer de pessoas estranhas ao quadro funcional que não prestaram juramento público”. O Presidente da Comissão de Concurso, Pedro Sérgio Steil, afirmou que o "Promotor tem de preservar o sigilo e não pode repassá-lo a ninguém. Há impossibilidade de exercício profissional de uma pessoa com essa deficiência". Já o Presidente da Associação Nacional do Ministério Público, Marfam Vieira, discorda. "Não vejo incompatibilidade. Há áreas em que ele poderia atuar perfeitamente. E é função do Ministério Público proteger o deficiente físico, sobretudo porque a Constituição determina reserva de vaga nos concursos públicos. É lamentável que o MP de Santa Catarina esteja praticando um ato de discriminação". Marfam vai pedir à presidência da Associação do MP daquele Estado que reveja a decisão. Carlos Augusto Pereira afirmou que, "se fosse aprovado, teria um funcionário investido de fé pública", para ler os documentos para ele. " “A orientação da manifestação ministerial seria dada por mim. Além disso, há sistemas que fazem a leitura pelo computador, como os sintetizadores de voz", ressaltou, ainda, Vieira. O Estado de Santa Catarina tem na Procuradoria da Advocacia Geral da União - órgão federal - um cego, Orivaldo Vieira. Há casos semelhantes em outros Estados do país. O procurador do Trabalho, Ricardo Marques da Fonseca, chefe da Procuradoria Regional de Campinas, e o defensor público Valmery Jardim, também são cegos. O bacharel é funcionário concursado da Justiça Eleitoral. Na ocasião do concurso, para auxiliá-lo nos exames, foram designados dois advogados: um leu para ele a prova e os livros usados para consulta, e o outro escreveu as respostas. O candidato considera ter sido uma vítima do preconceito e vai mover uma ação em face do órgão catarinense e exigir indenização por danos morais. Ainda segundo o Corregedor-Geral do MP de Santa Catarina, “um cego precisaria, em algumas circunstâncias, do auxílio de outra pessoa. A tecnologia fornece facilidades, mas o reconhecimento de provas ou o exame de uma perícia ficam prejudicados. Não é razoável que o Estado tenha de criar uma estrutura para viabilizar uma exceção?” 
Resposta:
	O uso da polifonia traz no texto a ideia das personagens, no caso em tela, traz a voz, a opinião das autoridades mencionadas.
Questão 2 – 
Objetivas. 1. A mudança de posição dos termos em destaque, proposta na versão à direita, PREJUDICA o sentido pretendido no texto original apenas em... 
(A) TEXTO ORIGINAL: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem promovidos em Minas. 'É impossível falar sobre a desorganização administrativa que se instalou no Estado em apenas um minuto', justificou,... (ESTADO DE MINAS - 1/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem promovidos em Minas. "É impossível, em apenas um minuto, falar sobre a desorganização administrativa que se instalou no Estado", justificou,... 
(B) TEXTO ORIGINAL: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado até os presos escondidos dentro de galinhas assadas. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado, escondidos dentro de galinhas assadas, até os presos. 
(C) TEXTO ORIGINAL: Apesar de os atiradores estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver seus rostos, que estavam em uma moto Honda XL250. (A GAZETA - 12/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Apesar de os atiradores, que estavam em uma moto Honda XL250, estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver seus rostos.
(D) TEXTO ORIGINAL: Victor dá posse amanhã a Rômulo Penina, para a casa civil, que acumulará os dois cargos. (A GAZETA - 1/4/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Victor dá posse amanhã, para a casa civil, a Rômulo Penina, que acumulará os dois cargos. 
(E) TEXTO ORIGINAL: Com essa aquisição, a Saraiva, que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos, deu um passo largo para dominar o mercado. (A GAZETA - 27/8/98) ALTERAÇÃO PROPOSTA: Com essa aquisição, a Saraiva deu um passo largo para dominar o mercado, que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos. 
2. Sobre polifonia e intertextualidade, qual a análise incorreta? 
(A) A polifonia é a incorporação ao discurso de asserções emitidas diretamente por terceiros. 
(B) A polifonia é um reforço à linha argumentativa e ao recorrer a vozes alheias pelas citações, busca fundamentar proposição. 
(C) Na intertextualidade a citação INdireta é uma ocorrência predominante na fundamentação do argumento. 
(D) A intertextualidade sem uma intenção exclusivamente argumentativa repete - ideias e falas - de outros emissores, as quais serão notadas em função do repertório de leitura do interlocutor e não pela citação direta. 
(E) A paráfrase é um recurso linguístico presente tanto na polifonia quanto na intertextualidade.

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