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ED - Suporte Basico de Vida

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ED – SUPORTE BASICO DE VIDA
CONTEÚDO 1- O SISTEMA DE EMERGÊNCIA MÉDICA
EXERCÍCIOS
O Sistema de Emergências Médicas 
O sistema de emergência médica pré- hospitalar teve sua consolidação durante a guerra do Vietnã, reduzindo drasticamente o risco de morte dos feridos, seja através do controle de grandes hemorragias como também no transporte rápido das vítimas até os centros especializados.
Na década de 70, houve uma valorização deste tipo de atendimento, e a criação de insumos importantes, como o desfibrilador cardíaco, instrumento este utilizado até hoje, contudo, com uma influência tecnológica invejável.
O Serviço de Emergência Médica (SEM) consiste num conjunto de ações extra-hospitalares, hospitalares e intra-hospitalares que possibilitam uma ação multidisciplinar rápida e eficaz em situações de emergência clínica ou traumática e com risco de vida eminente. 
Tem como representação visual, um símbolo de origem americana denominado “Estrela da Vida”, constituído por seis faixas onde cada faixas corresponde as fases de um atendimento de emergência e o bastão com a serpente enrolada, ao centro, que está relacionada com a área da saúde.
1- DETECÇÃO – Percepção da situação de emergência e da presença de vítimas.
2- ALERTA – Rede de contatos.
• Alguns autores defendem a existência de uma fase intermediária.
PROTEÇÃO- Ações desenvolvidas para evitar um agravo da situação de emergência.
3- PRÉ- SOCORRO- medidas adotadas até o socorro especializado.
4- SOCORRO- cuidados direcionados à vitima com intuito de aliviar o sofrimento, reduzir a incapacidade e prevenir a morte.
5- TRANSPORTE- transferência da vítima do local do acidente até a unidade de saúde que ofereça tratamento adequado.
6- TRATAMENTO DEFINITIVO- local onde o tratamento definitivo da vítima é realizado.
Um dado importante a ser mencionado, refere-se à consolidação de uma política de saúde publica para os atendimentos de urgência e emergência. Pode-se observar que nos últimos anos houve a implementação de diferentes estratégias de coordenação no sistema de atendimento móvel de urgência. Essas estratégias tem sido adotadas por diversos programas de governo nas três esferas de poder – federal, estadual e municipal – como políticas publicas de saúde para consolidar as atividades do Atendimento pré-hospitalar (APH).
A Portaria Nº 814 de 24 de julho de 1999 regulariza as atividades do APH em todo o Brasil, enquanto que a portaria nº 884/GM, de 2001, normatiza os Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel de Urgência e define princípios e diretrizes da regulação médica das urgências; em 2002, a portaria nº 2048/GM, estruturou o Sistema de Urgência e Emergência e o Atendimento Pré-Hospitalar em dois tipos de atendimentos, o Suporte Básico de Vida e o Suporte Avançado de Vida, e um ano depois houve a consolidação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU – 192).
Cabe ressaltar que nesta portaria tambem está determinando os diferentes tipos de transporte para a remoção da vítima dependendo da gravidade e do risco de vida apresentado. Entre eles podemos destacar: Ambulância de Transporte (Tipo A), Ambulância de Suporte Básico (Tipo B), Ambulância de Resgate (Tipo C), Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D), Aeronave de Transporte Médico (Tipo E), Embarcação de Transporte (Tipo F).
O Atendimento Pré-Hospitalar:
O Ministério da Saúde define APH como os cuidados imediatos oferecidos às vitimas de agravos traumáticos ou não, que podem acarretar em sofrimento e até a morte, no local do acidente, prestados por profissionais treinados, como bombeiros, policiais, médicos, equipe de enfermagem (enfermeiro, auxiliares e técnicos) até o encaminhamento desta vítima para um serviço de saúde especializado, sendo que este pode ser aéreo, terrestre ou marítimo dependendo da gravidade.
O APH envolve uma sequência de atividades que compreendem desde a segurança do local, avaliação inicial da vítima, estabilização dos sinais vitais e o transporte adequado e rápido para uma unidade especializada. E para que este atendimento seja eficaz é necessário que a equipe tenha um preparo emocional, cognitivo e psicomotor.
Antes da determinação do tipo de atendimento, o socorrista é obrigado avaliar a cena para que possa dimensionar os riscos potenciais existentes nela, prevenindo desta maneira outros acidentes que possa vir a ocorrer. A Avaliação de Cena é divida em quatro fases:
1)Segurança - verificar se a cena é segura para ser abordada;
2)Cinemática do Trauma - verificar como se deu o acidente ou sinistro 3)Bioproteção - uso de Equipamentos de Proteção Individual- EPI (luvas, óculos de proteção, máscara), para evitar a contaminação por agentes biológicos, substâncias tóxicas.
4)Triagem/Nr de Vítimas.
A execução do APH pode ser realizado em dois modelos distintos:
a) Suporte Básico de Vida (SBV): que consiste no atendimento básico, isento de cuidados invasivos, podendo ser realizado por leigos previamente treinados. A unidade móvel é composta de um motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem, cabendo a eles atender situações de inexistência de risco imediato à vida.
Compete à equipe de suporte básico:
• atendimentos a pacientes traumatizados, quaisquer que sejam as causas, uma vez que seja estabelecido pelo médico regulador que não há risco imediato à vida;
• atendimentos a pacientes portadores de patologias clínicas, quaisquer que sejam as etiologias, uma vez que seja estabelecido pelo médico regulador que não há risco imediato à vida.
b) Suporte Avançado de Vida (SAV): é caracterizado pelo atendimento mais invasivo e com suporte ventilatório e circulatório, em situações onde há um grau de comprometimento das funções vitais, capaz de comprometer seriamente a qualidade ou a expectativa de vida da vítima. Esta unidade móvel é formada obrigatoriamente, por um médico, um enfermeiro e um motorista, que se revezam conforme escala de trabalho pré-determinada.
Compete, portanto, à equipe de suporte avançado:
• atendimentos a pacientes traumatizados,quaisquer que sejam as causas comrisco imediato à vida;
• atendimentos a pacientes portadores de patologias clínicas,quaisquer que sejam as etiologias, que há risco imediato à vida.
Corrente de Sobrevida
Uma vez abordada a cena do trauma ou o local onde a vítima se encontra, e definido a priorioriade do resgate que estará diretamente relacionada com o maior risco de morte, o socorrista deve iniciar uma sequencia de atividades padronizadas e ordenadas, denominada “Corrente de Sobrevida”.
Em 1992, a American Heart Association (AHA), define a “Corrente de Sobrevida” como uma série, ordenada e encadeada, de medidas que devem ser tomadas no atendimento de uma Parada Cardiorespiratória (PCR). Para que esta cadeia seja eficaz é necessário que todas as etapas sejam realizadas, pois todas tem similar importância, além de serviços de atendimento de emergência ágeis e bem preparados.
A cadeia de sobrevivência é constituída por 5 elos: 1º- Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço e Urgência; 2º- Ressuscitação CardioPulmonar (RCP), com ênfase nas compressões torácicas; 3º- Rápida Desfibrilação; 4º- Suporte avançado de vida; 5º- Cuidados pós parada cardíaca eficiente;
Em 2015, de acordo com revisão das Diretrizes do AHA, a cadeia/corrente de sobrevida deve ser definida como a partir do local onde ocorreu a PCR, se intra ou extra - hospitalar, criando duas Cadeias de Sobrevivência do adulto. Para o extra-hospitalar a ênfase é a resposta imediata a PCR súbita. Dentro deste contexto, há a necessidade de exposição nas mídias sociais, da necessidade de recrutamento de voluntários para realizarem a RCP se estiverem próximos à uma vítima de PCR. Já a prevenção desses eventos indesejáveis, é o foco no intra-hospitalar.
Podemos descrever os elos desta corrente e as avaliações necessárias para esse atendimento, como o primeiro elo: acesso precoce
Estudos recentes mostram que não é mais necessário checar o pulso, e sim reconhecer se a vítima está em PCR. Dentro deste elo pode-se incluir a avaliação primária ondeé avaliado a responsividade/nível de consciência, através de um contato verbal ou tátil; se a vítima não responder, imediatamenre, deverá ser observado os movimentos respiratórios por 10 segundos, se a mesma não estiver respirando ou com dificuldade respiratória o Servico de Emergência – SAMU 192, deve ser acionado rapidamente.
Ao se deparar com qualquer acidente, alguns aspectos devem ser considerados obrigatoriamente, para manter a segurança tanto da pessoa que estará prestando os cuidados quanto da própria vítima.
- segurança do local do acidente;
- quantidade de vítimas;
- gravidade do caso;
- nível de consciência da(s) vítima(s);
- necessidade de movimentação/remoção da vítima;
- informação das testemunhas;
- mecanismo de lesão e cinemática do trauma;
- estado geral da(s) vítima(s):Outro ponto não menos importante, para que não haja contaminação, é a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelo socorrista, antes da manipulação da vítima, como: luvas de procedimentos, avental, óculos e máscara. Também é importante observar rapidamente se existem perigos, como : fios elétricos soltos e desencapados; tráfego de veículos; andaimes, e vazamento de gás; entre outros e adotar atitudes preventivas, em relação a geração de novos acidentes.
As informações obtidas por esse processo são de extrema valia para o posterior exame a ser realizado na vítima, pois com base nas lesões sofridas e nos seus sinais vitais, as prioridades do atendimento serão estabelecidas. 
A avaliação secundária e a realização do exame da vítima de uma emergência clínica ou traumática, deve ser rápida, sistemática e realizada imediatamente após a avaliação inicial da cena e deve compreender:
- nível de consciência (respostas lógicas de nome, idade);
- respiração (entrada e saída de ar espontânea);- presença de hemorragia (detectar quantidade e local de saída);
- tamanho e simetria das pupilas;
- temperatura corporal;
- presença de ferimentos e incapacidade funcional;
- áreas dolorosas.
Seqüência de avaliação do paciente:
a) Cabeça e Pescoço: Após a avaliação do nível de consciência, palpar cuidadosamente a cabeça e o pescoço á procura de fratura, hemorragia ou depressão óssea; Solicitar que o acidentado movimente lentamente o pescoço, verificar se há dor nessa região, se caso positivo interrompa imediatamente o exame. Faz-se necessário também questionar se a vítima consegue movimentar os quatro membros, suspeitando de fratura da coluna cervical.
b) Coluna Dorsal: O exame consiste em palpar toda a coluna dorsal, desde a nuca até o sacro, questionando sobre dor, que pode indicar alguma lesão.
 c) Tórax, abdome e membros:Expor o tórax, o abdome e as extremidades da vítima e procurar algum ferimento, sangramento, deformação, edema e dor à manipulação.Torna-se importante levar em consideração a exposição excessiva da vítima. Solicitar a movimentação ativa dos quatro membros para pesquisar a presença de incapacidade funcional.
 Ao se deparar com uma vítima inconsciente, deve-se, primeiramente, manter as vias aéreas abertas, realizando a hiperextensão da cabeça ou lateralizá-la, e depois realizar o exame geral, atentando para alguns parâmetros:
-ausência de respiração;
- ausência de circulação (pulso ausente);·
- Hemorragia abundante;·
- sinais de envenenamento;
O segundo elo: RCP precoce
Este elo inclui o início das manobras de reanimação (massagem cardíaca) logo após a não identificação de sinais de vida, descritos no elo anterior. Seguindo as Diretrizes do AHA - 2015 a RCP terá ênfase na massagem cardíaca, mas esta para ser de qualidade e ter eficácia deverá comprimir o tórax na frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno total deste a cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva. Diante disto a sequencia ABC muda pa CAB isso quer dizer que até 2010 dava-se uma maior enfase Abertura de vias aéreas e Breathing (respiração). Nos novos guidelines a enfase é primeiro para as Compressão torácica.
Existem trabalhos que demonstram a importância crucial apenas da compressão cardíaca nos dez primeiros minutos e seus bons resultados mesmo sem a respiração.
O terceiro elo: Desfibrilação precoce - DEA
Na grande maioria das paradas cardíacas ocorre por um fenômeno chamado fibrilação ventricular (FV) e a Taquicardia Ventricular (TV), os quais são caracterizados por um ritmo caótico do batimento do coração, e a aplicação de um choque elétrico é capaz de estabilizar o ritmo. Por essa razão, programas comunitários no mundo todo, chamados Acesso Público à Desfibrilização, disponibilizaram Desfibriladores Esternos Automáticos (DEA) em locais públicos, como aviões, aeroportos, estádios desportivos, entre outros, com o intuito de que pessoas treinadas ou leigas possam dispor deles e aplicar o choque antes mesmo da chegada do serviço de emergência. Atualmente, sabe-se que a desfibrilação precoce é o elo da corrente que mais pode aumentar os índices de sobrevivência, fora do ambiente hospitalar.
O quarto elo: Serviço Médico Básico e Avançado de Vida
O atendimento precoce, seja o básico ou o avançado, prestado por profissionais capacitados no local da emergência é outro elo fundamental para o sucesso do tratamento da parada cardíaca, uma vez que temos acesso ao su­porte ventilatório; a terapia intravenosa com a administração de medicações capazes de manter algumas funções vitais; o controle de arritmias; e a estabilização da vítima para o transporte para o local adequado.
O quinto elo: Cuidados Integrados Pós PCR
Dentre alguns cuidados tem-se a estabilização hemodinâmica da vítima, otimizando a função cardiopulmonar e previnir a disfunção de multiplos orgãos, transferir para uma unidade de cuidados especializados, entre outros.
Numa tentativa de padronização e uniformização das condutas a serem tomadas no atendimento às emergências médicas, várias instituições de ensino de vários países, sobretudo nos Estados Unidos, desenvolveram cursos de capacitação, que têm-se difundido em todo o mundo, tais como: o PreHospital Trauma Life Support (PHTLS) da National Association of Emergency Medical Technicians, o Advanced Trauma Life Support (ATLS) do American College of Surgeons, o Advanced Cardiac Life Support (ACLS) e o Brain Attack da American Heart Association, o Fundamental Critical Care Support (FCCS) da Society of Critical Care Medicine, o Pediatric Advanced Life Support (PALS) da American Academy of Pediatrics e da American Heart Association.
Esses cursos são elaborados com um alto nível de conteúdo científico, realizados dentro de padrões didáticos pré-estabelecidos e rígidos e atualizados periodicamente, para que o conteúdo do manual acompanhe a evolução do conhecimento médico e tecnológico.
Responsabilidade da equipe de profissionais que atuam na área de APH: 
Ocorre quando esta não cumpre a obrigação que tem em relação a vítima, causando-lhe dano. Isto inclui alguns atos que caracterizam o erro, como a negligência que constitui a omissão ou a não observância de determinados deveres por parte da equipe; a imprudência, que constitui a omissão de cautela, precipitação ou audácia do ato a ser realizado pela equipe; e a imperícia que constitui na inaptidão, ignorância, falta de destreza ou insuficiência de conhecimento técnico.
A omissão de socorro é prevista pelo código penal, no artigo 135, e consiste em não prestar assistência, à qualquer pessoa ou criança, seja inválida ou ferida em situação de perigo, sem caracterizar risco ao socorrista.Contudo se a pessoa que irá prestar socorro não se sentir segura do procedimento, e chamar ajuda especializada, descaracteriza a omissão de socorro.
Complemente seus conhecimentos fazendo a leitura dos textos sugeridos abaixo:
American Heart Association [Internet]. Guidelines CPR ECC; 2015. Destaques da American Heart Association 2015: Atualização das Diretrizes para RCP e ACE. Available from:http://www.heart.org/idc/groups/heartpublic/@wcm/@ecc/documents/downloadabl e/ucm_317343.pdf
American Heart Association [Internet]. Highlightsof the 2018 Focused Updates to the American Heart Association Guidelines for CPR and ECC: Advanced Cardiovascular Life Support and Pediatric Advanced Life Support. Available from: https://eccguidelines.heart.org/wp-content/uploads/2018/10/2018-Focused-Updates_Highlights.pdf
Sociedade Brasileira de Pneumologia. II Consenso Brasileiro sobre DPOC. Sociedade Brasileira de Pneumologia. Jornal Brasileiro de Pneumologia, vol 30, supl 5, Nov 2004.
Sociedade Brasileira de Pneumologia. Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, vol 43, supl 4, Nov 2017.
National Association of Emergency Medical Technicians. PHTLS: Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 7ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
CONTEÚDO 2 - ATENDIMENTO BÁSICO AO POLITRAUMATIZADO
 - Atendimento básico ao politraumatizado
O trauma é considerado a terceira causa morte, sendo entendido como uma doença com caráter endêmico na sociedade moderna não abalando apenas o campo da saúde pública, mas também, o plano sócio-político da sociedade. Como tal pode ser prevenido através de campanhas educativas e de capacitação profissional.
O trauma é considerando uma epidemia mundial, tendo um custo global um valor que excede os 500 bilhões de dólares anualmente, fato este que toma uma dinâmica maior se forem considerados as perdas salariais, despesas médicas, danos ao patrimônio, perda de força de trabalho e perdas indiretas decorrentes de acidentes de trabalho, além de relacionar que este acomete os membros mais jovens e potencialmente mais produtivos da sociedade.
Por ser considerado uma doença, uma vez que tem um agente (energia), um vetor (ex. Veículo automotor, arma de fogo, etc) e um hospedeiro (o paciente), deve ser abordado por estratégias de prevenção, diagnóstico precoce, tratamento adequado e reabilitação, no intuito de reduzir a morbidade e mortalidade.
Segundo alguns autores, temos uma distribuição temporal das mortes por trauma, seguindo uma curva de três picos, a saber:
 
· Primeiro pico (morte imediata): ocorre nos primeiros segundos a minutos após a lesão, com a mínima chance de reversão, e são decorrentes de traumatismo crânio-encefálico ou trauma raquimedular  ou ruptura do coração, aorta, ou outros grandes vasos.
· Segundo pico (morte prematura): engloba o denominado “tempo de ouro” (golden hour), ocorrendo de minutos até várias horas após a lesão; sendo decorrentes de hematomas cerebrais, trauma torácico, ruptura de baço, laceração do fígado, fratura pélvica e/ou grandes lesões e hemorragias intensas.  Tal conceito é a janela de oportunidade durante a qual a equipe médica pode ter êxito no atendimento, reduzindo a morbidade e mortalidade relacionados ao trauma.
· Terceiro pico (morte tardia): decorre entre vários dias a semanas após a lesão inicial, devido a infecções generalizadas e a falência de múltiplos órgãos. O atendimento realizado durante as fases anteriores tem impacto sobre o prognóstico neste estágio.
Essa distribuição temporal das mortes tende a refletir o quanto tem-se que investir no cuidado pré-hospitalar e hospitalar ao trauma, e nos programas de prevenção de acidentes. Outro fato seria da instalação de uma padronização do atendimento à este público.
Diante do exposto, o Colégio Americano de Cirurgiões (ACS), com o intuito de aprimorar o cuidado de pacientes cirúrgicos, e juntamente com o seu o Comitê de Trauma do ACS criou, em 1978, o ATLS®, sigla correspondente a Advanced Trauma Life Support ou Suporte Avançado de Vida no Trauma (SAVT), em português. Pois acreditaram que um atendimento apropriado e padronizado pode melhorar significativamente o prognóstico dos pacientes traumatizados.
De acordo com um consenso geral, a avaliação rápida e precisa de uma vítima de trauma são de extrema importância para que medidas sejam aplicadas adequadamente ao suporte de vida, através de uma abordagem sistematizada e um tempo adequado. Dentre as etapas desta sistematização, temos:
1. Preparação
2. Triagem
3. Exame primário (CAB da vida);
4. Reanimação
5. Medidas auxiliares ao exame primário e à reanimação
6. Exame secundário  e história pregressa
7. Medidas auxiliares ao exame secundário
8. Reavaliação e monitoração após reanimação
9. Cuidados definitivos.
É necessário, que os exames primários e secundários, sejam feitos continuamente no decorrer do atendimento, haja vista, que uma vítima de trauma pode reverter seu quadro em muito pouco tempo.
Para um atendimento adequado á vítima de trauma, as atividades acima citadas, muitas vezes são realizadas simultaneamente, pois a vítima necessita de um cuidado rápido e eficaz, específico para a situação vivenciada. Para um paciente gravemente traumatizado, o limite entre a vida e a morte, pode ser definido nos primeiros momentos do atendimento.
Antes da avaliação  inicial da vitima, deve-se: Isolar o local e proporcionar a segurança da vitima e do socorrista, isto inclui manter-se afastado até que seja garantida a segurança do local e retirar a vítima de local de risco antes de iniciar o tratamento, na presença de: incêndio, linha elétrica danificada, produtos perigosos, tráfego de veículos, armas, presença do agressor no local, condições Adversas, como: locais de difícil acesso, iluminação precária, condições do tempo e situações imprevisíveis.
Passos a serem seguidos numa situação de Emergência:
OBSERVAÇÃO -Em alguns instantes o socorrista deve observar a situação e começar a decidir com calma, mas rapidamente, o melhor a fazer.
PROTEÇÃO - Individual e coletiva:
· Isolamento da área;
· Uso de Roupas claras;
· Luvas descartáveis e máscaras (se necessário);
· Uso de luvas, previne o contato do socorrista com o sangue e secreções da vítima, além de proporcionar mais qualidade ao atendimento.
SINALIZAÇÃO - Coloque dispositivos de advertência (triângulo, pisca –alerta, folhagens, tochas) pelo menos 50 metros antes do local.
· Peça a outras pessoas  para parar e ajudar;
· À noite, use roupas claras ou tenha sempre a mão um pedaço de tecido claro;
 ISOLAMENTO - Tem o objetivo de delimitar a área de ação dos socorristas, impedindo a interferência de curiosos. Pode ser feito com cordas ou uma barreira humana, aproveitando os próprios espectadores. Esta barreira deve estar sempre voltada para a via e de costas para o acidente.
LOCALIZAÇÃO -Atenção na observação do local do acidente, pois nem sempre as lesões externas são as únicas, ou as vítimas que você visualiza inicialmente são as únicas. Faça uma busca procurando pistas, como: Vítimas Projetadas do veículo, crianças sobre o veículo, vítimas presas nos bancos traseiros.
As etapas da sistematização do atendimento à vítima com trauma, são divididas em:
· Preparação
Para que o atendimento seja realizado com êxito, é necessário que a equipe de atendimento se organize seja no âmbito pré-hospitalar como no intra-hospitalar, uma vez que a estruturação do atendimento pré-hospitalar (APH), deve se interrelacionada com o  intra-hospitalar, de tal forma que este deverá ser notificado durante o transporte da vítima, visando a provisão de todos os recursos humanos e materiais necessários ao atendimento.
O APH prioriza a manutenção das vias aéreas, controle de hemorragias, imobilização e transporte seguro a um centro de referência ao trauma, preferencialmente.
·  Triagem.
A classificação de acordo com a gravidade é a característica principal desta fase, alem da disposição dos recursos disponíveis, baseados no CAB da vida, pois quando há situações onde exista um grande número de pessoas é importante que as vítimas com risco iminente de morte sejam removidas com prioridade ao intra-hospitalar.
· Exame Primário.
Para identificar e corrigir as condições da vítima que ofereçam risco de morte, faz-se necessária uma avaliação rápida e dinâmica, para estabelecer prioridades e otimizar o atendimento. O exame primário deve ser feito em não mais de 5 a 10 minutos e é conduzido de acordo com o mnemônico ABCDE do trauma (ATLS):
1. A (Airway) – Vias aéreas + proteção da coluna cervical
2. B (Breathing)– Respiração e ventilação
3. C (Circulation) – Circulação com controle da hemorragia
4. D (Disability) – Incapacidade, estado neurológico
5. E (Exposure) – Exposição com controle do ambiente
Só se passa para o próximo passo após o anterior ter sido completamente resolvido.
É de suma importancia ressaltar que as diretrizes da Associação Americana de cardiologia (AHA) de 2010 para a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e para o Atendimento Cardiológico de Emergência (ACE) recomendam uma alteração na sequência de procedimentos do Suporte Básico de Vida (SBV) de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos), pois segundo estudos revelaram que Motivo: A vasta maioria das PCRs ocorre em adultos, e a maior incidência de Parada Cardiorespiratória (PCR) envolvem pacientes com arritmias cardíacas potencialmente fatais. Para essas vítimas, os elementos iniciais críticos de SBV são compressões torácicas e a desfibrilação precoce. Logo a sequencia utilizada anteriormente (ABC) as compressões torácicas, muitas vezes, eram retardadas enquanto  que com a alteração da sequência para C-A-B, as compressões torácicas são iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo.
A – Manutenção de vias aéreas com proteção da coluna cervical
A avaliação das vias aéreas, à procura de alguma obstrução (corpo estranho, sangue ou fraturas) é a primeira ação do profissional que  presta atendimento à vítima. Durante todas as manobras de abordagem das vias aéreas a estabilidade da coluna cervical deve ser mantida por seja manualmente  por outra pessoa ou como uso do colar cervical, para evitar movimentação excessiva desta área.
B – Respiração e ventilação
A estabilização de uma vítima de trauma não indica uma ventilação adequada, logo o socorrista deve atentar para o bom funcionamento pulmonar, expondo o tórax da vítima e colocando a mão sobre o mesmo, assim o examinador pode além de observar os movimentos da caixa torácica pode também senti-los.
C – Circulação com controle da hemorragia
A presença de grandes hemorragias é a principal causa de óbito em vítimas de trauma, que reflete diretamente em uma hipotensão severa. Alguns parâmetros podem ser utilizados para avaliar indiretamente o volume sanguíneo na abordagem primária, são eles:
a) Nível de consciência: A diminuição do volume sanguineo reduz o fluxo sangüíneo cerebral que logo influencia no nível de consciência de uma vítima de trauma, e pode alternar de uma agitação ate a inconsciência.
b) Pele: Grandes hemorragias levam a diminuição da circulação geral, alterando a pele na cor, temperatura e umidade.
c) Pulso: Em situações de perda sanguinea, pode-se perceber alterações no volume, freqüência e regularidade do pulso, e para que se avalie melhor, os pulsos centrais como o femural e carotídeo são os preferenciais, logo a ausência destes indicam uma necessidade de intervenção rápida e imediata, evitando a morte da vítima.
Controle da hemorragia: Hemorragias externas são, visivelmente identificadas e controladas no exame primário, com medidas simples, com compressão manual ou com o uso de outros dispositivos como talas infláveis ou manguitos.
Caso o sangramento não cesse com o uso do curativo compressivo, pode-se utilizar como último recurso, o uso de torniquetes.
D – Incapacidade (Avaliação Neurológica)
O nível de consciencia é avaliado de forma rápida e padronizada através da sigla AVDN (A- alerta, V- responde a estimulo verbal, D- responde a estimulo doloroso, N- não responde) e do tamanho e simetria das pupilas.
Outros fatores podem estar relacionados com o rebaixamento do nível de consciência, incluem o uso de álcool, drogas, medicamentos, entre outros.
E-  Exposição/Controle do Ambiente
Para que a avaliação primária seja eficaz tem-se que expor a vítima, despindo-a e desta forma realizar o exame da cabeça aos pés, tanto na região frontal quanto dorsal. Nesta fase deve ser realizada a imobolização cervical ou de alguma outra fratura, caso necessário. Faz-se necessário ressaltar que para assegurar a privaciade da vítima e evitar a hipotermia deve ser utilizado um cobertos ou manta térmica.
·        Reanimação.
No risco iminente de morte, o processo de reanimação deve ser imediato, dotada de medidas que possam promover e otimizar a sobrevida da vítima, seguindo todas as etapas do CAB da vida.
·        Exame Secundário.
Imediatamente após a estabilização da vítima e do exame primário, deve ser feito a avaliação secundária, que consiste em um exame geral minucioso, associado com exames complementares como radiografias e estudos laboratoriais, para posterior e eficaz tratamento definitivo.
II Imobilizações, Transporte e atendimento adequado das vitimas de trauma.
Imobilização
A fratura consiste em qualquer interrupção da continuidade de um osso, podendo ser caracterizada por dor local; hematoma; deformidade; incapacidade funcional; mobilidade anormal e crepitação óssea. sempre que exista a suspeita de lesão osteoarticular, nunca se deve tentar movimentar a parte afetada, uma vez que uma precipitada ou incorreta atuação pode agravar o quadro, como a ruptura de um vaso sanguíneo ou nervo pela deslocação de um fragmento ósseo.
Ao se suspeitar de uma fratura, antes do transporte da vitima deve-se aplicar alguma forma de imobilização, mesmo que seja improvisada, com os elementos que se tenha à mão, de modo a assegurar que a parte lesionada não se movimente.
Se apenas uma articulação for acometida, a imobilização de um ligamento é suficiente, contudo se houver a presença de fratura é preciso imobilizar as duas articulações das extremidades; ou seja, se a fratura for em membros inferiores, deve-se imobilizar o joelho e o tornozelo e, se for em membro superios, deve-se imobilizar o cotovelo e o pulso.
Para fazer uma imobilização, pode se improvisar uma tala, amarrando delicadamente o membro lesado (braços ou pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista dobrada, vassoura; e utilizar tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar a circulação sanguínea. O comprimento das talas deve ultrapassar as articulações acima e abaixo do locar da fratura e sustentar o membro atingido. Ao imobilizar braços e pernas, deixe os dedos visíveis, de modo a verificar qualquer alteração, ao passo que se os membros estiverem edemaciados ou com hematomas, as tiras deveram estar mais frouxas. Não esquecendo de nunca fixar no local da fratura.
Em casos de fratura de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula  improvise uma tipóia com um pedaço grande de tecido com as pontas presas ao redor do pescoço, contudo somente use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado;
Transporte e atendimento adequado das vitimas de trauma
O transporte das vitimas de trauma requer do socorrista o máximo cuidado para que não se agrave as lesões ja existentes ou se originem outras, contudo deve-se primeiramente, assegurar as funções do sinais vitais, cotrolar as hemorragias e as fraturas devidamente imobilizadas.
Recomenda-se o transporte de vítimas de trauma nos seguintes casos: Vítima inconsciente,estado de choque instalado,grande queimado,hemorragia abundante, choque, envenenado, picada de animal peçonhento e acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral.·
Métodos de Transporte
1. Transporte de Apoio
Passa-se o braço da vitima por trás da nuca do socorrista, segurando-a com um dos braços, e o outro passa-se por trás das costas da vítima, em diagonal. Utilizado para as vítimas de vertigem ou desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações, sem alteração de consciência e da marcha.
2. Transporte ao Colo
Um socorrista pode levantar e transportar a vítima,colocando um braço debaixo dos joelhos e o outro, em torno de suas costas. Utilizado em casos de envenenamento, sem alteração da consciência, ou fraturas (exceto na coluna).
3. Transporte nas Costas
A vitima  coloca os braços sobre os ombros do socorristae este segura na frente, os braços da vitima. Usa-se em casos de envenenamento ou com entorses e luxações dos membros inferiores,previamente imobilizados.
4. Manobra de Retirada de Acidentado, com Suspeita de Fraturade Coluna, de um Veículo.
O socorrista deve se posicionar atrás da vítima, colocando as mãos sob as axilas, segurando um de seus braços de encontro ao seu tórax, e a arrasta para fora do veículo, apoiando a região dorsal nas coxas. Contudo esta manobra deve ser feita apenas em situações de extrema urgência.
5. Transporte de Apoio
Quando a vítima for obesa, será necessário dois socorristas que irão passar o braço da vítima pelos seus ombros, segurando-a com um dos braços, e passando o outro braço por trás das costas da vítima, em diagonal. Este tipo de transporte é usado em caso de vertigem ou desmaio, presença de ferimentos leves ou leve alteração do nível de consciência.
6. Transporte de Maca
Este consiste no melhor meio de transporte, pois mantem o alinhamento corporal.  Contudo deve-se lembrar de  estabilizar vias aéreas e sinais vitais.
III Controle da Hemorragia Externa
O sangramento externo geralmente é de fácil controle. Os métodos utilizados são:
• Pressão direta sobre o ferimento:
Quase todos os casos de hemorragia externa podem ser controlados pela aplicação de pressão direta na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a formação de coágulo. Preferencialmente, utilizar compressa estéril pressionando firmemente por 10 a 30 minutos. Em seguida, fixar a compressa com bandagem. Em sangramento profuso, não perder tempo em localizar compressa – faça a pressão direta com a própria mão enluvada.
 
• Elevação da área traumatizada
Quando se eleva uma extremidade de forma que a fique acima do nível do coração, a gravidade ajuda a diminuir o fluxo de sangue. Aplicar este método simultaneamente ao da pressão direta. Não o utilizar, porém, em caso de fraturas, luxações ou de objetos empalados na extremidade.
 
• Pressão digital sobre o ponto de pulso
Usar a pressão sobre o pulso de artéria quando os dois métodos anteriores falharam ou não se tem acesso ao local do sangramento (esmagamento, extremidades presas em ferragens).
É a pressão aplicada com os dedos sobre os pontos de pulso de uma artéria contra uma superfície óssea. É necessário habilidade do agente e conhecimento dos pontos exatos de pressão das artérias.
Principais pontos: artéria braquial – para sangramento de membros superiores; artéria femoral – para sangramento de membros inferiores; artéria temporal – para sangramento de couro cabeludo.
 
• Aplicação de gelo
O uso de compressas frias ou bolsas de gelo nas contusões, previne a equimose (mancha roxa). Evitar, no entanto, o uso prolongado, pois pode diminuir a circulação, causando lesões de tecidos.
 
O tratamento da hemorragia interna só pode ser feito em ambiente hospitalar. As medidas de atendimento inicial consistem em:
• abordar adequadamente a vítima, prestando atenção ao A-B-C-D;
• aquecer a vítima com cobertores;
• não lhe dar nada para comer ou beber;
• imediatamente acionar o Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar, se existente, ou conduzir a vítima a um hospital.
 
III Choque Hipovolêmico
As hemorragias (externas ou internas) graves, com grande perda de volume sangüíneo, podem levar à situação denominada choque hipovolêmico (choque por perda de sangue ). Esta é uma situação grave, com perigo de morte. A perda de grande quantidade de sangue prejudica o suprimento sangüíneo para alguns órgãos que, sem receberem oxigênio, terão sua função prejudicada. É a falência da circulação do sangue. Por essa razão, procurar controlar as hemorragias externas evidentes e encaminhar rapidamente ao hospital as vítimas com suspeita de hemorragia interna.
Sinais que podem sugerir choque por hemorragia severa:
• O pulso se torna fraco e rápido;
• Pele fria e úmida (pegajosa);
• Pupilas dilatadas;
• Vítima ansiosa, inquieta e com sede;
• Náusea e vômitos;
• Respiração rápida e profunda;
• Perda de consciência e até parada cardiopulmonar.
As medidas de atendimento inicial ao choque hipovolêmico são as mesmas da hemorragia interna.
CONTEÚDO 3 -CRISE CONVULSIVA, DESMAIO, AFOGAMENTO
Crise convulsiva
É denominada crise convulsiva ou epiléptica a alteração involuntária e repentina nos sentidos, no comportamento, na atividade muscular ou no nível de consciência que resulta da irritação ou superatividade das células cerebrais. Estas crises constituem uma emergência neurológica frequente, cerca de 10% da população geral terá pelo menos uma crise na vida, quase sempre relacionada a algum grau de morbidade.
A epilepsia é uma doença de redes neurais e não somente um sintoma de anormalidades cerebrais localizadas. Dentro de uma perspectiva de redes, as crises epilépticas podem originar-se de redes neocorticais, tálamo-corticais, límbicas ou do tronco encefálico. 
Os fatores precipitantes agudos são relacionados à idade:
Crianças: infecção no sistema nervoso central e trauma craniano;
De 15 a 34 anos: trauma craniano e drogadição;
De 35 a 64 anos: abstinência alcólica, acidente vascular cerbral, tumor intracraniano;
Maiores de 65 anos: doença cerebrovascular; medicamentos.
Há ainda crises causadas por distúrbios metabólicos (hiper e hipoglicemia, hiponatremia, hipercalcemia)
Estado de mal epilético
Status epilepticus ou estado de mal epiléptico é o estado em que ocorre uma crise prolongada (mais de 5 minutos de atividade tônico-clônica) ou várias crises consecutivas e pode levar a dano neuronal permanente, devido a hipóxia. É uma emergência médica que necessita de tratamento imediato pois está associada à alta mortalidade e pode ter complicações sistêmicas como edema pulmonar, pneumonia aspirativa, arritmias cardíacas, hipertermia e colapso cardiovascular.
Estágios do Tipo Grande Mal:
Aura: “aviso”, dura apenas alguns segundos (alucinações visuais ou auditivas, gosto estranho na boca ou sensações dolorosas, por exemplo)
Fase tônica: dura de 15 a 20 segundos; perda de consciência, olhos viram para cima, há contrações musculares contínuas e apnéia.
Fase hipertônica: dura de 5 a 15 segundos; rigidez muscular extrema.
Fase clônica: dura de 30 a 60 segundos; rigidez e relaxamento muscular se alteram de modo rítmico e em sucessões rápidas, a saliva se torna espumosa e a vítmica pode perder o controle esfincteriano urinário e intestinal.
Descarga autônoma: dura alguns segundos; hiperventilação, salivação e taquicardia.
Fase pós crise convulsiva: coma.
Estupor pós ictal: dura de 5 a 30 minutos, normalmente; todos os músculos se relaxam e a vítima  entra em sono profundo.
Avaliação da Vítima:
Questionar com observadores ou acompanhantes:
Como foi a crise?
A vítima tem história de crises convulsivas?
A vítima toma medicamentos para crises convulsivas?
Como a crise progrediu?
A vítima sofreu traumatismo craniano?
A vítima é usuária de álcool ou drogas ilicítas?
A vítima tem Diabetes?
Primeiros Socorros:
Realizar avaliação física atentando para os seguintes pontos:
Sinais de lesão na cabeça, língua ou em outros locais do corpo
Sinais de abuso de álcool e drogas ilícitas
Nível de consciência da vítima
Febre
Presença de cartões ou acessórios de identificação médica.
O objetivo geral dos primeiros socorros é dar apoio à vítima, evitar lesões e, quando necessário, encaminhar a vítima ao médico em casos de crises com duração maior que 5 minutos, causa incerta da crise, vítima machucada, dispnéia após a crise, vítima diabética, lactentes, crianças, gestantes e vítimas em que esta foi primeira crise.
Lembre-se:
NUNCA segure qualquer parte do corpo da vítima: ela pode fraturar ossos ou lesionar músculos.
NUNCA coloque seu dedo ou qualquer outro objeto dentro da boca da vítima durante as fases em que há contração: a vítima pode cortar seu dedo ou o objeto e se engasgar com estes.
Ajude a vítima a se deitar no chão (aura) para evitar lesões subsequentes à queda;
Só mova a vítima se ela estiver perto de um objeto perigoso e que não possa ser afastado;
Coloque um apoio macio sob a cabeça da vítima;Mantenha as vias aéreas desobstruídas: após a fase clônica, vire a vítima de lado, mantendo mantendo a cabeça desta na linha do corpo;
Mantenha-se calmo e acalme a vítima e acompanhantes;
Permaneça com a vítima até o término da crise; quando você avaliará a necessidade de encaminhamento para o atendimento médico.
Desmaios
Desmaio ou síncope é a perda repentina e breve da consciência que ocorre quando o cérebro é temporariamente privado de oxigênio e não é uma doença, mas pode ser um sintoma de várias condições ou doenças.
Sinais de advertência:
Náuseas
Vertigem
Fraqueza (miastenia)
Tremores
Dor abdominal profunda
Cefaléia latejante
Primeiros Socorros
Se a vítima ainda não estiver desmaiada: evite que ela caia, colocando-a sentada com a cabeça entre os joelhos ou deitada no chão com as pernas elevadas em 20 ou 30 cm, com a finalidade de melhorar a circulação sanguínea e consequente oxigenação cerebral.
Se a vítima já estiver desmaiada: mantenha-a deitada de costas com as pernas elevadas, asssim que ela recobrar a consciência vire-a de lado e chame o resgate (SAMU) se necessário.
Verifique a respiração e desobstrua as vias aéreas, se necessário;
Monitore possíveis vômitos;
Afrouxe as roupas que possam restringir a respiração;
Faça uma rápida avaliação para detectar qualquer condição que possa ter causado o desmaio;
Verifique se ocorreu alguma lesão durante a queda (se for o caso) e trate-a de maneira adequada;
Não deixe a pessoa levantar ou sentar-se bruscamente;
Ajude-a a sentar-se de maneira lenta e gradual;
Deixe a vítima em local fresco e arejado.
Afogamentos
Afogamento é considerada a morte por sufocação atribuída por asfixia causada pela aspiração de líquidos.
A Organização Mundial da Saúde estima que 0,7% de todas as mortes no mundo - ou mais de 372 mil mortes a cada ano - são devido a afogamento. Como alguns casos não são classificados como afogamento pela Classificação Internacional de Doenças este número subestima em muito a realidade mesmo em países de alta renda, e não inclui situações como inundações, acidentes de navegação e tsunamis. Dentre todas as possibilidades de trauma, o afogamento é o de maior impacto familiar, social e econômico, tendo um risco de óbito 200 vezes maior quando comparado aos eventos de trânsito.
Durante um resgate por afogamente, se a vítima estiver na água, nunca entre em local que não seja de águas rasas e não tenha um leito estável e uniforme, a não ser que:
Você saiba nadar ou tenha recebido treinamento em técnicas de resgate aquático
Você esteja vestindo equipamento pessoal de flutuação
Você esteja acompanhado por outro socorrista
Se a vítima estiver consciente e próxima à margem é necessário que você certifique-se que você esteja firme e solidamente apoiado no chão, e que não deslizará para dentro d’água. Após estar certo de que não deslizará para dentro da àgua lance um objeto para a vítima se agarrar e a traga para a margem.
Se a vítima estiver consciente mas longe da margem você deverá certificar-se de que você esteja firme e solidamente apoiado no chão e só então lance um objeto flutuante (pesado o bastante para ser lançado próximo da vítima) para ela se agarrar e a puxe para a margem.
Se a vítima estiver inconsciente mas longe da margem será necessário, se possível, que o socorrista vá até ela, se possível de barco.
Lembre-se: 
NUNCA tente ir até a vítima sem ter recebido treinamento adequado!!!
Primeiros socorros:
Retire a vítima da água o mais rápido possível
Se não houver suspeita de lesão medular, coloque a vítima virada para o lado esquerdo, de modo que água, vômito e secreções possam ser drenados das VAS
Avalie respiração e pulso
Na ausência de respiração, desobstrua as vias aéreas e inicie a respiração de resgate
Se não houver pulso inicie a PCR
CONTEÚDO 4 - TRAUMATISMOS: CRANIOENCEFÁLICOS, CERVICAL, TORÁCICO, ABDOMINAL, PÉLVICO E GENITAL.
Trauma Cranioencefálico
O traumatismo cranioencefálico (TCE) representa cerca de 25% dos óbitos decorrentes de acidentes automobilísticos e ocorre quando forças mecânicas são transmitidas ao tecido cerebral.
A lesão pode ser originada por um trauma ou pela penetração de algum corpo estranho na cabeça, os quais provocam impacto direto no tecido cerebral. Os traumatismos por impacto podem resultar de forças de desaceleração e/ou aceleração; em muitos casos estes fenômenos ocorrem em simultâneo.
As alterações e perdas funcionais estão diretamente relacionadas as lesões cerebrais sofridas, sendo as mais comuns:
Fraturas de crânio
Frequentemente, as fraturas de crânio não causam déficits aparentes, contudo não podemos deixar de destacar sua gravidade, podendo ser classificadas em aberta, fechada, na calota craniana ou na base do cranio. Sendo esta caracterizada pela presença sangramento no ouvido ou no nariz, otorréia, ou rinorreia, equimose retroauricular (Sinal de Battle), e edema e hematoma periorbital (olhos de guaxinim).
Concussão
Consiste  em uma lesão cerebral caracterizada por  cefaleias, vertigens, dificuldade de concentração, perda de memória  temporária, fadiga e alterações do nível de consciência (confusão, desorientação e perda total).
Contusão
É caracterizada por uma lesão que produz uma hemorragia cerebral decorrente de um mecanismo de aceleração/desaceleração. Os sinais variam de pequenos déficits a grandes hemorragias e edema cerebral.
Hematoma
Os traumatismos cranianos, geralmente, resultam em hematomas, e estes podem produzem danos pelo efeito de pressão e deslocação do conteúdo intracraniano. No ponto de vista anatômico, tem-se dois tipos principais de hematomas: os extraparênquimatosos (fora do tecido cerebral) que são o epidural e o subdural; e o intrparenquimatoso que danifica diretamente o tecido cerebral.
 
Trauma Cervical
As fraturas da coluna cervical e vertebral são decorrentes de uma força ou pressão excessivas no pescoço ou na coluna, resultando numa fratura com potencial para causar invalidez permanente. Normalmente geradas por acidentes automobolísticos, de moto, quedas, mergulho em piscina, e alguns esportes.
Elas podem ser simples ou envolver outras estruturas, responsáveis pela condução de impulsos nervosos do cérebro para as extremidades. Sinais e sintomas de lesões medulares compreendem: a perda total ou parcial dos movimentos nas extremidades ( paralisia ou paresia) e/ou perda total ou parcial da sensibilidade nas extremidades (anestesia ou parestesia). Além de posicionamento anormal da cabeça ou do pescoço e dor nessas regiões.
 
Para os primeiros socorros alguns pontos devem ser observados e seguidos:
- Não movimente a vítima até que ela esteja adequadamente imobilizada. Em caso de desconforto ou dor, NÃO manipule, até a chegada de socorro especializado;
- Durante qualquer movimento assegurese de que a cabeça, o pescoço e a coluna estejam devidamente alinhados.
- Faça todo o possível para evitar que a vítima movimente a cabeça para um lado e para o outro.
Em caso de ausencia de socorro especializado para o transporte da vitima, proceda da seguinte forma:
- Antes da remoção, estabilize a região cervical da vítima por meio de um colar improvisado, de modo que não permita qualquer movimento da cabeça;
- Ao movimentar a vítima assegure-se de que a cabeça e o restante do corpo estejam alinhados.
- Com o auxílio de outras pessoas deslize cuidadosamente a vítima sobre algum material rígido estabilizador, procurando “fixar” a vítima à prancha, principalmente a parte superior de corpo.
Além dos cuidados gerais, deve-se:
· Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;
· Exame Primário - CAB da vida.
· Observar cuidados com a coluna cervical: Estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço.
· Controlar hemorragias
· Exame Secundário: consciência - AVDI
· Suspeitar sempre de lesão de coluna cervical em pacientes com TCE.
· Sangramentos via nasal (rinorragia) e pelo ouvido (otorragia) geralmente é sinônimo de TCE.
· Nos casos onde ocorra vômitos, a vítima deve ser virada em bloco para o decúbito lateral de forma a preservar a imobilização da coluna cervical.
 
Trauma Torácico
0 traumatorácico é provocado em sua maioria por acidentes automobilísticos e sua gravidade está diretamente relacionada ao tipo de lesão associada, logo essas vítimas devem ser consideradas como em estado grave, mesmo que não apresente sinais clínicos aparentes.
Nos traumatismos fechados de tórax, ou contusões torácicas, não há lesão aparente pele, contudo nos traumatismos abertos ou ferimentos torácicos, podem surgir complicações maiores, podendo ser chamados de penetrantes quando atingem a pleura, o pericárdio ou o mediastino, e levam a alterações respiratórias e metabólicas acentuadas, e podem ser agravadas pela idade do acidentado ou a existência de processos patológicos cardio-pulmonares anteriores Em relação a localização do ferimento tem-se o torácico, cervico-torácico e tóraco-abdominal.
Além dos cuidados gerais, deve-se:
· Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;
· Se houver um objeto encravado, estabilizá-lo antes de movimentar a vítima;
· Se o ferimento for perfurante e houver entrada de ar, utilizar um plástico para fazer curativo oclusivo, deixando uma pequena abertura que servirá como válvula e permitirá o mecanismo da respiração;
· Evitar envolver o tórax da vítima com atadura para não prejudicar o mecanismo da respiração;
· Deitar a vítima no mesmo lado da lesão;
· Prevenir o estado de choque.
· Encaminhar rapidamente para o serviço especializado.
Trauma na Região Abdominal
Os acidentes automobilísticos correspondem a 60% dos traumatismos abdominais, e podem ser classificados abertos ou fechados.
a. fechados ou contusões -  caracterizam-se pela atuação do agente traumático sobre a parede abdominal, sem provocar laceração da pele, contudo, podem apresentar lesões viscerais graves, evoluindo para alguma perfuração, no caso de víscera ocas, ou hemorragia, em órgão sólido ou algum vaso importante, logo devendo ser encaminhados para assistência qualificada com urgência.
b. abertos -  podem  ser uma simples ferida, ou  uma ruptura da parede abdominal, suficiente para ocorrer uma evisceração.
Além dos cuidados gerais, deve-se:
· Acionar o Sistema de APH ou priorizar o transporte;
· Tranquilizar a vítima e colocá-la em decúbito dorsal e manter as vias aéreas permeáveis;
· Não tocar nas vísceras ou tentar recolocá-la para dentro do corpo;
· Cobrir o ferimento e as vísceras que estiverem expostas, com plástico limpo ou curativo oclusivo;
· Redobrar os cuidados com a contaminação, durante a aplicação dos curativos;
· Fixar o curativo, sem apertá-lo. Caso encharque de sangue, colocar outro por cima sem retirar o primeiro;
· Promover o aquecimento da vítima;
· Prestar-lhe apoio emocional.
Conduta nas eviscerações:
· expor o local da lesão;
· não tocar nas vísceras;
· não tentar recoloca-las para a cavidade abdominal;
· manter a umidificação com gaze estéril umidificada por soro fisiológico estéril;
· efetuar curativo oclusivo com plástico estéril.
· manter o aquecimento da vítima.
· Encaminhar para o serviço especializado rapidamente;
Trauma de Pelve
A pélvis é uma estrutura que protege o sistema urinário, grandes vasos e nervos dos membros inferiores, podendo resultar numa disfunção urológica e neurológica com perigo de vida e em hemorragias. O traumatismo pélvico, frequentemente, é decorrente de acidentes automobilísticos, queda ou esmagamento. A maior parte das lesões da pélvis envolve fratura, com ou sem lesão dos tecidos subjacentes, sendo classificadas em estáveis, com ruptura do arcabouço ósseo da pélvis ou cóccix, sem deslocamento, e instáveis, onde há fraturas em mais de um local ou no acetábulo.
A vítima pode apresentar hematomas perineal, que indica extravasamento de urina ou sangue, dor á palpação, ou crepitação nas cristas ilíacas,sensação de formigamento e diminuição de força em membro inferior, urina com sangue.
As fraturas da pelve devem ser consideradas graves considerando a possibilidade de perfuração de estruturas importantes, como bexiga, intestinos ou outros órgãos. A vítima pode apresentar sinais de choque por perda de sangue (externo ou interno), dor intensa e falta de movimentos de membros inferiores.
 
Trauma Genital
O traumatismo genital raramente são decorrentes de uma ação isolada, e sim associado à outros traumas como: torácico, abdominal,e pélvico; é classificado como de impacto, desencadeados por desaceleração, e penetrantes, que são resultantes de punhaladas ou acidentes de arma de fogo na região abdominal ou nas costas, sendo caracterizados pela presença de contusões abdominais, hematomas e sangue no meato urinário.

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