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cultura e socidade discursiva

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Disciplina:
	Cultura e Sociedade na Modernidade (HID04)
	Avaliação:
	Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX ( Cod.:443629) ( peso.:4,00)
	Prova:
	11520966
	Nota da Prova:
	8,00
	
	
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	1.
	Na concepção de Dussel (1993, p. 26), "as cruzadas representam a primeira tentativa da Europa latina de impor-se no Mediterrâneo Oriental. A Europa latina é uma cultura periférica e nunca foi até este momento (modernidade) "centro" da história; nem mesmo com o Império Romano (que por sua localização extremamente ocidental, nunca foi centro nem mesmo da história do continente euro-afroasiático). No Renascimento italiano (especialmente após a queda de Constantinopla, em 1453), começa uma fusão que representa uma novidade; o Ocidental latino une-se ao grego Oriental, e enfrenta o mundo turco, esquecendo-se da origem helenístico-bizantina do mundo muçulmano. [...] Nasce assim a "ideologia" eurocêntrica do romantismo alemão". Em seus estudos, Dussel nos instiga a refletir sobre a visão eurocêntrica da história mundial, as construções sociais das identidades do "outro" no Oriente e ainda, na definição da "Identidade latino-americana", no "Novo Mundo". Disserte sobre a descoberta do novo mundo, o contato entre os europeus e os povos de diferentes culturas e ainda acerca da necessidade da burguesia conquistar novas terras e fontes de matérias-primas.
FONTE: DUSSEL, Enrique. 1492: O Encobrimento do Outro: Conferências de Frankfurt. Tradução de Jaime A. Ciasen. Petrópolis, Vozes, 1993. Disponível em: <http://www.teoriaedebate.org.br/?q=estantes/livros/1492-o-encobrimento-do-outro-origem-do-mito-da-modernidade>. Acesso em: 20 nov. 2017.
	Resposta Esperada:
A burguesia necessitava conquistar novas terras e matérias-primas para fortalecer o processo de modernização. Ainda que no século XV e XVI prevalecesse o processo produtivo de manufatura, o trabalho já estava dividido em etapas, sendo assim, demandava um número maior de trabalhadores e principalmente matérias-primas, como madeira e produtos tropicais da América portuguesa, ouro e prata da América espanhola, necessário para as transações comerciais, mas também para o investimento em maquinários e equipamentos para as atividades manufatureiras e como precondição para o processo de industrialização que iria se desenvolver anos mais tarde. O contato com o ?outro? ocasionou choques culturais. Inicialmente, as expedições procuravam manter um contato amistoso entre europeus e os povos nativos, através de trocas e negociações pacíficas e, posteriormente, houve o uso da violência, a dizimação e a destruição dos povos ou de suas culturas. A Igreja Católica associou-se à burguesia, não com o objetivo de conquista de novas terras ou exploração de matérias-primas, mas para a expansão da fé cristã aos povos considerados ?sem alma? e ?sem fé?.
	2.
	Os tempos contemporâneos se apresentam cada vez mais complexos e desafiadores ao pensar e ao agir humano em sociedade. Os estudiosos são unânimes em defender que esse contexto é resultante das mudanças e transformações colocadas em curso pelos projetos de modernidade e que, diante disso, subsiste a sensação de "mal-estar na humanidade", tanto que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2005, p. 69) fez a seguinte afirmação: "não voltaríamos atrás, mas nos sentimos pouco à vontade onde estamos agora". Disserte sobre os projetos de modernidade que podem ser identificados em meio à sociedade nos tempos contemporâneos, se ocorreram de forma integral nas diferentes culturas e, ainda, a que sensação de "mal-estar" o sociólogo se refere. 
FONTE: BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
	Resposta Esperada:
Item 1: seus projetos de industrialização, secularização e urbanização encontram-se muito presentes nos tempos contemporâneos e existe a necessidade de retomá-los e mapeá-los, pois não foram esgotados em todas as suas possibilidades. Deverá ser captada a complexidade que eles comportavam, compreendê-los e criticá-los em seu momento e contexto histórico, bem como identificar os pontos de superação aos impasses que foram por eles e por nós mesmos produzidos. 
Item 2: é possível atestar no tempo contemporâneo também o fato de que os projetos de modernidade se processaram de forma parcial, incompleta, paralela e até desarticulada. Ocorrem situações em que os projetos de modernidade foram interrompidos em seu curso de realização. Países e regiões nem sequer chegaram a conhecer os processos de modernização, por exemplo, as aldeias e as comunidades de populações nativas no interior do Brasil. Conta-se com a experiência de que os projetos foram parciais, caracterizados com grandes avanços em termos de industrialização e urbanização, porém de forma tímida em termos de secularização e racionalização, situação muito presente nos países considerados como subdesenvolvidos da América do Sul, da China e da Índia. Países europeus, como a Inglaterra, a França, a Holanda e demais países tidos como desenvolvidos, apresentam realidades nas quais os projetos modernos quase que foram cumpridos e realizados de forma total. 
Item 3: diante desse quadro, perpassa um sentimento que se expressa como mal-estar e este encontra-se relacionado aos aspectos de que os projetos de modernidade em seu reverso foram responsáveis por subverter valores e práticas essenciais à manutenção e à preservação da vida e do meio ambiente. Os interesses de lucros e ganhos financeiros ultrapassaram as preocupações de bem-estar social e bem comum. Por exemplo: as revoluções, as guerras, a fome, a miséria, o descumprimento dos direitos humanos, o terrorismo, a repressão, as ditaduras, entre outros.
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