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Cultura e Sociedade na Modernidade Discursiva

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Disciplina:
	Cultura e Sociedade na Modernidade (HID04)
	Avaliação:
	Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX ( Cod.:513220) ( peso.:4,00)
	Prova:
	17840184
	Nota da Prova:
	9,50
	
	
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	1.
	Os tempos contemporâneos se apresentam cada vez mais complexos e desafiadores ao pensar e ao agir humano em sociedade. Os estudiosos são unânimes em defender que esse contexto é resultante das mudanças e transformações colocadas em curso pelos projetos de modernidade e que, diante disso, subsiste a sensação de "mal-estar na humanidade", tanto que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (2005, p. 69) fez a seguinte afirmação: "não voltaríamos atrás, mas nos sentimos pouco à vontade onde estamos agora". Disserte sobre os projetos de modernidade que podem ser identificados em meio à sociedade nos tempos contemporâneos, se ocorreram de forma integral nas diferentes culturas e, ainda, a que sensação de "mal-estar" o sociólogo se refere.
FONTE: BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
	Resposta Esperada:
Item 1: seus projetos de industrialização, secularização e urbanização encontram-se muito presentes nos tempos contemporâneos e existe a necessidade de retomá-los e mapeá-los, pois não foram esgotados em todas as suas possibilidades. Deverá ser captada a complexidade que eles comportavam, compreendê-los e criticá-los em seu momento e contexto histórico, bem como identificar os pontos de superação aos impasses que foram por eles e por nós mesmos produzidos.
Item 2: é possível atestar no tempo contemporâneo também o fato de que os projetos de modernidade se processaram de forma parcial, incompleta, paralela e até desarticulada. Ocorrem situações em que os projetos de modernidade foram interrompidos em seu curso de realização. Países e regiões nem sequer chegaram a conhecer os processos de modernização, por exemplo, as aldeias e as comunidades de populações nativas no interior do Brasil. Conta-se com a experiência de que os projetos foram parciais, caracterizados com grandes avanços em termos de industrialização e urbanização, porém de forma tímida em termos de secularização e racionalização, situação muito presente nos países considerados como subdesenvolvidos da América do Sul, da China e da Índia. Países europeus, como a Inglaterra, a França, a Holanda e demais países tidos como desenvolvidos, apresentam realidades nas quais os projetos modernos quase que foram cumpridos e realizados de forma total.
Item 3: diante desse quadro, perpassa um sentimento que se expressa como mal-estar e este encontra-se relacionado aos aspectos de que os projetos de modernidade em seu reverso foram responsáveis por subverter valores e práticas essenciais à manutenção e à preservação da vida e do meio ambiente. Os interesses de lucros e ganhos financeiros ultrapassaram as preocupações de bem-estar social e bem comum. Por exemplo: as revoluções, as guerras, a fome, a miséria, o descumprimento dos direitos humanos, o terrorismo, a repressão, as ditaduras, entre outros.
	2.
	Em sua tese, Dussel (1993) defende que a Modernidade nasceu em 1492, com a conquista do Atlântico. Desde então, "o novo paradigma de vida cotidiana, de compreensão da história, da ciência, da religião, foi difundido para o mundo. Entretanto, na interpretação de muitos historiadores, a conquista das novas terras pelos luso-hispanos e a imposição de suas vontades aos povos da América Latina não tem relação com a modernidade, e sim com o fim da Idade Média. Dussel se opõe a essas "falsas unanimidades", isto porque para o filósofo o século XVII já é fruto do século XVI; Holanda, França e Inglaterra representam o desenvolvimento posterior no horizonte aberto por Portugal e Espanha. A América Latina entra na Modernidade (muito antes que a América do Norte) como a "outra face", dominada, explorada, encoberta. Disserte sobre fatores relacionados ao colonialismo que contribuíram para o processo de modernização e industrialização da Europa.
FONTE: DUSSEL, Enrique. 1492: O Encobrimento do Outro (A origem do "Mito da Modernidade"): Conferências de Frankfurt. Tradução de Jaime A. Ciasen. Petrópolis: Vozes, 1993. Disponível em:<http://www.mel.unir.br/uploads/56565656/arquivos/1492_O_encobremento_do_outro_de_ENRIQUE_DUSSEL_441400838.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2018.
	Resposta Esperada:
Com o desenvolvimento das novas técnicas de navegação como a utilização dos ventos e o uso da cartografia, foi possível a intensificação do comércio e a conquista de novos territórios no Atlântico, primeiramente na América Latina. A exploração do ouro e da prata pelos espanhóis e das madeiras e dos produtos tropicais pelos portugueses, permitiu o acúmulo de riquezas monetárias que favoreceram a desagregação do sistema feudal, a modernização da sociedade europeia e dos povos dominados, impulsionaram a industrialização, a racionalização do sistema produtivo e a urbanização das cidades. Contudo, cabe destacar que até o século XVIII predominava o processo produtivo de manufaturas, que tinha a divisão do trabalho por etapas, demandava um número maior de trabalhadores, mas ainda não utilizava muitas máquinas ou equipamentos sofisticados.
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