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Processo Civil V - 1º BIMESTRE

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Processo Civil V – 1º Bimestre
Dia 19/02/2020
Prof. Ruy Alves Henrique
E-mail: ruyalveshenrique@hotmail.com
Avaliações: 
1º Bimestre: 15/04 (prova de múltiplas escolhas de concurso público e discursivo – apenas dos livros).
2º Bimestre: 22/06
Final – 06/07 (todo o conteúdo e discursiva)
2º chamada – 01/07
Dia 02/03/2020
Princípios do Código de Processo Civil
Com base nos princípios do CPC, temos que pensar de forma pragmática como instrumento, temos que considerar os princípios aquilo que nos orienta todo o sistema processual, não se pode analisar cada um dos artigos de forma separada, mas sim de forma sistêmica. Então, esses princípios ajudam a nossa interpretação sistêmica do código. Cabe ressaltar que estamos vivendo o momento de Neo constitucionalismo e isso pode parecer uma retórica, mas está escrito no código como iremos ver adiante, onde esse novo processualismo esta ligado também ao novo constitucionalismo.
O Professor Eduardo P. tem uma obra chamada “Neo Constitucionalismo e Neo Processualismo”, que mostra muito bem esse dialogo que nos temos que tratar o que ter com a constituição federal. Não existe processo que seja valido, adequado e justo e que afasta da constituição os princípios constitucionais. É evidente quando a gente fala de princípios a gente tenta ponderar os princípios.
Existe algum autor que trabalhe a ponderação de princípios? Sim, Alexy, Barroso, Noberto Bobbio e basicamente todos os constitucionalista. A maioria trabalha com a ponderação dos princípios. Mas, será que alguns desses autores que tratam de princípios e colisão de princípios convencem você?
Ex.: Será que eu não consigo dizer que o “Oil man” pretende estudar em escola pública com aqueles “trajes”, ou melhor, sem aqueles “trajes” rs, enfim ele pode entrar em uma escola pública daquele jeito? A escola pública é uma escola de bairro e ele esta fazendo o primeiro ano do ensino médio, ou seja, alunos entre 14 e 15 anos, tem algum problema? Ele paga imposto, quer fazer uma aula, mora no bairro, ele pode ir daquele jeito? Há alguma coisa que impeça? - não pode porque não é mora, não é ético, não é adequado à pessoa ir de sunga na escola das crianças.
Tem gente que vai falar: Ele é cidadão, paga os seus impostos, não está nú, qual é o problema? Deve aplicar a teoria do peso.
Mudando o ponto de vista, é uma escola particular e ele esta fazendo o supletivo com pessoas entre 20 a 30 anos de idade, tem algum problema? 
Esse exemplo mostra duas saídas completamente diferentes, sobre o mesmo princípio você tem duas visões totalmente diferentes, por quê? Porque é assim que a gente pensa e trabalha dessa forma. Se eu disser que todos nos temos pre – conceitos, eu estou afirmando isso e o juiz ou um advogado, ou até mesmo uma parte que acha que tem direito e que não tem direito, ela tem aquele pre conceito. 
Quando a gente fala de NeoConstitucionalismo, a gente fala de princípios e de leitura difícil dos princípios. Quando a gente fala de Alexy, que tras uma solução maravilhosa para os conflitos de princípios. Qual são eles? Qual a teoria de Alexy? Ponderação de princípios. Qual é a ideia dele quando tem princípios em colisão? A ideia dele é trazer a teoria do peso, ele traz uma equação matemática, que coloca pontos condicionantes e a resposta da equação é: Qual é o principio que pondera/ prepondera?... (alemão teimoso, colocou número e principio juntos)
Para piorar, ele foi extremamente combatido na Europa, mostrando que ninguém é capaz de ponderar princípios porque isso é imponderável, cada caso acaba gritando uma resposta diferente. O problema é que vem da cabeça de uma pessoa de um tribunal que pode ser diferente. 
No entanto, a ponderação está autorizado pelo NeoConstitucionalismo, sabe por que? Nós temos lei pra tudo no Brasil? Deveríamos ter lei pra tudo no Brasil? Claro que não, não tem que ter lei pra tudo, porém, na falta de lei os princípios supre, para eu dar um certo contorno eu vou para precedentes, ai vem a questão: funciona precedentes no Brasil? O que é um precedente? Como eu sei que isso/ aquilo é um precedente?
Os juízes preferem utilizar princípios porque precedentes te dá regramento, tem que seguir aquele precedente, se não seguir aquele precedente a decisão será nula, conforme Art. 489, CPC.
“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
(...)
§1º não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acordão que:
(...)
VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
(...)”
A gente tem muita dificuldade de tratar esse Neocostitucionalismo porque ele acaba deixando o nosso processo frágil, instável e temos obviamente para enfrentar, fatores de insatisfação, como: 
1º morosidade - além de ser imprevisível é moroso. Por que demora um processo para tramitar? Porque existem 100.. milhões de processo em andamento. Não é possível um processo rápido, porque o juiz tem na mesma tarde 5/10 liminares para resolver, fora as audiências, fora as sentenças, conversas (advogado pede para conversar com o juiz). Para resolver a questão da morosidade devemos utilizar o principio da eficiência, principio da satisfação / satisfatividade e também a aplicação da negociação processual. Com tudo isso, o processo fica mais rápido. (estão escritas no código civil). 
2º Custas – por que acaba sendo caro? Porque demora, porque também é caro, as custas não são muito baratas e nos temos as coisas em duplicidade, ou seja, fazemos 3 / 4 vezes a mesma coisa porque o procedimento não é adequado, ou porque os advogados não conversam. Falta esse detalhe de sofisticações entre as relações (advogados, juízes, promotor e todos os sujeitos), até porque o processo é para resolver um problema. Para tratar o problema do custo, vamos flexibilizar, dinamizar as relações pré processuais. O Cejusp (centro judiciário para a composição), no STF, STJ e TJs tem isso, por quê? Porque as pessoas não ficam frente a frente, é raro, as partes não se encontram mais. As vezes elas brigaram e não se encontram mais, se for marido e mulher então, se encontram para tratar de problemas/ catástrofes, como por exemplos, em relação a crianças. Para abaixar o custo da justiça, trás as pessoas para tentar negociar antes mesmo do processo se complicar de forma concreta. 
Ex.: Audiência de Conciliação – qual é a única pergunta que você NÃO pode fazer para nenhuma das partes? - “O que aconteceu?”, se fizer isso, destrói a possibilidade de composição.
Quando eu diminuo o custo? Quando eu levo menos coisas para o judiciário. Eu me sento com a outra parte antes de levar ao judiciário e tanto flexibilizar nas mediações / composições que podem acontecer com essa participação efetiva de todo mundo.
3º Instabilidade – eu tenho que aplicar a teria dos precedentes com mais forças, com mais energia, com isso, eu consigo obviamente apar ou embora seja neoconstitucionalista nesse momento, eu consigo ter um processo previsível, não tão custoso, não tão moroso, mas não é fácil.
*Neoconstitucionalismo está disposto no Art. 1º do CPC. O mais importante é que tanto um conjunto de normas como normas fundamentais como um princípio que atuam no processo civil, mais do que isso, é o pensamento daquele que atua o processo civil, não é o código que vai mudar as coisas, mas sim a postura daqueles que lidam com o código que mudam as coisas.
“Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando – se as disposições deste código.”
Ex.: Essa visão é como se fosse um remedinho homeopático, se todos os dias a gente colocar um pedacinho dessa nova conduta, esses novos princípios que nos estamos começando a ver agora na nossa vida, a gente muda o processo civil, muda forma de advogar, muda a forma de o juiz pensar, muda a forma de o promotor atuar. Agora se a gente pegaresse remedinho e parar de dar, ao paciente não muda nada, ao mesmo tempo se eu abrir a boca dele e colocar todo o vidro dentro, eu posso matar o paciente também. Ou seja, nada disso, pode ser visto como um extremo. 
O juiz nunca vai perder a sua autoridade diante de uma negociação processual, mas os advogados sabem que tem muita autoridade no processo, o juiz é o “cara” que menos tem que falar no processo porque quanto mais ele falar mais confusão vai dar. O processo civil hoje que tem o auto regramento, colaboração, da cooperação, é o processo civil que vai funcionar nos próximos anos, não é exatamente agora.
Quando o advogado vai negociar o processo, ele tem em mente que aquele juiz que é um cara desconhecido, que é um cara que pode aplicar um principio que eu não sei como ele vai aplicar e que não vai resolver os problemas dos meus clientes porque não rara as vezes, uma sentença deixa os dois infelizes. Agora, quando você faz uma negociação do processo, você aplica exatamente a teria que é deixar na mão dos interessados a resolução do conflito e não do 3º (Estado), que decidirá de forma supletiva que vai decidir atropelando as vontades das pessoas e esse código convida isso através daquele instrumento do meio que é a Negociação Processual, que oferece instrumentos reais para a aplicação desse novo processo civil.
04/03/2020
Principais princípios do CPC
Livro Ramina de Lucca (tese de doutorado) – fala da disponibilidade processual e tem muito a ver com s negociações processuais e com a nova forma de ver o processo civil, uma forma mais dinâmica, mais sofisticada, mais atual que é aquela forma que você sai do contencioso e que você busca trabalhar a solução do conflito. Para isso, talvez, você tem que até flexibilizar procedimentos, fazer coisas diferentes para o procedimento servir para aquela causa. Mas, seria possível nos falarmos de flexibilização de procedimentos? A lei permite que o juiz ou as partes alterem prazos processuais para o ônus da prova, ou algo nesse sentido? Sim, permite e estimula. Nessa obra, ele mostra que as partem podem ter muitas disponibilidades dentro do processo / procedimentos, não só nas negociações processuais e sim em outras situações.
O que falta para a gente mudar no processo para ele ser mais eficaz, considerando que você tem muitos instrumentos para isso? – Colaboração, vontade, disposição, conhecer o novo código e as novas possibilidades que ele traz. 
*Princípio da Legalidade – esse princípio surgiu na revolução francesa e com ele o código de Napoleão. Com esse princípio o juiz vai julgar conforme a lei e a lei é a vontade do povo. Então a legalidade é o princípio mais importante pós-revolucionário porque ele dava segurança jurídica nas pessoas porque as pessoas sabiam que o juiz iria julgar mais ou menos interpretando a lei, mas conforme os regramentos que o parlamento elaborou e o juiz se tornou um ser absolutamente vinculado à legalidade.
O princípio da legalidade é tão importante que até hoje ele é sinônimo de democracia. O princípio da legalidade ele está insculpido no Art. 8º do CPC, esse artigo é o artigo da canonização do juiz.
Ex.: Reintegração de posse de uma família que fica desamparada na chuva, então, o juiz fica dividido, se ele fizer a aplicação do princípio da legalidade ele vai cumprir a lei e mandar reintegrar. Mas, se ele pensar bem ele vai ter um problema porque as pessoas não vão ter pra onde ir e e vai deixar as pessoas foram do alojamento, sem comida, em um teto, e aí, o que ele faz?
Imaginem vocês na reintegração de posse de movimentos sociais, naquelas lonas, naquelas situações que a gente já viu na TV ou pessoalmente.
“Art.8º.”
“Art.5, II, CF/88”
*Princípio da Motivação (lógico/universal) – Art. 93, IX, CF/88 – também é um princípio importante ligado à democracia. Como você controla a atividade do juiz? O juiz faz uma sentença, como você controla? Se você não está de acordo com a sentença, como você faz? Recorre com recursos. Como você controla uma sentença sem fundamento? Vai embargar. Se o juiz fala, está tudo explicado lê direito que você vai entender. Você só controla quando você tem os argumentos, como que controla aquilo que não tem argumentos? Não tem como controlar. Deve ser argumentado ou fundamentado para poder controlar. Então a motivação, a fundamentação são essenciais para o discurso democrático da atuação do magistrado, do poder judiciário. 
Ex.: Por que o Tribunal de Justiça pode dizer que uma lei Estadual é inconstitucional? Quem são as 6 pessoas que suspenderão os efeitos da decisão do parlamento? Eles estão ali porque a constituição disse, eles podem fazer isso, mas só se legitimam quando explicam qual foi o raciocínio e porque é que eles estão decidindo daquela forma, senão eu não vou ter legitimidade, o discurso democrático é apurado.
O que democratiza a atuação do poder judiciário? Além de o juiz ter que fundamentar a sua decisão tem que ter o 5º constitucional que é uma forma de democratização do poder judiciário, onde está no tribunal todas as pessoas indicadas pela ordem e pelo ministério público, o qual, é uma forma de democratização instrumental. Agora, para qualquer juiz é imprescindível a fundamentação para que você (cidadão) possa controlar as decisões judiciais.
“Art. 489.”
*Princípio da Inafastabilidade da jurisdição – Art. 3º do CPC, Art. 5º, XXXV, CF/88
Ninguém pode afastar do judiciário a ameaça ou lesão a direito. Por quê? Porque se eu sentir que eu estou sento prejudicado eu tenho para quem recorrer, eu preciso ter alguém fazendo o papel do Estado, por quê? Porque por enquanto nos temos poucas causas de legitima defesa. 
Ex.: imagina se no civil pudesse ser do jeito que você acredita o cara não pagou ai você vai lá entra na casa dele e pega uma coisa e vai embora, não pode porque isso é um crime chamado “exercício arbitrário das próprias razões”, então você tem que ter uma forma de ter as coisas que você acha que tem que ter direitos e alguém vai fazer isso, que é o Estado porque ele tirou a auto tutela de nós (do povo).
Ex.: Auto tutela nas ações de reintegração de posse – desforço possessório imediato (o que é isso?): o vizinho vai entrar na fazenda e você solta os cachorros em cima do cara, ai o cara recuo, não há crime e não há nenhuma ilegalidade. Claro, se o cara vai entrar e eu dou um tiro de metralhadora na cara do cara, vai ser uma desproporção e terá crime, terá um probleminha. Mas, o exercício de defender a posse é legitima, sem o Estado atuar, eu que atuo. Não é atoa que algumas fazendas, algumas coisas mega produtivas do interior/ dos grandes latifúndios tem empresa de vigilância armada e se entrar na empresa o cara vai levar tiro. Dependendo da situação pode ser um instrumento necessário ou dependendo da situação houve excesso, mas eu não posso dizer, eu tenho que ouvir aquela cena e em regra eu reputo aquela cena, como um exercício da defesa da posse, quero dizer então, esse princípio da inafastabilidade e justamente para mostrar que nós não podemos tudo, nós dependemos do Estado, nós podemos coisas excepcionais, atitudes excepcionais tanto na área civil como na área criminal, mas a regra é: “vamos nos submeter ao Estado porque afinal de contas todos fizeram um pacto com o Estado” – ideia de Locke – você nasceu pobre e miserável, em razão disso você fez um pacto com o Estado. Resumindo, você precisa ter uma pessoa para te receber, para dar solução aos seus problemas. A inafastabilidade não é apenas ter o acesso ao judiciário, mas é o judiciário não poder dizer: “ah, eu não faço. Ah, isso aqui não, está muito difícil, não resolvo”, o judiciário não pode fazer isso, se eu protocolar uma ação o juiz vai olhar os elementos processuais e se ele estiverem presentes, o juiz deve julgar. O judiciário se provocado, não tem como se afastar da questão.
Marinoni, Luiz Guilherme (teoria do processo) – o jurisdicionado poderá buscar ao poder judiciário para evitar, qual é a tutela que evita a lesão? Tutela inibitória, evita, sessa a ameaça ou a lesão, faz voltar à lesão antes (tutelareintegratória).
Ex.: você bateu o carro de alguém, a tua responsabilidade é entregar o carro arrumado;
O muro, tutela reintegratória, que é reaver o direito ou reestabelece – ló o direito, é basicamente uma tutela que nos brasileiros estamos descobrindo agora, o cidadão vai lá da uma ré e arrebenta o muro do vizinho, quem bateu ter que consertar o muro, enquanto ele não conserta o muro, quem é que está extremamente aborrecido? Obviamente o vizinho, ai o lesado vai ter que ir até o judiciário buscar reparação pecuniária, mostrar ainda a “lenda” dos três orçamentos. O direito sofisticado e moderno, ele quer dizer o seguintes, réu repare (não precisa dos três orçamentos, não precisa o autor da ação fica 3 ou 4 dias ficar correndo atrás de orçamento, faz, mostra que houve lesão e o réu é condenado a reparar a lesão). No Brasil é invertido, o autor deve ir atrás de quem vai arrumar o muro, comprar a massa e o cara é condenado a pagar, enquanto ele não pagar o pedreiro fica de braço cruzado, quem tem que esquentar a cabeça é o autor da ação. Por isso que esses são fundamentos essenciais para a tutela antecipada que é uma inversão do ônus do processo (se a pressa era do autor, ela passa a ser do réu). 
Ex.: o cara bateu no seu carro e não consertou, o juiz determina que ele pague uber para você todos os dias e ainda bloqueia a grana dele no banco, com isso, ele vai correr para consertar seu carro. Inverte a pressa, se o juiz der uma antecipação da tutela, ele fala que o réu não precisa consertar o carro de imediato, mas ele deve pagar uber para o autor enquanto ele não consertar e, com isso, no outro dia o carro vai estar na oficina.
 Isso tudo tem a ver com a tutela de restabelecer a coisa e na pior das hipóteses, ressarcir. Se tiver a lesão, eu tenho que reintegrar como se nada tivesse acontecido, ou seja, voltar ao estado quo ante, mas se eu não conseguir evitar ou reintegrar como ela estava antes eu vou ter que partir para a tutela do ressarcimento, que é a “tutela de condenação in pecúnia”, é a pior delas, condenar o réu a pagar não quer dizer nada se ele não tiver dinheiro. 
*Principio do Devido Processo Legal – Art. 5º, LIV, CF/88; Art. 2º ao 11º do CPC 
Tem duas partes, são elas: principio do devido processo legal formal e procedimental, o que é isso? Eu sei o que acontece exatamente no processo. A partir do momento que eu protocolo uma ação, eu sei que o juiz vai intimar o réu para fazer ou não fazer, se ele der uma liminar, ele vai mandar citar o réu para contestar ou ele vai marcar audiência antes, mas eu sei qual é o procedimento.
- Diferença entre processo e procedimento: processo é o instrumento da jurisdição e procedimento é aquilo que você tem no código. O código é de procedimento de processo, não é de processo. O principio do devido processo legal ele tem o DPL formal e DPL procedimental que correspondem exatamente a regras internas, como o contraditório, juiz natural, duração razoável do processo e obviamente o devido processo legal tem que estar de acordo com todo o direito. O devido processo legal substancial gera ou deve produzir segurança jurídica, onde as decisões devem ser razoáveis, as decisões devem ser previsíveis e eu sei basicamente o que vai acontecer com o meu processo, a sentença vai ser assim ou mais ou menos assado, mas ela não pode ser uma sentença completamente diferente. O devido processo legal esta ligado com a previsão dos resultados e com a segurança jurídica. 
*Principio da Dignidade da Pessoa Humana – Art. 8º, Art. 536, §1º do CPC; Art. 1º, III, CF/88 – é a dignidade procedimental.
Ex.: tramita com preferência ou com maior velocidade processo de idosos, criança e adolescentes, réu preso.
O processo tem que ser mais do que isso. Ex.: pedidos de alimentos, assistência judiciária gratuita e etc. Agora, dignidade da pessoa humana está ligada a maioria dos processos e só saber falar sobre isso.
Professor Leny S. – não podemos banalizar o principio da dignidade da pessoa humana porque se a gente pensar dessa forma, o cara que olhou torto feriu sua dignidade. Não é tudo que fere a dignidade da pessoa humana, dignidade da pessoa humana é uma decisão liminar se não tomada a pessoa pode perecer fisicamente, a pessoa que depende de remédios, tem que tomar a medicação que é essencial para a vida da pessoa, a prótese, o Serasa, por quê? Porque o cara esta participando de licitação amanha. 
Então, a dignidade da pessoa humana, inclusive pessoa jurídica, não é só a do processo civil, não é só pessoa física, se eu tenho uma empresa e o cara vai arrasar com o nome dela, eu tenho que preservá-la. Isso tudo tem a ver com o cuidado que o direito tem com as pessoas que tem ali dentro. Então a dignidade da pessoa humana é obvio que esta ligada com o indivíduo, assim como na pessoa jurídica, atrás da empresa tem gente. Na dignidade da pessoa humana o juiz pode dar mais um prazo ou reverter dessa recomendação. 
*Principio do Contraditório – Contraditório substancial que uma ideia da OAB que disse que não haverá mais surpresas nos julgamentos. 1º o contraditório tem uma dimensão formal – conhecimento para a reação, você não pode reagir se você não conhecer, então, você tem que ser informado e poder reagir. Ex.: no prazo razoável (prazo razoável para a reação esta no procedimento), mas se eu fizer uma negociação processual, eu posso alterar o prazo? Eu posso, mas não posso reduzir, sempre posso ampliar. Então, o contraditório tem essa participação na dimensão formal, isso pode ser negociado e o mais importante, condições de influenciar decisões. 
- O contraditório possui uma bilateralidade de audiência – toda vez que o juiz estiver com o autor o réu tem o mesmo direito de estar com o juiz. Em uma audiência, o autor e o réu tem o mesmo peso. Se o autor pede para falar com o juiz em particular, o réu também pode pedir para falar em particular com ele, ou seja, o que eu (juiz) for ouvir de um eu vou ter que ouvir de outro também. Eu não posso tomar decisões quando ouvidas apenas uma das partes, claro, exceto as liminares, as liminares muitas vezes não podemos falar com a outra parte porque se eu falar para a outra parte “oh, vou bloquear seu dinheiro no banco”, a parte vai tirar o dinheiro do banco no mesmo dia, obviamente o juiz não pode fazer isso. A bilateralidade da audiência é um dos aspectos mais importantes do contraditório porque o juiz vai dar a mesma oportunidade para as duas e elas têm o mesmo poder de conhecer e reagir no tempo adequado. “Art. 9º.”
“Art. 10º.”
Nas liminares o contraditório é “pós teficado”, ou seja, tem contraditório? Tem, quando? Depois, mas tem contraditório. Observem, nos artigos 9º e 10º quer dizer que não tem mais decisões surpresas. 
*Principio da ampla defesa – tem o aspecto formal substancial contraditório e é um direito fundamental das partes poderem de forma ampla, quer dizer, para recorrer quando cabível. 
Leonardo grego disse: hoje o contraditório participativo e o diálogo humano que dele devem resultar exigem que o juiz antecipe as suas opiniões, não tem surpresinha, que o faça publico e não às escondidas, para que as partes possam acompanhar o desenvolvimento do seu raciocínio e assim obviamente influenciar eficazmente a formação da decisão formal.
Ampla defesa é saber, reagir e mais acima de tudo lembrar que a posição do juiz hoje não é mais de se esconder as suas posições é de publicizar é dizer o quanto antes de forma pública, não só para uma das partes, mas para ambas as partes. É uma posição mais ativa do juiz, talvez até mais honesta do juiz.
*Principio da Publicidade – para dar força ao controle à democracia, deve ser pública e fundamentada para que todas as pessoas tenham acesso das suas decisões justamente para dar o caráter democrático também na atuação do poder judiciário. Ressalvados, obviamente, aqueles processos que correm em segredos da justiça. Principio da publicidade tem duas dimensões, são elas: interna – através do processo e o externo – respeita o segredo de justiça e dos casos excepcionalíssimos.
*Principio daDuração Razoável do Processo – Art.4º, art. 139 + art. 8º do CPC e CF (a prestação jurisdicional efetiva)
Tudo isso para dar forças ao professor Eduardo C. Rica que fala que processo tem que ter duração razoável.
09/03/2020
*Principio da Igualdade Processual (igualdade ou paridade de armas) – tudo que o autor dispor aos seus direitos o réu pode ter igual, quer dizer que, todas as partes é assegurada paridade de tratamento em relação a exercícios de direitos e faculdades processuais. Então, igualdade processual, é igualdade em termos de procedimentos, por exemplo, eu não posso dar um prazo de cinco dias para um e de vinte dias para outro sem nenhuma justificação. Então, o juiz além de assegurar essa paridade ou as mesmas armas para as duas partes, ele também vai cuidar que as partes tenham as mesmas faculdades processuais, o acesso à defesa, os mesmos deveres e a aplicação das sanções processuais de igual forma, tudo tem que ser igual para os dois. Se houver diferença o juiz pode dizer “por que o prazo não é x e é y?”, o ideal é lembrar o que está escrito no Art. 7º do CPC.
“Art.7º.”
A igualdade processual também observa a imparcialidade do magistrado, a igualdade de acesso à justiça, redução das desigualdades em que passa de alguma forma a trabalhar a ideia de acesso a justiça, acessar a justiça não é ter acesso ao fórum, não é ter acesso à justiça gratuita, pois estes são uma parcela para o acesso a justiça. Segundo M. Carpelet, acesso à justiça, quer dizer, eu tenho acesso, mas não tenho que me preocupar como eu entro, eu tenho que me preocupar como eu saio da justiça, se eu saio com o meu direito garantido, se eu saio através de decisões de mérito, eficazes e satisfativa.
Professor Miguel Teixeira de Souza, diz: “o dever de colaboração do órgão jurisdicional para com as partes se desdobram em cinco deveres, sendo eles: - esclarecimentos, - prevenção, - consulta (imaginem que o juiz pode dar uma consulta e indicar o melhor caminho, na negociação processual isso é essencial), - auxiliar, - correção e - urbanidade”, são deveres do juiz nessa nova forma de ver o processo. 
*Principio da Eficiência - no sentido do procedimento ser eficiente, ou seja, condução eficiente no processo, quando o processo é de forma eficiente conduzido provavelmente produz bons resultados, claro com a parceria de todos querendo resolver os processos, cada um defendendo os seus interesse. O Art. 37 da CF fala dos deveres da administração pública, eficiência é um dos princípios da administração pública e a prestação judiciária do direito fundamental prestado pelo Estado, portanto, Latu Sensu da administração pública, então, o processamento deve ser eficiente.
“Art. 8º.”
“Art.37 - CF/88”
*Principio da Efetividade – o processo deve ter o procedimento eficiente, ou seja, procedimento eficiente é todos os meios de forma concatenada, com bons resultados, mas se espera que o procedimento eficiente de efetividade ao direito, ou isso seja, eficaz. Eficaz e efetividade é diferente que eficiência. Quando eu falo de efetividade ou efetividade da medida, eu lembro do Art. 4º do CPC, que fala:
“Art.4º.”
Essa expressão satisfativa ou a característica de satisfatividade é quase um incentivo, é quase algo sensorial. Ex.: Eu quero agua, está aqui a água, bebe; eu quero a guarda da criança, esta aqui a criança mãe, pode pegar; eu quero bloqueio dos bens, está aqui o Bacenjudi positivo, bloqueou o dinheiro do cara, isso é satisfativo, naquela medida é satisfativo.
Ex.: É claro, quem bloqueia os bens está satisfeito? Ou quer que o réu pague a conta? O cara esta me devendo, caso eu bloqueio o dinheiro, é uma medida satisfativa? Me da segurança, mas eu não estou satisfeito, como não foi pago eu estou aguardando a satisfatividade.
O que é satisfativo? Ex.: eu preciso de uma transfusão, houve um transplante, está aqui.
Esse principio da satisfatividade acompanha como uma ordem do processo, o processo é uma decisão que tem que causar mudança na vida das pessoas. Ex.: quer agua, esta aqui a agua, isso é satisfativo. Isso é ordem do Art. 4º, CPC. É a psique, é a decisão de mérito que enfrente as situações do mérito de forma satisfativa, julgue extinto o processo porque o autor não trouxe documento de procuração, o juiz não pode fazer isso porque o processo diz se estiver faltando documento ele tem que intimar o autor para trazer sob pena de extinção, tem que atender o mérito do processo e não fugir para atender uma questão procedimental. 
“Art.4º.”
*Principio da Proteção da Confiança – esse principio é basilar para a teoria dos precedentes especial daquela teoria que nós vemos do triple, precedente judicial nada mais é que o juiz propor uma decisão e essa decisão servir de base para todas as outras causas, causas semelhantes, causas que podem obviamente receber a mesma resposta do judiciário. Esse principio não é novo, mas ele teve que estar no nosso código para a gente observar, todo mundo espera decisões iguais para casos iguais porque se o tribunal ficar mudando as suas decisões, nós não iremos mais confiar no sistema, então, esse principio é um subprincípio da segurança jurídica que quer dizer que o tribunal deve manter de forma uniforme a sua jurisprudência. A uniformização da jurisprudência é uma determinação por lei a partir do NCPC, tanto que é dever do tribunal modular a eficácia das decisões, ele procura atingir o menos princípios da jurisprudência, ou seja, a jurisprudência é essa, mas eu explico o porque a jurisprudência é diferente e modulo os efeitos da decisão para que a gente pudesse ser menos afetado.
Ex.: a partir da publicação desta decisão acontecerá x, y e z, antes da publicação não tem esses efeitos, após terá esses efeitos. Tem direito a isso, isso e isso após a publicação da decisão, após não tem. Vai modular essa decisão para manter a estabilidade da jurisprudência.
A modificação de enunciados, de súmulas, jurisprudência classificada ou de tese adotada (IRDR) observará a necessidade de adequação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica e da proteção de confiança e da isonomia Art.927, §4º, ou seja, vai alterar ou mexeu no seu entendimento, então eu faço o que? Uma fundamentação adequada e específica e se for o caso module os efeitos das decisões para na atingir as jurisprudências. Esse principio esta junto com a isonomia, a previsibilidade e usa os precedentes judiciais como instrumento.
“Art.926.”
“Art.927, §4º”
“Art. 489.”
*Principio da Boa-fé objetiva – só vai fazer um bom negócio processual aquele que estiver de boa – fé. Boa- fé no processo é a mesma boa fé que eu devo ter fora do processo. De acordo com o Art. 489, §3º do CPC – “§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé.” Então, a decisão está atrelada ao princípio da boa –fé, ela tem chegar e dizer: olha, aquela pessoa agiu boa-fé, tecnicamente não foi muito perfeito, mas se percebe uma conduta de boa- fé, isso é procedimento, observa procedimento de boa – fé. As vezes o procedimento não é exatamente com tem que sair, como por exemplo, uma perícia, imagine uma decisão que a perícia foi mal feita, será uma péssima decisão porque a perícia que embasa a decisão foi mal feita. O que o juiz pode fazer? Ora, houve boa – fé de todos, a perícia é ruim, vamos repetir a perícia, então é esse comportamento que se espera das partes e do juiz.
Como eu sei que é boa – fé? sempre pergunto, você faria isso lá fora do processo? – não, então isso é má – fé, esse é um parâmetro bom para ver se aquele ato é de má-fé ou boa-fé.
*Principio da primazia da decisão de mérito – nos temos que enfrentar o mérito toda vez que o processo é proposto para evitar decisões e é cabível ao juiz realmente declare apenas os atos nulos, manda repetir os atos nulos e reaproveita.
Professor C.R. Dinamarca um dos maiores processualista chamava isso de instrumentalidade do processo na década de 90.
Essa primazia da decisão de mérito tem a ver com o art. 282/ 283, CPC.“Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.”
“Art. 283. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte.”
Ou seja, o que anula? Anula aquilo que estiver efeitos superáveis e o que causar prejuízo, fora isso, você não anula, você refaz, manda repetir o ato, declara uma parcialidade de nulidade, para que? Para poder dar uma decisão de mérito porque é isso que a gente espera, decisão de mérito e claro, satisfativa.
*Principio da Cooperação – eu não posso falar de negociação do processo se eu não quero cooperar, se eu não quero cooperar eu sou aquele advogado, aquele promotor, aquele defensor, aquele juiz do século XIX que guarda uma prova para apresentar como se fosse “uma surpresa”. Não existe mais surpresinha, no processo tudo tem que ser às claras, dando tempo de informação e reação com ambientes de sujeitos processuais de forma que causem/ que proporcionem o ambiente processual adequado para a decisão de mérito satisfativa daquilo que leva ao judiciário, as partes pode levar poucas coisas ou tudo.
Ex.: no acidente de transito, leva o dano moral. Por que leva só o dano moral para o judiciário? Porque o dano material já foi resolvido lá fora, ou seja, já foi objeto de acordo lá fora, a seguradora já pagou e não tem que se falar em dano material. Mas, o dano moral? Dano moral a gente não entrou em consenso, então, só ele vai para o judiciário.
Esse principio da cooperação, ele é um princípio que tem base na boa-fé, contraditório e nos temos que observar que ele busca uma cooperação cooperativa do processo sem destaques para qualquer um dos sujeitos. Todos os sujeitos dos processos devem cooperar entre si para que se obtenha em tempo razoável decisão de mérito justa e efetiva, Art.6º do CPC.
“Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.”
O código fala de cooperação interna, cooperação externa, CUIDADO! Não confundam cooperação procedimental, cooperação é: não precisa mais de precatória, quer dizer, isso é outro tipo de cooperação do procedimento. Aqui nos temos uma pratica cooperativa do processo que é o que chamamos de cooperação interna.
- processo civil comparado, escrito em 2004: “Reflete a preocupação da consolidação da democracia no que tange o processo civil brasileiro, esses autores observam que o dever do juiz de dar conselhos, de dar feedback, determina que o juiz aconselhe e assista as partes de resolver as suas disputas de acordo com o direito.” O código de processo civil português e o alemão defere ao juiz essa possibilidade que havendo um acordo entre as partes o juiz vem e começa aconselhar e assistir as partes para o que será melhor naquele processo, qual é o melhor prazo.
 Qual é o tipo de processo civil que a gente pode chamar se o juiz trabalha mais prazo, ele pode alterar de forma mais concreta o procedimento, que o juiz pode ser mais criativo, mais participativo, mais cooperativo, como é o nome desse processo no Brasil? – Processos estruturais.
Ex.: Mariana e Brumadinho
A ideia do juiz cooperar, do juiz auxiliar , aconselhar é de uma forma cooperativa.
*Principio do auto regramento – é o principio da adequação ao processo, eu vou levar, eu vou escolher qual é a melhor forma de solução do meu conflito, eu vou escolher o que levar para esse conflito, eu não posso levar tudo porque eu não preciso.
Ex.: o direito da indenização material eu já tenho, mas em relação ao direito do dano moral eu vou levar ao judiciário. Eu vou escolher o que eu quero, as minhas regras e o que eu compuser a outra parte e se o juiz aceitar essa composição vincula todos os sujeitos do processo (juiz, promotor, advogado de A, advogado de B, escrivão, perito, Amicus curiae), fica tudo vinculado a esta proposta. Então, é legal esse auto regramento porque isso é, ver como se trata, ou como tratará melhor o direito se o procedimento for mais longo, mais curto, tiver maior participação ou menor participação, então, se o juiz for ver com seus próprios olhos através de inspeção judicial, o juiz não precisa ver, tudo isso pode ser auto regrado.
 o que é auto regramento? Colocar as regras. Todos os sujeitos dos processos entram nesse principio, lembrando que fazer acordos de regramentos e normas de negócios processuais não é fazer acordo do direito material, não é fazer acordo do que devo ou do que não devo, não é isso. É fazer acordo de como nós vamos resolver essa parada. Não é acordo no sentido de: ah, estou devendo esse negócio, confesso, vou pagar, pois obviamente trata do direito material. O que eu quero falar é que eu posso dispôs do processo como um todo.
Nós temos como finalidade do auto regramento - formação de um ambiente processual adequado que resguarda o direito fundamental, de regulamentação, de auto-regulamentação sem restrição que não seja razoável ou que não seja justo.
 Restrições justas e razoáveis, tudo bem, o juiz até pode indeferir alguma coisa do negocio processual, o prazo é muito pequeno e o contrato de adesão, o juiz vai olhar e falar: não, não, não você esta negociando de que jeito? O réu tem dois dias para contestar? Claro, o juiz não vai homologar essa parte do acordo porque uma das ideias das negociações é ter um ambiente justo e razoável. 
**Negociação Processual**
Esse principio da adequação do processo que já falamos é basicamente o que nós vamos buscar dentro das negociações processuais, adequação do processo. Nós temos a primeira adequação que é a adequação legislativa, o que é uma legislação legislativa? É a lei (código de processo civil). 
O código de processo civil é feita por alguém, pelo legislador, é a primeira adequação que eu vejo, que é a adequação da lei. Quem coloca o procedimento? O legislador, então, a primeira adequação que nós estamos bem acostumados é chamada de adequação legislativa. 
A segunda adequação é chamada de adequação jurisdicional/judicial é a faculdade do juiz (procedimento do juiz), como por exemplo, o julgamento antecipado da causa, o juiz entende que está tudo comprovado, está tudo nos autos e julga, ele não dá instrução, não precisa. É uma faculdade e uma adequação do juiz ,como também, a possibilidade de dilatar prazos, a parte explica: “Excelência, eu preciso de mais prazos por isso, isso e isso”, o juiz diz que realmente esse prazo da lei não é adequado eu vou aumentar o prazo por quê? Porque vai fundamentar e vai adequar. 
Essas duas negociações estamos mais ou menos acostumados, adequação da lei que é através do legislador /legislativa- código do processo civil e adequação do procedimento feita pelo juiz.
Agora o que mais chama atenção é a adequação negocial, ou seja, a base das negociações processuais.
Qual é o caráter de um processo? Mais publico? Ou mais privado? Pense comigo aqui, se você olhar aqui Venda / Carnelutti ele vão colocar aqui o caráter publico de um processo porque o processo é só um instrumento de jurisdição e jurisdição é só o Estado que presta, então, tudo que acontece no processo tem um caráter publico, tem coerção, se a justiça for na casa do devedor e pegar os bens, bloqueio de bens. 
Porém, conforme C. Andrei fez um pensamento assim: tá o processo tem um caráter público, mas por que que existe um processo? Porque as partes se desentenderam e eu pergunto, elas se desentenderam no público? Não foi no publico, foi no privado, as partes tiveram problemas no privado e como não conseguiraresolver esse problema no privado elas levam ao poder judiciário, então, eu posso garantir para vocês que o processo não pode ser apenas visto como algo público porque ele trata de interesses privados.
Ramina, diz: cuidado com o hiperpublicismo danoso que acabou sufocar os interesses dos maiores interessados, as partes. Quais são o interesse das partes? – resolver os problemas. Agora, o juiz não vai atrapalhar isso e sim, facilitar, pois o bom juiz é aquele que fala pouco no processo porque mais você aparece mais você está intervindo, eu faço uma correlação com qualquer jogos, imagine um jogo de tênis que toda hora o cara esta parando, ou em um jogo de futebol o arbitro não aguenta o apito na boca, não dá, não consegue desenvolver. No poder judiciário é igual, o juiz deve colaborar e observar que o caráter do processo não é só público porque tem interesse privado ali dentro e por esse interesse privado é que existe negociação processual porque se fosse só interesse público quem resolve é só o juiz.
O que o juiz faz? Ele divide e o processo não tem apenas e exclusivamente público e passa a ter também um caráter privado porque é um interesse das partes que está ali em jogo, por isso estão dentro do processo, claro que a gente tem que ver que eles deveriam conviver de uma forma mais harmônica o interesse publico com o interesse privado dentro do processo. 
Ex.: Tem coisa que o juiz não abre mão, como, na busca e apreensão o oficial de justiça vai lá abrir o cofre é do juiz. Mas, tem coisa que o juiz vai dizer “ok” se você quiser intimar outra parte pode intimar pessoalmente, você intima como acontece hoje no processo civil (autor intima o réu). O que é possível para o advogado fazer no caráter privado ele vai lá e faz, mas o que ficar para o juiz no caráter publica, vai ser o juiz que vai mandar fazer, pois ninguém vai imaginar o advogado ir lá no banco e ele determinar o bloqueio dos bens do réu.
Não é a exclusivamente ideia do Brasil ter negociação processual com o juiz mais colaborativa, uma justiça de sujeitos que todos visam resolver conflitos. 1º código de processo civil francês, art. 12, §1º – estabelece que o juiz deve ditar a sua sentença conforme as regras do direito que aplica a cada caso, assim a sentença deve estar de acordo com o direito ou será obviamente cassada (lá se chama tribunal de cassação – são os tribunais recursais). Entretanto, esse dever do juiz não é absoluto já que as partes podem reduzir ou ampliar o poder do juiz por meio de uma convenção, na França você pode dizer até onde o juiz pode julgar você pode dizer que o juiz pode condenar alguém mais não mais do que 50 mil reais, os autores da ação, ou os réus da ação litigam por alguma coisa, mas eles acertam os seguintes: tá bom, mas quem perder não vai pagar mais que 50 mil reais. A negociação é uma forma de contrato. Mas, se o juiz ver que não esta harmônico não é obrigado a homologar aquela parte, vai mandar refazer. Na França nos vamos nos sujeitar ao judiciário, mas a condenação é só até 10 mil reais viu Doutor. 
Na Itália o juiz pode julgar por equidade se as partes assim negociarem e pode dizer para o juiz se for condenar alguém pode estipular um limite, por exemplo, de 10 mil. No Brasil também pode conforme a Lei nº 9.099/99 art. 6º, no juizado especial o juiz julga por equidade se assim ele quiser e o autor pode levar para o juiz um limite de condenação, o juiz vai fazer um auto regramento. 
Ex.: cidadão foi no bar, tomou, comeu se divertiu e saiu e entrou com uma ação porque na caipirinha tinha 200 ml e não 250 ml conforme o cardápio ingressou com uma ação de dano moral (quero o dinheiro da minha bebida de volta), detalhe ele tomou a bebida. A decisão foi de forma equitativa, tanto que o juiz condenou o autor por litigância de má – fé inverteu e o autor da ação saiu prejudicado. (esta no na lei do juizado especial que é permitido o juiz julgar com equidade).
Os negócios processuais são dois, sendo eles: Típicos e Atípicos.
O negocio processual típico – são escolhas da arbitragem, recursos de prazos, artigos x, y e z, são negócios típicos.
O negocio processual atípico – estão fundamentados no Art. 190 do CPC, o juiz pode ser apenas um cara que vai sugerir uma saída, limitar o valor, limitar prova de instrução, podem alterar as regras do procedimento porque o Art. 190 é uma clausula geral processual. O juiz pode flexibilizar procedimentos e regras porque o direito a ser entregue é o direito de mérito, satisfativo, muitas vezes o procedimento não basta.
”Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.”
No código de processo civil francês, as partes poderão acordar que será resolvido a questão por determinado órgão jurisdicional por juiz x, juiz h e etc. o código de processo civil francês permite essa condição. No Brasil não rola porque existe o princípio do juiz natural.
Outra coisa a existência, a validade e a eficácia dessa convenção não depende da intervenção do juiz, ele simplesmente verifica a jurisdicialidade se aquilo esta dentro dos direito, o juiz não é parte desse negócio, ele vai simplesmente autorizar essa negociação processual porque ele não é parte, eu não contratei com ele, ele apenas aderiu. Na França o juiz é parte, nos EUA ele é parte desse pacto, no Brasil o juiz não é parte. Mas, o juiz por exemplo pode deixar de homologar uma parte se ele observar que uma das partes é vulnerável, ou pelo contrato de adesão, ou porque reduziu demais o prazo, ou porque ele tirou uma perícia ou uma prova que ele ache que é importante.
Robson, G., trás os elementos que ele acha que são necessários para uma negociação processual, são eles:
- Consentimento: ninguém faz negociação se não for consentida;
- Capacidade: há uma discussão se é a capacidade civil ou a capacidade de estar em juízo. Porem, alguns autores aderem à ideia que é a capacidade civil. Os professores Talamini e Vander acham que é a capacidade de estar em juízo, claro que se ele pode fazer transação lá fora não é por ter capacidade de estar em juízo é que ele tem que ter capacidade civil senão não vai valer o acordo que ele fez lá fora. Já imaginou um menor de 16 anos fazer um acordo processual? Tem que ter capacidade civil sim;
- Voluntariedade: não tem que ter pressão de ninguém, as partes não podem se pressionar, o autor não pode pressionar o réu e o réu não pode pressionar o autor para aderir a essas negociações processuais;
- Informação: não há surpresas, não tem entre linhas;
- Publicidade: ex.: O STJ recebe o recurso especial, na véspera do julgamento as partes fazem um acordo e pedem desistência do recurso, porém o STJ negou o acordou e na decisão disse que julgará o processo porque o tema não é só de interesse comum entre as partes, mas é um tema de repercussão e o julgamento interessa a toda coletividade não só as partes e julgou o recurso especial. 
O juiz não pode abrir mão do seu dever de determinar provas de oficio, embora deva fazer de uma forma subsidiária. Em uma negociação o juiz não vai ficar investigando nada, ele pode sugerir, olha nesse caso a gente vai ter que fazer uma prova porque a sua negociação não conseguiu me convencer porque afinal de contas a sentença vem do juiz, mas sempre com caráter subsidiário.
16/03/2020
Mudanças/novidades do Código de Processo Civil de 2015
1º mudança – não existe mais o livro chamado processo cautelar, antes, no código de 1973, existia lá o livro do processo cautelar que estava vinculado ao processo principal. Ex.: processo principal na execução e processocautelar é o arresto dos bens que está tentando sumir com os bens, hoje é tudo junto, eu vou virar o sincretismo do procedimento, eu peço a execução e já peço o arresto dos bens do devedor que está aparentemente se desfazendo dos bens no mesmo procedimento. Então, acabou o procedimento só cautelar, hoje é um procedimento único, é o meu pedido mais a tutela que eu preciso tudo junto.
2º mudança -Novidade - Foi criado um instituto chamado de tutela antecipada estabilizada, essa é vulgarmente conhecida como tutela estabilizada ou estabilização da tutela. É uma medida que o juiz dá, o réu não se manifesta e o processo é extinto, naquele momento processo acaba e aquilo que o juiz deu permanece estável. Ex.: eu peço para tirar meu nome do Serasa porque eu vou brigar com a tim dizer que eu nunca fiz aquela ligação, eu não vou pagar aquela conta, o juiz se convence da sua alegação, tira seu nome do Serasa, a tim recebe a intimação que o juiz tirou meu nome do Serasa e recebe ali que o autor vai complementar o pedido que era só tirar o nome do Serasa, agora vai ser dano material e dano moral, a tim coloca em uma planilha, ver quanto custa para eles, quanto custa o processo e decide não agravar dessa liminar do nome do Serasa, não faz nada, não agrava, não contesta e o processo é extinto e meu nome sai do Serasa de forma definitiva. Não se conversa dos pedidos principais de dano moral e material porque a tim deixou congelar, estabilizar aquela medida que era tirar o nome do Serasa.
3º mudança – criação do instituto chamado tutela de evidencia que foi uma adaptação do Ministro Luiz Fux que era o presidente da comissão de notáveis que terminou o CPC. Luiz Fux trouxe uma teoria que deu surgimento a tutela de evidencia com paralelo uma” tutela du archetamento”(tutela italiana), quando ele trouxe para o Brasil a primeira coisa que ele fez foi uma adaptaçãom e um artigo só ele diz o que é tutela de evidencia. Na verdade ele dá os elementos e alguns casos de tutela de evidencia do Art. 311, CPC.
Tutela Provisória
Tutela provisória é um gênero e ela tem duas espécies, sendo elas:
“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.”
“Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.”
“Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.”
“Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.”
“Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.”
“Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.”
Com base na Tutela Provisória ela tem duas significações, 1º tutela como proteção do Estado, como aquilo que é oferecido pela jurisdição quando eu provoco um processo, quando eu tenho um processo eu peço a tutela do Estado, ou seja, eu quero a proteção do Estado, nós chamamos isso de Tutela, o Estado dá através do poder judiciário a Tutela. 2º essa tutela é mais ou menos o instituto que eu quero, a tutela pode ser, por exemplo, com a natureza cautelar, eu posso chamar de tutela cautelar, uma tutela com a natureza antecipada que eu posso chamar de tutela antecipada, o que é isso? Antecipar parte ou totalmente os efeitos da sentença, ou seja, eu antecipo os efeitos da sentença. Então, a tutela pode ter natureza cautelar, antecipada, evidencia, pode ter uma natureza inominada. 
A tutela provisória tem natureza de urgência cautelar, ou urgência antecipada ou de evidencia ou a natureza de urgência inominada. O que é tutela aqui? Tutela é a proteção do estado e eu tenho tutelas de natureza de urgências e de evidencia.
Expressão Liminar, o que é uma liminar? É o momento do processo no começo e vai até o início da instrução.
Conteúdo da liminar, o que tem dentro de uma liminar? pode ser de natureza ou conteúdo cautelar. Por exemplo, o arresto dos bens do devedor que parece que esta dilapidando o patrimônio, eu estou executando e no meio da execução ele começa a dilapidar ai eu faço o arresto dos bens dele, eu bloqueio os bens desse cara, isso vai ser uma liminar se for no começo do processo. Se for depois que o processo iniciou a instrução, na metade do processo, não perde a natureza cautelar, ela só deixa de ser chamada de liminar (começo do processo) e passa a ser Incidental (durante o processo). 
O que a liminar vai dar? A liminar vai dar aquilo que estiver dentro do seu conteúdo, se eu peço uma liminar para tirar meu nome do Serasa enquanto eu discuto uma divida que eu não tive essa liminar tem conteúdo antecipatório porque ele antecipa alguns dos efeitos da sentença que é tirar o nome do Serasa. Isso aqui é diferente da cautelar porque ela não antecipa, mas preserva para o devedor não sumir com os bens.
Na liminar cabe o que eu quiser colocar dentro, ou seja, a liminar tem conteúdo cautelar se eu pedir para ela assegurar/preservar uma coisa, pode ter um conteúdo antecipado para antecipar os efeitos de uma tutela ou da sentença, ela pode ter um conteúdo inominado como, por exemplo, para cremação de um cadáver, ela pode ter alguns conteúdos, liminar é apenas o veiculo. 
1º Tutela de Urgência: nesta tutela nós temos uma subdivisão, ou seja, duas subespécies são elas:
Tutela Urgente tem a expressão no latim que é “periculum in mora”, ou seja, perigo na demora da prestação jurisdicional, essa urgência/periculum in mora tem um parceirinho que é o “fumus boni Iuris” ou vero semelhança, ou probabilidade da fumaça do direito, o que é isso? A probabilidade que o direito existe, uma vero semelhança do que eu estou falando tem suporte jurídico de que há um direito.
Se eu conseguir juntar urgência, ou seja, aquilo que não da para esperar no procedimento ordinário, não da para esperar o réu contestar, fazer saneamento, não dá, até porque se eu esperar tudo isso meu paciente morre, o devedor desaparece com as coisas, quando o juiz diz que há um periculum in mora, por que é que é o periculum in mora? O que é o fato que significa o periculum in mora? E junto com ele tem a fumaça do direito (fumus boni iuris), a probabilidade do direito invocado, a vera semelhança desse direito. Se eu consigo juntar o periculum in mora (perigo) e o fumus boni iuris (probabilidade do direito) eu consigo convencer o juiz, em razão disso, eu tenho um mérito na tutela de urgência. Com isso, eu consigo demonstrar para o juiz que é uma medida de urgência que precisa ser tomada agora porque eu tenho esses dois elementos.
O Professor Ouvino Batista, foi um dos maiores processualistas do Brasil, dizia que esses dois elementos (periculum in mora e o fumus boni iuris) formam o mérito da tutela de urgência.
- Tutela de Urgência Antecipada: antecipa totalmente ou parcialmente os efeitos das sentenças, devem ser obviamente satisfativa, mas tem que ser reversível pelo menos no aspecto formal. Ex.: a entrega do carro, a guarda de uma criança, remédios.
- Tutela de Urgência Cautelar: é aquilo que vai acautelar / preservar.
Autônoma – tutela requerida em uma ação é uma coisa e o mérito é outra, se eu peço uma cautelar eu até posso ganhar a cautelar, mas no final eu não tenho razão. Se eu peço uma tutela antecipada, eu até convenço o juiz, ele deixa eu andar com o carro, mas nofinal fica comprovado que eu não paguei o carro, eu posso devolver. Essa autonomia que eu tenho que pensar é que a tutela de urgência não tem nada a ver com o mérito, ela pode até indicar uma vero semelhança, mas o mérito eu só vou, em tese, conseguir no final.
Irreversível – ela tem o caráter de irreversibilidade fática, concreta e irreversibilidade teórica/ formal. Esse elemento é muito importante porque ele vai dizer para nós se podemos ou não dar a tutela de urgência porque a tutela de urgência deve ser reversível, seja a cautelar, seja a antecipada. As tutelas de urgência antecipada ou cautelar devem ser REVERSÍVEl, conforme o §3º do Art. 300 do CPC, o qual, coloca uma barreira ao juiz, pois ela é reversível. A cautelar não da nada para ninguém, ela só preserva a coisa, mas a tutela antecipada já deixa o autor gozando, fluindo de algum efeito da sentença que foi antecipada. Portanto a tutela antecipada pode ser muito mais reversível se não tomar cuidado.
Ex.: tutela antecipada – eu vendi o carro para o zé das couves, o zé das couves não pagou tudo, eu tenho contrato e tal e eu entro com uma ação, que ação eu entraria? Rescisão contratual com busca e apreensão do veículo no final da sentença o juiz vai declarar a rescisão do contrato, declarar que o zé das couves está me devendo e me devolve o carro, mas eu convenço o juiz da vero semelhança da alegação ou de que eu estou falando de algo que tem uma fumaça boa do direito, mostro o contrato, mostro notificação e mostro para juiz ainda o periculum in mora porque o zé das couves é corredor de rali e vai fazer rali com o carro e não me pagou. Se o juiz se convence da minha alegação do perigo, eu consigo convencer o juiz antecipe os efeitos da sentença e que eu posso ficar com o carro, isso é reversível, se eu perder devolvo meu carro para o zé das couves, no máximo o juiz vai pedir para colocar um seguro no carro, mas é reversível. Agora se o juiz ver que o carro não esta em meu nome e eu nem coloquei em meu nome porque já vendi para o zé das couves, o direito não esta muito certo, não esta comprovado que o réu faz rali, mas há um perigo lá, o juiz pode dar uma tutela de cautela, ele pega o carro não da para o autor, mas deixa em um depositário publico, está acautelando, está cuidando.
*Qual da tutelas de urgência (antecipada / cautelar) são satisfativas? A tutela antecipada é a única que é de fato satisfativa porque eu vou entregar o bem. A tutela cautelar jamais será satisfativa, porque eu só vou bloquear/ preservar o bem.
*Será que existe uma tutela que é satisfativa e irreversível? Ex.: autorização para transfusão de sangue. Tutela de urgência satisfativa (que o sangue, tome aqui o sangue), agora, dá para separar o sangue (esse aqui é meu e esse aqui é seu), não dá. – TUTELA DE URGENCIA INOMINADA, não esta no CPC e sim tem base na Constituição Federal pelo principio da inafastabilidade. Ex.: cremação de cadáver, autorização de viagem de criança menores desacompanhada e etc.
O que eu quero é reversível? É, então pode ser uma tutela antecipada ou até mesmo cautelar. Mas, se eu quero é satisfativo? O bem da vida vai ser dado para mim? Não, ele só vai ser preservado. Que tutela é essa? Tutela cautelar. E a tutela antecipada? Eu já sinto que posso gozar, usar, fluir o bem da vida, isso é tutela antecipada e ela é satisfativa.
A irreversibilidade pode ser REAL ou PROFORMA, eu só pobre, miserável, preciso da medicação a defensoria publica faz o pedido e o juiz defere, a medicação custa mais de 10 mil reais por mês. A pessoa é catadora de matéria reciclável mora no airbarg e precisa da medicação, tem lá vero semelhança, fomus boni iuris até o remédio esta na lista da ANS - agencia nacional de saúde e o juiz vai homologar, como o juiz vai usar o critério da irreversibilidade? Ele só pode restituir financeiramente, pois não da para devolver aquele que tomou eu retiro a irreversibilidade fática e passo a ser formal. 
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.”
Cognição – O livro do professor Casuo Atanabe de processo civil da USP mostra que a cognição quando você vai aprofundar conhecimento do processo, varia o tipo do processo, no pedido cautelar você tem como aprofundar a cognição? Não dá, nem é para aprofundar. No pedido de tutela antecipada você aprofunda mais ou menos? Bem mais porque o autor já vai gozar de partes da sentença então o juiz tem que apertar um pouco mais. Esse autor diz que traz uma ideia de cognição vertical, uma ideia de cognição horizontal, cognição exauriente com a sentença, cognição sumaria no sentido de velocidade, é rápida porque não dá tempo de aprofundar de pesquisar. Porém, pode ser completa no final do processo.
Ex.: em uma cremação de cadáver diz la que eu tenho direito de liberar o cadáver a família quer velar e cremar, o delegado não se opõem, eu peço para o juiz autorizar a cremação. É uma cognição sumaria exauriente, tutela de urgência inominada. Quando normalmente ela é assim? No final do processo com a sentença. 
Interinal (incidental) – no meio do processo/ Antecedente – antes do pedido principal – (casos excepcionais) - da para ser requerida depois que o processo esta em fase de instrução, em fase de cumprimento de sentença, eu peço a tutela antecipada para usar o carro porque até a metade do processo o réu estava de boa, mas depois o réu começou a usar o carro de fome irresponsável, como correr, ganhando multas e eu convenci o juiz na metade do processo para ficar com o carro, pois só agora (meio do processo para frente) eu consegui periculum in mora que eu não tinha no inicio do processo. Ela pode ser pedida também antes do pedido principal, ela pode ser cautelar ou antecipada, mas antecedente, ou seja, antes do pedido principal.
Ex.: eu peço para tirar o nome do Serasa e o pedido principal é condenar a tim do pagamento de dano moral e de dano material, mas agora eu preciso tirar meu nome do Serasa (antecipara os efeitos da sentença - tutela antecipada), ela é reversível, ela é satisfativa, mas eu ainda não trouxe o pedido de dano moral e material porque a lei permite hoje eu inflacionar, chamado de procedimento Bifásico que é eu primeiro trazer a urgência depois o juiz me da um prazo para eu trazer um pedido principal que é confirmar que eu não estou devendo para tim e que ela esta me devendo dano moral e material, quando eu faço isso eu estou fazendo um pedido de Tutela de Urgência Antecedente, ou seja, antes do pedido principal e ela pode ser |Tutela de urgência cautelar, tutela de urgência antecipada e até mesmo uma tutela de urgência inominada. 
Quando é normal? O normal é pedir tudo junto, é o que falamos de petição conjunta entre a petição inicial e a tutela de urgência cautelar ou antecipada.
Se for pedir de forma antecedente (antes do pedido principal) uma tutela de urgência antecipada e o réu não falar nada, por exemplo, tirar meu nome do Serasa, o processo é estabilizado, ou seja, o processo é extinto.
“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntadade novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334 ;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335 .
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.”
“Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1º No caso previsto no caput , o processo será extinto.
§ 2º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput .
§ 3º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.”
Temporário e Provisório - não é a mesma coisa.
-Temporário: tutela cautelar, enquanto houver riscos será temporária. Tem momento de começar e de terminar. Imagina que eu quero que o réu me devolva o carro, mas meus argumentos não são os dos melhores, mas o réu não pagou tudo e como o réu corre com o carro o juiz manda o carro para o depositário público conforme a tutela cautelar.
- Provisório: tutela antecipada exige mais verdade, precisa de mais vero semelhança, tem a tendência de ser definitivo.
Certeza – o grau de certeza varia na medida da coisa que eu quero, exemplo, eu quero uma tutela antecipada eu preciso de mais vero semelhança ou menos? Preciso de mais porque eu já vou ter a coisa para usar e fluir. Quanto mais elementos, mais perto da certeza eu tenho, ou seja, mais perto da verdade eu caminho, normalmente eu consigo chegar a verdade com a instrução, na medida que eu tenho mais verdade ou mais vero semelhança eu me aproximo de uma tutela mais satisfativa, se eu tenho menos vero semelhança eu estou perto de uma tutela assecuratória. Por isso que a tutela antecipada precisa de mais verdade e a tutela cautelar de menos verdade porque a cautelar não é satisfativa ela fica guardada e a antecipada ela é satisfativa por isso eu preciso de mais verdade porque o carro já vem para mim por isso o juiz exige mais semelhança. Quanto mais cognição eu tenho mais vero semelhança e quanto menos, menos verdade eu tenho.
Vero semelhança – há mais segurança porque exige mais verdade.
2º Tutela de Evidencia: é uma espécie da tutela provisória, conforme o Art. 311 do CPC.
“Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; (Tutela de evidencia não tem vida própria, é uma tutela de reforço.)
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; (exceção - substitui a causa de ação de deposito que não existe mais)
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.”
Independente do periculum in mora, mas ela tem uma independência da probabilidade do direito, o direito tem que ser provado, mas não precisa haver riscos. Ex.: inciso II do art. 311do CPC. Tutela de evidencia não tem vida própria, é uma tutela de reforço. 
Ex.: eu peço que o juiz me de o carro porque o réu não pagou e vai fazer rali, com base nessa alegação eu estou pedindo uma tutela antecipada e, além disso, eu trago que o que eu quero esta embasada em documentos onde há uma súmula vinculante, eu não estou reforçando? Ou seja, a tutela de evidencia é uma tutela que pode reforçar outras tutelas, ela não tem vida própria, exceto no inciso III deste mesmo artigo, que substitui a causa de ação de deposito que não existe mais.
Ex.: inciso I do artigo supracitado, quando houver abuso do direito de defesa ou quando houve manifesto propósito protelatório da parte, o juiz pode dar a tutela de evidente com urgência porque é evidente que esta acontecendo um ato atentatório a justiça, por exemplo.
23/03/2020
Dia 30/03/2020
Tutela Estabilizada
É quando o réu intimado da liminar que foi concedida contra ele, ele não recorre e o processo é arquivado, ou seja, o processo estabiliza.
Tutela estabilizada para cautelares a lei não permite porque ela não é satisfativa. A estabilização da tutela é concedida liminarmente de forma antecipada.
Como se escapa da Tutela estabilizada? 2 formas: 1º tutela bifásica - não peço com a Tutela estabilizada, entro com a tutela conjunta, peço tutela de urgência de forma antecedente, ou seja, antes do pedido principal.
2º peço a tutela em separado - quando eu digo para o juiz que eu vou aditar a petição.
Texto Heitor Sica *Ler*
- Condições para deferir a estabilização da tutela – deferimento da tutela satisfativa, satisfativa em caráter antecedente;
- Requerida expressamente pelo autor, esta se utilizando o critério bifásico;
- Concessão inaudita altera a parte;
- Réu intimado da concessão da liminar, não agravou.
A estabilização é uma faculdade das partes, é quando o processo é extinto. 
Se eu quiser rever eu tenho o prazo de 2 anos, depois desse prazo não será possível. Embora a Tutela estabilizadas faz coisa julgada material. Depois que o juiz dá a liminar quem analisa a liminar é o TJ.
Art. 297, CPC
§ único.
Professor Marinoni – o prazo de 2 anos da ação não pode mexer, pois esta arquivada, ou seja, extinta, mas tem uma exceção, por exemplo, uma pessoa usa meus documentos para abrir uma conta na vivo, peço para que a vivo tire meu nome do Serasa, entro com uma petição de urgência de forma antecipada antecedente, a vivo não agrava, meu nome sai do serasa, depois de 4 anos depois a vivo descobre que o documento é verdadeiro e que eu mesmo contratei com a vivo e eu estava de má- fé, em razão disso, a vivo entra com uma ação de cobrança com todas as provas. Isso atinge a ação estabilizada? Sim, vai atingir de forma tangencial/transversa e não de forma direta. A ação maior tem que sobrepor a Tutela estabilizada. 
Em regra, passado os 2 anos não se pode mexer, mas existe exceção.
Tutela antecipada parcialmente tem como estabilizar?Ex.: ação de ação de acidente de transito peço dano moral e material. O reu uma empresa de ônibus pague antecipadamente 6 meses de trabalho pois, vou ficar parado. Mas, o juiz da a ordem que determine o salário de 6 meses, mas não o tratamento fisioterapeuta. Ou seja, a tutela parcial se estabilizada quando o pedido maior é concedido.
Será que é possível antecipação de tutela para direitos indisponíveis? Não se aplica a estabilização para direitos indisponíveis. Não devem ficar em tutela estabilizada pela dificuldade de revisão. Para evitar o perecimento indisponível não é aconselhável falar de tutela estabilizada pela dificuldade de alteração.
Pode ser aplicada em favor do réu? Não porque o réu não tem para ele nenhum tipo de estabilização em seu beneficio, pé exclusivamente do autor.
Processo foi extinto por estabilização, tem sucumbências? Sim, o réu é sucumbente.
Será que tem remessa necessária se o Estado perder? Não, porque não tem julgamento de mérito, tão pouco ação rescisória, porque não há analise de coisa julgada. 
Sobre o prazo de impugnação é de 2 anos, mas essa ação tem 2 anos para ser proposta em uma ação de revisão.
Porque não posso pedir a ação de revisão nos próprios altos? Porque o legislador quer complicar para você ver muito bem se você quer revisar, é uma ação que tem custas. Essa ação autônima de revisão de tutela pode ser por liminar, possível e tecnicamente viável.
Cabe tutela estabilizada de processo coletivo? Sim, pode. Mas, não convém. Embora, em uma eventual revisão seja caótica.
Por que não cabe tutela estabilizada em tutela cautelar? Porque a tutela cautelar não é satisfativa.
Texto 
Doze Problemas e Onze Soluções Quanto à Chamada “Estabilização da Tutela Antecipada”
Heitor Vitor Mendonça Sica*
1. Introdução
Os arts. 294 ao 311 do novo CPC denomina de “tutela provisória” a ampla categoria que abrange as chamadas tutelas de urgência (subdivididas entre cautelar e antecipada) e de evidência, ressistematizando e unificando, do ponto de vista procedimental, o que o CPC de 1973 denominaria de tutela antecipada de urgência (art. 273, I), tutela cautelar (arts. 796 ao 888) e tutela antecipada de evidência (art. 273, II e §6º). 
Em linhas gerais, esses instrumentos processuais mantêm o postulado, bem vincado pelo CPC de 1973, segundo o qual tutelas fundadas em cognição sumária são, salvo raras exceções, precárias (podem ser revistas à luz de novos elementos fático-probatórios) e provisórias (dependem de uma ulterior confirmação por decisão fundada em cognição exauriente para produzir efeitos de forma perene).
Essa diretriz resta, contudo, parcialmente atenuada pelo art. 304 do novo CPC, ao prever a chamada “estabilização da tutela antecipada”, sob a seguinte redação:
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 3031, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
* Professor Doutor de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Advogado.
1 Esse dispositivo acha-se assim redigido: 
“Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação da sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias, ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II – o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;III – não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. § 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. § 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão da tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial, em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo, extinto sem resolução de mérito.”
§ 1.º No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2.º Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3.º A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.
§ 4.º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5.º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
§ 6.º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do §2º deste artigo.
A redação desse dispositivo apresenta substanciais diferenças em relação ao texto final aprovado pelo Senado da República em 15.12.20102, bem como, principalmente, ao que constava do Anteprojeto originalmente apresentado ao Senado pela Comissão de Juristas nomeada por ato da Presidência daquela Casa em 20093.
 SHAPE \* MERGEFORMAT 
2 Art. 280. O requerido será citado para, no prazo de cinco dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir. § 1º Do mandado de citação constará a advertência de que, não impugnada decisão ou medida liminar eventualmente concedida, esta continuará a produzir efeitos independentemente da formulação de um pedido principal pelo autor. (...)
Art. 281. (...) § 2º Concedida a medida em caráter liminar e não havendo impugnação, após sua efetivação integral, o juiz extinguirá o processo, conservando a sua eficácia.
Art. 282. Impugnada a medida liminar, o pedido principal deverá ser apresentado pelo requerente no prazo de trinta dias ou em outro prazo que o juiz fixar.
§ 1º O pedido principal será apresentado nos mesmos autos em que tiver sido veiculado o requerimento da medida de urgência, não dependendo do pagamento de novas custas processuais quanto ao objeto da medida requerida em caráter antecedente.
§ 4º Na hipótese prevista no § 3º, qualquer das partes poderá propor ação com o intuito de discutir o direito que tenha sido acautelado ou cujos efeitos tenham sido antecipados.
Art. 283 (...) § 2º Nas hipóteses previstas no art. 282, §§ 2º e 3º, as medidas de urgência conservarão seus efeitos enquanto não revogadas por decisão de mérito proferida em ação ajuizada por qualquer das partes. Art. 284 (...)§ 2º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revogar, proferida em ação ajuizada por uma das partes. 3 “Art. 293. A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revogar, proferida em ação ajuizada por uma das partes. Parágrafo único. Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida para instruir a petição inicial da ação referida no caput. (...)”.
Trata-se de técnica inspirada em dispositivos presentes nos ordenamentos processuais

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