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PROCESSO DO TRABALHO - 1 Bim

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PROCESSO DO TRABALHO – 1º Bimestre
Aula 1 25/02/2020
Prova: questão subjetivas e objetivas;
Bibliografia:
Curso de Direito Processo do Trabalho
· Sérgio Pinto Martins
· Carlos Henrique Bezerra Leite
· Manoel Antônio Teixeira Filho
Aula 2 02/03/2020
Princípios do processo do trabalho
**Lei 13.467/2017 reforma trabalhista (decorar), ler essa lei**
Noções de princípios
“princípios são as proposições básicas que fundamentam as ciências, informando-as e orientando-as. São as proposições que se colocam na base da ciência, informando-a e orientando-a. Para o Direito, o princípio é seu fundamento, a base que irá informar e inspirar as normas jurídicas” Sérgio Pinto Martins
Os principais princípios específicos do DPT
A justiça do trabalho atende o empregador e o empregado, ajuizando a reclamatória trabalhista, a justiça do trabalho atende ambos os lados. 
1. Princípio protecionista: ele existe para diminuir a distancia que há entre as partes no processo, trabalhador e empresa, na justiça do trabalho em regra os polos ativos e passivos, é autor da ação (empregado, trabalhador, de baixo nível cultural, pobrezinho) e do outro lado réu da ação (empresa, poderosa, rica), o autor da ação é pequeno, logo a empresa é gigante, esse principio serve para isso, para diminuir essa distancia entre eles, diferente do processo na justiça comum, porque, por muitas vezes é uma empresa contra uma asseguradora, são duas poderosas, logo não é necessário esse princípio, pode até ter, mas não é comum. 
Três vertentes que configuram o princípio protecionista:
· “In dubio pro misero”, ou seja, na duvida o juiz olhou as provas e ficou empatado, ele não sabe quem tem culpa ou não, ele terá que decidir em favor do trabalhador. 
· Aplicação da Norma mais benéfica: pirâmide de Kelsen, está no topo a constituição federal, abaixo as leis e após acordos e convenções coletivas, regulamentos das empresas etc., temos essa hierarquia, logo se a constituição federal falar que as horq2as extras devem ser pagas com adicional de 50% e tiver uma norma resolução ou norma interna, dizendo que o adicional é de 60%, 70% quando eu for postular o meu direito, eu vou postular com base na norma interna, independente da hierarquia que ela esteja, será aplicada a norma mais benéfica ao trabalhador, desde que seja mais favorável ao trabalhador. 
· Aplicação da condição mais favorável: aqui não é norma e regra e sim a condição de trabalho, mesma coisa que o de cima, exemplo eu concedo transporte gratuito para os meus funcionários e depois eu decido que não vou mais conceder, não poderá fazer isso, porque é uma alteração unilateral em prejuízo ao trabalhador. Qualquer alteração era só será lícita com anuência do trabalhador e que não cause prejuízo ao trabalhador, alteração só será valida se for mais favorável ao trabalhador. Isso é muito aplicado para trabalhadores coletivos. 
1. Princípio da gratuidade – Art. 790, CLT: com a reforma trabalhista muito a questão das custas e honorários advocatícios, é necessário pagar as custas, mas ainda é possível ajuizar a ação a não pagar as custas, só que é necessário cumprir os requisitos do art. 790, CLT. Ainda vigora esse principio da gratuidade, o trabalhador pode ajuizar a ação e pode ao final não ter nenhum custo, mas desde que cumpra os requisitos da lei:
	Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 3º  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.                      (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.                     (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
São duas regras:
1. Trabalhador que ganha salário inferior a 40% do limite do teto da previdência, o limite da previdência, o máximo que o INSS paga é 5.900, é quase 6 mil, vamos arredondar, 4x6: 24, ou seja, 2.400 reais o valor do salário que você precisa receber para ter o beneficio da gratuidade concedida, assim não pagando as custas do processo;
Agora se você ganhar mais do que isso, parte para a segunda regra:
1. Comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo, como exemplo, ganho 8 mil reais, mas pago escola dos dois filhos, aluguel da casa etc., faz uma planilha e demonstra que não consegue pagar as custas, se você não comprovar terá que pagar as custas;
1. Princípio assistência judiciária gratuita: assistência judiciária gratuita prestada pelo sindicato, até a reforma trabalhista, os honorários advocatícios só era devidos em uma hipóteses, que era quando o trabalhador tivesse sendo assistido pelo seu sindicato, o sindicato tem legitimidade para auxiliar o trabalhador, o sindicato é obrigado a dar a assistência judiciaria ao trabalhador, isso para sindicatos grandes, pois sindicatos pequenos não tem departamentos jurídicos, esses firmam parcerias com escritórios. 
Nesses casos quando o trabalhador contrata junto ao sindicato a assistência judiciaria ele não deve pagar advogados, porque nestes casos a justiça do trabalho condena a empresa a pagar honorários em favor do sindicato e esses honorários eram até 15%, era a única hipótese de honorários quando o trabalhador tivesse sendo assistido por sindicato, se não nem tinha honorários advocatícios, com a reforma trabalhista acabou isso, pois agora são devidos honorários advocatícios para os dois lados. 
Os honorários não serão gratuitos, mas se quem for condenado ser hipossuficiente, ganhar menos de 40% do benefício da previdência, fica suspensa a execução dos honorários por até 02 anos. 
1. Princípio da celeridade processual: marca registrada do processo do trabalho, é rápido, dinâmico, não pode demorar muito, porque o processo tem que ser rápido? Qual é a razão? Porque a verba é de natureza alimentar, ela tem prioridade na tramitação. 
1. Princípio da oralidade: é muito importante e presente esse princípio, o trabalhador pode ajuizar uma ação verbalmente, oralmente, o art. 840 corrobora:
	Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
1. Princípio da concentração dos atos na audiência: o legislador, o formato da CLT, remete todos os atos para audiência, todos os atos são praticados em audiência, na CLT fala que haverá audiência UNA, esse princípio remete tudo para a audiência, é diferente do processo civil, aqui o réu fica notificado para comparecer em data correta e apresentar a sua contestação, acompanhada de documentos, se for audiência inicial somente será para apresentar a contestação e tentativa de conciliação e depois marca outra audiência para a coleta das provas, agora se for audiência UMA será os dois atos no mesmo momento, apresentar defesa + provas, tanto é que pode ser que o processo seja resolvido em uma audiência, ele pratica todos os atos na audiência e na sequencia ele julga, se ninguém recorrer o processo acaba por ali. 
1. Princípio da informalidade ou da simplificação de procedimentos: como o Processo Civil, o Processo do Trabalho também apresenta vários procedimentos, um mais complexo e completo, e outros mais céleres e simplificados. Assim, referido princípio permite que não seja exigido excessivo rigor técnico aos atos praticados em seus procedimentos, de modo que não sejam tão solenes e rígidos quanto os demais, a fim de garantir o pleno atendimento à justiça.
Conforme Leone Pereira (2014), “vale ressaltar que essa informalidade não é absoluta, e sim relativa, uma vez que dependerá da documentação do procedimento. O procedimento escrito é fundamental paraa observância do princípio constitucional do devido processo legal (art. 5º, LIV, da CF)”, ou seja, deve respeitar os limites legais. 
Os formalismos e a burocracia são os piores vícios com capacidade absoluta de entravar o funcionamento do processo. Os tentáculos que deles emanam são capazes de abranger e de se instalar com efeitos nefastos, pelo que se exige que a administração da justiça seja estruturada de modo a aproximar os serviços das populações de forma simples, a fim de assegurar a celeridade, a economia e a eficiência das decisões.
1. Princípio da busca da verdade real: já estudamos no direito material, ou seja, o principio da primazia da realidade sobre a forma, é o que o juiz quer a verdade real. 
O princípio da verdade real é derivado do direito material do trabalho, é aquele que busca a primazia da realidade. De tal notação o referido princípio ganhou espaço direto no corpo da lei, como pode ser verificado no artigo 765 da CLT, que diz: 
	Art. 765 - os juízos e tribunais do trabalho terão ampla liberdade na direção do processo, e velarão pelo andamento rápido das causas, por determinar qualquer diligência necessária para o esclarecimento dela”. 
Ou seja, o disposto em lei faculta ao Juiz dirigir o processo com ampla liberdade. Os fatos são muito mais importantes que os documentos”. Tal ressalva é feita devido, a relação de trabalho quase sempre trazer uma relação de hipossuficiência, onde de um lado o empregador detém as condições e exigências para o empregado realizar o trabalho. Fica clara o dispare que ocorre na relação empregado x empregador, onde por muitas vezes o empregado se permite concordar com ordens que transpassem sua função laboral, e até mesmo assinar documentos com inverdades. Afinal que alternativa lhe resta para manter seu emprego.
Exemplo, “cartão de ponto padrão” aquele em que o empregado durante anos “sempre” chegou às 8:00 horas e saiu às 18:00 horas, sem nunca sequer uma vez, fazer hora extra, ou até mesmo chegar antes do horário ou atrasado.  É notório que tal prática visa burlar a verdade dos fatos ao apresentar documentos que não condizem com a realidade. Esse é um dos maiores e mais constantes casos de aplicação do uso do princípio da verdade real.  Obviamente que temos outras situações que necessitam não apenas deste, mas de todos os princípios que norteiam o direito do trabalho. 
1. Princípio da indisponibilidade ou irrenunciabilidade: o trabalhador não pode renunciar as verbas por direito, pois os direitos trabalhistas, são direito sociais transcendendo o direito do trabalhador e sendo da sociedade. 
1. Princípio da conciliação: a justiça do trabalho está montada para conciliar, realizar acordos.
1. Princípio da normatização coletiva: existe no direito coletivo, quando a justiça do trabalho julga um Dissídio coletivo, ela exerce o poder normativo, aquilo que ela decidir, será lei para aquelas partes, ou seja, todos os trabalhadores da categoria e para todas as empresas daquela categoria, deve ser seguido obrigatoriamente. Se por exemplo o TST julgar, vira lei para todo o Brasil.
Aula 3 03/03/2020
DEBATE - Princípio protecionista do empregado demandante - hipossuficiente
O principio protecionista decorre daquelas três vertentes que visa diminuir a distancia entre a empresa e trabalhador, onde está o problema? Ocorre um debate na doutrina, onde alguns defendem que o princípio protecionista somente é aplicado no direito material e não processual, porque não poderia ser aplicado no processo? Ao juiz é exigido no processo o principio da parcialidade, ele deve tratar todos iguais perante a lei, então o juiz não pode aplicar o principio protecionista, o trabalhador como coitadinho e a empresa exploradora, o juiz deve ser parcial, tem que tratar todos com igualdade. 
Pontos controversos, todos tem que ser tratado igualmente, mas respeitando as suas desigualdades, tratar igualmente os iguais e os desiguais na medida de suas desigualdades. 
Princípios constitucionais aplicados ao processo do trabalho:
Igualdade e Isonomia, contraditório e ampla defesa (art. 5°, LV, CF – utilizar sempre, principalmente para chegar ao STF, a regra do contraditório e ampla defesa, com todos os meios de prova admitidos), imparcialidade do juiz, fundamentação/motivação das decisões (art. 93, IX, CF), devido processo legal (ação transcorrer de acordo com as regras do processo, cada decisão tem um recurso), toda decisão é sujeita a uma revisão, razoabilidade da duração do processo.
Características do processo do trabalho
1. Relação com Processo Civil
A CLT é de 1943, nós já tínhamos um CPC vigente, nos não temo um código especifico do processo do Trabalho, mas temos varias formas de processos dentro do CLT e as demais utiliza do processo civil. por isso que vamos tratar da relação do direito Processual do Trabalho com Processo Civil. 
 
O direito Processual é o gênero, que é o processo do qual são espécies o Direito Processual Penal, Direito Processual Civil e o mais recente Direito Processual do Trabalho, processo tributário, processo administrativo, processo eleitoral etc.
Nós temos na CLT, algumas regras art. 8, art. 769, 889, CLT e art. 15, NCPC, esses artigos tratam das condições para aplicação do princípio da subsidiariedade.
O que diz estas regras? Elas tratam do princípio da aplicação subsidiaria, quando eles criaram a CLT, eles colocaram algumas regras do processo civil, afirmaram que se o que não tiver aqui se utiliza as regras do CPC:
Art. 8 § 1º: essa é uma regra para aplicação subsidiaria do direito material, havendo omissão da CLT no direito material serão aplicados de forma subsidiaria as regras do direito comum, leia-se código civil brasileiro. O direito comum será fonte subsidiaria do direito do Trabalho.
	Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.                  
Art. 769, CLT – aplicação do direito processual civil, havendo omissão na CLT se aplica o CPC.
	Art. 769. Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título.
Art. 889, CLT – é uma singularidade, passado o processo de conhecimento, baixado os autos, vai para execução, na fase de execução ocorrendo algum incidente e a CLT sendo omissa eu vou primeiramente para Lei de executivo Fiscal, a lei que regem o processo dos executivos fiscais, Lei 68930/80.
	Art. 889. Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis, naquilo em que não contravierem ao presente título, os preceitos que regem o processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal.
Há dois requisitos para aplicar a subsidiariedade: 
1. Omissão, a CLT deve ser omissa; 
1. Compatibilidade ou que a regra do outro código não seja incompatível com os preceitos da CLT;
Art. 15, NCPC – essa regra é inversa, que ele mesmo afirma que se aplica ao direito eleitoral, trabalhistas ou administrativos. 
	Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
1. Autonomia: não vai influenciar em nada isso e não vai cobrar na prova.
Em relação ao DPT constata-se a autonomia através da análise dos seguintes ângulos: 
1. Desenvolvimento legal:
1. Desenvolvimento doutrinário:
1. Desenvolvimento didático:
1. Autonomia jurisdicional:
1. Autonomia científica: 
Com relação a autonomia do DPT, temos duas correntes:
1. A monista – que não crê na autonomia do DPT; e 
1.A dualista – que defende a autonomia do direito processual do trabalho.
1. Terminologia – Direito Processual do Trabalho
A terminologia diz respeito à denominação da disciplina.
LEGISLAÇÃO INDUSTRIAL ou LEGISLAÇÃO OBREIRA - terminologia adotada no século XIX, refletindo a intervenção estatal nas relações de trabalho, por meio da legislação de proteção ao trabalhador, sobretudo na indústria.
1919 – o Tratado de Versalhes consagra a autonomia científica do Direito do Trabalho. A expressão Direito do Trabalho passa a ser utilizada numa acepção ampla, não mais restrita aos operários da indústria. Alarga-se seu objeto para alcançar tanto as relações individuais como as relações coletivas de trabalho e ainda a previdência social. As denominações preferenciais eram as de Direito Social e Direito do Trabalho. Na Itália e Portugal fascistas o termo adotado foi Direito Corporativo.
Na atualidade prevaleceu a expressão Direito do Trabalho, nela não incluída a previdência social.
1. Existência de dissídios coletivos e jurisdição normativa:
- Poder normativo da Justiça do Trabalho
O que é dissídio coletivo? art. 114, §2°, CF
É uma ação que utilizamos apenas na Justiça do Trabalho, não é greve, é uma ação nos Tribunais (não ocorrem em 1° grau), quando é utilizada? quando as partes (sindicato dos trabalhadores e Trabalho) não chegam a um denominador comum.
As regras são denominadas:
- CCT – Convenção Coletiva de Trabalho (toda uma categoria, a todos os trabalhadores da categoria). 
- ACT – Acordo Coletivo de Trabalho (sé se aplica aqueles trabalhadores daquela empresa).
Esse documento tem prazo de vigência, os sindicatos convocam a categoria e postulam reajustes, votam a pauta das reivindicações da data base daquele ano para chegar a um consenso, eles vão negociando, exemplo, vale refeição 250, vamos votar, aumento em 5%, vamos votar, o sindicato reúne todas as informações e colocam as empresas em votação, caso não haja acordo, há o dissídio coletivo, através do poder judiciário, que visa julgar, decidir, interferir na economia da iniciativa privada.
1. Jus Postulandi – Art. 791/CLT Súmula 425/TST
Direito de postular, as partes podem comparecer em juízo sem advogado. O art. 791, não foi alterado pela reforma trabalhista, esse artigo afirma, que o reclamante e reclamado poderão acompanhar as suas ações até o final:
	Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
§ 1° Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
§ 2° Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. 
§ 3° A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.
	SÚMULA Nº 425 – JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE:
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
Essa súmula do TST está legislando, afirmando que o juz postulandi limita-se as varas do Trabalho e TRT, ou seja, está legislando fora dos preceitos da CLT. 
Aula 4 09/03/2020
Debate do Jus Postulandi: Foi inserido o art. 971, que autoriza a parte compareça em juízo desacompanhada de advogado, vale tanto para o trabalhador e empregador, pode ajuizar e defender da reclamatória desacompanhado de advogado. Isso é o jus postulantim, direito de postular, ainda prevalece, ainda está mesmo com a reforma trabalhista, pode ser escrita e verbal. 
A regra do art. 791, as partes poderão acompanhar até o final do processo art. 791, e a súmula pacificando o entendimento do TST, ele limitou o alcance do ius postulantim, admite em 1º e 2º grau, a partir daí a parte não pode mais se utilizar e também não poderá fazer jus postulandi para mandado de segurança, habeas corpus, ação rescisória e ação cautelar. 
Características da Justiça do trabalho
1. Origens históricas: Getúlio Vargas promulgou no dia 01 de maio de 1943, no Estádio são genuario no RJ e antes de 1943? A CLT completa 77 anos, antes de 1943 os trabalhadores no Brasil tinham direitos e podiam reclamar, mas aonde eles reclamavam quando a empresa não tinha respeitado algum direito? Eles reclamavam perante o poder executivo, no ministério do trabalho, ali eles reivindicavam os seus direitos antes da vigência da CLT.
Como surgiu? o Getúlio Vargas, escolheu alguns juristas para fazer a CLT e junto com a CLT venho a justiça do trabalho, onde se tornou um órgão do poder judiciário. 
A nomenclatura que a Justiça usa é ajuíza: Reclamante e contra quem: Reclamado e o nome da ação é reclamatória trabalhista, esses eram os mesmos termos usados no ministério do trabalho, aí decidiram manter essa terminologia para não dar grande impacto. 
A comissão teve que criar uma legislação, já tinham algumas regras, por isso é consolidação das leis trabalhistas, pois foi uma junção, as outras regras foram tiradas da onde? Do direito estrangeiro, direito comparado, para verificar se algum país já tem alguma legislação aquele respeito, para você não partir do zero, então a comissão foi visitar o direito estrangeiro. O modelo buscado foi da Itália, lá chamam de carta do trabalho (Carta del lavoro), esse foi o modelo que inspirou, esse modelo é da representação paritária que era formada por juiz, representantes dos trabalhadores e representantes dos empregadores, isso é representação paritária, um membro do Estado, um membro do trabalho e um membro do capital, esse foi o modelo idealizado e na CLT há alguns artigos que ainda utilizam a terminologia antiga JCJ (junta de conciliação e julgamento), junta de juiz togado e um representante do trabalhadores e dos empregadores, isso é o espelho da época de países que tinham um viés politico ditatorial, mão forte do Estado, controlando tudo na justiça e no sindicato. 
Qual é o problema? a representação paritária ocorria nos tribunais regionais do Trabalho, ou seja, o juiz togado fazia a sentença e nos tribunais tinham representantes do trabalhador e do empregador, na distribuição eu já sabia qual seria o resultado, exemplo, eu estou pelo reclamante e meu processo foi distribuído para um juiz representantes dos empregados, boas as chances de eu não ganhar esse processo, eles não eram magistrados, eram juízes classistas.
Esse modelo foi extinto, através da emenda constitucional E.C nº 24/1999, ela decretou a extinção dos juízes classistas, aqui temos a primeira e grande mudança no processo do trabalho, deixa de existir a JCJ e passa a existir a vara do trabalho com um juízo singular e nos tribunais acabaram os juízes classistas e passaram a ser juízes togados, representantes do 5 da OAB e Ministério público. 
1. Organização judiciária 
A justiça do Trabalho é composta por – art. 111 ao 116/CF: 
1. Tribunal Superior do Trabalho – TST: 3° GRAU
1. Tribunais Regionais do Trabalho – TRT: 2° GRAU
1. Varas do Trabalho: 1° GRAU
1. Órgãos Auxiliares da Justiça do Trabalho:
Em Curitiba são 23 varas do trabalho, tudo no mesmo loca, em 1 º grau. TRT somente 1 na rua de traz das varas do trabalho e TST em Brasília.
	Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho; são 27 ministros, nomeados pelo presidente da república, cabendo ao congresso fazendo a sabatina dos candidatos e podem rejeitar. 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; no Paraná, são 31 desembargadores, sete turmas, cada uma composta por 4 desembargadores. 
III - Juízes do Trabalho.          
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivoTribunal Regional do Trabalho.  
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.       
   
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:          
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;          
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;          
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;          
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;          
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;          
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;          
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;          
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;          
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.   
       
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.          
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.        
  
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:          
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;          
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente.          
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.          
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.    
      
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.          
Distribuição dos Tribunais regionais do Trabalho: como é justiça federal, é diferente da justiça estadual, aqui é por região, como são criados? Em Brasília de acordo com a força política de cada Estado:
Tribunal Regional do trabalhado da 1º região – Rio de janeiro, porque, ela é capital da república;
Tribunal Regional do trabalhado da 2º região – São Paulo, estado mais importante do País;
Tribunal Regional do trabalhado da 3º região – Minas Gerais, por causa da força política; 
Tribunal Regional do trabalhado da 4º região – Rio grande do Sul; 
Tribunal Regional do trabalhado da 5º região – Bahia;
E assim por diante, conforma a sua força política, o nosso aqui do Paraná é o TRT 9º Região. Tem alguns estados que não tem TRT, aí eles recorrem para o tribunal regional que tem a jurisdição e quais são? Temos 4 estados que não tem tribunais regionais:
· Amapá ele recorre para o tribunal do Pará;
· Roraima recorre para o tribunal do Amazonas;
· Acre recorre para o tribunal de Rondônia; 
· Tocantins recorre para o distrito federal, Brasília; 
Temos um Estado que tem dois tribunais regionais: 
· São Paulo, um que julga os processos da grande SP e da baixada santista e outro que está localizado em Campinas que julga os processos de todas as outras cidades do interior de SP. 
Órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho:
· Secretaria;
· Oficial de justiça;
· Distribuidor: onde tem mais de 1 vara, há necessidade de ter 1 distribuidor; e
· contadoria
1. Características específicas
· É a justiça do trabalho que dá efetividade são direito do trabalho, ou seja, se alguém tem uma lesão do direito do trabalho, seja empregado ou empregador será a justiça do trabalho que vai dar efetividade;
· Na Justiça do trabalho existe juiz substituo e juiz titular, ou seja, todas as varas do trabalho do Brasil estão no mesmo nível;
· Na justiça comum as varas são separadas por matérias, agora na justiça do trabalho é somente matéria de direito do trabalho, pois é uma justiça especializada, todas as varas de todo o Brasil trata da mesma matéria, quais matérias do art. 114, CF. 
Competência Material da Justiça do Trabalho
O que a justiça do trabalho julga? A resposta para isso é a competência material, quais são as matérias que ela julga? Vamos falar de jurisdição e competência:
1. Definição
· Jurisdição – “é poder que o juiz tem de dizer o direito nos casos concretos a ele submetidos, pois está investido desse poder pelo Estado.” 
É o todo. A jurisdição envolve a competência. Fiz o concurso para juiz, fui aprovado, tomei posse, estou investido no cargo, tenho jurisdição, todos os juízes tem jurisdição é o oficio deles aplicar a lei.
· Competência – “é a parte da jurisdição atribuída a cada juiz, ou seja, a área geográfica e o setor do Direito em que vai atuar, podendo emitir suas decisões. É o limite da jurisdição.”
É uma parte da jurisdição. Todo juiz tem competência, só que essa competência ela é delimitada, o que limita a competência? Quais são as delimitações da competência:
· Em razão da matéria
· Em razão do território
· Em razão da pessoa
Aula 5 10/03/2020
Continuação da competência da matéria da justiça do trabalho (...)
1. Regramento constitucional
· A competência da Justiça do Trabalho está disciplinada no art. 114/CF, processar e julgar, o que a justiça do trabalho julga? 
Quando falamos em competência falamos em Kompetenzkompetenz, o que quer dizer essa palavra? quando o juiz tem competência para julgar a sua própria competência, exemplo chega o assessor ao juiz e diz está aqui a ação de alimentos, o juiz diz eu não sou competente para julgar essa matéria, eu sou juiz trabalhista, eu não posso fazer nada, pois a decisão será nula, para evitar que fique parado esse processo é assegurado a ele a kompetenz, que vem a ser a competência residual, mínima ou atómica, a Kompetenzkompetenz é a competência do juiz em declarar a sua incompetência, nesse caso eu sou incompetente, julgo extinto o processo sem resolução de mérito e encaminha ao juiz competente.
Competência material da Justiça do Trabalho, o que ela julga, a competência material está definida pelo Art. 114/CF através da E.C n. 45/2004, esta competência foi ampliada pela EC:
	Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:    
      
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; as ações advindas da Relação de trabalho, que é o gênero o qual tem as suas espécies de trabalho: empregado, servidor, terceirizado, temporário, autônomo, eventual, aprendiz, estagiário, cooperado, representante comercial etc. O que define a relação de emprego do empregado (art. 3 CLT), diz quem é empregado, deve preencher 5 requisitos,prestações de serviços, habitualidade, ou seja, fui lá 1 vez por mês não é habitual, com pessoalidade eu não posso assinar um contrato de trabalho e mando meu tio, deve ser pessoal, mediante remuneração e subordinação, receber ordens, atividades, estar sujeitas as sanções. Juntos caracterizam o trabalhador como empregado, ou seja, tem relação de trabalho. 
Servidor público é da competência da justiça trabalho? Depende, pois há duas espécies de servidor público, o estatutário e o celetista, aquele que for regido pela CLT será na Justiça do trabalho, agora o estatutário não, pois eles tem o próprio estatuto do servidor, logo se esses tiver algum direito lesado, eles não vão bater nas portas da justiça do trabalho e sim na justiça comum ou Estadual. 
      
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;    
      
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; sindicatos brigando com sindicatos, com a EC será julgado pela Justiça do trabalho.    
   
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;       
   
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;   duas varas do trabalho, há um conflito de competência, pode ser negativo ou positivo, esse processo não é meu ou esse processo é meu, quem julga é a justiça do trabalho, conflito de competência entre dois regionais, negativo ou positivo quem julga é a justiça do trabalho, agora se for entre a justiça comum e a justiça do trabalho, um conflito entre eles, como exemplo massa falida, se ocorrer um conflito entre esse juízes, quem decide? É o STJ, ele que define o conflito de competência entre a justiça do trabalho e a justiça comum.      
  
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;  
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;  ministério do trabalho extinto, agora vem a secretaria, a secretaria do trabalho tem os seus auditores fiscais do trabalho que tem por responsabilidade comparecer nas empresas para fazer a fiscalização, são as encarregadas para fazer o correto comprimento das normas trabalhistas, exemplo, fiscal chega na empresa e pede para ver os cartão ponto, o recolhimento do FGTS, apresenta o E-social, etc., ai esses auditores analisa e já emiti os autos de infração, ele autua a empresa por vários fatores, ele pode até interditar o setor, maquinas, a empresa e etc., entregue o autos de infração para a empresa que resultarão no pagamento de multa, a empresa pode não concordar com os autos de infração, ela poderá se defender, se defende administrativamente, quem autuou vai julgar lá na secretaria do trabalho, ai você recorre a Brasília do processo administrativo que está dentro da secretaria do trabalho e pode ser que no recurso eles mantenha a decisão da secretaria, antes da EC você ia a justiça federal, agora você vai a Justiça do trabalho, buscando uma ação anulatória daquela auto de infração. 
         
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;  antes a justiça do trabalho, os valores que eram pagos em execução, acordo, a justiça do trabalho não cobrava o INSS, fazia vistas grossas, começou a transitar muitos valores, ai a justiça do trabalho passou a ser competente, valor pago com natureza salarial, vai ter que pagar os recolhimentos previdenciários e o IR.         
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.          
Os parágrafos fazem menção ao Direito coletivo:
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.          
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.          
Súmula 363/STJ – relação de consumo
Vamos diferenciar relação de trabalho x relação de consumo, a advogada ajuizou uma ação e ganhou, foi feita a execução e na execução a ré foi citada e depositou 100 mil reais, a ré não embargou, transcorreu o prazo e o juiz determinou libera-se ao autor o valor depositado, a secretaria da Vara emitiu uma guia de retirada em nome do autor, ai o autor no dia seguinte sacou o valor. Ai o advogado do autor entrou no processo e viu que tinha a guia de retirada, aí ele ligou para o trabalhador, fulano você fez o saque da ação? Pois eu acho que alguém sacou, ai ele desligou o telefone, ai ele fala que ele que sacou o dinheiro, ai o advogado fala que ele tem que ir lá acertar com ele, ai ele fala que estava viajando e que acertava na volta, passou um tempo, e ele não tinha acertado ainda o valor, esse advogado quer cobrar os honorários que ele faz jus, perante qual justiça ele vai fazer isso? Justiça Estadual. 
Arquiteta fez um projeto, 100 mil reais e pagaram somente 1 parcela, ela quer cobrar os honorários dela, será justiça do trabalho, dentista etc. esses são profissionais liberais, eles reivindicam os seus honorários perante a justiça Estadual, é a justiça comum que tem competência para isso, Súmula 363/STJ – Matéria pacificada, não confundam, esses honorários é o que ele pactuou com o cliente de 20% ou 30%, não é os honorários de sucumbenciais, que é os honorários que o juiz condena a parte contraria pagar ao advogado da outra parte, pois esses se executam no próprio processo. 
Mas porquê? Porque é relação de consumo e não de trabalho, aqui não tem o quinto elemento, subordinação, o advogado não está subordinado ao cliente, ou a arquiteta, dentista etc.
	Súmula 363 -
Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente.
Competência territorial e Funcional da Justiça do Trabalho
Competência territorial 
· Regra geral – arts. 650-651/CLT – Local da prestação dos serviços
· OJ-SDI-2-TST nº 149
É o local em que você vai ajuizar a ação, em regra, será aonde ele trabalhou, só que seu cliente trabalhou três anos em Porto alegre, três em Florianópolis e três em Curitiba, aonde será ajuizada essa ação? Qual território será ajuizado? 
Domicilio do reclamante;
Aonde ele prestou os serviços;
Local da matriz da empresa;
Local aonde ocorreram a lesão dos direitos;
Qualquer uma delas;
Onde foi contratado;
Onde foi dispensado;
Qual dessas está correta? Há uma regra que está no art. 651, CLT
	Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.              
Regra geral o trabalhador deverá ajuizar a ação no local das prestações de serviços, eu fui contratado em Curitiba e fui dispensado em Curitiba eu só posso prestar a ação em Curitiba. 
Agora eu fui contratado em Porto alegre, prestei serviços em porto alegre, Florianópolis e Curitiba, mas nesse caso eu prestei serviços nas três cidades, então será qualquer uma das três. 
Temos trabalhadores que as vezes fala que é vendedor na região sul do Brasil, aonde que você fica? Eu atendo Paraná, SC e RS, sou gerente nacional de Curitiba, aonde você trabalha? Brasil inteiro, para esses casos, temos uma regra está no art. 651 § 1° e ss:
	 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinadoe, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.                      
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.                   (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Então esse artigo vai abordando todas as hipóteses acima mencionado, então o cliente vai escolher conforme as opções, dentro das regras. 
Vamos ao um exemplo, competência material, o réu é citado e ele é citado para apresentar a resposta, que pode ser contestação, reconvenção e exceção de competência (em razão da matéria, território ou pessoa), primeiro o réu excepciona, tentando tirar o juiz daquele juízo, aquela ação de revisão de alimentos que foi protocolada na justiça do trabalho, e que foi aceita pelo PJE e foi marcada audiência, o juiz aqui declara Kompetenz, é incompetente, a mesma coisa para o servidor estatutário, isso nós chamados de competência absoluta o juiz tem obrigação de declarar, pois se praticar qualquer ato será nulo. Vamos falar o exemplo do Colega, ele prestou serviços em Curitiba e foi dispensado em Curitiba, ele se mudou para Florianópolis e resolver entrar com a ação, chega no dia da audiência e o juiz alega que deveria ser julgada em Curitiba em razão do território, mas o juiz não poderá fazer isso, pois a incompetência em razão do território ela é relativa, se não for provocada pelo réu, as partes estão aceitando aquela competência territorial daquele juízo e o juiz não pode declarar de oficio a incompetência. 
Competência internacional – cancelada a Súmula 207/TST
Temos outra questão ele trabalhava em Curitiba e foi transferido para exterior e dai ele voltou para o Brasil, ele ajuíza a ação perante a vara que teria a competência antes dele ir para o exterior. Mas a pergunta não é essa, exemplo, engenheiro da volvo foi promovido e vai trabalhar lá na matriz em Estocolmo, ele fica 5 anos lá e volta para Curitiba, ele procura um advogado, pois a empresa lesou alguns direitos dele, ele vai reclamar em base em qual direito, lei sueca ou brasileira? Será a lei mais benéfica ao trabalhador, jurisprudência pacificada, nesse caso será a da Suécia. A súmula 207 foi cancelada, porque a jurisprudência evolui, sendo aplicada a lei mais favorável ao trabalhador. 
Foro de eleição – art. 78/CCB e 62 e 63/CPC
O que é foro de eleição? As partes definem que se tiverem alguma divergência ou debate social acerca daquele contrato, será dirimido naquele foro de eleição, a pergunta é no processo do Trabalho, eu posso inserir essa cláusula? Colocar a clausula você até pode, mas ela não tem validade, porque se não tem terias ações trabalhistas? Porque as empresas do sul do Brasil colocariam o foro de eleição em um local muito fora de acesso. 
Esqueceu de falar do artigo 650:
Fala da jurisdição da vara do trabalho, ela só pode ser criada por lei e quando ela é criada a lei diz quais são as cidades cuja a jurisdição serão daquela empresa:
	Art. 650. A jurisdição de cada Junta de Conciliação (vara do trabalho) e Julgamento abrange todo o território da Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal. 
Parágrafo único. As leis locais de Organização Judiciária não influirão sobre a competência de Juntas de Conciliação e Julgamento já criadas, até que lei federal assim determine.
Então exemplo foi criada a vara do trabalho de araucária, jurisdição: araucária, campo largo, balsa nova, lapa, todos os lugares perto ali, serão da jurisdição de araucária. 
Competência em dissidio coletivo – TRT ou TST
Um dissídio coletivo nunca é julgado em uma Vara do Trabalho, apenas os tribunais da Justiça do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, têm esta competência.
Numa situação comum, a competência é do TRT, conforme dispõe o art. 678, inciso I, da CLT: “Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete, ao Tribunal Pleno, especialmente, processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos”.
Tribunal Pleno é a composição plena do tribunal. A lei, ao dizer especialmente, já indica que não é exclusividade do Pleno, sendo, portanto, possível que o dissídio seja julgado pelas Sessões de Dissídio Coletivo (SDC), se o tribunal possuir.
Em casos excepcionais, a competência para o julgamento do dissídio coletivo é do TST, conforme o disposto no artigo 2º da Lei 7.701/88: “Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa, originariamente, conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho”.
Competência funcional – arts. 652-653/CLT
	Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: a) conciliar e julgar: I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho; III – os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice; IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO decorrentes da relação de trabalho; b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; e) (Revogada); f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho. 
Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. 
Art. 653. Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento: a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho; c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros; d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas; f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição.
Juízo cível 
É possível um juiz da justiça estadual, julgar uma reclamatória trabalhista? Postulada com base nos direitos previstos na CLT, SIM ou NÃO? SIM, se na localidade não tiver nenhuma vara com jurisdição sobre ela. Ele julgou e proferiu a sentença, mas as partes não se conformaram com a sentença, elas vão recorrer ao TJ ou TRT? Será julgado no TRT pois a matéria é trabalhista, está CF no art. 112:
	Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Aula 6 16/03/2020 
Partes
1. Conceito
· Conceito – “as partes são as pessoas ou entes que se dizem titulares (ou representantes dos titulares) dos direitos ou interesses materiais deduzidos em juízo, geralmente coincidindo a titularidade material com a processual” e “as partes são o polo ativo e passivo da relação jurídica processual. Vale dizer, partes são autor e réu”· Elementos da ação
1. Partes: elementos subjetivos da ação, ou seja, autor e réu;
1. Causa de pedir: são elementos fáticos e jurídicos que embasam a ação;
1. Pedido: é o objeto da ação, o que a parte vai buscar no poder judiciário; 
· Terminologia no Direito processual do Trabalho
1. Na ação trabalhista
1. No dissídio coletivo
1. No inquérito para apuração de falta grave
No processo do trabalho temos uma terminologia própria da CLT que difere do CPC. Lá no CPC autor ajuíza a ação direcionada ao réu. Na CLT o autor é o reclamante e o réu é o reclamado, a razão dessa terminologia é que anteriormente a vigência da CLT os trabalhadores recorriam ao poder executivo, no ministério do trabalho no âmbito administrativo, quando a comissão de juristas criou a CLT optaram por manter a terminologia.
Na ação de dissídio coletivo, tem terminologia própria, quem ajuíza o dissídio coletivo é o suscitante (sindicato em geral suscita) e o suscitado é quem vai responder, se no enunciado da pergunta utilizar essa terminologia, você não saberá do que está falando de dissidio coletivo, não conseguindo responder a questão na prova, então é importante saber essas terminologia. PROVA
**Havendo recurso temos a figura do recorrente e recorrido, nos embargos temos o embargante e embargado, na execução temos o executante (reclamante) e o executado (reclamado).
1. Capacidade de ser parte
· Conceito – “capacidade é a aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações e exercer por si ou por outrem os atos da vida civil”. 
Todo mundo tem sua personalidade enquanto cidadão, pelo código civil é assegurado desde a concepção até o nascituro.
Todavia para comparecer em juízo além da personalidade, é necessárias outro pressuposto, outra condição, a lei exige que ele tenha a capacidade para ingressar em juízo e reivindicar seus direitos. Personalidade todos tem, mas capacidade nem todos tem e porquê? 
O legislador, para proteger e preservar determinadas pessoas delimitou o jus postulandi ao indivíduo para exercer o poder judiciário, protege o individuo ao delimitar a capacidade dele para exercer os seus direitos perante o pode judiciário, para exercer na integridade os atos da vida civil.
Essas condições que delimitam a capacidade do indivíduo são por exemplo a idade, estado de saúde como principais fatores que delimitam a capacidade do indivíduo. Vamos relembrar os primeiros artigos do CC são os que regem o que foi dito até o momento (1° ao 5° do CC).
· Espécies de capacidade, em relação a capacidade temos:
1. Capacidade de direito ou gozo: a capacidade de gozo qualquer cidadão possui, todos tem, qualquer indivíduo; 
1. Capacidade de fato ou de exercício: a capacidade de fato esta nem todo indivíduo tem, o legislador colocou restrições que tem que ser observadas através dos artigos 1° ao 5°;
Feitos os comentários preliminares vamos trazer esta capacidade para o Direito do Trabalho. 
· Capacidade direito Processual do trabalho:
1. Incapacidade Plena – Menor de 16 anos e Maior de 14 anos (aprendiz)
Se o menor de 16 anos e maior de 14 (aprendiz) tiver firmado o contrato na modalidade aprendiz ele pode ter o contrato de trabalho assinado normalmente, mas na condição de aprendiz, ele pode trabalhar desde dos 14, o trabalhador aprendiz que vai dos 14 aos 24 anos de idade. Essa lei do menor aprendiz foi criada para inserir a mão de obra no contrato de trabalho aliada a um aprendizado, com matrícula em curso profissionalizante que agregue conhecimento em uma profissão.
1. Incapacidade relativa – Maior de 16 anos e Menor de 18 anos
Nesta condição ou se for menor aprendiz mesmo, pode praticar alguns atos de empregado, todavia nem todos os atos, ex. trabalhar em atividade de periculosidade ou insalubre, trabalho noturno (22 as 5h) lembrando que a hora noturna tem pouco mais de 52min, e tem um acréscimo de salário de no mínimo 20%. Não pode prestar horas extraordinárias, não pode atuar em ambientes nocivos à sua moral, não pode assinar termo de rescisão, mas pode assinar recibo de salário – art. 439 CLT. 
A incapacidade relativa permite que o menor seja admitido no mercado de trabalho, respeitado essas peculiaridades. Art. 402 – 441 CLT – capítulo da proteção do trabalho do menor.
1. Capacidade Plena – Maior de 18 anos.
· Da proteção ao trabalho do menor – arts. 402-441/CLT
1. Legitimidade de parte (ad causam) ativa e passiva
· A legitimidade das partes (legitimatio ad causam) é a titularidade ativa ou passiva da ação.
Espécies de legitimidade:
1. Ativa: autor, reclamante, que teve o direito material lesado;
1. Passiva: réu, reclamado que lesou o direito do autor da ação;
1. Legitimidade ad processum
Essa é a legitimidade que as partes tem para comparecer em juízo, estar perante o juízo, vamos ver as delimitações na capacidade processual: 
· Legitimatio ad processum, temos dois institutos, onde a parte teve um direito lesado e ele deseja comparecer em juízo, mas ela não detém a capacidade em juízo, ela poderá comparecer de duas maneiras: 
1. Assistência: assistido, aqui é para o relativamente incapaz, exemplo, João 16 anos, menor aprendiz, menor de 18 anos, a empresa dispensou ele, a mãe de João pergunta o porque ele foi dispensado, ai ele fala que chefe dele perseguia ele, tira sarro dele, tratava mal, a mãe procura um advogado trabalhista, pois ele teve direitos lesados, o João vai junto na audiência, mas quem decide se aceita ou não aceita determinada proposta? aqui é levado em consideração a vontade do João, surgindo a proposta, é os pais, o tutor, quem estiver assistindo que tomara a decisão, levando em consideração a vontade do João, mas não é ele que decide. 
1. Representação: representado, aqui é para o absolutamente incapaz. Exemplo, trabalhador sofreu um acidente muito grave, está na UTI entre a vida e a morte, a família dele ajuizou a ação, atribuindo ao empregador a culpa pelo acidente e pedindo indenização, essa ação será ajuizada em nome do trabalhador, que está em aparelhos para a sua sobrevivência, aqui ele será representado, ele não será assistido, pois a representação ocorre nas hipóteses em que o titular do direito não consegue manifestar a sua vontade, não tem condições de se comunicar, aqui será o representante que tomará as decisões, os representante tem oi poder de decidir se aceitam ou não determinada proposta de acordo. Aqui não é levado em consideração a vontade, a opinião o desejo da parte, pois ela não tem condições de exprimir.
1. Capacidade postulatória 
· Art. 791/CLT
	Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.
§ 3o  A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada.                  (Incluído pela Lei nº 12.437, de 2011)
· Art. 792/CLT
1. Assistência judiciária 
· Assistência judiciária: Quem presta assistência judiciaria? Defensoria pública, advogado, MP, sindicato, núcleos de prática jurídica etc., quem vai ajuizar a ação, patrocinar a ação, quem vai ajuizar a ação, que vai prestar atendimento ao reclamante ou reclamado.
· Assistência judiciária gratuita: deve ser prestado pelo sindicato, é previsto em lei, tem o dever de defender os direitos daquela categoria, é obrigado a prestar esse atendimento. Também pode ser o MP, defensoria pública, não tendo a cobrança. 
· Lei 5.584/70 – Dispõe sobre normas de Direito Processual do Trabalho, altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, disciplina a concessão e prestação de assistência judiciária na Justiça do Trabalho, e dá outras providências.
· Requisitosà concessão da assistência judiciária – art. 790. § 3°/CLT e art. 14, da lei 5.584/70
	Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.                            (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
§ 3o  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.                      (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4°O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.                     (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Honorários periciais:
	Art. 790-B.  A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita.                    (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.                 
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.                  
§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.                    
§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo.                 
	Art. 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado.
· Lei 1.060/50 - Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos necessitados. NÃO COMENTOU SOBRE ESSA LEI
· Reforma trabalhista – art. 791-A, CLT
Honorários periciais:
	Art. 791-A.  Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria.                   
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:                   
I - o grau de zelo do profissional;                   
II - o lugar de prestação do serviço;                  
III - a natureza e a importância da causa;                      
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.                    
§ 3o  Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.                    
§ 4o  Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.                     
§ 5o  São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.                
Hoje são devidos honorários para ambas as partes, os honorários sucumbenciais sobre os pedidos que obtiver êxito, de mínimo 5% e no máximo 15%, isso não tem nada a ver com o contrato firmado entre as partes, esse é os honorários sucumbenciais, foi por causa disso que ocorre a baixa das reclamações trabalhistas, não foi a limitação dos pedidos. 
Data 17/03/2020
Aulas 7-8-9-10
Súmula: 1. Partes 
“Por mais que você batalhe e vença com esforço, se você não conseguiu com honestidade você não conseguiu nada”. (Claudiney Ribeiro) 
1. Partes 
1. conceito
- elementos da ação 
-conceito 
a-) “As partes são as pessoas ou entes que se dizem titulares (ou “representantes” dos titulares) dos direitos ou interesses materiais deduzidos em juízo, geralmente coincidindo a titularidade material com processual”. (Carlos Henrique Bezerra Leite);
 b-) “As partes são o pólo ativo e passivo da jurídica processual. Vale dizer, partes são autor e réu...” (Adalberto Martins) 
- terminologia no DPT 
a-) na ação trabalhista
 b-) no dissídio coletivo 
c-) no inquérito para apuração de falta grave
 2. capacidade de ser parte 
- conceito – “Capacidade é a aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações e exercer por si ou por outrem os atos da vida civil”. (Washington de Barros Monteiro) 
- são duas as espécies de capacidade:
 a-) capacidade de direito ou gozo, 
b-) capacidade de fato ou de exercício a capacidade no DPT: 
a-) incapacidade plena - abaixo dos 14 ou abaixo dos 16 anos, não sendo aprendiz é incapacidade absoluta. Exceto, se for trabalhador aprendiz (14 aos 24 anos), caso contrário é expressamente vedado o trabalho nesta idade.
b-) incapacidade relativa – dos 16 aos 18 ou dos 14 e sendo aprendiz até 18 anos. Ou seja, o trabalhador pode ter sua CTPS registrada, pode praticar alguns atos, mas não todos, sendo que para alguns há necessidade dele ser assistido. 
c-) capacidade plena – acima dos 18 anos, o qual, poderá participar de todos os atos.
 da proteção ao trabalho do menor – arts. 402-441/CLT. – em relação ao menor de 14 e menor dos 16 anos.
 3. legitimidade de parte (ad causam) ativa (aquele que teve o direito lesado) e passiva (aquele que lesou o direito)
 a legitimidade das partes (legitimatio ad causam) é a titularidade ativa ou passiva da ação.
 4. legitimidade ad processum – capacidade de estar em juízo, o autor (reclamante) e o réu da ação (reclamado)
 legitimatio ad processum 
 assistência – relativamente incapazes, podem comparecer em juízo e lá em juízo será ouvido a vontade deles e que será consultada por partes do seu assistente (pai, mãe ou o responsável).
 representação – não é levado em conta a vontade do representado (absolutamente incapaz) e ele esta impossibilitado de exprimir essa vontade. 
5. capacidade postulatória
 art. 791/CLT.
 Art. 792/CLT.
 6. assistência judiciária – Art. 8, CF/88
 assistência judiciária - é o gênero;
 assistência judiciária gratuita – é a espécie.
 Lei 5.584/70 – 
 requisitos à concessão da assistência judiciária – art. 790, §3º/CLT e art. 14, da Lei 5.584/70: 
 Lei 1.060/50 – 
 Reforma Trabalhista – art. 791-A, da CLT 
7. Sucessão processual – ocorre na hipótese de seu falecimento. Se o trabalhador morrer deixa de existir o direito que ele tinha e é transmitido para os seus sucessores. 
Sucessão é uma forma de substituição das partes no processo, ela ocorretanto no polo ativo quanto no polo passivo, ou seja, em relação ao trabalhador Pessoa Física na hipótese de seu falecimento e em relação a Pessoa Jurídica/ ao reclamado na hipótese da empresa ser adquirida ou incorporada por outra empresa.
Por exemplo, ocorre o seguinte: morreu o trabalhador, ele tinha alguns direitos que foram lesados pelo seu empregador, os seus herdeiros poderão ajuizar a ação e reivindicar os seus direitos. Nessa hipótese, haverá duas situações: 
- se o trabalhador não tinha bens, não há necessidade de fazer o inventário (bens para ser partilhados entre os herdeiros).
Vamos supor que o trabalhador não tinha bens, como os herdeiros irão ajuizar a ação? Eles irão solicitar junto ao órgão previdenciário (INSS), uma habilitação dos dependentes daquele trabalhador e nesse documento irá constar, o nome dos filhos (se tiver), nome da esposa, se ele não for casado será o nome dos pais, então os herdeiros devidamente habilitados perante o órgão previdenciário e estão que estarão habilitados para reivindicar o direito desse trabalhador.
- Se o trabalhador ajuizou a durante a tramitação da ação ele veio a falecer, o advogado comunica essa situação ao juiz e pede um prazo para regularizar a situação. Ou seja, irá buscar ao órgão previdenciário aquela certidão de habilitação junto ao INSS (órgão previdenciário).
- Vamos imaginar na hipótese do trabalhador ter bens (carro, imóvel e etc.), neste caso será necessário o inventário, então será nomeado um inventariante e este ficará a frente do processo juntamente com os demais herdeiros, terá que trazer cópia do inventário que tramita perante a justiça estadual e apresentar perante a justiça do trabalho, dizendo quem é o inventariante e quem são os herdeiros regularmente habilitados para receber o eventual crédito daquele processo.
Outro exemplo é em relação à empresa, ocorre a sucessão conforme o Art. 2º da CLT de quem é o empregador.
	 art. 2º/CLT – Reforma Trabalhista – art.2º, §3º, da CLT 
	“Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
	(...)
	§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. ”
Nestes casos, responderá a empresa, se um presidente, diretor, sócio venha a falecer, não acarretará também nenhum prejuízos para os trabalhadores, da mesma forma, se uma empresa for adquirida por outra empresa também não ocorrerá nenhum prejuízo ao trabalhador, nos temos duas regras expressas na CLT, que são as regras do Art. 10º e o Art. 448.
 art. 10/CLT 
“Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.”
 art. 448/CLT – Reforma Trabalhista – art. 448-A, da CLT – Art. 10-A, da CLT 
	“Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”
 
Ou seja, aquela empresa que adquiriu passa a ser a sucessora e será ela que irá responder pelos créditos decorrentes do contrato de trabalho daqueles empregados. Quando alguém compra, ou adquire uma empresa ela compra a parte boa e a ruim, ou seja, ele compra instalações, a marca, equipamentos, mas por outro lado ele também irá adquirir o passivo, por isso, quando a empresa vai adquirir outra ela toma toda a cautela para levantar o passivo daquela empresa (trabalhista, fiscal, tributário, financeiro), ou seja, quanto que aquela empresa tem de eventuais riscos em relação aos seus débitos. 
Como por exemplo: Quanto vale sua empresa? Ela vale 1 bilhão, mas deve só de débito fiscais/ previdenciários 400 milhões, então ela não vale mais 1 bilhão, ela vale 600 milhões. Isso tudo é pesado na negociação. 
Na hipótese de ação trabalhista ajuizado por um trabalhador que teve a sua empregadora adquirida por outra será essa empresa sucessora que irá responder, sendo que a empresa sucedida só responderá na hipótese de ficar configurada a fraude na venda realizada, ou seja, aquela venda for intuito de desviar futuras execuções. Então, responderá a empresa sucessora.
“Art. 448-A.  Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único.  A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.”
Se o devedor for a pessoa jurídica e ela não tiver condições de honrar a divida, ou seja, o seu passivo é superior ao seu capital / patrimônio. Neste caso, haverá a necessidade de utilizar – mos o instituto da desconsideração da personalidade jurídica, nos exatos termos jurídicos do CPC e ir em busca dos bens dos sócios, assegurando a ele o direito do contraditório e ampla defesa.
Se for pessoa física? Como fica a divida? É reclamado e veio a falecer.. quem paga a divida? Nesta hipótese é obrigação dos herdeiros pagá-la? Os herdeiros não possui obrigação de pagar eles próprios a divida do falecido. Quem paga? É o patrimônio deixado por este (aqueles bens que a pessoa falecida tinha, serão utilizados para pagar a divida).
 art. 843, §1º/CLT – 
A responsabilidade do sócio retirante, o qual fazia parte de uma sociedade, retira-se dessa sociedade. Ate quando ele vai responder sobre o passivo trabalhista da empresa que fez parte? A resposta esta no Art. 10-A da CLT.
	“Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
I - a empresa devedora; (se ela tiver patrimônio ela será executada e com o patrimônio serão pagas as dividas) 
II - os sócios atuais; e (a empresa não tem patrimônio, eu faço parte do quadro societário eu responderei de forma subsidiária, ou seja, eu responderei com parte do meu patrimônio pela divida daquela empresa)
III - os sócios retirantes. (a responsabilidade cessara a partir de 2 anos que eu me desliguei do quadro societário dessa empresa)
Parágrafo único.  O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.”   
Conforme o Art. 855-A da CLT tem a regra da necessidade de que para se chegar ao patrimônio do sócio eu preciso utilizar o incidente da desconfiguração da personalidade jurídica.
 
	“Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil.                 
§ 1o  Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente
I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do § 1o do art. 893 desta Consolidação;
II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;                  
 III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal.
§ 2o  A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).”               
Ou seja, desde a vigência da lei da reforma trabalhista é obrigatório instaurar o incidente da desconfiguração da personalidade jurídica para se atingir os bens dos sócios para que sejam honrada as dividas das empresas que não tem patrimônios suficiente.
8. Substituição processual 
 conceito – “substituição processual consiste numa legitimação extraordinária, autorizada pela lei, para que alguém pleiteie, em nome próprio, direito alheio em processojudicial”.(Sérgio Pinto Martins). 
A substituição processual ela difere da sucessão processual, ou seja, na sucessão processual naquelas hipóteses que os herdeiros ajuízam a ação em face dos direitos adquiridos pelo trabalhador que veio a falecer, nesta hipótese os herdeiros estão agindo em nome próprio. Já na substituição processual é uma legitimação extraordinária / legitimação anômala (são reivindicados direitos pertencentes a outros, mas em nome próprio) e é assegurada na ação de substituição processual quando os sindicatos reivindicam direitos em nome dos trabalhadores da categoria, ele tem legitimidade para isso.
Isso esta no art. 8º, III da CF, a Constituiçao atribui essa legitimação extraordinária / legitimação anômala aos sindicatos que ele reivindique direitos que pertence aos trabalhadores.
	“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
(...)
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;”
- Art. 18/CPC – 
	“ Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico”. – veda que alguém postule em nome próprio direito alheio.
 art. 195, §2º/CLT –
	“Art. . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
(...)
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
 (...)”
 art. 872, parágrafo único/CLT – 
	“Art. 872 - Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Título.
Parágrafo único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na decisão.”
 art. 511/CLT –
	 “Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
§ 1º A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas, constitue o vínculo social básico que se denomina categoria econômica.
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional.
§ 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares.
§ 4º Os limites de identidade, similaridade ou conexidade fixam as dimensões dentro das quais a categoria econômica ou profissional é homogênea e a associação é natural.”
 art. 513/CLT – assegura as prerrogativas do sindicato.
	“Art. 513. São prerrogativas dos sindicatos :
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou interesses individuais dos associados relativos á atividade ou profissão exercida;
b) celebrar contratos coletivos de trabalho;
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;
d) colaborar com o Estado, como orgãos técnicos e consultivos, na estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal;
e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.
Parágrafo Único. Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação.”
Quem é o autor da ação? É o sindicato.
De quem é o direito material? É dos trabalhadores.
Quem irá receber o valor decorrentes aos créditos advindos dessa ação? Serão os trabalhadores. Ou seja, os sindicatos são os substitutos e os trabalhadores são os substituídos.
O que é o algo danoso ao trabalhador? É que normalmente nos processos trabalhistas as ações ajuizadas são após os trabalhadores serem dispensados, ou seja, enquanto o trabalho esta em vigência os trabalhadores da iniciativa privada não ajuíza as ações porque tem receios da empresa dispensar quando tomada a ciência da ação, assim, neste caso, quando o sindicado reivindica os direitos dos trabalhadores o empregador não pode dispensar o sindicato. Ou seja, a empresa recebe uma ação e o sindicato esta reivindicando o adicional de insalubridade, como por exemplo, estão reivindicando o adicional de insalubridade em grau máximo. Como é o sindicato que esta reivindicando, não tem como a empresa dispensá-lo, não tem como.
DISTINÇÃO: REPRESENTAÇÃO X SUBSTITUIÇÃO 
	REPRESENTAÇÃO
	SUBSTITUIÇÃO
	O Representante age em nome do representado.
	O Substituto age em seu próprio nome.
	O Representante não é parte no processo, mas sim o Representado.
	O Substituto é que é parte no processo.
	Há necessidade de autorização expressa por parte do Representado (Procuração).
	Não há necessidade de autorização por parte do Substituído
	O Representante não age com autonomia de vontade.
	O Substituto age com autonomia de vontade.
	Pode ser legal ou voluntária ou convencional.
	Só pode ser legal.
	Os efeitos dos atos refletem no Representado.
	Alguns dos efeitos refletem no Substituído, alguns no Substituto e alguns em ambos.
O que acontece com as dividas após a morte da pessoa?
É obrigação dos herdeiros pagá-las?
- Os herdeiros não possuem obrigação de pagar, eles próprios, as dividas do de cujus (pessoa falecida).
- É o patrimônio (conjunto de bens, crédito e dinheiro) da pessoa falecida que será responsável pelo pagamento das dividas, não importando que seja suficiente.
- O professor José Fernando Simão ensina que:
“A expressão correta é a seguinte: os herdeiros respondem no limite das forças da herança, mas não com seu patrimônio próprio.”
Exemplos:
1º uma pessoa falece e deixa:
- um patrimônio de R$ 100.000,00
-uma dívida de R$ 40.000,00
A divida de R$40.000,00 será paga e o saldo de R$60.000,00 será dividido entre os herdeiros.
2º uma pessoa falece e deixa:
- um patrimônio de R$ 100.000,00
-uma dívida de R$ 100.000,00
A divida de R$100.000,00 será paga e os herdeiros nada receberão.
3º uma pessoa falece e deixa:
- um patrimônio de R$ 100.000,00
-uma dívida de R$ 140.000,00
A divida será parcialmente paga (apenas R$100.000,00) e os herdeiros nada receberão. 
Os restante da divida não deverá ser pago pelos herdeiros, tornando-se um prejuízo para o credor.
4º uma pessoa falece e deixa:
- não deixa patrimônio 
- deixa divida
A divida não será paga pelos herdeiros
Data 23/03/2020
Aulas 11-12-13-14
Súmula: 
1. Distribuição e Citação 
2. Petição Inicial 
“Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira.” (Tolstoi)
 1. Distribuição e Citação 
a-) distribuição 
 conceito – “Distribuição é o ato pelo qual é designado o órgão jurisdicional no qual o processo terá seu desenvolvimento.” (Sérgio Pinto Martins) 
Ou seja, ao ajuizar uma ação naquelas localidades em que há mais de uma vara do trabalho, o autor tem que se submeter a distribuição, o autor não pode escolher em qual vara ele deseja que irá tramitar

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