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NFPSS - Direito administrativo TJMS REVISÃO GERAL

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Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo 
vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação 
ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa 
de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva 
à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão 
reservados.
Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem-
per baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, 
gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do 
arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção 
contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF 
para os formatos doc, odt, txt entre outros.
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DIREITO ADMINISTRATIVO1
1 - As funções do Estado. Origem do Direito Administrativo. O regime jurídico-administrativo. 
Conteúdo do regime jurídico-administrativo. Aplicação do regime jurídico administrativo a entidades 
da Administração Indireta, entidades de colaboração e particulares. Poder de polícia administrativa. 
Caracterização. Atributos. Manifestações do poder de polícia. Princípios limitadores do poder de polícia. 
Abuso de autoridade. 
2 - Princípios Constitucionais do Direito Administrativo. Restrições ao princípio da legalidade. Princípios 
reconhecidos em legislação infraconstitucional, pela doutrina e pela jurisprudência. Interpretação do 
direito administrativo. Normas sobre interpretação do direito público na Lei de Introdução ao Direito 
Brasileiro. Controle sistemático das relações administrativas.
CONCEITOS BÁSICOS EM DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública em 
sentido Formal/Subjetivo/
Orgânico:
Refere-se a quem é a Administração Pública, ou seja, o conjunto de órgãos, 
entidades e agentes.
Administração Pública em 
sentido Material/Objetivo/
Funcional:
Refere-se a o que é a Administração (ato de administrar), ou seja, as atividades 
que são desempenhadas no intuito de gerir a coisa pública ou os interesses 
públicos.
Administração Extroversa Relacionamento entre a Administração Pública (sentido subjetivo) e os administrados.
Administração Pública 
Introversa
Relacionamento da Administração Pública (sentido subjetivo) para com ela 
mesma (ex.: um consórcio entre dois Municípios).
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ATENÇÃO COM ESSA DISTINÇÃO!
#Regime Jurídico-Administrativo: conjunto formado por todos os PRINCÍPIOS e NORMAS pertencentes ao 
Direito Administrativo. O regime jurídico-administrativo compreende um conjunto de regras e princípios que 
baliza a atuação do Poder Público no exercício de suas funções de realização do interesse público primário e 
secundário.
#Regime Jurídico da Administração: designa os regimes de direito público e de direito privado aplicáveis à 
Administração Pública.
BIPOLARIDADE DO DIREITO OU BINÔMIO DO DIREITO ADMINISTRATIVO: expressão cunhada por Celso 
Antônio Bandeira de Mello, diz respeito à interação de dois polos opostos: as prerrogativas conferidas à Admi-
1 Conforme previsão do edital, o material foi atualizado considerando toda a legislação em vigor na data de sua publicação. 
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nistração Pública e as sujeições a ela imposta. Diz respeito, assim, ao regime jurídico-administrativo da AP.
PEDRAS ANGULARES OU PEDRAS DE TOQUE DO DIREITO ADMINISTRATIVO: expressão trazida por Celso 
de Mello, diz respeito à supremacia do Interesse Público e o princípio da indisponibilidade do interesse público. 
São também chamados de supraprincípios ou superprincípios da AP.
SUPRAPRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: São princípios centrais e relativos (nunca absolutos) 
dos quais derivam todos os demais princípios e normas do Direito Administrativo. Conforme ensina Celso de 
Mello, são dois os supraprincípios: (1) supremacia do interesse público sobre o privado; e (2) indisponibilidade do 
interesse público.
“PEDRAS DE TOQUE” DO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO (Celso Antônio Bandeira de Mello)
Indisponibilidade do 
interesse público
À medida que o administrador exerce função pública (múnus público – atividade 
em nome do interesse do povo), ele não pode abrir mão desse interesse (direito), 
justamente porque tal direito não o pertence. Presente em qualquer ato.
É um dos principais princípios do Direito Administrativo, sendo o seu alicerce 
juntamente com o princípio da indisponibilidade do interesse público, dos quais 
decorrem os outros princípios. É a sobreposição do interesse público em face do 
interesse particular, o que é pressuposto lógico para o convívio social. Não há 
previsão expressa para o princípio da supremacia do interesse público. 
Supremacia do interesse 
público sobre o privado
No exercício da função administrativa os agentes públicos estão obrigados a atuar, 
não segundo sua própria vontade, mas do modo determinado pela legislação, 
porque a vontade é pública, do povo (por isso o princípio guarda estreita relação 
com o princípio da legalidade). A Administração Pública é mera gestora de bens 
e interesses alheios, por isso a função pública impede a livre disposição (interesse 
público é alheio). Ex: dever de apuração de prática de infração disciplinar, cuidar 
do patrimônio ou dos interesses, arrecadar corretamente, contratar com licitação, 
obediência ao procedimento de desapropriação.
Quando em confronto, o interesse público se sobrepõe ao interesse particular. É 
esse o princípio que justifica, por exemplo, a intervenção do Estado na propriedade 
privada. Obs.: a doutrina mais moderna começa a questionar a existência desse 
princípio, sustentando que não se pode utilizar “razões de estado” para justificar a 
restrição de direitos individuais também consagrados na Constituição.
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-
dade e eficiência e, também, ao seguinte.
- LEGALIDADE: a atuação da Administração Pública deve ser autorizada por lei. 
#ATENÇÃO: A doutrina mais moderna entende que o princípio da legalidade cede espaço ao PRINCÍPIO DA 
JURIDICIDADE, segundo o qual a Administração se vincula a todo o ordenamento jurídico e não apenas a lei em 
sentido formal.
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- IMPESSOALIDADE: pode ser analisado sob duas perspectivas:
• Isonomia: a Administração deve tratar todos os administrados da mesma forma.
• Proibição de promoção pessoal: o administrador não pode se valer das realizações públicas para se pro-
mover.
#OLHAOGANCHO: esse princípio fundamenta a proibição de existência de nome, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal, inclusive do partido.
Por outro lado, permite que se reconheça a validade de atos praticados por agente de fato. (Segurança 
Jurídica e Teoria dos atos de Governo).
- MORALIDADE: o administrador deve se pautar de acordo com padrões éticos (moral administrativa).
Súmula Vinculante n. 13 STF: “A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou 
por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, inves-
tido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, 
ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola 
a CF.” 
→ “Ato decisório contrário à Súmula vinculante 13 do STF. Nepotismo. Nomeação para o exercício do cargo de 
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. (...) A vedaçãodo nepotismo não exige a edição de lei 
formal para coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF.” 
(Rcl 6.702-AgR-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-3-2009, Plenário, DJE de 30-4-2009.)
→ As leis que proíbam o nepotismo na Administração Pública não são de iniciativa exclusiva do Chefe do Poder 
Executivo, podendo, portanto, ser propostas pelos parlamentares. STF. Plenário. RE 570392/RS, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, julgado em 11/12/2014 (Info 771).
→ “Em atenção à necessidade de se preservar os padrões de moralidade no serviço público, sublinha-se a disci-
plina aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça, em resolução regulamentadora de dispositivo constitucional, 
pela qual ficou expressamente vedada a condenável prática do nepotismo”. (Resolução 07/CNJ).
→ A nomeação do cônjuge de prefeito para o cargo de Secretário Municipal, por se tratar de cargo público de 
natureza política, por si só, não caracteriza ato de improbidade administrativa. STF. 2ª Turma. Rcl 22339 AgR/SP, 
Rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4/9/2018 (Info 914). 
→ Em regra, a proibição da SV 13 não se aplica para cargos públicos de natureza política, como, por exemplo, 
Secretário Municipal. Assim, a jurisprudência do STF, em regra, tem excepcionado a regra sumulada e garantido a 
permanência de parentes de autoridades públicas em cargos políticos, sob o fundamento de que tal prática não 
configura nepotismo. Exceção: poderá ficar caracterizado o nepotismo mesmo em se tratando de cargo político 
caso fique demonstrada a inequívoca falta de razoabilidade na nomeação por manifesta ausência de qualificação 
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técnica ou inidoneidade moral do nomeado. STF. 1ª Turma. Rcl 28024 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado 
em 29/05/2018.
→ A contratação, por agente político, de parentes para cargos em comissão ocorrida antes da Súmula Vinculan-
te 13 configura ato de improbidade administrativa? DIVERGÊNCIA: 
① NÃO. Não configura improbidade administrativa a contratação, por agente político, de parentes e afins para 
cargos em comissão ocorrida em data anterior à lei ou ao ato administrativo do respectivo ente federado que 
a proibisse e à vigência da Súmula Vinculante 13 do STF. STJ. 1ª Turma. REsp 1.193.248-MG, Rel. Min. Napoleão 
Nunes Maia Filho, julgado em 24/4/2014 (Info 540). 
② SIM. A prática de nepotismo configura grave ofensa aos princípios da administração pública, em especial 
aos princípios da moralidade e da isonomia, enquadrando-se, dessa maneira, no art. 11 da Lei nº 8.429/92. A 
nomeação de parentes para ocupar cargos em comissão, ainda que ocorrida antes da publicação da Súmula vin-
culante 13, constitui ato de improbidade administrativa, que atenta contra os princípios da administração pública, 
nos termos do art. 11 da Lei n. 8.429/92, sendo despicienda a existência de regra explícita de qualquer natureza 
acerca da proibição. STJ. 2ª Turma. REsp 1643293/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/03/2017.
→ Não há nepotismo na nomeação de servidor para ocupar o cargo de assessor de controle externo do Tribunal 
de Contas mesmo que seu tio (parente em linha colateral de 3º grau) já exerça o cargo de assessor-chefe de 
gabinete de determinado Conselheiro, especialmente pelo fato de que o cargo do referido tio não tem qualquer 
poder legal de nomeação do sobrinho. A incompatibilidade da prática enunciada na SV 13 com o art. 37 da 
CF/88 não decorre diretamente da existência de relação de parentesco entre pessoa designada e agente político 
ou servidor público, mas de presunção de que a escolha para ocupar cargo de direção, chefia ou assessora-
mento tenha sido direcionado à pessoa com relação de parentesco com quem tenha potencial de interferir no 
processo de seleção. STF. 2ª Turma. Rcl 18564/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, 
julgado em 23/2/2016 (Info 815)
- PUBLICIDADE: os atos da Administração devem ser públicos, o que permite maior controle pelo povo. Dele 
decorrem dois subprincípios:
 9 Princípio da Transparência: abriga o dever de prestar informações de interesse dos cidadãos e de não 
praticar condutas sigilosas.
 9 Princípio da Divulgação Oficial: exige a publicação do conteúdo dos atos praticados atentando-se para o 
meio de publicidade definido pelo ordenamento ou consagrado pela prática administrativa.
A publicação de atos, contratos e outros instrumentos jurídicos, salvo os normativos, pode ser resumida. Atos nor-
mativos não podem ser publicados de forma resumida. 
CUIDADO: 
 9 Particular pedindo informação do seu interesse, que é negada, o remédio constitucional cabível é o man-
dado de segurança, e não o habeas data (cabível somente quando for pessoal), pois garante a proteção ao 
direito líquido e certo de obter informação.
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 9 Ofensa ao direito de certidão é atacada por via de MS.
 9 O STJ já decidiu que o mandado de segurança é o meio hábil para buscar extrair cópia integral de autos de 
processo administrativo.
 9 Conforme Hely, a publicidade não é elemento formativo do ato, mas sim requisito ou condição para eficácia 
e moralidade do ato.
 9 Constituem atos de improbidade administrativa, que atentam contra princípios da AP, as condutas de negar 
publicidade a ato oficial e de revelar fato ou circunstância de que se tem ciência em razão das atribuições e 
que deveria permanecer em segredo (art. 11, III e IV, da Lei 8.429/92).
 9 “Lei de Acesso à Informação” – Lei 12.527/2011 - promulgada visando regulamentar o direito constitucional 
de acesso dos cidadãos às informações públicas. Busca favorecer o controle social e a melhoria na gestão 
pública.
• Restrições à publicidade: segurança da sociedade e do Estado; proteção à intimidade ou ao interesse social.
#SELIGANAJURIS
→ O IBGE está legalmente impedido de fornecer a quem quer que seja as informações individualizadas que 
coleta, no desempenho de suas atribuições, para que sirvam de prova em quaisquer outros procedimentos 
administrativos. STJ. 1ª Turma. REsp 1.353.602-RS, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 30/11/2017 
(Info 617).
→ Informativo 766/STF: É constitucional lei de iniciativa parlamentar que obriga o Poder Executivo a divulgar 
na imprensa oficial e internet a relação de obras de rodovias, portos e aeroportos. A Corte entendeu que não 
havia qualquer vício formal ou material na referida lei, considerando que foi editada em atenção aos princípios 
da publicidade e da transparência, tendo por objetivo viabilizar a fiscalização das contas públicas.
→ Informativo 543/STJ: O Ministério das Relações Exteriores não pode sonegar o nome de quem recebe pass-
aporte diplomático. O nome de quem recebe um passaporte diplomático emitido por interesse público não 
pode ficar escondido do público. O interesse público pertence à esfera pública, e o que se faz em seu nome 
está sujeito ao controle social, não podendo o ato discricionário de emissão daquele documento ficar restrito ao 
domínio do círculo do poder.
→ Informativo 782/STF: É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Públi-
ca, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. STF. 
Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (tese fixada sob o rito da repercussão 
geral)
- EFICIÊNCIA: introduzido pela EC 19/2000, esse princípio impõe a busca por melhores resultados, com o me-
nor custo possível. 
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#ATENÇÃO: É comum a afirmação de que o princípio da eficiência busca promover a substituição da Adminis-
tração BUROCRÁTICA pela Administração GERENCIAL (ou de RESULTADOS).
- RAZOABILIDADE/PROPORCIONALIDADE: é a mesma ideia que aprendemos em direito constitucional, no 
sentido de que a atuação administrativa deve respeitar os subprincípiosda (i) adequação; (ii) necessidade e (iii) 
proporcionalidade em sentido estrito. Muito atrelado ao controle de atos discricionários (as escolhas, ainda que 
“dentro” da margem de liberdade da lei, devem ser razoáveis e proporcionais).
- AUTOTUTELA: a Administração possui o poder-dever de anular seus atos ilegais e revogar os inconvenientes.
#ATENÇÃO: fala-se em HETEROTUTELA se o controle não é feito pela Administração Pública, como em casos 
de anulação de ato administrativo pelo poder Judiciário.
#NÃOCONFUNDA: TUTELA é o poder de fiscalização dos atos das entidades da Administração Indireta pelos 
órgãos centrais da Administração Direta. 
- MOTIVAÇÃO: obriga a Administração a explicitar o fundamento normativo de suas decisões, permitindo o con-
trole.
#SELIGA: chama-se de MOTIVAÇÃO ALIUNDE o caso em que a motivação consiste em declaração de concor-
dância com fundamentos de anteriores pareceres, informações ou decisões, que passam a ser parte integrante 
do ato.
Art. 50, §1º, Lei 9.784/99: A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de 
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão 
parte integrante do ato.
#OLHAOGANCHO: TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: o ato discricionário, uma vez motivado, tem 
sua validade vinculada à veracidade dos fatos descritos como motivadores da sua prática.
#SELIGANOTERMO. PRINCÍPIO DA JURIDICIDADE: expresso no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 9784 (Lei 
do Processo Administrativo), define a legalidade como o dever de atuação conforme a lei e o Direito.
Nessa perspectiva, a juridicidade é uma ampliação do conteúdo tradicional da legalidade. Além de cumprir leis 
ordinárias e leis complementares (lei em sentido estrito), a Administração está obrigada a respeitar o denomina-
do bloco da legalidade. Significa dizer que as regras vinculantes da atividade administrativa emanam de outros 
veículos normativos, a saber: (a) Constituição Federal, incluindo emendas constitucionais; (b) Constituições Es-
taduais e Leis Orgânicas; (c) medidas provisórias; (d) tratados e convenções internacionais; (e) costumes; (f ) atos 
administrativos normativos, como decretos e regimentos internos; (g) decretos legislativos e resoluções (art. 59 
da CF); (h) princípios gerais do direito.
Algumas provas já admitiram que o preâmbulo constitucional integrava o bloco da legalidade. Assim, consider-
ou-se que o mesmo poder influenciar no controle de legalidade do ato administrativo.
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#TEORIA DA AUTOVINCULAÇÃO: Em decorrência dos princípios da igualdade, boa-fé e segurança jurídica, 
a doutrina considera que hoje a Administração encontra se autovinculada aos seus precedentes. Segundo essa 
teoria, a AP não pode promover alterações repentinas no seu padrão decisório, pois a adoção reiterada de certa 
forma de agir, decidir ou interpretar suscita a confiança dos cidadãos e, diante de um caso semelhante, a Admin-
istração não pode simplesmente abandonar imotivadamente o modo como vinha decidindo.
#TEORIA DOS ATOS PRÓPRIOS (VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM): é a chamada autovinculação vol-
untária, proíbe que a Administração Pública adote comportamento contraditório com postura anteriormente por 
ela assumida. Trata-se de uma teoria que tutela a confiança do particular e a coerência dos atos públicos, pois 
seria deslealdade com a contraparte criar uma aparência e depois quebrar a confiança com atos contraditórios. 
Requisitos para aplicação da teoria: vide abaixo.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA LEGÍTIMA TEORIA DOS ATOS PRÓPRIOS
Aplica-se na hipótese de atos inválidos Pressupõe a legalidade do ato vinculante anterior
Não exige unidade de relação jurídica Aplica-se no âmbito da mesma relação jurídica
#TEORIA DO PROSPECTIVE OVERRULING: afirma que as mudanças de orientação jurisprudencial nos Tribu-
nais somente poderão ser aplicadas a casos futuros. Aplica-se ao direito administrativo e está em plena con-
sonância com o art. 2º, parágrafo único, XIII, da Lei 9784/99.
3 - Ato administrativo: conceito, elementos, atributos, classificação, espécies. Perfeição, validade e 
eficácia do ato administrativo. Invalidade, nulidade, anulação, cassação, caducidade, convalidação e 
revogação. Principais espécies. Controle de mérito e de legalidade dos atos administrativos. Controle 
sistemático dos atos administrativos. 
NOÇÃO 
CONCEITUAL
Manifestação unilateral e expressa de vontade da Administração Pública, sob o regime 
de direito público, orientada à produção de efeitos jurídicos.
	É uma declaração jurídica; 
	Provém do Estado ou de quem faça às vezes; 
	Exercida no uso de prerrogativas públicas; 
	São providências jurídicas complementares da lei ou da própria CF, diferenciando-se 
o ato administrativo da lei; 
	Sujeita-se ao exame de legitimidade perante o Poder Judiciário (art. 5°, XXXV da 
CF/88).
ATOS DA 
ADMINISTRAÇÃO
Atos praticados pela Administração Pública do qual os “atos administrativos” são uma 
espécie.
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SILÊNCIO 
ADMINISTRATIVO
Não é um ato administrativo, pois não há manifestação expressa de vontade por parte 
da Administração Pública.
Alguns autores tratam o silêncio como um fato administrativo quando a omissão produz 
efeitos jurídicos. Por exemplo, o silêncio no lançamento tributário por homologação é um 
fato administrativo cujo efeito é a homologação do pagamento, apesar de não ter sido 
emitida nenhuma vontade, de fato.
ELEMENTOS ESSENCIAIS
COMPETÊNCIA
- É o poder ou atribuição para a prática do 
ato.
- É irrenunciável e intransferível, mas pode 
ser delegada (a diferença é que na delegação 
há a reserva da competência do delegante 
para, no mínimo, retomar a competência 
delegada, enquanto nas outras duas a 
competência não poderia mais ser reavida).
- Elemento vinculado
Vícios relacionados:
- Usurpação de Função Pública: É crime, e o 
usurpador é alguém que não foi por nenhuma 
forma investido em cargo, emprego ou função 
pública. Em outras palavras, não tem nenhuma 
espécie de relação jurídica funcional com a 
administração. Ato é inexistente.
- Função de Fato: A pessoa foi investida no 
cargo, no emprego público ou na função 
pública, mas há alguma ilegalidade em sua 
investidura ou algum impedimento legal para 
a prática do ato. Ex. Servidor que continua em 
exercício após a idade limite para aposentadoria 
compulsória. Ato é inválido.
- Excesso de Poder: agente (regularmente 
investido) pratica ato fora da sua competência. 
O excesso de poder é uma das modalidades 
de “abuso de poder” (a outra modalidade é o 
desvio de poder, que corresponde a vício no 
elemento finalidade dos atos administrativos).
FINALIDADE
- O ato tem uma finalidade geral/mediata 
(atender o interesse público) e uma 
específica/imediata (própria de cada ato) a 
atender.
- Elemento vinculado
Vícios relacionados:
- Desvio de poder ou desvio de finalidade: 
prática do ato com finalidade diversa (seja a 
geral, seja a específica) da visada no tipo legal. 
Ex.: remoção para punir servidor.
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MOTIVO
- É o pressuposto fático e jurídico que 
justifica a prática do ato (igual a causa de 
pedir do processo civil).
- Vs. MOTIVAÇÃO: motivo é o pressuposto; 
a motivação é a EXTERIORIZAÇÃO do 
motivo.
- Vs. MÓVEL: motivo são os elementos 
externos (o que ocorreu e o que está 
na norma) e o móvel são os Elementos 
INTERNOS ao agente (o que o agente, de 
fato, pensou ou desejou quando praticou o 
ato).
- Elemento que pode ser discricionário (nos 
atos discricionários)
Vícios relacionados:
- Motivo ou fato inexistente: o pressuposto 
fático do ato não existe (ex.: não houve a 
infração administrativa que ensejou o ato de 
sanção);
- Motivo ilegítimo: o tipo legal não serve para 
justificar juridicamente o ato praticado (ex.: 
concedeu aposentadoria com base em norma 
que determina a concessão de licença saúde);- #SELIGA #PEGADINHA: ausência de 
motivação é vício de forma! 
-Teoria dos motivos determinantes: o ato se 
vincula aos seus motivos, de modo que se um 
deles “cai” (a norma é declarada inconstitucional 
ou o fato é inexistente), o ato também “cai”.
OBJETO
- É o conteúdo do ato
- Elemento que pode ser discricionário (nos 
atos discricionários). 
Vícios relacionados:
- Objeto não previsto em lei (ex.: suspensão 
de 100 dias, quando a norma determinada que 
seja de até 90);
- Objeto diverso do previsto em lei para 
aquela hipótese (ex.: suspensão quando a lei 
manda demitir). Alexandrino afirma que este 
vício acaba se confundindo, na prática, com 
o motivo ilegítimo, sendo a diferenciação 
puramente teórica.
FORMA
- É o modo pelo qual o ato é exteriorizado.
- Formalismo moderado: apenas aquelas 
formalidades necessárias a garantir 
publicidade e segurança jurídica.
- É tradicionalmente classificado como 
vinculado.
Vício: utilização de forma diversa da prevista 
em lei, em tese, enseja a invalidade do ato.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS
 Normativos: manifestações de vontade abstratas para destinatários determináveis. Exemplos: decretos, re-
gulamentos, resoluções e instruções normativas.
 Ordinatórios: expedidos pela autoridade administrativa de hierarquia superior para seus subordinados. 
Exemplos: ordens de serviço e circulares.
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 Negociais: coincidem com a pretensão de particulares. Exemplos: licença, permissão e autorização.
 ENUNCIATIVOS: a Administração se limita a certificar ou atestar fato constante de registros, processos e 
arquivos públicos ou emitir opinião sobre determinado assunto. Exemplos: certidões, atestados e pareceres.
 PUNITIVOS: aplicação de sanção a servidores ou administrados. Exemplos: multa, interdição de atividades 
e demolição.
- Destaque para o art. 54 da Lei 9784 e a jurisprudência correlata. 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
- Segundo o STF, a prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos não dispensa a observân-
cia do contraditório e da ampla defesa prévios em âmbito administrativo. (Info 763). 
- Ainda, o PRAZO DECADENCIAL DO ART. 54 DA LEI 9784/99 NÃO SE APLICA QUANDO O ATO A SER ANU-
LADO AFRONTA DIRETAMENTE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. No caso julgado pelo STF, foi decidido que não 
existe direito adquirido à efetivação na titularidade de cartório quando a vacância do cargo ocorre na vigência da 
CF/88, que exige a submissão a concurso público (art. 236, §3º). O art. 236, §3º, CF, é uma norma constitucional 
autoaplicável. Logo, mesmo antes da edição da Lei 8935/94 ela já tinha plena eficácia e o concurso público era 
obrigatório como condição para o ingresso na atividade notarial e de registro (Info 741 do STF). Em outro julgado, 
seguindo tal entendimento, o STF decidiu que não há decadência quanto ao recebimento de auxílio-moradia com 
má-fé por servidor público (Info 839 do STF).
#OLHAATABELA:
DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO
Não há perda de competência, pois a competência 
continua de forma concorrente.
Delega-se para subordinado ou agente público de 
mesma hierarquia.
É temporária, mas por tempo determinado.
Agente delegado responde pelo ato.
Retira-se a competência dada por lei de subordinado.
É temporária e por tempo determinado.
Excepcional e motivada.
Ex. avocação de processos administrativos pelo 
CNJ.
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CONVERSÃO CONVALIDAÇÃO (ou SANATÓRIA)
É a transformação de um ato em outro, para 
aproveitar o que for válido.
Ex tunc (retroativo).
Correção feita no ato, que continua a ser o mesmo.
Ex tunc (retroativo).
#ATENÇÃO Vícios que ADMITEM CONVALIDAÇÃO:
- Vícios quanto à competência (salvo a exclusiva ou quanto à matéria);
- Vícios quanto à forma (salvo a essencial à validade do ato).
#SELIGANATEORIA.
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: aplica-se tanto a atos vinculados como discricionários, sempre que 
houver motivação. Uma vez enunciados os motivos do ato pelo agente, isto é, os fatos que serviram de suporte 
à decisão integram a validade do ato. Assim, a invocação de “motivos de fato” falsos, inexistentes ou incorreta-
mente qualificados vicia o ato administrativo praticado. Em alguns casos, os atos não precisam de motivação (Ex: 
exoneração ad nutum), mas se o administrador os der, estará a eles vinculado.
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
PRESUNÇÃO DE 
LEGITIMIDADE
(ou de legalidade)
É presente em todos os atos administrativos, quer imponham obrigações ou 
reconheçam direitos aos administrados. Funda-se na necessidade de o poder 
público exercer com agilidade suas atribuições, em prol do interesse público. 
De acordo com esse atributo, em regra, o ato administrativo produz os seus 
efeitos desde o momento da sua edição, ainda que sejam apontados vícios 
que possam levar à sua futura invalidação.
DI PIETRO desmembra esse atributo em duas facetas:
(a) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: a interpretação e a aplicação da norma 
jurídica pela administração foram corretas;
(b) PRESUNÇÃO DE VERACIDADE: os fatos alegados pela administração existem, 
ocorreram e são verdadeiros.
IMPERATIVIDADE
Traduz a possibilidade de a Administração Pública, unilateralmente, criar obrigações 
para os administrados ou impor-lhes restrições. Decorre do chamado PODER 
EXTROVERSO do Estado (prerrogativa de praticar atos que invadem a esfera 
jurídica alheia, alterando-a independentemente de anuência prévia de qualquer 
pessoa).
A imperatividade impõe a coercibilidade para o cumprimento do ato e podem 
ser imediatamente impostos ao administrado, em decorrência da presunção de 
legitimidade.
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AUTOEXECUTORIEDADE
A autoexecutoriedade consiste na possibilidade que certos atos administrativos têm 
de provocar a imediata execução pela própria Administração, independentemente 
de ordem ou autorização judicial (Exceção: execução das multas administrativas), 
inclusive mediante o uso da força, se necessária. Ex.: retirada forçada de moradores 
de um prédio que ameaça ruir, dissolução de passeata. Jamais afasta a apreciação 
judicial do ato, apenas dispensa a necessidade de autorização prévia para poder 
praticá-lo.
Não é atributo presente em todos os atos administrativos. Genericamente, é atributo 
próprio dos atos inerentes ao exercício de atividades típicas da administração, 
quando ela está atuando na qualidade de poder público. Ex.: poder de polícia
TIPICIDADE
A tipicidade significa dizer que todo ato administrativo deve corresponder a figuras 
previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados resultados. 
Decorre do PRINCÍPIO DA LEGALIDADE de forma que o ato deve estar previamente 
definido na lei, com a previsão, inclusive, de sua finalidade. Esse atributo teria o 
condão de afastar a possibilidade de adoção de atos inominados. Para DI PIETRO, a 
tipicidade só existe em relação aos atos unilaterais, eis que nos bilaterais não existe 
imposição de vontade por parte da administração (nada impede a celebração de 
contrato inominado, desde que atenda ao interesse público).
FORMAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
ATO PERFEITO
é aquele que esgotou todas as fases necessárias a sua produção, vale dizer, quando completa 
o ciclo de sua formação, e, se não concluiu ele ainda não existe, sendo considerado um ATO 
IMPERFEITO.
ATO VÁLIDO
é aquele que foi expedido em absoluta conformidade com o sistema normativo, vale dizer, 
que cumpre todas as exigências legais. Se não cumpre ele é INVÁLIDO, ILEGAL. Portanto 
quando se encontra adequado aos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica.
ATO EFICAZ
é aquele que está disponível para a produção dos efeitos jurídicos, vale dizer, quando os 
efeitos não se encontram suspenso por qualquer motivo. Caso seja um ato perfeito, massubmetido a condição, termo ou necessidade de aprovação ou homologação de outro órgão, 
estamos diante de um ATO PENDENTE. 
ATO VIGENTE é aquele que está dentro do seu período de existência no mundo jurídico.
EFEITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
❶ EFEITOS PRÓPRIOS (ou típicos): são efeitos correspondentes à função jurídica do ato. É a consequência 
natural ou efeito natural do ato administrativo.
❷ EFEITOS IMPRÓPRIOS: É o ato que produz efeito anormal:
(a) PRELIMINARES ou PRODRÔMICOS: existem enquanto dura a situação de pendência do ato, ou seja, 
durante o período da produção do ato até o desencadeamento dos efeitos típicos. Ex. Atos sujeitos a controle por 
outro órgão, sendo o efeito atípico preliminar do ato controlado acarretar para o órgão controlador o dever-poder 
de emitir o ato de controle.
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(b) Efeitos em face de terceiros (ou REFLEXO): são aqueles que influenciam outra relação jurídica, atingin-
do terceiros não objetivados pelo ato. Ex: Desapropriação de imóvel atinge o contrato de locação.
PLANOS DE EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA 
Há muita divergência sobre os níveis de ingresso no mundo jurídico dos atos administrativos, mas, o posi-
cionamento majoritário, considerada que podem ser verificados nos planos da existência, da validade e da eficácia.
ATO VÁLIDO É aquele que preenche todos os requisitos previstos no ordenamento jurídico, ou seja, não tem defeito algum.
ATO INEXISTENTE O vício contido no ato é tão grave que ele nem sequer existe e não produz efeitos. Ato decorrente de conduta criminosa.
ATO NULO É o ato defeituoso que não admite convalidação, mas produz efeitos até ser declarado inválido. 
ATO ANULÁVEL
(para aqueles que se 
filiam à corrente que 
admite anulação de 
ato administrativo)
É o ato que tem defeito sanável, ou seja, admite convalidação, que pode ser feita em 
dois defeitos: competência e forma. Se o defeito for muito grave, não será possível a 
convalidação, mesmo que na forma e na competência. A convalidação é faculdade ou 
dever? Há divergência doutrinária, alguns pensam que se trata de um dever, porque 
o Estado tem que salvar o ato (majoritária), em razão do princípio da economia da 
administração. Mas, quando a convalidação causar mais prejuízo é melhor não convalidar.
ATO IRREGULAR
É o ato que tem uma pequena falha de uniformização, mas que não causa prejuízo 
algum. Não depende de revisão, por ser irrelevante. Trata-se de um defeito leve. 
Normalmente, estão relacionados à forma. Ex: uniformizar o procedimento, somente 
podem ser praticados os atos com caneta azul, não haverá prejuízo para o interesse 
público, apesar da irregularidade, não há necessidade de revisão. Não serão revistos e 
nem convalidados, os atos continuam como estão.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:
❶ Cumprimento dos seus efeitos: esgotamento do conteúdo jurídico (o gozo de férias); execução mate-
rial (uma demolição); implemento de condição resolutiva ou termo final. Diz-se, neste caso, que há um ato exaurido.
❷ Desaparecimento do sujeito ou do objeto: Ex: morte extingue os efeitos da nomeação, a tomada pelo 
mar de um terreno de marinha extingue a enfiteuse.
❸ Retirada do ato – pelo Poder Público (ato concreto):
(a) revogação
(b) invalidação
(c) cassação – é a retirada do ato em razão do DESCUMPRIMENTO de CONDIÇÕES inicialmente impostas. O 
fundamento da cassação não se encontra na ilegalidade do ato anterior, nem em razões de mérito: o fundamento 
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reside no descumprimento posterior, por parte do interessado, de exigências legais relativas à situação objeto do 
ato.
(d) caducidade – retirada em razão da SUPERVENIÊNCIA de NORMA JURÍDICA que tornou inadmissível a 
situação anterior.
(e) contraposição – atos de competências diversas, mas, com efeitos contrapostos. Ex. exoneração de um 
funcionário que aniquila os efeitos do ato de nomeação.
❹ Renúncia: extinção dos efeitos porque o beneficiário abre mão. Ex.: renuncia a um cargo de Secretário.
Um ATO INEFICAZ extingue-se: 
 9 retirada: alguns chamam de mera retirada. CABM prefere englobar o conceito genérico de revogação e 
invalidação, respectivamente, por razões de mérito e ilegitimidade; 
 9 recusa: pela inutilização do ato ante a recusa do beneficiário.
4 - Servidores Públicos. Agentes Públicos. Classificação. Normas relativas à remuneração dos servidores 
e de agentes públicos. Regime dos servidores públicos e titulares de cargos públicos na Constituição 
Federal e na Constituição do Estado do Mato Grosso do Sul. Cargo, emprego e função pública. 
Provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. Provimento. Nomeação. Concurso Público. 
Posse e exercício. Estabilidade. Transferência. Readaptação. Reversão. Reintegração. Recondução. 
Disponibilidade. Aproveitamento. Vacância. Remoção. Redistribuição. Substituição. 
5 - Direitos e vantagens dos servidores públicos. Deveres e responsabilidades dos servidores públicos. 
Do regime disciplinar. O funcionário Público Civil. Da Seguridade social do servidor: aposentadoria 
e pensões; aposentadoria de magistrado, membros do Ministério Público e do Tribunal de Contas; 
aposentadoria voluntária, aposentadoria compulsória. Normas relativas à remuneração dos servidores 
e de agentes políticos. Lei complementar nº 35, de 14 de março de 1979 (Lei Orgânica da Magistratura 
Nacional) e alterações. Lei nº 1.102, de 10 de outubro de 1990 (Estatuto dos Servidores do Estado do 
Mato Grosso do Sul) e alterações. Lei n° 2.207, de 29 de Dezembro de 2000 (Regime de Previdência 
Social do Estado de Mato Grosso do Sul) e alterações.
SERVIDOR PÚBLICO
Cargo público:
• Efetivo ou em comissão.
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• Criado por lei.
• Atribuição, nomenclatura e responsabilidades próprias.
• Vínculo estatutário.
 Î Emprego público:
• Criado por lei.
• Atribuições, nomenclatura e responsabilidades próprias.
• Contratação decorrente de prévia aprovação em concurso público.
• Vínculo trabalhista.
 Î Função pública:
• Não precisa ser criada por lei.
• Corresponde às atribuições dos cargos e empregos públicos, mas podem existir isoladamente.
#ATENÇÃO - Não é necessário realizar concurso para:
• Cargos em comissão
• Funções temporárias
• Cargos vitalícios de Ministros ou de Conselheiros dos Tribunais de Contas
• Magistrados dos Tribunais Superiores
• Quinto constitucional
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CARGOS PÚBLICOS
ACESSO GARANTIA DEMISSÃO/EXONERAÇÃO
EFETIVOS Concurso público
Estabilidade
Estágio probatório – 3 anos
(i) Sentença judicial transitada 
em julgado; (ii) PAD; (iii) 
insuficiência de desempenho 
e (iv) excesso de gasto 
orçamentário com despesa de 
pessoal.
VITALÍCIOS
Concurso público, 
exceto Ministros 
de Tribunais 
Superiores, 
TC e quinto 
constitucional.
Vitaliciedade:
Vitaliciedade diferida – 2 anos:
magistrados e promotores
Vitaliciedade automática: quinto 
constitucional, ministros tribunais 
superiores e membros TC
Apenas sentença judicial 
transitada em julgado.
COMISSIONADOS Livre Inexistência Livre
AGENTES PÚBLICOS
Agentes políticos (legislativo, 
excecutivo, judiciário, MP, TCU...)
Servidores administrativos do 
Estado
SERVIDORES PÚBLICOS (Relação de 
trabalho permanente com 
entidades de direito público)
Regime estatutário
REGIME ÚNICO = O STF declarou inconstituiconal, 
com efeitos ex nunc, a existência de regimes 
jurídicos diversos. 
EMPREGADOS PÚBLICOS (Relação de 
trabalho permanente com entidades 
de direito privado da Adm. Pública 
indireta)
Regime celetista
SERVIDORES TEMPORÁRIOS 
(contratados para atender a 
necessidade temporária de excepcional 
interesse público)
Nem celetista e nem 
estatutáro
SERVIDORES MILITARES
Agentes ou Particulares em colaboração com o Estado 
(mesários, jurados, concessionários, permissionários, 
notários não oficializados...)
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PROVIMENTO
ORIGINÁRIO Formalizado por meio da nomeação, a qual gera direito à posse para os aprovados em concurso público (Súmula 16, STF).
DERIVADO
Promoção Progressão funcional em que o servidor é deslocado de cargo de classe inferior para outro cargo de classe superior dentro da mesma carreira.
Readaptação
Provimento derivado do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades 
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou 
mental verificada por perícia médica.
Reversão
Retorno do servidor aposentado ao cargo quando ocorrer uma das 
seguintes hipóteses:
 Declaração por junta médica oficial da insubsistência dos motivos 
determinantes para aposentadoria por invalidez;
 Declaração de ilegalidade do ato de concessão da aposentadoria;
 Reversão “no interesse da administração” desde que preenchidos os 
requisitos legais (controvérsia sobre essa última hipótese).
Aproveitamento
Retorno do servidor colocado em disponibilidade para cargo com atribuições, 
responsabilidades e vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado.
Reintegração
Retorno do servidor ao cargo de origem após a declaração (administrativa 
ou judicial) de ilegalidade da sua demissão, com ressarcimento da 
remuneração e vantagens não percebidas.
Recondução
É o retorno do servidor estável ao cargo de origem, tendo em vista 
 a sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo 
 ou a reintegração do servidor ao cargo.
#DEOLHONASSÚMULAS:
Súmula vinculante 3-STF: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório 
e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie 
o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e 
pensão. 
Súmula vinculante 33-STF: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de 
Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição 
Federal, até edição de lei complementar específica.
Súmula vinculante 37-STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimen-
tos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. 
Súmula vinculante 55 STF: O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos. 
Súmula vinculante 42-STF: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais 
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ou municipais a índices federais de correção monetária. 
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor inve-
stir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a 
carreira na qual anteriormente investido. 
Súmula 683-STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, 
da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
público.
Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de 
disputar as vagas reservadas em concursos públicos.
Súmula 377-STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas res-
ervadas aos deficientes.
Súmula 378-STJ: Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes. 
Súmula 36-STF: Servidor vitalício está sujeito à aposentadoria compulsória, em razão da idade.
Súmula 682-STF: Não ofende a Constituição a correção monetária no pagamento com atraso dos vencimentos 
de servidores públicos.
#SAINDODOFORNO. 
O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos servidores públicos, previsto 
no inciso X do art. 37 da CF/88, não gera direito subjetivo a indenização. Deve o Poder Executivo, no entanto, 
se pronunciar, de forma fundamentada, acerca das razões pelas quais não propôs a revisão. STF. Plenário. RE 
565089 /SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 25/9/2019 (repercussão 
geral – Tema 19) (Info 953).
É possível o pagamento de terço de férias e de décimo terceiro salário aos Vereadores, mas desde que isso esteja 
previsto em lei municipal. STF. 1ª Turma. Rcl 32483 AgR/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/9/2019 (Info 
950).
Na falta de lei específica que regulamente a aposentadoria especial dos servidores públicos portadores de defi-
ciência (art. 40, § 4º, I, da CF/88), deve ser aplicada a LC 142/2013, que trata sobre a aposentadoria especial de 
pessoas com deficiência no RGP. (STF. 1ª Turma. MI 6818/DF e MI 6988/RR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em 
13/8/2019 (Info 947).
A estabilidade especial do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) não se estende aos 
empregados das fundações públicas de direito privado, aplicando-se tão somente aos servidores das pessoas 
jurídicas de direito público. O termo “fundações públicas”, utilizado pelo art. 19 do ADCT, deve ser compreendido 
como fundações autárquicas, sujeitas ao regime jurídico de direito público. Ex: empregados da Fundação Padre 
Anchieta não gozam dessa estabilidade do art. 19 do ADCT em razão de se tratar de uma fundação pública de 
direito privado. STF. Plenário.RE 716378/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 1º e 7/8/2019 (repercussão geral) 
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(Info 946).
A expressão “Procuradores”, contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da República, com-
preende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, 
portanto, submetidos ao teto de 90,25% (noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento) do subsídio 
mensal, em espécie, dos ministros do STF. STF. Plenário. RE 663696/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 28/2/2019 
(Info 932).
#SELIGANAJURIS.
❶ A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, 
não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal 
requisito na Constituição Federal. O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de ho-
rários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública. STF. 1ª Turma. 
RE 1094802 AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 11/5/2018. STF. 2ª Turma. RMS 34257 AgR, Rel. Min. 
Ricardo Lewandowski, julgado em 29/06/2018. STJ. 2ª Turma. REsp 1746784/PE, Rel. Min. Og Fernandes, julgado 
em 23/08/2018.
- Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, o teto é conside-
rado especificamente para cada cargo, sendo permitido que ele receba acima do limite previsto no art. 37, XI da 
CF se considerarmos seus ganhos globais. (Info 862).
❷ Aposentadoria especial é aquela cujos requisitos e critérios exigidos do beneficiário são mais favoráveis que 
os estabelecidos normalmente para as demais pessoas. A CF/88 prevê que os servidores que exerçam atividades 
de risco têm direito à aposentadoria especial, segundo requisitos e condições previstas em lei complementar (art. 
40, § 4º, II, “b”). Diante da ausência de legislação específica, não cabe ao Poder Judiciário garantir aposentadoria 
especial (art. 40, § 4º, II, da CF/88) às guardas municipais. A aposentadoria especial não pode ser estendida 
aos guardas civis, uma vez que suas atividades precípuas não são inequivocamente perigosas e, ainda, 
pelo fato de não integrarem o conjunto de órgãos de segurança pública relacionados no art. 144, I a V, 
da CF/88. STF. Plenário. MI 6515/DF, MI 6770/DF, MI 6773/DF, MI 6780/DF, MI 6874/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, 
julgados em 20/6/2018 (Info 907).
❸ O termo inicial do adicional de insalubridade a que faz juso servidor público é a data do laudo pericial. STJ. 
1ª Seção. PUIL 413-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 11/04/2018 (Info 624).
❹ No âmbito da administração pública federal, é vedada a contratação temporária do mesmo servidor antes 
de decorridos 24 meses do encerramento do contrato anterior. Tal regra está prevista no art. 9º, III, da Lei nº 
8.745/93. O STF, ao analisar um caso concreto envolvendo a contratação temporária de professores, decidiu que 
essa regra é constitucional e fixou a seguinte tese: “É compatível com a Constituição Federal a previsão legal que 
exija o transcurso de 24 (vinte e quatro) meses, contados do término do contrato, antes de nova admissão de 
professor temporário anteriormente contratado.” (Info 869 STF).
❺ A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores 
públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas. STF. Plenário. RE 
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846854/SP, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1º/8/2017 (repercussão 
geral) (Info 871).
❻ O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos 
os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação 
do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos 
do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. 
Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).
❼ A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício 
do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. 
É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado 
que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, 
julgado em 27/10/2016 (repercussão geral) (Info 845).
❽ Em regra, não produzem fato consumado a posse e o exercício em cargo público decorrentes de decisão 
judicial tomada à base de cognição não-exauriente. Em outras palavras, não se aplica a teoria do fato consu-
mado para candidatos que assumiram o cargo público por força de decisão judicial provisória posterior-
mente revista. Trata-se do entendimento firmado no RE 608482/RN (Tema 476). A situação é diferente, contudo, 
se a pessoa, após permanecer vários anos no cargo, conseguiu a concessão de aposentadoria. Neste caso, em 
razão do elevado grau de estabilidade da situação jurídica, o princípio da proteção da confiança legítima inci-
de com maior intensidade. Trata-se de uma excepcionalidade que autoriza a distinção (distinguish) quanto ao 
leading case do RE 608482/RN (Tema 476). STF. 1ª Turma. RE 740029 AgR/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 14/8/2018 (Info 911). Quando o exercício do cargo foi amparado por decisões judiciais precárias e o 
servidor se aposentou, antes do julgamento final do mandado de segurança, por tempo de contribuição durante 
esse exercício e após legítima contribuição ao sistema, a denegação posterior da segurança que inicialmente 
permitira ao servidor prosseguir no certame não pode ocasionar a cassação da aposentadoria. STJ. 1ª Seção. MS 
20558-DF, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 22/2/2017 (Info 600).
#JURISPRUDENCIAEMTESES. SERVIDORES PÚBLICOS. EDIÇÃO I E II
→ A questão relativa à INDENIZAÇÃO POR OMISSÃO LEGISLATIVA, decorrente da falta de encaminhamento de 
lei que garanta aos servidores públicos o DIREITO À REVISÃO GERAL ANUAL dos seus vencimentos (art. 37, X, 
da CF), tem NATUREZA CONSTITUCIONAL, razão pela qual não pode ser apreciada em sede de recurso especial. 
→ NÃO COMPETE ao Poder Judiciário equiparar ou reajustar os valores do auxílio-alimentação dos servidores 
públicos.
→ É INDEVIDA A DEVOLUÇÃO ao erário de valores recebidos de BOA-FÉ, por servidor público ou pensionista, 
em decorrência de ERRO ADMINISTRATIVO OPERACIONAL ou nas hipóteses de EQUÍVOCO OU MÁ INTERPRE-
TAÇÃO DA LEI PELA ADMINISTRAÇÃO Pública. (Recurso repetitivo)
→ É de 200 horas mensais o divisor adotado como parâmetro para o PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS aos ser-
vidores públicos federais, cujo cálculo é obtido dividindo-se as 40 horas semanais (art. 19 da Lei n. 8.112/90) por 
6 dias úteis e multiplicando-se o resultado por 30 (total de dias do mês).
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→ O pagamento do ADICIONAL DE PENOSIDADE (art. 71 da Lei n. 8.112/90) depende de regulamentação do 
Executivo Federal.
→ A INCORPORAÇÃO DE QUINTOS decorrentes do exercício de FUNÇÕES COMISSIONADAS aos vencimentos 
de servidores públicos federais somente é possível até 28.2.1995, enquanto que, no interregno de 1.3.1995 a 
11.11.1997 a incorporação devida seria de décimos, sendo INDEVIDA qualquer concessão a partir de 11.11.1997, 
data em que a norma autorizadora da incorporação foi expressamente revogada pela Medida Provisória n. 
1.595-14, convertida na Lei n. 9.527/1997 (art. 15).
→ Os efeitos do Decreto n. 493/92, que regulamentou o pagamento da Gratificação Especial de Localidade - 
GEL, devem retroagir à data em que se encerrou o prazo de 30 (trinta) dias previsto no art. 17 da Lei n. 8.270/91.
→ É LEGÍTIMO o tratamento diferenciado entre PROFESSORES ATIVOS E INATIVOS, no que tange à percepção 
da Gratificação de Estímulo à Docência - GED, instituída pela Lei 9.678/1998, tendo em vista a natureza da grati-
ficação, cujo percentual depende da produtividade do servidor em atividade.
→ A lei que cria NOVA GRATIFICAÇÃO ao servidor SEM promover reestruturação ou reorganização da carreira 
NÃO TEM APTIDÃO para absorver índice de reajuste geral.
→ A fixação ou alteração do SISTEMA REMUNERATÓRIO e a supressão de VANTAGEM PECUNIÁRIA são atos 
comissivos únicos e de efeitos permanentes, que modificam a situação jurídica do servidor e NÃO se renovam 
mensalmente.
→ A CONTAGEM DO PRAZO decadencial para a impetração de MS contra ato que fixa ou altera sistema remu-
neratório ou suprime vantagem pecuniária de servidor público inicia-se com a CIÊNCIA DO ATO IMPUGNADO.
→ NÃO CABE o pagamento da ajuda de custo prevista no art. 53 da Lei n. 8.112/90 ao servidor público que 
participou de concurso de remoção.
→ É DEVIDA ao servidor público aposentado a conversão em pecúnia da licença-prêmio não gozada, ou não 
contada em dobro para aposentadoria, sob pena de enriquecimento ilícito da Administração.
→ O prazo prescricional de cinco anos para CONVERTER EM PECÚNIA LICENÇA-PRÊMIO não gozada ou utili-
zada como lapso temporal para jubilamento tem início no dia posterior ao ato de registro da aposentadoria pelo 
Tribunal de Contas.
→ Os EFEITOS DA SENTENÇA TRABALHISTA, quanto ao reajuste de 84,32%, referente ao IPC - Índice de Preços 
ao Consumidor de 03/1990, têm por limite temporal a Lei n. 8.112/90, que promoveu a TRANSPOSIÇÃO DO 
REGIME celetista para o estatutário.
→ O termo inicial da prescrição do direito de pleitear a INDENIZAÇÃO POR FÉRIAS NÃO GOZADAS é o ato de 
aposentadoria do servidor.
→ É POSSÍVEL A SUPRESSÃO do índice de 26,05% relativo à URP - Unidade de Referência de Preços de 1989 
incorporado em decorrência de sentença trabalhista transitada em julgado, pois a eficácia desta está adstrita à 
data da transformação dos empregos em cargos públicos e ao consequente enquadramento no Regime Jurídico 
Único.
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→ A Vantagem Pecuniária Individual - VPI possui NATUREZA JURÍDICA de REVISÃO GERAL ANUAL, devendo ser 
estendida aos Servidores Públicos Federais o índice de aproximadamente 13,23%, decorrente do percentual mais 
benéfico proveniente do aumento impróprio instituído pelas Leis n. 10.697/2003 e 10.698/2003.
→ Os candidatos aprovados em concursopúblico para os cargos da Polícia Civil do DF e da Polícia Federal fazem 
jus, durante o programa de formação, à percepção de 80% dos vencimentos da classe inicial da categoria.
→ É LEGÍTIMO o ato da Administração que promove o DESCONTO DOS DIAS NÃO TRABALHADOS pelos ser-
vidores públicos participantes de movimento grevista.
→ É VEDADO o cômputo do tempo do curso de formação para efeito de PROMOÇÃO do servidor público, 
sendo, contudo, considerado tal período para fins de PROGRESSÃO NA CARREIRA. 
→ O TEMPO DE SERVIÇO prestado às empresas públicas e sociedades de economia mista somente pode ser 
computado para efeitos de APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE. 
→ O direito de transferência ex officio entre INSTITUIÇÕES DE ENSINO CONGÊNERES conferido a servidor públi-
co federal da administração direta se ESTENDE aos empregados públicos integrantes da administração indireta. 
→ Os efeitos da sentença trabalhista têm por limite temporal a Lei n. 8112/90, que promoveu a transposição do 
regime celetista para o estatutário, INEXISTINDO violação à coisa julgada, ao direito adquirido ou ao princípio da 
irredutibilidade de vencimentos. 
→ A pensão por morte do servidor público federal é devida até a IDADE LIMITE DE 21 ANOS do dependente, 
SALVO SE INVÁLIDO, não cabendo postergar o benefício para os universitários com idade até 24 anos, ante a 
ausência de previsão normativa. 
→ Não é possível o registro de penas nos assentamentos funcionais dos servidores públicos quando verificada 
a ocorrência da PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA do Estado, por força do entendimento do Supremo 
Tribunal Federal de que o art. 170 da Lei n. 8.112/90 viola a Constituição Federal. 
→ A abertura de CONCURSO DE REMOÇÃO pela administração revela que a EXISTÊNCIA DE VAGA a ser preen-
chida pelo servidor aprovado é de INTERESSE PÚBLICO. 
→ A investidura originária NÃO SE ENQUADRA no conceito de deslocamento para fins da concessão da LICEN-
ÇA PARA ACOMPANHAR CÔNJUGE com exercício provisório.
→ É LÍCITA a cassação de aposentadoria de servidor público, não obstante o caráter contributivo do benefício 
previdenciário. 
→ O termo inicial para o pagamento dos proventos integrais devidos na conversão da APOSENTADORIA PRO-
PORCIONAL por tempo de serviço em APOSENTADORIA INTEGRAL POR INVALIDEZ é a DATA DO REQUERI-
MENTO ADMINISTRATIVO.
→ A concessão de APOSENTADORIA ESPECIAL aos servidores públicos SERÁ REGULADA PELA LEI N. 8.213/91, 
enquanto não editada a lei complementar prevista no art. 40, § 4º, da CF/88.
→ A limitação da carga horária semanal para servidores públicos PROFISSIONAIS DE SAÚDE que acumulam 
cargos deve ser de 60 HORAS SEMANAIS. Superada!
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→ O Auxiliar Local que prestou serviços ININTERRUPTOS para o Brasil NO EXTERIOR, admitido antes de 11 de 
dezembro de 1990, submete-se ao REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Civis da União (art. 243 da 
Lei n. 8.112/1990). (Repercussão geral reconhecida pelo STF)
→ A Lei n. 8.112/90, quando aplicada aos servidores do Distrito Federal por força da Lei Distrital n. 197/91, assume 
STATUS DE LEI LOCAL, insuscetível de apreciação em sede de recurso especial, atraindo o óbice da Súmula 280/
STF. 
#SELIGA2:
SITUAÇÃO TERÁ QUE DEVOLVER?
1) Servidor recebe por decisão ADMINISTRATIVA depois revogada NÃO
2) Servidor que recebe indevidamente valores em decorrência de erro 
operacional da Administração NÃO
3) Servidor recebe por decisão JUDICIAL não definitiva depois reformada SIM(posição do STJ)
4) Servidor recebe por decisão JUDICIAL não definitiva depois reformada (obs.: 
a reforma da liminar foi decorrência de mudança na jurisprudência).
NÃO
(posição do STF)
4) Servidor recebe por sentença TRANSITADA EM JULGADO e que 
posteriormente é rescindida NÃO
5) Herdeiro que recebe indevidamente proventos do servidor aposentado 
depois que ele morreu SIM
6 - Improbidade administrativa: Lei Federal n.º 8.429/92. agentes do polo ativo e passivo. Atos de 
improbidade. Da ação de improbidade administrativa. Das penas. Enriquecimento ilícito. Prejuízo ao 
erário. Princípios. Penas. Procedimento e prescrição. Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar 
n.º 101/00. Lei de Acesso à Informação - Lei Federal n.º 12.527/11. Lei Anticorrupção - Lei Federal n.º 
12.846/13.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (Lei 8.429/1992)
- Sujeitos ativos: Agente público, ainda que transitoriamente ou sem remuneração. Inclui agentes políticos e 
terceiro que induza ou concorra para a prática de ato de improbidade (deve haver participação de agente públi-
co).
- Sujeitos passivos: Administração direta, indireta ou fundacional; Empresa incorporada ao patrimônio público; 
Entidade privada da qual o erário participe com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual; Entidade privada 
2 Quadro retirado do Buscador Dizer o Direito. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/598a90004bace-
6540f0e2230bdc47c09>
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da qual o erário participe com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual (sanção limita-se à contribuição 
do poder público); Empresa privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão 
público (sanção limita-se à contribuição do poder público).
ATOS DE IMPROBIDADE
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
(ART. 9º)
DANO AO ERÁRIO
(ART. 10)
VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(ART. 11)
Art. 9° Constitui ato de impro-
bidade administrativa importan-
do enriquecimento ilícito auferir 
qualquer tipo de vantagem 
patrimonial indevida em razão 
do exercício de cargo, mandato, 
função, emprego ou atividade nas 
entidades mencionadas no art. 1° 
desta lei, e notadamente (...).
Art. 10. Constitui ato de impro-
bidade administrativa que causa 
lesão ao erário qualquer ação ou 
omissão, dolosa ou culposa, 
que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbara-
tamento ou dilapidação dos 
bens ou haveres das entidades 
referidas no art. 1º desta lei, e no-
tadamente (...).
Art. 11. Constitui ato de improbi-
dade administrativa que atenta 
contra os princípios da adminis-
tração pública qualquer ação ou 
omissão que viole os deveres de 
honestidade, imparcialidade, lega-
lidade, e lealdade às instituições, e 
notadamente (...).
ELEMENTOS ESSENCIAIS:
•	 Percepção de vantagem 
patrimonial pelo agente, mesmo 
que não haja dano ao erário.
•	 Essa vantagem deve ser 
indevida.
•	 Conduta dolosa do agente.
•	 Nexo causal entre o exercício 
funcional e a vantagem indevida.
ELEMENTOS ESSENCIAIS:
•	 Conduta, comissiva ou 
omissiva, dolosa ou CULPOSA.
•	 Perda patrimonial.
•	 Nexo causal entre o exercício 
funcional e a perda patrimonial.
•	 Ilegalidade da conduta.
ELEMENTOS ESSENCIAIS:
•	 Conduta funcional, comissiva ou 
omissiva, dolosa do agente público.
•	 Ofensa aos princípios da 
administração pública.
•	 Nexo causal entre o exercício 
funcional e a violação dos princípios
#SELIGA:
Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar 
ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da 
Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016).
ELEMENTO SUBJETIVO: dolo.
SANÇÕES:
• perda da função pública;
• suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos e
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• multa civil de até 3 vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
#NOVIDADE2018 #AJUDAMARCINHO3 
A Lei nº 13.650/2018 inseriu um inciso no art. 11 da Lei nº 8.429/92 afirmando que a prática de transferir re-
cursos para instituições privadas de saúde sem prévio contrato ou convênio é ato de improbidade ad-
ministrativa.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qual-
quer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdadeàs instituições, 
e notadamente: (...)
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia cele-
bração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, 
de 19 de setembro de 1990. (inciso X inserido pela Lei nº 13.650/2018)
- Prescrição:
• 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.
• Nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego, aplica-se o prazo prescricional previsto em lei 
específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público.
• Ações civis de ressarcimento ao erário são imprescritíveis. 
São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de 
Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para acórdão 
Min. Edson Fachin, julgado em 08/08/2018 (repercussão geral) (Info 910).
• Até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades 
referidas no parágrafo único do art. 1o da lei em comento.
SANÇÕES PELA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO
PREJUÍZO AO 
ERÁRIO
LESÃO A 
PRINCÍPIOS
CONCEDER, 
APLICAR OU 
MANTER BENEFÍCIO 
FINANCEIRO 
OU TRIBUTÁRIO 
CONTRÁRIO AO QUE 
DISPÕEM A LC 116
Ressarcimento 
ao erário Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável
Perda da função 
pública Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável
3 Comentários disponíveis em: http://www.dizerodireito.com.br/2018/04/lei-136502018-acrescenta-nova-hipotese.html. 
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Suspensão dos 
direitos
Políticos
De 8 a 10 anos De 5 a 8 anos De 3 a 5 anos De 5 a 8 anos
Perda dos bens 
acrescidos 
ilicitamente
Deve ser aplicada Pode ser aplicada - -
Multa civil
Até 3x o valor 
do acréscimo 
patrimonial
Até 2x o valor do 
dano
Até 100x o valor 
da remuneração 
recebida pelo agente
Até 3x o valor do 
benefício financeiro ou 
tributário concedido.
Proibição de 
contratar com o 
Poder Público
Por 10 anos Por 5 anos Por 3 anos -
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em jul-
gado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente 
público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer ne-
cessária à instrução processual.
#SELIGANAJURIS
❶ O STF tem afastado a aplicação da SV 13 a cargos públicos de natureza política, como são os cargos de 
Secretário Estadual e Municipal. Mesmo em caso de cargos políticos, será possível considerar a nomeação in-
devida nas hipóteses de: • nepotismo cruzado; • fraude à lei e • inequívoca falta de razoabilidade da indicação, 
por manifesta ausência de qualificação técnica ou por inidoneidade moral do nomeado. STF. 1ª Turma. Rcl 29033 
AgR/RJ, rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/9/2019 (Info 952).
❷ O processo e julgamento de prefeito municipal por crime de responsabilidade (Decreto-lei 201/67) não 
impede sua responsabilização por atos de improbidade administrativa previstos na Lei nº 8.429/92, em virtude 
da autonomia das instâncias. STF. Plenário. RE 976566, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 13/09/2019 
(repercussão geral – Tema 576)
❸ Súmula 634-STJ: Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na Lei de Improbidade Ad-
ministrativa para o agente público. STJ. 1ª Seção. Aprovada em 12/06/2019, DJe 17/06/2019.
❹ O prazo prescricional previsto na lei penal se aplica às infrações disciplinares também capituladas como 
crime independentemente da apuração criminal da conduta do servidor. Para se aplicar a regra do § 2º do art. 
142 da Lei nº 8.112/90 não se exige que o fato esteja sendo apurado na esfera penal (não se exige que tenha 
havido oferecimento de denúncia ou instauração de inquérito policial). Se a infração disciplinar praticada for, em 
tese, também crime, deve ser aplicado o prazo prescricional previsto na legislação penal independentemente de 
qualquer outra exigência. STJ. 1ª Seção. MS 20857-DF, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. Acd. Min. Og 
Fernandes, julgado em 22/05/2019 (Info 651).
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❺ São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na 
Lei de Improbidade Administrativa. STF. Plenário. RE 852475/SP, Rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, Rel. para 
acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 08/08/2018 (repercussão geral) (Info 910).
❻ Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se sujeitos a duplo regime san-
cionatório, de modo que se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade administrativa 
quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade. O foro especial por prerroga-
tiva de função previsto na Constituição Federal em relação às infrações penais comuns não é extensível às ações 
de improbidade administrativa. STF. Plenário. Pet 3240 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, red. p/ o ac. Min. Roberto 
Barroso, julgado em 10/5/2018 (Info 901).
❼ Em caso de ação de improbidade administrativa que envolva dois ou mais réus, o prazo prescricional de 5 
anos previsto no art. 23 da Lei nº 8.429/92 deve ser contado de forma individual. O art. 23 é claro no sentido 
de que o início do prazo prescricional ocorre com o término do exercício do mandato ou cargo em comissão, 
sendo tal prazo computado individualmente, mesmo na hipótese de concurso de agentes, haja vista a própria 
natureza subjetiva da pretensão sancionatória e do instituto em tela. STJ. 2ª Turma. REsp 1230550/PR, Rel. Min. 
Og Fernandes, julgado em 20/02/2018.
❽ Em regra, para a configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da Lei nº 8.429/92 
exige-se a presença do efetivo dano ao erário. Exceção: no caso da conduta descrita no inciso VIII do art. 10 não 
se exige a presença do efetivo dano ao erário. Isso porque, neste caso, o dano é presumido (dano in re ipsa). STJ. 
1ª Turma. AgInt no REsp 1542025/MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 05/06/2018.
❾ A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência de ação de improbidade administrativa está 
sujeita ao reexame necessário, com base na aplicação subsidiária do CPC e por aplicação analógica da primeira 
parte do art. 19 da Lei nº 4.717/65. STJ. 1ª Seção.EREsp 1220667-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 
24/5/2017 (Info 607).
❿ É possível a abertura de inquérito civil pelo Ministério Público objetivando a apuração de ato ímprobo atribuído 
a magistrado mesmo que já exista concomitante procedimento disciplinar na Corregedoria do Tribunal acerca 
dos mesmos fatos, não havendo usurpação das atribuições da Corregedoria pelo órgão ministerial investigante. A 
mera solicitação para que o juiz preste depoimento pessoal nos autos de inquérito civil instaurado pelo Ministério 
Público para apuração de suposta conduta ímproba não viola o disposto no art. 33, IV, da LC nº 35/79 (LOMAN). 
STJ. 1ª Turma. RMS 37151-SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para acórdão Min. Sérgio Kukina, julgado 
em 7/3/2017 (Info 609).
⓫ No caso de condenação pela prática de ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios 
da administração pública, as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de proibição de contratar com o 
Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios não podem ser fixadas abaixo de 3 anos, 
considerando que este é o mínimo previsto no art. 12, III, da Lei nº 8.429/92. Não existe autorização na lei para 
estipular sanções abaixo desse patamar. STJ. 2ª Turma. REsp 1582014-CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 
7/4/2016 (Info 581).
⓬ Ainda que não haja dano ao erário, é possível a condenação por ato de improbidadeadministrativa que 
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importe enriquecimento ilícito (art. 9º da Lei nº 8.429/92), excluindo-se, contudo, a possibilidade de aplicação da 
pena de ressarcimento ao erário. STJ. 1ª Turma. REsp 1412214-PR, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. para 
acórdão Min. Benedito Gonçalves, julgado em 8/3/2016 (Info 580)
7 - Controles da Administração Pública: Controle administrativo; Controle legislativo ou político; Controle 
judicial. Discricionariedade administrativa e controle judicial. Controle interno e controle externo. 
Controle pelo Tribunal de Contas. Domínio público. Controle sistemático das delegações de serviços 
públicos.
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
#SELIGANOCONCEITO. Controle da Administração Pública é a fiscalização que um órgão exerce sobre outro 
órgão por atribuição legal e constitucional. Pode ser um autocontrole (mesmo órgão) ou heterocontrole (ór-
gãos distintos). Se envolver poderes distintos e se não houver previsão constitucional está invadindo funções.
A Administração Pública, no exercício de suas funções, sujeita-se ao controle por parte dos poderes LEGIS-
LATIVO e JUDICIÁRIO, além de exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos (Maria Sylvia de Pietro). Pelo 
princípio da AUTOTUTELA, a administração tem o poder/dever de controlar seus próprios atos (STF, súmula 473).
#SELIGANASÚMULA. Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Esse controle não só abrange os órgãos do Poder Executivo, mas também os demais poderes, quando 
exerçam função tipicamente administrativa; em outras palavras, abrange a Administração Pública considerada em 
sentido amplo.
A finalidade do controle é assegurar que a Administração atue em consonância com os princípios que lhe são 
impostos pelo ordenamento jurídico (legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoa-
lidade etc.). Assim, a função de controle é inerente à atividade administrativa. 
Embora o controle seja atribuição estatal, o administrado desempenha importante papel à medida que pode 
provocar o controle, seja em defesa de interesse próprio, seja no interesse da coletividade. “É esse, provavelmente, 
o mais eficaz meio de controle da Administração Pública: controle popular.” (Maria Sylvia Di Pietro)
Em decorrência da Emenda Constitucional 19/98, foi inserido o § 3º no art. 37, da CF/88, que vale a pena ser 
lido e lembrado:
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Art. 37 (...) §3º A lei disciplinará as FORMAS DE PARTICIPAÇÃO DO USUÁRIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
direta e indireta, regulando especialmente:
I – as RECLAMAÇÕES relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços 
de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, na qualidade dos serviços;
II – o ACESSO dos USUÁRIOS a REGISTROS ADMINISTRATIVOS e a INFORMAÇÕES sobre atos do governo, 
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III – a disciplina da REPRESENTAÇÃO contra o exercício negligente ou abuso do cargo, emprego ou função na ad-
ministração pública.”
Além disso, atualmente também o MINISTÉRIO PÚBLICO exerce importante papel no controle da Adminis-
tração Pública, em decorrência das funções que lhe foram atribuídas pelo art. 129 da CF.
Assim, a Administração Pública, no exercício de suas funções, sujeita-se aos referenciais de legitimidade e 
legalidade, donde se infere a necessidade da ação do Poder Público conformar-se não somente com a Lei, mas 
também com a moral administrativa e o interesse coletivo – indispensabilidade do controle de toda atuação admi-
nistrativa, para defesa da própria Administração e dos direitos dos administrados, a fim de que se cumpra todo o 
ordenamento em vigor.
Prevê, assim, o ordenamento jurídico mecanismos ou sistemas de controle das atividades da Administração, 
utilizáveis em sua própria defesa e na defesa dos direitos e garantias dos administrados.
#SELIGANATABELA
Tipo de Controle Características
CONTROLE 
INTERNO
É próprio da Administração Pública, como dever-poder de autotutela, abrange legalidade 
e mérito. Atua sob as formas de fiscalização hierárquica, supervisão ministerial e recursos 
administrativos.
CONTROLE 
EXTERNO
Poderes Legislativo e Judiciário sobre a Administração Pública, abrange o controle da 
legalidade, legitimidade e economicidade (mérito), tendo dimensão política e financeira
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Rafael Oliveira4 também esquematiza as espécies de controle:
Critérios Tipos de Controle
Quanto ao órgão 
responsável por sua 
efetivação
Autocontrole: realizado pela próprio Poder Executivo
Controle Externo: exercido pelo Poder Judiciário, Legislativo e Tribunais de Contas
Controle Social: implementado pela sociedade civil, por meio da participação 
nos processos de planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação 
das ações da gestão pública e na execução das políticas públicas. Ex. participação 
em audiência pública.
Quanto ao momento do 
controle*
Controle prévio: exercido antes da publicação do ato administrativo.
Controle posterior: implementado sobre o ato administrativo existente.
Quanto ao parâmetro do 
controle sobre a atuação 
administrativa**
Controle de Legalidade: verificação, no âmbito interno ou externo, da 
compatibilidade formal do ato com a legislação infraconstitucional e com o 
ordenamento jurídico como um todo – respeito à lei e ao direito (princípio da 
juridicidade).
Controle de Mérito: avaliação da conveniência e oportunidade relativas ao 
motivo e ao objeto, que ensejaram a edição do ato administrativo discricionário.
 * Maria Sylvia Di Pietro e Odete Medauar acrescentam o controle concomitante, que se processa na medida em 
que se desenvolve a atividade administrativa.
** Também chamado controle quanto ao objeto ou natureza.
#SELIGANADICA. É Importante registrar a posição de alguns doutrinadores no sentido de que o controle 
exercido pela administração direta sobre as entidades da administração indireta (controle finalístico, supervisão 
ministerial ou tutela administrativa) seria classificado como controle externo (nesse sentido Maria Sylvia DI Pietro 
e José dos Santos Carvalho Filho). Esse não é o posicionamento de Celso Antônio Bandeira de Melo, para quem 
esse fato não deixa de se enquadrar no conceito de controle interno, eis que realizado no âmbito interno de um 
mesmo poder.
Pela importância dessa espécie de controle, notadamente diante do número acentuado de questões sobre 
o tema, vamos detalhar um pouco mais a classificação quanto ao parâmetro do controle (objeto): legalidade ou 
de mérito.
4 E-Book - Curso de Direito Administrativo, 7ª edição, ed. Método, 2019.
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RETA FINAL TJ/MS
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RETA FINAL TJ/MS | @CICLOSR3
PARÂMETRO 
DO 
CONTROLE
CARACTERÍSTICAS
LEGALIDADE
Confrontação da conduta administrativa e ordem jurídica;
Pode ser exercido pelos três poderes5;
O resultado do controle pode ser pela confirmação da validade, a anulação ou a convalidação 
(se o defeito for sanável);6
São atos de confirmação: a homologação, a aprovação, o visto, dentre outros.
Se verificada a incompatibilidade da conduta administrativa com a norma, o ato deve ser revisto 
(anulado) por ser ilegal, seja pelo Judiciário, seja pela Administração.
MÉRITO
Verificação da conveniência e oportunidade da conduta administrativa sobre atos válidos;
Cabe à própria Administração responsável pela prática do ato e, com limitações, ao Poder 
Legislativo7.*
O controle do mérito é ultimado por atos de confirmação da conduta (aprovação, confirmação), 
quando esta não precisa ser revista.
Se a Administração entender que deve rever a conduta ocorrerá a revogação.8
A revogação não pode atingir

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