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RESUMO ADMINISTRATIVO MPF

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DIREITO ADMINISTRATIVO
	1A. Conceito, objeto e fontes do Direito Administrativo. Direito Administrativo Constitucional.
INTRODUÇÃO
Ao particular, tudo é que não é proibido é permitido: no campo das relações particulares, o que importa é a liberdade, limitada pela ilicitude. À Administração Pública, só é possível o que a lei autoriza (por isso tantas normas): o particular deve ter segurança, prévia, de como agirá o Estado, com o papel evidente de contenção do poder estatal, evitando abusos (tal qual no campo dos direitos fundamentais). Mas como age pela coletividade, o Estado detém algumas potencialidades de adotar medidas que colocam em segundo plano o direito individual. O Direito Administrativo cuida das relações da Administração com os seus jurisdicionados, regulando as limitações e privilégios que lhe são assegurados. É também objeto do D. Administrativo a forma como o Estado assegura transparência e a sindicabilidade dos seus atos, por meio de princípios orientadores e prevendo limites, forma, conteúdos que garantam sua validade e a possibilidade de revisão/anulação. Também regula a atuação contratual do Estado, como consumidor ou prestador de serviços (direta ou concedendo a terceiros). Regulador da coisa pública, a garantia da isonomia e impessoalidade nas escolhas será foco na contratação de servidores, aquisições de bens e serviços ou alienação de seus ativos, tudo para evitar o desvio de finalidade. 
HISTÓRICO
A superação da concentração do Poder nas mãos do monarca, inserida no modelo absolutista de Estado (Administração Pública patrimonialista), por meio das revoluções constitucionalistas ocorridas no final do século XVIII, implicou na instituição do Estado de Direito, ou seja, quando o Poder criador do direito passou também a respeitá-lo. Leia-se: o Estado passa a ser sujeito ativo e passivo do controle público, por meio de normas disciplinadoras das relações internas da Administração (caráter interno) e das relações entre esta e os administrados (caráter externo).
Evolução da administração pública:
· Patrimonialista
· Burocrática
· Gerencial 
CONCEITO
“Conjunto de normas e princípios que, visando sempre ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir”
	CESPE – Conceitualmente, é correto considerar que o direito administrativo abarca um conjunto de normas jurídicas de direito público que disciplina as atividades administrativas necessárias à realização dos direitos fundamentais da coletividade.
· Marçal: PERSONALIZAÇÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO: núcleo do direito administrativo não é poder (e suas conveniências), mas a realização dos direitos fundamentais
	CESPE (Di Pietro) – Ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativistas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce o os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
· Não contencioso, uma vez que as lides de natureza administrativa podem ser levadas à apreciação do Judiciário
	CESPE – ERRADA – Por ser um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de institutos do direito privado. C: EPs, por exemplo, utilizam normas relativas às SAs.
Separação entre Direito Público e Direito Privado encontra-se superada. Todo ramo jurídico contém, de algum modo, normas de ambos os campos. O que acontece é que predominam as normas de um ramo sobre as do outro.
ASPECTOS:
Aspecto SUBJETIVO (quem edita): administração pública ou quem age em seu nome
Aspecto OBJETIVO (função): satisfazer o interesse da coletividade (imediato ou mediato)
Aspecto FORMAL (regime jurídico): regime jurídico de Direito Público – possui atributos que outros atos não possuem
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Lei (em sentido amplo) 
0. Fontes primárias, direta e principal (formais): CF e Lei em sentido estrito (e, para alguns autores, os tratados internacionais incorporados, como CF, supralegal ou lei)
0. Fontes secundárias: sujeitam-se à lei (decretos)
0. Para alguns autores e CESPE, as súmulas vinculantes são fontes primárias ou principais
1. Costumes: fonte secundária, indireta ou subsidiária (fontes materiais)
1. Costume: obrigatório
0. Requisito objetivo: uso continuado
0. Requisito subjetivo: convicção generalizada de sua obrigatoriedade
1. Praxe administrativa: (não obrigatório) – no caso de lacuna normativa, constitui fonte secundária, podendo até gerar direito aos administrados, em razão da boa-fé, lealdade, moralidade – mas não constituem normas de observância compulsória, só é recomendável que a Administração divulgue a mudança
1. Princípios gerais do Direito: normas não escritas que constituem vetores na formação legislativa
1. Doutrina: fonte secundária, indireta ou subsidiária (mediatas – influenciam a formação das normas)
1. Jurisprudência: fonte secundária, indireta ou subsidiária (mediatas – influenciam a formação das normas)
	CESPE: O costume e a praxe administrativa (assim como a jurisprudência) são fontes inorganizadas (não escritas) do direito administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito positivo.
· Fonte substancial ou material: não há formalidade (costume, praxe e juris)
· Fonte formal: formalizadas-publicadas (lei e doutrina)
	CESPE: Em decorrência do princípio da legalidade, a lei é a mais importante de todas as fontes.
	CESPE: Os costumes, a juris, a doutrina e a lei constituem as principais fontes do direito administrativo.
	CESPE: O costume e a praxe são fontes inorganizadas do direito adm, que só indiretamente influenciam na produção do direito positivo.
	CESPE: A jurisprudência e os costumes são fontes, sendo que a jurisprudência ressente-se da falta de caráter vinculante, e o costume tem sua influência relacionada com a deficiência da legislação.
	SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
1. Francês ou do contencioso-administrativo: dualidade de jurisdição
1. Inglês ou judiciário ou jurisdição única: Brasil – predominância da jurisdição comum ou especial, e não exclusividade
1. Inafastabilidade da jurisdição
0. Atos políticos não se sujeitam à apreciação judicial, salvo se ofendem direitos individuais ou coletivos ou que contenham vícios de legalidade ou constitucionalidade
1. Decisões administrativas sem caráter conclusivo
1. Carvalho Filho e Di Pietro: “coisa julgada administrativa” (esgotamento da via administrativa) – determinada decisão firmada pela Administração não pode mais ser modificada pela via administrativa (caráter definitivo interno), mas pode ser revista pelo Judiciário
1. Situações em que a via administrativa é condição para acesso ao Poder Judiciário:
Tem que esgotar:
2. JUSTIÇA DESPORTIVA (Art. 92, CF)
2. RECLAMAÇÃO: ato administrativo ou omissão da Administração pública que contrarie Súmula Vinculante só pode ser alvo de reclamação ao STF depois de esgotadas as vias administrativas (art. 7º, L11.417/06)
Só precisa da negativa:
2. HABEAS DATA: interesse de agir exige a prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais ou da omissão em atende-lo
2. MANDADO DE SEGURANÇA: não é cabível quando caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução 
2. CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS em ações contra o INSS: em regra, é necessário prévio requerimento administrativo (STJ: para pedir reestabelecimento após cancelamento, pode ir direto, salvo se houver matéria de fato ainda não levado ao INSS)
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
	13.A PRINCÍPIOS DA ADM PÚBLICA. PODER REGULAMENTAR. ESPÉCIES DE REGULAMENTO. CONTROLE SOBRE A ATIVIDADE PARLAMENTAR.
	27 CPR – Q 31 (nepotismo)
FUNDAMENTO DE TODOS (IMPLÍCITOS)
1) PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO (não expresso)
a. PRERROGATIVAS: autotutela; atributos dos atos administrativos; cláusulas exorbitantes; privilégios tributários e processuais; impenhorabilidade e precatórios; poder de polícia.
	· Interesse público primário: do povo, gerais e imediatos
· Interessepúblico secundário: próprio do Estado, na qualidade de pessoa jurídica, de caráter meramente patrimonial (aumentar receitas ou diminuir gastos) e também os atos internos de gestão administrativa
· O secundário só é legítimo quando não contrário, direta ou indiretamente, ao primário
b. Presente diretamente nas relações verticais e indiretamente nas demais.
c. DEPENDE DE PREVISÃO NO ORDENAMENTO.
2) PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
a. LIMITAÇÕES: concurso, licitação, SÚM 599 – STJ (O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Adm Púb – com exceção de 20 mil para descaminho federal, valor só do crédito tributário e não se aplica ao contrabando).
b. Diretamente presente em toda atuação. A disponibilidade depende de autorização legal, exceto bens móveis (critica-se).
c. Não impede a realização de acordos e transações, bem como arbitragem e mediação, pois nenhum princípio é absoluto – afinal, um acordo pode ser até melhor ao interesse público.
PRINCÍPIOS EXPRESSOS: LIMPE
1) LEGALIDADE. Vem sendo substituído pelo princípio da JURIDICIDADE Administrativa: coesão em ordem constitucional.
a. Fundamento: Estado de Direito e isonomia. Democracia Republicana. Indisponibilidade.
	· Art. 5, II: legalidade como garantia: ninguém será obrigada a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei
· Art. 37, caput: legalidade estrita – administração não pode atuar contra legem ou preater legem (sem lei)
b. Difere de reserva legal (lei em sentido formal), que se fundamenta na Separação de Poderes: CF determina a utilização de uma espécie normativa específica. 
	EXCEÇÕES À LEGALIDADE:
a) Medidas provisórias (art. 62, CF): relevância e urgência; possuem força de lei (mas com excepcionalidade e precariedade)
i. MP não: nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos, direito eleitoral, direito penal, processual penal e processual civil; organização do Judiciário e MP, carreira e garantia de seus membros; PPA, orçamento e créditos adicionais e suplementares; que vise à detenção ou sequestro de bens, poupança ou ativo financeiro; Lei Complementar; já disciplinada em Projeto de Lei aprovado pelo CN pendente de sanção ou veto.
b) Estado de defesa (art. 136): pode ser decretado pelo Presidente (CN pode rejeitar) em caso de grave e iminente instabilidade institucional ou calamidades de grandes proporções – caráter local e de menor gravidade
c) Estado de sítio (art. 137): é decretado pelo Presidente após AUTORIZAÇÃO do CONGRESSO Nacional em caso de comoção grave de repercussão nacional ou de ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia do estado de defesa ou na declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira – caráter nacional e mais grave
	ERRADA – CESPE – Em razão do princípio da legalidade, a adm está IMPEDIDA DE TOMAR DECISÕES FUNDAMENTADAS NOS COSTUMES.
C: Costumes são fontes do direito adm., por mais que o uso dos costumes reste esvaziado em decorrência da legalidade, quando houver deficiência legislativa eles podem ser utilizados bem como a praxe administrativa.
2) IMPESSOALIDADE (IMplícita na Lei 9784)
a. Fundamento: isonomia (isonomia não é princípio explícito) e não discriminação. Teoria do órgão (validade dos atos dos agentes putativos).
b. Decorrências:
i. Vedação ao tratamento desigual e anti-isonomico (em relação aos iguais)
ii. PRINCÍPIO DA FINALIDADE. concurso, vedação à propaganda pessoal, dupla garantia (RE 327904: não se admite propositura de ação por dano em face do agente); SV 13: nepotismo (salvo nomeação de agentes políticos, que goza de ampla discricionariedade política). ALTURA EM CONCURSO SÓ SE PREVISTA EM LEI.
iii. Veda-se a autopromoção (inclusive partido): PODE promoção de pessoa morta.
	Súmula Vinculante nº 13 
(Não alcança cargos políticos, mas também não esgota a amplitude da moralidade)
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo de comissão ou de confiança, ou, ainda, função gratificada na Administração Pública direta ou indireta, em qualquer dos Poderes da U, E, DF e M, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF”.
· Lei municipal que veda parente em licitação é constitucional
· Nepotismo na relação de parentesco é objetivo
· Decorre da CF, não exige lei formal e específica
· Não se aplica a servidores admitidos via concurso público (lembrando que a 8112 proíbe o servidor público de manter sob sua chefia imediata cônjuge ou parentes até o 2º grau civil)
· Não se aplica a cargos políticos (Ministros de Estado ou Secretário Estadual ou Municipal) (atinge só cargos de natureza administrativa, como assessores, chefes de gabinete), com ressalva à verificação caso a caso da razoabilidade/proporcionalidade, ausência manifesta de qualificação técnica ou inidoneidade moral
· Verifica-se na data da nomeação
· Se não está em cargo de direção, chefia ou assessoramento, não há nepotismo (MERO SERVIDOR EFETIVO)
· Vedação atinge contratação temporária por prazo determinado das mesmas pessoas
· Vedação à contratação de pessoa jurídica de que sejam sócios, gerentes ou diretores os parentes
· Vedação à contratação de empresa que tenha entre seus empregados cônjuges ou parentes de juízes e de titulares de cargos de direção e assessoramento
· Resolução CNJ nº 7: 90 dias para exoneração e excluiu das vedações quem tivesse sido contratado antes da CF/88, parentes de juízes aposentados ou falecidos e quem se casou com magistrado após nomeação
c. P. da INTRANSCENDÊNCIA: exceção ao princípio da impessoalidade, pois impede a aplicação de sanções a entidades federativas por ato de gestão anterior, quando tomadas as providências objetivando o ressarcimento ao erário (Súmula 46 AGU e STF)
3) MORALIDADE (CF também fala de probidade adm): 
a. Fundamento: legalidade, mas é princípio autônomo.
b. Moralidade jurídica/noção OBJETIVA: padrões éticos; diferente da moralidade social, que diferencia o bem e o mal no senso comum (É PRESCINDÍVEL AVALIAR A INTENÇÃO DO AGENTE)
c. Aspecto vinculado e requisito de validade do ato administrativo.
d. Probidade?
i. Moralidade é mais amplo
ii. Equivalentes
iii. Probidade é mais ampla (lei de improbidade – um ato é improbo quando ele viola os princípios administrativos, dentre eles a legalidade)
4) PUBLICIDADE: 
a. Fundamento: indisponibilidade.
b. Finalidade: transparência, controle público, eficácia e contagem de prazos.
c. Requisito de EFICÁCIA (não de validade): publicidade não é elemento de formação do ato administrativo.
d. Exceções: indispensável à sociedade e Estado ou intimidade e interesse social (ponderação)
	Lei de acesso à informação (Lei 12.257/2011):
Aplica-se a todos que recebem dinheiro público:
· transparência ativa (ex officio – dispensa de divulgação para Municípios até 10 mil habitantes, exceto execução orçamentária e financeira) e passiva (a requerimento)
· arquivos recolhidos ou não a arquivos públicos/informação de PJ privada, mesmo que já cessado o vínculo com a Administração
· requerimento: identificação do autor e da informação – possibilidade de acesso parcial – vedada exigência relativa aos motivos da solicitação. PRAZO: imediatamente ou no máximo em 20 dias, vedadas quaisquer exigências relativas ao motivo da solicitação.
· direito de obter inteiro teor da decisão denegatória e de recurso
· gratuidade do acesso, salvo custas de reprodução
· Recurso final à CGU: deliberará em 5 dias se a informação não for classificada; se a negativa não indicar a autoridade classificadora e para quem pedir desclassificação; vício nos procedimentos e prazos da classificação.
Restrições ao acesso (prazos prorrogáveis 1 vez): 
ULTRASSECRETA (25) – Presidente, Vice, Ministros de Estado, Comandantes, Chefes de Missões – podem delegar, vedada subdelegação 
SECRETA (15): + titulares da Administração indireta	
RESERVADA (5): + funçõesde direção, comando e chefia
INFORMAÇÕES PESSOAIS (100): salvo, para tratamento médico, estatísticas e pesquisas, ordem judicial e defesa dos direitos humanos e do interesse público – não alcança processo para apuração de irregularidades nem recuperação de fatos históricos
TRATADOS E ACORDOS INTERNACIONAIS
Sanções: 
· Administração pública: infração administrativa com pena mínima de suspensão e improbidade administrativa
· PF/PJ privada: advertência, multa, rescisão do vínculo, suspensão de participação em licitação ou contrário (máx. 2 anos) e declaração de idoneidade
	STF: Inconstitucional lei que determina que atos do Executivo em jornais ou veículos similares mencionassem o custo para o erário
STF: constitucional a divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores E SEUS NOMES (o que não pode é CPF, identidade e endereço)
5) EFICIÊNCIA (EC 19/98)
a. Modo de atuação do agente e Modo de organização da Administração para o melhor desempenho com menores gastos.
	Eficiência: modo – custo benefício de uma meta
≠ Eficácia: meios e instrumentos empregados para alcançar uma meta
≠ Efetividade: resultados
≠ Economicidade: eficiência, eficácia e efetividade (mas tem autor que equipara) 
	O princípio da eficiência não se funda na racionalidade econômica, sendo este apenas um dos seus aspectos. Na verdade, eficiência exige que se pondere a relação custo/benefício. Sendo assim, além da racionalidade econômica, uma ação eficiente pressupõe o atendimento de vários requisitos, como produtividade, qualidade, celeridade, desburocratização e necessidade de planejamento dos gastos públicos
Desdobramentos:
a. Avaliação especial de desempenho para aquisição de estabilidade pelo servidor público e para perda do cargo de servidor estável, na forma de lei complementar
b. Cursos de aperfeiçoamento para promoção de servidores
c. Necessidade de lei regulamentar participação do usuário na administração pública direta e indireta, por meio de reclamações e avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços
d. Contrato de gestão para ampliar a autonomia gerencial, orçamentária e financeira de órgãos da administração direta e indireta, com fixação de metas de desempenho
e. Lei da U, E, DF e M para aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes para aplicação em programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade
f. Limites de gastos com pessoal (se extrapolar: I – redução em 20% das despesas com comissionados e funções de confiança; II – exoneração de não estáveis; III – exoneração de estáveis, motivado); 
g. Celeridade e razoável duração do processo.
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS ou IMPLÍCITOS
São da mesma relevância que os expressos
1) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.
a. Contraditório: saber do que e ter oportunidade de se defender. Princípio da igualdade na relação processual.
b. Ampla defesa: I – defesa prévia (salvo contraditório diferido em situações urgentes); II – garantia de defesa técnica (salvo SV 5: NÃO PRECISA DE ADVOGADO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR); III – duplo grau (SV 21 – inexigível depósito prévio para recorrer); IV – direito à informação.
c. Exceção: pois não se trata de anulação, mas ato complexo ainda não aperfeiçoado ao qual se evita a perfeição (ainda não há direito)
	SV 3 – Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
2) CONTINUIDADE:
Bandeira de Mello: subprincípio decorrente de p. da obrigatoriedade do desempenho da atividade pública (eficiência).
	DIREITO À GREVE DO SERVIDOR PÚBLICO?
i. MILITARES? Art. 142, § 3º, IV – ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. Se estende aos policiais civis.
	ARE 654432 (1) o exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública (2) é obrigatória a participação do poder público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria.
ii. SERVIDOR PÚBLICO EM SENTIDO ESTRITO? SIM. Art. 37, VII, inclusive associação sindical (norma de eficácia plena). Todavia, o direito à greve é norma de eficácia limitada, nas condições de lei específica, que jamais foi editada. Assim o STF no MI 670 estendeu conforme a lei geral de greve. O STJ decidiu que não há direito à remuneração pelos dias parados, salvo greve lícita.
	RE 693.456 A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.
	COMPETÊNCIA DO DISSÍDIO DE GREVE É SEMPRE DA JUSTIÇA COMUM, ESTATUTÁRIO OU CLT.
	AUDITOR FISCAL PODE FAZER GREVE MANO
	Interrupção da prestação de um serviço por inadimplemento do usuário?
	Art. 6º, § 3º, L 8.987/95: Não se caracteriza como descontinuidade do serviço público a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I – motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações
II – por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade
MAJORITÁRIA: Em verdade, garante a continuidade, pois os inadimplentes podem gerar descontinuidade à coletividade. Também se evita o enriquecimento sem causa. MINORITÁRIA: há o princípio da continuidade, deve fornecer o serviço e promover ação de cobrança.
STJ: Deve-se analisar caso a caso. Não pode a concessionária interromper a energia de um hospital, pois violará à continuidade para coletividade; iluminação pública de um Município todo; Colégio público.
STJ: Divida antiga NÃO pode ensejar interrupção.
Demais decorrências:
a. Exceção de contrato não cumprido em contratos da Administração? Aplicação de forma diferida. Em benefício do particular, violaria a continuidade. Mas se não pagar por 90 dias, pode suspender execução (pode invocar), independentemente de decisão judicial (art. 78, XV, 8666). Rescisão só pela via judicial.
b. Ocupação temporária de bens. Garantia de não interrupção por meio de cláusula exorbitante. Para acautelar apuração administrativa de faltas contratuais bem como na rescisão do contrato administrativo (reversão de bens).
c. Encampação (interesse público) das concessões de serviços
d. Impenhorabilidade e não onerabilidade dos bens públicos
e. Interinidade, suplência, delegação e substituição.
f. TCU admite a manutenção temporária de contratos administrativos irregulares até nova contratação.
3) AUTOTUTELA. Controle pela Adm de seus atos
Deve anular → atos ilegais (ex officio)
Pode revogar → atos inconvenientes ou inoportunos (ex officio)
≠ tutela: controle finalístico realizado pela administração direta sobre a administração indireta
Segurança jurídica e estabilidade: Art. 54 da Lei 9784/99. O direito da Administração de anular atos administrativos que tenham irradiado efeitos favoráveis aos administrados decai em cinco anos, salvo comprovada má-fé.
a. STF: P. da SINDICABILIDADE (+geral): autotutela + outros controles (judicial, interno, legislativo)
4) RAZOABILIDADE. Limites aceitáveis/standarts de aceitabilidade/congruência lógica/racionalidade. Ofensa à LEGALIDADE e sua finalidade. Deve-se ponderar com a igual legalidade da discricionariedade.
5) PROPORCIONALIDADE. Equilíbrio entre motivos e consequência jurídica. Extrapolaçõa dos limites da legalidade por desrespeito ao equilíbrio no exercício da discricionariedade.
6) MOTIVAÇÃO. Requisito de validade. Apresentação formal e correçãológica entre fundamentos fáticos e jurídicos. Indispensável ao controle. Decorre da CF (Estado Democrático Republicano e de Direito) e da Lei (art. 50 L9784). 
a. Celeridade: Pode ser mecânica ou aliunde, inclusive adotando relatório de autoridade de menor hierarquia
b. Não é absolutamente implícito: CF prevê dever de motivação para decisões administrativas dos tribunais e MP (art. 129, § 4º)
c. DISPENSA DE MOTIVAÇÃO:
i. Exoneração ad nutum de servidor ocupante de cargo em comissão (Ministro de Estado)
ii. Homologação de processo licitatório
iii. Atos que admitem o silêncio como anuência tácita, se não exige nem o ato, imagine os motivos
7) ISONOMIA. Vedação do tratamento diferenciado (formal) sem critério de discrimen adequado e justo (material – art. 3º objetivos da república).
a. Até 20% das vagas de concurso para PCD
b. Limite de idade deve ser PREVISTO EM LEI e justificado conforme natureza das atribuições do cargo (S 683 STF).
c. Vedação à restrição editalícia em licitações relativa À localização de instalações dos licitantes.
8) FINALIDADE (fim público a que se destina)
a. 1ª Corrente: manifestação da impessoalidade (Carvalho Filho).
b. 2ª Corrente: autônomo (Bandeira de Mello)
i. Desvio de finalidade
ii. Desvio de poder (espécie de abuso de poder)
9) ESPECIALIDADE: fundamenta-se na indisponibilidade e eficiência, justificando a necessidade de descentralização e desconcentração.
10) SEGURANÇA JURÍDICA: STF: A essencialidade do postulado da segurança jurídica é a necessidade de se respeitar situações consolidadas no tempo, amparadas pela boa-fé do cidadão
a) Dimensão subjetiva: princípio da proteção da confiança – crença do indivíduo
a. Boa-fé e presunção de legitimidade e legalidade: aspectos subjetivos
b. Prescrição e decadência: aspectos objetivos
b) Teoria do fato consumado
c) STF: convalidou ato administrativo de transposição de carreira 
d) STF: convalidou ascensão funcional, vez que seu desfazimento ultrapassou de muito o quinquênio fixado na lei 9784 (5 anos para anular + boa-fé)
e) STF: governo federal deveria indenizar prejuízos a empresários sucroalcooleiro em virtude de sua intervenção no domínio econômico, lícita, mas em afronta à confiança
f) STF: inexiste direito adquirido à efetivação na titularidade de cartório nos casos em que o ocupante do cargo tenha assumido sem concurso público, na vigência da CF88. A situação seria flagrantemente inconstitucional e caracterizaria má-fé, em face da exigência const. de concurso público, afastando o prazo quinquenal e a proteção da confiança
g) Possibilidade de modulação de efeitos (ADI/ADC/ADPF)
h) Vedação à aplicação retroativa de nova interpretação da norma administrativa pela Administração (L9784, art. 2º,pu, XIII)
	Súmula 249 TCU
É dispensada a reposição de importâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusável de interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, à vista da presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariais.
Súmula 34 AGU
Não estão sujeitos à repetição os valores recebidos de boa-fé pelo servidor público, em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Administração Pública
	Em regra, tem que devolver por decisão judicial NÃO DEFINITIVA reformada
STF 2018
É DESNECESSÁRIA A DEVOLUÇÃO DOS VALORES RECEBIDOS POR LIMINAR REVOGADA, EM RAZÃO DE MUDANÇA DE JURISPRUDENCIA, bem como quando atuou de boa-fé.
· Art. 46, § 3º da Lei 8112 manda devolver quando recebe em razão de tutela antecipada ou sentença revogada ou rescindida!
	STJ 2017
Não precisa devolver verba recebida administrativamente quando:
a) Boa-fé
b) Interpretação errônea pela administração
c) Caráter alimentício
d) Pagamento por iniciativa da Administração, sem participação dos servidores
e) Equivoco operacional da Administração pública (2014 e 2016)
f) Sentença transitada em julgada posteriormente rescindida
	HERDEIROS DEVEM DEVOLVER SE RECEBIDA APÓS FALECIMENTO!
11) PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E DE VERACIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. Fundamenta-se na supremacia do interesse público. Presunção relativa ou juris tantum. Causa a inversão do ônus da prova. Atos produzem efeitos desde sua publicação (eficiência). Mitigação para servidores: pode deixar de cumprir quando manifestamente ilegais (art. 116, IV, L 8112).
12) OUTROS:
a. Princípio da subsidiariedade (máxima autotutela civil + quem está mais próximo decide). 
i. STF: Caso amianto – Estado regulamenta por estar mais próximo
ii. STF: Estado pode legislar sobre limite de alunos em sala de aula
PODERES ADMINISTRATIVOS
	17.B. PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA. PODER DE POLÍCIA E DIREITOS FUNDAMENTAIS.
	Nunca.
PODER REGULAMENTAR: é exclusivo do Chefe do Executivo.
PODER NORMATIVO: pode ser exercido pelas entidades da administração indireta (Regimento Interno e Agências Reguladoras).
DISCIPLINAR vs HIERÁRQUICO: disciplinar é punir, hierárquico é escalonar e editar atos normativos para ordenar a atuação de órgãos subordinados.
São poderes-deveres instrumentais. 
ABUSO DE PODER. Deontologicamente, o abuso consiste em ultrapassar a instrumentalidade do poder.
· Excesso de poder: vício de competência que enseja Nulidade
· Desvio de poder: vício de finalidade que enseja Nulidade (pode ser primário – para um interesse particular – ou secundário – para outra finalidade pública)
DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO. Com base no grau de liberdade do agente público os poderes são classificados como discricionários (margem de opção conforme conveniência e oportunidade dentro dos limites da Juridicidade, como no caso da Lei utilizar conceitos jurídicos indeterminados) e vinculados (todos os elementos do ato foram tratados pelo legislador: há um único comportamento possível, gerando, inclusive, direito adquirido).
· CONTROLE: há deferência judicial ao mérito administrativo, todavia, no panorama do pós-positivismo, os princípios são normativos e de observância obrigatória. JURIDICIDADE. Mas juiz não pode substituir administrador.
	DISCRICIONÁRIOS: fator limitador é a LEI
	Discricionariedade técnica
	IRREVOGÁVEIS
	CASOS
	Agências reguladoras fazem escolhas técnicas, não políticas, o que acarreta maior deferência judicial.
Deslegalização é o processo de rebaixamento hierárquico de uma matéria que passa do domínio legal para o infralegal, com legitimação da lei.
* PODEM APLICAR MULTA COM BASE EM RESOLUÇÃO
	Somente são irrevogáveis o VCPODEDÁ:
0. Vinculados
0. Consumados
0. Processo administrativo
0. Declaratórios
0. Direitos Adquiridos
	0. Alteração de paradas e itinerários de ônibus;
0. Validade e prorrogação de concurso
0. Revogação (é possível revogar o ato mesmo após a produção de seus efeitos, desde que respeitados os direitos adquiridos)
OS QUATRO PODERES:
1) PODER NORMATIVO: poder de produzir normas gerais, ou seja, atos administrativos gerais e abstratos com efeitos erga omnes para facilitar a execução das Leis em sentido formal, sempre secundum legem, pois somente a Lei formal é capaz de inovar, criando e extinguindo direitos (art. 5º, II).
a. IGUAL AO PODER REGULAMENTAR? NÃO. Regulamentar é espécie de Poder Normativo (Majoritária). Regulamento é o ato normativo privativo do chefe do Poder Executivo mediante Decreto (forma) – art. 84, IV.
i. REGRA: Regulamentos (ou decretos) EXECUTIVOS: fiel execução da lei. Indelegáveis.
	Não é o que ocorre quando entidades da administração indireta editam atos administrativos normativos: Regulamentos autorizados: não decorrem do poder regulamentar, MAS do Poder normativo (MAIS AMPLO-gênero- que o regulamentar-espécie):
· Ministros de Estado: “expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos” (art. 87, II)
· Receita Federal, BACEN, CVM, Agências Reguladoras (Poder regulador): resoluções, portarias e instruções normativas
	
ii. EXCEÇÃO: Regulamentos (ou decretos) AUTÔNOMOS: atos primários que substituem a lei e inovam (sãoas duas únicas exceções aos decretos executivos), conforme art. 84, VI, pois determinam a extinção de cargo público vago e tratam da organização administrativa, desde que não implique em aumento de despesas e não crie órgãos públicos. Delegável a Ministros de Estado, PGR e AGU.
	São diferentes os decretos e regulamentos como atos administrativos e os decretos oriundos do exercício da função política de competência do Presidente da República: são atos políticos de natureza primária (também exceções ao princípio da legalidade)
· Decreto de intervenção (art. 36, § 1º)
· Decreto de estado de defesa (art. 136, § 1º)
· Decreto de estado de sítio (art. 138)
iii. CONTROLE: Art. 49, V – CN pode sustar atos administrativos normativos que extrapolem o poder regulamentar. Judicial (ultra, citra e contra legem).
b. Consulta pública: FACULTATIVA (L 9830/19)
2) PODER HIERÁRQUICO: poder de organizar, distribuir e, principalmente, escalonar funções administrativas. É uma manifestação interna (mesma PJ). Não há hierarquia entre entes da Federação ou entre a Administração Direta e Indireta. Surgem poderes-deveres: fiscalizar, obediência, controle, delegação e avocação de competência. P. Hierárquico não depende de lei, é inerente à organização administrativa (irrestrito, permanente e automático).
	DELEGAÇÃO
	AVOCAÇÃO
	É a extensão de atribuições de um órgão a outro de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, desde que não seja exclusiva. Sempre temporária. Não é transferência, pois há sempre cláusula de reversa (implícita). Se X delega para Y, ambos são competentes.
Não se admite ato genérico de delegação.
Responsabilidade é de quem praticou.
Súm. 510 STF – Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe MS ou medida judicial.
Vedada: 
1) Competência exclusiva, def. em lei
2) Decisão de recurso hierárquico
3) Edição de atos normativos
4) Atos de natureza política
5) De um poder para o outro
	Desde que não exclusiva, é a tomada temporária de competência legalmente atribuída a um agente SUBORDINADO (hierarquia), por outro agente de hierarquia superior.
Obs.: não se fundamenta na hierarquia o exercício das funções jurisdicionais e legislativas. Legislativa decorre da distribuição constitucional de competência. No judiciário, vigora o livre convencimento motivo e independência (SV é mitigação da independência, mas não é hierarquia administrativa).
3) PODER DISCIPLINAR: aplicação de sanções aos sujeitos à disciplina do ente estatal, isto é, àqueles com vínculo de natureza especial (abarca contratos administrativos). Não há discricionariedade entre sancionar ou não o infrator, somente quanto à extensão da sanção ou quando o tipo é conceito jurídico indetermino (incontinência pública).
a. CESPE e jMC: É poder disciplinar diretora que suspende alunos faltosos, porque estes têm vínculo especial e a cassação de aposentadoria e cassação de disponibilidade aplicada a servidores públicos.
b. Ato motivado:
i. ½ vinculado: instaurar procedimento e responsabilizar – não há discricionariedade no dever de punir
ii. ½ discricionário: tipificação da falta e gradação da pena – princípio da adequação punitiva (≠ arbitrariedade: ilegalidade e ilegitimidade)
c. Procedimento: qualquer punição pressupõe processo administrativo. Não se admite “verdade sabida”.
	S 55 STF: Militar da reserva está sujeito a pena disciplinar.
S 56 STF: Militar reformado não está sujeito a pena disciplinar.
	O STF declarou a inconstitucionalidade do art. 170 da Lei 8112, que previa o registro de fato prescrito nos assentamentos dos servidores.
A Súmula 19 do STF proíbe o bis in idem: “é inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo em que se fundou a primeira”
STJ: se a pena ilegal já foi cumprida, ela não poderá ser substituída
· Exceção (pode haver bis in idem): CNMP/CNJ – art. 103-B, §4º V, CF: “rever, de ofício ou mediante provocação, processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano”
4) PODER DE POLÍCIA: em decorrência da supremacia do interesse público, pode-se limitar o exercício de liberdades e direitos individuais em prol da coletividade. É normativo ou concreto; é preventivo ou repressivo ou fiscalizador; negativo e positivo. Em sentido AMPLO (atividade de delimitação) abarca todo o Estado, em sentido Estrito, somente a Administração.
a. Competência: COMUM.
i. Lei nacional sobre a queima de cana é mais proporcional e prevalece sobre a lei municipal que a proíbe
ii. União: horário de atendimento bancário
iii. Municípios: horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais
b. A Polícia Judiciária é concentrada e incide sobre Pessoas no direito Penal. A Polícia Administrativa incide sobre Bens ou Direitos, condicionando-os à coletividade.
c. Discricionariedade é atributo do Poder de Polícia. Mas não é sempre discricionário, também se manifesta por atos vinculados (licenças para construção)
d. Delegação: somente das atividades materiais de execução (consentimento e fiscalização SIM; legislar e sancionar NÃO).
i. Poder de polícia no trânsito não precisa ser por órgãos da segurança pública (guarda civil pode)
e. Possibilidade de exercício não presencial: pode ser presumido, desde que exista um órgão com competência e estrutura capaz de fiscalizar a atividade para cobrar taxas.
f. CICLO DE POLÍCIA.
i. ORDEM DE POLÍCIA (ou restrição): decorre de imperatividade. “CTB”
ii. CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: autorização condicionada. “Emissão de carteira ou certificado de vistoria”
iii. FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: “fiscalização pelo guarda”
iv. SANÇÃO DE POLÍCIA “aplicação da multa ou reboque do carro”
	S 127 É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado.
	S 312 STJ No PA para imposição da multa de trânsito, são necessárias as notificações de autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.
	S 510 STJ A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está condicionada ao pagamento de multas e despesas.
g. Atributos do Poder de Polícia (Hely, Di Pietro e MC).
i. DISCRICIONARIEDADE (nem sempre)
ii. IMPERATIVIDADE/COERCIBILIDADE: independente do consentimento
iii. AUTOEXECUTORIEDADE (nem sempre): independência do judiciário 
1. TODOS: EXIGIBILIDADE (MEIOS INDIRETOS: multa)
2. NEM TODOS: EXECUTORIEDADE (MEIOS DIRETOS: dissolução de uma reunião, apreensão, cobrança de multa) - somente LEI ou URGENTE (contraditório diferido).
	CERTO – A MULTA, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, NÃO POSSUI A CARACTERÍSTICA DA AUTOEXECUTORIEDADE.
	ANATEL pode determinar interdição, com base no Poder de Polícia.
h. Prescrição das sanções de polícia: 5 anos da PRÁTICA DO ATO, salvo se constituir crime e houver desdobramento penal, daí o prazo penal (art. 1, L 9873/99) 
i. Interrupção: qualquer ato inequívoco que importe apuração do fato.
ii. Prescrição intercorrente: Procedimento Administrativo paralisado há mais de 3 anos (art. 1, L 9873/99)
iii. Funcional e tributária tem prazos próprios.
i. Conselhos Reguladores (Profissionais) tem natureza de autarquia por exercerem poder de polícia.
	O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT detém competência para a fiscalização do trânsito nas rodovias e estradas federais, podendo aplicar, em caráter não exclusivo, penalidade por infração ao Código de Trânsito Brasileiro, consoante se extrai da conjugada exegese dos arts. 82, § 3º, da Lei 10.233/2001 e 21 da Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro).
	A Lei de Crimes Ambientais prevê a alienação de bens apreendidos, mas isso não pode ser aplicado irrestritamente, dado o devido processo legal. Assim, se o acusado apresentar defesa administrativa, a Administração pode os deixar com os bens, na qualidade de depositário.
ATOS ADMINISTRATIVOS
	“É uma manifestação de vontade da Administração pública ou de quem age em seu nome regida por um regime de direito público e que tem como propósito satisfazer o interesseda coletividade. ”
	“Declaração unilateral do Estado ou de quem o represente que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime de Direito Público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário” (Di Pietro)
CARACTERÍSTICAS:
Declaração: silêncio ou omissão não é ato administrativo
Unilateral: os bilaterais são os contratos administrativos
Sob o regime de direito público: supremacia – prerrogativas e restrições
Particulares também podem praticar atos administrativos (agentes honoríficos, delegados e credenciados). Ex.: Concessionárias com poder de sanção)
	 S 333 STJ Cabe MS contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
Efeitos jurídicos sobre a própria Administração, administrados e servidores. Imediatos: difere da lei que, em razão de sua generalidade e abstração, em regra, não produz efeitos imediatos. (Conceito da Di Pietro não abrange os atos normativos – decretos e regulamentos – por assemelharem-se a lei, mas estes, assim como os atos anunciativos, são atos administrativos formais.
	Atos normativos e atos enunciativos são atos administrativos FORMAIS.
DIFERENÇAS:
	FATO
	Qualquer acontecimento, decorrente ou não da conduta humana, sem impacto nas relações humanas e, portanto, embora existentes, não afetam o campo do direito.
	FATO JURÍDICO
	Qualquer acontecimento, decorrente ou não da conduta humana, mas que produza efeitos sobre a esfera de interesses de alguém e, portanto, objeto de regulamentação. Englobam:
0. Fato jurídico em sentido estrito: acontecimento (natureza)
0. Atos propriamente ditos: manifestação de vontade
	ATO JURÍDICO
	Ato jurídico (geral) – ato administrativo (específico). Mas são a mesma coisa:
	ATO JURÍDICO ADMINISTRATIVO
	Manifestação de vontade objeto de regulamentação pelo D. Administrativo. 
Mas nem todo “ato” praticado pela Administração pública é ato administrativo:
1. ATOS DA ADMINISTRAÇÃO: atos administrativos são uma espécie
0. Atos de direito privado: não são atos administrativos
0. Atos materiais da administração ou fatos administrativos: execução material, de ordem prática. Alguns autores incluem os atos materiais nos fatos administrativos, pois são consequência do ato administrativo.
0. Atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor (atos administrativos em sentido formal): não produzem efeitos imediatos. (Atestados, certidões, pareceres, laudos, despachos de encaminhamento)
0. Atos políticos ou de governo: base diretamente na CF (iniciativa de leis, sanção ou veto, tratados internacionais, decretação de estado de sítio, indulto, anistia)
0. Contratos administrativos e convênios: atos bilaterais
0. Atos normativos (atos administrativos em sentido formal): generalidade e abstração (portarias, resoluções, regimentos)
0. Atos administrativos propriamente ditos: “manifestação de vontade cujo fim imediato seja a produção de efeitos jurídicos, regidos pelo direito público” (nomeação, concessão de licença, homologação de licitação)
	Nem todos atos administrativos são atos da Administração:
Atos da administração só são produzidos pela administração, já os atos administrativos podem ser produzidos por particulares.
1. FATOS ADMINISTRATIVOS
Não decorrem de uma manifestação de vontade, mas são fatos concretos, materiais, produzidos independentemente dela, ainda que provoquem efeitos no mundo jurídico (OU NÃO – CARVALHO FILHO E CESPE) e no âmbito da Administração pública. Ex.: morte de servidor; queda de uma ponte.
· Fatos administrativos sem efeitos jurídicos são: fato da administração. Ex.: servidor que se machuca sem gravidade (Di Pietro). Parcela da doutrina não faz essa diferenciação.
· Fatos administrativos não estão sujeitos à teoria geral dos atos administrativos (não: finalidade de produção de efeitos jurídicos, não podem ser anulados nem revogados, não gozam de presunção de legitimidade, não são discricionários ou vinculados)
· SILÊNCIO: As omissões com efeitos jurídicos da Administração são FATOS administrativos. Silêncio, em regra, não é anuência, salvo previsão legal.
· Obs: o silêncio pode significar uma forma de manifestação de vontade quando a lei assim prevê, como prazos, mas ainda sim não é ato administrativo, pois embora haja manifestação, não há declaração de vontade, elemento essencial do ato administrativo – “forma”)
ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Extraídos do art. 2º da Lei de Ação Popular.
Essenciais:
1. COMPETÊNCIA
1. FORMA
1. FINALIDADE
1. MOTIVO
1. OBJETO
	PUBLICIDADE é condição de EFICÁCIA. De validade, só os 5.
Ausência de um dos cinco: inexistência I Se algum tiver vício: nulo ou anulável
Acidentais:
1. Encargo ou modo
1. Condição
1. Termo
1. COMPETÊNCIA (SUJEITO) – vinculado (hely)
No direito administrativo, não basta a capacidade do agente, ele precisa deter competência. A competência é distribuída e encontra fundamento em uma lei (fonte formal).
· Deve decorrer de Norma Expressa
· Lei não é fonte exclusiva. São fontes da competência:
· CF e lei: competência primária
· Normas administrativas infralegais (Regimentos e resoluções): competência secundária
	Critérios definidores de competência:
	Características:
	1. Matéria
1. Hierarquia
1. Lugar 
1. Tempo
1. Fracionamento
	1. É de exercício obrigatório (poder-dever)
1. É irrenunciável (indisponibilidade do interesse público) (não é delegação/avocação, que são temporárias)
1. Intransferível ou inderrogável
2. Pode delegar o exercício, mas a titularidade não
1. Imodificável por mera vontade, somente por lei ou CF
1. Imprescritível
1. Improrrogável (não pode ser atribuída ao agente pelo fato de tê-la praticado sem atribuição)
1. Pode ser delegada ou avocada
6. Para parte da doutrina (Carvalho Filho) somente pode ser delegada quando a norma expressamente autoriza
· Toda competência é limitada
Classificação conforme o fundamento de legitimidade:
· Primária: competência decorre diretamente da Lei ou CF
· Secundária: disciplinada em atos administrativos gerais e abstratos, com função de organização da estrutura interna do Estado, com base originária na lei
Delegação: é a extensão de competência de forma temporária a outra de mesma ou inferior hierarquia para o exercício de determinados atos especificados (matéria) no instrumento de delegação. Este ato deve ser publicado. Presume-se a cláusula de reserva: o delegante não transfere a competência, mas apenas a amplia.
Avocação: quando o agente público chama para si competência de outro agente de forma temporária e restrita. Para isso deve haver subordinação. Finalidade: evitar decisões contraditórios na Administração.
Lei 9784: art. 11 ao 17 (11-13 são mais importantes)
	Art. 11 A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo só casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
· Não pode ser objeto de renúncia
· “Legalmente admitidos”: a delegação não depende de autorização legal específica, visto que pode decorrer da relação hierárquica
	Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
P. ú. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes
· Independentemente da autorização legal expressa
· Não depende de relação hierárquica
Vedação à DELEGAÇÃO e AVOCAÇÃO:
	Art. 13. Não podem ser objetos de delegação
· Edição de atos de caráter normativo
· A decisão de recursos administrativos
· As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade
· Acarreta invalidade do ato de transferência e dos atos práticos
· Competências políticas são indelegáveis, salvo CF:
	Art. 84, CF: Competências do chefe do executivo. Poderá delegar aos ministros de estado, PGR e AGU:
· Dispor mediante decretosobre organização quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e EXTINÇÃO de funções ou cargos públicos quando vagos
· Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário
· Prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei
Tribunais tem reconhecido que se a competência para prover os cargos pode ser delegada, pelo princípio do paralelismo das formas também a competência para demitir poderia ser delegada
	Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
	S 510 STF Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe MS ou a medida judicial.
	Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior
· Avocação exige hierarquia e não pode quando for competência exclusiva
Vício de competência: abuso de poder na espécie excesso de poder. Vício sanável, comportando CONVALIDAÇÃO
 
 B) FORMA – vinculado (hely)
No direito público vigora o princípio da solenidade das formas. Geralmente os atos devem ser escritos, registrados (ou arquivados) e publicados.
· Exceções: CTB – a luz dos sinais é um ato administrativo/ gesto dos guardas
· Exceções: Art. 60, p.u, L8666: permite em situações excepcionais o contrato verbal quando não ultrapassar o valor de 4 mil reais e for uma compra feita em regime de adiantamento
· SILÊNCIO: se a regra é escrito, silêncio não é forma de se manifestar entendimento. Se ao particular o silêncio pode ser anuência, à Administração Pública não, salvo se a lei expressamente determinar. Quando a lei exige determinada manifestação da Administração Pública e há silêncio desta, o silêncio poderá gerar obrigações, mas não a sua vinculação a um determinado resultado.
· No processo administrativo federal, quando não disposição específica de prazo, é 30 dias.
Formalismo moderado: Lei 9784, art. 22: os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. E quando a lei não exige, a forma se torna um elemento discricionário.
· A forma só não será elemento vinculado se a lei estabelecer mais de uma forma ou for silente.
Vício: pelo princípio da instrumentalidade das formas, comporta CONVALIDAÇÃO – Vício sanável, desde que não gere prejuízo ao interesse público, a terceiros e mantido o interesse público em si.
· Em algumas situações, o vício de forma é insanável. Como na publicação de Instrução Normativa, por Secretaria, para declarar a utilidade pública de um imóvel para fins de desapropriação. Deve ser usado Decreto pelo Chefe do Executivo. É insanável porque atinge os direitos e garantias do particular atingido.
 C) FINALIDADE – vinculado, porque é o interesse público! (hely)
Decorre do princípio da impessoalidade. Vício: abuso de poder na modalidade desvio de finalidade. NÃO comporta sanatória/convalidação.
· Sentido amplo: Atingir o interesse público (abuso de poder – desvio de finalidade) -> para Di Pyetro é discricionária (conceito jurídico indeterminado).
· Sentido estrito: Atingir o propósito específico do ato administrativo – imediata (também há desvio de finalidade) -> para Di Pietro é vinculada
· Tredestinação Lícita: se desapropria e desvia da finalidade específica, mas mantém a finalidade ampla, não haverá ilegalidade.
Ex.: STF: não pode apreender/interditar com objetivo tributário. Remoção de servidor por inimizade – viola sentido amplo e estrito ou com objetivo punitivo – sentido estrito, já basta (salvo Juiz e MP, para os quais a remoção compulsória é forma de punição).
· Diferente do motivo pois este antecede a prática do ato, sendo os fundamentos e fato e direito que levaram à prática. Já a finalidade sucede à prática do ato, porque corresponde a algo que a Administração quer alcançar com a sua edição.
· Diferente do objeto pois este é o efeito jurídico imediato e variável, enquanto a finalidade é o efeito geral ou mediato, e invariável
 D) MOTIVO ** - discricionário ou vinculado (hely)
O motivo é a justificação: os pressupostos de fato e de direito que fundamentam à prática do ato. Algo como a hipótese de incidência tributária.
	Art. 2º, PU, d, da Lei 4717/65. A inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido.
· Motivo pode ser vinculado (licença paternidade: nascimento) ou discricionário (licença para o trato de assuntos particulares). Segundo Di Pietro, o motivo é discricionário quando:
· A lei não o definir
· A lei definir o motivo utilizando conceitos jurídicos indeterminados
· Mas a discricionariedade poderá ficar afastada quando a lei usar conceitos técnicos ou conceitos empíricos, que podem ser confirmados mediante laudos e pareceres
· Parcela da doutrina diz que não há discricionariedade, mas mera interpretação no caso dos conceitos jurídicos indeterminados
· TODO ATO DEVE TER MOTIVO.
· Se inexistir: inexiste ato
· Se for ilegal: é nulo! Vício não pode ser sanado!
NÃO IMPORTA SE O ATO É DISCRICIONÁRIO OU VINCULADO! TEM QUE TER MOTIVO.
· Ato de revogação, por ex., deve ser motivado
· Necessário ao devido processo legal: ampla defesa
· Lei pode dispensar expressamente
· FUNDAMENTO LEGAL: Art. 93, X, CF: as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (vale para todos os poderes)
· Art. 93, IX, CF: fundamentação das decisões judiciais
MOTIVAÇÃO: exteriorização expressa do motivo no corpo do ato administrativo
	Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório
V – decidam recursos administrativos
VI – decorram de reexame de ofício
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostos e relatórios oficiais
VII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo
· OBRIGATORIDADE DA MOTIVA (DIVERGÊNCIA): só se poderá considerar a motivação obrigatória se houver normal legal expressa nesse sentido (Mas a lista da Lei 9684 é bem ampla: “afetem direitos e interesses”)
· 1ª corrente: só os atos vinculados, para averiguar o encaixe
· 2º corrente: só os discricionários, para verificar a legitimidade do motivo
· 3ª corrente: MOTIVAÇÃO É OBRIGATÓRIA PARA TODOS (Majoritária)
· A AUSÊNCIA DA MOTIVAÇÃO é vício de FORMA: vício sanável
· ATENÇÃO: motivação falsa ou ilegal é vício do MOTIVO (insanável).
· Momento da motivação: prévia ou concomitante à expedição do ato, só não pode depois
· Modalidades:
· Motivo contextual: no próprio ato “considerando...”
· Motivo aliunde ou per relationem: fora do ato - PODE
	Lei art. 50, p. 1º, Lei 9784: possibilidade da motivação per relationem ou motivação aliunde: por referência aos motivos mencionados em outro ato – declaração de concordância
p. 2º: Possibilidade de utilização de meio mecânico 
p. 3º: A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito
MÓVEL: intenção, propósito do agente que praticou o ato (SUBJETIVO)
· Só é importante nosatos discricionários
· Teoria dos motivos determinantes: se o administrador apresentou um motivo para o ato e aquele motivo não se verificar no plano fático, o ato será invalidado – ainda que o ato seja discricionário 
· Chega a vincular o ato: aumenta controle
Ex: exoneração de cargo em comissão – se indicar motivos, que não são obrigatórios de serem apresentados, vincularão
CAUSA: é a congruência entre os motivos que deram ensejo à prática do ato e o seu resultado.
	A LINDB agora exige motivação (motivo expresso) das consequências práticas das decisões (administrativas e judiciais) que invalidam ato, contrato, processo ou norma.
E) OBJETO discricionário ou vinculado
Efeito jurídico imediato do ato, o conteúdo/objetivo/bem afetado. É o “para quê”. Geralmente é um verbo. Deve ser lícito, possível e determinado/determinável.
Conteúdo: para doutrina majoritária, são sinônimos. Para minoritária, o conteúdo é a disposição do ato e o objeto o bem ou relação jurídica sobre a qual o ato incide.
Natural ou acidental:
· Natural: é o efeito jurídico que o ato produz, sem a necessidade de expressa menção
· Acidental: cláusulas acessórias que ampliam o alcance do objeto natural
Elementos acidentais do ato administrativo
· Encargo ou modo: ônus imposto ao destinatário do ato
· Termo: cláusula que indica o dia de início e término da eficácia do ato
· Condição: cláusula que subordina o efeito do ato a evento futuro e incerto
· Suspensiva: suspende o início
· Resolutiva: cessação dos efeitos jurídicos
Vinculado OU discricionário: 
· Há atos em que o objeto será vinculado (licença) e outros discricionário (suspensão até 90 dias)
	3B. Vícios ou defeitos dos atos administrativos. A teoria das nulidades no Direito Administrativo. Atos administrativos nulos, anuláveis e inexistentes
	VÍCIOS NOS ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
	COMPETÊNCIA
	Incompetência
Decorre de: 
1. usurpação de função (pessoa não foi investida) inexistentes
1. excesso de poder abuso de poder na modalidade excesso de poder – admite convalidação, isto é, a autoridade pode ratificar, exceto quando se tratar de competência em razão da matéria ou competência exclusiva nulado
1. função de fato (pessoa foi investida) válidos e eficazes (teoria da aparência)
Incapacidade: impedimento (objetivo-presunção absoluta) e suspeição (subjetivo-presunção relativa)
	FINALIDADE
	Ou desvio de poder. É vício insanável, sendo obrigatória a anulação.
	FORMA
	Forma essencial: anulado
Demais casos: convalidação
· Falta de motivação (declaração escrita dos motivos) é vício de forma, ensejando a nulidade
	MOTIVO
	Matéria de fato ou direito que fundamenta o ato é MATERIALMENTE INEXISTENTE/falsa/ilegítima ou juridicamente inadequada. Invalidade/Anulação do ato.
	OBJETO
	Proibido pela lei.
Conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação.
Impossível, porque os efeitos são irrealizáveis, de fato ou de direito.
Imoral.
Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar.
Vício insanável/anulação do ato.
	Bandeira de Mello defende que os elementos são intrínsecos e os pressupostos são extrínsecos.
Elementos (intrínsecos): Conteúdo; Forma. Sua ausência gera inexistência.
Pressupostos de existência (extrínsecos): Objeto; Pertinência da função administrativa (praticada no exercício da função administrativa).
Pressupostos de validade (extrínsecos): sujeito competente; motivo; causa (correção lógica entre motivo e objeto); finalidade; formalização; requisitos procedimentais.
VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE NOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Competência, finalidade (específica) e forma (haverá margem se não definida por lei ou mais de uma forma prevista em lei) são sempre elementos vinculados:
Motivo e objeto, em regra, são discricionários.
Mérito Administrativo
Aumento do controle judicial: desvio de poder; teoria dos motivos determinantes; princípios da moralidade e razoabilidade.
Teorias para limitar o exercício do poder discricionário nos atos discricionários:
1. DESVIO DE PODER: utiliza do poder discricionário para atingir fim diverso ao especificado pela lei – pode haver controle judicial
2. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: os motivos (fundamentos de fato e direito) indicados pela Administração, mesmo quando desnecessária a motivação (expressão), vinculam-na. Portanto, os atos somente são validos se forem verdadeiros/legítimos. Judiciário avalia: pressupostos de fato e as provas de sua ocorrência.
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATVO
P ressunção de legitimidade e veracidade- TODOS
A autoexecutoriedade – NEM TODOS
T ipicidade - TODOS
I mperatividade – NEM TODOS
1. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE (todos)
Existe uma presunção relativa (iuris tantum) de que o ato administrativo foi editado em conformidade com as normas do ordenamento jurídico (presunção de legitimidade) e também há uma presunção de que o ato veicula algo verídico (Presunção de veracidade)
Resulta do princípio da legalidade: o Administrador atua de acordo com o que a lei determina, se ele deve atuar assim, é razoável aceitar que o que ele faz está em conformidade com o ordenamento jurídico
· O ônus da prova é do particular de comprovar a ilegitimidade/inveracidade; não há inversão, afinal, em regra alguém que deseja constituir um direito já tem o ônus
· Produzem efeitos imediatamente, ainda que eivados de vícios ou defeitos aparentes
· Lucas Furtado: única situação em que os efeitos da presunção de legitimidade são afastados é a ordem manifestamente ilegal. Servidor tem o dever de negar cumprimento.
· Existem leis que preveem o ônus da Administração: 
· Lei dos JEF – quando a documentação se encontra em processo administrativo, o juiz determinará a fazenda pública que proceda a juntada dos documentos necessários.
· Provas diabólicas – particular não consegue fazer prova, então quem deve fazer é a própria Administração. Ex.: multa de trânsito, é ilegal constituir multa antes que se dê o direito do infrator de se defender; como a pessoa vai provar que não foi notificado? Juiz deve exigir da Administração prova que notificou o infrator.
	S 127 STJ É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa da qual o infrator não foi notificado.
	S 312 STJ No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são necessárias as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.
· Logo, há uma desmitificação dessa presunção
· Abrange inclusive atos de direito privado (Di pietro)
1. IMPERATIVIDADE (alguns)
Aptidão que alguns atos administrativos possuem de serem exigidos pela administração pública independentemente da anuência do destinatário do ato. Resulta do PODER EXTROVERSO (de império), que é a prerrogativa dada ao Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros. Não são todos os atos. Somente são imperativos os atos impõem obrigações e restrições. 
· Enquanto não declarada nulidade, deve cumprir.
Exceções são os direitos/sem efeitos jurídicos:
a) Atos que conferem direitos solicitados pelo administrado (Atos negociais, como a autorização de uso, e licença)
b) Atos enunciativos (atestado, certidão, parecer), pois não há criação de obrigações ou restrições a terceiros
1. AUTOEXECUTORIEDADE (alguns)
Aptidão de produzir efeitos independentemente da anuência do Poder Judiciário ou qualquer outro Poder. Pode fazer uso de mecanismos DIRETOS de coerção. Decorre da presunção de legitimidade.
Está presente em duas hipóteses:
a) Decorre de previsão legal
b) Na ausência de previsão legal, o caráter URGENTE da medida autorizaria o meio de coerção deve haver contraditório diferido
· Aplicação de penalidade disciplinar é autoexecutoriedade! 
Não são todos. A autoexecutoriedade não pode atingir o patrimônio do particular:
a) Cobrança de multa não paga (a administração pública deve ajuizar uma execução fiscal)
b) Decreto para fins de desapropriação (deverá ajuizar ação de desapropriação)
c) Descontos em folha de indenizações sem anuência
a. Obs.: o Administrador deve usar com cautela a autoexecutoriedadenão prevista em lei
DESDOBRAMENTOS:
A) Executoriedade (Matheus Carvalho = autoexecutoriedade): meios diretos – execução material que desconstitui a ilegalidade (diz respeito a compelir a cumprir) (nem sempre – multa não é executória)
b. Independe de previsão legal, pois é para atender situação emergente que ponha em risco a segurança, saúde ou coletividade
B) Coercibilidade (alguns autores).
CESPE+galera CONSIDERA EXIBIBILIDADE UM ATRIBUTO AUTÔNOMO!!!
C) EXIGIBILIDADE: meios indiretos (diz respeito a obrigação de cumprir) (sempre – multa é exigível)
a. Sempre prevista em lei
	ERRADA – É o atributo da autoexecutoriedade que permite à administração aplicar multas de trânsito.
NÃO! É A EXIGIBILIDADE PARA O CESPE!!
b. NÃO dispensa devido processo legal.
1. TIPICIDADE (todos)
Deve editar atos previstos no ordenamento jurídico. Impede atos inominados ou totalmente discricionários.
· Contrato administrativo: é diferente, aqui é regra é a atipicidade, o administrador pode criar quantos ajustes quiser, não estando adstrito ao ordenamento
FASES DE CONSTITUIÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
a) PERFEIÇÃO (existência): percorreu todas etapas de sua consecução, isto é, tem, em si, todos os momentos previstos em lei para considera-lo um ato consumado. É o “ato jurídico perfeito”. Não é um juízo de valor, mas de existência.
b) VIGÊNCIA (ou VALIDADE): cumprimento da legislação nas fases de formação. Se o ato perfeito (iter de constituição) descumpriu alguma regra na execução, embora perfeito, não será válido. É um juízo de compatibilidade entre o ato jurídico e o disposto na norma legal que lhe dá sustentação.
c) EFICÁCIA: PUBLICAÇÃO É REQUISITO DE EFICÁCIA. aptidão para produzir efeitos. 1º - Perfeito; 2º - Válido; 3º Aptidão de produção de efeitos, que poderão ocorrer imediata ou diferidamente (termos e condições - controvérsia). 
O ato perfeito pode ser válido ou inválido, e eficaz ou ineficaz
Exequibilidade: produção imediata de efeitos, ou seja, já está produzindo efeitos. Se o ato tem aptidão para produzir efeitos, mas ainda não os está produzindo, o ato é eficaz, mas ainda não é exequível. 
· Matheus Carvalho: “O ato é ineficaz enquanto a situação de pendencia não for resolvida”. 
· Os existentes e válidos, mas não aptos a produzir efeitos são “atos administrativos pendentes”
	2B. Classificação dos Atos Administrativos. A Responsabilização por Atos Lesivos à Administração Pública Nacional e Estrangeira de Acordo com a Lei nº 12.846/2013
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
	Quanto ao grau de liberdade em sua prática
	Vinculados (legislador antevê)
Discricionários (lei dá faculdade ao administrador)
	Quanto aos destinatários do ato (grau de impessoalidade)
	Gerais (abstratos, impróprios ou normativos: regulamentos, instruções normativas, portarias...) discricionários e revogáveis a qualquer tempo
· A rigor, são atos da Administração, considerados atos administrativos somente no sentido formal, pois o conteúdo não é de produção imediata de efeitos
· Prevalecem sobre os individuais
Individuais (concretos ou próprios) podem ser vinculados ou discricionários
· Pode ser singular ou plúrimo(múltimo), desde que os destinatários sejam certos e determinados
· Admitem recursos administrativos e ações judiciais
	Quanto à situação de terceiros
	Internos: efeitos somente no âmbito da Administração Público (em regra, não exigem publicação)
Externos: atingem pessoas de fora da entidade que produziu
	Quanto à formação de vontade
	Simples (uma única manifestação de vontade)
Complexos (soma de vontade de órgãos públicos independentes, não subordinados entre si – efeitos prodrômicos desde o 1º ato)
Compostos (mais de uma manifestação de vontade, normalmente do mesmo órgão, tendo um ato principal e um acessório – DEPENDE da ratificação-aval de outra autoridade para ser exequível)
	Quanto às prerrogativas com que atua Administração
Ou ao OBJETO
	Império (exercício da prerrogativa do Poder Público, supremacia sobre o interesse privado)
Expediente (buscam andar a atividade administrativa, sem expressar manifestação de vontade/conteúdo decisório)
Gestão (praticados sem expressar a posição de supremacia, igualando-se aos particulares)
	Quanto aos efeitos
	Constitutivos: criam efetivamente o direito, marcam a data do seu nascimento a partir da prática do ato
Extintivos
Modificativos
Declaratórios: apenas atestam/reconhecem um direito que lhe era preexistente
Enunciativos
	Quanto aos requisitos de validade
	Válidos, nulos, anuláveis e inexistentes
	Quanto à exequibilidade
	Perfeitos, eficazes, pendentes e consumados
	ESTRUTURA
	Concretos: resolver caso específico
Abstratos: revelam uma prisão genérica aplicável sempre que ocorrer a situação descrita hipoteticamente no ato.
	RESULTADO
	Ampliativos: atribuem direitos e vantagens aos destinatários
Restritivos: impõem obrigações ou penalidades
QUANTO À FORMAÇÃO DA VONTADE
ATOS SIMPLES: manifestação unilateral de um único órgão público. 
a) Atos simples unipessoal/singular
b) Atos simples colegiado/colegial
Ex.: portaria de demissão de servidor editada por Ministro de Estado; despacho de um chefe de seção; decisões dos Tribunais de Contas (colegiado); aprovação do regimento interno de um Tribunal maioria absoluta do desembargadores; decisão de recurso administrativo pelo CARF
ATOS COMPLEXOS: DUAS ou mais manifestações de vontade autônomas, provenientes de órgãos diversos, conjugando-se para a formação de um único ato:UM
ÚNICO
ATO
a) Aposentadoria sem registro no TCU (Existe, mas é imperfeito), a não aprovação não é um novo ato, mas impedimento de perfeição do ato.
b) Investidura (Nomeação+posse)
c) NOMEAÇÃO DO PGR ou de ministros de TS (nomeação do PR + aprovação do SF) (STJ é indicação de lista tríplice pelo próprio tribunal
d) Decreto presidencial (assinado pelos Ministros de Estado + PR)
Obs.: NÃO HÁ HIERARQUIA entre os atos formadores do ato complexo
Obs.: Não se confunde com o procedimento administrativo, neste há diversos atos perfeitos e concluídos
	A concessão de aposentadoria ao servidor estatutário (Adm + TCU) é um ato complexo. Mas o servidor recebe proventos desde o deferimento pela Adm (antes do registro no TCU). O ato produz efeitos antes de sua formação estar completa: EFEITO PRODÔMICO do ato, termo que abrange os efeitos que podem surgir em atos complexos ou compostos antes da conclusão dos respectivos ciclos de formação. O efeito prodrômico é considerado um efeito atípico do ato (o efeito típico, a inatividade + vacância, só ocorre, de fato, quando o TCU concede o registro)
	EFEITO PRODRÔMICO: se impõe uma nova atuação administrativa diante do início do ato praticado, ou seja, determina a quebra da inércia administrativa.
ATOS COMPOSTOS: duas ou mais manifestações de vontade, em que a vontade de um é instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal. Ato acessório pode ser prévio ou posterior. Há dois atos. NÃO É EXEQUÍVEL ANTES DA MANIFESTAÇÃO DA SEGUNDA AUTORIDADE.
a) Ato de autorização de uso de bem público (ato principal) que dependa de uma homologação (papel instrumental)
b) Ato de homologação, acessória no procedimento de licitação
Obs: HÁ HIERARQUIA entre os atos formadores do ato composto!
	Não confunda ato simples, complexo ou composto com ato singular ou colegiado. Um ato colegiado pode ser simples (uma decisão pelo CADE). Ou complexo: na nomeação de ministros do STJ é um ato complexo: ato de colegiado (lista tríplice do STJ) + ato singular (decisão do PR) + ato colegiado (aprovação do SF).
	Não é processo administrativo, que são vários atos, que se concatenam para um provimento final, decorrentes de uma única manifestação de vontade.
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (Hely)
1. ATOS NORMATIVOS
1. ATOS ORDINATÓRIOS
1. ATOS NEGOCIAIS
1. ATOS PUNITIVOS 
1. ATOS ENUNCIATIVOS
A) ATOS NORMATIVOS
a) Caráter genérico/abstrato
a. Mas não se confundem com as leis, pois não podem inovar (exceção: decretos autônomos)
b. Preocupam-se em detalhar previsões gerais sem entrar nas relações concretas
b) Atos administrativosem sentido formal
c) Não podem ser objeto de recursos administrativos ou ação judicial ordinária
	STF. Súmula 266. Não cabe MS contra lei em tese. (Não há lesão concreta a qualquer direito líquido e certo). E o ato normativo, que também é abstrato, ou seja, em regra, ele é uma lei em sentido material. STF: Não conhece MS impetrado contra ato normativo. Ex.: MS impetrado por deputado federal contra resolução do CNJ que obrigava as serventias realizarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não conhecido por ser MS contra ato normativo (lei em sentido material). Pode ser que em alguma situação específica, excepcionalmente, o ato normativo tiver efeitos concretos, caberá MS.
Principais atos normativos:
	DECRETOS
	Manifestação de vontade dos chefes do Executivo, podendo ser gerais ou individuais. No caso de decretos individuais não são atos normativos, pois não são gerais e abstratos.
Desapropriação é só por Decreto (não pode Resolução – vício de forma).
	REGULAMENTOS
	Atos do chefe do Executivo. Detalham a lei. Destinam-se a atuação externa (aos particulares). São postos em vigência, em regra, por Decretos do Poder Executivo.
· Regulamento executivo: não inova, só complementa
· Regulamento autônomo: substitui a lei, pois são editados sem contemplar qualquer previsão legal anterior (SÓ art. 84, VI, CF)
	AVISOS
	Ato utilizado para dar conhecimento à sociedade de determinados assuntos ligados à atividade fim do órgão, expedido por órgãos auxiliares diretos do Poder Executivo.
	INSTRUÇÕES NORMATIVAS
	Expedidos por quaisquer autoridades ou órgãos que tenham atribuição legal para execução de decretos e regulamentos.
Expedidos pelos Ministros de Estado para execução das leis, decretos ou regulamentos.
	REGIMENTOS
	Destinam-se a atuação interna e derivam do poder hierárquico, já que visam à organização interna de seus órgãos colegiados.
	RESOLUÇÕES
	Normativos ou individuais (exceção), emanados por autoridades de elevado escalão (Ministros e Secretários, agências reguladoras, TCs e CNJ), e tratam de matérias de competência específica do responsável. Estão abaixo dos regimentos e regulamentos; podem ser internas ou externas.
MC: “ato NORMATIVO dos órgãos COLEGIADOS, usados pelos L, J, Agências Reguladores, para disciplinar matéria de sua competência específica”.
RESP 2014: “A fixação de limitação temporal para o recebimento da indenização de ajuda de custo, por meio de normas infralegais, não ofende o princípio da legalidade”.
	DELIBERAÇÕES
	Em regra, oriundos de órgãos colegiados, podendo ser normativas – atos gerais ou decisórias – atos individuais.
· O PODER NORMATIVO das Agências reguladoras se restringe ao âmbito técnico da prestação do serviço e expedem os atos por meio de manifestação do seu Conselho Diretivo.
· Decisões de agências reguladoras podem, em caráter excepcional, ser objeto de recurso “hierárquico” impróprio, mas quanto às decisões e não atos regulamentares, dentro de seu poder normativo.
B) ATOS ORDINATÓRIOS
Internos: disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. NÃO geram direitos adquiridos.
Fundamento: poder hierárquico.
Inferiores aos atos normativos.
Ex.: Despacho, circular, aviso ministerial, portaria.
 Problema: existem portarias com caráter normativo, que disciplinam matérias com generalidade, isso é uma confusão – depende muito do conteúdo do ato	
Os requisitos de publicidade são atenuados, por não atingirem terceiros. Hoje em dia, a Lei de Acesso à Informação intensificou a necessidade de publicidade, pois há interesse na fiscalização por meio da publicidade dos atos ordinatórios.
	PORTARIA
	Ato administrativo individual que estipula ordens e determinações internas e estabelece normas que gerem direitos ou obrigações internas a indivíduos específicos.
	CIRCULAR
	Pra edição de normas uniformes a todos os servidores, subordinados a um órgão.
	ORDEM DE SERVIÇO
	Finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno do órgão, escalonando entre os setores e servidores.
	DESPACHO
	Por ele autoridades públicas proferem decisões (finais ou interlocutórias no processo administrativo) acerca de determinadas situações específicas.
	MEMORANDO
	Atos de comunicação interna, no mesmo órgão (setores), para fins de melhor executar a atividade pública.
	OFÍCIO
	Ato emanado para garantir a comunicação entre autoridades públicas ou entre estas e particulares, destinados à comunicação externa, também podendo ser utilizado com intenção de encaminhar informações ou solicitações.
C) ATOS NEGOCIAIS
Por eles, a Administração concede direitos pleiteados por particulares. Instrumentalizam um negócio jurídico: interesse comum da Administração Pública e do particular. São chamados também de atos de consentimento, pois o particular REQUER a anuência prévia da Adm.
· Não podem ser editados de ofício, sendo necessário o REQUERIMENTO
· Desprovidos do atributo da imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade
· Alvará NÃO É ATO: é um documento que veicula um ato, como licença, autorização e permissão.
· Não são bilaterais, são unilaterais
· Efeitos: concretos e individuais
Exemplos de atos negociais: dispensa, protocolo de intenções para celebração de futuro contrato, autorizações, permissões, licenças, admissões, aprovações e homologações.
· Vinculados: admissão em universidade, licença para exercício de atividade profissional e homologação
· Discricionários: autorização, permissão 
Podem ser precários ou definitivos:
· Precários: não geram direito adquirido, podendo ser revogados a qualquer tempo, sem necessidade de indenização (salvo prazo certo e revogação anterior)
· Definitivos: são vinculados e não pode, em regra, serem revogados, admitindo apenas cassação (ilegalidade na execução) e anulação (ilegalidade na origem). Anulação poderá gerar indenização.
· STF: licença para construir (ato vinculado) poderá ser revogada (e não anulada/cassada) por conveniência, desde que a obra não tenha se iniciado.
Principais atos negociais:
Licença: ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao particular que preencheu todos os requisitos legais. Ligada ao PODER DE POLÍCIA. Trata-se de um direito subjetivo, que não pode ser negado pela Administração. Ex.: concessão de alvará para construção de obra ou comércio; licença para profissão ou dirigir.
· Não comporta revogação e reavaliação: não há conveniência e oportunidade.
· EXCEÇÃO: licença para construir pode ser REVOGADA até quando não se iniciarem as obras
· Caráter meramente declaratório: o particular já preenchia requisitos
· Obs: autorização e permissão teriam caráter constitutivo. Problema (crítica do professor): na realidade, mesmo tendo todos os requisitos, sem a licença, será multado, assim ela tem também caráter constitutivo.
Autorização: ato administrativo discricionário e precário que possibilita ao particular o exercício de alguma atividade material de predominante interesse particular, cujo consentimento da Administração é necessário. CARÁTER MAIS TRANSITÓRIO.
Tipos:
· Autorização de POLÍCIA (Polícia administrativa/poder de polícia): constitui uma condição para prática de uma atividade material privada (autorização para porte de arma)
· Autorização de uso de bem público 
· Autorização p/ descentralização de serviços mediante delegação: prestação indireta de determinados serviços públicos (UBER, TÁXI)
· Unilateral: por mais que o particular requeira, mas é uma manifestação de vontade unilateral
· Discricionário: conveniência e oportunidade
	# Exceção: Lei da Anatel, art. 131, p. 1º: “autorização de serviço de telecomunicações é o ato administrativo VINCULADO que faculta... quando preenchidas...”
# Exceção: Pode acontecer de o ato ser discricionário no plano abstrato, mas no caso concreto, não haver mais espaço para essa atuação.
· Precário: possibilidade de desfazimento a qualquer tempo e seu desfazimento não gera direito à indenização
	# Exceção: há casos em que o Judiciário ponderou pelo princípio da proteção da confiança, impedindo que expectativas

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