Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE GOIATUBA - FESG CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIATUBA - UNICERRADO Curso de Direito ANDRÉ LUIZ CAMPOS MARTINS THALLES FERREIRA C. DE CASTRO RESENHA ARTIGO: A EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA PERSPECTIVA DA HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL Luiz Carlos De Oliveira Paiva Júnior Goiatuba - GO 2019-1 ANDRÉ LUIZ CAMPOS MARTINS THALLES FERREIRA C. DE CASTRO A EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NA PERSPECTIVA DA HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL Luiz Carlos De Oliveira Paiva Júnior Resenha (artigo) apresentada ao curso de Direito do Centro Universitário de Goiatuba – UNICERRADO, Goiás, como requisito parcial para obtenção de nota no 3° período sob a orientação da professora Janice Aparecida Silva. Goiatuba – GO 2019 - 1 O artigo intitulado “A eficácia dos direitos fundamentais na perspectiva da hermenêutica constitucional”, objeto de análise desta resenha, foi apresentado no XXVII ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI em SALVADOR – BA nos dias 13,14 e 15 de junho de 2018, em Salvador-BA, cujo tema foi: Direitos e Garantias Fundamentais. A referida produção científica tem como autores: Luiz Carlos De Oliveira Paiva Júnior, Mestrando em Direito Constitucional – UFRN. Doutorando em Direito - UBA. Pós-Graduado em Direitos Humanos - UFCG. Assessor Judiciário da Presidência do TJRN. Docente do Curso de Direito da FACEP. As discussões propostas no referido artigo têm como abordagem principal “Os Direitos Fundamentais”, com definição e análise, na eficácia irradiadora e horizontal e na hermenêutica constitucional. Paiva Júnior (2018) focaliza seus estudos na situação dos atuais profissionais jurídicos, uma hermenêutica correta será alvo de afirmações positivas pelo autor. A Hermenêutica não foi só discutida no trabalho de Paiva Júnior (2018), mas abordado em um seguimento único, que por sua vez se enquadra nos entendimentos constitucionais. O autor nesta perspectiva teve a intenção de mostrar em seu trabalho a eficácia dos direitos fundamentais enquanto possuidor de uma hermenêutica sobre os princípios existentes na própria Constituição. A pesquisa tem como objetivo demonstrar ao leitor que certas relações devem ser feitas, de início vale-se ressaltar que temos uma valoração primordial dos indivíduos perante a sociedade. Os direitos fundamentais serão foco de pesquisa e interpretação em que, sejam relacionados com os julgamentos feitos pelos entes jurídicos, embasados nestes como estrutura primordial de modo a preservar o ordenamento jurídico trazendo uma efetiva igualdade material de valores entre os indivíduos. Num contexto que reflete a Hermenêutica dos juízes constitucionais e aplicadores do Direito, cabe indagar se estes seriam os responsáveis por proporcionar a igualdade material entre os indivíduos? A forma material de igualdade será abrangida no artigo, por ter um liame subjetivo entre os agentes do direito, sendo apresentada logo no início do trabalho que os direitos fundamentais hodiernamente já vêm sendo disseminados na organização jurídica estatal. O autor materializa ao longo do artigo a relação que o operador tem com a hermenêutica de normas e leis, uma relação essencial para a possibilidade de dizer que a atuação dos juristas consegue atingir uma forma de atuação mais eficiente, uma vez que não depende apenas de uma hermenêutica tradicional. Normalmente é construído o julgamento em definições e lógica, perante o próprio texto desconsiderando o vital costume de valores sociais dos agentes, este entendendo seu papel social e se estruturando de forma axiológica a seu meio social. A pesquisa discute a atuação do Estado Democrático de Direito a partir da ótica da hermenêutica Jurídica, fornecendo o controle social que seria a segurança proporcionada juntamente com uma tranquilização por parte da sociedade no que se refere a segurança, a hermenêutica é abordada autor pelo fato de se analisar a interpretação de leis e casos constitucionais. O autor aplica a ciência da hermenêutica ao conhecimento jurídico, esta será a matéria de estudo, com princípios constitucionais fundados nos direitos fundamentais. Paiva Júnior (2018) reflete a importância da hermenêutica jurídica a partir da análise de princípios constitucionais, defensores dos direitos fundamentais. O discurso apresentado em seu artigo foi de primordialmente adotar o Estado como o ser responsável pela jurisdição constitucional, pois o bem comum diz respeito a cada indivíduo estes não poderiam ir contra os direitos inalienáveis de cada homem. Ao ver, o artigo aqui escolhido destina-se a buscar a eficiência na perspectiva da hermenêutica constitucional. Os direitos fundamentais são discutidos a partir das concepções de diferentes autores, tais como Marmelstein (2009) que reflete os direitos fundamentais num contexto atual. Hesse (1991) é citado para complementar as discussões referentes à importância dos direitos fundamentais dentro de uma análise jurídica. Utilizando-se de Marmelstein, os direitos fundamentais foram apresentados para compor relações jurídicas cotidianas, bem como as relações jurídicas privadas. Desenvolvendo um raciocínio constante e bibliográfico assim, atribuindo vários comentários pelo autor, o que deixou sua obra mais rica em argumentos. Outro ponto essencial para sua obra foi a concepção do sentido da hermenêutica dentro da área jurídica, habilmente tratada por Reale (1999), que expressou nesta no seu trabalho Filosofia do direito a natureza axiológica do ato interpretativo, o autor utilizou deste para a compreensão da constituição e de como os juristas poderiam e deviam interpretá-la em seus ofícios. A obra resenhada apresentou um repertório de autores compostos de vasta doutrinação científica, tais como Canotilho (1995), Galindo (2004), Sarmento (2003), Barroso (2003), Maximiliano (1979), Sampaio (2003). A valorização de diferentes concepções é de extrema importância para as discussões propostas nesta pesquisa. As interações entre as diferentes abordagens conceituais foram significativas para as discussões propostas no referido trabalho de pesquisa. No que se refere à pesquisa bibliográfica Chizzotti (2003) menciona que “é a utilização da doutrina levantada como fonte de ideias para o seu trabalho de investigação”. A fundamentação de ideias é feita pelas reflexões de diversos autores, formando o alicerce para a argumentação das autoras. A escolha da forma metodológica de estudo se situa no método indutivo, pelo fato da análise constante de normas e conceitos da temática, adentrando por fim em conclusões gerais. Maria Margarida de Andrade (2009, p.121) entende que “Na indução percorre-se o caminho inverso ao da dedução, isto é, a cadeia de raciocínio estabelece conexão ascendente, do particular para o geral. Neste caso, as constatações particulares é que levam às teorias e leis gerais.” As autoras utilizaram este método por decorrência da formação de ideias apresentada em sua obra, elas buscam incialmente cada definição de conceitos para que possam compreender melhor os argumentos da fundamentação já mencionada. A viabilização da pesquisa deu-se a partir de estudos bibliográficos acerca do tema, apoiando-se no uso do procedimento funcionalista, visto que considera toda a atividade social e cultural como funcional ou como desempenho de funções a partir do direito de imagem contrapondo a liberdade de imprensa. Apresentando uma pesquisa descritiva, ora por retratar constantemente uma série de informações importantes ao entendimento do assunto. As abordagens que Paiva Junior (2018) apresenta sobre os direitos fundamentais no estado democrático de Direito, foi abordado inicialmente entendimentos do autor e citações escolhidaspor este, sobre os direitos fundamentais, logo após isso Júnior (2018), vem dizer quem “independente da classificação adotada, pode-se estabelecer a premissa de que são conceitos sempre ligados à dignidade da pessoa humana”. Por tanto de início o autor trouxe um breve conceito sobre o item desta etapa, depois este se aprofundou ao tema gradativamente, até englobar aspectos objetivos de direitos, como novamente este de dá em certo ponto um esclarecimento breve, Júnior (2018): Ademais, o aspecto objetivo dos direitos fundamentais acarreta tanto a sua eficácia irradiante, que serve de diretriz para a interpretação e aplicação das normas dos demais ramos do direito, quanto a sua eficácia horizontal, que corresponde à força impositiva desses mesmos direitos no âmbito das relações entre particulares. Os direitos já mencionados serão introduzidos na estrutura estatal, dizendo que os direitos fundamentais penetram por todo o ordenamento jurídico, se interligando pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, entendido que estes direitos não poderiam deixar de ter aplicação em toda a ordem jurídica, inclusive no setor do direito privado. Aqui a discussão foi sobre até onde o esses direitos fundamentais poderiam atingir os indivíduos possuidores de direitos, de inicio teremos uma breve passagem histórica dos ordenamentos jurídicos que já tivemos em nosso Estado, o autor vem destacar os pontos do ramo jurídico que se deu a passagem da forma de governo antiga para a suposta garantidora de direitos fundamentais. Mais uma vez o autor vem com um breve entendimento complementar no final do item, JÚNIOR (2018): Além disso, a eficácia horizontal dos direitos humanos deve ainda mais ser ampliada para o efeito não só de exigir-se dos particulares o respeito aos direitos fundamentais, como também para cobrar-se deles concurso para a implementação material desses direitos. Importante ressaltar que, para melhor funcionamento em meio a organização jurídica, a conscientização dos operadores de Direito, devem se embasar em seus julgamentos em critérios científicos, e não em mero senso comum, estes distantes dos princípios constitucionais. O entendimento de que mera hermenêutica não seria possível para que se pode-se atuar com perfeição no ramo jurídico, o autor registra a intenção de demostrar a diferença de hermenêutica com mera interpretação, se referindo a esta como a arte de se interpretar. Traz que a hermenêutica jurídica é, “pois, a teoria da interpretação do direito. É um domínio teórico, especulativo, cujo objeto é a formulação, o estudo e a sistematização dos princípios e regras de interpretação do direito”. Foram apresentados discursos referentes ao tema em que o autor interpreta a norma constitucionalizada em relação a sociedade civil a participar do processo, este devera se por em legitimo Estado-juiz no processo uma vez que embasado na concretização dos direitos fundamentais, estaria em aptidão para tais feitos. Conforme discutido pelo autor as normas apresentadas no campo jurídico atualmente, provindo de axiologia, são de hipótese extrema de jurisdição constitucional, uma vez que o exercício das funções estatais são as determinadas em direitos fundamentais. Foi entendido que a hegemonia do poder político sobre ordenamento jurídico é impedida em função dos direitos fundamentais, nisso todos os Poderes devem parametrizar suas atividades em razão do efeito irradiante dos direitos fundamentais, observando assim a própria Constituição Federal. O ativismo judicia seria a criatividade do intérprete na aplicação das normas constitucionais, de forma abstrata à situação de vida naturalmente particulares e concretas, dentre as funções destes direitos temos de defesa ou de liberdade; a função de prestação social; a função de proteção perante terceiros e a função de não discriminação. Um princípio da proporcionalidade também foi situado aqui, em que o julgador precisa ter cautela para que o julgamento seja justo perante direitos fundamentais que se encontram em conflito. A abordagem principal tratado pelo artigo em um ponto geral foi prestação social, que serio o direito que o particular poderia obter em através do Estado, como saúde, educação segurança social. O constitucionalismo moderno tem função de exercer o controle das leis, para que a execução daqueles direitos fosse garantida somente o Estado poderia fornecer estas condições, por ser o Estado o agente com direitos e deveres em relação ao seu povo. A pesquisa desenvolvida pelo autor foi relevante considerando a importância do tema proposto. O pesquisador apresentou uma inquietação e diante desta desenvolveu estudos a partir de doutrinas para pensarem nas possíveis soluções para o problema elencado. A linguagem utilizada foi acessível, apresentando-se com clareza e objetividade. A temática apresentada no artigo deveria ser mais tratada no contexto de pautas científicas, pois se trata de um fato social (campo profissional) que envolve atributos à pessoa humana. Em suma, reiteramos a importância das discussões emergidas durante a pesquisa possibilitando a valorização dos direitos fundamentais relacionados aos com a própria interpretação e julgamento por leis constitucionalizadas. REFERÊNCIAS: ANDRADE, Maria Margarida. Introdução á Metodologia do Trabalho Científico. 9 ed. São Paulo: Editora Atlas S.A.,2009. BARROSO, Luiz Roberto. Interpretação e aplicação da constituição. São Paulo: Saraiva, 2003. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet; COELHO, Inocêncio Mártires; MENDES, Gilmar Ferreira. Hermenêutica constitucional e direitos fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 2002. CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional, 6ª Ed. Coimbra: Almedina, 1995. DANTAS, Ivo. Constituição e processo: introdução ao direito processual constitucional. Curitiba: Juruá, 2003. GALINDO, Bruno. Direitos fundamentais: análise de sua concretização constitucional. Curitiba: Juruá, 2004. HESSE, Konrad. A força normativa da constituição. Tradução Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: S. A. Fabris, 1991. JÚNIOR, Luiz Carlos De Oliveira Paiva. A eficácia dos direitos fundamentais na perspectiva da hermenêutica constitucional. XXVII ENCONTRO NACIONAL DO CONPEDI SALVADOR- BA. Salvador, Brasil 2018. Disponível em: https://www.conpedi.org.br/publicacoes/0ds65m46/h90v91jy/N6K2R22jU879aMg5.pdf˃.Ace ssado em 03 de março, 2019. KELSEN, Hans. Teoria geral do direito e do estado. São Paulo: M. Fontes, 1995. MARMELSTEIN, George. Curso de Direitos Fundamentais. São Paulo: Atlas, 2009. MAXIMILIANO, Carlos. Hermenêutica e aplicação do direito. Rio de Janeiro: Forense, 1979. MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Hermenêutica constitucional e direitos fundamentais. Brasília: Brasília Jurídica, 2002. REALE, Miguel. Filosofia do direito. São Paulo: Saraiva, 1999. ROSA, Alexandre Morais. Princípio não é “aspirina” e juiz não pode ser bipolar: deve existir coerência. Disponível em: www.conjur.com.br/2014-out-11/diario- classeprincipionao-aspirina-juiz-nao-bipolar. Acesso em 08, abr, 2018. SARLET, Ingo Wolfang. A eficácia dos direitos fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. SARMENTO, Daniel. Direitos fundamentais e relações privadas. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003. ____________. Livres e iguais: estudos de direito constitucional. São Paulo: Lumen Juris, 2006. STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica em crise: uma exploração hermenêutica da construção do direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. https://www.conpedi.org.br/publicacoes/0ds65m46/h90v91jy/N6K2R22jU879aMg5.pdf
Compartilhar