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resenha do sepse

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Resenha do artigo: PERFIL CLÍNICO E LABORATORIAL DE PACIENTES COM SEPSE,
SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
INTRODUÇÃO
 Como umas das principais causas de mortalidade nas unidades de terapia intensiva no mundo a sepse, sepse grave e choque séptico tem sido estudada com o objetivo de buscar maneiras de diminuir ou minimizar a evolução dos quadros clínicos. A Sepse se desenvolve após uma reação sistêmica de resposta inflamatória oriunda de um processo infeccioso que atinge diversas áreas, este quadro clínico pode evoluir para formas mais graves ocasionando a sepse grave ou choque séptico. Com base num estudo epidemiológico desenvolvido em UTIs brasileiras, foi verificado que 25% dos pacientes apresentavam critérios diagnósticos de sepse, sepse grave e choque séptico. Em um Consenso de definições para sepse e disfunções orgânicas, a sepse grave é definida como uma associação do quadro séptico com disfunções orgânicas, hipoperfusão ou hipotensão, enquanto que o choque séptico caracteriza-se por uma sepse induzida que, a despeito de uma reposição volêmica, apresenta hipotensão e distúrbios de perfusão (BONE et al, 1992). Com objetivo de otimizar o reconhecimento precoce e tratamento do paciente, este estudo objetivou traçar o perfil clínico e laboratorial de pacientes com sepse, sepse grave e choque séptico, que estiveram internados em hospital na região nordeste do Brasil.
 Foi utilizado como método a realização de uma pesquisa por meio da análise dos prontuários dos pacientes em uma unidade hospitalar pública da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, no período de novembro de 2008 a abril de 2009. Foram inclusos no estudo pacientes de ambos os sexos internados na UTI adulto que apresentaram sepse no momento da internação na UTI ou após sua admissão. Foram adotados critérios para definir sepse, sepse grave e choque séptico, objetivando quantificar o grau de disfunção, sendo registrado as variações ao longo do tempo e realizada avaliação de uma hora após a administração de drogas vasoativas. Os pacientes diagnosticados foram avaliados no 1º, 3º e 5º dia de internação e reavaliados ao final da internação para conclusão do desfecho clínico. 
 Ao final do estudo é possível delinear o perfil clínico e laboratorial dos pacientes internados na UTI do Hospital Público de Fortaleza. Observando que dos 156 admitidos na UTI, um total de 46 foram diagnosticados com sepse (17), sepse grave (10) ou choque séptico (19). Desses, 61 % foram internados na UTI por complicações clínicas, 30 % cirúrgicas e 9% obstetrícia. Dos 46, 28 pacientes eram mulheres com idade média de 51 anos. Entre as comorbidades destes pacientes as Neoplasias malignas atingiam 30%, sendo um total de 14 pessoas, hipertensão arterial 9 pessoas, cardiopatias 7, Diabetes mellitus 8 e insuficiência renal 8, o maior foco da infecção foi pulmonar sendo 82%, e o menor foi urinário com 4%. Das alterações laboratoriais é possível perceber que 31 dos pacientes tiveram leucocitose, 2 leucopenias, 15 plaquetopenia e 21 com acidose metabólica. 
De acordo com o SOFA a disfunção mais frequente foi a respiratória sendo constatada em 25 pacientes, e as disfunções de coagulação e neurológica tiveram as maiores taxas de mortalidade, evoluindo todos a óbito. E 22 pacientes dos 46 utilizaram drogas vasoativas. O tempo de permanência na UTI é uma média de 16, 6 dias, sendo 20,1 dias para os sobreviventes e 13,9 para os que foram a óbito. 
Estes resultados reforçam a necessidade de se aprofundar na busca por melhor atuação ao se deparar com estas doenças, pois são responsáveis pela maior taxa de mortalidade nas UTIs. Buscando assim desenvolver uma terapêutica mais efetiva, com uma equipe multidisciplinar mais capacitada. Por ser um estudo específico e limitado, é necessária uma pesquisa mais abrangente, com maior quantidade de pacientes e em diferentes regiões do país, visando esclarecer ainda mais o perfil clínico laboratorial e fomentar a elaboração de medidas preventivas mais específicas.
Aluna: Priscylla Valéria da Silva Lima – RA: C251hb-3 Curso: Biomedicina – Unip Sorocaba

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