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Raciocin Habilidades de ra- cioclnio ex€®Ientos. Aos 15 anos, Phiona Mutesi (lado esquerdo a frente) se tornou a mais jovem campea de xadrez africana de todos os tempos. Essa conquista demonstrou suas habilidades not5veis pare raciocinar, resolver problemas e `tomar decis6es. Violino FIGURA 8.3 Representa§6es aha- 169icas e representa§6es siml)6li- \cas. [a} Representag6es anal6gicas, como esta imagem de urn violino, tom algumas caracteristicas dos obje- tos que representam. (b) F3epresenta- §6es simb6licas, como a palavra v/.a//.- no, sac,abstratas e nao tern rela€6es comobjetQLSL 120° . ii5o Calif6rnia 4-. fnio, Ifnguagerr}ainTeligencia que 6\ pensamento? • Ao explorar a natureza do pensamento, este capitulo se baseia mos achados 1 psicologla cognitiva. Conforme deflnido no Capitulo 1, a psicologla cognitive o estudo das func6es mentais. como a intengencia, o raciocinio, a linguagem mem6rla e a tomada de decisao. Em suma, csse rano da psicologla a cognigao. A cogDlcao pode ser amplamente definida como a atiwldade que mclui a ra¢iocinio e os entendimentos que resultam do raciocinio. iset±tlc>, A psicologla cognltiva foi originalmente baseada em duas ideias sobr€ ~ raclocinlo: ( 1 ) o conhectmento sobre o mundo 6 armazenado no cerebro em 7 presenfng6es e (2) o raciocinio e a manipulacao mental dessas representac6es. Bin outras palavras, usamos representac6es para entender os objetos que e contramos em nossos ambientes. 0 raciocinio nos possibilita captar as lnformac6i considera-1as e usa-las para constniir modelos do mundo. defimr metas e planej nossas ap6es em conformidade. .ro raciocinio envolve dois tipos de repres8ntag6es mentais As representac6es estao ao nosso r€dor. Por exemplo, urn mapa representa ruas. I igd€a£°orpe:r:Soesn:s]=6]°oE::ecsodfi°v¥¥;oAmf:i%gn¥earrae::e£::Z=tisof:smn¥p: seuta€6es mentais diarias. guando elas sao similares a mapas ou fotograflas e qu€ do sao puramente provenientes de nossas mentes? E quando sao mais abstrat{ como a llnguagrm? ® No raciocinlo. usamos dois tipos bisicos de representap6es mentais: anal6 cas e simb6licas. Juntos. os dois tipos de representac6es formam a base do pen mento, inteligencia e capacldade humana de resolver os complexos problemas vida cotidiama. Uma analogLa compara duas colsas que .sao sirnilares de alguma maneira: "ts esfa para aqullo asslm como aquilo esta para isso. . .". Do mesmo modo, as repres( tae6es anal69icas ten a|gumas caracteristicas de objetos reals. Essas representap€ geralmente sao imagens. For exemplo, os mapas sac representap6es anal6glcas q XjIToerse¥gne:e£6a;:±°:etspr8ees°e¥£°rs:Lg§¥e:9:ig%:°arITeens£:#madpe=e¥5¥eifst:cmot uni violino € uma tentativa de mostrar esse instrumento musical a partir de ur determinada perspectiva ( FIG. 8.3A}. Por sua vez, as representa§6es simb6Iicas sao abstraLtas. Essas represen e6es geralmente sao palavras. ndmeros ou ideias. Elas nfo tom rela€ao com qus dades fisicas dos objetos do mundo. For exemplo, a palaVIa tJ!o[ino representaL I I instrumento musical (FIG. 8.38). Nao ha corTespond€ncias entre a apar€ncla urn violino. com a que ele se parece, e as letras ou sons que comp6em a paler utol.ino. Em chln€s, a.palavra para viollno 6 •JEr FIGUFIA 8.4 Mapas mentai§ e limits- goes simb6licas. Quando questiona- do se San Diego ou Beno esta mais a leste, voce provavelmente formou urn mapa mental -uma representagao anal6gica, No entanto, o conhecimen- to simb6lico, provavelmente, infor- mou que a California esta mais a oes- te do que Nevada. Em razao desse conhecimento, seu mapa mental o fez pensar que San Diego estava a oeste de Beno. Voce nao estava levando em conta a forma como o norte de Nevada se projeta a oeste e o sul da Calif6rnia se projeta a leste. Mas esse mapa real, mostrando a localiza§ao em rela?ao as linhas uniformes de longitude, mostra que o conhecimen- to simb6lico era inadequado nesse Caso. •J,j€¥ Em mandarin. e pronunciada rdfotr'qin ou sh!auj £{ chin. Como na palavra u I!no. trata-se de rna representaeao simbonca, pois nao ten qualquer relaeao sis matica entre o objeto e seus nomes. As caracteristicas individuals que comp6em a I laVIa representam diferentes partes do que faz urn violino, mas elas sao arbitrfri voce nao pode `lyer" parte alguma de urn violino em suas formas. Os mapas mentals dependem tanto das representap6es anal6gicas }!F=tt:s:¥bd6onsc=o.n¥:n::E:Lfrfc¥:regmieqdueenn6:ira¥Ear=tg|oa: i-.{omos reais com os pr6prios olhos. Mac para ver a dlferenga entre sea dois tlpos de representac6es mentais, considere a seguinte per- ta sobre dues cidades dos Estados Unidos: gual cidade esta mals a a, San Diego (Califomfa) ou Reno (Nevada}? Se voc€ for como a maior parte das pessoas (pelo memos a malor e dos norte-amerlcanos}, voce respondeu que Rcno esta mais a leste que San Diego. Na verdade. porem. San Dlego esfa mais a leste do } Reno. Mesmo que voce tenha formado uma representacao anal6- de urn mapa do sudoeste dos Estados Unidos. seu conhecimento b6lico provavelmente lhe dlsse que uma cidade na costa do Pacffico a sempre mals a oeste do que uma cldade em urn Estado que nao fez nteira com o Oceano Pacfflco (FIG. 8.4). OS Sac Co8ni§ao Atividade mental que inclui o raciocinio e os entendimentos qiie resultam dele. haciocinio Manipula§ao mental de representag6es do conhecinento sobre o mundo. Representa§desanal69icas Flepresentac6es mentais que t6m algumas das caracteristicas ffsicas dos objetos; sao an5logas aos chjetos. Rei)resenta§6es sifwh6Ii¢as Bepresentag6es mentais abstratas que nfro correspondem as caracteristicas ffsicas de objetos ou ideias. c;,J I=lGURA 8'.10 Teoria de roteiro dos osqLi®mas. De acordo com essa teoria, tendemos a seguir rotei-, ros gerais de como nos comportar em ambientes especificos. |a} No cinema, esperamos comprar urn ingresso ou imprimi-lQ se comprado on-/7.ne. 0 Gusto do ingresso pode depender da idade do espectador e da hora do dia. (b) Em se- guida, podemos comprar urn lanche antes de esco- lher urn assento. A pipoca 6 urn petisco tradicional em salas de cinema. 0 caviar nao. |c) Se somos parte de urn casal ou grupo, espe- ramos sentar com a outra pessoa do casal ou com as pessoas do grupo. Embora a conversa baixa possa ser apropriada antes da sessao, a maior parte de n6s espera que as conversas cessem quando o filme comeear. i5FTesentag6es simb6Iicas mo o exemplo aLnterlor mostra, o raciocinio reflete tamb6m o conheci- nto geral de uma pessoa sobre o mundo. Digamos que foi mostrado a urn desenho de urn pequeno objeto amarelo com covinhas que voce ngria ldentificar. Scu c6rebro forma uma imagem mental (representa- anal6glca) de urn limao e lhe fomece a palavra {{mdo (representapao b6lica). For enquanto, tudo ben. No entanto, no mundo real, sua informacao seria incompleta. Re- ar urn lmao e saber o seu none nao lhe diz o que fazer com ele. Mag Er que partes de urn liniao sao comestiveis ajuda a decldir como r a fruta. For exemplo, voce poderia fazer limonada. Como sabe que fry suco de limao ten gosto forte e azedo, pode dnuir com agua e adlcio- Ear acticar. Em suma, a maneira como voc€ ractocina sabre urn limao uencla o que voc6 faz com ele. Uma questao interessante para os psic61ogos cognitivos e o modo o usamos o conhecimento sobre os objetos de modo eflclente. Como utido no Capitulo 7, nossos sistemas de mem6rla sao organlzados e modo que podemos evocar informac6es rapidamente quando pre- os delas. 0 mesmo principio se aplica quando pensamos sobre 9etos. For exemplo, se for solicitado dlzer o que 6 urn viollno, a maior e das pessoas provavelmente comeca defimndo-o genericamente o urn instrumento musical. Agrupar coisas com base em sues propriedades comuns 6 chamado ca€egoriza€do. Essa atividade mental reduz a quantidade de conhe- ento que se preclsa manter na mem6ria e €, portanto, uma manel- eficiente de pensar. Podemos automatlcamente aplicar uma categoria Smo "instrumentos muslcais.' - objetos queproduzem mtisica quando cados - a todos os membros dessa categoria. Apncar uma categorla Eos poupa o trabalho de armazenar repetldamente esse mesmo conjuntr\€ de conhecimento para cada instrumento musical. Contudo, temof armazenar o conhecimento especfflco de cada membro de uma T+Tin violmo "ten quatro cordas": urn violao "ten seis cordas" Urn concoito 6 uma categoria, ou classe, de ltens relactonados (como anstrumentos muslcals ou frutas}. Urn conceito consiste em representa- ¥des mentais desses ltens. Ao possibilitar organlzar representap6es inen- cais em torno de urn tema comum, urn conceito assegura que nao temos ique armazenar lndividualmente cada circunstancia de urn objeto. Em vez disso, armazenamos uma representapao abstrata com base nas proprle- dades especfficas dos items ou ideias particulares compartllhadas. Os pslc6logos cognltivos descreveram uma s€rle de maneiras que as pcssoas utilLzam para formar conceltos, mas exlstem dois mode- fos principals. 0 modelo de prot6tipo, desenvolvldo por Eleanor Ros- ch ( 1975). e baseado no "melhor exemplo". Isto €. quando voce pensa em uma categoria, tende a procurar urn melhor exemplo, Conceito Categoria, ou classe, de itens . relacionados; consiste em representa§6es menta is desses itens. Mod®Io d® i]rof6tipo Maneira de pensar sabre conceitos: dentro de cada categoria, ha urn melhor exemplo - urn prot6tipo - para essa categoria. Modelo de exemplar Maneira de pensar sobre conceitos: todososmembrosde'umacat?go fa sao exemplos (exemplares); juntos, eles formam o concerto e deteminam a associa§ao da categoria. Ou prot6tipo, para essa categorla. Voce faz uma media de todos os membros de uma categoria especial para che- gar ao prot6tlpo. Asslm que tiver o prot6tipo, voce categoriza novos objetos com base em como eles ` sao semelhantes ao prot6tlpo. Nesse modelo, cada membro de uma categorla varia em quanto ele cor- responde ao prot6tlpo (FIG. 8.6). Em contrasts, o modelo de exemplar propde que urn conceito nao ten uma melhor representa- t`' eao rfuica (Medin & Schaffer, 1978). Em vez disso, =,i todos os exemplos, ou exemplares, de membros da categoria que voce efetivamente encontrou formam o conceito. Por exemplo, a sua representacao de caes 6 composta por todos os caes que voce ja viu em sua vida. Se voce v€ urn animal em seu quin- ta], voce compara esse animal com suas mem6rlas de outros animals que encontrou. Se ele se parece mats com os caes que encontrou (em vez de gates, esquilos. camundongos e outros animals). voce conclul que ele 6 urn cao (FIG. 8.7). Como voce expllcarla a diferenga entre urn cao e urn gate para algu6m que nun- ca viu nenhum dos dois? A malor parte dos caes late, mas urn cao a:Lnda e uni cao se ele nao latir. Ele alnda € urn cao se perder seu rabo ou uma pata. 0 modelo de exem- plar assume que, com a experiencla, as pessoas formam uma representapao difusa de urn conceito, porque nao ha uma representacao rfuica de urn conceito. E o modelo de exemplar e responsgivtl pela observacao de que a|guns membros da categoria sao mals prototiplcos do que outros: os prot6tlpos slmplesmente sao membros que uma pessoa encontra com mats frequencfa. Esse modelo aponta para uma forma em que os pensamentos das pessoas sao tinicos e formados pela experlencia pessoal.iiiiiii- 2liiiiiiii- lGURA 8.7 Modelo de ex®mplar d H,= ]OS Laranjas Uvas Tomates Azeitonas 'oamn'§\§Ostas1ta-lu.8.6tipo.al Sementes/caroeosComestivel / / / v, / / v, \-oce / mod®lo d® prot6t!po dos conceitos. De acordo com o modelogunsitensdentrodeurngrupoouclassesaoprot6tipos.Ouseja, mais representatiiressarazao,umavos dessa categoria do qiie outros concelaranjapareceseroprot6tipodacategor itos na cate-ia"fruto".Em e, as azeitonas nao parecem ser muito representatlvas da categoria. For exemplo, mold-ado pela cultura. A semelhanca de outros esquemas, os rotelros raclocinlo 6 que eles podem lnconsclentcmente mos lever a pcliEiur-. put exemplo, que as mulheres nao ten assertlvldade e, portanto. em geral sao lnadequadas para posic6es de llderanca. Esses estere6tlpos de pap6ls de genero podem llmltar as oportuL- nidades das mulheres. No passado, os regentes de orquestra sempre escolhrm homens para os cargos prlnclpals, porque acredltavam que asmulheresnaotcoavamtaobemquantooshomens.0esquemademu- lheres como muslcistas lnferlores interferlu na capacldade dos regentes de avaliar objetlvapente os candldatos quapdo sabiam seus nomes e se- xos.Depoisdereconheceressevl6s.asmelhoresorqu€strasdaAm€rlca do Norte comecaram a reallzar audic6es com os mdslcos cscondldos atras de telas e seus nomes ocultados dos regentes'\: , Jma vez mstlfuidos esses metodos, a quantidade de mulheres em orqucstras au- mentou conslderavelmente (Goldln & Rouse, 2000). Umtlpocomurndeesquemaajudaaentenderasequencladeeven- tos em determlindas situae6es. Roger Schank e Robert Abelsop ( 1977) se referem a esses esquemas sobre as sequencias como rotelros. Urn ro. telro 6 un esquema que direciona o comportamento ao longo do tempo em uma sltuacao. fror exemplo, !r co ctruema e urn roteiro com o qual a malor parte de n6s esfa famlliarizeda ` Os rotelros ditan os comportamentos adequados e a sequencla em que sao suscetivels de ocorrer. 0 que e visto como apropriado e Os esquemas e roteiros que as criancas aprendem podem afetar o seu compSF- tamentoquandotiveremmalsldade.Emunestudo.120criancascomldadesentr€£ a6anosforanconwldadasausaraderecosebonecospaLraencenarumanoltesocial paraadultos(Daltonetal..2005}.Comopartedaatuacao.caudacrlancaseleclonaE¥,' ltensdeumsupermercadoemnrfuaturaabastecldocom73produtos,lnclulndoce.-~ :e:%£rnohs°(2:!%:TEScrD£:=°:;;:¥pEg£:=eonjcc:::£disa°:o#ealrc£°'#::t:I vezes mats propensos a escolher esses ltens. guando foram questlonadas sobre cA'5 ltens que escolheran, alcool e cngarros foram claranente incluidos na malor par=& dos roteiros das crlancas para a vlda soclal dos ad_ultos. Uma menina de 4 anos qu€\-,,, _ _ I_ _ ----- ~^ -Urn homem precl- onceitos, Besponda rapido: ais voce esta'vendo? De acordo modelo de exemplar, quando esponde "cao" e "gato" suas respo 5o baseadas em todas as represen 6es de caes e gatos que voce ja FlduRA de prot6 eles sao Esquemas organizam as~informag6es dteis sobre ambientes 0 prot6tipo e os modelos de exemplares expllcam como classlflcar objetos que en- contramos e como representamos os objetos em nossas mentes. Mas como podemos usar essas claLsslficac6es e representac6es? guando pensamos sobre aspectos do mundo. nosso conhecimento se estende mul- to alin de uma simples llsta de fatos sobre os ltens especfficos que encontramos. Em vez dlsso, uma classe diferente de conhecimento mos posslbmta interagrr com as com- plexas reandades de nossos amblentes. A medlda que passamos por virlos contextos do mundo real, aglmos adequadanente com base no conhecimento de quals objetos, comportamentos e eventos se apllcan a cada conflguracao. 0 conheclmento de como se comportar em cada conflguracao depende de esquemas. Como discutido no Capitulo 7, os esquemas mos ajudam-a pcrceber, organlzar e processar informac6es. em uma mesa de b(cLck/ack em urn cassino, e adequado se espremer entre as pessoas ja sentadas. Contudo, se urn estranho tentar se espre- mer entre urn grupo de pessoas que jantam juntas em urn restaurants, a reacao do grupo provavelmente serla bastante negrtlva. Podenos utlllzar esquemas por, duas raz6es. Em prlmetro lugar, sltuacdes comuns ten regras consistentes (p. ex.. as bibllotecas sao tranqullas e contem llwos}. Bin segundo lugar, as pessoas ten fung6es especfflcas dentro de contextos sltuacionals (p. cx. , urn blbnotecario se comporta de maneira diferente em uma bibnoteca do que urn leltor), Infellzmente, os esquemas sao como prot6tlpos em que as vezes ten consequenclas lnesperadas. como o reforeo de crencas machistas ou raclstas ou outros ost®re6tipos (FIG. 8.8). Par exemplo, quando as crianeas e os adolescentes sao convidadosa desenhar urn cientlsta, pouquisslmos deles retratam mulheres, porque. inconsclentemente, associam ser urn clentlsta a ser homem (Chambers, 1983). Os pap6is de gGriero sao os comportamentos prescritos para homens e mulhe- res. Representam urn tlpo de esquema que opera no nivel lnconsclente. Em outras palavras, segulmos os pap6ts de genera inconsclentemente, sem saber que o estamos fazendo. Urn motivo pelo qual prectsamos mos tomar consclentes do modo como os esquemas controlam nosso Estere6tipos esquemas cognitivos qLie possibilitam o processamento facjl e r5pjdo de informag6es sabre pessoas com base em sua participa§ao em determinados grupos. FTiiiiE eu clgarros expllcou: .`Eu preclso disso cigarros" (ver "Pensamento Gas em ldade pr6-escolar enquanto a Sam a necessidade de pensarlnos criti cas refletem os valores que desejamos in e 65TETsquemas e rotetros sao ? Seu valor adaptativo € que, c am a quantidade de atengao ara men afros e.). Esses flcool pop exemplos ncas e a€6es auto- 9, por que eles per- bem, esses atalhos por anblentes frmia- Eles tamb-em mos possirmltam reeonhfcer e evitar sltuae6es lnusitadas ou pcrl- As representapdes menta±s de todas, as formas ajudan a usar as informac6es re objetos e eventos de manetras adaptativas. faculdnde frequentar, se devemos comprar uma caLsa e com quem casar - tin mui- to mats consequchcias e requerem malor reflexao. Tinb6m resolvemos problemas;+ i comochegaremcasaseocarroquebrou,comoganhardlnheiroextraparagastarnas+ ferias, como lidar com mas noticlas. e asslm por diante. Pensar posslbmta utlllzar lnformae6es para tomar decis6es e resolver problemas. Na tomada de decisao, escolhemos entre alternativas. Em geral, identlficalnos gas:asngrT=#¥£tL;g::::L#°£°oEL¥iitLifeig£:i#=t=pc*ri*Tj sa escolher entre esses destinos. gue cr±terios voce usa para tomar essa dectsao (I=lG`..i 8.11 Ar? Na resolugao de problemas, superamos obstaculos para passar de urn estado atul para uni estado da meta desQjada. nor exemplo. se decidr ir para furls, mas nao fiver dinheiro suficiente para comprar a passagem de aviao, voce tern urn problemaL. Em geral. voce ten urn problema quando ha uma barreira ou uma lacuna entre onde voc€ esfa e onde quer estar (FIG. 8.118). A tomada de decisao muitas vezes envolve a heun'stica Multas decls6es, se nao a maior parte delas, sao tomadas sob algum grau de risco: ou seja.aincertezaschreospossivetsdesfecbos.0calculoderlscodaspessoaspodelevar a a]gunas decls6es questlohaveis. For que as pessoas pagan para precaver-se contra Come tomamos decis6es e resolvemos problemas? A secao anterior discutiu como representamos e organizamos o conheclmento mundo. Mas como podemos usar esse conhecimento para guiar nossas ac6es dial] Ao longo de cada dia, tomamos decls6es: o que comer no care da manna, qual roi vestir, qual caminho tomar para o trabalho ou escola, e asslm por diante. N6s qu nem percebemos estar tomando muitas dessas decis6es. Outras decis6es ~ coma c Ou Itouristicas Atalhos (regras de ouro ou diretrizes informais) utilizados para reduzir a ;;a quantidade de raciocinio necess6rio para tomar decis6es. FIGURA 8.11 Tomada de decisao versus resolu§ao de probl®ma. (a) Se voce tern duas opc6es, precisa escolher entre elas, tomando uma decisao. Talvez voce se encontre na posieao bastante agradavel de ter de escolher entre Paris e Cancun. (b) Uma vez tomada a sua decisao, voce deve lidar com as circunstancias. Se surgir urn problema, precisa resol- ve-lo. Talvez voce esteja tentando imaginar como pagar sua passagem de aviao. aLs ocorrencias de baixo risco (seguro contra incendlo) e, enfao, pagarn para as- gnmir ac6es de alto rlsco (bilhetes de loteria)? For que os individuos que querem \perder peso as vezes optam por lngerlr/cLst/ood de alto teor cal6rlco? Por que `rfi*¢j€e vai ao cinema com urn amlgo quando deveria estar estudando para a prova ±8 meio de periodo? Urn observador racional, aquele que se baseia na 16gica, gede concluir que as pessoas tomam decis6cs de modo bastante confuso. As teoria§ para expllcar os processos de tomada de dectsao tendem a calr rfum dois grupos: teorlas normativas e teorlas descrltlvas. As teori@s de decisao cormativa deflnem como as pessoas devem tomar decls6es. De acordo com as :aerias normativas, os individuos sempre escolhem a opeao que produz o maior >grTino. 0 problema com esses modelos e que as pessoas nem sempre tomam decl- •mrires racionais e nem sempre tomam a decisao "ideal'.. Muitas vezes. as teorias marmativas nfro conseguem prever o que as pessoas vao efetlvamente escolher. As tedrias de decisao descritiva visaln fazer exatamente isso, focando em 't'£sgrg6es reais, em vez de ldeais. De acordo com as teorias descritivas, as pessoas m*ditas vezes mostram tendencias na tomada de decisao. Mesmo quando enten~ ffigm as probabilidades. elas ten o potencial de tomar decls6es lrracionais. Uma teoria normativa de como as pessoas devem tomar decis6es € a feorici ife as€I!idade esperadr (von Neumann & Morgenstern, 1947}. De acordo com esse REendelo, as pessoas tomam decis6es considerando as possiveis alternativas e es- =endo a caminho mals desejavel. For exemplo. elas podem classificar as alter- i.as em ordem de preferencia: uma determlnada alternativa e mais desejavel, Eos desejavel ou igualmente desejavel em comparapao a alternativa concorren- Se voc€ estivesse decidindo o que fazer depots da formatura, listarla as alter- Suponha que estejai pensando em consegiiir urn emprego como instmtor €squi (diversao, liVIe acesso ao teleferico. trabalhar fora. baixa renda, nao e trabalho permanente), ir para a faculdade de direlto (continuar estudando, xpi!ssivelmente chato, futuro com urn possivel born trabalho, com born rendimen- .,i Len tentar ganhar a vida como mtisico (amor pela mrislca. mercado de traba- futuro questiohavel,1ucro questionavel). A maneira ractonal de decidir seria tear cssas altemativas e escolher aquela com a malor utilidade ou valor para Mac as pessoas sempre escolhem a altemativa mais desejavel? Desde que a teorla da utilldade esperada fol proposta, forarn observados )a padr6es de comportamento intrigantes e inconslstentes com ela. Na de- de 1970, os pesquisadores Daniel Kahneman e Amos Tverslry I 1979} per- ram que eles pr6prios Cram culpados por decls6es que nao foram previstas €eoria da utilidade esperada e que nao foram, ap6s analise, racionais. Es- aem curiosos sobre por que. se apresentados a essas mesmas escolhas no- mte. amt3os lriam-tom-ar as me-smas decis6es aqu6m do racional. Passaram a ar uma pesqulsa descritiva sobrc a tomada de decls6es, e essa pesquisa ganhou mio Nobel de 2002 em Cienclas Econ6mlcas. Ao exaninar como as pessoas tomam decis6es dialias. Kahneman e Tversky fficaram vdrios atalhos mentals comuns (regras de ouro ou diretrizes lnformals). aeidas como heuristicas, que sao estrat6glas rapidas e eflcientes que as pessoas ralmente usam para tomar decls6es. a raciocinio heurfstlco multas vezes ocorre inconsclentemente: nao os cientes de tomar esses atalhos mentais. Com efelto. uma vez que ctdade de processamento da mente consciente 6 llmitada, o proces- to heuristico 6 titil, em parte porque exige recursos cognitivos mini- € mos possibinta focar a aten€ao em outras colsas. 0 raclocinio heu- ® pode ser adapfavel ao que, sob algumas circunstincias, e ben6flco tomar decis6es rapidas, em vez de pesar todas as evld€ncias antes de iferfu. Per que algurnas pessoas sempre querem comprar o itemibm\=>,a\fe=;-.:-I. -`'- i---a -------. Erg:e::s:a;e:s:tr:=¥#::.g:.:gqfj¥*g:::a:::::;::toeEgro:cEep:eiun¥fi:¥_.i__ _--_^-. t^--nrr` a Aa^{eF`ac! aeaFca. Essas regras de ouro r-apldas in-ultas vezes levam a declsdes \Ag(g+a=|^J I,-`,_--__ I_-__ _ _ _ -.,. _ __ __ I_+JIJ,-,I ,,--L|-I+I .-`,-'-_ -_a___ _ relmente boas. com desfechos que sao aceitavels para os individuos. entanto. a heuristica pode resultar em vieses. e estes podem lcvar a erros ou decls6es .:`, ` `.-_--J ----___ ^ ,_ _I__f_]_ L^...€~H^^ f^i iAar`+ifiraT]n nn r,anitulo I como uln €rmo Tversky e Kahneman demonstraram, no 0 raclocinio heuristico fol identiflcado no Capitulo raciocinlo pslcol6gico quedos princtpais vieses no FIGURA 8.13 Ancoragem. Suponha que voce esteja comprando urn carro usado. (a) 0 vendedor descreve esse carro como tendo uma elevada quilo- metragem e sendo urn pouco enfer- rujado, confiavel, eficiente no uso de combustivel e limpo. (b| 0 mesmo vendedor descreve esse carro como limpo-, eficiente no uso de combusti- vel, confiavel e urn pouco enferrujado e com alta quilometragem. Qual carro voce escolheria? A major parte das pessoas opta por (b}, embora ambas as descrie6es consistam em palavras identicas em ordens diferentes. Ancorag8m A tendencia. na tomada de dBcisao, cle confiar na primeira parts da informa§ao com a qual se depara ou com a informagao que chega mais rapidamente a mente. Enquadrameflto Na tomada de deeisao, a tendencia a enfatizar as potenciais perdas ou potenciais ganhos de pelo menos uma altemativa. pode levar as pessoas a_-_ r-____\= __ cre{icas errcheas. Aqui, consideramas quino heuristicas comuns que levan aL vies na tomada de decisao: comparac6es relativas (ancoragem e enquadra- mento), disponibtlidade, representatMdade e afeto. Tamb€m consideramos o queacontecequandoaspessoastemmuitasalternativasparaescolher. CoMPARAe6ES RELAi-ivAs (ANcoRAGEM E ENQUADRAMENTo} As pes- soas costumam usar comparae6es para julgar urn valor. Por exemplo, voce vai se senur muito melhor com uma nota 85 em urn exame se voce desco- brir que a media da classe foi de 75 do que se descobrlr que foi de 95. Ao fazer comparap6es relativas, as pessoas sao influenciadas pela ancoragem e pelo enquadramento. Uma dricora serve como urn ponto de referencia na tomada de decl- s6es. A ancoragem ocorre quando, na tomada de decis6es, as pessoas con- fiam na prlmeira parte da informacao com a qual se deparam ou com a informapao que chega mais rapidamente a mente {Epley e Gilovich, 2001 ). Porexemplo,suponhaqueaspessoassaoconvidadasaestimprquantosha- bltantes ha em Chicago. As respostas dependem de como a pergunta € for- mulada. Se for perguntado se a populacio 6 superior ou inferior a 200 mfl, elas fornecem un ninero menor de moradores que se perguntados se a populacao€superiorouinferiora5mim6es(Jacowltz&Kahneman.1995). Depois de fazer un julgamento inicial baseado em uma ancora, as pes- soas comparam a informaeao subsequente a essa ancora e se ajustam em relapao a ch ate chegarem a urn ponto em que a lnformacao parece razoavel. As pessoas multas vezes sc ajustam de modo insuflciente. Ievando a decis6es.-,. 1 _ __ |____.-1_I.-_ A-€ err6neas. Suponda que lhe digan que-Scott € inteligente, trabalhador. mpulslvo, cri- ..+. r-_--_ _-_ _ __ tlco, temoso e invejoso. Em contrapartida, Chris e invejoso, teimoso, critlco, impul- slvo. trabalhador e inteligente. Voce lria gostar mats de Scott ou de Chris? As pessoas geralmente veem Scott mais favoravelmente do que Chris (Asch. 1946}. Mesmo que as descrie6es sejam identlcas. as pessoas sao lnfluenciadas pela ordem de apresentacao e ajustan suas impress6es com base nas ancoras iniclals de que Scott e intengente e Chris 6 invejoso. Os efeitos da ancorngem podem ser encontrados en muitos tipos de decis6es (FIG. 8.13). 0modocomoainformngao€apresentadapodealteraramaneiracomoaspessoas percebem suas escolhas. Voc€ prefere fazer un curso onde ten uma chance de 70% de passar ou un em que ten uma chance de 30% de falhar? Mesmo que as chances_ ` . . `^ I_.___ _.--a+--^^+..r]r--+.E]a aa_ de passar (ou nao) sejam identicas, muitos estudantes es- colheriam o primeiro curso. Essa dectsao € urn exemplo de enquadramento.Essetermoserefereatendenctaaenfatizar as potencials perdas ou potenclais ganhos de pelo memos uma alternativa na tomada de decisao. As pesquisas sobre o enquadramento indicam que, quando as pessoas fazem escolhas, elas podem pesar as perdas e ganhes de modo diferente. Elas geralmente se preocupaln muito mals com os custos do que com os benericios. uma €nfase conhecida como auersdo dperda (Kahneman, 2007; FIG. 8.14). Considere o seguinte problema: imagine que os Bs- tados Unidos estejam se preparando para urn surto de doenca com projecao de cerca de 600 mortes. Dols progra- mas alternativos sao propostos para combater a doenca. De acordo com estimativas cientfficas, se o Programa A for escolhido, 200 das 600 pessoas serao salvas. Se o Progra- rna a for escolhido, hi uma probal3ilidade de urn tereo de que todas as 600 pessoas sejan salvas e uma probabili- dade de dois tercos de que ningrfem seja salvo. Aribes os progranas poderlam salvar 200 pessoas. mas qual deles voc€ escolheria? ©uando fol feita uma pergunta semelhante a essa, 72% dos inquiridos escolberam o Hograna A (Kah- neman & rversky, 1984). As pcssoas claramente preferiram a certeza de ganho do Programa A em comparacao a possi- bllldade de un ganho malor. mas com uma possibilidade adicional de nenhum ganho do Programa 8. Iemum;obrebido... ValIIOr J$1.000'i \§:dt;3qc::3£nho, FIGURA 8.14 Aversao a perda. Suponha que voce comprou a§6es. (Inferior esquerdo) Quao mal voce se sentiria se o valor tivesse caido e voc6 vendesse as ac6es com uma perda de U$1.000? (Superior direito) Em contrapartida, o quao bern voce se sentiria se o va- lor das ae6es tivesse subido e voce vendesse as a€6es com urn lucro de U$ 1.000? Para a maior parte das pessoas, as potenciais perdas afetam mais a tomada. , ~ _ _I_ _.._ __ __+^-A:-:,, -ar\h^ode desisao do que os potenciai§ ganhos. _LE Agora, corisldere estas alternatlvas: Se o Programa A for escolhido, 400 pessoas vao morrer. Se o Programa 8 for escolhido, ha uma probabilidade de urn terco de que nlngutm morra e de que dols tercos das 600 pessoas morram. guando questionados com uma pergunta como essa. 78% dos inqulridos escolheram o Programa a. Nesse caso, a malor parte das pessoas sentiu que a certeza de morte de 400 individuos do Progralna A era uma alternativa plor do que a morte provavel, mas incerta, de 600 pessoas do nograma 8. A perda cer€a era memos atraente do que uma perda incerta, mas possivelmente major. Contudo, as probabilidades e os desfechos desse segundo cendrio sao identlcos aos do prlmeiro. Parece que as perdas pesam mats do que os ganhos na tomada de decisao. HEURisTICA DA bT5F5inB!LIDADETrieuristica da disponibilidade e a tendencia geral de tomar uma decisao com base na resposta que vein male facflmente a mente. Em outras palavras. quando pensamos a:r:ueev:nfgcsfl°duetr°c¥u¥e::?££i9bers;.:een£::sos:oC::gr=:ial¥a°i:a; discutido no Cap. 7, "Mem6ria''. Alguns participantes leram em voz alta uma lista de nomes. No dia seguinte, esses nomes estavam dis- poniveis nas mem6rias deles, mesmo que eles nao fossem capazes de dizer onde os ouviram. Com base em sua familiaridade com os nomes. os participantes decidlram que as pessoas Cram famosas. Considere esta pergunta: Na maior parts dos paises industria- lizados. ha mais agricultores ou mais bibllotecanos? Se voce mora em uma area agricola, provavelmente disse agricultores. Se voce nao mora em urna irea agricola, provavelmente disse blbliotecirlos. A malor parte das pessoas que responde a essa pergunta pensa mos blbliotecarios que conhece {ou dos quals ouviu falar) e nos agriculto- res que conhece (ou dos quais ouviu falar). Se conseguirem se lem- brar-de muito mais casos em uma categoria, eles assumem que essa categoria 6 maior. Na verdade, exlstem muito mais agricultores do queblbllotecatiosnamalorpartei±±±Lp±!jsesin_9±±±=|alizados.Comai__ ______ as pessoas que vivem em clda-des -eTi5ti5Fbios terid€iri- a nao conhecer multos agricul- tores, elas sao propensas a acreditar que ha mats blbliotecarios. A informacao que esta prontamente disponi'vel confunde a tomada de decisao (FIG. 8.16). HEURisTICA DA REPRESENTATIVIDADE A haul.istica da repre§entatividade e a ten- dencfa de colocar uma pessoa ou objetoem uma categorla caso seja semelhante ao nos- soprot6tlpoparatalcategorla.Usamosessaheuristicaquandobaseamosumadecisao sobre a medida em que cada opcao reflete o que ja acreditalnos sobre uma situacao. Por exemplo, diganos que Helena seja inteligente, ambiciosa e ctentlficamente dotada. Ela gosta de trabalhar em enigmas matematicos, falar com outras pessoas, ler e culdar do jardin. Voce imediatamente imagina que ela € uma psic61oga cognitiva ou uma fun- cloniria dos correios? A maior parte das pessoas usa a heuristica da representatlvlda- de - como suas caracteristicas parecem mais representativas de psic6logos do que de. funciondrios dos correios. elas diriam que Helena € uma psic61oga cognitiva. Mas a heuristica da representatividade pode levar a urn raciocinio falho se nao considerarmos outras informac6es. Uma parte muito importante da informacao 6 a fa)fa de base. Esse termo se refere a frequencla com que acorre urn evento. As pessoas prestam atengao insuflciente nas taxas de base no ractocinio. Bin vez disso. concentran- -se em saber se a inforrnaeao apresentada 6 representativa de uma conclusao ou de ou- tra. For exemplo, ha muito mats functonirlos dos correios do que psic6logos cogritivos. de modo que a tan de base para os primeiros e maior do que para os fltlmos. tortanto. uma pessoa qualquer, incluindo Helena, ten uma probabilldade muito maior de ser uma funcionaria dos correios. Bmbora os tracos de Helena possam ser mais represen- tati`vos de pslc6logos cognitivos como urn todo, eles provavelmente tamb€m se aplicam a uma grande parcela de funcioharlos dos correlos. HEURis"CA DO AFETO As pessoas multas vezes decldem fazer colsas que acredi- tam quc irao torna-las fellzes, enquanto evitam aquelas que as farao se arrepender. As expectativas de como as decis6es mudarao os estados afetivos (ou emoclonals) no futuro sao foreas poderosas na tomada de decisao. Infelizmente, as pessoas sao ruins na predig5o afetiva - prever como vfo se sentir em relacao as coisas no futuro (Gil- bert & Wilson. 2007). Ainda mals lmportante, as pessoas geralmente nao percebem o quao ruins sfro em predizer seus sentimentos futuros. As pessoas superestimam o quao felizes as farao os eventos positlvos. como se casar. ter filhos ou ter seu 6andidato vltorloso na eleicao ou sua equipe vencedora em urn campeonato (Dolan & Metcalfe. 2010: FIG. 8.17). Do mesmo modo, elas superes- tlmam o gran em que os eventos negatlvos - como romper com urn parceiro romfntl- co. perder urn emprego ou ser diagnosticado com uma doenga grave - ira afefa-las no futuro (Gilbert, Pinel, Wnson. Blumberg, & Wheatley , 1998: Wilson e Gilbert, 2003). Pareee que. quando pensamos em casar, nos concentramos no amor que sentlmos por nosso parceiro no inomento. guando pensamos sobre a morte de urn ente que- rido. consideralnos apenas a dor imediata e intensa. Ao longo do tempo. no entanto, a vlda continua, com as suas alegrias a tristezas diarlas. 0 prazer do ganho ou a dor da perda se tornam memos proeminentes contra o pano de fundo dos eventos dldrios. Depols de urn evento negativo, as pessoas se envolvem em estrat6gias que as ajudam a se sentir memor (Gil- hert & Wuson, 2007). Por exemplo, raclonalizam por que o evento aeon- %€ceu e mininlzam a importancia do €4'ento. Essas estrategias geralmen- ?e sao adaptativas, pois protegem a §adde mental dos sofredores. Afinal, atribuir urn sentido a urn evento ajuda a reduzir as suas consequencias emo- Sionals negativas. Mesmo depols de softer angdstia por causa de urn even- fr® negativo, a maior parts das pessoas `-ai se adaptar e voltar ao seu ponto de Etsta positivo tiplco. As pessoas t€m uma incrivel ca- pacidade de fabricar fellciqade. Urn estudo descobriu que as pessoas que 0 F 6 majs comumente a prjmeira ou a terceira letra de uma palavra? r ---.- ? __r__? Como voce determina a resposta? FIGURA 8.16 Houristica da disponibili- dado. Se voc6 6 como a maior parte das pessoas, pensou nas palavras que comeea- vain com r (coma r7.cos e red;a). Entao, pen- sou em palavras com r como a terceira letra (como care ese^5). Como as palavras com r no inicio vein mais facilmente a mente, voce concluiu que com frequencia r 6 a primeira letra de uma palavra. Contudo, a letra r tern uma probabilidade muito maior de ser a terceira. havlam perdldo os movimentos de parte do___---_-'-_-I--`.`., +^\,corpo eran mais otmtstas em relapao ao seu rituro do que aquelas que havlam ga- cho na loterla (Brickman, Coates, & Janoff-Bulman, 1978). Em geral. no entanto. as naDEI-^^ ------..- _ _= _ _ _1_pessoas parecem nao saber que podem ter desfechos posltivos a°bin--d;-;=n-: aeclmentos tragicos. guando lhe pediran para prever como iriam se sentir apds rmcventotraglco,aspessoassuperestinavamasuadoresubestimavano.quao hem lrlam lidar com o caso (Gilbert, Morewedge, RIsen, & Wilson, 2004). 3 PARADOXO DA ESCOLHA Na sociedade moderna, muitas pessoas acredltan que, quamto mats opedes elas ten, melhor. Mag quando muitas. ope6es estao dis- ponivels, especlalmente quando todas sao atraentes, as pessoas experinentam conflitos e lndeclsao. Embora ter alguna escolha seja memor do que nao ter menhuna, alguns estudiosos notan que ter multas escolhas pode ser rfustrante, 3nsatisfat6rlo e. por fin. debilltante (Schwartz, 2004). Anto§ Predigao foita Ap6§ doevento ap6soevento oovento FIGURA 8.17 Predigao afetiva falha. Nesse estudo, fas obstinados de futebol foram convidados a prever sua felicidade se sua eqiiipe ganhasse ou perdesse a disputa entre Manchester United e Chelsea na final da UEFA Champions Lea- gue de 2008. Antes da partida, n5o houve diferengas na felicidade. Os fas do Manchester Unitecl esperavam ficar muito mais.felizes do que os fas do Chel- sea se seu time ganhasse o jogo. Sete dias ap6s o Manchester ter ganhado, no entanto. seus fas estavam menos felizes do que o esperado, enquanto os torcedores do Chelsea estavam muito mais felizes do que esperavam estar. Em un estuclo realizad6i55Fffi€Eha Iye-n-gar e Mark Lepper (2000}, os eon~ sumldores de urn supermercado foram apresentados a 6 ou 24 variedades de geleias para testar. Os compradores tambin receberam urn cupom de desconto para qualquer varledade de geleia. A maior variedade atraiu mats compradores, zrms nao consegulu produzir mais vendas: 30% das pessoas com escolha limltada €ompraram gelela, enquanto apenas 3% daquelas com a maior variedade o flze~ rani (B=BG. S.18). Em urn segundo estudo. os pesquisadores descobriram que as pessoas que escolheram entre uma pequena variedade de chocolates se sentlram mats satisfeltas com sua escolha do que aquelas que haviam escolhido a partir de qana varledade mais ampla. A reso!u§ao de problemas at©nde a um@ meta A resolueao de problemas consiste em utillzar as lnformac6es dlsponiveis para alcancar uma meta. Os problemas vein em duas formas. Alguns sao definldos fa- clinente: Como voce faz para entrar no carro {meta) se tiver trancado suas chaves dentro (problema)? Como vco€ pode ganhar dinheiro suficiente {problema) para passar suas ferlas em algum lugar agradavel (meta)? Outros problemas. talvez com mals frequencia, sao memos facilmente deflnidos: gue tlpo de trabalho voce obj etiva encontrar? Essa se§ao exarfua algtrmas das melhores maneiras de resolver proble- mas. Para os fins dessa dlscussao, uma pessoa tern urn problema quando nao tom melos slmples e dlretos para alcancar uma meta especfflca. rtra resolver o :#no9nvlvt::\-tracar estrateglas para superar os obsfaculos para levar o plano a cabo. monlto+ ran 0 Progresso para manter.se na direeao certa e avaliar os resultados Para Vcr Se a meta foi alcancada. 0 modo como a pessoa pensa sobre o problema Pode ajudar ou PreJudicar sua capacidade de encontrar soluc6es. problema, a pessoa deve elaborar urn plano para alcancar uma meta EEE`, F!GURA 8.fig Muitas opg6es de escolha. Como parte do estudo de lyengar e Lepper, demonstradores apresenta- ram |a} 6 e |b) 24 geleias. As etiquetas de c6djgo de barras sobreos f rascos indicavam se as pessoas compraram mais de urn grupo de geleias 6u de ou- tro. Os resultados indicaram que ter muitas possibilidades pode dificultar a escolha de urn item. Reestrutura€ao Uma nova maneira de pensar sobre iim problema que auxilia em sda resolu§ao. Ceniuntos mentais Estrat6gias de resolugao de problemas que funcionaram no passado. OFiGAiM!ZASA® DE SUBMETAS Uma abordagem para o estudo da resolucao de problemas e identificar os passos do indlviduo na resolucao de problemas especi- flcos. Os pesquisadores examinam como as pessoas avancam de urn passo ao se- guinte, os erros tipicos que cometem na negociacao de passos complicados ou nao intultivos e como decidem sobre as soluc6es mais eflclentes (ou, em alguns casos. menos eflcientes). For exemplo, no cldssico problema da Torre de Han6i, os partlcl- pantes recebem urna placa que ten uma flleira de tres plnos nela. 0 plno em uma extremidade ten tres discos empilhados sobre ele por ordem de tamanho: pequenos em cima, medios no melo, grandes na parte inferior. A taLrefa e mover os discos, urn de cada vez. para a pino na outra extremidade, sem colocar urn disco maior sobre uni disco menor. Resolver o problema requer quebrar a tarefa em submetas, que sao mostradas na ffEGuffiaA 8.2®. Usar submetas 6 importante para muitos problemas. Suponha que' uma aluna do ultimo ilo do ensino m6dio decidiu que gostaria de se tornar m6dlca. Para alcan- gar€Tsse objetivo, ela prlri€if5i5Trectsa alcanear a submeta mais imediata de ser ad- mltlda em uma boa faculdade. Para entrar em uma boa faculdade, ela precisa conse- gutr boas notas na escola. Bssas submetas adicionals ernglrlani o desenvolvimento de froas habllidades de estudo € de ateneao em aula. guando voc€ esta enfrentando urn problema complexo e o pr6rfuo passo nao 6 6bvlo, identlflcar os passos ou submetas apropriados e sua ordem pode ser urn desaflo. Como voce supera os obstaculos para a resolu€ao de problemas? MUDANDo As REmESENTA€6Es PARA supERAR os oBSTAcuLos vocejd ou- ulufaidr sobre o nouo restauTante que abriu na tua? Hem boa comidc., mas rienhuma atmos/era/ A premlssa dessa piada e que a atmosfera signiflca uma colsa quando interpretada a luz do esquema de restaurants, mas algo mais no contexto da lua. 0 humor muitas vezes viola uma expectativa. de modo que "en- tender" a piada signlfica repensar alguma representacao comum. Na resolucao de problemas, muitas vezes preclsamos tamb€m rever uma representacao mental para superar urn obstaculo. Essa habllidade € exatamente o que 6 necessarlo para resolver palavIas cruzadas. A torefa 6 mover os discos pare a pino na outra extromidade. Voc8 pods mover apenas urn disco de cada vez. Nao 6 possfvel colocar iim disco maior sobre urn disco manor. A solu§ao 6 apres®ntada a seguir. Antes de olhar para ola, simule a tarefa de empilhar tres moedas de tamanho desigual. F+r\®?a ~I,,q~ EE 0 A soiu§ao e quebrar a tarefa em submetas. ©A primeira §ubmeta a::.a:i;.,;;8.Cfa.!aiT menoi. 6 movido primeiro para a pino mais distante. +_.in..en;o:i:i;oFa6rg.::]no ® 0 disco menor 6 i-ul- y I:°#:c::Pe::6a5irp:n° . . -u ` ®3:tis: Faariaoro6pinoii mai§ distante.a A pr6xima submeta 6 passar o disco . m6dio pare a pine® mais distante. 0 discorapt T-L" menor 6 movido para o prim©iro pino. 00 disco m6dio 6~i- ::l:j&?stpaanrtae° Plno a Par tim, o disco menor 6 movido pare o pino mai§ distante. :lGURA 8,20 Probloma da Torre de lanoi. © Uma estrategia que os soluclonadores de problemas usaln comu- mente para superar os obsfaculos e reestruturar o problema. Essa t€cni- ca consiste em representar a problema de uma manelra nova. De modo ideal, a nova visao revela uma solucao que nao era visivel sob a veHia es- trutura do problema. Em urn estudo agora famoso, Scheerer ( 1963} den a cada participante uma foma de papel que tinha urn quadrado com move pontos. A tarefa era ligar todos os move pontos usando no ma2rmo quatro linhas retas, sem levantar o lapis da p6gina (FIG. 8A21 ). Na tentatlva de resolver urn problema, € comum pensar no modo como resolvemos problemas semelhantes no passado. Tendemos a per- slstlr em estrateglas anteriores, ou conjuntos mentais. Essas maneiras estabelecldas de pensar muitas vezes sao hteis, mas as vezes dfficultam encontrar a melhor solueao. Em 1942, o peic6logo da Gestalt Abraham Luchins mostrou urn exem- plo classlco de urn conjunto mental. Ele pediu aos participantes que me- dissem quantidades especlficadas de agua, como cem copos, usando tres jarras de tamanhos diferentes. Dlgamos que o contehdo da jarra A coubes- se em 21 copos, dajarra 8 coubesse em 127 copos e da jarra C coubesse em tr€s copos. A solueao para esse problema foi encher aL jarra 8, utllizar a jarra A para remover 21 copos dos 127 copos da jarra 8, entao usaf a jarra C para remover tr€s copos de agua duaLs vezes, deixando loo copos no frasco 8. A estrutura da solu§ao e (8 -A) -2(C). Os partlcipantes receberam multos desses problemas. Em cada urn. os tamanhos das jarras e as metas de medicao dlferiam, mas a f6rmula aplicada era a mesma. Em segulda, os partictpantes receberam outro problema: eles rece- beram a jarra A. em que cabiam 23 copos; a jarra 8, em que cabiam 49 copos. e ajarra C, em que cabiam tres copos. Foram convidados a medir 20 copos. Mesmo que a solucao mats simples fosse encher a jarra A e usar a jarra C para remover tres copos dos 23 da jarra A, os participantes ge~ ralmente vinham com uma solucao muito mais complicada envolvendo as tres jarras. Tendo desenvolvido urn conjunto mental de usar tres jarras em combinacao para resolver esse tipo de problema. eles tinham problemas em decldir sobre a solucao mats simples de usar apenas duas jarras. Sur- preendentemente. quando recebiam urn problema com uma solucao sin- ples para o qual a formula original nao functonava, multos participante nao conseguiam resolve-lo de modo mais eficiente (FIG. 8.22). ®®® ®®® ®®® FIGURA 8.21 Problema dos nova pantos de Sche®ror. Tente ligar os pontos usando no rna- ximo quatro li`nhas retas, sem levantar o lapis da pagina. As solue6es aparecem na Figura 8.21 b, na p. 326. A Fixid®z fu licio nal Na resolu§6o de problemas, ter ideiasfixassobreasfun§6estipicas d8 0bjetos. I, Urn tipo de conjunto mental resulta de ter ideias nxas sobre as fu c6es tiplcas de objetos. Bssa fixidez funcjonal tamb6m pode criar difi- culdades na resolucao de problemas. 0 ficticio personagem de televi- sao MacGyver era famoso por superar a fl]ddez funcional realizando proezas incriveis com objetos do cotidlano, coma o seu canivete suieo de estimaeao. Talvez voce tenha usado flta adesiva para urn fin nao previsto injctalmente par seus criadores Para superar a fufidez functonal, o solucionador de proble- mas preclsa reinterpretar a potencial funcao de urn objeto. Urn exemplo de pesquisa envolve o problema da vela, desenvolvido por Karl Duncker ( 1945). Os partlcipantes estao em uma sala com urn quadro de avisos na parede. Bles recebem uma vela, uma caixa de fosforos, uma catxa de tachinhas e o seguinte de- safto.. Usando apenas esses obuetos, pregar a uela ro quadro de ou>tsos de modo que possa ser acesa e quetmar corretanen- €e. A maior parte das pessoas ten dificuldade em chegar a uma solucao adequada Contudo, se as pessoas reinterpretam a funeao da calxa, emerge uma solucao. 0 lado da caixa pode ser pregado na placa de avisos para crlar urn apoio. A vela 6 entao colocada na caixa e acendida (FIG. 3.25). Em geral, os participantes tern dmculda- de para visualizar a caixa como urn possivel suporte quando ela esfa sendo usada como urn r€ciplente para os fosforos. guando se mostra esse problema com uma caixa vaLzia e os fosforos na mesa ao lado. eles resolvem o problema urn pouco mais facilmente. :SeET!:EGJ:::=Nei:,:#o::deAd:::::ou,ge:a=°!=e!grhefpsr::::taa::ieus;\o\ de urn problema. Alnda assim, muitas vezes temos dificuldade para aprovar essa estrategia consclentemente quando estamos com dificuldade para resolver certo pro- blema.Felizmente, podemos sempre apllcar outras estrat6gias que podem ajudar a levar a uma solngao. Uma dessas estrateglas consiste em usaf urn algoritmo. Urn algorltmo 6 uma di- retriz que, se seguida corretanente, sempre leva a resposta corrcta. Se voce qutser co- nhecer a flea de urn retangulo, por exemplo. podena obter a resposta certa multipli- cando seu comprimento pela largura. Essa formula € urn a|goritmo porque sempre vat funclonar. Do mesmo modo, se voce seguir exatamente uma r-eceita, Cia se-mpre pfoduzi- fapraticanenteomesmodesfecho.Contudo,suponhaquevocesubstituauniingredlen- te por outro: voce usa 6leo no lugar da manteiga que a receita pede. Aqui, voce esta usan- do uma heurisfica que urn tipo de gordura e igua] a outro. Seu resultado provavelmente sera born. mas nao ha qualquer garantia. Tentativa 1 Tent8tiva 2 Tentative 3 Tentativa 4 Tentative 5 Tentativa 6 Tentativa 7 FIGURA 8.22 Jogo mental do Luchins. FIGUF]A 8.218 Solu§6®s para o proble- ma dos nov® pontos de Scheerer. A maior parte dos participantes conside- ra apenas as solue6es que se encaixam no quadrado formado pelos pontos. Tendem a pensar que a problema inclui essa restrieao. No entanto, uma solueao 6 efetivamente pensar fora da caixa: ver que manter as linhas dentro da caixa nao e uma exigencia. Outra solu§ao e utilizar uma linha mu/.fo grossa que abranja todo os nove pontos. Besolver o problema re- quer a reestruturaeao da representaeao, eliminando restri§6es assumidas. Em 1925, o psic6logo da pensar refrogrndamerrfe. ©uando os~i wi", in .di lequados para resolver I ?`XeppIOS mais famosos na psicologia da pesq-ulsE sobre a {ustg/i£. co=;ie=;i: Outra boa estrategla consclente |i.I " niii.Tar obstaculos esta em urn problema nao sao claros, passar dli .`I|ii||fi .alvo para o estado lni- clal pode ajudar a produzir uma solu¢ti I `. iimillere o problema do lirio d.agua (Flxx, 1978, p. 50): uma onazog{a cLproprtada (Reeves & W«t,vhcrg, 1994), conheclda como resolngao anal6gica de problemas. Digan Lt iN I Ill(. uma clmrgla precise uti- 1lzar urn laser de alta lntensldade para dt.H|i'i`|r t) tumor de urn paciente. Eta precisa apontar o laser de modo a evltiii ii {|mtruicao do tecido saudi- vel clrcundante. Ela se lembra de ler urriii li|Ht6i la sobre uln general que queria capturar uma fortaleza. 0 general I ir.:I.|tii|va deslocar uma grande quantldade de soldados ate a fortaleza. imm ({il fas as estradas estavam plantadas com minas. Urn grande grupo {|t` tio|di|dos terla que detonar as minas. mas urn pequeno grupo poderla v|(i`|ar liom seguranea. Enfao, ® general dividiu os soldados em pequeno.g Ai.lip(tr} e fez com que cada urn tomasse urn caminho diferente ate a for|f`|t./.£L, iinde todos converglrlam e atacariam juntos. Como seu problema |t`i|| I.t`,`ltrle6es andzogas ao pro- blema do general. a m6dlca ten a ideia de apontar vai.|l iN /c].vers ao tumor a partir de angulos diferentes. Por sl s6, cada laser sera fraco a s`il]{ii..iit® para evitar a destrulcao do tecldo vivo em seu caminho, mas a intensidade coii|| il|i||t|il de todos sera suficiente para destrulr o froor. Transferir uma estrategia de resolueao de prob|ri"m r`lgnmca usar uma estra- t€ga que funclona.em urn contexto para resolver urn I w . .I ilriita que e estruturalmente semelhante. Fbra realfaar esse tlpo de transferencla. ||.`vrllios prestar atengao a es- trutura de cada problema. For essa radzao, os problt.i|inn iiiiflogos podem melhorar a nossa capacldade de resolver cada problema. Alg`ui. I miiuisadores descobrlraln que os partlcipantes que resolvem dois ou mais problt`i I iii- |uialogos desenvolvem urn esquema que os ajuda a resolver problemas semelhiiiili.,` (Gick & Holyoak, 1983}. Contudo, as soluc6es analogas funcionam somente sr. i .|I.I i||hecermos as semelhan- Caixa de f6sforo Gas entre o problema que enfrentamos e aquele liu.` I-molvemos e se a analogia estiver correta {Keane, 1987: Reeves & Weisberg. I ! 11)4 ). /WS/G#7. REPENTIN0 Muitas vezes, urn proble|i|n |iilt) 6 ldentlficado como urn problema ate que parece lnsoltivel e o soluciona{|t tr t|t: problemas se sente pre- ::dop°qru¥::c:)=fc:::i:teet::an£°;:o¥lec::TeANH"j:}.#¥n°qd=Steouvco¥:strta¥; ponderando o problema, uma solueao surge em Hull ciLbeea -o momento "Aha". 0 /.Asf-gAf € a metaforica luz mental que passa na Him cobeca quando voce repen- tlnamente encontra a solucao para urn problema . •.\`-3 Gestalt Wolfgang K6hler conduziu urn dos do de que alguns animals nao hum-anos ioddriam se comporar-de-ri-;ri;;-i;; inteligente. Kaner estudou se os chlmpanzes poderlam resolver problemas. Ele colocava uma banana fora da jaula de urn chimpanz6. urn pouco al6m do alcance do animal, e fornecfa vatlas varetas que o chimpanz6 poderia user. Ele descobriria como mover a banana ate uma dlstancla em que pudesse, pegs-la? Em< outro estudo ,classico de !rLsrtyh£, Norman Maler ( 1931 ) conduziu par- andes. urn de cada vez, ate uni quarto que tmha duas cordas penduradas no•to c uma mesa no canto. Na mesa havia dlversos objetos aleatorios, incluindo n par de allcates. Cada partlclpante fol convldado a amarrar as cordas uma i outra. No entanto. era impossivel segurar as duas cordas de uma s6 vez: se o LrtLcipante estava segurando uma corda, a outra corda ficava mutto longf papa I altrmcada (FOG. 8.27A). A solu€ao era anarrar o alicatc sobre uma corda e 5a-la coma urn pendulo. 0 partictpante podia, entao, segurar a prineira corda agrrrar a corda-pendulo enquanto ela balangava (FIG. 8.278). Embora alguns particlpantes por fin tenhan descoberto essa solucao por intapr6prla.amorpartedaspessoasficouperplcacomoproblema.Depois !dctxa-lasrefletiremsobreoproblemapor10minutos,Maiercasualmenteatra- ssou a sala e rocou contra a corda. fazendo-a balapar para trfs e para frente. in vez que os partlclpantes viram a corda balaneando, inedlatamente resolve- moproblema,comosetivessemexperinentadoumnovo!ns!gJit.Contudo.eles io disseran que Maler lhes tinha dado a solucao. E possivel que nem sequer chanpercebldoconscientementeasap6esdeMatcr.Todosacreditavanquetl- iam chegado sozinhos a solucao. 0 esfudo de Maler tamb€m fomece un exemplo de como o {rLs!ght pode `r alcaLnGado quando urn problema parece lnlcialmente insomvcl. Ne§se caso. mator parte dan pessoas nao rna conseguido vcr o allcate como un peso Ira ^^riah..I-` ..--. `±_A._1_ _1 _ _ ,Ira construir urn pendulo - elas estavam s-ofrendo de fixidez funclonal. Para_ __-_--____ _-`. \,\,\,\, `solver o problema, preclsavan reconsiderar as possiveis fun€6es dos alicates das cordas. Como mencionado anteriormente. a maneira coma vemos ou re- ieesseoivTm::.¥vperz°et],e=a{P#¥:o:esc±e8negscftin¥=nst:I:ef6a:smp¥:es:°p¥r:u: ddez funcional. Heuristic@ da disponibi!idade Tomar uma #ecis5o com base na resposta que mais facilmente vein a mente. Heuristica da rei}resenfatividad© Colocar uma pessoa ou objeto em uma categoria se essa pessoa ou objeto 6 semelhante a urn prot6tipo para essa categoria. Predi§ao atedva Tend6ncia das pessoas a superestimar como os eventos irao faze-las se sentir no futuro. Ljnguagem Sistema de comunicacao utilizando sons e simbolos de acordo com regras gramatica is. Morfomas Menores unidades linguisticas que t6m urn significado, incluindo sufixos e prefixos. Fonemas Sons b6sicos da fala, os blocos de construgao da linguagem. uRA8.27EstudodeMaiolsobreoJ.usl.gfifSdbito.(alNestasituaeao,comovoc6-fazparapeg'ar ]uascordasparaquepossaamarrarumanaoutra?(blASolucao6tornarumacorda.maispesada noa`icatee,emseguida,balancaraCordaesticadacomoumpenduloparaquevocepossapega.ia 0 que 6 Iinguagem? Allnguagempodeseramalscoriplexamaravilhadocerebrohumano.Emboramui- £Sue£P:iios::ggc¥alq6ufmdec:=a¥ivoedsalpt%ragees}°d:°c:=i:'{caagg,emmalr.eEi:S:om§ dlferencia de outras especles. Em mats de quatro mll ldiomas, os seres humanos podemfalar.escrevereler.comunlcandotudo-desdelnformac6esbdslcasat€emo- §6escomplexasenuancessutlsdagrandeliteratura.Alinguagemposslbllltavlverem_1______ _ Lj_+ii..A^ a--,a~ac` a ^e socledadescomplexas. porque por-meio dela aprendemos a hist6rla, as regras e os \S--I ---- _-F_______ _ valores da nossa ou de outras culturas. Comoaprendemo-salinguagem?Algunsaspectospodemserensinadosformal-_ I _ I____A_--- Aa --aln^ f^r.u`JLIJ.`/ qullll`*`~lJ.V*P .--'-|O ------ I - g mente. como as regras gramaticals. Outros aspectos dao dependem de ensino for- mal,comoquandoascrfancasquesaoexpostasavaliosidiomasdealgunarnanelra aprendem todos eles e nao os mlsturan. Elas sabem que un conjunto de palavras 6 o lnges, un e o espanhol e outro e o frances. Considere. atnda. que cada pessoa que tale fluentemente urn ldloma depende de un amplo conhecimento lmpliclto de granatlca,mesmoqueelanaosejacapazdeexplicarasregras.Osbebescomecama falar sem uma grande quantldade de ensino formal. Lembre-se de Alexls Martin, da abertura do capitulo. a menlna que, aos 2 anos, enquanto alnda estava aprendendo inges.aprendeuespanholsozinha.Elaconseguiasepararfacllmenteosdoisidiomas e nunca usava as palavras de modo lncorreto, uma vez as tendo aprendido. 0 que expllca a capacidade humana para a linguagem? A linguagem 6 urn sistema de comunicaeao utilizando sons e sinbolos AIinguagemeunsistemadecomulcapaoutilizandosonsesinbolosdeacordocom regrasgranatlcals.Esseslstemapodeservlstocomounaestruturahierfrqulca.Isto e,orap6espodemserdivldidasemunidadesmenores.oujrases.Asfrasespodemser divididas em palavras. As palavras podem ser dlvididas em sons. Cada palavra e constltuida por un ou mals morfemas. Os morfemas sao as menores unldades que ten signiflcado, incluindo sufixos e preflxos. Como exemplo, considereaspalavIasjTost,de/rostede/roster.Araizdapalavra,/rost,eunmorfe- rna. 0 significado desse morfema 6 alterado pela adicao do prefixo cle, que tamb6m € urn morfema. Adicionar urn terceiro morfema, o sufixo €r. muda o sentido mais uma vez (Gazzanlga, Ivry, & Mangun, 2014). Cada morfema consiste em urn ou mals fonemas. Os fonemas sao os sons basi- cos da Gala, os blocos de construcao da llnguagem. For exemplo, a palavra kissed ten dots morfemas ("kiss" e ..ed") e quatro fonemas (os sons que voc€ faz quando voce diz a palavra). A sir[touce de uma llnguagem e o sistema de regras que governa como as pala- VIas sao comblnadas em frases e come as frases sac combinadas de modo a formar orae6es. A semanttca 6 o estudo do sistema de signlflcados subjacentes as palavras, frases e orae6es. Para esclarecer sua compreensao de todos esses termos. considere a frase Ste- phante kissed the crying boy {Stephante betuou o menino chorando). A seman:ttoa mos diz por que essa frase ten urn significado diferente do que Chorarrdo, Stepha- nle bezjou a rnertlno. A sintaxe dita que a senten§a nao pode ser Be[jou o mertino chorando SfepJtarite. Como mostrado na FIGURA 8.28, a sentenca pode ser dividi- da em frases. as frases podem ser divididas em palavras ou morfemas. e as palavras ou morfemas podem ser divididos em fonemas. OS SONS DA LINGUAGEM Toda linguagem e d€rivada de urn conjunto muito restri- to de fonemas. Esse fato e lntrigante, porque o trato vocal humano tern a capacidade de emltlr multo mats sons do que quatsquer linguagens usam. As pessoas falam for- cando ®, ar ao longo das cordas vocais. As cordas vocals sao pregas de mucosa que fazem parte da larlnge, urn 6rgao no pescoco, muitas vezes chamado de caixa de voz (FIG. 8.29). 0 ar passa das cordas vocals a cavidade bucal (a parte da boca atras dos dentes e por cima da lingua). Li, movimentos da mandfoula, do labio e da lingua alteram a forma da boca e o fluxo do ar, alterando os sons produzidos pelas cordas vgcalsL=_Alguns desses sons sao fonemas. Os fonemas slnallzam diferen¢-as- sigivficativas entre as palavIas. Per exemplo, os fonemas /p/ e fo/ nao carregam nenhum signlficado em sl, mas mos posslbnltam reconhecer pat e bat como tendo slgnificados diferentes. Embora ambos os fonemas sejam consoantes formadas pelo abrlr e fechar dos lfroios, a laringe vibra para produ- zlr fo/, mas nao para produzir fo/. Afosia Distdrbio de linguagem que resulta em deficits narcompreensao e produc5o da linguagem. maRotokiasdePapuaNavaduine).oumalsde110(oidiomalx66usadoemBotswana( \,+,-+,,`,`__ __ ---__-__ _ e na Namfola}. Os ldlomas tamb€m dlferem nos padr6es de morfemas dentro das fra- ses.Essespadr6esinosajudaniasepararaspalavrasqueouvmosnaconversa.Osmor-4_ ______ I_ __I_ ,EI^ a qA\ Os ldlomas dlferem uns dos outros nao apenas pelas palavras que sao utlllzadas, mastamb€mpelaquantidadedefonemasepadr6esdemorfemas.0lnaes€composto porcercade40fonemas.enquantooutrosidiomasusantfropoucosquantoll(oidio-.--- ^ . ,_1._____ .`ril£ .._^J^ A-B^+cttratia separados ocorrem em un fluxo coitinuo, ou-en forma de onda (FIG. 8.30). D+\J Jr,+`-. `,`,I, --y_ _J__-_-__ _ _ , _ _ -____.I_ _---^_^^ A^ lan i"al-in-a--JLL;-a~;ai;; de cerca de 15 fonemas por segundo. ou cerca de 18o palavras por mlnuto. De-alguma maneira, Como dlscn- Area de tido na prdrina se€ao. as reg|6es dlferentes do cerebro Broca trabalhan em conjunto para separar os sons relevantes emsegmentosquepossibmtamainterpreta§ao.0slgni-i ficado desempenha urn papel importante nessa percep- cao.guandovoc€ouveumidlomanoqualnao6fluente, pode ser dificn separar o fluxo em segmentos. LINGUAGEM NO CEREBRO As les6es em determlna- das dreas do c€rebro podem levar a afasia. Esse trans- tomo rm linguagem resulta em deficits na compreen- pessoas FIGURA 8.29 Trato vocal humano. A fala 6 produzida pelo movimentodoaraolongoda§cordasvocats,partedalarin-_ _,_ I,.._ ,,-- ^r,_Ill\JV''''\,I,,\, --_. __ _ - ge,at6aboca.Osmovimentosdoslabiosedal{nguacon- trolamoformatodacavidadeoraleofliixodoar,resultand FIGURA 8.30 Forma de onda da fala. Essa 6 a forma de onda para a pergunta "0 que voce quer dizer?" em ingl8s, Nao ha espa§os entre as palavras, mas o c6rebro normalmente 6 capaz de segmentar a forma de onda de modo que as palavras possam ser entendidas. Area de Wernicke F]GUFtA 8.31 Ftogi6es do h®mlsf6rlo ®squerdo ®nvolvides lulJlu lJa ull5Lla5-iJ.A . `~L7.--`^-~+ --------------- L sao e producao da lingungem. Cerca de 40% de todos na fala. A area de Broca 6 importante para a produ§ao da os acidentes vasculares cerebrais produzem algunl fala. A area de Wernicke 6 importante para sua compreen- grau de afasla, que pode ser permanente p_u _,t:Tp_:-, sao. ;aria (Pedersen at al-.. 1995). A maior parte dos acl- dentes vasculares cerebrais que causa afasia ocorre no hemisferio esquerdo. Lembre-se do Capitulo 3 que o medico e anato- Inista Paul Broca estudou urn paclente que era caper de dizer apenas a palavra tan. Ao examinar o cere- bro do paclente, Broca descobrlu uma lesao no lobo frontal esquerdo (vcr Fig. 3.15). Depols de estudar ou- tros paclentes, Broca conclutu que a area do cerebra que produz a fala. agora chamada de irea de Broca\. deve estar locallzada no hemisferlo esquerdo. guande i area de Broca esta danlflcada, os paclentes descn- volvem afasla expressiva (tamb6m chamada de afasla de Broca), que lnterrompe a sua capacidade de falar. Essas Dessoas geralmente entendem a clue lhes e dlto Desde o trabalho dc Broca e Wernlcke. os pesqulsadores onstraram que uma rede de regL6es do c€rcbro trabalha conjunto para possibllitar a llnguagem (Gazzanlga. Ivry. angun, 2014). Para cerca de 90% das pessoas, o hemls- o esquerdo 6 o mais lmportante para a linguagem. Danos ensos a esse hemisferio podem causar afasla givbal, em qtle a pessoa nao e capaz produzir nem compreender a llnguagem. 0 hemisferio direito tanb6m contribu ra a linguagem em aspectos lmportantes. como processar o rltmo da fala (Lindell e interpretar o que e dito, especlalmente compreender metfforas (Yang, 2014) Area do W®mick8 Area do hemisferio esciuerdo em que se encontram os lobos temporal e parietal. Esfa envolvida na compreensao da fala. Tooria da relativid@de liiiguistica A afirmaGao de que a linguagem determina o pensamento. {FIG. 8.31}. gu~ando a-area de Wernicke esta danfficada, os pacientes desenvolvemafasfa de recepeao (tamb6m chamada de afasia de Wernicke), em que tern dmculdade para entender osignlflcadodaspalaLVIas.Aquelescomafasiareceptivamuitas vezes sao altamente verbals, mas o que dlzem nao segue as re- oras gramatlcals nem faz sentldo. epodemmoverlabioelingiia,masnaosaocapazesdeformar palavras ou colocar uma palavra em conjunto com outras de modo aL formar uma `frase. Na decada de 1870, o medico Carl Wernicke identlficou outra area do c6rebro envolvida na lingragem. Wernlcke tinha dois paclentes que. apds terem sofrido urn actdente vascular cerebral. tinham dificuldade para entender a linguagem falada. Bsses pacientes Cram capazes de falar fluentemente, mas o que diriam nao tlnha sentido. Depois que morreram. Wemlcke rea- llzou neles uma necropsia. Encontrou danos em uma regao do hemisferio esquerdo em que se encontram os lobos temporal e parletal. Essa reorao 6 agora conheclda como area de Wornicko (b' FIGURA 8.32 lmportancia re- Iativa da neve. De acordo com Whorf, |a) os lnuit podem ter desenvolvido muitas palavras para neve porque os diferentes tipos de neve desempenham uma parte importante em suas vidas diarias. (b} As pessoas que moram em locais de clima mais quente nao precisam detal vo-, cabulario intrincado relacionado/I com esse t6pico. LINGUAGEM E COGNl?AO gual e a relaeao entre a linguagem e a cognlcao? Benja- mln Whorf ( 1956) hlpotetlzou que a linguagem reflete como as pessoas pensam. Mais especmcamente. que a cultura determinaL a linguagem, a qual. por sua vez. determi- na como as pessoas formain conceitos e categorizam objetos e experienclas. Whorf observou que o povo Inuit, do Artlco. usa mats palavras para descfever variac6es na neve do que o fazem os individuos que falam ln8l€s. De acordo com Wharf, a maior quantldade de palavIas para descrever a neve era valiosa porque as sutilezas na neve tLnham lmpllcacdes pritlcas e importantes para a vida dlfria (FIG. 8.32). sane:?o:Sour::I:?:o:et::rd::::::¥i::::g::uiset]j:adaa]H#¥e=.dNe:eernm£:o:g:= versao posterior e mais forte da hip6tese de Whorf nao parece ser verdadeira (Gctman & Galllstel, 2004; Hunt & Agnoll, 1991). Por exemplo, a teoria impllca que aqueles sem llnguagem sao incapazes de pensar. Uma quantldade consideravel de pesqulsas mostrfl que animals e crlancas pr6-1lnguisticos Cram capazes de tor pensamentos complexos (Keil. 2011 ; Newman, Keil. Kuhlmeler. & W3mn. 2010: Paulson, Chalmers. Kahneman, Santos, & Schlff, 2013). Uma versao mals fraca da teorla e que a lin- glragrm lnfluencla, e nao determina, o pensamento. Esse panto permanece controverso, mas algumas pesquisas indlcam que a llnguagem influencfa o pen- salnento em vallos dominios. como o mode como as pessoas pensam sobre tempo. espaco e quantidades (Boroditsky, Fuhrman. & Mccormick, 2011 ; Gordon, 2004; Levinson, 2003). AI€m disso, o use da lingua- gem sexlsta pode influenciar os pensamentos das pessoas em relaeao a homcns e mulheres. Lembre- -se da dlscussao pr€via em relacao ao csquema de ser urn clentlsta estar assoclado ao sexo masculino. A linguagem com urn vies masculino pods reforcar crengas sobre os papeis de genero (Gastil, 1990). A linguagem se IIesenvolve die mameira orfienada fala tolngrffica Tendencfadascriancasafalar usando frases rudimentares co faltadepalavrasepontua§ao, mas com uma sintaxe 16gjca e transmitindo uma riqueza de significado. A medida que o c6rebro se desenvolve, o mesmo acontece com a capacldade de falar e formar frases. Asslm. conforme as crlangas desenvolvem habnldades so- cials, elas tambem melhoraln as suas habilidades linggrsticas. Hi a}guma varia~ cao na velocldade em que a llnguagem se desenvolve, mas em geral os esfagios de desenvolwimento da linguagem sao muito sanelhantes entre os individuos. De acordo com Michael Tomasello { 1999), as prlmeiras intera?6es socials entre a crlanca e a cuidador sao essenclals para entender outras pessoas e ser capac de se comunicar com elas por melo da linguagem. Pesqulsas mostraram que criangas e cuidadores veem os objetos em seu ambiente em conjunto e que essa atencao conjunta promove a aprendizagem da fala (Baldwln.1991 ; FIG. 8.33). As criangas entendem que os falantes geralmente estao pensando naquilo para que estao omando (Bloom, 2002). APRENDIZAGEM DE FONEMAS Os recem-naseidos ja nascem aprendendo a usaf a llnguagem (Kuhl, 2004; Werker, Gilbert, Humphrey, & Tees.1981). Janet Werker e calaboradores {Byers-Heiulein+ Burns. & Worker. 2010) des- cobriram que o ldioma ou os idiomas falados pela mac durante a gestaeao influenciam as prefer€ncias de audicao no rec€m-nascido. Os recem-nascldos cujas macs canadenses s6 falavam in8les durante a gestaeao mostraram uma fiiEi de acordo. com as regras convencionais (Brown: 1973}. SOBREGENERALIZAG6ES Conforme as crianeas comegam a usar a llnguagem forte preferencia por frases em lngles em comparacao a frases em tagalog, o idioma principal dos filipinos. Os rec6m-nascidos de macs que falavam taga- log e lnges durante a gestacao prestaram atencao a ambas as linguas. Os dltl- mos achados lmplicam que esses bebes tiveram exposlcao bllingue suficlente quando fetos para aprender sobre ambos os ldiomas antes do nascimento. Patrlcia Kuhl e colaboradores [Kubl. 2006; Kinhl, T§ao, & Llu, 2003; Kuhl et al., 2006) descobriram que, ate os 6 meses de idade, urn bebe 6 capaz de dlscriminar todos os fonemas que ocorrem em todos os ldiomas. mesmo que o sons nao ocorram no idioma falado em sua casa. Por exemplo, a dlstineao entre os sons tr/ e AV e importante no inges: R!uer ten urn signlflcado dlferente de LILler. 0 idioma japones nao distingue esses sons, mas faz distlnc6es que o in8les nao faz. Ap6s vanos meses de exposlcao ao seu pr6prto idioma, as crian- Gas perdem a capacidade de distinguir entre sons que nao lmportam nele (Kuhl, 2004). Crlangas japonesas por fin perdem a capacidade de diferenclar /r/ de A /. o que torna dificfl para eles aprender o inges como segundo idioma, pois prectsam aprender a detectar as diferencas entre esses fonemas (Bradlow, Pisoni. Akahane- •Yamada. & Tohkura, 1997). DE 0 A 60.000 Ao ouvir dlferengas entre os sons imediatamente ap6s o nasctmento e, em seguida, aprender os sons de seu pr6prio idioma. as crlan€as passaLm a desen- volver a capacldade de falar. Os seres humanos passam de balbuclos enquanto beb€s a urn vocabuldrlo de cerca de 60 mll palavras quando adultos, sem trabalhar muito arduanente para isso. A produeao da fala segue urn caminho distinto. Durante os primeiros meses de vida, cada apao do recem-nascido - chorar. agltar-se, comer e respirar - produz seus pr6prios sons. Em outras palavras, os primeiros sons verbals dos bebes sao choros, murmtirlos, grunhldos e respirap6es. De 3 a 5 meses de vida, comeeam a murmurar e a rir. De 5 a 7 meses, comecam a balbuciar, usando consoantes e vogals. De 7 a 8 mcses. balbuciam silabas (ba-ba-ba, bee-dee-dee). Ate o primeiro ano, crlancas de todo o mundo estao dizendo suas primeiras palaVIas. Essas primeiras maneiras mats sofisticadas, urn erro relativamente raro, mas revelador, e fazer sobreaplicacao das novas regras gramaticals que aprenderam. As criancas pode: comecar a cometer erros aos 3 a 5 de ldade com palavras que usavam corretalnen aos 2 ou 3 anos. Por exemplo, quando criancas ang6fonas aprendem que a adicao de -ed coloca urn verbo no passado, elas comeeam a adiclonar -ec! a todos os ver- bps, incluingQ+2sLvlrbos_lELegulares que nao seguem essa regra. Assin, eles podem dizer "runried'. ou "hozded" mesmo que dlsessem "rari" ou--held" em uma idade mats jovem. Do mesmo modo, podem sobreapllcar a regra para adicionar -s para formar urn plural. dizendo "mouses" e `.maus", mesmo que antes diziam .`m!ce" e"men" em uma idade mais jovem. Como as multas habilldades ``lmaturas" que as crlancas exibem enquanto se desenfolvem, as generalisac6es refletem urn aspecto importante da aquisicao da lin- guagem. As crianeas nao simplesmente repetem o que ouviram os outros dizer - elas provavelmente nao ouviram ningu€m dizer "rLirmed... Em vezdisso, esses erros ocor- rem porque elas sao capazes de usar a linguagem efetivamente percebendo padr6es na gramatica falada e depois aplicando as regras para novas frases que nunca tinhaln ouvido antes (Marcus.1996 ; Marcus et al.,1992). Cometem mais erros com palavIas usadas com memos frequencla (como drank e kneuj), porque ouvlram formas irregu- lares de palavras com memos frequencia. Os adultos tendem a fazer a mesma coisa, mas sao mais propensos a cometer erros mos tempos preteritos que nao utilizam comumente, como trod, stroue ou sleLo (dlzendo "freadec!", "striued" ou "s[aged.'; Pinker 1994). &;Hi.,..,,.j*;) q? 'bl a ao dizer o novo nome, a crianea nao vat atribuir o nome "dax" ao brinquedo. Ha uma capacidade inata ba-ra a -Iinguagem Behavioristas como 8. F: Skinner ( 1957) propuseram que as crian easaprendemalinguagemdamesmamaneiracomouniratoapren Estrufuradesiipcrffcie Nalinguagem,osomeaordemdas palavras. Eswhra profunda Nalinguagem,ossignificados implfcjtosdesentencas. At®ngao conjunta. As interag6es iniciais com cuidadores estabelecem as bases para\ aquisigao da linguagem das crianeas. (a) Se a mae esta olhando para o brinquedo ao dizer urn novo ome, "dax", a crianea ira atribuir o nome "dax" ao brinquedo. (b) Se a mae esta olhando para outra ci de a presslonar uma alavanca para obter alimento: por me`io de urn slstema de reforco operante. De acordo com Skimer. as crian- cas sao reforcadas para repetir corretamente o que os pals dizem. A fala que nao 6 reforcadaL pelos pals se e"ng=ie. Os pals usam principios de aprendizagem, como a modelagem. para ajudar as crian§as a reflnar seu uso da linguagem. Mas a aquislcao de idlomas nao funciona dessa maneira (Pinper & Bloom, 1990). Estudos revelam que os pals nao corrl- rfa_I gem os erros gramaticais das criancas, nem repetem constante mente palavras e frases para seus fflhos. Bles corrigem as crian€ pequenas se o conteddo do que elas dizem esta errado, mas na ;e a gramatica €sta incorreta (Brown & Hanlon, 1970; FIG. 8.34). Alem-disso, as pessoas nao precisam vcr ou ouvir urn idioma para :aprende-lo. For exemplo. as crianeas surdas e ccgas ainda podem adquirir a linguagem. As criancas tamb€m aprendem idiomas de maneira demasia- damente rapida para que as teorias behavioristas facam sentido. 0 linguista Noarn Chomsky ( 1959} transformou o campo da linguistlca ao hlpo- tetlzar que a lingLiagem deve ser regulamentada pela gramatlca universal. Em outras palavIas, de acordo com Chomsky. todos os idlomas sao baseados no conheclmento inato dos seres humanos de urn conjunto de elementos e relaedes universais e espe- cificamente linguisticas. Ate que Chomslii:y entrasse em cena, os lingutstas se concentraram em analisar a linguagem e ldentiflcar os componentes bdsicos da grainatica. Todos os ldlomas incluem elementos semelhantes. como substantivos e verbos, mas a manelra como esses elementos estao di§postos varia conslderavelmente entre os idiomas. Em seus prmelros trabalhos, Chomsky argumentou que a modo como as pessoas combinam esses elementos para formar sentencas e transmitir signiflcado 6 somente a estrutura de superficie de urn idioma: o son e a ordem das palavras. Ele introduziu o concelto de estrutura profunda: os significados implfcltos das sentencas. For, exemplo, a gate gordo persegLi!u o rato implica que ha urn gato, que ele e gordo e que ele perseguiu o rato. a rato/oi persegu{do pelo gato gordo lmplica as mesmas ideias, embora na superficle seja uma sentenca diferente. Chomsky acredlta que as pessoas automatica e inconscientemente transfer- man a estrutura de superficie na estrutura profunda - o significado que esth sendo transmitido. As pessoas se lembram do significado subjacente de uma sentenca, nao de sua estrutura de superficle. For exemplo, voce pode nao se lembrar das palavIas exatas de alguem que o insuttou, mas voce certamente vat se lembrar da estrutura profunda por tras do §lgniflcado do que essa pessoa disse. De acordo com Chomsky. os seres hurrianos nascem com urn c!lsposlt!uo de aqutst€fio da !{nguagem que con- ten a gramatica universal. Essa estrutura neurol6gica hipot€tica no c€rebro pos- slbilita que todos os seres humanos venham ao mundo preparados para aprender alguma lin8uLa8em. Com a exposieao a urn contexto cultural especffico. as conexpes sinaptlcas no c€rebro comecam a se estreltar em direcao a uma compreensao pro- funda e rica do idioma dominante sobre todos os outros idlomas desse contexto cultural (Kuhl, 2000}. AQUISICAO DA LINGUAGEM COM AS MAOS Suponha que a percepcao e a pro- ducao do son sejam a chave para a aqulslcao da lingiiagem. Nesse caso, os bebes expostos a lingua de sinais devem adqulrir idlomas de modo diferente daqueles que adquirem idiomas falados. Agora, suponha que. em vez daquela lingua. de sinais ou falada, esteja uma forma especial de comunicaeao em razao de seus padr6es altanente sistemfticos e a seusibnidade do cerebro humano a elas. Nesse caso, os bebes devem aprender linguas de sinais e faladas de maneira muito semelhante. Para testar essa hip6tese, Laura Ann Petitto e seus alunos filmaram bebes sur- dos de pais surdos em domlcilios que utilizavam duas linguas de sinais complcta- mente diferentes: a Hngua de sinais norte-americana (ASL, American Sign Language) e a lingun de sinais de ©uebec (Lsg, langue des signes queb€coise}. Eles descobriram que os bebes surdos expostos as linguas de sinais de nascenca adquirem linguas em ririri65==iriEEFF¥Fos nao surdos adquirem ~£aladas{Petitto.2000;FIG.8.3§}.Porexemplo,osbeb€ssurdos__ _ __ __i^_^^ ,-.- =^ oil-Hoe rf>nf--"balbuciarao.. com as maos. Assim como as crlan€as nao surdas repe-JJJawJ,++, ,t^+--- \_ _ -__ _ _ . ttrao sons como da da c{a, que efetlvamente nao sao palaVIas faladas, as crlan€as surdas repetirao movimentos mltatives das maos que nao de sinais. FirF-LffNCIAS SOCIAIS E CuLTURAIS 0 anbiente obviamente lnfluen- L IJ,A \-|J\,I+.-_-_--_ _ -_.__ _ _ _ ciagrandementeaaqutsIcaod_:_ap,¥:¥api:rri¥€:Fh¥]C:.d¥=Vfaadde: sinals reais narepresentan ofatodevocefalaringesemvezde{oual6mde)Swahin6determinado cia granQciiit;LLit; a au`+|O.`r-v --~ .---a . intetramenteporseuambiente.Ainteracaoentreculturastanb6mmoI-I daalinguagem.0termocrloutodescreveumalinguagemqueevoluiao longodotempoapartrdeunamlsturadehiquagensexistentes(Flo. 8.36).Porexemplo.unalmguagemcrloulapodesedesenvolverquando'', umaculturacolonizaumlugar.comoquindoosfrancesesseestabelece-\ ramnosuldaLoulsiamaeadquirtramescravosquenaofalavrmfrances desde o nascimento. 0 crloulo se desenvolve a partr da comunicapao rudimentar.comoquandopopulap6esquefalanvatosidlomastentam se entender entre si. Muitas vezes, os colonos e os nativos misturavan palavrasdosidiomasunsdosoutrosemumpidgiri.uncrlouloinformal quecarecederegrasgranaticalsconsistentes. 0 ungulsta Derck Blckerton (1998) descobriu que os filhos dos colonosimpdemregrassobreopldgindeseuspais,desenvolvendo-oem un crioulo. Bickerton argunenta que essa e uma evidencia pan a gra- matlcaconstruida,universal.Emoutraspalavras,ocerebromudauna llnguagemnaoadaptadaapllcandoaelaasmesmasregrasbdsicas.Bi- ckertontanbemdescobriuqueoscrioulosforTnadosnasdiferentespar- te§ do mundo, com distlntas combmap6es de ldiomas, sao mais seme- mantesentresiemestruftyagranaticaldoqueosldiomasmaisantlgos. FIGURA 8.34 Ensino d® idiomas. Os pais in- troduzem as crian§as as palavras e as ajudam a entender a linguagem, mas n5o ensinam APRENDENDO A LER No mundo que fala ingres, ha duas grandes escolas de ra- clocinio a respeito de como ensinar a her. Os m€todos tradicionals usam a fonctica, que ensina a assoclacao entre as letras e seus fonemas. As criancas aprendem a fazer os sons aproprlados para as letras e, enfao, a soletrar palavIas como elas soon (Fie. 8.38). Aprendem uma pequena quantidade de palavras slmples que ensinam os sons das letras na malor parte das palavras do ldioma. Per causa das I irregularldades no inges, por exemplo. as crlancas primeiro aprendem as regras gerals e, em seguida, aprendem
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