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Ascaris lumbricoides e Ancylostoma duodenale

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Ascaris lumbricoides
       É um nematódeo, considerado o mais "cosmopolita" dos parasitos humanos. É a décima sétima causa mundial de morte. O macho adulto pode atingir entre quinze a vinte e cinco centímetros, e a fêmea de vinte a quarenta centímetros. Uma vez fecundadas, as fêmeas produzem ovos  que são liberados com as fezes para o ambiente. No ambiente, ocorre a maturação das larvas no interior do ovo. O desenvolvimento da larva completa-se em até três semanas, quando o ovo passa a ser infectante para o homem. Segue-se, então, a  ingestão dos ovos pelo hospedeiro. No interior do intestino, as larvas rompem os ovos e penetram na mucosa, seguindo dois caminhos: circulação sanguínea ou migração visceral, ambos até os pulmões. Nos pulmões provocam lesões que podem causar manifestações respiratórias, além de febre e eosinofilia (Síndrome de Loefller); dos pulmões, as larvas desenvolvidas migram até a orofaringe para a deglutição. No trato gastrointestinal, localizam-se principalmente no jejuno, onde há acasalamento de adultos e ovipostura . O período pré-patente é de cinco a sete semanas. 
       Nos pulmões, ocorre bronquite e pneumonite, acompanhada de infiltração eosinofílica, pela presença das larvas jovens em migração. No TGI, pode haver obstrução, torção intestinal e localizações erráticas, como no apêndice. Os sinais e sintomas incluem os da Síndrome de Loeffler, astenia, prurido e coriza nasal, emagrecimento, dor e aumento do volume abdominal. 
       Hábitos de higiene e preparação adequada de alimentos (limpeza, fervura, cozimento) são medidas de prevenção.
Fêmea de Ascaris lumbricoides
    
Ovos fértil e infértil, respectivamente, de Ascaris lumbricoides.
Ciclo biológico
1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.
2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.
3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.
4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.
5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traqueia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.
6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.
Sintomatologia
A maioria das infecções é assintomática. A larva se libera do ovo no intestino delgado, penetra a mucosa e por via venosa alcança o fígado e pulmão de onde alcançam a árvore brônquica. Junto com as secreções respiratórias são deglutidas e atingem o intestino onde crescem chegando ao tamanho adulto.
Em várias situações podem surgir sintomas dependendo do órgão atingido. A ascaridíase pode causar dor de barriga, diarreia, náuseas,falta de apetite ou nenhum sintoma. Quando há grande número de vermes pode haver quadro de obstrução intestinal. A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou crise de asma. Se uma larva obstruir o colédoco pode haver icterícia obstrutiva.Complicações na fase crônica podem causar: espasmos, volvo, intussuscepção (invaginação de umsegmento intestinal em outro), obstrução intestinal por umbolo de áscaris, peritonite etc., são complicações dramáticasque podem levar o paciente à morte.
Peça com obstrução intestinal por áscaris:
Diagnóstico
Os quadros clínicos não permitem distinguir a ascaríase deoutrashelmintíases intestinaisA menos que um verme tenhasido eliminado durante umadefecação ou vomitado, é oexame parasitológico das fezes amelhor forma de se diagnosticaresta helmintíase.Dada a quantidade deovoshabitualmente produzida, bastaum simples exame de fezes diluídase colocadas entre lâmina elamínula, para que sejam reconhecidosao microscópio (1 a 4).Se for utilizado o método desedimentação em vaso cônico(método de Lutz), o resultadoaproxima-se de 100% de sensibilidade.O número de ovos porgrama de fezes pode ser calculado pelo método de Stoll, para estimar-se a carga parasitária do paciente.
Ovos de áscaris vistos ao microscópio:
1 e 2, normais; 3 e 4 inférteis (OMS).
Barras negras = 25 μm.
Tratamento
O tratamento da ascaridíase pode ser feito facilmente, quando o parasita apenas está presente no intestino, com o uso de remédios antiparasitários, por 1 a 3 dias, como:
· Albendazol;
· Ivermectina;
· Mebendazol.
Porém, quando a lombriga se espalhou para outros locais do corpo, pode ser necessário fazer cirurgia para remover os vermes e corrigir lesões que possam ter causado.
Profilaxia
Através de medidas de saneamento básico, é necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.
Controle e educação sanitária 
Os programas de ação contra essas parasitoses devem ter por objetivo, inicialmente, apenas o controle e, só tardiamente, como no Japão, a erradicação. O tratamento dos grupos mais afetados inclui, de regra, apenas
as crianças em idade escolar. Por razões logísticas preferemse os esquemas de tratamento com dose única e via oral. A repetição periódica dos tratamentos é indispensável, visto permanecerem no solo, por muito tempo, os ovos infectantes. Mas, também, por haver na comunidade geralmente casos não curados, re-infectados ou importados de outras áreas endêmicas.
Para consolidar os resultados, é necessário mudar o comportamento
das populações de modo a reduzir a poluição do solo e as re-infecções, em cada domicílio. Educar as crianças e os adultos que delas cuidam (e
devem dar o exemplo) implica em habituar: ao uso constante das instalações sanitárias; a lavar as mãos após defecar, antes de comer ou de
preparar alimentos; e sempre que sujas de terra; lavar as frutas e legumes
consumidos crus; e proteger os alimentos contra as poeiras, os insetos e outros vetores de infecção.
Ancylostomaduodenale
É um dos nematódeos causadores da ancilostomose no homem. Seutamanho varia de 0,8 a 1,3 cm. Os ancilostomídeos são pequenos vermes da
famíliaAncylostomatidae (classeNematoda) e parasitos obrigatóriosdemamíferos.A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade. Nos pulmões, pode haver bronquite/alveolite. O intestino é acometido pela hisitiofagia e hematofagia dos parasitos. Esta atividade dos vermes adultos pode provocar formação de úlceras intestinais, anemia microcítica e hipocrômica e até hipoproteinemia. 
Ancilostomídeo - ovo.
Ancilostomídeo - larva rabditóide.
     
Ancilostomídeo - larvas filarióides.
Ancylostomaduodenale - cápsula bucal com dois pares de dentes.
   
Ancilostomídeo - detalhe da bolsa copuladora.
Reprodução 
O sistema reprodutor desteshelmintos é de tipo tubular ebastante simples, havendo doisovários e um só testículo.Os machos têm como anexos,dois espículos finos e longos e abolsa copuladora com que sefixam às fêmeas durante acópulas, estas depois de fecundadas,põem ovos de casca fina que
logo iniciam a segmentação. Ancylostomaduodenalepõe 20 a 30 mil com dimensõesentre 56 e 60 μm.
O embrionamento larvário completa-se nomeio exterior emcerca de 18 horas e a eclosão dá-seem um ou dois dias, saindouma larva rabditóide, isto é, com oesôfago formado por corpo, istmoe bulbo.
Ovos de ancilostomídeos em duas fase de
Embrionamento (A e B) e com uma larva já
formada no seu interior (C).
Ciclo biológico da Anciolostomíase
A transmissão da ancilostomose acontece da seguinte forma:
1. A larva do verme penetra através da pele, ​​momento em que podem surgir pequenas lesões na pele, coceira e vermelhidão;
2. As larvas atingem a circulação sanguínea, onde migram pelo organismo, atingindo o coração e, em seguida, os pulmões;
3. Em seguida, caem nas secreções pulmonares, atingindo os brônquios, traqueia, boca e sendo deglutido até chegar ao estômagoe, por fim, o intestino delgado;
4. No intestino, os vermes acasalam e se reproduzem, dando origem a ovos, que são eliminados através da fezes;
5. Em solos úmidos, especialmente de locais tropicais, os ovos eclodem, dando origem a novas larvas que podem infectar mais pessoas.
Indivíduos que moram em zonas rurais têm maior probabilidade de serem infectados devido ao constante contato com o solo ao andar descalço, ou por falta de saneamento básico na região.
Muitos indivíduos com casos leves de Ancylostomiasis podem não apresentar sinais e sintomas. No entanto, em casos moderados e graves, os sintomas podem incluir:
Comichão e uma erupção localizada: Este é frequentemente o primeiro sinal de infecção, e ocorrem devido às larvas que entram na pele. Aparência da pele pálida; Perda de apetite, fadiga e perda de peso, Nausea e vomito, dor abdominal; passando gás, Diarreia, TosseFebreAnemia,devido a menos células vermelhas do sangue
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da ancilostomíasenão oferece dificuldades, pois osovos são típicos e em geral abundantesnas fezes dos pacientes.O exame microscópico de umsimples esfregaço feito com fezese solução fisiológica, em lâmina demicroscopia, é suficiente.Se forem escassos, usar umatécnica de enriquecimento, como acentrífugo-flutuação no sulfato dezinco. A técnica de Kato e contraindicada,paraancilostomídeos.Para estimar-se a carga parasitária,fazer uma contagem deovos pelo método de Stoll.Cada 35-40 ovos por grama de
fezes correspondem a umafêmea, sendo que as fêmeasrepresentam 50% da populaçãohelmíntica.Uma infecção com menos de50 vermes é considerada leve;entre 50 e 200 já tem significaçãoclínica, podendo causaranemia; entre 200 e 1.000 éintensa e, acima de 1.000vermes, muito intensa.O tratamento é feito commebendazol ou albendazol.
Mas a anemia requer tratamentoprolongado com sulfatoferroso e uma dieta rica emproteínas e vitaminas.
Profilaxia
Conta-se para isso com vários recursos.A utilização de cada um deles, em um plano decontrole da endemia, vai depender das condiçõesepidemiológicas, dos objetivos em vista, dos recursosfinanceiros e técnicos disponíveis, bem como dosserviços de saúde e laboratórios existentes, do pessoalcapacitado, medicamentos, transportes etc.
Calçado - O uso generalizado e constante de calçado,de qualquer tipo, inclusive sandálias, é o meio maiseficiente e permanente de prevenção, e independente
dos serviços de saúde.
Instalações sanitárias: São importantes, quando utilizadas pelos moradores da casa. Mas sua efetividade depende do tipo de construção.
Controle anti-larvário: é possível com produtosvegetais efetivos no solo,decorrentes do plantio deespécies como: Cymbopogoncitratus (capim cidreira), C.martinii, Vetivériaizanoides,Rutagraveolens, Menta spicatae Crysanthemumsp.
Educação sanitária:A população de risco devecompreender as razões pelasquais se requer mudança dehábitos tradicionais, como andar
descalço, defecar no chão e sóprocurar serviços médicosquando estão doentes.A educação e o exameperiódico das crianças éessencial.

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