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MUSICA NO RENASCIMENTO

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RENASCIMENTO
ORIGENS
Designa-se, usualmente, por Renascença ao período que, na música, corresponde aos séculos 15 e 16, durante os quais surge na Itália e propaga-se para a Europa um florescimento das artes e do humanismo. O Renascimento teve origem na reação do homem, dessa época, ao espírito medieval que havia tomado conta de todo o universo até então. O espírito medieval era "teológico", o renascentista "humanístico", isto é, o homem e a arte eram colocados como elementos prioritários. O homem é o centro, a razão de todas as coisas: sai em busca de terras desconhecidas. Até agora, as atitudes formalizadas quanto à natureza do mundo tinham sido, em grande parte, de responsabilidade da Igreja, que continuava a insistir em que o mundo era achatado e que o Sol girava em torno da terra. Os marinheiros que tomavam parte nas longas viagens marítimas empreendidas por Vasco da Gama, Magalhães, Colombo e Cabral começaram a pensar de forma diferente, e assim também os cientistas, que entregam-se à busca de novas invenções que viriam contribuir para o seu bem estar e desenvolvimento social. O homem explorava igualmente os mistérios de suas emoções e de seu espírito, desenvolvendo uma fina percepção de si próprio e do mundo ao seu redor. Em vez de aceitar os fatos por sua aparência, passou a observar e questionar - e começou a deduzir coisas por conta própria. Todos esses fatores tiveram forte impacto sobre pintores e arquitetos, escritores e músicos; e, naturalmente, sobre o que criavam.
 Durante a Renascença, a música se tornou muito menos incidental, para constituir mais uma demonstração de instrução, poder e riqueza. Os coros das cortes e os grupos instrumentais se tornaram regra. Os compositores moravam na corte e eram sustentados para compor para os nobres, assim como os pintores para adornar os palácios da nobreza. A música mais antiga foi rapidamente deixada de lado, e o músico passou a ser considerado não mais um artesão, como os construtores de igrejas góticas, mas um artista honrado por todos. As habilidades na manufatura de instrumentos avançam muito, acompanhando as habilidades de desempenho, na medida em que os nobres patronos exigiam qualidade superior. Os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana, inclusive em escrever peças para instrumentos não mais usados somente com a finalidade de acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a Igreja, num estilo descrito como "polifonia coral" - música contrapontística para um ou mais coros com diversos cantores encarregados de cada parte vocal. Boa parte dessa música devia ser cantada a capella: era música essencialmente vocal, e sem o acompanhamento de instrumentos.
PRINCIPAIS FORMAS
· MISSAS E MOTETOS 
 As principais formas de música sacra continuaram sendo a missa e o moteto, escritos no mínimo para quatro vozes, pois os compositores começaram a explorar os registros abaixo do tenor, escrevendo a parte que agora chamamos de "baixo", e desse modo criando uma tessitura mais cheia e rica. A música ainda se baseava em modos, mas estes foram gradualmente sendo usados com maior liberdade, já que cada vez mais eram introduzidas notas "estranhas" ou "acidentais", ao que se chamava de "música ficta". 
O moteto passou a ter mais coerência com o uso de um só texto o qual era aproveitado em todas as vozes do conjunto através de imitação (introdução, por uma voz, de um trecho melódico que, imediatamente depois, será repetido ou copiado por outra voz), e outros artifícios. Em vez de um cantochão servindo de base melódicas os compositores passaram a usar canções populares.
· ALLEMANDE
Na sua origem, esta forma musical era uma canção germânica. A partir do séc.XVI, entretanto, assumiu um caráter instrumental, sendo praticada nos meios populares como dança de caráter severo e grave. Continuando sua evolução natural, assim como outras formas nas mesmas condições, a Alemanda foi introduzida pelos compositores de Música de Câmara em suas Suites instrumentais.
· COURANTE
 
Dança de origem francesa em compasso ternário e movimento rápido, indicando o estilo corrido ou saltado. Assim como a Alemanda, a Corrente passou do bailado popular às Suites instrumentais renascentistas e depois barrocas, ocupando um lugar de destaque junto aos quatro movimentos fundamentais que as compunham: Alemanda, Corrente, Sarabanda e Giga. 
· PASSAMEZZO
 
Dança popular nascida na Itália, em compasso binário composto e movimento rápido que de certa forma a confunde com o Saltarelo. Serve muitas vezes de introdução da Pavana.
· FROTOLA
Canção popular italiana, muito cultivada pelos compositores da era polifônica. Executada inicialmente por uma só voz com acompanhamento instrumental - a exemplo do madrigal - foi posteriormente composta para três e quatro vozes, respectivamente, predominando o destaque para a melodia, a qual era encontrada normalmente na voz superior sendo harmonizada de maneira a manter a prioridade da mesma.
· GALHARDA
Dança de origem italiana, muito em voga no séc. XVI. Seu movimento é vivo e o compasso em geral ternário. De certa forma, possui afinidade com o Saltarelo. Esta dança também entrou com freqüência nas Suites instrumentais dos séc. XVI e XVII como movimento secundário.
· MADRIGAL
Na sua origem, era uma canção de caráter profano para voz com acompanhamento de instrumentos. O madrigal, a maneira dos cantos populares, era uma composição vocal despretensiosa, de caráter naturalista ou amoroso, em língua vernácula. O próprio nome (de matricale = canção em língua materna) acentua o aspecto profano e popular. O canto é confiado à voz superior e as outras vozes o acompanham de maneira mais simples, nota contra nota. Com o advento da polifonia, os compositores começaram a tratá-lo em forma coral - contraponto figurado - com ou sem acompanhamento de instrumentos. Devido ao seu caráter sensitivo e profano, o Madrigal atingiu muito cedo, proporções dramáticas, chegando a constituir-se um dos elementos importantes que iriam contribuir para a criação da Ópera.
· PAVANA
Dança de origem espanhola, muito cultivada pela aristocracia. Seu nome provém da posição apavonada que os cavalheiros tomavam ao levantar a capa e a espada em sua cortesias para as damas. Inicialmente era tocada ao alaúde e a vihuela. A Pavana também foi aproveitada nas Suites instrumentais como movimento secundário. Seu compasso é geralmente quaternário ou binário e seu movimento é lento e imponente. O nome pode também ter vinculação com a cidade italiana de Padova.
· TOCATA
Nascida na Itália, este termo significa: obra para ser tocada. A tocata, portanto, deveria ser uma obra instrumental, executada em um instrumento de tecla - cravo (ancestral do piano) ou órgão - em oposição à Cantata que era executada por vozes humanas e orquestra.
· VILANELA
Pequena canção aldeã napolitana que se assemelha muito à Frotola. Muito singela, portanto, contrastante com a polifonia madigalesca, esta forma estruturava-se em estrofes de oito versos hendecassílabos, separados por um estribilho.
· RICERCARE
O Ricercare (do italiano = procurar, buscar, descobrir) é, originalmente, a reprodução instrumental do madrigal da forma do Moteto: politemático como este, organizado em vários períodos, cada qual com seu próprio tema tratado de forma imitativa. Vai dar origem a Fuga.
· CORAL
Denominação genérica de todo o tipo de música composta para agrupamento de vozes humanas. Na fase do cantochão, os agrupamentos cantavam em uníssono. Durante o medievalismo, com o advento da polifonia, teve início o sistema de cantar a várias vozes. Já em pleno desenvolvimento, o Coral veio a se concretizar na Renascença com a idéia de Martinho Lutero - reformador da Igreja Protestante - a qual consistia em fazer os fiéis cantarem em Coro as melodias simples, significativas dos cultos religiosos. Tornou-se polifônico e o conjunto vocal clássico - soprano, contralto, tenor e baixofoi sendo enriquecido pelo desmembramento ou divisão dessas vozes.
AS ESCOLAS RENASCENTISTAS
· ESCOLA FRANCO FLAMENGA
 
Sob o reinado de 4 duques de Borgonha pertencentes à dinastia Valois – Filipe o Audaz, de 1363 a 1404.; João Sem Medo, de 1404 a 1419; Felipe, o Bom de 1419 a 1457, e Carlos, o Temerário, de 1467 a 1477, constitui-se um Estado poderoso o que facilitou o desenvolvimento não só político, mas também cultural do sec. XV. Os compositores procedente do ducado de Borgonha (Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Norte da França) assumiram a vanguarda do pensamento musical, embora a Itália e a Inglaterra nos anos posteriores passassem a ser os mais importantes centros musicais da Europa. Muitos desses compositores saíram de suas terras para se estabelecerem em outros países, particularmente na Itália, onde ocuparam postos importantes, exercendo grande influência sobre os músicos locais. Desenvolve-se as dissonâncias e consonância, difundiu-se a música instrumental, aperfeiçoa-se o sistema harmônico, desenvolvendo-se regras precisas para o estudo da harmonia . Principais Representantes:
Guillaume Dufay (1400 - 1474) - aprendeu música como menino cantor da catedral de Cambrai (norte da França que dispunha de uma arquidiocese imensa na Idade Média), onde nasceu e posteriormente ocupou o cargo de cônego, participando nesta condição do Concílio de Constância como membro do séquito de Pierre d`Ailly, bispo de Cambrai. Provavelmente, ao participar desse Concílio fez contato com Carlo Malatesta (1419-1426) a serviço do qual iria permanecer durante vários anos. Foi chantre da capela pontifical de Roma (1428-1434), depois em Florença e em Bologna (1435-1437). Foi sem dúvida o maior músico da primeira metade do séc. XV. Homem de uma cultura invejável, enriquecida ao longo de suas viagens, onde absorveu técnicas francesas, italianas, inglesas etc. Foi um dos principais responsáveis pela transformação da missa no mais importante gênero musical sacro, com suas 09 (obras) completas, destacando-se L´homme Armé, Ecce Ancilola Domini, Se La face aye pale, e sua última missa Ave Regina Coelorum. Supõe-se também que foi o autor da primeira missa Requiem, cantada em seus funerais e que se perdeu. Deixou ainda 76 motetos - 80 chansons francesas - 05 magnificates -35 fragmentos de missas etc.
 
Josquin Des Prés (1440 - 1521) - cronologicamente o primeiro músico da Renascença, nasceu na Picardia (norte da França), viveu 40 anos na Itália, indo depois terminar os seus dias no país natal. Começou sua carreira como chantre no Duomo de Milão. Considerado como o mais expressivo e influente compositor pré-renascentista, cujas técnicas canônicas e de imitação, na qual as linhas vocais diferentes compartilham e se interagem com o mesmo material melódico, modificaram e influenciaram toda a música ocidental. Sua obra, que utiliza todos os recursos contrapontísticos da escola franco-flamenga, é direcionada na busca da máxima expressividade afetiva e lírica. Suas composições têm um estilo mais solto e livre. Entre seus clientes mais prestigiosos estavam o papa, Luis XII, Rei da França, Os Habburgos e Margarida da Áustria. Escreveu 18 missas - 129 motetos, hinos e salmos e 86 peças profanas. 
Clement Janequin (1485 - 1560) - preocupado em por em música os sons do dia a dia, traduziu em canção "a caça a cavalo", "as novidades de Paris", e até mesmo a famosa "batalha de Marignan" onde os cantores têm que imitar os gritos de guerra e os ruídos das armas. Suas canções ficaram famosas em toda a Europa. Sua liberdade de expressão influenciou numerosos músicos, como Adrien Willaert e Roland de Lassus. Em 1549 estabeleceu-se em Paris freqüentando a Sorbone, transformando-se em capelão e músico do duque de Guise e no fim de sua vida, compositor ordinário do rei. Escreveu 02 missas - salmos e canções francesas a 3 e 4 vozes.
Roland de Lassus (1530 - 1594) - Durante uma viagem por Flandres (hoje Bélgica) o vice-rei da Sicília percebeu a linda voz de um garoto de 12 anos e adotou-o levando consigo. Depois de adulto Roland de Lassus viajou pela Itália, Inglaterra e passou um longo período em Munique, onde se tornou mestre de capela. Um dos mais versáteis compositores de sua época. Sua música de igreja e madrigais tornou-se conhecida por toda Europa enquanto viveu. Ficou famoso pela grande número de suas criações (mais de 2.400).
· ESCOLA INGLESA
Em 1588, uma série de madrigais italianos, com versos em inglês, foi publicada na Inglaterra. O fato causou grande entusiasmo e logo os compositores ingleses estavam compondo os seus próprios madrigais, que passaram a ser cantados nos lares de todas as famílias apaixonadas pela música. Em geral, eram composições com um solista para cada voz. Chegou a haver três tipos de madrigal na Inglaterra: o madrigal tradicional, o ballett e o ayre. No madrigal tradicional versos e música mantêm uma estreita associação, e o compositor não perde ocasião para ilustrar musicalmente os significados de certas palavras. Por exemplo, a palavra "morte" seria cantada de modo áspero e dissonante, enquanto que uma frase como "alegres, corriam um atrás do outro" teria vozes seguindo-se rapidamente uma após a outra, em imitação bem próxima. O ballett, era às vezes, ao mesmo tempo, dançado e cantado. Seu estilo, mais leve que o madrigal tradicional, apresenta um ritmo mais acentuado, como de dança. O terceiro tipo de madrigal inglês é o Ayre ou canção. Podia ser executado de várias maneiras: um solo vocal com acompanhamento de alaúde; um solo vocal acompanhado por outros instrumentos, como as violas; ou com todas as partes executadas por vozes, com ou sem acompanhamento de instrumental. A Escola Inglesa foi a grande responsável pelo desenvolvimento do madrigal. Principais Representantes:
 
John Dunstable (1390 - 1453) - nasceu e morreu em Londres. Não se sabe muito sobre a vida desse músico. Sabe-se que ele ocupava-se com a matemática e astronomia, além de servir ao duque de Bedford. É atribuído ao mestre inglês o grande trabalho de aperfeiçoamento da Ars Nova, provocando um novo movimento paralelo ao já existente, pois suas obras já surgiram com um sentimento harmônico, emancipando a terça e a sexta. Há controvérsias ser ele ou não John Dustavylle, relacionado à Catedral de Hereford entre 1419 a 1440. Dunstable foi o primeiro compositor que teve a preocupação de preparar as dissonâncias, isto é, a música era conduzida até elas, não eram mais uma ocorrência aleatória. Escreveu missas - 33 motetos - 02 canções francesas.
Thomas Tallis (1505 - 1585) nasceu em Leicestershire e morreu em Greenwich. Trabalhou como organista e chefe de coral em vários lugares entre eles a abadia de St. Croix de Waltham,foi também organista da capela real a partir de 1542, trabalhando para as cortes de Henry VIII, Eduard VI e Maria Elisabeth. Compôs o magnífico moteto a 40 vozes Spem in Alium, uma verdadeira obra prima da arte contrapontual e imitativa, escrita para as comemorações do 40º aniversário da rainha Elisabeth (1573) e os 2 Lamentations of Jeremiah, para cerimônia da semana Santa. Sua música revela o mais alto estilo polifônico. Escreveu 2 missas a 4 e 5 vozes - 52 motetos variando de 4 a 40 vozes.
 
William Byrd (1543-1623) Foi o maior compositor inglês de sua época e um dos grandes gênios da história musical. Sua obra inclui não somente gêneros vocais, sacros e seculares, mas também obras bastantes refinadas para teclado e consort. Mesmo sendo católico, compôs obras tanto para a Igreja Católica como para a Anglicana, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do English Anthen (gênero moteto). Foi mestre capela da rainha. Realizou, clandestinamente, a composição de sua missa a 5 vozes, composta em 1588, obra que têm um equilíbrio, uma simplicidade de expressão e uma precisão contrapontual que somente serão encontradas no período clássico. Sua obra é caracterizada por salmos, madrigais, variações, danças aristocráticas e populares.
Thomas Morley (1557-1603)cantor da vida nos campos e do bucolismo de veraneio. Grande madrigalista, forneceu suas obras para associações madrigalescas.
John Dowland (1563 - 1626) foi um grande compositor para alaúde, famoso por suas pavanas magestosas e sombrias.
Orlando Gibbons (1583 - 1625) organista da Capela Real de Londres, e mais tarde de Westminster. Foi o último dos elizabetianos, escreveu música para a igreja, música para viola e foi um dos maiores compositores de madrigais.
· IGREJA PROTESTANTE
Na Alemanha da época, muito dividida, os músicos não marcaram muito a história, com exceção de Hassler, aluno de Roland de Lassus e dos Gabrielli, que procurou fazer uma síntese entre o estilo polifônico e a arte de Veneza. Foi também nesse período o surgimento do Lied (poema musicado). A Igreja Protestante, liderada por Lutero, procurava encontrar caminhos que levassem as pessoas a um contato mais direto com Deus, acabou se desenvolvendo a tradição de compor hinos para serem cantados em alemão por toda a congregação - em lugar dos corais cantados em latim. Tanto podiam ser músicas recentemente compostas como originar-se de cantochão e até mesmo de canções populares adaptadas. Esses hinos são também chamados de coral. A Reforma foi um estímulo extraordinário para a música alemã até então adormecida. Principais Representantes:
Heirich Isaak (1450 -1517) de 1475 a 1496 trabalhou em Florença como organista na corte de Laurent o Magnífico, embora paralelamente assumisse funções de cantor e organista em diversas igrejas. De 1496 a 1513 é o compositor oficial da corte de Maximiliano que se estabelece em Viena em 1496. Escreveu uma representação sacra - 40 missas - 50 motetos - uma coletânea de corais chamada de "Choralis Constantinus" e muitas peças profanas a 2, 3 e 4 vozes.
Martinho Lutero (1483 - 1546) foi sem dúvida o maior expoente da Reforma. Compositor alemão de cantos religiosos. 
Hans Leo Hassler (1564 - 1612) foi aluno de Gabrielli. É autor de cantos populares da igreja luterana e arranjador de alguns corais de Lutero.
Jacobus Gallus (1550 - 1594) - Ludwig Senfl (1492 - 1555).
· ESCOLA ESPANHOLA
Na corte do Rei Filipe II, em Madri, as composições de Cristovam Morales ou de Antônio de Cabezón eram ainda muito influenciadas pelos contemporâneos franceses e italianos, mas as de Tomás Luis de Victória têm um caráter verdadeiramente espanhol. Influenciada pelo misticismo religioso, a escola espanhola apresenta tons sombrios às vezes patéticos. Principais representantes:
Tomas Luis de Victória (1548 - 1611) foi sem dúvida o maior compositor espanhol dessa época. Nasceu em Ávila, mas foi cedo para Roma, onde trabalhou como regente do coro do Collegiumm Germanicum dos Jesuítas. Foi capelão da Imperatriz Maria, voltando com ela para a Espanha. Era sacerdote, nunca escreveu uma só linha profana. Música expressiva e dramática.
Antonio de Cabezon (1510 - 1566) organista cego de grande virtuosidade. Foi célebre como compositor e diretor de escola. Viajou a serviço do rei pelos países baixos e Inglaterra. 
Cristobal Morales (1500 - 1553) considerado um dois maiores polifonistas espanhol.
Juan Dell' Encina (1469 -1534) autor do cancioneiro composto de 459 peças de 44 autores diferentes. Foi um grande poeta e músico.
· ESCOLA ROMANA
 
A música composta para a igreja católica romana tentava manter a pureza do canto gregoriano e se contrapunha a tendência do uso de dissonâncias do período. Predominância da música religiosa. Misticismo e serenidade. 
Principais representantes:
 
Giovanni Pierluigi da Palestrina - Nasceu em Palestrina, seguindo tradição italiana Giovanni foi chamado pelo nome de sua terra Natal. Permaneceu a serviço de onze Papas como mestre da capela Sistina. Casou-se em segundas núpcias com a viúva de um rico fornecedor de peles da corte pontificial. Palestrina ajudava sua mulher no comércio de peles, o que não o impediu de compor 115 missas, mais de 1.000 Motetos e muitos madrigais, hinos cânticos, salmos etc.
Gregorio Allegri (1582 - 1552) nasceu em Roma. Entrou em 1629 no coro papal onde aprendeu a polifonia clássica de Palestrina, e cujo repertório ele enriqueceu com numerosos trabalhos vocais e instrumentais.
Giovanni Maria Nanini (1540 - 1607) Marco Antonio Ingegneri (1545 - 1592) Felice Anerio (1560 - 1614). 
· ESCOLA VENEZIANA
Fundada pelo flamengo Willaert, teve como características principais o brilho e a magnificência. Aproveitando a estrutura física da catedral de S. Marco, em Veneza, os compositores posicionavam os músicos em locais estratégicos que a música, quando tocada, sugeria já naquela época um efeito estereofônico. Os compositores venezianos gostavam de empregar instrumentos ao lado de vozes na música sacra, com isso, podiam incluir em suas obras grupos de instrumentos, cada qual ligado ao seu próprio coro. Empregavam uma técnica imitativa com contraste entre forte e piano, sons brilhantes com sombrios, sons agudos contrastando com sons graves. 
Principais representantes:
Adriano Willaert (1480 - 1562) compositor de origem flamenga foi o fundador da Escola Veneziana.
Andrea Gabrieli de Caraneio (1510 - 1586) cantor da igreja de S. Marco e organista de destaque, além de ser autor de um grande número de peças para instrumentos e vozes.
Giovanni Gabrieli (1557 - 1612) sobrinho de Andrea foi cantor e regente do coro de S. Marco, assim como organista e compositor. Estudou em Munich durante 04 anos, onde teve contato com a técnica alemã. Desenvolveu técnica de composição para coros múltiplos e orquestras múltiplas.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MÚSICA RENASCENTISTA
· - A Música ainda se baseia em modos, mas estes são gradualmente tratados com maior liberdade, à medida que vai aumentando o número de "acidentes" introduzidos.
· - Usa-se mais combinação do que contrastes.
· - Harmonia: maior preocupação com o fluxo e a progressão dos acordes, com as dissonâncias sendo tratadas de forma menos rígida.
· - Música Sacra: algumas peças destinadas a execução a capella, freqüentemente contrapontísticas, com muita imitação e nas quais os elementos musicais estão combinados e entrelaçados de modo a se criar uma tessitura de fluxo contínuo, sem remendos; outras músicas de igreja acompanhadas por instrumentos - por exemplo, peças policorais em estilo antifônico "estéreo", muitas vezes envolvendo fortes contrastes musicais.
· -Música Profana: rica variedade de música de canto, de danças e de peças instrumentais - muitas copiando o estilo vocal, mas outras genuinamente ligadas a instrumentos, não a vozes.
· - Os timbres característicos dos instrumentos renascentistas - muitos formando famílias (um mesmo instrumento em diversos tamanhos e tons).
· -Época assinalada pelo predomínio da Polifonia vocal, através do Moteto (de origem flamenga); do Madrigal (nascido da "frotola "italiana); e da Missa (herdada da Idade Média) e da "Chanson" (forma tipicamente francesa). Na fase final (Escola Veneziana), o Madrigal assume uma feição dramática: é o caminho para a ópera que vai surgir no começo do séc. XVII.
INSTRUMENTOS RENASCENTISTAS
Alaúde o braço do alaúde renascentista foi entortado para trás, as cordas passaram a ser afinadas em pares uníssonos e o instrumento recebeu trastes, filetes de metal que indicam o lugar dos dedos, tal como no violão.
Violas
tinham tampo abaulado e fundo chato; seis cordas passando por um braço dotado de pontos; as violas eram mais tocadas na posição vertical, à frente do executante, do que sob o queixo.
Cromorne instrumento de madeira, com pequeno tampão encobrindo uma palheta dupla, produzia um som suave, mas um tanto agudo.
Cervelato instrumento de palheta dupla e sons graves; tinha um tubo comprido, enroscado dentro de um cilindro medindo aproximadamente 30 centímetros.
Sacabuxa foi o antepassado do trombone de vara; tinha, entretanto, uma campana menos bojuda e produzia som mais melodioso e cheio.
Trompete na Renascença, seu tubo foi dobrado, fazendo voltas, ficando assim mais fácil de ser manejado. Até o século XIX,enquanto ainda não havia sido inventado o sistema de válvulas, foi instrumento de poucas notas, obtidas exclusivamente através da pressão dos lábios.
Percussão incluía tamboril, tambor, tímpano, caixa clara, triângulo e címbalo.
INSTRUMENTOS MEDIEVAIS
INSTRUMENTOS RENASCENTISTAS
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