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Monitoramento e Avaliação em Serviço Social

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Centro de Educação à Distância 
Universidade Anhanguera – UNIDERP 
Tutor à Distância: 
Tutora Presencial: Kátia da Silva Simas 
 
DISCENTES: 
 
 Josenilda Farias Lopes - RA:3381593593 
 Isana Lima de Alencar-RA:7930697159 
 Brenda Saiane Moura da Silva Viana- RA: 7981713660 
 Lucimara Maria Sanchez- RA:391371 
 
 
Monitoramento e Avaliação em Serviço Social 
 
 
 
 
Senhor do Bonfim-BA 
Novembro de 2016 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
Essa ATPS tem o objetivo e a elaboração de um Projeto Social incluindo as fases 
de Planejamento – execução – Avaliação e Monitoramento. 
Nessa perspectiva envolverá quatro Etapas para incrementar o Projeto Social e 
deveremos nos direcionar durante os passos apresentados neste desafio 
acadêmico. 
Através das informações expostas neste trabalho, analisaremos as fases do 
monitoramento e da avaliação das políticas sociais para melhor abordagem no 
que tange a questão social. Elaborando assim um projeto social adequado com 
a vulnerabilidade social apresentada pelas fases de avaliação e monitoramento. 
 
INTRODUÇÃO 
Ao se tratar do assunto assistência social e o monitoramento para a execução 
de projetos sociais é imprescindível desvendar o seguimento histórico e o avanço 
dessa política e salientar também o momento que ela era vista como 
assistencialismo, unido ao clientelismo e paternalismo. O assistencialismo não 
confirma um direito, uma resposta às questões e problemáticas sociais e sim a 
conservação das políticas públicas. As políticas públicas e o cenário brasileiro 
chamado o mundo “civilizado” vem passando por várias reformas onde 
estabelece, como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos de cidadania. 
As políticas públicas afetam a todos os cidadãos, de todas as escolaridades, 
independente de sexo, raça, religião ou nível social. Com o aprofundamento e a 
expansão da democracia, as responsabilidades do representante popular se 
diversificaram. Hoje, é comum dizer que sua função é promover o bem-estar da 
sociedade. O bem-estar da sociedade está relacionado a ações bem 
desenvolvidas e à sua execução em áreas como saúde, educação, meio 
ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança, ou seja, 
deve-se contemplar a qualidade de vida como um todo. 
 
2 - A AVALIAÇÃO E O MONITORAMENTO NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA 
SOCIAL. 
 Segundo o texto, Martins descreve que o mundo “civilizado” está em constante 
transformação e, nele, a sociedade se revê, suas práticas se modificam, assim 
como as modificam as legislações, as convenções e os tratados, desde 
situações mais específicas até situações mais globais. Relata ainda que no 
Brasil, o marco legal para as grandes mudanças no campo da Política de 
Assistência Social foi a Constituição Federal de 1988, considerada inovadora, 
moderna que estabelece, como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos 
de cidadania. Expressões desse reconhecimento se manifestaram na 
regulamentação do ECA e da LOAS e, recentemente, na aprovação da nova 
Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que orienta a construção do 
Sistema Único da Assistência Social – SUAS. Neste cenário para que se 
consolide a implantação do SUAS faz-se fundamental a construção e a 
implantação de um sistema de monitoramento e avaliação, que permita a medida 
de sua capacidade. Assim sendo o método deve ser coletivo, categórico, ter 
sequência, ter ciência, realização de estudos, pesquisas e diagnósticos, 
favorecendo a gestão desta política. 
A avaliação tem o papel de analisar criticamente o andamento do serviço e ou 
projeto, segundo seus objetivos, tendo por base as informações produzidas pelo 
monitoramento. O monitoramento diz respeito à observação regular e 
sistemática do desenvolvimento das atividades, do uso dos recursos e da 
produção de resultados, comparando-os com o planejamento inicial. Ele deve 
produzir informações e dados confiáveis para subsidiar a análise da razão de 
eventuais desvios, assim como, das decisões de revisão do plano. 
Previstos, possibilitando dessa forma a identificação de eventuais falhas, a 
revisão de decisões, à racionalização de recursos públicos e, 
consequentemente, um redirecionamento das ações. Constitui-se também em 
um mecanismo de controle social, na medida em que são divulgados os 
resultados, permitindo à sociedade civil, avaliar a ação do Estado e das 
entidades em relação ao andamento da política. Portanto o processo de 
monitoramento e avaliação de um projeto consiste em procedimentos de análise 
e acompanhamento das ações e resultados ligados ao projeto. 
2.1 - PROJETO SOCIAL TEMA: 
A importância da mulher no contexto social. 
2.2 - PÚBLICO-ALVO 
 Mulheres do município de Jaguarari, que se encontram em situação de 
vulnerabilidade social. 
2.3 – PERÍODO DE EXECUÇÃO 
De: 15/10/2015 até 15/11/2016. 
2.4 - JUSTIFICATIVA 
Este projeto tem o objetivo de atender as mulheres em situação de 
vulnerabilidade social, por meio de projetos, oficinas e cursos técnicos com 
proposito de promover uma melhor qualidade de vida social e cultural, garantindo 
o desenvolvimento pessoal e geração de trabalho e renda. 
 
 2.5 – OBJETIVOS 
 2. 5. 1 - Objetivo Geral 
Fortalecer as políticas públicas e órgãos de defesa dos direitos da mulher; 
aplicação da metodologia que favoreça um atendimento personalizado e a 
construção participativa da mulher em projetos, oficinas e cursos técnicos 
permita uma melhor capacidade de vida social e cultural. Assegurando a 
integração social e cultural para os grupos de mulheres residentes no município, 
com o intuito de que as usuárias adquiram novos conhecimentos e aprendizados 
que sejam relevantes para a formação de consciência crítica. Elevação da 
autoestima e conhecimento de seus direitos e deveres enquanto cidadãs 
Atuantes dentro da sociedade, fazendo com que todas participem e se sintam 
bem dentro do grupo. 
2. 5. 2 - Objetivos Específicos. 
Assegurar o atendimento em espaços e serviços diferenciados para as mulheres 
que se encontram em vulnerabilidade social; Os espaços e a metodologia devem 
proporcionar o atendimento em conjunto, a privacidade do núcleo de mulheres, 
a proteção especial e o fortalecimento do vínculo entre seus membros e o 
desenvolvimento de relações saudáveis entre si; Proporcionar um local de novos 
conhecimentos onde as integrantes se sintam à vontade e valorizadas.; 
Promover a articulação de parcerias com instituições públicas e privadas 
buscando novas fontes de conhecimento às integrantes; Informar em reuniões 
socioeducativas a essas mulheres para que obtenham conhecimentos de seus 
direitos e deveres para com a família e a sociedade. 
 2.6 – METODOLOGIA 
 Para o Progresso desse Projeto Social será utilizada a abordagem qualitativa 
do tipo de Estudo de Caso. Optamos pela pesquisa qualitativa porque esta 
responde: as questões muito particulares de cada mulher. Esta pesquisa se 
preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser 
quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, 
aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais 
profundo das relações, dos processos e dos fenômenos, que não podem ser 
reduzidos á operacionalizações de variáveis (MINAYO, 2003, p. 21/22). 
Podemos ainda afirmar que a abordagem qualitativa “aprofunda-se no mundo 
dos significados das ações e relações humanas. ” (MINAYO, 2003, p. 22). 
Segue abaixo especificadas características básicas que configuram o tipo de 
delineamento utilizado no presente estudo, a saber: 
1. A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados 
e o pesquisador como seu principal instrumento. 
 2. Os dados coletados são predominantemente descritivos. 
3. A preocupação com o processo é muito maior do que o produto. 
 
 4. O significado que as pessoas dãoàs coisas e à sua vida são focos de atenção 
especial do pesquisador. 
5. A análise dos dados tende a seguir um processo intuitivo (LUDKE e ANDRÉ, 
2001, p. 11/13). O tipo de pesquisa qualitativa denominada de Estudo de Caso, 
“é o que se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, tem 
um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e 
contextualizada” (LUDKE e ANDRÉ, 2001, p. 18). O desenvolvimento de um 
estudo de caso é caracterizado em três fases, sendo a primeira aberta e 
exploratória, a segunda a mais sistemática em termos de coleta de dados e a 
terceira na análise e interpretação sistemática dos dados e na elaboração do 
relatório. Essas três fases se superpõem em diversos momentos, sendo difícil 
precisar as linhas que as separam (LUDKE e ANDRÉ, 2001). 
 2.7 – EXECUÇÃO 
O Grupo de Mulheres do CRAS Do município de Jaguarari, foco da pesquisa 
iniciará suas atividades nos meses de outubro e novembro de 2016. Os 
encontros serão realizados semanalmente, sempre às segundas-feiras e sextas 
feiras. O grupo será constituído a partir da junção dos grupos de Gestantes, 
Mães Nutrizes e usuárias em situação de vulnerabilidade existentes no CRAS, 
pois devido aos nascimentos e desenvolvimento das usuárias, mães e filhos, 
existe uma pequena quantidade de integrantes em todos os grupos, fazendo-se 
necessário a união dos grupos. Essa atitude da Assistente Social que trabalhava 
com os grupos que estão sendo extinto foi de grande melhoria, resultando num 
trabalho mais completo, não possuindo distinção de temas trabalhados. Por meio 
do trabalho social com reflexões sobre variados assuntos em grupo, entende-se 
que, acima de qualquer ação é necessário que o Assistente Social acredite nos 
processos de mudanças com os integrantes e sua família para auxiliando na 
formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres além de pessoas 
com visão crítica perante a situação social, econômica, cultural na qual vivemos 
atualmente. Além disso, a Assistente Social e a Psicóloga, trabalharão com a 
possibilidade de aquisição de conhecimentos sobre variados temas atuais e de 
interesse das integrantes, havendo também entre o grupo a troca cultural, o 
convívio Inter geracional, e a conscientização coletiva, questão primordial dentro 
deste trabalho com o grupo de mulheres usuárias do CRAS. Para Pichon-Riviére 
(2005) o grupo cria condições para que os participantes promovam uma 
modificação criativa e adaptativa à realidade, que significa compreender o grupo 
como instrumento de aprendizagem. Assim, o grupo de mulheres do CRAS do 
município de Jaguarari trabalha no sentido de promover a aprendizagem e a 
autonomia pessoal e social por meio de orientações, cursos e palestras. 
Pretende-se por meio do trabalho com o Grupo de Mulheres, atender as famílias 
usuárias da Assistência Social, trabalhando com as mulheres e mães, de certa 
forma, com a família em seu contexto geral por meio de entrevistas, visitas 
domiciliares, palestras explicativas, encaminhamentos, orientações e por outras 
técnicas utilizadas nos atendimentos. Segundo o Art.226. Constituição Federal 
De 1988 “a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. ” 
(BRASIL, 2006, p. 141). O Estado e a família desempenham papéis similares, 
em seus respectivos âmbitos de atuação: regulam, normatizam, impõem direitos 
de propriedade, poder e deveres de proteção a assistência. Tanta família quanto 
os Estados funcionam de modo similar, como filtros redistributivos de bem-estar, 
trabalho e recursos. Para se tornarem integrantes do Grupo de Mulheres as 
interessadas participarão de uma entrevista individual junto ao (profissional de 
Serviço Social ou de psicologia que formam a equipe técnica do CRAS) que 
colherão informações precisas a respeito da integrante e de sua composição 
familiar, onde se conhecerá suas dificuldades, gastos financeiros e etc., dados 
que podem mostrar a real situação da família a ser atendida. Durante as 
reuniões, palestras, oficinas e cursos estarão sempre sob a orientação e 
coordenação da Assistente Social serão trabalhados temas atuais, dinâmicas, 
vídeos, de forma que as integrantes construíssem uma visão de mundo mais 
crítica e consciente a respeito das questões sociais em que vivem. Serão 
realizados também passeios com o Grupo para a descontração e lazer das 
integrantes, para o conhecimento cultural e o bem-estar físico e emocional de 
todas refletindo em sua vida social e familiar. Além do atendimento no CRAS, as 
mulheres serão também acompanhadas em seus próprios domicílios pelo 
Serviço Social com o objetivo de constatar a real situação vivida pela família, 
suas dificuldades financeiras e sociais definindo assim o grau de vulnerabilidade 
que a mesma se encontra. Por meio dessas técnicas é possível obter a definição 
de qual auxílio emergencial a família necessita. Após detectada a real 
necessidade da família serão feitos encaminhamentos com o intuito de 
direcionar os usuários em sua necessidade momentânea aos órgãos de 
atendimento, palestras, cursos e etc. A faixa etária das mulheres que participarão 
do grupo de mulheres do CRAS do município de Jaguarari. 
2.8 – AVALIAÇÃO 
 Para a implantação do Projeto Social no CRAS no município de Jaguarari serão 
utilizadas a avaliação em três momentos distintos: A primeira avaliação será a 
do contexto, quando serão verificadas as necessidades, os ativos e recursos de 
forma a planejar intervenções relevantes e efetivas, dentro do contexto da 
comunidade a ser atendida; identificando a atmosfera política, econômica e 
social da comunidade envolvida, de modo a aumentar a probabilidade de que as 
intervenções escolhidas sejam de fato satisfatórias. A segunda avaliação será a 
da implementação, que será feita de forma contínua, visando levantar 
informações sobre o que acontece e porque acontece. Envolverá a contínua 
adaptação do plano inicial, de modo a considerar as condições locais, a dinâmica 
da comunidade a ser atendida e as incertezas programáticas. As informações 
Serão continuamente analisadas e ações de correção tomadas para garantir o 
atingimento dos resultados propostos. A terceira avaliação será a dos resultados, 
quando procuraremos focar os resultados práticos de curto e longo prazo do 
projeto. Como normalmente os projetos trazem resultados nem sempre previstos 
na proposta original, e devido aos esforços de prevenção serem complexos em 
um ambiente de comunidade, na qual se atua em projetos sociais, e difíceis de 
mensurar, seremos flexíveis na condução da avaliação de resultados. 
2.9 - MONITORAMENTO 
O monitoramento será feito por meio do acompanhamento contínuo dos 
processos e atividades previstas no plano de ação que analisará constantemente 
se existe coerência entre objetivo principal, estratégias propostas e resultados 
obtidos. De modo consistente com os objetivos apontados, o Projeto Social 
utilizará continuamente os resultados de avaliação para realizar ajustes e 
correções imediatos caso houver necessidade. Os resultados serão 
devidamente anotados e divulgados tanto para as integrantes do grupo como 
também para toda a equipe do referido CRAS e demais pessoas e entidades 
envolvidas. 
3 – RECURSOS: 
3.1 - HUMANOS: 
 Palestrante de empreendedorismo, cursos de corte e costura, curso de pintura, 
oficinas de artesanatos, palestras (autoajuda) e projetos sociais. 
3.2 - MATERIAIS: 
 Máquina de costura, agulha, linha, botões, tecidos, tesoura, fita métrica, moldes, 
roupas (customização), tela, caixa amplificada, data show, microfone, apostilas, 
canetas, lápis. Massa de biscuit, tintas para diversos tipos de pintura, E.V.A., 
colas, viés. Objetos reciclados para oficinas de artesanatos (jornal, cds e dvd 
usados, papelão, filtros de café, retalhos de panos). 
3.3- INDICADORES DO PROJETO: 
Pesquisa qualitativa através de entrevistas 
3.4 - AVALIAÇÃO DO PROJETO: 
 A lista de presença é um tipo de monitoramento que usamos, pois através dela 
podemosperceber se o nosso trabalho tem sido satisfatório a todos. 
Considerando que o projeto é elaborado e executado para enfrentar um desafio 
ou resolver um problema, nada mais adequado do que verificar se as soluções 
apresentadas serão, são ou foram adequadas. Trata-se de avaliar o projeto. 
Avaliar é fazer um julgamento sem a ideia de condenar e sim, de melhorar a 
prática, seja ela de elaboração ou de execução do projeto. O mesmo foi avaliado 
através do monitoramento que é a 
Observação regular e sistemática do desenvolvimento das atividades, do uso 
dos recursos e da produção dos resultados, comparando-os com o que foi 
planejado, 
Será uma avaliação participativa que pode ser utilizada em qualquer etapa do 
projeto. Incorporando a perspectiva das populações beneficiadas na análise de 
aspectos e problemas relacionados ao planejamento, à execução e aos 
resultados do projeto. As avaliações participativas procuram superar algumas 
deficiências das abordagens tradicionais, abrindo canais de participação entre 
usuários e gestores. 
 4 - Etapa 
2 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE 
NOS PROJETOS SOCIAIS. 
A necessidade crucial de mais eficiência, eficácia e efetividade (3Es) das ações 
governamentais está intrinsecamente relacionada à questão do 
desenvolvimento, pois suas possibilidades são, muitas vezes, cerceadas devido 
aos limites que surgem quando os atores envolvidos na gestão pública não estão 
comprometidos com estes conceitos, resultando em impactos negativos na vida 
de todos os cidadãos. Figura 1 – Mapa Conceitual Mapa conceitual: critérios de 
avaliação Eficácia Eficiência Efetividade Modelo de mapa conceitual conforme 
modelo de ATPS Conceitos dos três critérios de avaliação conforme mapa 
conceitual acima. Eficácia: é a quantidade de produtos e serviços entregues aos 
usuários. Eficiência: é a relação entre os produtos / serviços gerados (outputs) 
com os insumos empregados, usualmente sob a forma de custos ou 
produtividade. Efetividade: são os impactos gerados pelos produtos / serviços, 
processos ou projetos. A efetividade está vinculada ao grau de satisfação ou 
ainda ao valor agregado. A Governança e a Governança para Resultados são 
expressões em ascendente uso na literatura gerencial no setor público que 
possuem fortes e centrais significados para o processo de mudança 
organizacional e para a mensuração do desempenho. O termo Governança 
busca expandir e superar o atual paradigma de administração pública que está 
associado a um papel preponderante do estado como executor direto no 
desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de serviços. 
Neste contexto a boa gestão é aquela que alcança resultados, 
independentemente de meritórios esforços e intenções. Alcançar resultados, no 
setor público, é atender às demandas, aos interesses e às expectativas dos 
beneficiários, sejam cidadãos ou organizações, criando valor público. No 
entanto, os resultados não acontecem por acaso, pois governos, organizações 
públicas, políticas, programas e projetos não são auto‐ orientados para 
resultados. Assim como, também não basta apenas definir bem os resultados, 
pois não são auto executáveis. Portanto, a implementação passa 
 
A ser a variável crítica. Assim, a principal questão concentra-se em como fazer 
os resultados obtidos e, para isso, faz-se necessário harmonizar todos esses 
fatores sob o abrigo de gestão para resultado. Um modelo é um recurso analítico 
com o propósito de representar a realidade a partir da definição de um conjunto 
de variáveis (ou aspectos da realidade que se pretende representar, aspectos 
estes que podem ser vistos, definidos, medidos de forma quantitativa ou 
qualitativa, por meio de indicadores). Modelos são, portanto, um conjunto de 
indicadores relacionados. A construção de modelos, a partir da escolha das 
variáveis e seus padrões (hipóteses) de relacionamento (causação), podem 
seguir várias lógicas: relações causais verificadas empiricamente ou lógica 
dedutiva. Assume‐se que a realidade é um todo complexo e os modelos, ao 
incluírem apenas algumas variáveis para representá‐la buscando descrever, 
explicar ou prever algo, serão sempre recursos limitados, revelando e 
escondendo, deixando de fora muitas variáveis potencialmente importantes e 
contendo limitações para estabelecer os padrões de comportamento entre as 
variáveis. 
4.1 - INDICADORES DE EFICIENCIA, EFICACIA E DE RESULTADOS DO 
PROGRAMA NACIONAL DE GESTÃO PUBLICA. 
 Indicadores são métricas que proporcionam informações sobre o desempenho 
de um objeto (seja governo, política, programa, organização, projeto etc.), com 
vistas ao controle, comunicação e melhoria. Os indicadores são instrumentos de 
gestão essenciais nas atividades de monitoramento e avaliação das 
organizações, assim como seus projetos, programas e políticas, pois permitem 
acompanhar o alcance das metas, identificar avanços, melhorias de qualidade, 
correção de problemas, necessidades de mudança etc. Assim sendo, pode‐se 
dizer que os indicadores possuem, minimamente, duas funções básicas: a 
primeira é descrever por meio da geração de informações o estado real dos 
acontecimentos e o seu comportamento; a segunda é de caráter valorativo que 
consiste em analisar as informações presentes com base nas anteriores forma 
a realizar proposições valorativas. 
Quadro 1 – Vejamos o quadro a seguir referente ao gerenciamento dos 
indicadores de eficiência, eficácia e de resultados do Programa Nacional de 
Gestão Pública. Identificação do nível, dimensão e objetos de mensuração 
Estabeleci Mento de indicadores Validação preliminar dos indicadores com as 
de partes interessadas Construção de Fórmulas, Estabelecimento de metas e 
notas Definição de Responsáveis Geração de sistema de Coleta de dados. 
Ponderação e validação final dos indicadores com as partes interessa das Macro 
governo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Estabelecimento de 
indicadores, tais como: seletividade; simplicidade e clareza; representatividade; 
rastreabilidade e acessibilidade; comparabilidade; estabilidade; custo‐
efetividade. Esses critérios servirão de base para a decisão de manter, modificar 
ou excluir os indicadores inicialmente propostos. (Longevidade +Educação 
+Renda) /3 PNUD - Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento 
Tradicionais: aplicação de questionários, realização de entre vistas, Observação 
direta, análise documental (físicos e virtuais); uma vez definidos os pesos das 
dimensões, é necessário ponderar os critérios de seleção do indicador para se 
obter um conjunto seleto de indicadores por dimensão. Eficiência, eficácia e 
efetividade Taxa de Analfabetismo de 15 anos ou mais Expectativa de vida ao 
nascer; Taxa de alfabetização; Taxa de matrícula; PIB per capita Total de 
analfabetos na Faixa etária/total da população com a mesma faixa etária IBGE 
– Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Contextuais: análise social, 
análise do ambiente interno e análise do ambiente externo Fonte: 
http://www.gespublica.gov.br/Tecnologias/pasta.2010-05-
24.1806203210/guia_indicadores_jun2010.pdf Os indicadores não são 
simplesmente números, ou seja, são atribuições de valor a objetivos, 
acontecimentos ou situações, de acordo com regras, que possam ser aplicados 
critérios de avaliação, como, por exemplo, eficácia, efetividade e eficiência. 
Dessa forma os indicadores servem para: mensurar os resultados e gerir o 
desempenho; embasar a análise crítica dos resultados obtidos e do processo de 
tomada decisão; contribuir para a melhoria contínua dos processos 
organizacionais; facilitar o planejamento e o controle do desempenho; e viabilizar 
a análise comparativa do desempenho da organização e do desempenho de 
diversas organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes. O 
desempenho pode ser compreendido como esforços empreendidos na direção 
de resultados a serem alcançados. A equação simplificada é: desempenho = 
esforços + resultados; ou desempenho= esforços resultados. A definição 
sintética e ao mesmo tempo ampla para o desempenho é estabelecida pela 
atuação de um objeto (uma organização, projeto, processo, tarefa etc.) para se 
alcançar um resultado. Logo, desempenho é um conceito peculiar, um construto 
específico, para cada objeto. Uma vez definido desempenho, o conceito de 
gestão do desempenho precisa ser qualificado. A gestão do desempenho 
constitui um conjunto sistemático de ações que buscam definir o conjunto de 
resultados a serem alcançados e os esforços e capacidades necessários para 
seu alcance, incluindo‐se a definição de mecanismos de alinhamento de 
estruturas implementadoras e de sistemática de monitoramento e avaliação. A 
mensuração é parte essencial de um modelo de gestão do desempenho. Os 
indicadores devem ser especificados por meio de métricas estatísticas, 
comumente formados por porcentagem, media, número bruto, proporção e 
índice. Os componentes básicos de um indicador são: medida, fórmula, índice 
(número), padrão de comparação, meta. Na identificação e seleção de um 
 
Indicador é importante considerar critérios básicos como: seletividade ou 
importância; simplicidade, clareza, inteligibilidade e comunicabilidade; 
representatividade, confiabilidade e sensibilidade; investigativos; 
comparabilidade; estabilidade; custo-efetividade. É necessário identificar se a 
escolha do indicador atende às expectativas de seus públicos de interesse, como 
os órgãos setoriais, órgãos centrais, órgãos de controle e outros possíveis 
interessados, de modo a assegurar a relevância do indicador proposto. É 
fundamental a obtenção de um conjunto significativo de indicadores que propicie 
uma visão global da organização e represente o desempenho da mesma. O 
processo de validação é conduzido vis-à-vis como analise dos critérios de 
avaliação do indicador. A fórmula descreve como deve ser calculado o indicador, 
possibilitando clareza com as dimensões a serem avaliadas. A formula permite 
que o indicador seja: inteligível, interpretado uniformemente, compatibilizado 
como processo de coleta de dados; especifico quanto a interpretação dos 
resultados e apto em fornecer subsídios para o processo de tomada de decisão. 
A meta é uma expressão numérica que representa o estado futuro de 
desempenho desejado. A nota deve refletir o esforço no alcance da meta 
acordada, por indicador em particular, o que implicará na determinação de 
valores de 0 a 10 para cada um, conforme a relação entre o resultado observado 
e a meta acordada. Na fase de definição de responsáveis é necessária a 
indicação pela geração e divulgação dos resultados obtidos de cada indicador. 
Em alguns casos, o responsável de pela apuração e pelo desempenho do 
indicador podem ser os mesmos. Indicadores sem responsáveis por sua coleta 
e acompanhamento não são avaliados, tornando‐se sem sentido para a 
organização. Há necessidade de se coletar dados acessíveis, confiáveis e de 
qualidade. A identificação de dados varia de acordo com o tempo e os recursos 
disponíveis, assim como o tipo de informação necessária. A ponderação e 
validação final dos indicadores com as partes interessadas são fundamentais 
para a obtenção de uma cesta de indicadores relevante e legitima que assegure 
a visão global da organização e, assim, possa representar o desempenho da 
mesma. 
5 - SOFTWARE BRASIL E A SUA RELEVANCIA DE SUA UTILIZAÇÃO PARA 
FACILITAR A ANÁLISE DOS INDICADORES SOCIAIS E EDUCACIONAIS. 
 O Brasil Hoje é um software que reúne indicadores sociais e educacionais, 
produzidos por diversos institutos de pesquisas nacionais, com o objetivo de 
facilitar o acesso e a análise dessas informações, sendo possível produzir 
relatórios agregando diferentes indicadores e estabelecendo comparações com 
outros municípios e localidades. Software é um sistema que reúne em um único 
ambiente, informações criteriosamente selecionadas, produzidas e diversos 
institutos de pesquisa nacionais, para que se possa conhecer as características 
de cada um dos municípios brasileiros. O Brasil Hoje – indicadores sociais para 
a gestão do município, resultado de uma parceria estabelecida entre a Fundação 
Itaú Social (FIS), o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o 
Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação 
Comunitária), é um site que reúne em um único ambiente, informações 
criteriosamente selecionadas, produzidas de diversos institutos de pesquisa 
nacionais, para que se possa conhecer as características de cada um dos 
municípios brasileiros. Um dos diferenciais do Brasil Hoje é a maneira pela qual 
são organizadas e apresentadas as informações, o que permite um fácil acesso 
Pelos usuários, o que auxilia na leitura de contextos municipais. O acesso às 
informações sobre os municípios tem se tornado uma estratégia cada vez mais 
necessária e essencial para o processo de gestão das políticas públicas. Sem 
informações sobre a realidade não se elaboram diagnósticos efetivos, não se 
criam parâmetros avaliativos, não se constroem indicadores, não se traz à tona 
a complexidade das condições de vida da população. Os indicadores sociais 
ganham cada vez mais espaço na gestão pública, como fontes privilegiadas para 
o mapeamento da realidade e para nortear ações e investimentos sociais. O 
Brasil Hoje, além de permitir o conhecimento e o monitoramento da realidade, 
pode se constituir em um valioso instrumento para subsidiar decisões 
estratégicas de implementação e avaliação de políticas, programas e projetos. É 
importante que os gestores fundamentem a implementação de políticas públicas 
em diagnósticos referenciados no território, que aliem indicadores sociais oficiais 
à verificação da realidade. Espera-se que essa análise combinada revele as 
fragilidades e vazios, bem como as potencialidades presentes no município. 
Acredita-se que o Brasil Hoje possa contribuir para o aprimoramento de uma 
“cultura de avaliação”, calçada em permanente processo investigativo, que 
envolva diferentes atores sociais e sirva de referência para o planejamento de 
políticas públicas a curto, médio e longo prazo. Na perspectiva Inter setorial das 
políticas públicas, o diagnóstico educacional só tem sentido se analisado dentro 
do contexto socioeconômico mais amplo. Dessa forma, o Brasil Hoje é uma 
ferramenta que colabora com essa concepção, trazendo dados sobre educação, 
saúde, assistência social, população, condições de vida, infraestrutura e 
finanças. Apresenta um grande potencial de pesquisa e cruzamento de dados 
dos indicadores sociais considerados fundamentais para a implementação de 
políticas sociais na gestão pública. Para facilitar a compreensão e possibilitar o 
seu aproveitamento adequado, cada indicador está acompanhado das 
respectivas definições, notas técnicas explicativas, fonte e glossário dos termos 
utilizados, além de mapas e gráficos que comparam o indicador do município 
com o do respectivo estado e com o do País. O usuário tem acesso a diversas 
bases de dados dos indicadores e informações, podendo exportá-las e utilizá-las 
de diversas maneiras. Como usuários, estamos cientes que não é suficiente 
socializar dados e informações. É preciso saber ler e interpretar os indicadores, 
com o objetivo de enxergar e compreender a realidade retratada por meio deles. 
É necessário programar estratégias para que se possa estabelecer uma 
correlação entre os dados e o cotidiano das instituições, transformando os 
indicadores e resultados das avaliações em programas e ações concretas para 
a promoção e a melhoria da qualidade da política pública. Assim, podemos 
afirmar que os indicadores sociais estão diretamente relacionados às políticas 
públicas existentes e às suas diferentes áreas de intervenção. Essa relação entre 
indicadores e políticas públicas/planos/programas/projetos, não é por acaso, e 
está presente já no momento de elaboração das intervenções. 
6 - INDICADORES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
 Taxa de analfabetismo 
 Rendimento médio de trabalhoTaxas de mortalidade infantil 
Taxas de desemprego 
 Índice de gene e proporção de Crianças matriculadas em escolas 
Proporção de crianças com baixo peso 
Proporção de domicílios com saneamento adequado 
 Indicadores baseados registro de ocorrência policial 
Mortalidade por causas violentas 
Indicadores de rendimento como medidas de acompanhamento 
 Renda familiar 
Indicadores demográficos 
 Indicadores habitacionais 
 Indicador de segurança publica 
 Indicadores de infraestrutura urbana 
7 – ETAPA 
 4: DIFERENÇA ENTRE OS METODOS DE PESQUISA: QUANTITATIVO E 
QUALITATIVO. 
Para se começar uma pesquisa, Asti Vera (1979), defende a ideia que o 
propulsor para um estudo é o problema pois sem ele não há razão de realizar a 
pesquisa. Segundo Diehl (2004) a escolha do método se dará pela natureza do 
problema, bem como de acordo com o nível de aprofundamento. Estes métodos 
são diferenciados, além da forma de abordagem do problema, pela sistemática 
pertinente a cada um deles (RICHARDSON, 1989). Uma vez definido o tema da 
pesquisa, deve se escolher entre realizar uma pesquisa qualitativa ou uma 
quantitativa. Uma não substitui a outra, elas se complementam. A pesquisa 
quantitativa pelo uso da quantificação, tanto na coleta quanto no tratamento das 
informações, utilizando-se técnicas estatísticas, objetivando resultados que 
evitem possíveis distorções de análise e interpretação, possibilitando uma maior 
margem de segurança. São mais adequadas para apurar opiniões e atitudes 
explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos 
padronizados (questionários), que são utilizados quando se sabe exatamente o 
que deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se 
realizem projeções para a população representada. Elas testam, de forma 
precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que podem 
ser comparados com outros. É apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e 
preferências como comportamento. A pesquisa qualitativa, por sua vez, 
descreve a complexidade de determinado problema, sendo necessário 
compreender e classificar os processos dinâmicos vividos nos grupos, contribuir 
no processo de mudança, possibilitando o entendimento das mais variadas 
particularidades dos indivíduos. Tem caráter exploratório, estimulam os 
entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. 
Fazem emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explicitas, ou 
mesmo não conscientes de forma espontânea. É particularmente útil como uma 
ferramenta para determinar o que é importante para os clientes e porque é 
importante. 
PESQUISA: QUALITATIVA QUANTITATIVA 
 Exemplos: Descrições detalhadas de fenômenos, comportamentos; citações 
diretas de pessoas sobre suas experiências; trechos de documentos, registros, 
correspondências; gravações ou transcrições de entrevistas e recursos; dados 
com maior riqueza de detalhes e profundidade; interações entre indivíduos, 
grupos e organizações Ser estruturada, planejada e controlada; faz uso de 
instrumentos de coleta de dados; responde a propósitos pré estabelecidos; o 
observador sabe o que procura; o observador deve ser objetivo, reconhecer 
possíveis erros e eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe. 
 AMOSTRAS 
Não há preocupação em projetar resultados para a população. O número de 
entrevistados geralmente é pequeno exige um número maior de entrevistados 
para garantir maior precisão nos resultados, que serão projetados para a 
população representada. 
QUESTIONÁRIOS 
 Normalmente as informações são coletadas por meio de um roteiro. As opiniões 
dos participantes são gravadas e posteriormente analisadas. As informações são 
colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas claras e 
objetivas. Isso garante a uniformidade de entendimento dos entrevistados. 
ENTREVISTA 
 São realizadas por meio de entrevistas em profundidade ou de discussões em 
grupo. Para as discussões em grupo, as pessoas em (média 8) são convidadas 
para um bate papo realizados em salas especiais com circuito de gravação em 
áudio e vídeo. Nas entrevistas em profundidade, é feito o pré agendamento do 
entrevistado e a sua aplicação é individual, em local reservado. Este 
procedimento garante a concentração do respondente. O entrevistador identifica 
as pessoas a serem entrevistados por meio de critérios previamente definidos: 
por sexo, por idade, por ramo de atividade, por localização geográfica, etc. As 
entrevistas não exigem um local previamente ou em pontos de fluxos de 
pessoas. O importante é que sejam aplicadas individualmente e sigam as regras 
de seleção da amostra. 
 RELATÓRIO 
 As informações colhidas na abordagem qualitativa são analisadas de acordo 
com o roteiro aplicado e registradas em relatório, destacando opiniões, 
comentário e frases mais relevantes que surgiram. O relatório da pesquisa 
quantitativa, além das interpretações e conclusões, deve mostrar tabelas de 
percentuais e gráficos. De maneira sucinta, em pesquisas qualitativas o 
importante é o que se fala sobre um tema, enquanto que em pesquisas 
quantitativas o importante é quantas vezes é falado. 
7.1 - UTILIZAÇÃO DA PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITAVA EM 
PROJETOS SOCIAIS. 
 A pesquisa quantitativa é importante para dimensionar os problemas com os 
quais o Assistente Social trabalha, pois identifica o número de crianças fora da 
escola, mulheres vítimas de violência doméstica, crianças que estão na rua, etc. 
Enfim, traz retratos da realidade, mas são dados insuficientes para: a) trazer a 
centralidade dos sujeitos, suas histórias; b) trazer as concepções do sujeito; c) 
pensar a particularidade das expressões da questão social; d) pensar as 
experiências dos sujeitos; e) expressar a vida como é vivida; f) as reais 
condições de vida não são alcançados pela pesquisa quantitativa; Os dados 
números em si instrumentalizam a elaboração de programas, mas não prepara 
para a análise, para a interpretação e para o real em movimentos, nas 
contradições e na totalidade e nem diálogo com os sujeitos. Por isso, o Serviço 
Social busca pela pesquisa qualitativa a fim de proporcionar novas metodologias 
de pesquisa como: o diálogo como sujeito; interpretações; histórias do sujeito; 
centralidade do sujeito; com isso, não se exclui a pesquisa quantitativa, mas 
certamente impõe um outro modo de fazer pesquisa em Ciências Sociais, 
Humanas e em Serviço Social. De acordo com Gonçalves (2013) a informação 
quantitativa não deixa de ser importante, não se excluem os dados, a 
observação, a mensuração, mas eles ganham uma outra dimensão qualitativa 
de interpretação, de analises. 
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
Com este trabalho efetuado verificamos que além de um projeto bem elaborado 
precisa-se também, a pós a aplicação, fazer o monitoramento e avaliação nos 
três critérios: Eficiência, Eficácia e Efetividade. Dentro do contexto do Serviço 
Social dá-se grande ênfase aos projetos sociais, entretanto, não basta apenas 
criar projetos e deixá-los no papel, faz-se necessário que sejam colocados em 
prática, bem como eles devem ser avaliados de forma a perceber se de fato os 
resultados esperados estão sendo alcançados. Consta-se ainda por meio desse 
estudo, que para a avaliação dos projetos sociais é necessário à utilização de 
vários indicadores, para cada área especifica, assim como é preciso escolher um 
tipo de pesquisa. A literatura sugere a utilização das pesquisas qualitativa e 
quantitativa, apesar de alguns autores afirmarem que a primeira é a mais viável 
quando se trata de pesquisa em Serviço Social. O fato é que as duas contribuem 
de certa forma com a questão social e devem ser utilizadas de acordo com os 
objetivos a serem alcançados. Neste contexto descrevemos de forma sucinta 
alguns desses desafios, incluindo o contexto institucional e os procedimentos 
adotados, os quais vêm consistindo em passos decisivos para institucionalizar e 
integrar no interior da administraçãopública, o conhecimento técnico as políticas 
públicas e sociais. Uma das maiores dificuldades para a produção de indicadores 
no plano municipal é a inexistência na maioria dos municípios brasileiros de um 
sistema de informações municipais alimentado por coletas e sistematização de 
dados regulares originários dos diversos órgãos setoriais, o que limita, por 
exemplo, a identificação de desigualdades inframunicipais, ou seja, entre bairros 
ou no mínimo entre regiões administrativas. Este é, portanto, um dos grandes 
desafios dos Conselhos Municipais que é exigir a coleta e a disponibilização de 
informações que possibilitem a produção de indicadores de monitoramento das 
políticas públicas locais. Atualmente as informações disponíveis são 
majoritariamente produzidas por organismos federais ou estaduais. 
 
 
 
 
 
 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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avaliação e o desafio da gestão para a melhoria dos resultados sociais. IV 
SemináriodeExtensãoUniversitária.Disponívelem:https://www.yumpu.co
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DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Pesquisa quantitativa e qualitativa. 
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BARREIRA, Maria Cecília Roxo Nobre. Avaliação participativa de 
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2000. 
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ANHANGUERA-UNIDERP

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