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Curso - Orientações Gerais ao Paciente com COVID-19 na Atenção Primária

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Curso - Orientações Gerais ao Paciente com COVID-19 na Atenção Primária 
 
● Terminologias: 
- Doença: COVID-19 
- Vírus: SARS-CoV-2 
 
● Fases Epidemiológicas da COVID-19: 
O COVID-19 possui características dinâmicas, portanto, em cada localidade ele pode 
se propagar de maneiras variadas. Para compreender a dinâmica de propagação da 
doença nos territórios, consideram-se 3 fases epidemiológicas. 
- fase 1: casos importados 
- fase 2: transmissão local 
- fase 3: transmissão comunitária 
 Na fase 1, há poucas pessoas acometidas e ​todas​ regressaram de países onde 
há epidemia. Já na fase 2, há transmissão autóctone, ou seja, quando as pessoas 
que não viajaram para o exterior ou estados com casos confirmados, ficam doentes, 
porém ainda é possível identificar o paciente que transmitiu o vírus. E na fase 3, o 
número de casos aumenta exponencialmente e não é possível identificar a fonte ou 
pessoa transmissora. 
 Atualmente, existem alguns critérios para as fases epidemiológicas, 
considerando o cenário de transmissão. 
- transmissão local: casos autóctones com vínculo epidemiológico a um caso 
confirmado identificado. 
- transmissão comunitária: casos autóctones sem vínculo epidemiológico a um 
caso confirmado ou resultado laboratorial positivo sem relação com outros 
casos na iniciativa privada/rotina de vigilância de doenças respiratórias ou 
transmissão se mantiver por cinco ou mais cadeias de transmissão. 
OBS: A Portaria nª 454, 20 de março de 2020, reconhece a fase de transmissão comunitária 
em todo o território nacional. Esta tem como objetivo a redução da transmissão e a 
coordenação do manejo adequado de casos. 
 
 A Atenção Primária à Saúde e a Estratégia Saúde da Família são a porta de 
entrada preferencial do SUS e na ocorrência de surtos e epidemia tem papel fundamental na 
resposta global ao COVID-19. Estas devem ser resolutivas em suas ações e atendimentos, 
além de manter a longitudinalidade e a coordenação do cuidado em todos os níveis de 
atenção à saúde. 
 
 No cenário epidemiológico de transmissão comunitário, a atuação das equipes de 
Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família no território visam o 
monitoramento e acompanhamento de casos leves, bem como a identificação precoce dos 
casos graves para manejo nos serviços especializados em níveis secundários e terciários. 
Em nível local, a conduta da Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família 
deve-se se concentrar na abordagem sindrômica dos casos, não necessitando a 
identificação dos fatores etiológicos por meio de um exame específico. 
 
➔ Ações da Atenção Primária à Saúde e Estratégia Saúde da Família: 
- condutas e manejos adequados de acordo com os casos operacionais; 
- monitoramento de casos em isolamento; 
- orientações gerais aos pacientes; 
- ações de prevenção e controle na comunidade. 
 
● Definições de Casos Operacionais COVID-19: 
- Caso suspeito:​ Existem 2 situações que os casos podem ser classificados 
como suspeitos: viajante e contato próximo. 
Situação 1: Viajante - ​Pessoa que, nos últimos 14 dias, retornou de viagem 
internacional de qualquer país​ ​e apresente: Febre ​E ​pelo menos um dos 
sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de 
escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de 
garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa 
de nariz, tiragem intercostal e dispneia). 
Situação 2: Pessoa que, ​nos últimos 14 dias​, teve contato próximo de caso 
suspeito ou confirmado para COVID-19 e apresente: Febre ​OU​ pelo menos 
um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, 
produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para 
deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, 
batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). 
- Caso provável:​ ​Pessoa que, nos últimos 14 dias, resida ou trabalhe no 
domicílio de caso suspeito ou confirmado para COVID-19 e apresente: Febre 
OU​ pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para 
respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade 
para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de 
cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) OU outros 
sinais e sintomas inespecíficos como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, 
calafrios, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, 
desidratação e inapetência. 
- Caso confirmado: ​Existem 2 formas de confirmação: estudo laboratorial e 
clínico epidemiológico. 
Laboratorial: Caso suspeito ou provável com resultado positivo em RT-PCR 
em tempo real, pelo protocolo Charité. 
Clínico epidemiológico: Caso suspeito ou provável com histórico de contato 
próximo ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente por COVID-19, 
que apresente febre ou pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios 
nos últimos 14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a 
investigação laboratorial específica. 
- Caso descartado​:​ ​Caso que se enquadre na definição de suspeito​ E 
apresente resultado laboratorial negativo para SARS-CoV-2 ​OU​ confirmação 
laboratorial para outro agente etiológico. 
- Caso excluído:​ Diante do aumento de registros na base de dados do 
FORMSUS2, serão classificados como excluídos aqueles que apresentarem 
duplicidade​ OU​ que não se enquadram em uma das definições de caso 
anteriormente referidas. 
- Casos curados: ​Diante das últimas evidências compartilhadas pela OMS 
e países afetados, o Ministério da Saúde define que são curados: 
casos em isolamento domiciliar - casos confirmados que passaram por 
14 dias em isolamento domiciliar, a contar da data de início dos 
sintomas ​E ​que estão assintomáticos e casos em internação hospitalar 
- diante da avaliação médica. 
OBS:​a liberação do paciente deve ser definida de acordo com o Plano de 
Contingência local, a considerar a capacidade operacional, podendo ser 
realizada a partir de visita domiciliar ou remota (telefone ou telemedicina). 
 
● Manifestações clínicas do COVID-19: 
O quadro clínico inicial de COVID-19 é caracterizado por uma Síndrome Gripal (SG), 
que pode variar seus sintomas desde uma apresentação leve e assintomática até 
uma apresentação grave. 
Para diagnóstico de Síndrome Gripal, os principais sintomas a serem considerados 
são: 
 
Em crianças com menos de 2 anos de idade, deve-se considerar também: febre de 
início súbito e qualquer outro sintoma respiratório 
 
● Manifestações clínicas do COVID-19 - orientações aos usuários: 
Nos casos de sintomas leves, as medidas incluem: suporte, conforto e 
monitoramento até a alta. As orientações aos usuários devem ser: uso de máscara, 
lavagem das mãos, evitar tocar nos olhos, boca e nariz, cobrir o nariz e boca com o 
cotovelo ao tossir ou espirrar e isolamento domiciliar. 
Nos casos de pacientes que pertencem ao grupo de risco, além das orientações 
gerais, deve-se observar os sinais e sintomas de gravidade que os pacientes possam 
apresentar durante o período de isolamento domiciliar, considerando os casos de 
comorbidades descompensadas que contraindicam o isolamento domiciliar. Nesses 
casos, é necessário encaminhamento a Centros de Referências ou de Atenção 
Especializada. 
 
● Sinais e Sintomas de Gravidade: 
É de extrema importância a orientação ao paciente em isolamento domiciliar quanto 
aos sintomas de gravidade, uma vez que o próprio usuário precisará reconhecer a 
presença de qualquer sinal de alerta, retornando imediatamente à unidade de saúde. 
 
 
 SIST.RESPIRATÓRIO SIST.CARDIO ALERTAS 
ADICIONAIS 
ADULTOS ● Falta de ar ou 
dificuldade de respirar; 
● Ronco, retração 
sub/intercostal severa; 
● Cianose central; 
● SPO2 <95% em ar 
ambiente; 
● Taquipneia (<30bpm). 
● Sinais e 
sintomas de 
hipotensão 
(hipotensão 
sistólica 
abaixo de 
90mmHg e 
hipotensão 
diastólica 
abaixode 
60mmHg); 
● Diminuição 
do pulso 
periférico. 
● Piora nas 
condições 
clínicas de 
doenças de 
base; 
● Alteração do 
estado mental, 
como letargia 
e confusão; 
● Persistência 
ou aumento de 
febre por mais 
de 3 dias ou 
retorno após 
48h de período 
afebril. 
CRIANÇAS ● Falta de ar ou 
dificuldade para 
respirar; 
● Ronco, retração 
sub/intercostal severa; 
● Cianose central; 
● Batimento de asa de 
nariz; 
● Movimento paradoxal 
do abdome; 
● Bradipneia e ritmo 
respiratório irregular; 
● SPO2 <95% em ar 
ambiente; 
● Taquipneia; 
● Déficit no 
sist.cardiovascular; 
● Sinais e sintomas de 
hipotensão; 
● Diminuição do pulso 
periférico. 
 ● Inapetência 
para 
amamentação 
ou ingestão de 
líquidos; 
● Piora nas 
condições 
clínicas de 
doenças de 
base; 
● Alteração do 
estado mental: 
confusão e 
letargia; 
● Convulsão. 
 
● Quem deve ficar em isolamento domiciliar? 
Todas as pessoas diagnosticadas com a Síndrome Gripal deverão realizar o 
isolamento domiciliar por até 14 dias, considerando principalmente a abordagem 
sindrômica, presença de sintomas. O isolamento domiciliar também será indicado a 
pacientes já diagnosticados, sem fatores de risco e que apresentem manifestações 
leves da doença, desde que sigam o acompanhamento da equipe de saúde da 
Atenção Básica e que tenham disponibilidade de um cuidador até o desaparecimento 
dos sintomas da doença. 
➔ Primeiras orientações: 
- Primeiro contato: no primeiro contato com o paciente, a equipe deverá 
anotar no prontuário o número de contato do paciente e de algum 
acompanhante, além de fornecer canais para a comunicação com a 
equipe. Informe ao paciente que, caso ele não consiga contato com 
sua equipe de referência, e na ausência de sinais de gravidade, ele 
deve entrar em contato com o DISQUE SAÚDE 136 para maiores 
informações. 
- Tempo de isolamento: o isolamento domiciliar deve durar até 14 dias e 
deverá ser determinado por prescrição médica e deve ser estendido 
às pessoas que residam no mesmo domicílio, mesmo que 
assintomáticas. 
- Monitoramento via teleatendimento: explique ao paciente que ele não 
ficará desamparado durante este período. É de responsabilidade da 
equipe da APS realizar o acompanhamento do paciente e de seus 
familiares, de maneira contínua, durante todo o período de isolamento. 
O monitoramento deve ser realizado a cada 48h, durante 14 dias, 
após o início dos sintomas, preferencialmente por telefone, solicitando 
consulta presencial nos casos que julgue necessária a realização do 
exame físico. 
● Medidas de precaução domiciliar: 
Durante o isolamento domiciliar, o paciente deve ser monitorado via teleatendimento, 
que deve garantir a segurança, integridade e sigilo. O profissional de saúde deverá 
registrar no prontuário as seguintes informações: 
- dados clínicos do paciente; 
- data, hora, tecnologia e comunicação utilizada para o atendimento; 
- número do seu Conselho Regional Profissional e sua unidade de Federação. 
Em todos os casos de isolamento domiciliar, o paciente e os familiares devem 
receber orientações de higiene pessoal e medidas de prevenção e controle da 
infecção para evitar a disseminação do vírus entre os contatos familiares. 
É essencial que o paciente e sua família recebam orientações sobre o COVID-19, 
meios de transmissão e formas de reduzir a disseminação do vírus. A partir da 
compreensão destes aspectos, a adesão às medidas de isolamento pode ser mais 
efetiva. 
Após o esclarecimento das dúvidas, o paciente e seus familiares devem ser 
orientados acerca de algumas medidas de precaução a serem seguidas em casa. 
 
1. Higienização das mãos: 
A equipe da APS deve orientar quanto à higienização das mãos, de maneira 
frequente, com água e sabão ou álcool em gel, especialmente antes de 
comer ou de cozinhar e após ir ao banheiro. 
Oriente o paciente e seus familiares para que utilizem papel toalha para secar 
as mãos após lavagem. Caso não seja possível, oriente quanto ao uso de 
uma toalha de uso individual que deve ser sempre substituída quando estiver 
úmida. 
Todas as pessoas da casa devem realizar a higiene adequada das mãos, 
com água e sabão, nos 5 momentos de higienização. São eles: 
1. Antes do contato com a pessoa. 
2. Antes da realização do procedimento (cuidado). 
3. Após risco de exposição a fluidos biológicos, como secreção e catarro. 
4. Após contato com a pessoa. 
5. Após contato com as áreas próximas à pessoa, mesmo que não tenha 
tocado a pessoa, cuidado direta ou indiretamente da pessoa. 
OBS: Mesmo que as mãos sejam lavadas frequentemente, oriente o seu 
paciente e familiares que não toquem no rosto, a fim de evitar contato com as 
mucosas da boca e do nariz. 
 
2. Higiene respiratória: 
Os pacientes com sintomas respiratórios e os demais moradores do domicílio 
devem receber orientações sobre a etiqueta respiratória, sendo informados 
sobre a importância de cobrir o nariz e a boca na hora que for tossir ou 
espirrar, seja com a parte de dentro do cotovelo ou com um lenço 
descartável. Lembrando sempre de lavar as mãos em seguida e descartar o 
lenço após o uso. 
 
3. Uso de máscara cirúrgica: 
Usar máscara cirúrgica é uma das medidas de prevenção mais eficazes. 
Entretanto, o paciente e a família devem ser informados que o uso da 
máscara por si só é insuficiente para fornecer um nível adequado de proteção 
e que outras medidas devem ser adotadas, como a higiene das mãos. Além 
disso, o uso incorreto da máscara pode prejudicar sua eficácia na redução do 
risco de transmissão. 
➔ Como devo orientar o paciente e o cuidador sobre o uso de 
máscaras? 
- paciente: a pessoa que está em isolamento social deverá usar 
a máscara o tempo todo. Para pessoas que não toleram 
máscaras por muito tempo, orientar reforçar a higiene 
respiratória. Lembrar ao usuário que é imprescindível o uso de 
máscara nas áreas comuns da casa. 
- cuidador: o cuidador deverá utilizar a máscara apenas quando 
estiver no mesmo ambiente no qual o paciente esteja. Em 
ambos os casos, devem ser orientados que as máscaras não 
devem ser tocadas durante o uso e devem ser substituídas 
sempre que estiverem sujas ou úmidas. 
 
 
4. Limpeza de objetos e superfícies: 
- Oriente a família que objetos de uso pessoal como talheres, pratos, 
copos, toalhas, etc não devem ser compartilhados. 
- As superfícies que são tocadas frequentemente devem ser limpas 
mais de uma vez por dia com solução contendo alvejante (1 parte de 
alvejante para 99 partes de água). Esta orientação deve ser estendida 
à banheiros e toaletes. 
- Em relação às roupas pessoas, de cama e banho, estas devem ser 
lavadas isoladamente com sabão comum e água entre 60º-90ºC. 
 
● Orientações diretas ao paciente: 
- Permanecer em quarto isolado e bem ventilado. Assim, a equipe da APS 
deve checar se há disponibilidade de local adequado para a realização do 
isolamento; 
- Caso não exista um quarto disponível, orientar o paciente a manter uma 
distância de pelo menos 1m de seus familiares; 
- No período de isolamento, oriente o paciente a limitar sua movimentação na 
casa, se restringindo a um quarto e as áreas indispensáveis para uso 
compartilhado; 
- As áreas comuns devem estar sempre bem ventiladas. 
- Amamentação: As mães que estão amamentando podem continuar com o 
aleitamento materno, atentando-se apenas para as medidas de higiene como 
a lavagem frequente das mãos e uso de máscara durante a amamentação. 
Nos demais momentos, orientar quanto a importância do distanciamento 
entre a mãe e o bebê, que devem ser mantidos em quartos separados 
sempre que possível ou mantendo a distância minima de pelo menos 1m. 
- Visitas: em período de isolamento, os moradores da casa não deverão 
receber visitas em casa, mesmo que não haja contato com a pessoa em 
isolamento. 
- Emergência: o paciente só deve sair de casa antes do período recomendado 
em casos de emergência. Nessas situações, orientar o paciente a utilizar 
máscaras, respeitar a distância segura das pessoas e evitar aglomerações.Sempre que possível utilizar transportes particulares ou ir a pé. 
- Etiqueta Respiratória: os pacientes com sintomas respiratórios devem receber 
informações sobre etiqueta respiratória, sendo informados acerca sobre a 
importância de cobrir a boca e o nariz quando forem tossir ou espirrar, seja 
com a parte de dentro do cotovelo ou com um lenço descartável. Lembrando 
sempre de lavar as mãos em seguida e descartar o lenço após o uso. 
 
● Orientações aos cuidadores de pessoas com suspeita ou confirmação do COVID-19: 
A pessoa em isolamento social deverá ter um cuidador. Essa pessoa deverá estar 
saudável, sem patologias ou imunidade baixa. 
O cuidador deverá ser orientado pela equipe da APS sobre algumas precauções que 
devem ser tomadas para evitar a contaminação, como a utilização dos equipamentos 
de proteção individual durante o cuidado com o paciente. 
- Sempre usar máscaras ao manusear utensílios usados pelo paciente, de 
modo a evitar contato com secreções orais/respiratórias (catarro, coriza, etc), 
fezes e urina. 
- Ao manusear utensílios usados pelo paciente, utilizar luvas descartáveis de 
para evitar contato com secreções orais/respiratórias, fezes e urina. 
 
É importante informar sobre a importância da lavagem das mãos sempre que elas 
parecerem sujas, antes e depois do contato com o paciente, antes e depois de ir ao 
banheiro, antes e depois de cozinhar e comer ou sempre que julgar necessário. 
Sempre lavar as mãos após remover luvas e máscaras. 
O cuidador deverá analisar se outra pessoa na casa possui sintomas da síndrome 
gripal. Caso isso ocorra, a equipe da APS deverá ser informada o mais breve 
possível e os cuidados do isolamento domiciliar devem ser estendidos à essa 
pessoa. 
A equipe da APS deverá manter o atendimento dos casos em isolamento domiciliar a 
cada 48h, disponibilizando formas de contato para família. Oriente o paciente, 
cuidador e familiares sobre os sinais de agravamento que indicam necessidade de 
uma ação imediata. 
 
 
● Orientações referentes às medidas de prevenção para a comunidade: 
- Permanecer em casa o maior tempo possível. 
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel 
(70%). Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as 
mãos à base de álcool. 
- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas. 
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência e 
não compartilhar objetos de uso pessoal. 
- Manter os ambientes bem ventilados. 
- Evitar contato com pessoas que apresentem sinais ou sintomas da 
doença, dando atenção especial aos idosos, os quais precisam ser 
mantidos protegidos e afastados de crianças e casos suspeitos. 
- Procurar uma USF caso apresente febre, tosse, dificuldade de respirar 
e histórico de viagem ou contato com casos suspeitos ou confirmados. 
- Instruir todas as pessoas a cobrir nariz e boca durante a tosse ou o 
espirro com o cotovelo flexionado, ou a usar tecido ou lenço de papel, 
descartando-os após o uso. É importante higienizar as mãos após 
tossir ou espirrar. 
 
● Perguntas mais frequentes realizadas pelos usuários aos profissionais da 
saúde da Atenção Primária de Saúde sobre o COVID-19: 
1. Devo usar máscara 24h por dia? 
R: No ambiente hospitalar, tanto profissionais quanto pessoas 
infectadas devem usar máscaras durante a assistência direta ao 
paciente. No ambiente domiciliar, as máscaras devem ser utilizadas 
por pessoas com sintomas respiratórios o tempo todo e por 
cuidadores quando precisarem entrar em contato. Lembre-se de 
orientar que o paciente isolado e os cuidadores devem ter o mínimo 
de contato possível e manterem uma distância segura 
2. Álcool em gel é melhor do que a lavagem das mãos? 
R:​Tanto a lavagem das mãos com água e sabão como o álcool em gel 
são eficientes no combate ao vírus, a diferença é que o álcool em gel 
tem um efeito mais prolongado, portanto, caso a pessoa precise sair 
e/ou não tenha como lavar as mãos frequentemente, o uso do álcool 
em gel é importante. De qualquer forma, o ideal é que as mãos sejam 
lavadas frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 
segundos, incluindo o espaço entre os dedos, unhas e punhos, 
mesmo que se esteja em casa o tempo todo. Se não houver mais 
álcool em gel, aumentar a frequência da lavagem das mãos durante o 
dia. Não se esqueça de explicar que é importante limpar os objetos 
que são tocados frequentemente: maçanetas, talheres, copos, 
teclados de computador, celulares, corrimãos etc. e lavar as mãos 
após utilizá-los. 
3. Posso usar Ibuprofeno? 
R: ​A Organização Mundial da Saúde recentemente informou que 
ainda não há informações suficientes para não indicar o uso de 
medicamentos com Ibuprofeno. A recomendação, portanto, vai 
depender da avaliação médica. De qualquer forma, reforce ao 
paciente em isolamento domiciliar que ele não deve se automedicar, 
usar apenas o que for prescrito pelo profissional responsável. 
4. Hidroxicloroquina cura a COVID-19? 
R: ​Ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem a 
eficácia do medicamento para casos de coronavírus, mas existem 
estudos promissores. Dessa forma, o Ministério da Saúde prevê a 
distribuição de 3,4 milhões de unidades da Hidroxicloroquina e da 
Cloroquina no dia 26 de março de 2020 para tratamento de casos de 
COVID-19 grave, somente para pacientes hospitalizados. Apesar 
disso, é importante explicar ao paciente que o uso destes 
medicamentos só pode ser feito sob supervisão médica, e que, sem 
indicação, o uso representa um grande risco à saúde. Lembre o 
paciente que a Anvisa enquadrou estes medicamentos como os 
conhecidos “remédios controlados”, ou seja, só poderão ser entregues 
mediante receita branca especial, em duas vias. É importante 
enfatizar que pessoas com doenças como malária, lúpus e artrite 
reumatoide dependem desses remédios em seus tratamentos e que, 
portanto, a procura desnecessária deve ser evitada, pois a falta 
desses medicamentos a pacientes que realmente precisam pode 
gerar um problema grave. 
5. Posso usar antibióticos contra a COVID-19? 
R: ​Informe ao paciente que antibióticos são utilizados contra infecções 
causadas por bactérias, e não por vírus, portanto, os antibióticos não 
funcionam contra a COVID-19, logo, não se deve tomar sem 
prescrição médica. Reforce: antibióticos não devem ser usados ​​como 
um meio de prevenção. 
6. Por que preciso me isolar se eu não estou doente? 
R: ​O isolamento domiciliar é recomendado para todas as pessoas com 
qualquer sintoma respiratório, com ou sem febre, pessoas com 
diagnóstico de Síndrome Gripal leve e pessoas com suspeita ou 
confirmação da COVID-19. O novo coronavírus (SARS-CoV-2) é um 
vírus de alta transmissibilidade (o que significa que é transmitido muito 
rapidamente), portanto, quem está com suspeita ou confirmação deve 
adotar medidas de isolamento de maneira mais precoce possível, 
evitando a contaminação de outras pessoas. O isolamento também é 
indicado para pessoas que tiveram contato com casos confirmados ou 
suspeitos de COVID-19 ou pessoas assintomáticas que podem estar 
expostas ao vírus (sendo chamado de quarentena nesses casos). 
Nessas situações, a pessoa deve se manter em casa o máximo de 
tempo possível, evitar contato próximo e compartilhamento de 
utensílios domésticos e pessoais. Essa medida diminui a possibilidade 
de circulação do vírus. 
7. A vacina da influenza previne a COVID-19? 
R: ​Não, o novo coronavírus é diferente do vírus Influenza (H1N1). Até 
o momento não existe nenhuma vacina contra a COVID-19. Reforce 
ao seu paciente que a vacina contra o Influenza, portanto, só funciona 
para o vírus Influenza (H1N1). 
8. Posso pegar o novo coronavírus através de comida? 
R: ​Não existem evidências e estudos suficientes para comprovar essa 
afirmação, porém promover a higiene e boas práticas de segurança 
alimentar podem impedir sua transmissão. Os Coronavírus são 
termolábeis, o que significa que são suscetíveis a altas temperaturas e 
ao cozimento normal (temperaturasde cerca de 70ºC). Dessa forma, é 
importante explicar ao paciente que ele deve lavar bem as mãos antes 
e depois de comer ou manipular alimentos, evitar o consumo de 
alimentos crus ou mal cozidos e lavar bem os alimentos antes do 
cozimento. 
9. Vit C, Vit D ou chá de erva doce protegem contra o novo coronavírus? 
R: ​Não existe, até o momento, nenhum medicamento ou alimento 
específico que sirva de prevenção contra o vírus. De qualquer forma, 
indique ao paciente que é importante manter uma boa alimentação e 
ingerir bastante líquido. E que o profissional que o acompanha vai 
orientar caso seja necessário retirar ou inserir algum alimento. 
10. Animais domésticos podem ser infectados pelo coronavírus? 
R: ​Informe que não existem provas de que os animais são 
transmissores deste vírus, portanto, não há motivos para abandono ou 
vacinação em massa dos animais. 
11. Uma mulher lactante que foi infectada pelo coronavírus, pode 
continuar amamentando? 
R: ​Tanto mulheres infectadas quanto saudáveis devem continuar 
amamentando, mas utilizando a máscara no momento.

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