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Instituto de Ciências da Saúde Curso de Enfermagem TAINÁ DE CASSIA VIEIRA CAMPOS COVID – 19 Coronavírus Belém-PA 2020 COVID-19 Coronavírus Trabalho referente ao Estagio do 7º semestre na Atenção Básica, sob orientação da Professora Jéssica Cardoso, Aluna Tainá de Cássia Vieira Campos, PA1710357, 7º semestre de 2020. Belém-PA 2020 1. INTRODUÇÃO Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias, no caso da pandemia desse novo agente, foi descoberto em 31 de dezembro de 2019 em Wuhan na China, O vírus atual faz que os portadores deles tenham a doença chamada de coronavírus (COVID-19). Os primeiros coronavírus humanos foram destacados pela primeira vez em 1937, no entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscópica, assemelhando-se a uma coroa (Macedo et al, 2020). A primeira reunião do Comitê de Emergência sobre o surto do novo coronavírus na China, convocada pela OMS de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) (2005), ocorreu em 23 de janeiro de 2020. Nessa reunião, não houve consenso sobre se o evento constituía uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Na segunda reunião, realizada em 30 de janeiro, foi constatado o crescimento no número de casos e de países que reportaram casos confirmados, o que levou à declaração do surto como ESPII (EDITORIAL, 2020). Em fevereiro de 2020, de acordo com as melhores práticas da OMS para nomear novas doenças infecciosas humanas, a doença causada pelo novo coronavírus recebeu a denominação COVID-19, em referência ao tipo de vírus e ao ano de início da epidemia: Coronavirus disease – 2019 (OMS, 2020). Doenças infecciosas emergentes são mais recorrentes do que pensamos, ocorrem e veem ocorrendo a milhares de anos, por exemplo temos: peste bubônica, cólera Eltor, gripe espanhola, AIDS (Macedo et al, 2020). É necessário lembrar que em 1894, teve início em Hong Kong a terceira pandemia de peste bubônica, foram necessários cinco anos para que chegasse ao Brasil. Desta vez, bastaram alguns dias para a chegada dos primeiros casos suspeitos. Essa deve ser considerada como a pandemia contemporânea, pois, assola e faz que inúmeras nações sejam cessadas e fortes na luta contra o vírus. O COVID-19, veio para expor que existe sim uma globalização do vírus e que ainda dá tempo das nações igual ao Brasil repensar as políticas públicas na saúde para não extermínio da sua minoria (Macedo et al, 2020). 2. CONHECENDO O CORONA VÍRUS A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório) (MS, 2020). Os coronavírus causam infecções respiratórias e intestinais em humanos e animais, sendo que a maioria das infecções por coronavirus em humanos são causadas por espécies de baixa patogenicidade, levando ao desenvolvimento de sintomas do resfriado comum, no entanto, podem eventualmente levar a infecções graves em grupos de risco, idosos e crianças. Previamente a 2019, duas espécies de coronavírus altamente patogênicos e provenientes de animais (SARS e MERS) foram responsáveis por surtos de síndromes respiratórias agudas graves (BRASIL, 2020). A COVID-19 é uma ameaça urgente e disseminada, cujas características clínicas e epidemiológicas ainda estão sendo documentadas, Os sintomas da doença são evolutivos, pode se desenvolver uma tosse a principio, seguindo de um quadro com febre e falta de ar, acompanhado de um cansaço crescente, perda de apetite e tosse seca persistente, nos dias seguintes sem a busca de ajuda desenvolve diarreia leve e aperto no peito (Greenhalgh et al, 2020). SINAIS E SINTOMAS De acordo com o Protocolo de Manejo Clínico do Coronavírus (Covid-19) na Atenção Primária à Saúde (Versão 6), da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde, de março de 2020, pacientes com sintomas de síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória) devem seguir um fluxo de atendimento que inclui a avaliação da gravidade do caso e seu diagnóstico diferencial. Gripes e resfriados claramente se enquadram nessa síndrome, que pode ou não ser decorrente de infecção pelo SARS-CoV-2, causador da Covid-19 (FIOCRUZ, 2020). Os sinais de alerta que indicam que o paciente precisa de uma avaliação urgente incluem, falta de ar intensa ou dificuldade em respirar, dor ou pressão no peito, lábios ou rosto azul e uma história sugestiva de choque (como pele fria e úmida e com livedo reticular, confusão mental, sonolência ou redução significativa da produção de urina). A hemoptise ocorre em cerca de 1% dos pacientes com Covid-19 e parece ser um sintoma de mau prognóstico (Greenhalgh et al, 2020). O espectro clínico da infecção por coronavírus é muito amplo, podendo variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa. No entanto, neste novo coronavírus não está estabelecido completamente o espectro, necessitando de mais investigações e tempo para caracterização da doença. Segundo os dados mais atuais, os sinais e sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios (BRASIL, 2020). TRASNMISSÃO A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de toque do aperto de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador e outros objetos onde houve contato direto com a pessoa doente (MS, 2020). DIAGNÓSTICO Até o momento a reverse-transcriptase polymerase chain reaction (RT- PCR, reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa) permanece como padrão de referência para o diagnóstico definitivo de infecção por COVID- 19, apesar dos relatos de resultados falso-negativos (devido a material celular insuficiente ou técnicas inadequadas de detecção e extração) diante de achados radiológicos positivos. Nesse contexto, a radiografia de tórax não tem sido recomendada como modalidade de imagem de primeira linha diante da suspeita de COVID-19, uma vez que apresenta limitada sensibilidade na detecção de opacidades em vidro fosco e de outros achados pulmonares incipientes da infecção. Por outro lado, embora o uso da TC de tórax como ferramenta de triagem não esteja ainda estabelecido, estudos recentes têm demonstrado um papel central da TC na detecção e gerenciamento precoces das manifestações pulmonares do COVID-19 (Araujo-Filho et al, 2020). Covid-19 é uma doença de notificação obrigatória no Brasil. Os casos confirmados em laboratório devem ser notificados imediatamente. O consenso profissional atual é que os casos clinicamente suspeitos também devem ser notificados (Greenhalgh et al, 2020). 3. ORIENTAÇÕES PARA PREVENÇÃO E COMBATE AO CORONA VÍRUS Apesar de muitos indivíduos ainda duvidarem da dimensão da epidemia e a natureza das intervenções postas em prática trazerem questões éticas, políticas e filosóficas para o debate público, a comunidade científica tem sido firme na recomendação do isolamento social como mecanismo primordial para conter a velocidade de transmissão da COVID-19. 1 Nesse sentido, as primeiras respostas governamentais dirigiram-se, sobretudo, à propagação de medidas de distanciamento das pessoas e à corrida peladisponibilização de leitos de unidade de terapia intensiva para os doentes graves (Sarti et al, 2020). A Atenção Primária à Saúde é a porta de entrada no enfrentamento a esta pandemia, uma vez que os estudos indicam que cerca de 80% dos casos são leves e grande partes moderados procuram a rede básica como primeiro acesso na busca de cuidados, segundo Sarti et al. Pontuaremos aqui alguns cuidados de prevenção e combate ao COVID 19, que estaremos repassando para o paciente que procura a Atenção primária de Saúde, são elas: Lavar as mãos a cada duas horas ou sempre que necessário (ex: após espirrar); Utilizar álcool em gel a 70% na falta de água e sabão; Sempre cobrir a boca e o nariz ao espirrar e de preferência com lenço descartável; Utilizar lenços descartáveis para higiene de secreções; Evitar tocar a mucosa da boca, nariz e olhos; Evitar uso compartilhado de objetos de uso pessoal (ex: copos, garrafas…) Evitar lugares fechados e com multidões. Manter os ambientes ventilados. Evitar o contato próximo com pessoas que apresentam sinais ou sintomas da doença (ex: febre e sintomas respiratórios) É considerado contato próximo estar por período prolongado, em ambiente fechado (sala, transporte coletivo, local de atendimento etc.), a menos de 2 metros de distância, podendo ou não ter contato direto com fluidos corporais sem o uso adequado de máscara. Se houver necessidade de sair, fazer o uso de máscaras e/ou luvas. Separar calçado de sair do calçado de casa; Tirar imediatamente a roupa ao chegar e separar para lava-la o mais rápido possível; Descartar sacolas de supermercados, nunca reutiliza-los; Lavar frutas, verduras e gêneros alimentícios que estava na prateleira do supermercado. Evitar visitar parentes idosos e crianças. 4. FASES EPIDEMIOLÓGICAS DA COVID 19 PERÍODO DE INCUBAÇÃO O período de incubação se refere ao tempo entre a infecção do ser humano pelo vírus e o início dos sintomas da doença. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no caso da Covid-19 esse intervalo varia de 1 a 14 dias, geralmente ficando em torno de 5 dias (FIOCRUZ, 2020). PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE A transmissibilidade dos pacientes infectados pela COVID 19 é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do COVID 19 sugerem que a transmissão possa ocorrer, mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informação suficiente que defina quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus (BRASIL, 2020). SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE A suscetibilidade é geral, por ser um vírus novo. Quanto a imunidade, não se sabe se a infecção em humanos que não evoluíram para o óbito irá gerar imunidade contra novas infecções e se essa imunidade é duradoura por toda a vida. O que se sabe é que a projeção em relação aos números de casos está intimamente ligada a transmissibilidade e suscetibilidade (BRASIL, 2020). 5. DEFINIÇÕES OPERACIONAIS PARA CASOS DE COVID 19 O Ministério da Saúde atualizou as definições operacionais e novas recomendações para evitar a transmissão do coronavírus no Brasil. As medidas não farmacológicas, ou seja, aquelas que visam reduzir a possibilidade de transmissão do vírus sem o uso de medicamentos específicos, foram ampliadas (CONASEMS, 2020) . 1. CASO SUSPEITO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19) Situação 1 – VIAJANTE: Pessoa que apresente febre e pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia), e com histórico de viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias. OU Situação 2 – CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias. 2. CASO PROVÁVEL DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19) Situação 3 – CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta situação é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência. 3. CASO CONFIRMADO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID- 19) ● LABORATORIAL: caso suspeito ou provável com resultado positivo em RT- PCR em tempo real, pelo protocolo Charité. ● CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: caso suspeito ou provável com histórico de contato próximo ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente para COVID-19, que apresente febre OU pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos 14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica. 4. CASO DESCARTADO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID- 19) Caso que se enquadre na definição de suspeito E apresente resultado laboratorial negativo para SARS-CoV2 OU confirmação laboratorial para outro agente etiológico. 5. CASO EXCLUÍDO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19) Diante do aumento de registros na base de dados do FORMSUS2, serão classificados como excluídos aqueles que apresentarem duplicidade OU que não se enquadram em uma das definições de caso acima. 6. CASO CURADO DA DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19) Diante das últimas evidências compartilhadas pela OMS e países afetados, o Ministério da Saúde define que são curados: ● Casos em isolamento domiciliar: casos confirmados que passaram por 14 dias em isolamento domiciliar, a contar da data de início dos sintomas E que estão assintomáticos. ● Casos em internação hospitalar: diante da avaliação médica. Observação: a liberação do paciente deve ser definida de acordo com o Plano de Contingência local, a considerar a capacidade operacional, podendo ser realizada a partir de visita domiciliar ou remota (telefone ou telemedicina). DEFINIÇÕES E OBSERVAÇÕES (SVS, 2020) ● FEBRE: Considera-se febre temperatura acima de 37,8° Alerta-se que a febre pode não estar presente em alguns casos como por exemplo: em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nessas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação. Considerar a febre relatada pelo paciente, mesmo não mensurada. ● CONTATO PRÓXIMO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19: Uma pessoa que teve contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos); Uma pessoa que tenha contato direto desprotegido com secreções infecciosas (por exemplo, gotículas de tosse, contato sem proteção com tecido ou lenços de papel usados e que contenham secreções); Uma pessoa que teve contato frente a frente por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; Uma pessoa que esteve em um ambiente fechado (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala de espera do hospitaletc.) por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; Um profissional de saúde ou outra pessoa que cuide diretamente de um caso de COVID-19 ou trabalhadores de laboratório que manipulam amostras de um caso de COVID-19 sem Equipamento de Proteção Individual (EPI) recomendado, ou com uma possível violação do EPI; Um passageiro de uma aeronave sentado no raio de dois assentos de distância (em qualquer direção) de um caso confirmado de COVID-19; seus acompanhantes ou cuidadores e os tripulantes que trabalharam na seção da aeronave em que o caso estava sentado. ● CONTATO DOMICILIAR DE CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19: Uma pessoa que resida na mesma casa/ambiente. Devem ser considderados os residentes da mesma casa, colegas de dormitório, creche, alojamento etc. 6. ESTRATÉGIAS DE ORIENTAÇÃO PARA ISOLAMENTO DOMICILIAR O Ministério da Saúde recomendou, o isolamento domiciliar para casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo corona vírus e para viajantes que cheguem ao Brasil vindos do exterior. A regra é ficar em casa, especialmente se você está com COVID-19. (PARANÁ, 2020). Do ponto de vista de saúde, ficar em casa é o melhor a fazer para evitar a transmissão do COVID-19. A regra, embora aplicável a todo mundo, é especialmente válida para pessoas infectadas, com sintomas leves ou mesmo assintomáticas, casos suspeitos em investigação, familiares que convivem na mesma residência, viajantes que retornaram do exterior e grupos de risco (idoso, diabéticos, hipertensos). Sair do isolamento social, só se for realmente necessário (VEJA, 2020). As seguintes estratégias devem ser usadas em isolamento domiciliar: O paciente com Covid-19, manifestando sintomas ou não, necessita permanecer em quarto isolado e ventilado. Nas residências onde isso é impossível, os outros moradores têm que ficar a pelo menos um metro de distância. Instale os moradores na sala e reserve o quarto para uso da pessoa contagiada, no caso do imóvel ter só um dormitório. Nos casos de salas compartilhadas ou casas com apenas um cômodo, pessoas infectadas e pessoas sem a doença não podem compartilhar o mesmo sofá, cadeira ou colchão. A recomendação é manter 2 metros de distância da pessoa infectada ou suspeita. O portador só pode se locomover para ambientes de uso comum, como cozinha e banheiro, se estiver com a máscara cirúrgica. Não compartilhe nenhum utensílio com ele. A pessoa infectada ou com suspeita de infecção tem de trocar a própria roupa de cama. Se houver secreções na roupa de cama, ela deve embalar em um saco plástico antes de levar à máquina de lavar ou ao tanque. Escolha um familiar para atender o enfermo de preferência, alguém com boa saúde e sem doenças crônicas. Quando estiver perto do doente, o cuidador deve utilizar uma máscara descartável e trocá-la caso fique úmida ou com secreções. Nunca toque ou mexa no instrumento de proteção enquanto estiver perto do paciente. É importante manter uma lixeira ao lado da cama, com saco plástico, para jogar o lixo. Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve fechar a sacola e só depois despejar em lixeiras comuns, seja da casa, da rua ou do prédio. Higienize, maçaneta da porta, as superfícies do quarto e do banheiro diariamente. Para limpar, use primeiro sabão ou detergente e depois um desinfetante comum com hipoclorito de sódio a 0,1%. Roupas, toalhas, lençóis e cobertores têm que ser lavadas com sabão comum e água, idealmente entre 60 e 90ºC. Os moradores, especialmente o cuidador e o doente, precisam limpar as mãos frequentemente, dando preferência ao papel toalha para secá-las. Se espirrar ou tossir, volte a higienizá-las, ou use o álcool gel. 7. CONCLUSÃO Diariamente, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) divulga dados consolidados sobre o COVID-19, na última atualização que foi de 28/05/2019, nos mostrou os seguintes números, 438.238 casos confirmados, 26.754 óbitos, 233.880 em acompanhamento e 177.604 pacientes recuperados. A princípio números, mas devemos nos lembrar que são pessoas, e muitas delas conhecidas, parentes, vizinhos, amigos, professores e até mesmo nós mesmos. A realização deste trabalho foi de grande aprendizado, tendo em vista que estamos lidando com um vírus novo e ao mesmo perigoso. Um vírus que não tínhamos ideia que chegaria com tanta velocidade e tanta força no meio de nós, mas esta é nossa realidade, como a de muitos outros países. Ainda não há vacina, ainda não tratamento 100% efetivo. Sabemos porém que temos maior chance de sobrevivência e menos chance de infecção, se houver um resguardo das pessoas do grupo de risco, se tivermos a consciência de distanciamento social, se tivermos respeito a outro ser humano nos protegendo e consequentemente protegendo o outro. A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos (FIOCRUZ, 2020). Nós futuros enfermeiros, ou profissionais de saúde que já atuam na área fazemos parte dessa atenção primária, fazemos parte dessa prevenção, desse ”filtrar” de situações, devemos ter os olhos de águia, e o olhar além do alcance, para ajudar e intervir de maneira positiva na vida de nossos pacientes. 8. REFERENCIAS Araujo-Filho J.A.B., Sawamura M.V.Y., Costa A.N., Cerri G.G., Nomura C.H.;Pneumonia por COVID-19: qual o papel da imagem no diagnóstico? J. bras. pneumol. vol.46 no.2 São Paulo 2020 Epub Mar 27, 2020. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo de Manejo Clínico para o Novo Coronavírus (2019-nCoV). 1ª edição – 2020.Brasília –DF. CORONAVÍRUS BRASIL (SVS/MS). Painel Coronavírus. Disponível em: https://covid.saude.gov.br/. Acesso em 29/05/2020. https://covid.saude.gov.br/ CONASEMS. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Disponivel em: https://www.conasems.org.br/coronavirus-atualizacao-das- referencias-e-procedimentos-em-relacao-ao-covid-19/. Acesso em 28/05/2020. EDITORIAL. Resposta imediata da Vigilância em Saúde à epidemia da COVID- 19. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 29(1):e2020002, 2020. FIOCRUZ. Qual é o tempo de incubação do novo coronavírus? Disponivel em: https://portal.fiocruz.br/pergunta/qual-e-o-tempo-de-incubacao-do-novo- coronavirus. Acesso em 28/05/2020. Greenhalgh T, Koh GCH, Car J. Covid-19: avaliação remota em Atenção Primária à Saúde. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2020;15(42):2461. MINISTÉRIO DA SAÚDE (MS); Sobre a doença COVID-19. Disponível em:https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid. Acesso em 28/05/2020. Macedo Y.M., Ornellas J.L., Bomfim H.F.;COVID – 19 NO BRASIL: o que se espera para população subalternizada? Revista Encantar - Educação, Cultura e Sociedade - Bom Jesus da Lapa, v. 2, p. 01-10, jan./dez. 2020. Organização Mundial da Saúde (OMS). Novo Corona Vírus (2019-nCoV): Geneva: World Health Organization; 2020. PARANA GOVERNO DO ESTADO. Guia do Isolamento Social. Disponível em:http://www.coronavirus.pr.gov.br/Campanha/Pagina/GUIA-DO- ISOLAMENTO-DOMICILIAR. Acesso em 29/05/2020. Sarti T.D., Lazari W.S., Fontenelle L.F.F., Almeida A.P.S.C.; Qual o papel da Atenção Primária à Saúde diante da pandemia provocada pela COVID-19? Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 29, n. 2, 2020. https://www.conasems.org.br/coronavirus-atualizacao-das-referencias-e-procedimentos-em-relacao-ao-covid-19/ https://www.conasems.org.br/coronavirus-atualizacao-das-referencias-e-procedimentos-em-relacao-ao-covid-19/https://portal.fiocruz.br/pergunta/qual-e-o-tempo-de-incubacao-do-novo-coronavirus https://portal.fiocruz.br/pergunta/qual-e-o-tempo-de-incubacao-do-novo-coronavirus https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid http://www.coronavirus.pr.gov.br/Campanha/Pagina/GUIA-DO-ISOLAMENTO-DOMICILIAR http://www.coronavirus.pr.gov.br/Campanha/Pagina/GUIA-DO-ISOLAMENTO-DOMICILIAR Secretaria de Vigiliancia em Saude (SVS) – Ministério da Saúde. Doença pelo Coronavirus 2019. Boletim Epidemiológico 05– COE COVID-19 – 14/03/2020. VEJA SAÚDE. Coronavírus: como fazer o isolamento domiciliar para evitar contaminações. Disponivel em: https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus- como-fazer-o-isolamento-domiciliar/. Acesso em 29/05/2020. https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-como-fazer-o-isolamento-domiciliar/ https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-como-fazer-o-isolamento-domiciliar/
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