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Liberação do PORTE DE ARMAS DE FOGO SLADS

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Liberação do PORTE DE ARMAS DE FOGO 
Faculdade Alfredo nasser
instituto superior de educação
curso de pedagogia- 5º período
Faculdade Alfredo nasser
instituto superior de educação
curso de pedagogia- 5º período
Disciplina: Estágio Supervisionado da Educação Básica I
Docente: Juliet Rezende Cláudio Costa, responsável pela disciplina como parte do método avaliativo da mesma.
Discentes: Amanda Monteiro de Lima
Fabiana trindade Santos Farias
Maria Elisauba de Sousa Gomes
Liberação do porte de armas
	O presente trabalho tem como principal objetivo a análise do estudo sobre o porte de armas no Brasil, bem como o estatuto do desarmamento assim como o novo decreto regido pelo novo presidente da república as fragilidades decorrente deste decreto, adentrando e fazendo observação também sobre a diferenças entre posse e porte de armas de fogo, os requisitos necessários para se obter ou ter a liberação para poder ter acesso ao produto e quais pessoas hoje tem acesso livre para o porte de armas e quais pessoas não são autorizadas para ter acesso ao mesmo.
Posse de arma
	Possibilita o indivíduo comprar e registrar um armamento, que pode ser mantido em residência ou local de trabalho do proprietário da arma (apenas se ele for o responsável legal do estabelecimento). A posse segue a lógica do direito de legítima defesa, ou seja, a ideia é que o cidadão possa optar por ter uma arma em casa para a proteção.
Porte de arma
 	O porte pode ser entendido como um passo além do direito de posse, ou seja, o direito de porte oferece uma garantia a mais. Ele dá aos seus proprietários a possibilidade de andar armado nas ruas. Ou seja, com ele é possível transitar com a arma em ambientes para além da residência ou local de trabalho do dono da arma.
A LEI SOBRE O PORTE DE ARMAS
	No Brasil o porte de armas era regido pela Lei 10.826 de Dezembro de 2003, conhecida como estatuto do desarmamento. Ela tem o intuito de coibir o uso de armamentos no território nacional descrito no artigo 6° da lei. Somente quem tem a licença pode-se utilizar desse meio, como policiais, agente de segurança pública, membros do exército ou funcionários de empresas privadas de segurança.
	Na Lei n° 10.823/03, o registro de armas precisa ser renovado a cada 3 (três) anos, conforme descrito do referido estatuto e, caso seja aprovado o novo estatuto com o PL3722, passará a ser permanente, garantindo o direito ao proprietário de manter ou portar armas de fogo exclusivamente no interior de sua residência propriedade rural ou em seu local de trabalho, desde que o mesmo seja titular ou responsável pelo estabelecimento, como diz o caput do artigo 8° do projeto de lei n° 3722/12. (Brasil. 2003/2012)
MUDANÇAS COM O NOVO DECRETO
	Em 15 de Janeiro de 2019 Bolsonaro assinou o decreto presidencial n° 9.685, que altera o estatuto do desarmamento e responde a uma das principais demanda de seu eleitorado: pela flexibilização do acesso de armas, alterando assim o Decreto n° 5.123 de julho de 2004, que regulamenta a Lei n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registros, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o sistema nacional de armas.
	A principal mudança instituída pelo decreto diz respeito à exigência de comprovação da efetiva necessidade de se ter uma arma. Antes, o cidadão precisava comprovar essa necessidade junto à polícia federal, na prática isso impedia que civis, em geral, tivessem o acesso às armas.
A lista, presente no Art. 7°, inclui:
Residentes de áreas urbanas com elevados índices de violência;
Profissionais da área de segurança;
Residentes de áreas rurais;
Donos de comércio;
Colecionadores.
CATEGORIAS PROFISSIONAIS
Como ficou: ficam autorizadas a transportar armas fora de casa, categorias como político em exercício de mandato, advogado, oficial de justiça, caminhoneiro, colecionador ou caçador com certificado, dono de loja de arma ou escola de tiro, residente de área rural, agente de trânsito, conselheiro tutelar, jornalista de cobertura policial, instrutor de tiro ou armeiro, colecionador ou caçador, agente público da área de segurança pública, mesmo que inativo, entre outros.
Como era: a autorização para o porte de armas só era dada a categorias como as Forças Armadas, Guarda Municipal, polícias Civil, Militar e Federal, guarda prisional, Agência Brasileira de Inteligência, Gabinete de Segurança institucional da Presidência, auditor-fiscal e analista tributário, grupos de servidores do poder judiciário; parte desse grupo pode transportar a arma mesmo sem estar em horário de serviço.
COMPRA DE MUNIÇÕES
Como ficou: o decreto também define que poderão ser adquiridas 5 mil munições anuais por arma de uso permitido e mil para as de uso restrito.
Como era: uma portaria de 2006 e outra de 2018, ambas sobre a venda de munição, estabelecem o valor máximo de 50 unidades por ano, tanto para munição convencional quanto para a de uso restrito.
VALIDADE
Como ficou: o prazo de validade do Certificado de Registro de Arma de Fogo passa para 10 anos. Assim, os documentos relativos à posse e ao porte terão o mesmo prazo de validade.
Como era: antes, a validade já tinha sido de 3 anos e, depois, subiu para 5 anos.
PRAÇAS DAS FORÇAS ARMADAS
Como ficou: praças das Forças Armadas com dez anos ou mais de experiência terão direito ao porte de arma.
Como era: praças não podiam ter porte de armas.
POSSE VINCULADA Á PESSOA
Como ficou: um mesmo documento passa a servir para todas as armas, identificando quem é o dono.
Como era: era necessário um documento específico para o registro de cada arma.
ACESSO DE MENORES A CLUBES DE TIROS
Como ficou: menores de 18 anos podem praticar tiro desportivo com autorização prévia de um dos seus responsáveis legais.
Como era: menores de 18 anos só podiam praticar tiro desportivo com autorização da Justiça.
QUAIS ARMAS ESTÃO E NÃO ESTÃO PERMITIDAS
	Um decreto editado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso há 19 anos definia quais eram as armas de calibre restrito e de calibre permitido. Cidadãos poderiam comprar apenas armas curtas em que a energia cinética do disparo chegasse até 407 joules na saída do cano, como revólveres de calibre 32 e 38 e pistolas calibre 380, além de espingardas de alma lisa (sem raiamentos interno no cano).
O que pode AGORA
	Entre as armas que eram de uso restrito e que agora poderão ser adquiridas estão pistolas de calibres 357 .40(usado pelas polícias), 9 mm (de uso de polícias federais) e .45(empregado pelos militares do Exército, por exemplo).
	Revolveres calibre 44 e carabinas semiautomáticas de calibres .40 e 9 mm, usados por equipes de forças táticas das polícias no combate ao crime organizado nas ruas de grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro.
FUZIL SEMIAUTOMÁTICO T4
	Continuam totalmente proibidas e de uso restrito, armas longas de grosso calibre e potencial lesivo, como fuzis, submetralhadoras e metralhadoras de calibres .30 e .40 que são de uso restrito das Forças Armadas.	
MALEFÍCIOS E BENEFÍCIOS DO ESTATUTO DO DESARMAMENTO
	Diante dos problemas enfrentados pela sociedade, nota-se que pós e contras referentes à da restrição para adquirir uma arma para a proteção do sujeito e de sua família, visto que tal restrição, mesmo que possua boa intenção, acaba provocando certa limitação ao direito de defesa de pessoas de bem, como ao ser abordado em um assalto poderá se defender, é claro que com isso poderá ter aumento no índice de homicídios. Porém mesmo com essa restrição, o aumento de homicídios aumenta gradativamente, perfazendo um aumento de 27 para cada 100 mil habitantes em 2004, para 29 por 100 (MIL) habitantes em 2012.
HOMICÍDIOS POR ARMAS DE FOGO ENTRE 1980 E 2016
	Como vimos na tabela, até o ano de 2003, ao surgir a Lei n° 10,826/03, ora Estatuto do Desarmamento, o índice de mortalidade cometido por arma de fogo atingiu o patamar de 71,1% até o referido ano. Porém, após a entrada em vigor do estatuto (Lei n° 10,826/03), houve muitas variações quanto ao número de mortes, mais especificamenteum aumento, como é possível ver no gráfico retirado do Atlas da violência.
	Como pode ser visto no gráfico, a taxa de homicídios por armas de fogo a partir da entrada em vigor da Lei n° 10.826 no ano de 2003, não houve diminuição, como é demonstrado em telejornais e outros meios de comunicação, pois como é sabido, sem uma política pública voltada a segurança da sociedade, que seja efetiva, não haverá efeito reverso em tais taxas, pois de nada adianta retirar armas de cidadão de bem e deixar os criminosos com acesso às armas que, na maioria das vezes, possuem um poder de fogo muito maior do que as utilizadas pela da polícia.
CAPÍTULO II DA AQUISIÇÃO E DO REGISTRO
No artigo 3° para fins de aquisição de armas de fogo o interessado deverá:
Apresentar declaração de efetiva necessidade;
Ter, no mínimo, 25 anos de idade;
Apresentar original e cópia de documento de identificação pessoa;
Comprovar a idoneidade moral e a inexistência de inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de antecedentes criminais das justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral;
Apresentar documentos comprobatórios de ocupação licita e de residência fixa;
Comprovar periodicamente, a capacidade técnica para o manuseio da arma de fogo;
Comprovar a aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo, atestado em laudo conclusivo fornecido por psicólogos credenciado pela Polícia Federal;
Apresentar declaração de que possui lugar seguro para o armazenamento das armas de fogo das quais seja proprietário de modo a adotar as medidas necessárias para impedir que menor de dezoito anos de idade ou pessoas com deficiência mental se apodere da arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade nos termos do disposto no art. 13 da Lei n° 10.826, de 2003.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Não existe uma forma concreta para diminuir os altos índices de homicídios ou violência sem estudar o modo de resolver as desigualdades, visto que o problema principal a ser adotado e a mudança de postura dos governos em relação a sociedade, pois é necessário o emprego de políticas públicas mais efetivas usando os Estados Unidos como exemplo, em que o índice de arma por pessoa é maior do que no Brasil, mais o índice de homicídios por armas de fogo é bem menor.	São necessárias melhorias nas áreas mais básicas para uma sociedade, tornando-a mais justa retirando as desigualdades, investindo em educação, para que o desarmamento possa dar certo, ou que haja melhor controle sobre as armas, tirando o poder de fogo dos criminosos, pois apenas assim, poderá haver um retrocesso por parte dos homicídios.
	É necessário que saibamos sobre o que estamos apoiando, hoje o Brasil está entre um dos países que mais tem mortes por armas de fogo, existe dois lados para analisarmos e ambos tem pontos positivos e negativos, devemos ter uma visão geral, ou seja, quais os pontos positivos da liberação do porte de armas, e para quais pessoas isso será valido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POLITIZE. Porte de Armas no Brasil. Disponível em: <https://www.politize.com.br/porte-de-arma-no-brasil/ >. Acesso em: 23 de abril 2020.
EXAME. Em semana tensa, governo Bolsonaro mostrou força e fragilidade. <https://exame.abril.com.br/brasil/em-semana-tensa-governo-bolsonaro-mostrou-forca-e-fragilidade/ >. Acesso em: 23 de abril 2020.
 
O GLOBO. Atlas da Violência 2019. <https://oglobo.globo.com/brasil/atlas-da-violencia-2019-numero-de-mortos-por-armas-de-fogo-cresce-68-atinge-patamar-inedito-23718281>. Acesso em: 24 de abril 2020.
G1. Posse e porte de armas: entenda o que está valendo e o que falta definir. <https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/27/posse-e-porte-de-armas-entenda-o-que-esta-valendo-e-o-que-falta-definir.ghtml>. Acesso em: 24 de abril 2020.

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