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Engenharia Civil Disciplina: Materiais de Construção Civil I- Unidade 2 Professora: Priscilla Assis Mendonça priscillamendonca@unicerp.edu.br 3º Período-1º Semestre 2020 UNIDADE 2- AGLOMERANTES AÉREOS • Cal • Fabricação • Composição e classificação • Propriedades • Aplicações 2.2- Cal: • Cal é uma substância branca, em pó, resultante da calcinação de rochas calcárias; • As suas características dependem da natureza da matéria-prima empregada e do processo produtivo conduzido; • A cal pode ser considerada o produto manufaturado mais antigo da humanidade; Há registros do uso deste produto que datam de antes de Cristo. Exemplo: seu uso na muralha da China, na forma de uma mistura bem compactada de terra argilosa e cal. 2.2- Cal: • A cal está entre os dez produtos de origem mineral de maior consumo no planeta; • Estima-se que sua produção mundial esteja em torno de 145 milhões de toneladas por ano; • O Brasil produziu cerca de 8,5 milhões de toneladas no ano de 2013; 2.2- Cal: • O calcário é uma rocha sedimentar, o terceiro mineral mais abundante; • Geralmente, é obtido acima do chão, mas existem algumas operações de extração subterrâneas; 2.2- Cal: • O calcário pode ser encontrado com muitas características e impurezas diferentes; • As características mudam nas diferentes partes do mundo e profundidades de mina, e geralmente se devem ao modo como a rocha foi formada; • O calcário pode ser formado por processos químicos, orgânicos ou clásticos (fragmentos de rochas de grupos diferentes, rochas sedimentares); 2.2- Cal: • Impurezas comuns, que podem ser um problema dependendo da aplicação, são: SiO2 (Sílica), Al2O3 (óxido de alumínio), Fe2O3 (óxido de ferro); • O calcário e seus subprodutos são usados : na agricultura: estabilização do solo; construção civil: processos químicos para produção de cimento, aço e alumínio; purificação de água; como base alcalina em muitos processos químicos e minerais; na indústria farmacêutica – branqueador ou desodorizador-; tratamento de resíduos industriais, etc. 2.2- Cal: 2.2.1- Fabricação PRODUÇÃO DA CAL Produção em Rio Branco do Sul-PR Mina de calcário Britagem do calcário 2.2.1- Fabricação: Calcinação • O Calcário natural é aquecido a quase 900°C, obtendo-se como produtos os óxidos de cálcio (CaO) e anidridos carbônicos (ou gás carbônico); • Cal viva ou cal virgem (CaO); • CaCO3 + Calor = CaO + CO2 CALCINAÇÃO DA CAL: CaO Forno intermitente simples a lenha ou carvão Forno de Barranco Separação do material menor Forno de barranco Forno de Barranco Queima de Serragem Peneiramento da cal Estocagem CALCINAÇÃO DA CAL: Outros fornos Forno vertical contínuo: tempo de operação de 36 horas CALCINAÇÃO DA CAL: Outros fornos Forno horizontal contínuo giratório Permanência no forno por 5 horas Equipamentos muito flexíveis 2.2.1- Fabricação: Calcinação • Usos: A cal calcinada (CaO) não pode ser usada diretamente na construção civil, pois provoca queimaduras e acidentes quando em contato com a água; • Pode ser usada para tratamentos de esgotos e lixo, fazer sabão e outros processos industriais; • Alterações físicas: perde cerca de 44% do peso e 12 a 20% do volume; 2.2.1- Fabricação: Hidratação ou extinção • Para muitos usos cal viva precisa ser hidratada: • CaO + H2O = Ca(OH)2 + CALOR • O nome do produto (Ca(OH)2) é hidróxido de cálcio; • Também chamada de cal extinta (se for extinta no local da obra) e cal hidratada se processo de extinção for feito em fábrica; • Alteração física: recupera a maior parte do peso e volume perdidos e cerca de 24% do peso do produto é formado por água (h2O); HIDRATAÇÃO DA CAL: Ca(OH)2 Equipamento industrial para hidratação de cal Cal em etapa final de hidratação em caixa de madeira, típica de obra. Fluxograma da fabricação da cal hidratada: Cal virgem como matéria-prima, hidratação, classificação granulométrica, moagem e estoque de cal hidratada. 2.2.1- Fabricação: Hidratação ou extinção • Usos: construção civil: Tintas; Argamassa; Gesso; Asfalto (retardo oxidação e sensibilidade térmica); Sistemas de tratamento de água; ind. Cosméticos, ind. Farmacêutica; Curtume, correção solo, dentre outros. 2.2.1- Fabricação: Hidratação ou extinção • Cal hidratada é um produto do hidróxido de cálcio que sofreu na USINA o processo de hidratação: A cal viva é moída ou pulverizada; Este pó é misturado com a dosagem certa de água (formação dos cristais e coloides); Material resultante ainda é separado dos grãos que não reagiram ou outras impurezas; 2.2.1- Fabricação: Hidratação ou extinção 2.2.1- Fabricação: Carbonatação • A CAL extinta (ou hidratada): é a que se usa nas argamassas, misturada com areia e água; • Endurece por reação da RECOMBINAÇÃO do Ca(OH)2 hidróxido com o gás carbônico da atmosfera (carbonatação); • Isso faz voltar o Carbonato de Cálcio original: CaCO3 • Neste endurecimento os cristais do carbonato estão ligados aos grãos de areia - ou outro agregado, depende da argamassa; 2.2.1- Fabricação: Carbonatação • Características da cura: Endurecimento lento: de fora para dentro – reação com o CO2 necessita porosidade para a saída da H2O e entrada do CO2; Temperatura da reação: ambiente; Aglomerante é chamado cal aérea, pois o endurecimento depende do CO2 presente no ar; Papel da água é para formar a pasta e auxiliar na combinação do gás carbônico com o hidróxido; 2.2.1- Fabricação: Carbonatação • Reação química de carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 = CaCo3 + H2O • A hidratação da cal virgem é uma reação fortemente exotérmica e acompanhada de considerável aumento de volume; • Na cal tipo cálcica a reação de extinção é extremamente violenta – Temperaturas podem atingir 360ºC a 450ºC. • No tipo magnesiana a reação é lenta e o volume aumenta pouco; 2.2.1- Fabricação: Carbonatação • Por exemplo: 1 kg de cal virgem cálcica pode elevar a temperatura de 2,3 litros de água de 12ºC para 100ºC. 2.2.1- Fabricação: Ciclo da cal 2.2.1- Fabricação: Ciclo da cal 2.2.1- Fabricação: Impacto ambiental • Reservas de calcário são muito amplas; • Fontes de energia: óleo combustível, madeira, bagaço de cana; • Rendimento: Forno descontínuo: 2 Kcal/g Forno contínuo: 0,9 Kcal/g 2.2.1- Fabricação: Impacto ambiental • CO2 – Efeito estufa: • Na Descarbonatação (calcinação): para 1 tonelada de CaCO3 processada, geram-se: - 560 kg CaO; - 440 kg CO2 – que pode ser Reabsorvido na recarbonatação; - Massa de CO2 = 80% da massa de CaO; 2.2.1- Fabricação: Impacto ambiental • CO2 – Efeito estufa: • No combustível do forno: para 1 tonelada de CaO gera: - 300 Kg de CO2 - Forno contínuo; - 640 kg de CO2 – Forno descontínuo 2.2.2- Composição e classificação • Usualmente se classificam as variedades de cal segundo 2 critérios: Composição química básica; Rendimento em pasta. • Na rocha calcária pode acontecer que o carbonato de cálcio seja substituído por carbonato de magnésio e impurezas: Sílica, óxidos de ferro e óxidos de alumínio; • As impurezas não podem exceder 5% 2.2.2- Composição e classificação • Classificação conforme a composição química básica: A Cal virgem é classificada conforme o óxido predominante: – 1- Cal virgem cálcica: CaO - entre 100% e 90% dos óxidos totais; mínimo de 75% de CaO; 2.2.2- Composição e classificação • Classificação conforme a composição química básica: A Cal virgem é classificada conforme o óxido predominante: – 2 - Cal virgem magnesiana: CaO - entre 90% e 65% dos óxidos totais; mínimo de 20% de MgO; 2.2.2- Composição e classificação • Classificação conforme a composição química básica: A Cal virgem é classificada conforme o óxido predominante: – 3 - Cal virgem dolomítica: CaO - entre 65% e 58% dos óxidos totais. Dolomita → CaCO3.MgCO3 2.2.2- Composição e classificação • Classificação conformeo rendimento em pasta: Rendimento -> ganho de volume da cal virgem ao hidratar; Cal gorda: – Rendimento em pasta >1,82 m³ – Calcários com impurezas < 5 % Produz maior volume de pasta, mais plástica, homogênea e mais expansiva; 2.2.2- Composição e classificação • Classificação conforme o rendimento em pasta: Rendimento -> ganho de volume da cal virgem ao hidratar; Cal magra: – Rendimento em pasta <1,82 m³ – Calcários com impurezas > 5 % Produz menor volume de pasta, mais seca, grumosa e menos expansiva. 2.2.2- Composição e classificação • Classificação conforme o rendimento em pasta: Observação: este rendimento padrão é de 1,82 m³ de pasta para 1 ton de cal viva ou 550 kg de cal viva para 1 m³ de pasta. Mas a presença de impurezas e falhas no processo de produção também podem gerar baixo rendimento na pasta; 2.2.2- Composição e classificação • A cal hidratada pode ser classificada em 3 tipos conforme NBR 7175 (Cal hidratada para argamassas- Requisitos): CH I, CH II e CH III; • Todos os tipos têm que ser submetidos aos mesmos ensaios mas as exigências de resultados melhores para a cal CH I são maiores do que para a CH II, que exigem mais do que para a CH III; • Isto significa que se o consumidor quiser uma cal mais "pura" ele deve adquirir uma CH I; 2.2.2- Composição e classificação • Esta informação deve estar presente na embalagem do produto e, caso o fabricante não informe a mesma será estipulada como tipo CH III; • Exigências químicas: 2.2.2- Composição e classificação • Exigências físicas: 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios químicos • Os ensaios tem por objetivo verificar a "pureza" da cal hidratada, avaliando o processo de fabricação do produto e a qualidade da sua matéria prima; • Os ensaios químicos têm influência direta sobre o desempenho do produto; • Além disso, a partir desses ensaios, pode-se verificar a existência de impurezas na matéria prima da cal hidratada; • Quanto maior a porcentagem de impurezas, menor será a quantidade de cal que o consumidor estará efetivamente comprando; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios químicos • Determinação da quantidade de dióxido de carbono (CO2): O dióxido de carbono, anidrido carbônico, ou gás carbônico, é liberado na queima das rochas que formarão a cal virgem; A determinação da quantidade de dióxido de carbono na cal hidratada tem como função verificar se o minério foi bem calcinado ou se ficou parte sem reagir; Serve para verificar, também, se aconteceu uma carbonatação no armazenamento da cal hidratada por contato com o dióxido de carbono do meio ambiente; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios químicos • Determinação da quantidade de dióxido de carbono (CO2): Se a rocha que deu origem à cal foi pouco "queimada", diminui o seu poder de "cola“. Logo, neste ensaio "queima-se" a cal e verifica- se o quanto de gás carbônico foi liberado; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios químicos • Óxidos não hidratados: Este ensaio avalia a quantidade de cal virgem que não hidratou com a água; Quanto maior essa quantidade, menor a fração de cal hidratada efetivamente no produto final e, quanto menos cal hidratada, menor o poder de "colar" a argamassa terá; Esse ensaio também verifica se há possibilidade de ocorrer o surgimento de pequenas "bolhas" na parede, que podem surgir na argamassa depois de seca (vesículas ou empolas); 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios químicos • Óxidos totais: Quanto maior for a fração de impurezas presentes na amostra, menor será a fração de óxidos totais; Pode-se dizer então que este ensaio verifica a qualidade da matéria prima utilizada na fabricação da cal hidratada; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios físicos • Os ensaios físicos verificam se a cal foi bem moída no processo de fabricação, se é econômica, se é boa para o pedreiro trabalhar com ela e se a argamassa desta cal retém a água da mistura ou a perde para a parede onde a argamassa foi assentada; • Finura: Neste ensaio faz-se um peneiramento das amostras, em duas peneiras diferentes, e verifica-se quanto de material ficou retido em cada peneira; A norma NBR 7175 especifica um valor máximo para estas quantidades, por que quantidades maiores do que as especificadas demonstram que a cal não foi bem moída; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios físicos • Plasticidade: Este ensaio avalia se a argamassa feita com a amostra de cal está bem trabalhável, ou seja, se tem uma boa plasticidade; Uma mistura com boa plasticidade permite uma maior qualidade no serviço, pois facilita o trabalho do pedreiro no manuseamento da argamassa; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios físicos • Retenção de Água: A água utilizada na argamassa não deve ser, rapidamente, perdida para os tijolos ou para a estrutura de concreto onde esta argamassa foi aplicada, caso contrário, a argamassa poderá apresentar pequenas fissuras, depois de seca; Este ensaio avalia então a capacidade da cal reter água; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios físicos • Incorporação de Areia: A argamassa é constituída de areia, água e cal hidratada. Se o pedreiro puder acrescentar mais areia na argamassa, sem prejudicar seu desempenho, mais econômica será; Logo este teste verifica se a quantidade de areia incorporada na argamassa atende a um valor mínimo; 2.2.2.1- Composição e classificação- Ensaios físicos • Estabilidade: Este ensaio verifica a presença de substâncias expansivas na cal hidratada, ou seja, que têm a tendência de reagir depois que a argamassa já está aplicada e seca na parede; Pode ocorrer então uma expansão de volume dos grãos da argamassa e descolamento de pedaços de argamassa da parede; 2.2.3- Propriedades • A cal viva é um produto de cor branca que se apresenta sob a forma de grãos de grande tamanho (densidade médio 0,85) e estrutura porosa ou em pó (densidade média 0,50); • A cal hidratada apresenta-se sob a forma de flocos ou em pó de cor branca, com densidade aparente de 0,5; 2.2.3- Propriedades • A cal hidratada: Plasticidade: proporciona boa trabalhabilidade a argamassas; Retração: reduz efeitos da retração em argamassas mistas; Rendimento; Endurecimento menos acelerado; Ação fungicida; 2.2.4- Aplicações • Usos em argamassas: Areia + cal hidratada + cimento Portland + água: - Revestimento bruto - emboço; 2.2.4- Aplicações • Usos em argamassas: Areia + cal hidratada + cimento Portland + água: - Revestimento fino - reboco; 2.2.4- Aplicações • Usos em argamassas: Areia + cal hidratada+ água: - Revestimento fino - reboco; 2.2.4- Aplicações • Usos em argamassas: Plasticidade: a plasticidade na pasta refere-se a maior ou menor facilidade para aplicar a argamassa de cal no revestimento; + Plástica: quando espalha facilmente, resulta uma superfície lisa com o passar da colher do pedreiro; - Plástica: quando se agarra à colher do pedreiro, pode gerar trincas e até se soltar do revestimento; As cales magnesianas produzem argamassas de boa trabalhabilidade mais que as calcíticas. 2.2.4- Aplicações • Usos em argamassas: Endurecimento: acontece com a absorção do CO2 do ar, não endurece imerso em H2O; Endurece lentamente, por isso nos revestimentos com argamassa de cal é preciso aplicar em camadas com intervalo de pelo menos 10 dias entre uma e outra camada; O endurecimento continua enquanto a argamassa estiver em contato com o ar = processo de Carbonatação; Endurece também pela ligação do hidróxido com a sílica proveniente da areia da argamassa, o que traz maior dureza ao revestimento. 2.2.4- Aplicações • Vantagens do uso em argamassas: Economia - a cal diminui o custo da argamassa porque gasta-se menos com cimento; Plasticidade - a cal aumenta a "liga" da argamassa, facilitando o espalhamento ; Poder de incorporação de areia - a cal melhora ainterligação dos grãos de areia, o que aumenta a resistência e durabilidade da argamassa; Aderência - a cal aumenta a aderência da argamassa no estado fresco e a resistência de aderência no estado endurecido; 2.2.4- Aplicações • Vantagens do uso em argamassas: Retenção de água - a cal tem maior retenção de água, o que ajuda na cura do cimento; Elasticidade - a cal dá maior elasticidade à argamassa, o que gera maior capacidade de suportar tensões e não trincar; Auto-reconstituição - a cal dá à argamassa a capacidade de se reconstituir das pequenas fissuras, que aparecem principalmente pelas variações de temperatura; 2.2.4- Aplicações • Vantagens do uso em argamassas: Homogeneidade - a cal mantém a qualidade constante da argamassa, o que melhora a homogeneidade da mesma e ajuda na economia, pois diminui-se a necessidade de aglomerantes; Resistência à penetração de água - a cal tem maior resistência à penetração de água pelos vazios da argamassa, um grande inimigo da construção; Resistência à tração - a cal tem maior afinidade com a argamassa e o tijolo, por causa das minúsculas partículas micropulverizadas que penetram totalmente nas reentrâncias dos tijolos; 2.2.4- Aplicações • Vantagens do uso em argamassas: Resistência à compressão - a argamassa que contém cal tem baixa resistência inicial, mas aumenta lentamente com o tempo, o que é uma vantagem, pois suportam melhor as movimentações da alvenaria e da estrutura da obra; Ausência de eflorescências - a cal evita o envelhecimento precoce do revestimento; Poder bactericida - a cal possui poder bactericida por ter um PH alto, o que combate a formação de mofos e bolores. Na pintura a cal oferece proteção e beleza a baixo custo, com a vantagem de combater a proliferação de fungos e bactérias; 2.2.4- Aplicações • Vantagens do uso em argamassas: Estética e acabamento - a qualidade da argamassa com cal permite trabalhos de adorno nas paredes, com textura mais lisa e sem trincas, mofos e apodrecimentos, de cor mais clara e pintura duradoura; Durabilidade - os trabalhos feitos com argamassa contendo cal têm elevada durabilidade; Satisfação do usuário - o Código de Defesa do Consumidor protege o usuário contra cales de má qualidade. 2.2.4- Aplicações • Usos para pintura (caiação): 2.2.4- Aplicações • Usos para fabricação de tijolos sílico-calcários: 2.2.4- Aplicações • Cal dolomítica: não é usada na construção civil, devido: A hidratação da cal cálcica é rápida e acompanhada de intensa expansão; Nem todo magnésio acompanha tal processo, vindo a se hidratar muito depois, já dentro da argamassa. Isso gera magnésio livre, expandindo aí vai gerar fissuras e destruição do material. Relembrando... • A cal é um produto branco obtido pela queima de rochas calcárias, que podem ser: Calcíticas (alto teor de carbonato de cálcio); Magnesianas (carbonato de cálcio e de magnésio, sendo que este último em menor teor do que nas dolomíticas); Dolomíticas (carbonato de cálcio e de magnésio). Relembrando... • Podem ser gordas( rendimento da pasta de cal > 1,82 m³ de pasta para 1 Ton. de cal viva ou 550kg de cal viva para 1 m³ de pasta); • Ou magras se este rendimento for < 1,82 m³ (as magnesianas são geralmente magras); • IMPUREZAS: Mais comuns: SiO2 (Sílica), Al2O3 (óxido de alumínio); Fe2O3 (óxido de ferro); Limitadas a 5%; Impurezas podem interferir no rendimento; Relembrando... • O armazenamento da cal em sacos segue as mesmas regras do armazenamento do cimento: pilhas de no máximo 10 unidades, longe de piso e paredes, em local coberto e seco; • Embalagens: cal hidratada de 20kg e cal de pintura de 8kg; • Validade: 6 meses; • Extinção ou Hidratação da cal aérea: reação exotérmica onde o volume aumenta consideravelmente e onde a cal viva se torna cal extinta ou hidratada; Referência Bibliográfica • BAUER, L. A. F. Materiais de Construção. Vol. 1. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2007. • HAGEMANN, S. E. Materiais de Construção Básicos. Apostila de materiais, 2011/2. • ARAGÃO, M. M. Materiais de Construção II- Aglomerantes: A Cal. Apresentação. Seção de Ensino de Engenharia de Fortificação e Construção.
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