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Aula 2 - Psicanálise - Freud (2)

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Psicanálise - Freud
Aula 2
“...o arcabouço conceitual da psicanálise, assim como a prática clínica que lhe é correleta, tem parte importante de suas raízes nas experiências vividas por Freud e por ele tomadas como material de elaboração psíquica e reflexão teórica” (Loureiro, 2005, p. 423).
1856  Nasceu em Freiberg (República Checa)
1859  Mudou-se para Viena 
1865 – 1873  Liceu (Ensino Fundamental e Médio)  aprendeu vários idiomas, começou a estudar História e Mitologia, paixão por literatura (por exemplo, Shakespeare e Goethe) e esculturas e pinturas (Da Vinci e Michelangelo)
1873  Faculdade de Medicina em Viena (Tradição Experimental e Positivista)  se converteu ao materialismo e ao fisicalismo
1885 – 1886  vai a Paris estudar com Charcot (expoente da psiquiatria dinâmica francesa  prioridade dos modelos clínicos sobre os modelos teóricos e experimentais – a teoria deveria advir da prática)
1895 – Publicação de “Estudos sobre histeria” com Breuer (Apresentação do caso da Anna O.)
1896 – abandono da hipnose  adoção da associação livre
1900 – “A interpretação dos Sonhos” (primeira tópica)
1904 – “O chiste e suas relações com o inconsciente”
1905 – “Três ensaios para uma teoria da sexualidade” (definição da sexualidade como base da vida psíquica)
1913 – “Totem e Tabu”
1920 – “Para além do princípio do prazer” (segunda tópica)
1921 – “Psicologia das Massas e Análise do Ego”
1927 – “O futuro de uma ilusão”
1929 – “O mal estar na civilização” 
1937 – “Análise terminável e interminável” 
1938 – Muda-se para Londres fugindo de nazistas
1939 – Morre 
Aspectos científicos
Psicanálise é uma ciência?
Freud sempre reivindicou status de ciência natural
Metapsicologia  abstração distante da experiência empírica  “as noções e hipóteses metapsicológicas são forjadas e articuladas de maneira a constituir modelos para a compreensão de fenômenos psíquicos que povoam a clínica e a vida quotidiana” (Loureiro, 2005, p. 424). 
História Pessoal
Freud era descendente de judeus 
 ainda que fosse agnóstico tinha um extenso conhecimento sobre e Bíblia 
 familiaridade com procedimentos e técnicas de interpretação da Bíblia
 humor judaico  chistes
Amante da literatura (Goethe  Romantismo  Freud ganhou o prêmio Goethe de literatura – seu único prêmio ao longo da vida) e da arte (Da Vinci e Michelangelo)
Proximidade com humanidades (história e mitologia)
História Profissional
Faculdade de Medicina
 Aproximação da ciências experimentais e positivistas
 Materialismo
 Interesse em patologias mentais
Crítica ao Fisicalismo (doenças mentais têm causas orgânicas)
 Charcot (França) – fatores psíquicos na causação das patologias mentais
	 prioridade das manifestações clínicas sobre as experimentais
 Adoção da hipnose como método para tratar psiconeuroses 
Freud e Breuer
Estudos sobre a histeria
- Breuer - médico e amigo de Freud. 
- Freud o via como um mentor.
- Breuer trabalhava em perspectiva semelhante à de Charcot com patologias mentais.
- Utilizava o “método cartático”: sob hipnose o paciente recorda e revive um evento que lhe foi traumático, externalizando e descarregando afetos não manifestados em decorrência de um trauma, essa descarga é chamada de ab-reação.
- Discutia os seus casos com Freud (por exemplo, Anna O.)
Caso Anna O.
Anna O. foi uma paciente do Dr. Breuer que aos 21 anos de idade adoeceu sendo diagnosticada com histeria. Era inteligente, gentil, saudável, perspicaz, extremamente persistente e, graças a um agudo senso crítico e bom senso que controlavam seus dotes poéticos e imaginativos, Anna era inteiramente não sugestionável. Ela só era influenciada por argumentos e nunca por meras asserções.
Como características marcantes de personalidade, podemos sublinhar seu gosto por ajudar as pessoas, seu instinto de solidariedade e seu humor oscilante: estava muito alegre ou muito triste, não havendo meio-termo.
Algo que chamou a atenção de Breuer foi que a "noção da sexualidade era surpreendentemente não desenvolvida nela". Nunca se apaixonou, nunca demonstrou desejos sexuais.
A doença se agravou com a morte do pai, o que foi um trauma muito grande na vida da paciente. Seus sintomas eram bastante graves como paralisias dos membros sob a forma de contraturas, alterações da visão, sonambulismo, momentos de ausência da consciência, ou melhor, presença de um "outro estado de consciência" em que ficava agressiva e depois não se lembrava do havia acontecido.
Caso Anna O
Gradativamente perdeu a capacidade de falar, misturava vários idiomas para a construção de uma mesma frase, o que culminou na perda da fala durante duas semanas. Breuer "E então, pela primeira vez, o mecanismo psíquico do distúrbio ficou claro. Como eu sabia, ela se sentira extremamente ofendida com alguma coisa e tomara a deliberação de não falar a este respeito. Quando adivinhei isto e a obriguei a falar sobre o assunto, a inibição , que também tornara impossível qualquer outra forma de expressão, desapareceu." (pag.60).
Após a morte do pai (fato que pode ter sido o mais importante desencadeador de todos os seus sintomas - trauma), houve um momento de tranqüilidade, redução da angústia, descontração da musculatura hiper-rígida que a paralizava, que foi logo seguida de uma amnésia, um não reconhecimento das pessoas próximas e uma inquietude diante da presença de alguns parentes chegados. A única pessoa com quem Anna mantinha uma relação de contato permanente, contínuo, era com seu médico.
Caso Anna O.
Apresentava sonambulismo e alucinações constantes. O que aliviava a tensão e angústia provocados por tais sintomas era a fala. Dar expressão verbal a suas alucinações provocava um grande alívio. Anna chamava isto de "limpeza de chaminé". Este processo era tão eficaz que Breuer pôde até mesmo diminuir a dose dos narcóticos que a tranqüilizavam e aliviavam suas dores.
"Seu estado moral era uma função do tempo decorrido desde a última expressão oral. Isto ocorria porque cada um dos produtos espontâneos de sua imaginação e todos os fatos que tinham sido assimilados ela parte patológica de sua mente persistiam como um estímulo psíquico até serem narrados em sua hipnose, após o que, deixavam inteiramente de atuar." (pag. 66).
Os sintomas decorrentes de algum trauma eram tratados de maneira isolada e diminuíam quando recebiam expressão verbal.
Desconstrução da Hipnose como método 
 Contato com Bernheim – hipnose é mera sugestão verbal – o mesmo efeito poderia ser conseguido em estado de vigília
 Ressalvas de Freud:
	- nem todos os pacientes eram hipnotizáveis
	- em alguns casos a remoção dos sintomas era provisória ou parcial
 Freud considerava a hipnose um meio artificial de neutralizar a resistência 
Adoção da Associação Livre
Associação Livre  solicitar ao paciente que, deitados em um divã e de costas para o psicanalista, digam livremente tudo o que lhes ocorrer à mente sem qualquer tipo de censura ou inibição
 as ideias vão se encadeando e se remetendo umas às outras de modo a ir formando cadeias associativas – o conteúdo latente emergiria assim
 diferente da hipnose há a dissolução gradual das resistências, o conteúdo reprimido pode se tornar consciente sem que necessariamente seja suscitado o mesmo desprazer de quando o conteúdo foi reprimido.
CONCLUSÃO IMPORTANTE DE FREUD:	
“os sintomas histéricos são formados a partir dos mesmos conteúdos e segundo os mesmos mecanismos que explicam nosso funcionamento psíquico normal e cotidiano” (Loureiro, 2005, p. 430).
Primeira Tópica (1900)
Aparelho Psíquico
Primeira Tópica (1900)
A censura utiliza o mecanismo da repressão enviando os conteúdos dolorosos para o sistema ICS. As lembranças e memórias desaparecem, mas a dor ou incômodo não. 
Formações do inconsciente: sintomas, sonhos, lapsos (ou ato falhos) e chistes 
 deformação do conteúdo reprimido que permite que esse volte à tona ao sistema CS
Objetivo da interpretação: desfazer essa deformação
O conteúdo inconsciente
Após análise de sua própria vida e de vários casos Freud chegou àconclusão de que os conteúdos inconscientes são de origem sexual.
Conceitos de pulsão para dar conta das diversas formas que a sexualidade pode assumir
Zonas erógenas (boca, anûs, genitália)
Energia da pulsão sexual libido
Narcisismo  o próprio sujeito como objeto libidinal
Sexualidade Infantil - Teoria do Desenvolvimento
- Fase Oral, fase anal, fase fálica, fase de latência e fase genital
Complexo de Édipo
Por volta dos 3 aos 5 anos  desejos amorosos e hostis em relação aos pais.
Triangulação Edípica: pai, mãe e criança
Resolução ou dissolução do complexo de Édipo  renúncia da criança ao objeto de amor e identificação com os valores da cultura
“A estrutura triangular do Édipo, à qual Freud atribui caráter universal, é vivida de modo absolutamente singular por cada sujeito, de acordo com as vicissitudes de sua história libidinal infantil. Tal singularidade estará em jogo na própria estruturação da personalidade do sujeito (exemplo: o caráter mais ou menos severo de sua consciência crítica), na escolha de objetos amorosos (exemplo: traços físicos ou psíquicos que despertam atração) e também na definição dos contornos de sua psicopatologia” (Loureiro, 2005, p. 433).
A tragédia de Édipo Rei
Laio, rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo de que não poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o mesmo seria morto pelo próprio filho, que se casaria com a mãe. 
O rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu-se do que havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos furados para que ela morresse. A ferida que ficou no pé do menino é que deu origem ao no me Édipo, que significa pés inchados. 
O menino não morreu e foi encontrado por alguns pastores, que o levaram a Polibo, o rei de Corinto, este que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi até o oráculo de Delfos para saber o seu destino. 
O oráculo disse que o seu destino era matar o pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas. 
A tragédia de Édipo Rei
No meio do caminho, encontrou com Laio que pediu para que ele abrisse caminho para passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo. Sem saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas. 
No caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher, que atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os decifrasse. 
O enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o homem, pois na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos, ao meio-dia (idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) precisa das duas pernas e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se matou. 
O povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou-lhe Jocasta como esposa. Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar o oráculo, que respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.
Segunda Tópica (1920)
Aparelho Psíquico
Id: contem material recalcado e algumas fantasias, é totalmente inconsciente e também é o substrato pulsional do sistema inconsciente
Pulsão de Vida: Eros
Pulsão de Morte: Thanatos
Superego: Interdições da sociedade, algumas conscientes, outras foram introjetadas tornando-se inconscientes 
Ego: trabalha mediando as manifestações do id e as interdições impostas pelo superego
Concepção de Eu para Freud
“... estamos às voltas com uma concepção de sujeito descentrado, atravessado por forças e sentidos que lhes são estranho e alheios, e que há muito custo mantém uma imagem – falsa – de unidade coesa. E não bastasse o conflito irredutível com os impulsos e desejos inconscientes, o ‘eu’ ainda tem de se haver com as exigências da realidade externa e também com os imperativos de nossa consciência moral. Entende-se, assim, a situação de precariedade do ‘eu’ consciente tal como descrito pela teoria freudiana” (Loureiro, 2005, p. 436).
Em resumo...
Método de estudo: estudo de caso, introspecção (auto-observação) e clínico
Objeto de estudo: manifestações inconscientes
Relação entre os fenômenos: Dinâmica psíquica

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