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Soluções Amanco Apostila de Apoio ao Instrutor Curso de Instalador Hidráulico Mexichem no Brasil A Mexichem Brasil é a subsidiária brasileira do Grupo Mexichem, com atuação nos setores de tubos e conexões e de geotêxteis nãotecido. O Grupo Mexichem é detentor das marcas comerciais Amanco, Plastubos, Bidim e Doutores da Construção. Em 2007, a Mexichem ingressou no maior mercado de tubos e conexões da América Latina ao adquirir o Grupo Amanco. Neste mesmo ano, o grupo também adquiriu a Plastubos, também fabricante de tubos e conexões no Brasil, ampliando sua atuação neste setor. Em 2008, a Mexichem comprou a Bidim, líder no mercado nacional de geotêxteis nãotecido. A criação da Mexichem Brasil faz parte da estratégia corporativa global da Mexichem de integração vertical de sua cadeia produtiva, com o objetivo de responder às necessidades da indústria tanto no relacionamento com clientes corporativos como com o consumidor final, por meio de suas marcas comerciais. A empresa, que possui cerca de 2500 colaboradores, é composta por nove unidades fabris localizadas em diferentes regiões brasileiras, Joinville (SC), Sumaré (SP), Suape (PE), Uberaba (MG), Ribeirão das Neves (MG), Anápolis (GO), Maceió (AL), São José dos Campos (SP) e com sede administrativa em São Paulo. O nome Amanco será mantido como marca comercial de todos os seus produtos, mantendo suas próprias estratégias de mercado e oferecendo a seus clientes e consumidores um excelente nível de qualidade e atendimento. Mexichem no Mundo A Mexichem é uma empresa líder na indústria química e petroquímica latino americana, com mais de cinquenta anos de trajetória na região e trinta na Bolsa de Valores do México. Sua produção é comercializada em todo o mundo com vendas que superam os US$ 3 bilhões. Os produtos da Mexichem têm impacto decisivo na qualidade de vida das pessoas e respondem à crescente demanda em setores de aplicação tão dinâmicos como construção civil e infraestrutura urbana, geração e fornecimento de energia, além de transportes, comunicações, saúde, entre muitos outros. Considerada uma das cinco produtoras mais eficientes do mundo no seu setor, a Mexichem tem como prioridade o desenvolvimento e a utilização de tecnologias de vanguarda que garantam a competitividade internacional dos seus produtos e serviços. Com exportações para mais de 50 países, a Mexichem possui certificação internacional ISO 14001 em todas as suas fábricas, além de programas permanentes que buscam sempre os melhores índices de eco-eficiência. Visão Ser respeitada e admirada mundialmente como companhia líder no setor químico, focada na produção de resultados, na contribuição ao progresso e na melhoria de vida das pessoas. Missão Transformar químicos em produtos, serviços e soluções inovadoras para os diversos setores industriais, por meio da excelência operacional e do enfoque nas necessidades do mercado, a fim de gerar valor contínuo para nossos clientes, colaboradores, sócios, acionistas e comunidade, contribuindo com a melhoria na qualidade de vida das pessoas. Cadeias Produtivas A Missão da Mexichem é criar valor às suas matérias primas básicas, sal e fluorita, por meio de cadeias produtivas eficientes, capazes de gerar resultados de negócio superiores e que atuem dentro de um marco de responsabilidade empresarial. Com isso, apóia o âmbito social e ambiental, bem como o cumprimento das normas e responsabilidades que os regulamentam. Canadá Estados Unidos Venezuela Inglaterra Colômbia Equador Argentina Brasil Chile Peru Costa Rica El Salvador Panamá Honduras Nicarágua Guatemala México Japão Taiwan Através de diferentes processos de transformação se conquista, nesta cadeia, dar valor agregado ao sal. Da fl uorita extraída das minas é produzido o ácido fl uorídrico, principal matéria prima de todos os gases refrigerantes e dos fl uoropolímetros, como o tefl on. Graças a seus tubos e conexões, a Mexichem esta presente em toda a América Latina, levando desenvolvimento e bem-estar a milhões de pessoas. Mexichem Presente em 19 países Presença Geográfi ca As fábricas produtoras da Mexichem estão localizadas em pontos estratégicos, onde a atividade industrial é importante, tornando-se centros de negócios. A proximidade dos portos marítimos, das fronteiras internacionais e os fáceis acessos terrestres, permitem que a Mexichem seja uma companhia estratégica e de referência global. PARCERIA AMANCO – SENAI Umas das maiores iniciativas da Amanco no campo social, forma e capacita milhares de profi ssionais por ano na área hidráulica. Para a Mexichem Brasil sustentabilidade é uma gestão empresarial, sustentada pelo Triplo Resul- tado: social, ambiental e econômico. A susten- tabilidade integra a estratégia de negócios e está inserida no dia-a-dia da empresa. Toda e qualquer ação ou produto desenvolvido pela Mexichem Brasil deve apresentar vantagens econômicas, oferecer benefícios para a sociedade e primar pela preservação e sustentabilidade do meio ambiente. As operações da empresa são consideradas pelos órgãos ambientais e pelo IBAMA como de baixo impacto ambiental. Portanto, a empresa esta constantemente desenvolvendo ações no sentido da sustentabilidade. Sustentabilidade REUSO DE ÁGUA nos processos de fabricação e coleta seletiva de resíduos: iniciativa em todas as unidades da empresa. Nos últimos nove anos, o programa de reuso de água industrial permitiu à empresa reduzir signifi cativamente seu consumo na produção de tubos. A Mexichem Brasil, por meio da sua marca comer- cial Amanco, é uma das principais empresas que atuam na condução da água no Brasil, com seus tubos e conexões, e entende que o tema hídrico é de absoluta relevância para o mercado e para o presente e futuro da sociedade. Como empresa privada, a Mexichem Brasil sabe da importância de ações multisetoriais de compromis- so coletivo e individual no debate da problemática da água, bem como na busca por soluções para os grandes desafi os que enfrentados em matéria de água e saneamento. Neste contexto, publica a Aqua Vitae, uma revista latino americana bilíngue (português e espanhol) especializada no tema água. Esta publicação tem uma periodicidade quadrimes- tral e busca ser uma tribuna para expor soluções, analisar propostas e fomentar o diálogo intersetorial em torno deste importante recurso natural. A publi- cação é dirigida a setores estratégicos envolvidos numa visão integral do tema água, tais como: setor empresarial, governamental, acadêmico, agrícola, organizações sociais, organizações internacionais, meios de comunicação e setores fi nanceiros. Conduzimos Água, Levamos Vida AQUA VITAE Revista especializada na questão da água com um enfoque latino americano. T e c n o l o g i a | I n o v a ç ã o | Q u a l i d a d e | L i d e r a n ç a inovação em tubos e conexões As imagens contidas nesta apostila de apoio são meramente ilustrativas. Consulte sempre a disponibilidade do produto junto à Equipe Comercial Amanco. Índice 01 03 04 05 06 FATORES SOCIAIS | pág. 09 MATEMÁTICA BÁSICA | pág. 23 HIDRÁULICA BÁSICA | pág. 35 INSTALAÇÕES PREDIAIS | pág. 55 NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO | pág. 131 INFRAESTRUTURA | pág. 143 02 Soluções Amanco Apostila de Apoio ao Instrutor Curso de Instalador Hidráulico inovação em tubos e conexões 9 1 - Qualidade 10 2 - Educação ambiental 10 3 - Riscos ambientais 10 4 - Segurança e saúde no trabalho 11 5 - Ética e cidadania 16 6 - Relações humanas 17 7 - Gestão de recursos humanos na 18 construção civil 8 - Empreendedorismo 19 9 - Produtividade e desperdício 20 na construção civil 01 Fatores Sociais Soluções AmancoApostila de Apoio ao Instrutor Curso de Instalador Hidráulico inovação em tubos e conexões 10 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões 1. Qualidade A Qualidade pode ser defi nida sob vários aspectos, entre eles: • Satisfação Quando as características do produto vão ao encontro das necessidades dos clientes, proporcionando satisfação em relação ao produto. • Excelência Do ponto de vista da excelência, qualidade signifi ca o melhor que se pode fazer, ou seja, o padrão mais elevado de desempenho em qualquer campo de atuação. • Valor Como valor, qualidade signifi ca ter mais atributos; usar materiais ou serviços raros, com custos maiores ou que assim o sejam percebi- dos, já que valor é um conceito relativo, que depende do cliente e seu poder aquisitivo. • Especifi cações Qualidade planejada; projeto do produto ou serviço; defi nição de como o produto ou serviço deve ser. • Conformidade Produto ou serviço de acordo com as especifi cações do projeto. • Regularidade Uniformidade; produtos ou serviços idênticos. • Adequação ao uso Qualidade de projeto e ausência de defi ciências: projeto excelente e produto/serviço de acordo com o projeto. 1.1. Normas de qualidade da ABNT São os documentos que formalizam o nível de consenso a respeito dos processos referentes à qualidade. Estas normas são estabelecidas como base para a realização ou avaliação da gestão da qualidade nas empresas. São defi nidas pelo Comitê Brasileiro da Qualidade - ABNT/CB-25, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, que têm como objetivo pro- duzir e disseminar as normas de: • Sistemas de Gestão da Qualidade • Sistemas de Garantia da Qualidade • Sistemas de Avaliação da Conformidade e suas técnicas correlatas Os produtos da linha predial Amanco são fabricados de acordo com as seguintes normas: • NBR 5648: Sistemas prediais de água fria – Tubos e conexões de PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldável – Requisitos; • NBR 5688: Sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ven- tilação - Tubos e conexões de PVC, tipo DN – Requisitos; • NBR 5626: Instalação predial de água fria; • NBR 8160: Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução; • NBR 7198: Projeto e execução de instalações prediais de água quente. 1.2 . Normas “ISO” de qualidade A “ISO” (International Organization for Standardization) é uma organiza- ção não-governamental que coordena a elaboração e a divulgação de normas técnicas internacionais. As normas ISO constituem um padrão internacional para a gestão de qualidade, sendo um dos requisitos básicos à implementação bem su- cedida de um processo de qualidade total. Elas são aplicáveis a qual- quer organização, de todos os setores e atividades econômicas. • Normas ISO 9001: tratam do sistema de gestão da qualidade de uma empresa. • Normas ISO 14001: tratam do sistema de gestão ambiental de uma organização e o gerenciamento do desempenho ambiental. • Normas OHSAS 18001(Occupational Health and Safety Assessment Series): estabelecem requisitos relacionados à gestão da saúde e se- gurança Ocupacional. 2. Educação ambiental Educação ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a disse- minação do conhecimento sobre o meio ambiente, a fi m de contribuir para a sua preservação e a utilização sustentável dos seus recursos. A educação ambiental no Brasil segue os preceitos da Lei N° 9.795 que, numa perspectiva bem abrangente, direciona para a: • Proteção e uso sustentável de recursos naturais; • Proposta de construção de sociedades sustentáveis. "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em to- dos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal".( Artigo 2° da Lei N° 9.795). 3. Riscos ambientais Riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, presentes nos ambientes de trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição. 01 11 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões A Norma Regulamentadora Nº. 9 – NR-9 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Pro- grama de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preserva- ção da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipa- ção, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Fatores que podem causar riscos ambientais são: • Agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações. • Agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores que podem ser absorvidos por via respiratória ou através da pele. • Agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoá- rios e vírus. 4. Segurança e saúde no trabalho 4.1. Segurança do trabalho A importância da prevenção dos acidentes do trabalho e, consequen- temente, do bem-estar do trabalhador ainda não foi amplamente reco- nhecida, quer por trabalhadores, quer por empregadores. Há inúmeras empresas que não instalam programas de segurança do trabalho, es- tão se limitando a atender ao requisito legal, sem nenhuma motivação por parte da gerência e com o total desinteresse dos empregados. Infe- lizmente, o espírito de empresa e o espírito perfeccionista ainda não fa- zem parte de muitas organizações industriais, não havendo verdadeira compreensão de que a prevenção de acidentes e o bem-estar social dos trabalhadores concorrem para uma maior produtividade por parte dos mesmos, ocasionando maior progresso da indústria. O resultado disso são os choques e as incompreensões, que geram ir- ritação, agressividade e insolência, criadores de ambientes intoleráveis nos locais de trabalho e de clima propício a acidentes. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em sua publicação Au- mento da Produtividade nas Indústrias Manufaturarias, afi rma que nos últimos anos dedicou-se uma atenção crescente ao elemento humano como causa dos acidentes e comprovou-se que esse fator é mais com- plexo e mais importante que qualquer outro. Uma coletividade, normalmente heterogênea, na qual o sentimento de solidariedade humana nem sempre consegue sobrepor-se a insen- satez, a vaidade e a ambição, carece de um programa de segurança, em meio as suas atribuições, para que possa humanizá-la e torná-la tão compreensiva quanto efi ciente. 4.2. Conceitos Não se sabe ao certo quando o homem começou a se preocupar com os acidentes e doenças relacionadas com o trabalho. Já no séc. V a.C., faziam-se referências a existência de moléstias entre mineiros e meta- lúrgicos. Mas foi com a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no fi nal do séc. XVIII e com o aparecimento das máquinas de tecelagem movidas a vapor que a ocorrência de acidentes aumentou. A produção, que antes era artesanal e doméstica, passa a ser realizada em fábricas mal ventiladas, com ruídos altíssimos e em máquinas sem proteção. Mulheres, homens e principalmente crianças foram as gran- des vítimas. A primeira legislação no campo da proteção ao trabalhador, Lei das Fábricas, surgiu na Inglaterra em 1833, determinando limites de idade mínima e jornada de trabalho. No Brasil, onde a industrialização tomou impulso a partir da 2ª Guerra Mundial, a situação dos trabalhadores não foi diferente: nossas condi- ções de trabalho mataram e mutilaram mais pessoas que a maioria dos países industrializados do mundo. Com o objetivo de melhorar as condiçõesde saúde e trabalho no Brasil, a partir da década de 30 várias leis sociais foram criadas; dentre elas, ressalta-se a obrigatoriedade de formação da Comissão Interna de Pre- venção de Acidentes – CIPA. Desde a divulgação das primeiras estatísticas de acidentes do trabalho pelo então Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, tem-se co- nhecido a gravidade da situação de Segurança do Trabalho no Brasil. Diante dos dados, uma série de medidas foram tomadas pra tentar re- verter a situação. Essas medidas têm colaborado para a redução do número de aciden- tes e doenças do trabalho ofi cialmente divulgados. Porém, a com- plexidade das questões relativas ao registro de acidentes e doenças profi ssionais, torna difícil precisar o índice dessa redução, pois uma quantidade muito grande de trabalhadores não é registrada e, portan- to, seus acidentes e doenças não são comunicados ao INSS e a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego. Diante da persistência de elevados índices de acidentes de trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, surgem o Mapa de Riscos Ambientais, o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional). 12 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões 4.3. Prevenção de acidente do trabalho Conceito legal (Lei 6367/76) Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do tra- balho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou pertubação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. § 1º item II. - Equipara-se ao acidente do trabalho, o acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro in- clusive companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação ou incêndio; f ) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior. De acordo com o item II. do § 2º, “Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fi sio- lógicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado será consi- derado a serviço da empresa”. Segundo o § 1º, item V, também serão considerados acidentes do tra- balho “o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado; d) no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela”. Equiparam-se ao acidente do trabalho, para os fi ns desta lei, de acordo com o parágrafo 1o. art. 2o: I - a doença profi ssional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de rela- ção organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS); II - o acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte, ou a perda, ou redução da capacidade para o trabalho; V - a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no exercício de sua atividade; § 3º Em casos excepcionais, constatando que doença não incluída na relação prevista no item I do § 1º resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamen- te, o Ministério da Previdência e Assistência Social deverá conside- rá-la como acidente do trabalho. § 4º Não poderão ser consideradas, para os fi ns do disposto no parágra- fo, a doença degenerativa, a inerente a grupo etário e a que não acarreta incapacidade para o trabalho. § 5º Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profi ssio- nal ou do trabalho, a data da comunicação deste à empresa ou, na sua falta, a da entrada do pedido de benefício do INSS, a partir de quando serão devidas as prestações cabíveis. Art. 3º Não será considerada agravante ou complicação de acidente do trabalho lesão que, resultante de outro acidente, se associe ou se superponha às consequências do anterior. Conceito perfeccionista Acidente de trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma ativi- dade, ocasionando perdas de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais. Benefícios previdenciais (Acidentários) Segurados que têm direito: • o trabalhador regido pela CLT; • o trabalhador temporário; • o trabalhador avulso; • o presidiário que exerce trabalho remunerado. Os benefícios concedidos são: a) Aposentadoria por invalidez acidentária Quando o acidentado está defi nitivamente incapacitado para o traba- lho. Valor mensal: igual ao salário de contribuição do segurado no dia do acidente. Este valor é aumentado em 25% se o acidentado necessi- tar da assistência permanente de outra pessoa. O aposentado por invalidez receberá também um pecúlio, que é uma importância equivalente a 15 salários-referência. b) Pecúlio por morte acidentária Aos dependentes do segurado que falecer em decorrência do aciden- te do trabalho. Valor: importância equivalente a 30 salários-referência. c) Auxílio-doença acidentária A partir do 16° dia de constatação do acidente, até o segurado fi car curado. Trabalhador avulso: a partir do dia seguinte ao do acidente. Valor mensal: 92% do salário de contribuição do segurado, vigente no dia do acidente. d) Auxílio-acidente Quando o acidentado não tem mais condição de trabalhar no mesmo serviço e precisa mudar de função. Valor: o acidentado receberá pelo resto de sua vida 40% do valor da aposentadoria por invalidez aciden- tária. e) Auxílio suplementar Quando o acidentado se recupera, mas passa a trabalhar com difi cul- dade, ou quando apresenta perda anatômica como seqüela. Valor: 20% do salário de contribuição vigente no dia do acidente. f) Pensão Aos dependentes do segurado que faltar em decorrência do acidente. Valor mensal: igual à aposentadoria por invalidez, qualquer que seja o número de dependentes. g) Custeio É atendido pelas contribuições previdenciárias a cargo do segurado, da empresa e da União. O encargo das empresas (ou das entidades) varia em função dos riscos, que são classifi cados em leves (0,4%), médios (1,2%) e graves (2,5%), percentuais estes que incidem sobre o total da folha de pagamento. 01 13 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões 4.4. Acidentes do trabalho É toda perturbação funcional, lesão corporal ou doença produzida pelo trabalho ou em consequência dele. Atos inseguros são defi nidos como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária as normas de segurança. É falsa a ideia de que não se pode predizer nem controlar o comporta- mento humano. Na verdade, é possível analisar os fatores relacionados com a ocorrência de atos inseguros e controlá-los. Seguem-se, para orientação, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a pratica- rem atos inseguros: a) Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais como: • Sexo • Idade • Tempo de reação aos estímulos • Coordenação motora • Estabilidade x instabilidade emocional • Extroversão / introversão • Agressividade • Impulsividade • Problemas neurológicos • Nível de inteligência• Grau de atenção • Percepção • Coordenação visual / motora b) Fatores circunstanciais (fatores que infl uenciam o desempenho do indivíduo no momento): • Problemas familiares • Abalos emocionais • Discussão com colegas • Alcoolismo • Grandes preocupações • Doença • Estado de fadiga etc c) Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma como evitá-los, causado por: • Seleção inefi caz • Falhas de treinamento • Falta de treinamento d) Desajustamento (relacionado com certas condições específi cas do trabalho): • Problemas com a chefi a • Problemas com os colegas • Política salarial imprópria • Política promocional imprópria • Clima de insegurança etc e) Fatores que fazem parte das características de personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos impró- prios: • O desleixado • O machão • O exibicionista calado • O exibicionista falador • O desatento • O brincalhão Condições inseguras São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador, devido a possibilida- de do mesmo acidentar-se. Tais condições manifestam-se como falhas técnicas, podendo apresentar-se: • Na construção e instalações em que se localiza a empresa – áreas in- sufi cientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e de limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização; • Na maquinaria – localização imprópria das máquinas, falta de prote- ção em partes móveis e pontos de agarramento, máquinas apresen- tando defeitos; • Na proteção do trabalhador – proteção insufi ciente ou totalmente ausente, roupas e calçados impróprios, equipamento de proteção com defeito. Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela presença de condições in- seguras e atos inseguros ao mesmo tempo. Como se vestir no local de trabalho É sabido que as partes móveis das máquinas formam pontos de agar- ramento que representam constante fonte de perigo para o operador. 14 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões São exemplos de pontos de agarramento: • Cilindros • Polias • Correias • Correntes • Partes sobressalentes • Engrenagens Partes que poderão ser agarradas: • Cabelos compridos e soltos • Roupas soltas • Camisa desabotoada • Camisa de mangas compridas • Calças de boca larga • Enfeites • Colares • Cordões • Brincos • Relógios • Pulseiras • Anéis O calçado inadequado é também um grande problema no ambiente de trabalho porque, geralmente, os tipos usados pelo trabalhador são desaconselháveis e ninguém está livre do perigo de que algo pesado caia sobre os pés ou que algo perfure ou ultrapasse a sola dos sapatos. Todos os sapatos citados precisam ser observados, estudados e trata- dos para se conseguir resultados duradouros ou defi nitivos, mas algu- mas providências podem ser tomadas de imediato para minimizar os riscos de acidentes, como: • Usar toca ou gorro para prender os cabelos compridos; • Usar a camisa abotoada e dentro da calça; • Usar mangas compridas com os punhos abotoados ou então usar mangas curtas; • Usar calças de boca estreita com as barras fi rmemente costuradas e sem vira; • Usar calçados de sola de couro, fechados e baixos; • Usar sapatos de segurança com biqueira e palmilha de aço, onde se fi zerem necessário; • Não usar quaisquer enfeites no pescoço, braços, mãos ou dedos; • Usar roupas ajustadas no corpo, sem serem apertadas ou largas demais. 4.5. Segurança e saúde no trabalho São questões relativas à: • Acidente no trabalho • Prevenção • Saúde e higiene Lesão corporal É todo ferimento e/ou contusão causado por qualquer acidente no ambiente de trabalho, seja pelas condições propícias ao acontecimen- to de acidentes, seja pelo não uso dos equipamentos de segurança por parte do trabalhador. Doença do trabalho É toda perturbação de saúde adquirida no ambiente de trabalho em virtude das condições em que se realiza o trabalho, seja pelos riscos profi ssionais relativos a execução deste ou pela falta de prevenção da segurança do trabalho. A prevenção é feita com campanhas de segurança • Cartazes • Filmes • Palestras • Divulgação dos acidentes • Caixa de sugestões • Comunicação • Treinamento No caso de equipamentos deve-se ter cuidado com: Manutenção • Limpar e guardar tudo que for usado! Critérios • Devem possuir certifi cação. • Usar o equipamento de proteção individual (EPI) certo para cada atividade. 01 15 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões Saúde e higiene Sua saúde afeta o seu trabalho! a) Higiene pessoal • Tome banho todos os dias após o trabalho • Escovar os dentes após as refeições • Manter limpos e penteados os cabelos (aparência) • Conservar as unhas limpas e cortadas • Manter a barba feita • Manter roupas limpas b) Cuidados com o seu corpo • Dobrar os joelhos quando levantar pesos • Consulta médica se estiver com problemas de saúde • Fazer uso do preservativo sempre • Consultar periodicamente dentista c) Na hora das refeições • Lavar as mãos antes das refeições • Usar talheres e copo individual • Jogar resto de comida no lixo d) No banheiro • Jogar papel higiênico no lixo • Dar descarga no sanitário • Lavar as mãos após usar o banheiro • Zelar pela manutenção da limpeza 16 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões e) No alojamento • Guardar roupas e equipamento em local adequado • Não guardar nada molhado no armário • Não perturbar o descanso do colega • Não fumar no alojamento, além de causar danos a saúde pode cau- sar incêndio • Não fazer refeições no vestiário f) Convivendo com os colegas • Respeite o seu colega de trabalho • Não faça algazarra • Não faça uso de álcool, drogas ou qualquer tipo de entorpecentes • Não traga nenhum tipo de arma para o trabalho • Evite brincadeiras que distraiam ou irritem o colega durante o horá- rio de trabalho Segurança e saúde não são necessárias somente no seu trabalho, mas na sua vida. 5. Ética e cidadania a) Autoestima Autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mes- ma como sendo positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gre- gg, 2003). b) Ética Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um in- divíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A palavra ética origina-se do grego "ethos" que apresenta dois signi- fi cados: • Morada do homem, no sentido de abrigo protetor > estilo de vida > ação no espaço do mundo > costume. • Comportamento resultante da repetição dos mesmos atos > o ato do indivíduo > manifestação do costume > hábito. c) Costume Modo de pensar e agir característico de pessoa, grupo social, povo ou nação. d) Hábito Maneira usual de ser, fazer, sentir, comportar-se individual ou coletiva- mente, que leva a um conhecimento ou prática. Tanto o costume quanto o hábito são construídos. e) Cidadão É indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos. Em resumo, é a pessoa que goza de direitos constitucionais e respeita as liberdades democráticas. f) Cidadania É um processo que se efetiva através do conhecimento e conquista dos direitos humanos, por meio daquilo que se constrói. “Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos homens à vida comunitária ou social.” Luis Carlos Ludovikus Moreira de Carvalho 5.1.Identidade Conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pes- soa ou grupo, dando a estes uma forma única. Pode ser: Individual A construção da identidade individual é um processo que acontece durante toda, ou grande parte, da vida dos indivíduos, no meio familiar e social e que estabelece o conjunto de valores e crenças que defi nirão a sua pessoa. Coletiva A construção da Identidade coletiva é um processo social de constitui- ção de um conjunto de valores e ações a partir das relações interativas em espaço geográfi co, entre indivíduos e/ou grupos que organizam sua vida em torno de atividades semelhantes, tendo como base um conjunto de valores compartilhados. A identidade coletiva regula e é regulada: 1) Pelos sentimentos de pertencimento; 2) Pela defi nição de práticas sociais grupais (cultura política); 3) Pelo partilhamento de valores, crenças e interesses; 4) Pelo estabelecimento de redes sociais; e 5) Pelas relações intra e entre grupos. 01 17 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões 6. Relações humanas Vivemos, convivemos e trabalhamos com pessoas. Basta estar em con- tato com alguém para que algum tipo de sentimento seja despertado (simpatia, antipatia, inveja, atração...). As pessoas reagem às pessoas com que têm contato. Quando se conhece uma pessoa, formamos uma opinião inicial sobre ela, conhecida como primeira impressão. Os fatores envolvidos na for- mação das primeiras impressões são: Impacto que cada um causa no outro Distanciamento sem confl ito Relacionamento difícil e tenso 6.1. Relações interpessoais São as ações e relações entre os membros de um grupo ou entre gru- pos de uma sociedade, ocorridas através das interações. Os fatores que infl uenciam as relações interpessoais são: Espontaneidade 18 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões Difi culdade de fazer e receber críticas Difi culdade de lidar com confl itos Difi culdade de rever nossas primeiras impressões Saber lidar com as relações interpessoais é fundamental para o bom desenvolvimento de um profi ssional no local de trabalho. 7. Gestão de recursos humanos na construção civil Gestão de recursos humanos é a atividade que tem por fi nalidade re- crutar, selecionar e qualifi car os recursos humanos com o objetivo de alcançar um desempenho que possa combinar as necessidades indivi- duais das pessoas com as da organização. 7.1. Recursos humanos São as pessoas com seus talentos, habilidades, conhecimentos e capa- cidades, que estão envolvidas nos processos organizacionais. “A efi ciência das pessoas, das atividades e a efi cácia das organizações são resultados da adoção de metodologias e procedimentos direcio- nados à gestão das pessoas”. Idalberto Chiavenato Os fatores relacionados são: • Recrutamento, seleção e admissão • Desenvolvimento de pessoal • Treinamento, aperfeiçoamento e qualifi cação • Análise e descrição do trabalho e de cargos • Competências e habilidades • Planos de remuneração • Salários, benefícios e gratifi cações • Trabalho em equipe • Liderança e formação de líderes • Comunicação e informação • Segurança, saúde e higiene no trabalho • Gestão pela qualidade total em RH Para a gestão de pessoas, existem 5 processos básicos que devem ser considerados: Processo Objetivo Atividades envolvidas Provisão Quem irá trabalhar na organização • Pesquisa de mercado de RH • Recrutamento de pessoas • Seleção de pessoas Aplicação O que as pessoas farão na organi- zação • Integração de pessoas • Desenho de cargos • Descrição e análise de cargos • Avaliação de desempenho Manutenção Como manter as pessoas trabalhan- do na organização • Remuneração e compensação • Benefícios e serviços sociais • Higiene e Segurança do Trabalho • Relações sindicais (trabalhistas) Desenvolvimento Como preparar e desenvolver as pessoas • Treinamento • Desenvolvimento organizacional Monitoração Como saber o que são e o que fazem as pessoas • Banco de dados / sistemas de informação • Auditoria de RH 7.2. Funções da mão de obra de produção • Execução dos serviços • Distribuição de pessoal e suprimentos • Defi nir e solicitar os suprimentos do dia a dia • Trabalhos de medição • Defi nição do layout do canteiro de obras • Garantir o cumprimento das especifi cações, prazos, custos e qualidade • Aplicação dos procedimentos de segurança • Medicina do Trabalho 01 19 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões 7.3. Organograma funcional de uma obra Engenheiro Supervisor Engenheiro Residente Estagiários Almoxarife, Apontador Mestre de Obras Técnicos Encarregados O� ciais de produção Auxiliares 8. Empreendedorismo A palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 para defi nir uma pessoa com criatividade e ca- paz de fazer sucesso com inovações. “Empreendedorismo é aprendizado pessoal que, impulsionado pela mo- tivação, criatividade e iniciativa, busca a descoberta vocacional, a per- cepção de oportunidades e a construção de um projeto de vida ideal." Robert Menezes • O termo Empreendedorismo designa os estudos relativos ao em- preendedor, seu perfi l, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação. • O termo Empreendedor é utilizado para designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas, seja na trans- formação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento, ou na inovação em áreas como marke- ting, produção e organização. No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força nos anos de 1990, durante a abertura da economia nacional, que surtiria os seguin- tes efeitos: • A entrada de produtos importados > controle dos preços > cresci- mento econômico • Problemas para alguns setores > perda de competitividade com os importados • Modernização das empresas para poder competir e voltar a crescer Razões do empreendedorismo • Autorrealização • Estimular o desenvolvimento pessoal e local • Apoiar a pequena empresa • Ampliar a base tecnológica • Criar empregos • Acompanhar a velocidade das mudanças e novas tendências inter- nacionais • Adaptar-se ao novo mercado, com ética e cidadania As habilidades requeridas de um empreendedor são: a) Pessoais • Ser disciplinado • Assumir riscos • Ser inovador • Ter ousadia • Persistente • Visionário • Ter iniciativa • Coragem • Humildade • Ter paixão pelo que faz b) Técnicas • Saber escrever • Saber ouvir as pessoas • Captar informações • Ser organizado • Saber liderar e trabalhar em equipe c) Gerenciais • Marketing • Administração • Finanças • Operacional • Produção • Tomada de decisão • Planejamento e controle Caminhos do empreendedor Autoconhecimento: Espaço de si estreito (Teoria X) versus Espaço de si amplo (Teoria Y). Perfi l do empreendedor: Comparação das características do empreendedor e da pessoa. Aumento da criatividade: Dominar os processos internos para gerar inovação e criatividade. Processo visionário: Desenvolver uma visão e aprender a identifi car oportunidades. Rede de relações: Estabelecer relações que possam servir de suporte ao desenvolvimen- to e aprimoramento da ideia do negócio e sua sustentação. Avaliação das condições para iniciar um plano: Reunir e avaliar todas as condições para elaborar um plano. Plano de negócio: Metas mensuráveis, fl exibilidade no plano, indicadores de evolução, compromisso coletivo, revisão de metas, aprender com a experiência. Capacidade de negociar e apresentar uma ideia: Cooperação entre pessoas, parceiros ou empresas para alcançar objeti- vos detal forma que todos saiam ganhando. A síndrome do empregado designa um empregado e não um empre- endedor quando ele: • É desajustado e infeliz, com visão limitada • Tem difi culdade para identifi car oportunidades • É dependente no sentido de que necessita de alguém para se tornar produtivo • Sem criatividade 20 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões • Sem habilidade para transformar conhecimento em riqueza, descui- da de outros conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou a sua especialidade • Tem difi culdade de auto aprendizagem, não é autossufi ciente, exige supervisão e espera que alguém lhe forneça o caminho • Domina somente parte do processo, não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evo- lução do setor • Não se preocupa com o que não existe ou não é feito: tenta enten- der, especializar-se e melhorar somente no que já existe • Mais faz do que aprende • Não se preocupa em formar sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações • Tem medo do erro, não o trata como uma aprendizagem • Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços • Não sabe ler o ambiente externo: ameaças • Não é pró-ativo 9. Produtividade e desperdício na construção civil Produtividade é a relação entre os recursos utilizados e os resultados alcançados. Ela mede a capacidade que o trabalhador tem de aumen- tar o valor do conjunto de materiais e serviços que compõem um de- terminado produto. A produtividade no Brasil é menor que um quinto da produtividade dos países industrializados: • Apresenta baixos índices de produtividade em relação a outros países - Brasil - 45 hh/m2, - Dinamarca - 22 hh/m2 • A infl uência dos processos - Processo artesanal primitivo- 80 hh/m2 - Processo industrializado - 10 hh/m2 * hh = horas homem “Produtividade é minimizar cientifi camente o uso de recursos materiais, mão de obra, máquinas, equipamentos etc., para reduzir custos de pro- dução, expandir mercados, aumentar o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”. (Japan Productivity Center for Social – Economics Development ). O aumento da produtividade é consequência da utilização otimizada e integrada dos diversos fatores que contribuem na formação, movi- mentação e comercialização de um produto. Podem-se destacar os seguintes fatores que afetam a produtividade: • Capacitação e treinamento da mão de obra • Metodologia de trabalho utilizada • Layout do canteiro de obras • Práticas gerenciais de controle • Processos de produção • Utilização de insumos • Estrutura organizacional da empresa O grau de produtividade de um agente econômico (pessoa, empresa, país) é, via de regra, um dos melhores indicadores para a medição dos seus níveis de efi ciência e efi cácia. 9.1 Tempo X Produtividade Tempo produtivo Tempo consumido para elaborar produtos ou serviços que atendem as necessidades dos clientes. Tempo não produtivo Tempo consumido para elaborar produtos ou serviços que não aten- dem as necessidades dos clientes. Tempo ocioso Tempo consumido pela não elaboração de produtos ou serviços, mas ocorre o consumo de recursos disponibilizados. Trabalho produtivo Ser produtivo não é trabalhar duramente, mas sim trabalhar com sa- bedoria, empregando seus talentos e competências àquilo que traz resultados impactantes, efetivos e duradouros. 01 21 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões Intensifi cação do trabalho Executar o trabalho o mais rápido possível, levando ao grande desgas- te físico, riscos de acidente e desperdício de material. Racionalização do tempo Realizar suas tarefas da melhor maneira possível sem perder tempo. Para tanto é necessário planejar, implementar e controlar a execução dos serviços. 9.2. Desperdício na construção civil Perdas As perdas são consideradas inevitáveis (perdas naturais) e evitáveis. Se- gundo sua natureza, podem acontecer por: • Superprodução • Substituição • Espera • Transporte • No processamento em si • Nos estoques • Nos movimentos • Elaboração de produtos defeituosos • E outros fatores, como roubo, vandalismo, acidentes Conforme a origem, as perdas podem ocorrer no próprio processo pro- dutivo, como nos que o antecedem, como fabricação de materiais, pre- paração dos recursos humanos, projetos, planejamento e suprimentos. Em todos os casos a qualifi cação do trabalhador está presente. Qualquer utilização de recursos além do necessário à produção de determinado produto é caracterizada como desperdício classifi cado conforme seu controle, sua natureza e sua origem. Desperdício O desperdício não pode ser visto apenas como o material refugado no canteiro, mas sim como toda e qualquer perda durante o processo. Retrabalho O retrabalho é a ação implementada sobre um produto não confor- me de modo que ele atenda aos requisitos especifi cados. O retrabalho consiste em fazer os reparos necessários detectados durante processos de inspeção de produtos que não atendam aos padrões previamente estabelecidos e pela mão de obra adicional gasta no reparo e nas re- inspeções. Para a melhoria da produtividade é necessário evitar o retrabalho, o que se consegue otimizando as ações. Mas para isto é necessário: • Planejamento: depois de planejada, a execução fi ca muito mais fácil; • Ter um processo de decisão ágil; • Disponibilização de informações de forma instantânea, clara e segura; • Estabelecimento de melhoria contínua de processos; • Identifi cação de pontos fracos e defeitos; • Ação preventiva; • Mudanças de tecnologia com base em análises de custo/benefício. O retrabalho leva ao desperdício, pois ele geralmente envolve: • Consumo de tempo • Consumo de material • Desgaste físico e mental • Desgaste profi ssional • Descrédito da marca • Redução do lucro Desperdícios e perdas Com o desperdício: • Os custos aumentam • Os ganhos diminuem • A qualidade é reduzida • O esforço é dobrado 22 01 F A T O R E S S O C I A I S inovação em tubos e conexões Anotações ______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 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A B Á S I C A inovação em tubos e conexões 1. Contabilidade básica "A contabilidade é uma ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa". As fi nalidades fundamentais da contabilidade referem-se à orientação da administração das empresas no exercício de suas funções. A contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer en- tidade sócio econômica. 1.1. Princípios básicos a) Princípio da competência - As despesas e receitas devem ser con- tabilizadas como tais, no momento de sua ocorrência, independente- mente de seu pagamento ou recebimento. b) Princípio da realização da receita e confrontação da despesa - As receitas realizadas no período devem ser confrontadas, no mesmo período, com as despesas que a geraram. c) Custo como base de valor - As aquisições de ativos deverão ser contabilizadas pelo seu valor histórico, pelo seu valor de compra ou aquisição. d) Princípio do denominador comum monetário - Este princípio diz que a contabilidade deve ser feita numa única moeda e que todos os itens devem ser avaliados por essa moeda. 1.2. Funções da contabilidade As principais funções da contabilidade são: registrar, organizar, de- monstrar, analisar e acompanhar as modifi cações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico. a) Registrar Todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor mo- netário. b) Organizar Um sistema de controle adequado à empresa. c) Demonstrar Com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e fi nanceira da em- presa. d) Analisar Os demonstrativos podem ser analisados com a fi nalidade de apuração dos resultados obtidos pela empresa. e) Acompanhar A execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os paga- mentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e alertando para eventuais problemas. 1.3. Exercício social É o espaço de tempo no qual as pessoas jurídicas apuram seus resulta- dos. Ele pode coincidir ou não com o ano-calendário, de acordo com o que dispuser o estatuto da empresa ou o contrato social. 1.4. Balanço patrimonial É um documento contábil que resume as atividades da empresa, num determinado período, nos seus aspectos patrimoniais e fi nanceiros, sendo atualmente obrigatório o seu levantamento anual, coincidente com o ano civil. Balanço Patrimonial Empresa: xoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxoxox Ano Exercício Ativo Passivo Circulante 0,00 Elegível a Longo Prazo 0,00 Clientes 0,00 0,00 Estoques 0,00 Patrimônio Líquido 0,00 Permanente 0,00 0,00 Total do Ativo 0,00 Total do Ativo 0,00 a) Ativo Todos os bens, direitos e valores a receber de uma entidade. Contas do ativo têm saldos devedores, com exceção das contas retifi cadoras, como depreciação acumulada e provisões para ajuste ao valor de mer- cado. b) Passivo Obrigações que deverão ser pagas no decorrer do exercício seguinte, como duplicatas a pagar, contas a pagar, títulos a pagar, empréstimos bancários, imposto de renda a pagar, salários a pagar. c) Capital social O valor previsto em contrato ou estatuto, que forma a participação (em dinheiro, bens ou direitos) dos sócios ou acionistas na empresa. d) Patrimônio líquido Valor que os proprietários têm aplicado. Contas do patrimônio líquido têm saldos credores, divide-se em: Capital social; Reservas de capital; Re- servas de reavaliação, Reservas de lucros; e Lucros/Prejuízos acumulados. e) Direitos Valores a serem recebidos de terceiros por vendas a prazo ou valores de nossa propriedade que se encontram em posse de terceiros. f) Obrigações Dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa pos- se. 25 M A T E M Á T I C A B Á S I C A02 inovação em tubos e conexões 1.5. Demonstração do resultado do exercício (DRE) Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custose despesas apuradas segundo o regime de competência. Demonstração de Resultado do Exercício Empresa : xoxoxoxoxoxoxoxoxox Ano Exercício Conta Valor Receita de Vendas 100.000,00 (-)Custo Prod. Vendido - CPV 30.000,00 (=)Lucro Bruto 70.000,00 (-)Despesas OperacionaiS 27.000,00 De Vendas 20.000,00 Administrativas 5.000,00 Financeiras Líquidas 2.000,00 (=)Lucro Operacional 43.000,00 (+/-)Resultado não Operacional 2.000,00 (=) Lucro Líquido antes do IR 45.000,00 (-) Provisão para o IR 10.000,00 (=)Lucro Líquido após o IR 35.000,00 (-) Participação dos Empregados 10.000,00 (=) Lucro Líquido do Período 25.000,00 a) Receitas Entradas de elementos para o ativo da empresa, na forma de bens ou direitos que sempre provocam um aumento da situação líquida. b) Despesas Gastos incorridos para, direta ou indiretamente, gerar receitas. As des- pesas podem diminuir o ativo e/ou aumentar o passivo exigível, mas sempre provocam diminuições na situação líquida. c) Prejuízos acumulados Conta que registra as perdas acumuladas da entidade, já absorvidas pelas demais reservas ou lucros acumulados. d) Lucros acumulados Resultado positivo acumulado da entidade, legalmente fi cam em des- taque, mas tecnicamente, enquanto não distribuídos ou capitalizados, podem ser considerados como reservas de lucros. 1.6. Resultado operacional (lucro ou prejuízo opera- cional): Aquele que representa o resultado das atividades, principais ou acessó- rias, que constituem objeto da pessoa jurídica Balanço Patrimonial Empresa : xoxoxoxoxoxoxoxoxox Ano Exercício Ativo Passivo Circulante 40.000,00 Circulante 38.000,00 Disponível 20.000,00 Fornecedores 15.000,00 Caixa 15.000,00 Contas a Pagar 10.000,00 Aplicação 5.000,00 Imposto de Renda a Pagar 3.000,00 Clientes 8.000,00 Participações a Pagar 5.000,00 Clientes 8.000,00 Dividendos a Pagar 2.000,00 Estoques 12.000,00 Empréstimo Curto Prazo 3.000,00 Estoque Produto Aca- bado 10.000,00 Exigível a Longo Prazo 30.000,00 Estoque Matéria Prima A 2.000,00 Empréstimo Longo Prazo 30.000,00 Permanente 60.000,00 Patrimônio Líquido 32.000,00 Máquinas 30.000,00 Capital Social 28.000,00 Prédios e Instalações 40.000,00 Lucros Acumulados no Ano 4.000,00 (-) Depreciação Acumu- lada 10.000,00 Total do Ativo 100.000,00 Total do Passivo 100.000,00 2. Metrologia A defi nição formal de metrologia, palavra de origem grega, é: • Metron = medida • Logos = ciência Portanto, metrologia é a ciência da medição. Trata dos conceitos bá- sicos, dos métodos, dos erros e sua propagação, das unidades e dos padrões envolvidos na quantifi cação de grandezas físicas. 26 02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A inovação em tubos e conexões Metrologia também diz respeito ao conhecimento dos pesos e medi- das e dos sistemas de unidades de todos os povos, antigos e modernos. 2.1. Áreas da metrologia A metrologia está dividida em três grandes áreas: a) Metrologia científi ca Utiliza instrumentos laboratoriais, pesquisas e metodologias científi cas que têm por base padrões de medição nacionais e internacionais para o alcance de altos níveis de qualidade metrológica. b) Metrologia industrial Sistemas de medição que controlam processos produtivos industriais e são responsáveis pela garantia da qualidade dos produtos acabados. c) Metrologia legal Relacionada a sistemas de medição usados nas áreas de saúde, segu- rança e meio ambiente. 2.2. Instrumentação Instrumentação é o conjunto de técnicas e instrumentos usados para observar, medir e registrar fenômenos físicos. A instrumentação preo- cupa-se com o estudo, o desenvolvimento, a aplicação e a operação dos instrumentos. Medição Conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza. Medida É o valor correspondente ao valor momentâneo da grandeza a medir no instante da leitura. A leitura é obtida pela aplicação dos parâmetros do sistema de medição à leitura e é expressa por um número acompa- nhado da unidade da grandeza a medir. Grandezas Atributo de um fenômeno, corpo ou substância que pode ser quali- tativamente distinguido e quantitativamente determinado. O termo “grandeza” pode referir-se a: a) Grandezas em um sentido geral: • Comprimento • Tempo • Temperatura b) Grandezas específi cas: • Comprimento de uma barra • Resistência elétrica de um fi o • Concentração de etanol em uma amostra de vinho c) Grandeza de mesma natureza: • Podem ser classifi cadas, uma em relação à outra, em ordem crescen- te ou decrescente, são denominadas grandezas de mesma natureza. • Podem ser agrupadas em conjuntos de categorias de grandezas: • Trabalho, calor, energia • Espessura, circunferência, comprimento de onda Os símbolos das grandezas são dados na norma ISO 31. Unidades de medida Grandeza específi ca, defi nida e adotada por convenção, com a qual outras grandezas de mesma natureza são comparadas para expressar suas magnitudes em relação àquela grandeza. Unidades de medida têm nomes e símbolos aceitos por convenção, assim, o símbolo de uma unidade de medida (sinal convencional) de- signa esta unidade de medida. Exemplos: a) m é o símbolo do metro b) A é o símbolo do ampère. O Sistema de Unidades de medida é um conjunto das unidades de base e unidades derivadas, defi nido de acordo com regras específi cas, para um dado sistema de grandezas. Exemplos: a) Sistema Internacional de Unidades SI; b) Sistema de Unidades CGS. 27 M A T E M Á T I C A B Á S I C A02 inovação em tubos e conexões Sistema internacional de unidades (SI) É um conjunto de defi nições utilizado em quase todo o mundo mo- derno, que visa uniformizar e facilitar as medições. 3. Unidades geométricas 3.1. Metro As unidades de medição primitivas estavam baseadas em partes do corpo humano, que eram referências universais, pois fi cava fácil che- gar-se a uma medida que podia ser verifi cada por qualquer pessoa. Foi assim que surgiram medidas padrão como a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça e o passo. Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei. O Antigo Testamento da Bíblia é um dos registros mais antigos da his- tória da humanidade. E lá, no Gênesis, lê-se que o Criador mandou Noé construir uma arca com dimensões muito específi cas, medidas em cô- vados. O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e é equivalente a três palmos, aproximadamente, 66 cm. Há cerca de 4.000 anos, os egípcios usavam, como padrão de medi- da de comprimento, o cúbito: distância do cotovelo à ponta do dedo médio. Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito variava de uma pessoa para outra, ocasionando as maiores confusões nos resul- tados nas medidas. Nos séculos XV e XVI, os padrões mais usados na Inglaterra para medir comprimentos eram a polegada, o pé, a jarda e a milha. Na França, no século XVII, ocorreu um avanço importante na questão de medidas. A Toesa, que era então utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Uma toesa é equivalente a seis pés, aproxima- damente, 182,9 cm. Inicia-se um movimento no sentido de estabelecer uma unidade na- tural que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmen- te copiada, constituindo um padrão de medida. Havia também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter seus submúltiplos estabe- lecidos segundo o sistema decimal. Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre. O sistema decimal já havia sido inventado na Índia, quatro séculos antes de Cristo.Protótipo Internacional do Metro de 1889 (1ª CGPM) a 1960, quando a defi nição da unidade metro foi alterada, e desde então pode ser repro- duzido em laboratório; desde 1983 o metro é obtido por meio de um equipamento que utiliza um laser estabilizado. 28 02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A inovação em tubos e conexões Sendo assim o metro é a distância entre os eixos de dois traços princi- pais marcados na superfície neutra do padrão internacional deposita- do no B.I.P.M. (Bureau Internacional dês Poids et Mésures), na tempera- tura de zero grau Celsius e sob uma pressão atmosférica de 760 mmHg e apoiado sobre seus pontos de mínima fl exão. • Metro é o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, du- rante um intervalo de tempo de 1/299 792 458 de segundo. • No século XIX, vários países já haviam adotado o sistema métrico. No Brasil, o sistema métrico foi implantado pela Lei Imperial nº 1157, de 26 de junho de 1862. • Estabeleceu-se, então, um prazo de dez anos para que padrões anti- gos fossem inteiramente substituídos. Plural do nome: metros Símbolo: m Grandeza: comprimento (a extensão de um objeto considerado na sua maior dimensão). Metro cúbico Defi nição - Volume de um cubo cuja aresta tem 1 metro de compri- mento. Plural do nome: metros cúbicos Símbolo: m³ Grandeza: volume (a quantidade de espaço ocupada por um corpo. Volume tem unidades de tamanho cúbicas como, por exemplo, cm³, m³, in³). Metro quadrado Defi nição - Área de um quadrado cujo lado tem 1 metro de compri- mento. Plural do nome: metros quadrados Símbolo: m² Grandeza: área (medida da superfície de uma fi gura geométrica). Metro por segundo Defi nição - Velocidade de um móvel que, em movimento uniforme percorre a distância de 1 metro em 1 segundo. Plural do nome: metros por segundo Símbolo: m/s Grandeza: velocidade (a relação entre espaço percorrido e tempo de percurso, no movimento uniforme). Segundo Defi nição - Duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspon- dente à transição entre os dois níveis hiperfi nos do estado fundamen- tal do átomo de césio 133. Plural do nome: segundos Símbolo: s Grandeza: tempo (um determinado período considerado em relação aos acontecimentos nele ocorridos). Metro cúbico por segundo Defi nição - Vazão de um fl uído que, em regime permanente através de uma superfície determinada, escoa o volume de 1 metro cúbico do fl uído em 1 segundo. Plural do nome: Metros cúbicos por segundo Símbolo: m³/s Grandeza: vazão (o volume de um fl uido que escoa através da seção transversal de um conduto por unidade de tempo). 3.2. Instrumentos de medição Dispositivos destinados a reproduzir ou fornecer, de maneira perma- nente durante seu uso, um ou mais valores conhecidos de uma dada grandeza. Metro articulado O metro articulado é um instrumento de medição linear, fabricado em madeira, alumínio ou fi bra, que contém graduação conforme o sistema métrico universal. 29 M A T E M Á T I C A B Á S I C A02 inovação em tubos e conexões Régua metálica A régua apresenta-se normalmente em forma de lâmina de aço-carbo- no ou de aço inoxidável. Nessa lâmina estão gravadas as medidas em centímetro (cm) e milímetro (mm), conforme o sistema métrico, ou em polegada e frações, conforme o sistema inglês. Trena Instrumento de medição constituído por uma fi ta de aço, fi bra ou te- cido, graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ ou no sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços trans- versais. Paquímetro O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fi xo, sobre a qual desliza um cursor. • Paquímetro universal: é utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos. • Paquímetro universal com relógio: o relógio acoplado ao cursor faci- lita a leitura, agilizando a medição. • Paquímetro com bico móvel: empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes. • Paquímetro de profundidade: serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos. • Paquímetro duplo: serve para medir dentes de engrenagens. • Paquímetro digital: utilizado para leitura rápida, livre de erro de para- laxe, e ideal para controle estatístico. Micrômetro É um instrumento de medição linear, que possibilita a realização de medições de centésimos e milésimos de mm. O micrômetro mede com exatidão a espessura de revestimentos na construção civil e tem grande uso na indústria mecânica, medindo toda a espécie de objetos, como peças de máquinas. Tipos de micrômetros • Profundidade • Arco profundo • Com disco nas hastes • Para medição de roscas • Interno 30 02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A inovação em tubos e conexões Leitura no micrômetro 1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha. 2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha. 3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor. 4. Geometria É a matemática que estuda as formas, planas e espaciais, com as suas propriedades. Triângulo Cálculo da Área Área= b x h/2 Se, b = 8m e h = 6 m A = 8×6/2 A = 24,00m² Cálculo da Hipotenusa d = b² + h² d = 8² + 6² d = 64 + 36 d = 100 d = 10m Calculo do Perímetro P = b + h + d P = b + h + b² + h² P = 8 + 6 + 8² + 6² P = 8 + 6 + 64 +36 P = 8 + 6 + 100 P = 8 + 6 + 10 P = 24 m Quadrado Cálculo do Perímetro Perímetro = 4 x L Se, L = 5m P = 4 x 5 A = 20m Cálculo da Diagonal D = 2 x L² D = 2 x 5² D = 2 x 25 D = 50 D = 7,07m Calculo da Área Área = L x L ou L² Se, L = 5m A = 5² A = 5 x 5 P = 25 m² Retângulo Cálculo do Perímetro Perímetro = 2 x (b + h) Se, b = 8m e h = 6m P = 2 x (8 + 6) P = 28m Cálculo da Diagonal D = b² + h² D = 8² x 6² D = 64 + 36 D = 100 D = 10m Calculo da Área Área = b x h Se, b = 8m e h = 6m A = 8 x 6 Área = 48 m² 31 M A T E M Á T I C A B Á S I C A02 inovação em tubos e conexões Círculo Cálculo da Área Área = π x r² Sendo: π = 3,1415 Se, D = 4m, então r = 2m Área = 3,1415 x 2² Área = 3,1415 x 2 x 2 Área = 3,1415 x 4 Área = 12,56m² Cálculo do Perímetro Perímetro da circunferência = 2 x π x r Sendo: π = 3,1415 Se, D = 4m, então r = 2m P = 2 x 3,1415 x 2 D = 12,56m Cubo Cálculo da Área da Superfície A = 6 x a² Se, a = 2m A = 6 x (2²) A = 6 x 4 A = 24m² Cálculo do Volume D = a3 Se a = 2m V = 23 V = 8m3 Cálculo da Aresta Quantidade = 12 Comprimento = 12 x a Ca = 12 x 2 Ca = 24m Paralelepípedo Cálculo da Área da Superfície A = 2 [(a x b) + (a x c) + (b x c)] Se a = 2m, b = 3m e c = 4m A = 2 x [(2 x 3) + (2 x 4) + (3 x 4)] A = 2 x [(6 + 8 + 12)] A = 52m² Cálculo do Volume V = a x b x c Se a = 2m, b = 3m e c = 4m V = 2 x 3 x 4 V = 24m3 Cálculo da Aresta Quantidade = 12 Comprimento = (4 x a) + (4 x b) + (4 x c) Ca = (4 x 2) + (4x3) + (4 x 4) Ca = 8 + 12 + 16 Ca = 36m Cilindro Cálculo da Área Lateral Área = 2 x π x r x h Se, r = 2m e h = 4m Área = 2 x 3,1415 x 2 x 4 A = 50,26m² Cálculo da Área da Base Área = π x r2 Sendo π = 3,1415 Se, D = 4m, então r = 2m Área = 3,1415 x 22 Área = 3,1415 x 2 x 2 Área = 3,1415 x 4 A = 12,56m² 32 02 M A T E M Á T I C A B Á S I C A inovação em tubos e conexões Cálculo da Área Total Área = 2 x π x r x (h + r) Sendo π = 3,1415 e h = 4m Se, D = 4m, então r = 2m Área = 2 x 3,1415 x 2 x (4+2) A = 75,40m² Cálculo do Volume V = π x r2 x h V = 3,1415 x 22 x 4 V = 50,26m3 Cilindro oco Cálculo do Volume (pelo raio menor) π = 3,1415 R = 4m r = 3m h = 6m V = π x h x (R2 - r2) V = 3,1415x 6 x (42 - 32) V = 3,1415 x 6 x (16 - 9) V = 3,1415 x 6 x 7 A = 131,94m3 Cálculo da Área Lateral π = 3,1415 R = 4m r = 3m h = 6m A = 2 x π x h x (R + r) A = 2 x 3,1415 x 6 x (4 + 3) A = 2 x 3,1415 x 6 x 7 V = 263,89m2 Tronco de cone Cálculo da Área Lateral (comprimento do lado) π = 3,1415 R = 4m r = 3m L = 6m A = π x L x (R + r) A = 3,1415 x 6 x (4 + 3) A = 3,1415 x 6 x 7 A = 131,94m2 Cálculo da Área Lateral (pela altura) π = 3,1415 R = 4m r = 3m h = 6m A = π x (R + r) x h2 + (R - r)2 A = 3,1415 x (4 + 3) x 62 + (4 - 3)2 A = 3,1415 x 7 x 36 + 1 A = 21,99 x 6,082 V = 133,74m2 Cálculo do Volume π = 3,1415 R = 4m r = 3m L = 6m V = [(π x L)/3] x [R2 + r2 + (R x r)] V = [(3,1415 x 6)/3] x [42 + 32 + (4 x 3)] A = (18,84/3) x (16 + 9 + 12) A = 6,28 x 37 A = 232,36m3 33 M A T E M Á T I C A B Á S I C A02 inovação em tubos e conexões Anotações ______________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ 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