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Alimentos - ERANILDA ALVES DE SOUSA

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ESTADO DO CEARÁ
DEFENSORIA PÚBLICA GERAL
COMARCA DE CASCAVEL
Exmo Sr Dr. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA COMARCA DE CASCAVEL – CE
AÇÃO DE ALIMENTOS
FRANCISCA KELLIANE SOUSA SILVA, ELIZIANE DE SOUSA SILVA e ANTONIO GEANE DE SOUSA SILVA, brasileiros, residente na Rua Boa Vista, casa 16, Cascavel/CE, estando as duas primeiras representadas neste ato por sua genitora e o último assistido pela mesma, a Sra. ERANILDA ALVES DE SOUSA, brasileira, solteira, auxiliar de serviços gerais, residente no mesmo endereço dos autores, vêm com o devido respeito e acatamento, por intermédio do Defensor Público in fine assinado, perante Vossa Excelência propor a presente AÇÃO DE ALIMENTOS, contra MANOEL FRANCELINO PEREIRA DA SILVA, brasileiro, residente no Sítio Boa Vista, casa 10, Alto do Bode, Pacajus/CE, pelos motivos fáticos e jurídicos que passam a discorrer para, ao final, postular:
GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Os suplicantes pugnam, inicialmente, pelos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, preceituados pela Lei n° 1.060/50, POR SEREM POBRES NA FORMA DA LEI, não dispondo de condições econômicas para arcarem com as despesas de custas processuais e honorários advocatícios, sem colocar seriamente em risco as suas próprias manutenções, razão pela qual são assistidos pela Defensoria Pública do Estado do Ceará. 
DOS FATOS
A Sra. ERANILDA ALVES DE SOUSA conviveu maritalmente com o promovido durante 13 anos, advindo daí o nascimento dos três filhos que ora pleiteiam.
O casal não mais mantém relacionamento afetivo há 05 anos.
O Promovido não vem auxiliando materialmente na subsistência dos seus filhos, deixando toda a responsabilidade para a mãe dos Suplicantes, que não possui condições para arcar com todo ônus sozinha, posto que percebe apenas um salário mínimo por mês, quantia esta insuficiente para o seu sustento e de seus três filhos.
Ademais, o Requerido não somente tem a obrigação de prestar alimentos, como determina a legislação civil, mas também condições financeiras de fazê-lo. Ele é motorista, com renda mensal suficiente para arcar com as despesas da subsistência dos filhos.
DO DIREITO
O Código Civil Brasileiro preceitua, em seu artigo 1.694, in verbis:
“ Art. 1694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.”
O dispositivo legal é claro ao prever a obrigação de um parente prestar alimentos ao outro, desde que haja necessidade do alimentado e possibilidade do alimentante. Percebe-se que o legislador exige que o valor pago a título de alimentos seja o necessário, não somente para sobrevivência, mas para que o alimentado mantenha o mesmo padrão de vida compatível com a condição social e que atenda às necessidades de educação.
DOS PEDIDOS
EX POSITIS, os promoventes requerem que V. Exa. digne-se de:
a) fixar ALIMENTOS PROVISÓRIOS no valor correspondente a 1/2 salário mínimo, ou seja, o equivalente hoje a R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), tendo em vista a urgente necessidade dos autores e a total possibilidade de pagamento do promovido; Devendo ainda tal numerário ser depositado na conta corrente da mãe dos menores de n° 9306-8, agência n° 1039-1, Banco do Brasil S/A;
b) determinar a CITAÇÃO do demandado para responder à presente ação, querendo, no prazo legal, sob pena de, em assim não procedendo, sofrer os efeitos da REVELIA, bem como, acompanhá-la em todos os seus termos, até decisão final, quando espera seja o feito julgado PROCEDENTE, com a sua condenação a prestar ALIMENTOS DEFINITIVOS aos filhos em valor correspondente a 1/2 SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE NO PAÍS;
Protestam provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito, notadamente depoimento pessoal do requerido, sob pena de CONFESSO, oitiva de testemunhas, desde logo arroladas, juntada ulterior de documentos, bem como, quaisquer outras providências que V. Exa. julgue necessárias à perfeita resolução do feito, ficando tudo de logo requerido; ouvindo-se de tudo o Ilustre Representante do Ministério Público. 
Dá-se à causa o valor de R$ 1800,00 (HUM MIL E OITOCENTOS REAIS), para os efeitos de lei.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Cascavel, 12 de Julho de 2005.
Petrus Henrique G. Freire
 Defensor Publico
 Heloísa M.ª de Andrade Cortez.
 Estagiária
ROL DE TESTEMUNHAS:
· RAIMUNDO PEREIRA DA SILVA, residente na rua Boa Vista, Casa n° 28, Cascavel/CE
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