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Resumo de “Manipulação do genoma humano: ética e direito” Para começar vamos definir o que é genoma. É o conjunto de toda informação de um determinado organismo, contido em seu material genético DNA ou RNA no caso de alguns vírus. A divulgação da sequência do genoma humano abriu uma nova era para medicina, pois através dele temos ferramentas básicas para se aprofundar nos mecanismos moleculares e nos que influem na variação das doenças. De acordo com Rabinow, a crescente impregnação da sociedade pelo conhecimento genético trará mudanças em uma escala sem precedentes, pois será implantada em todo o tecido social por práticas médicas uma revolução na sociedade e a vida. A Unesco, por exemplo, em 1997 definiu que a clonagem humana não deveria ser permitida, na Declaração Universal do Genoma Humano e dos Direitos Humanos. Porém é perceptivo que muitos países estão flexibilizando suas posições e vários já permitem experiências para fins terapêuticos. O genoma humano é propriedade de toda pessoa e um componente fundamental de toda humanidade. Ele deve ser protegido e respeitado como característica individual e específica, porque todas as pessoas são iguais no que se rege aos seus genes e são de grande valor da natureza humana. Em 1990 foi iniciado O Projeto Genoma Humano (PGH) para decifrar o código genético humano e suas alterações e em 2003 foi concluído o sequenciamento dos três bilhões de bases do DNA da espécie humana. O objetivo é a melhora e a simplificação de métodos diagnóstico de doenças genéticas. Será possível analisar milhares de genes ao mesmo tempo no ser humano, as informações e as tecnologias disponibilizadas tem o potencial de modificar a compreensão sobre o mecanismo de prevenção. As pessoas poderão saber se tem predisposição a determinadas doenças crônicas, como o câncer por exemplo, e tratá-las antes do aparecimento dos sintomas. Sendo assim, as informações coletadas pelo projeto devem servir para proteger a vida e melhorar a saúde. Existe a lei da biossegurança que estabelece normas para o uso de técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados (OGM) e veda expressamente a manipulação genética de células germinais humanas. Porém existe grande preocupação com relação à divulgação das informações genéticas, podendo expor a privacidade das pessoas podendo assim prejudicá-las. Essas pessoas podem sofrer discriminação social, dificuldade para conseguir um emprego formal, dentre outros problemas. Dessa forma, concluímos que devemos fazer uma reflexão sobre como serão utilizadas essas informações sobre o genoma humano. Se serão usadas como uma forma de descriminação em geral ou para o aprimoramento da medicina e rápido diagnóstico e tratamento para a população. Devemos considerar que tudo tem seus prós e contras, resta saber o que a humanidade pretende em relação a esse gigantesco salto.
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