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Filosofia

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Estudo dirigido sobre a obra A REPÚBLICA – de Platão
Questões dissertativas
Livro II:
O Anel de Giges é uma história relatada no Livro II da obra A República, de Platão. Trata-se de um diálogo entre Glauco e Sócrates, no qual ambos refletem sobre a justiça e a injustiça. Glauco pretende mostrar para Sócrates que a justiça e a injustiça caminham sempre juntas. Além disso, quer refletir sobre como os indivíduos agem em relação a ambas diante dos impulsos causados pela paixão. Para apresentar esta ideia, utiliza-se de um recurso imaginário, que é uma história cujo personagem central é Giges. Esse tema está presente em diversos contextos dos diálogos de Platão, por meio do personagem Sócrates e seu interlocutores, mas ele é tratado com mais intensidade nos primeiros livros dessa obra desde o livro I até o livro IV, no qual também são tratados outros temas igualmente importantes como a Sabedoria, a temperança/moderação e a Coragem. 
Após leitura desse relato, disserte refletindo sobre as perguntas as questões a seguir: afinal, quem é mais feliz o justo ou o injusto? Como o relato de Giges contribui para a compreensão dessa questão? Na sua opinião, quem tem razão, Glauco ou Sócrates? Por quê?
Glauco adianta que a maioria das pessoas exaltara como mais feliz o homem injusto, em contrapartida ao justo.
Pode-se perceber que Sócrates coloca o saber com principal como o fundamento de uma vida verdadeiramente feliz e justa. Mesmo que Glauco não exponha uma opinião formada sobre justiça, ele quer acreditar que acreditar que a justiça é algo mais nobre e digno. Com o relato de Giges é possível entender que se não houvesse as leis, todos cometeriam injustiças.
Sócrates, ao elaborar um raciocínio em volta de uma cidade, seu crescimento e suas decorrentes necessidades. Quando chegou em um dos pontos muito importantes, a educação (com o questionamento de como seria a educação básica dos guerreiros, desde o jardim de infância). Não seriam adequadas as fábulas que continham mitos e mentiras. Assim, somente pela educação apropriada, os indivíduos da cidade saberiam percorrer por caminhos que a levariam à plena felicidade.
No Livro IV
contexto desse livro são apresentadas as noções essenciais de Sabedoria, Temperança/moderação, Coragem e Justiça, estabelecendo-se uma relação intrínseca desses conceitos com a ideia de alma (psyché) e o papel da educação dos indivíduos. Tendo isso em vista, explique:
a) Qual o sentido da educação nesse contexto?
A coragem de uma cidade seria o reflexo de sua boa educação (mantendo suas leis), garantindo assim sua prosperidade e crescimento. Com uma base educacional desde a infância, os indivíduos teriam a capacidade do autocontrole.
b) Analise a seguinte frase de Sócrates: “Se nossa cidade foi bem fundada, creio que nosso Estado é perfeito”. O que poderia significar, para Sócrates essa cidade bem fundada e, portanto, perfeita?
A cidade fundada é considerada uma cidade perfeita, sendo sábia, corajosa e juntando tudo nos leva a justiça. Cada trabalhador fazendo a sua função sem desestabilizar as classes. Uma classe não poderia usufruir de uma felicidade superior a de outra classe. Todos agindo de forma moderada para uma perfeita harmonia.
c) Qual é a primeira das quatro virtudes pesquisadas por eles? Qual o sentido dessa virtude? A qual ciência ela se relaciona e a que classe está ligada?
A sabedoria, porque possui governantes capazes de deliberar em vista do bem da cidade.
É a que tem por objetivo a conservação do Estado e encontra-se nos magistrados, sendo prudente nas suas deliberações e verdadeiramente sábia, sendo os guardiões governantes.
d) Como se pode compreender a Coragem? A que classe ela está ligada e por quê?
A coragem é algo que mantém firme os conceitos alinhados de uma cidade perfeita. Não alterando as coisas que lhe foram ensinadas no decorrer da educação do indivíduo.
Porque possui guerreiros e ao educá-los na música e na ginástica, esperam que tenham o melhor conhecimento possível das leis e assim ser indeléveis (sendo permanentes e firmes).
e) Com base no texto, apresente o conceito de Temperança. A que classe ela se refere?
Temperança é a moderação necessária como o equilíbrio da alma, da parte superior com a inferior. Para que sua melhor parte de si domina a pior, como se dominasse de certos prazeres e desejos.
A moderação deve estar em toda a cidade, nas chefes, nos guardas e no povo.
f) Como se pode compreender a Justiça? A que classe está ligada? Qual o lugar dessa virtude na organização e o governo da cidade? Qual a relação dela com as demais virtudes?
A justiça que une as demais virtudes, cumprindo cada qual com a sua função. Ela está ligada a todas as classes.
Ao fundar uma cidade tão perfeita quanto possível, sabendo muito bem que a justiça se encontraria numa cidade bem governada. Ela faz com que cada indivíduo realize a função de acordo com a sua natureza. 
g) A partir da página 135, o diálogo aborda a relação direta dessas virtudes percebidas na cidade e o indivíduo. O autor faz a analogia entre a organização/ordem da cidade (externa) e a ordem interna do indivíduo. Por isso, passa a tratar das funções da alma nessa perspectiva ordenadora do indivíduo e, portanto, referindo-se ao processo interior de formação do caráter. Quais seriam essas funções da alma? Existe alguma relação hierárquica entre elas? Explique.
A alma está dividida em três elementos, “se julgamos por um, nos irritamos por outro, desejamos por um terceiro os prazeres da comida, da reprodução e todos os da nossa família, ou então, se a alma inteira intervém em cada uma dessas operações, quando somos chamados a realizá-las” (Retirado do livro IV).
Quando alguém da hierarquia das três classes (artesão, guerreiro e magistrado), tenta se elevar a outra categoria provoca-se uma confusão trazendo malefícios.
Livro X	
No livro X, o autor, após analisar criticamente as artes da imitação e poesia, entre outras, a partir da página 332, retorna ao tema moderação e virtude. A partir da página 345, há o relato do Mito de ER. Após leitura e reflexão, exponha sua compreensão sobre o relato, explicitando o sentido desse mito dentro desse contexto da filosofia moral do pensamento socrático-platônico.
É possível entender que no mito de Er que qualquer injustiça cometida, as almas injustas pagariam a pena a fim de purificarem a alma.
Quando estivermos de acordo conosco e com os deuses, vermos neste mundo e tivermos alcançado a justiça, como vencedores seremos felizes e teremos uma cidade perfeita.
Questões objetivas
1. (ENEM) Sócrates foi considerado um dos principais filósofos da antiguidade clássica. Ao propor uma reflexão sobre o problema da consciência, levou às últimas consequências a preocupação antropológica que havia se iniciado com os sofistas. Uma das principais contribuições de Sócrates foi o desenvolvimento da categoria “consciência” que está associada à concepção que possuía de que o ser humano era dotado de uma alma racional, na qual estavam depositadas verdades eternas, e que o conhecimento dessas verdades era imprescindível para o desenvolvimento de uma vida ética. Depois de Sócrates, as preocupações sobre a natureza da alma, e sobre a Ética jamais abandonaram a filosofia. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: Alternativa B
a) Sócrates desenvolveu uma ética relativista, defendendo que os valores não podem ser considerados absolutos, e estão relacionados aos consensos existentes em cada contexto histórico, devendo ser considerados válidos na medida em que possuem alguma utilidade pragmática.
b) Platão, um dos mais importantes discípulos de Sócrates, no que tange à relevância da formação da conduta, desenvolveu uma metáfora de alma tripartite, segundo a qual, a alma seria semelhante ao condutor da briga de dois cavalos, sendo que um deles seria altivo e elevado, e o outro atarracado e indolente.
c) Platão, era relativista do ponto de vista ético, considerava que embora as virtudes e os valores fossem paradigmas existentes no mundo das ideias, como eles deveriam se realizar no mundo físico,estariam relacionados a condições muito particulares de concretização, e não poderiam ser considerados desvinculados da história e de circunstancias particulares.
d) Sócrates concordava com os sofistas quando afirmavam que o “homem era a medida de todas as coisas”, sendo esse aforisma um dos principais postulados de sua ética.
e) As virtudes para Platão não estavam associadas à natureza das almas, segundo o filósofo todos os homens possuem a mesma natureza racional, e suas almas são iguais, sendo desejável, portanto, que desenvolvam as mesmas virtudes.
2. (UEM-PR/2008) – Sócrates representa um marco importante da história da filosofia; enquanto a filosofia pré-socrática se preocupava com o conhecimento da natureza (physis), Sócrates procura o conhecimento indagando o homem. ASSINALE o que for CORRETO.
( V ) Discípulo de Sócrates, Platão utilizou, como protagonista da maior parte de seus diálogos, o seu mestre.
( V ) Sócrates, ao afirmar que só sabia que nada sabia, queria, com isso, sinalizar a necessidade de adotar uma nova atitude diante do conhecimento e apontar um novo caminho para a sabedoria.
( F ) Tal como os sofistas, Sócrates costumava cobrar dinheiro pelos seus ensinamentos.
( V ) O método socrático compõe-se de duas partes: a maiêutica e a ironia.
( F ) Sócrates, para não ser condenado à morte, negou, diante dos seus juízes, os princípios éticos da sua filosofia.
( V ) Para fazer com que os seus interlocutores enxergassem a verdade por si próprios, Sócrates praticava o método “maiêutico” (assinalado por ele), ou “parto das ideias”, no qual ele demonstrava os erros e opiniões comuns entre os homens.
( V ) Sócrates sempre buscava pessoas em praça pública para dialogar e questionar.
( V ) Ao proceder em suas investigações, Sócrates partia sempre de sua “dúvida metódica”.
( V ) A célebre frase de Sócrates, que caracterizava parte de seu método é: “só sei que nada sei”, por isso questionava as ideias de seus interlocutores.
3. (UEM) Sócrates foi um dos mais importantes filósofos da antiguidade. Para ele, a filosofia não era um simples conjunto de teorias, mas uma maneira de viver. Sobre o pensamento e a vida de Sócrates, assinale o que for incorreto. Alternativa D
a) O exercício da filosofia, para Sócrates, consistia em questionar e em investigar a natureza dos princípios e dos valores que devem governar a vida. Assim se comportando, Sócrates contraiu inimizades de poderosos que o executaram sob a acusação de impiedade e de corromper a juventude.
b) A maiêutica socrática é a arte de trazer à luz, por meio de perguntas e de respostas, a verdade ou os conhecimentos mais importantes à vida que cada pessoa retém em sua alma.
c) Nas conversações que mantinha nos lugares públicos da Atenas do século V a.C., Sócrates repetia nada saber para, assim, não responder às questões que formulava e motivar seus interlocutores a darem conta de suas opiniões.
d) Em polêmica com Aristóteles, para quem a cidade nasce de um acordo ou de um contrato social, Sócrates escreveu a República, na qual demonstra ser o homem um animal político.

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