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Ana Luiza Souza - Fisioterapia Biossegurança Resistência bacteriana e infecção hospitalar Ações para o controle de infecções Antimicrobianos → Agente químico que promove inibição ou destruição de microrganismos. Antibióticos → Substâncias químicas produzidas por microrganismos que interferem em outros microrganismos. Alguns antibióticos podem ser sintetizados. Quimioterápico → Substâncias químicas produzidas sinteticamente que apresentam mesmo efeito que antibiótico. Toxidade seletiva → Agente antimicrobiano deve atuar sobre microrganismo sem causar danos no hospedeiro. Antibacterianos → Agentes químicos que atuam inibindo ou destruindo as bactérias. Antifúngicos → Agentes químicos que atuam inibindo ou destruindo fungos. Antiviral → Substância química usada para tratamento de infecções por vírus. Desinfetantes → Agem destruindo ou interferindo no crescimento dos microrganismos FORA do hospedeiro. Fármacos antimicrobianos → Agem destruindo ou interferindo no crescimento dos microrganismos DENTRO do hospedeiro. → Ação sem dano ao hospedeiro → Toxicidade seletiva. Agentes antibióticos Ação bacteriostática - Antimicrobianos que inibem o crescimento bacteriano pela inibição de sua multiplicação ou do seu metabolismo tornando-o presas mais fáceis dos fagócitos. Exemplo: eritromicina, tetraciclina e cloranfenicol. Ação antibactericida - Exerce efeito letal e irresistível na célula do microrganismo. Exemplo: penicilina, estreptomicinas e polimixina. Espectro de ação ↓ Pequeno espectro - Agem sobre um número limitado de microrganismos. Exemplo: Ação contra bactérias Gram positivas (penicilina, eritromicina) e Gram negativas (polimixina, estreptomicina). Amplo espectro - Agem sobre uma ampla faixa de microrganismos, sendo eficazes contra espécies Gram positivas e Gram negativas. Ana Luiza Souza - Fisioterapia Exemplo: tetraciclina, fosfomicina, penicilina semissintética. Possibilidade de mutantes resistentes substituírem as normais susceptíveis Resistência bacteriana às drogas → Causas: Possibilidade de mutantes resistentes substituírem as populações normais susceptíveis; Resistência hereditária as drogas (carregadas por plasmídeos) Uso inapropriado; - Uso sem prescrição médica; - Tempo de terapia menor que o indicado para erradicação da infecção (estimulo a sobrevivência de linhagens resistentes de bactérias). → Prevenção para o controle da resistência: Controlar a compra e uso de antibiótico; Vender medicamentos apenas com prescrição médica; Isolar os pacientes infectados pelas bactérias resistentes; Adotar rigorosas medidas de higiene. Infecção hospitalar Infecções relacionadas à assistência à saúde (IrAS) em pacientes → Fatores que podem causar IrAS: - Estado clínico e/ou susceptibilidade do hospedeiro; - Falta de adoção de medidas preventivas na realização de procedimentos; - Manipulação inadequada de substâncias especifica (uso indiscriminado de antisséptico e antibiótico); - Uso de dispositivos invasivos (cateteres e alimentação parenteral). → Definição IrAS Geralmente referida como qualquer processo infeccioso adquirido no ambiente hospitalar principalmente durante a internação, mas depois também conta. São relacionadas com os pacientes, com o procedimento assistencial, diagnósticos e terapêuticos praticados. Segundo o CDC a infecção nosocomial é aquela que não está existente nem está incubada à admissão no hospital. - Tempo de acompanhamento do paciente para definição de IrAs: Até 48h após alta da UTI; Até 30 dias após cirurgia sem colocação de prótese; Até 1 ano após cirurgia com colocação de prótese; Qualquer infecção do neonato até 28 dias de vida. Obs: são também consideradas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72h de internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticas, realizada durantes este período. - Diversos fatores estão associados ao aumento de IrAS: Aumento no número de leitos, necessidade de diminuir o tempo e atendimento possibilitando o aumento de transmissão de um paciente para outro; Ana Luiza Souza - Fisioterapia Aumento do tempo médio de vida associados a alterações no mecanismo imunológicas associadas à idade. - Ambientes que proporcionam o aparecimento IrAS Pacientes geralmente em estado críticos; Ambiente concentra muitos pacientes com infecções graves; Pacientes submetidos a inúmeros e frequentes procedimentos invasivos. Legislação Lei Federal nº 9.431, de 1997, regulamentada pela Portaria nº 2616. - Obriga os hospitais a manterem um controle de IrAS através: Estabelecer uma vigilância epidemiológica para identificar as ocorrências; Determinar causas e possibilitar medidas de mitigação; Controle dos procedimentos invasivos; Aplicação efetiva de técnicas de limpeza, desinfecção, antissepsia, esterilização e isolamento. Tipos de infecção - As IrAS podem ser classificadas em: Endógenas; - Provem de microrganismos do próprio paciente; - Corresponde a 66% das infecções hospitalares. Exógenas; - Provem de microrganismos estranhos ao pacientes; - Veiculada pelas mãos da equipe, nebulização, uso de respiradores, por medicamentos ou alimentos contaminados. Cruzadas; - Transmitida de paciente para paciente; - Geralmente veiculada pelas mãos da equipe de saúde. Inter hospitalar. - IrAS levadas de um hospital para outro com alta e subsequente internação. - Geralmente causadas por bactérias, mas podem ser provocadas por fungos, vírus ou protozoários. Infecções mais comuns relacionadas a IrAS: - Infecção broncopulmonar; - Supuração de feridas cirúrgicas; - Infecção do sistema urinário; - Sepse. Caracterização da IrAS - Para definir e classificar a origem da IrAS é necessário: Identificar em cada paciente o que o levou a adquirir a infeção; Fatores de riscos preexistentes; Quais os sintomas e quando se iniciaram; Quais os procedimentos realizados; Se houver intercorrência, qual o tipo de ferida cirúrgica. - UTIs possuem a maior incidência de IrAS → Representam 5 – 10% dos leitos e 25% das infecções; → Menores taxas de infecção em UTIs cardiológicas; → Maiores taxas de infecção em UTIs cirúrgicas e neonatal; → Diferença entre hospitais públicos e privados. - Agentes etiológicos mais comuns relacionados a IrAS em UTIs: Ana Luiza Souza - Fisioterapia Acinetobacher baumannii → infecções oportunnistasfrequentemente respiratóruas e urinárias; Pseudomonas aeruginosa → Infecções oportunistas frequentemente das vias respiratórias, urinárias e sanguíneas; Klebsiella pneumoniae → infecções oportunistas frequentemente das via urinarias e feridas; Staphylococcus → que podem causar de infecções simples (furúnculo) ate infecções graves como pneumonia, meningite e sepse. Bundles Checklist. Bundles → pacote de ações/medidas para controle de infecções; - Iniciativa de melhoria assistencial estabelecendo medidas que sistematizem intervenções para melhorar a segurança do paciente; - É um conjunto pequeno e simples de práticas baseadas em evidências (de 3 a 5) que quando executadas coletivamente melhoram o resultado para os pacientes; - Nas UTIs é fundamental que os bundles sejam implementados de forma estruturada e sua execução seja diária e monitorada → utilização de checklist. Ações para o controle de infecções Isolamento Iniciativa de segregar pacientes com maior risco de transmissão de infecção está presente na historia: ↳ Durante a peste negra; Preocupações com os conceitos e práticas de barreiras com foco na prevenção e no controle de riscos de adoecimento, como: - Desafios do ambiente dos serviços de saúde; -Surgimento de novas doenças e agentes infecciosos como SARS (síndrome respiratória aguda grave); - Preocupação renovada com agentes já conhecidos como MRSA (Staphylococcus aureus resistente a meticilina). Transmissão de agentes infecciosos dentro dos serviços de saúde requer três elementos: - Uma fonte (principalmente humano, mas também ambiente inanimado); - Um hospedeiro suscetível com porta de entrada ao agente; - Um modo de transmissão. Para maior controle dessa transmissão é necessário: - Vigilância epidemiológica (reconhecer a importância de todos os fluidos corporais, secreções e excreções; - Instituição de precauções adequadas no controle infeccioso de doenças transmitidas por ar, perdigotos e por contato; - Desenvolver todas as atividades assistenciais seguindo recomendações da equipe de controle de IrAS/gerenciamento de risco/ qualidade. Cadeia e modo de transmissão Fatores importantes para a resposta do hospedeiro a determinado agente etiológico: - Idade; - Doença de base; Ana Luiza Souza - Fisioterapia - Tratamento com agentes antimicrobianos, corticosteroides, ou outros agentes imunossupressores; - Intervenções cirúrgicas e procedimentos invasivos (cateteres vasculares e sondagem vesical). Modo de transmissão depende do microrganismo; Alguns microrganismos possuem mais de um modo de transmissão; Fontes humanas de microrganismos: - Pacientes; - Profissionais; - Visitantes. Ambientes e objetos inanimados que se tornam contaminados também são considerados fontes de contaminação. Modos de transmissão: - Contato direto (transferido de pessoa a pessoa); - Contato indireto por gotículas, pelo ar e por um vetor. Transmissão aérea pode se dar por longas distancias já que os agentes são pequenos; Transmissão por perdigoto se dá por curtas distancias (máx. 1m), pois as partículas são maiores. Medidas de precaução padrão e especiais/isolamentos - Medidas de precaução e isolamento é importante para prevenir a transmissão de microrganismo; - Principal objetivo é melhorar a segurança da prestação de cuidados de saúde e reduzir as taxas de IrAS. - Precauções básicas padrão (PP) são medidas que devem ser tomadas para todos os pacientes e são: Higiene das mãos; Uso apropriados de EPIs de acordo com os riscos; Higiene ambiental; Cuidados com materiais; Prevenção de acidentes com perfuro cortantes e materiais biológicos; Etiqueta da tosse. - Pacientes com doenças de alto potencial de transmissibilidade de agentes infecciosos devem ser mantidos em isolamento; - Isolamento deve ter barreiras biológicas de acordo com a categoria de transmissão (aerossóis, gotículas, contato); - Sempre que possível os pacientes devem ficar em quarto privativo com pia e banheiro exclusivo; - Transporte de pacientes infectados deve ser evitado. Recomendações - Durante procedimentos que possam resultar em respingos de fluidos corpóreos recomenda-se uso de mascaras, protetores oculares e protetores de face, avental/capote; - Roupas de cama utilizadas devem ser adequadamente manuseadas, transportada e higienizada; - Pratos e talheres devem ser higienizados com água quente e detergente. - Ambiente protetor é indicado para pacientes de alto risco e são caracterizados por: Uso de filtro HEPA para o ar que circula no quarto; Pressão positiva em relação ao corredor; Quartos bem lacrados; Reforços das praticas de precaução padrão; Transporte de pacientes limitados
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