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VALDO BERTOLDO Colaboradores: Nathiele Correia e Luzbia Correia PREVENTIVA 1 Valdo Bertoldo Morte encefálica Comunique a morte encefálica da paciente que entrou com TCE grave ao PS. O esposo é o familiar e se encontra a beira do leito. 1. (Se apresentou) Bom dia, eu sou o médico aqui do hospital e gostaria de conversar com você. 2. Questiono nome e grau de parentesco. (Tratar sempre pelo nome, pegar na mão ou no ombro do familiar) 3. Setting-up- Convidou para um lugar tranqüilo (no caso estavam à beira do leito do paciente, nunca dar qualquer notícia perto do paciente, levar para um lugar calmo, oferecer cadeira, e mencionar que no lugar que estão não vão ser interrompidos) 4. Perception- Questionar sobre o conhecimento do quadro? Sabia a gravidade? Sabia os riscos? Tinha conhecimento de como ela chegou ao hospital? Foi informada sobre condutas que seriam tomadas? Participou de decisões? (Atualmente o familiar precisa ser informado e autorizar a abertura do protocolo de morte encefálica, então o paciente precisa ser questionado sobre a informação). 5. Invitation- questionar se está se sentindo bem agora no momento? Se está preparado para receber qualquer notícia? Se está acompanhado? Se quer a presença de alguém na sala? 6. Knowledge- informar sobre a morte, dar um minuto de silencio para o paciente (o que se chama pausa dramática), fala que não era a notícia que queria dar no momento? 7. Emotion- Não falar que ele precisa ser forte, não falar que precisa cuidar e apoiar os outros membros da família ou filhos, falar que entende a dor e o luto que é uma situação difícil e triste. Que os profissionais do hospital estão prontos para ajudar e apoiar nesse momento tão deliciado, oferecer um copo de água para o paciente, pegar no ombro do paciente. 8. Informar como se chegou ao diagnóstico de morte encefálica: Primeiro ficou em observação e tratamento no hospital por 6 horas como mínimo. Identificou a causa de morte encefálica (TCE, AVC, ENCEFALOPATIA ANOXICA) afastou causas reversíveis (droga depressora, hipotermia). Comunicou aos familiares e solicitou a autorização para abertura do protocolo. Antes de iniciar exame clinico (temperatura corporal deverá ser superior a 35ºC, saturação arterial de oxigênio deve estar acima de 94%,Pressão Arterial Sistólica maior ou igual a 100 mmHg ou Pressão Arterial Média (PAM) maior ou igual a 65 mmHg para adultos, A hipernatremia grave refratária ao tratamento NÃO inviabiliza a determinação da ME, exceto quando esta for a única causa do coma.) Exame clinico (Será considerado especificamente capacitado o médico com um ano de experiência no atendimento de pacientes em coma e que tenha acompanhado ou realizado pelo menos dez determinações de morte encefálica e realizado curso de capacitação para determinação de morte encefálica; Um dos médicos especificamente capacitado deverá ser especialista em uma das seguintes especialidades: medicina intensiva, medicina intensiva pediátrica, neurologia, neurologia pediátrica, neurocirurgia ou medicina de emergência. Nenhum desses 2 Valdo Bertoldo médicos poderá fazer parte da equipe de transplante). 2 médicos diferentes, 2 avaliações clinicas com intervalos de: (De 7 dias a 2 meses incompletos – 24 horas (considerar idade a termo). De 2 meses a 24 meses incompletos – 12 horas Acima de 2 anos – 1 hora Identificou-se no exame clinico: Como aperceptivo (sem resposta ao estimulo externo- Glasgow <3) Ausência de reflexos do tronco (foto motor, córneo-palpebral, óculo cefálico: olho de boneca, vestíbulo-ocular: prova calórica, tosse) Teste da apneia (coloca O2 100% por 10 minutos e desconecta o ventilador e inserir O2 6L/minuto/ gasometria: a PCO2 MAIOR que 55mmHg, só é necessário 1 teste de apneia positivo (PCO2 final maior que 55mmHg, sem movimentos respiratórios). Exame complementar: ausência circulação sanguínea intracraniana ou ausência de atividade elétrica cerebral ou ausência de atividade metabólica cerebral: arteriografia, eletroencefalografia, cintilografia. 9. Informa que todos esses exames e teste foram realizados é que realmente se concluiu que tinha morte encefálica. (Confirmado por 2 médicos) 10. Strategy and summary: informar próximos passos (questionas duvidas do paciente, se ficou alguma coisa que talvez ele não tenha entendido, explicar que os procedimentos foram feitos, que em qualquer serviço de saúde seriam realizados os mesmos procedimentos, informar serviços de funerária, atestado de óbito, e doação de órgãos quando o paciente candidato apto ao procedimento. 11. Informar que notificara o serviço de doação de órgãos (o paciente aceitando ou não doar os órgãos precisa comunicar o serviço). 12. Acolher toda das as emoções (estamos aqui para ajudar, pode contas com o apoio do hospital e dos profissionais, deseja avisar alguém?, ligar para alguém?, pedir para alguém acompanhar você nesse momento?, seus filhos estão sendo cuidado por alguém?) 3 Valdo Bertoldo Planificação familiar Adolescente de 16 anos de idade procura atendimento na UBS porque iniciou atividade sexual há 6 meses e teme gravidez. Acolhimento: 1. Identifica-se como medico e menciona que ira realizar o atendimento. 2. Qual o seu nome, idade, profissão, casada? Tratar sempre pelo nome. 3. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta, tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços. 4. Investigar a queixa da paciente, escutar sempre sem interrupções desnecessárias. 5. Informar para paciente que não tem problema consultar sozinha por ser menor de idade, pois ela já tem capacidade de responder por seus atos, e tudo que for falado na consulta será protegido por sigilo médico. Anamneses: 1. Antecedentes ginecológicos: (idade da menarca, cólica menstrual, data da última menstruação, ciclos menstruais, Papanicolau, ITS,) 2. Vida sexual: (vida sexual ativa, número de parceiros: >3por ano se considera risco, uso de preservativos, sexo anal?) 3. Antecedentes obstétricos: (número de gestação, aborto, óbito fetal,) 4. Antecedentes patológicos: Diabetes, HAS, alergias, ITS?Medicamentos (anticonvulsivantes/ ACO só pode ácido valproico), alérgico, cirúrgicos? 5. Antecedentes familiares: Endometriose, Sop, malformações uterinas... HAS... 6. Hábitos: fuma álcool, drogas, atividade física? Exame físico: 1. Eu vou precisar te examinar, você autoriza? Vai subindo na maca, eu vou lavar minhas mãos e aquecer. 2. Por favor, eu preciso de uma auxiliar de enfermagem me acompanhando na avaliação da paciente. 3. Sinais vitais (PA, FC, FR,...) 4. Avaliar pele, olhos, mucosas, cabeça... 5. Exame de (MAMA, ABDOMEN, GENITÁLIA) Orientação e conduta: 1. Informar a paciente sobre os métodos e que ela precisa escolher de acordo com as contra indicações, se ela pode usar ou não aquele método. 2. Métodos comportamentais: tabelinha, muco cervical, temperatura basal, (informar que são métodos que estão em desuso, pelo grande risco de gravidez) 3. Métodos de barreira: preservativo masculino e feminino, diafragma. 4. Métodos hormonais: ACO, anticoncepcionais de progestogênio, anticoncepcionais injetáveis, anel vaginal, adesivo, implantes. 5. DIU cobre ou hormonal. (o de cobre é oferecido pelo SUS). 6. Métodos definitivos Laqueadura tubarica: Realizada por meio de uma mini laparotomia, via vaginal ou por videolaparoscopia. 4 Valdo Bertoldo Realização de ressecção de uma porção da tuba, colocação de anel tubário ou grampo; Legislação brasileira: • Só pode ser feita se a paciente tem plena capacidade civil, idade superior a 25 anos ou, pelo menos, 2 filhos vivos (sem considerar o feto da gestação em curso); • Deve-se respeitar um intervalo mínimo de 60 diasentre a manifestação do desejo de laqueadura e a sua realização e obter consentimento pós-informado assinado e firmado da paciente ou do casal, caso ela tenha relação conjugal estável; • Fora dessa situação, a LT só poderá ser realizada se a paciente estiver em risco de morte ou de agravo à saúde em gestações futuras, comprovado por um relatório assinado por 2 médicos. 7. Deixar a paciente participar da escolha do método. 8. A depender do método escolhido pesquisar contra-indicações absolutas. ACO: Tabagistas com mais de 35 anos, Hipertensão arterial; Acidente vascular cerebral prévio; Enxaqueca com aura; Os anticonvulsivantes que têm reação cruzada com a pílula anticoncepcional são os indutores fortes da CYP 3A4. A CYP 3A4 é uma enzima hepática que metaboliza a carbamazepina, oxcarbamazepina, topiramato, primidona, fenitoína e fenobarbital. Os métodos administrados por via oral e os que contêm etinil estradiol são prescritos para estas pacientes, Amamentação, Câncer de mama. DIU: Dismenorreia moderada a severa (relativa); Alterações anatômicas (útero bicorno ou didelfo, septos longitudinal ou transverso); Fluxo menstrual volumoso (relativa), Anemia (relativa). 9. Explicar para a paciente como ela tem que tomar o método. (Iniciar sempre no 1º dia da menstruação, e a duração varia pelo tipo de pílula utilizada, sendo que no modelo de 21 dias é necessário fazer pausa de 7 dias e retomar o uso no dia correspondente ao 8º dia após a pausa. Nos modelos de 28 dias, o uso da pílula é contínuo. Pílulas só de progesterona são de uso contínuo e sem pausas). 10. Orientar em caso de esquecer-se de tomar (se somente um comprimido, tomar quando lembrar e o outro no horário) (se mais de 2 comprimidos tomar quando lembrar um comprimido e a outra no dia seguinte e usar preservativo nas relações). 11. Orientar possíveis efeitos colaterais (náuseas, vômitos, dor abdominal, alteração do humor, diminuição da libido) 12. Orientar sobre a importância de usar preservativo, mencionar que o ACO não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. 13. Questiona se tem alguma dúvida, marcar retorno, despede-se. 5 Valdo Bertoldo CAT Uma mulher de 31 anos de idade, auxiliar de cozinha, comparece a unidade básica de saúde necessitando de ajudar para solicitar auxilio doença ao INSS. Informa que ha 3 dias fraturou o ombro direito, no trabalho quando escorregou no piso que estava lavando e caiu sobre o referido braço. Na UPA seu braço e ombro foram imobilizados. A empresa que ela trabalha negou a emissão da CAT por julgar que o acidente ocorreu por negligência da paciente. Realize: anameses, exame físico, orientações e emissões de documentos pertinentes. Acolhimento: 1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade e estarei realizando o seu atendimento). 2. Perguntar nome, idade, profissão, estado civil? Tratar paciente sempre pelo nome. 3. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta, tórax voltado para paciente, olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços. 4. Investigar a queixa da paciente, escutar sempre sem interrupções desnecessárias. Avaliação clínica: 1. Questionar a paciente como aconteceu o acidente? Que dia e horário? 2. Questionar se trabalha de carteira assinada (trabalho formal ou informar pode se emitir a CAT, mais somente recebe benefícios os trabalhadores de carteira assinada). 3. Solicitou examinar a paciente e pediu autorização. 4. Informou à paciente que precisa do seu documento para confirmar seus dados. 5. O candidato informou a paciente sobre seus direitos: Salario: incapacidade pode ser (TEMPORAL OU PERMANENTE) Incapacidade temporal de até 15 dias: o empregador ou dono da empresa vai pagar. Incapacidade temporal de mais de 15 dias: vai para previdência social com 91% do salário. Incapacidade permanente parcial ou redução da atividade: auxilio acidente vai receber 50% do salário. Incapacidade permanente total = invalidez/ aposentadoria com 100% do salário. Atestado médico:informou que vai emitir o atestado médico, mais que isso não lhe garante o direito de receber o salário, que o médico do INSS precisa avaliar a paciente para conceder o benefício. Mudança de função: informar que por suas condições ela pode ser trocada de função. Estabilidade do emprego: a legislação prevê por meio do artigo 118 da lei número8.213/91 a estabilidade ao empregado segurado que sofreu acidente de trabalho, pelo prazo de 12 meses após a cessação do auxílio doença acidentário, independente da percepção do auxílio doença. 6. Agora posso emitir seu atestado, para que a senhora possa ir até o INSS, e lá ser avaliada por outro médico perito. 7. Agora vou emitir a CAT (4 vias) INSS, Empresa, paciente, e sindicato dos trabalhadores, importante guardar sua via por 10 anos. 8. Notificou acidente do trabalho. 9. Esclareceu duvidas, despe-se. 6 Valdo Bertoldo Tipos de CAT: De acordo com o artigo 327 da Instrução Normativa do INSS/PRES nº 77/2015, o acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT, e deve se referir às seguintes ocorrências: Tipo Descrição CAT inicial Acidente do trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato. CAT de reabertura Afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho. CAT de comunicação de óbito Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial. 7 Valdo Bertoldo Comunicado de óbito André Luiz, 7 meses de idade, com histórico de há 10 dias apresentar choro continuo com febre, porem a mãe não sabe dizer a quanto chegou a temperatura. Permaneceu uns dois dias assim, tomando aspirina, auto-medicado pela mãe. Levou à criança a farmácia e foi indicado um remédio em gotas para dor de ouvido. Como não houve melhora, levou a um médico, que ao examinar a criança diagnosticou otites media aguda, indicando consulta com um especialista. A mãe não levou a criança no especialista e continuou com as medicações receitado pelo farmacêutico. Há dois dias foi notado com pescoço duro, e teve uma convulsão, tendo sido levado ao hospital. A admissão apresentava temperatura 39 graus, rigidez de nuca, desidratação e pulmões limpos. O exame ORL revelou otite medica bilateral e o liquido mostrou-se purulento. A mãe referiu que a criança apresentava anemia crônica. Feito o diagnóstico de meningite purulenta e iniciado tratamento. Aproximadamente cinco horas após a internação teve crise convulsiva intensa, falecendo logo a seguir. Comunique o óbito e esclareça duvidas eventuais. 1. (Se apresentou) Bom dia, eu sou o médico aqui do hospital e vou conversar com vocês. 2. Questiono nome e grau de parentesco. (Tratar sempre pelo nome, pegar na mão ou no ombro do familiar) 3. Setting-up- Convidou para um lugar tranqüilo. 4. Perception- Questionar sobre o conhecimento do quadro? Sabia a gravidade? Sabia os riscos? Tinha conhecimento de como ele chegou ao hospital? Foi informada sobre condutas que seriam tomadas? Participou de decisões? 5. Invitation- questionar se está se sentindo bem agora no momento? Se está preparado para receber qualquer notícia? Se está acompanhado? Se que a presença de alguém na sala? 6. Knowledge- informar sobre a morte, dar um minuto de silencio para o paciente, fala que não era a notícia que queria dar no momento. 7. Emotion- Não falar que ele/a precisa ser forte, não falar que precisa cuidar e apoiar os outros membros da família ou filhos, falar que entende a dor e o luto que é uma situação difícil e triste. Que os profissionais do hospital estão prontos para ajudar e apoiar nesse momento tão deliciado, oferecer um copo de água para o paciente, pegar no ombro do paciente. 8. Strategy and summary: informar próximospassos (questionas duvidas do paciente, se ficou alguma coisa que talvez ele não tenha entendido, explicar que os procedimentos foram feitos, que em qualquer serviço de saúde seriam realizados os mesmos procedimentos, informar serviços de funerária, atestado de óbito). 9. A mãe vai questionar se precisa ir para IML? Informar que não, que esse tipo de morte não precisa o corpo ir para o IML. 10. Informar que irá realizar o atestado de óbito, que não será preciso pagar pelo atestado. 11. Em casos de suspeita de maus tratos notificar. 12. Preenchimento do atestado: 8 Valdo Bertoldo 13. Despediu-se da paciente/ acolhendo todas as emoções. 9 Valdo Bertoldo Principais artigos para a prova Capitulo 1 VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje excetuadas as situações de ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente Capitulo 2 E direito do médico III - Apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição. V - Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina. VI - Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados e públicos com caráter filantrópico ou não, ainda que não faça parte dos seus corpos clínicos, respeitadas as normas técnicas aprovadas pelo Conselho Regional de Medicina da pertinente jurisdição. IX - Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. X (por exemplo: aborto). - Estabelecer seus honorários de forma justa e digna. Capitulo 3 É vedado ao médico Art. 8º Afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave. Art. 9º Deixar de comparecer a plantão em horário preestabelecido ou abandoná-lo sem a presença de substituto, salvo por justo impedimento. Parágrafo único. Na ausência de médico plantonista substituto, a direção técnica do estabelecimento de saúde deve providenciar a substituição. 10 Valdo Bertoldo Capitulo 4 É vedado ao medico Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte. Art. 26. Deixar de respeitar a vontade de qualquer pessoa, considerada capaz física e mentalmente, em greve de fome, ou alimentá-la compulsoriamente, devendo cientificá- la das prováveis complicações do jejum prolongado e, na hipótese de risco iminente de morte, tratá-la. Capitulo 5 Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgência ou emergência, quando não haja outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo. Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. Art. 35. Exagerar a gravidade do diagnóstico ou do prognóstico, complicar a terapêutica ou exceder-se no número de visitas, consultas ou quaisquer outros procedimentos médicos. Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.. Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal. Capitulo 6 É vedado ao médico: Art. 43. Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios artificiais para prolongar a vida do possível doador, quando pertencente à equipe de transplante. Art. 44. Deixar de esclarecer o doador, o receptor ou seus representantes legais sobre os riscos decorrentes de exames, intervenções cirúrgicas e outros procedimentos nos casos de transplantes de órgãos. Art. 45. Retirar órgão de doador vivo quando este for juridicamente incapaz, mesmo se houver autorização de seu representante legal, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei. Art. 46. Participar direta ou indiretamente da comercialização de órgãos ou de tecidos humanos 11 Valdo Bertoldo Capitulo 7 Vedado ao médico: Art. 48. Assumir emprego, cargo ou função para suceder médico demitido ou afastado em represália à atitude de defesa de movimentos legítimos da categoria ou da aplicação deste Código. Art. 49. Assumir condutas contrárias a movimentos legítimos da categoria médica com a finalidade de obter vantagens. Art. 50. Acobertar erro ou conduta antiética de médico. Art. 51. Praticar concorrência desleal com outro médico. Art. 52. Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente, determinados por outro médico, mesmo quando em função de chefia ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível benefício para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsável. Art. 53. Deixar de encaminhar o paciente que lhe foi enviado para procedimento especializado de volta ao médico assistente e, na ocasião, fornecer-lhe as devidas informações sobre o ocorrido no período em que por ele se responsabilizou. Art. 54. Deixar de fornecer a outro médico informações sobre o quadro clínico de paciente, desde que autorizado por este ou por seu representante legal. Art. 57. Deixar de denunciar atos que contrariem os postulados éticos à comissão de ética da instituição em que exerce seu trabalho profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina Capitulo 8 Art. 69. Exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia ou obter vantagem pelo encaminhamento de procedimentos, pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses ou implantes de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional. Art. 70. Deixar de apresentar separadamente seus honorários quando outros profissionais participarem do atendimento ao paciente. Art. 71. Oferecer seus serviços profissionais como prêmio, qualquer que seja sua natureza Capitulo 9 É vedado ao médico: Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal. 12 Valdo BertoldoArt. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente. Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade. Art. 77. Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente sob seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, salvo por expresso consentimento do seu representante legal. Capitulo 10 É vedado ao médico: Art. 82. Usar formulários de instituições públicas para prescrever ou atestar fatos verificados na clínica privada. Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal. Art. 84. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta. Art. 85. Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional quando sob sua responsabilidade. Art. 86. Deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou a seu representante legal quando aquele for encaminhado ou transferido para continuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta. Art. 87. Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. § 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. § 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente. Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa. Capitulo 11 É vedado ao médico: Art. 95. Realizar exames médicos-periciais de corpo de delito em seres humanos no interior de prédios ou de dependências de delegacias de polícia, unidades militares, casas de detenção e presídios. 13 Valdo Bertoldo Capitulo 12 É vedado ao médico: Art. 99. Participar de qualquer tipo de experiência envolvendo seres humanos com fins bélicos, políticos, étnicos, eugênicos ou outros que atentem contra a dignidade humana Art. 102. Deixar de utilizar a terapêutica correta, quando seu uso estiver liberado no País. Parágrafo único. A utilização de terapêutica experimental é permitida quando aceita pelos órgãos competentes e com o consentimento do paciente ou de seu representante legal, adequadamente esclarecidos da situação e das possíveis conseqüências. Art. 106. Manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas, envolvendo seres humanos, que usem placebo em seus experimentos, quando houver tratamento eficaz e efetivo para a doença pesquisada. Capitulo 13 Art. 116. Participar de anúncios de empresas comerciais qualquer que seja sua natureza, valendo-se de sua profissão. 14 Valdo Bertoldo Tabagismo Paciente de 55 anos de idade atende a UBS referindo consulta de rotina. Acolhimento: 1. Se apresentar como médico da unidade (Eu sou o Dr/a, aqui do serviço que vou realizar seu atendimento). 2. Olhar sempre nos olhos da paciente, não baixar a cabeça, tronco voltado sempre para a paciente, sentar sempre reto, se possível tocar no ombro da paciente. Lembrar sempre que falar termos médicos: explicar em linguagem clara para a paciente (evitar palavras: sintomas, sinais, síndromes, exacerbação, diagnostico, etc.) 3. Qual seu nome? Idade? Profissão? Estado civil? Depois que ela falar seu nome, chamar sempre pelo nome. 4. Escutar a queixa da paciente sem interrupções desnecessárias. Anamnese: 1. Investigar a queixas: se está sentindo alguma coisa? Notou alguma alteração? Algo em especial que deseja se consultar ou falar? 2. Antecedentes patológicos: doenças diarreicas? Doenças do estomago? Doenças parasitológicas? Doença do coração? Diabetes? Antecedentes de infartos? 3. Hábitos: condições de vida: água potável, saneamento básico? Álcool? Tabagismo (paciente vai referir que fuma a mais de 10 anos) Abre o leque de tabagismo é inicia toda a investigação: 4. Avaliar carga tabagista (quantos cigarros fuma por dia?) 5. Avaliar sinais de abstinência: irritabilidade, ansiedade, alterações do sono, aumento do apetite, dificuldade de concentração, agressividade, fissuras (forte desejo de usar tabaco). 6. Realizar teste de Fergestron: Quando tempo após acordar fumar seu primeiro cigarro? Nos primeiros 5 minutos: 3 pontos 6 a 30 minutos: 2 pontos 31 a 60 minutos: 1 ponto Mais de 60 minutos: 0 pontos Você acha difícil não fumar em lugares proibidos? Sim: 1 ponto Não: 0 pontos Quantos cigarros você fuma por dia? Até 10 cigarros: 0 pontos De 11 a 20 cigarros: 1 pontos De 21 a 30: 2 pontos Mais de 31: 3 pontos Você fuma mais frequentemente pela manhã? Sim: 1 ponto Não: 0 pontos Você fuma mesmo estando doente, quando precisa ficar acamado a maior parte do tempo? Sim: 1 ponto Não: 0 pontos 7. Indicar o grau de dependência de acordo com a escala: 15 Valdo Bertoldo 0 - 2 pontos = muito baixo 3 - 4 pontos = baixo 5 pontos = médio 6 -7 pontos = elevado 8 -10 pontos = muito elevado 8. Avaliar o grau de motivação do paciente: Pré-contemplação (“ I won’t”) - Não considera a possibilidade de mudar, nem se preocupa com a questão; Contemplação (“I might”) - Admite o problema, é ambivalente e considera adotar mudanças eventualmente; Preparação (“I will”) - Inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar, revisa tentativas passadas; Ação (“I am”) - Implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e energia na execução da mudança; Manutenção (“I have”) - Processo de continuidade do trabalho iniciado com ação, para manter os ganhos e prevenir a recaída; Exame físico: 1. Solicitar autorização para examinar paciente; por favor, suba até a maca, vou lavar minhas mãos, aquecer, e me posicionar a sua direita. 2. Sinais vitais (FC, FR, Sto2, PA). 3. Exame físico geral/ peso/ IMC/ altura/ circunferência abdominal (calcular IMC e falar o resultado). Orientação e conduta: 1. Informar o paciente sobre o risco de fumar para sua saúde, que é importante que ele pare de fumar. 2. Todo paciente que deseje para de fumar é encaminhado a terapia cognitiva comportamental. (Reuniões que podem acontecer em grupo ou individual). 3. Tratamento medicamentoso para quem? Fuma mais de 20 cigarros dia/ fuma mais de 10 cigarros dia mais o primeiro até 30 minutos/ escore de Fergestron > ou = 5/ fumantes que já tentaram terapia cognitiva/ não haver contra-indicações clinicas. 4. Pesquisar contra-indicação: Goma de mascar: úlcera péptica, 15 dias após infarto do miocárdio, incapacidade de mastigação. Adesivos: gestação, amamentação, 15 dias após infarto do miocárdio Bupropiona: risco de convulsões, uso de benzodiazepínico, bulimia, anorexia, 5. Indica tratamento farmacológico: Goma: 1 a 4 semana:1 tablete a cada 1ou 2 horas (máximo 15) Semana 5-8: 1 tablete cada 2-4 horas Semana 9-12: 1 tablete cada 4-8 horas. Bupropiona: 1 comprimido de 150mg nos primeiros 3 dias, depois 2 Cp/dia devendo ter um intervalo de 8 horas após o primeiro até completar 12 semanas. Informar que o tratamento medicamentoso dura 12 semanas/ e a terapia cognitiva aproximadamente 1 ano. 6. Orienta sobre o ganho de peso, os sintomas de abstinência (ansiedade, agitação, insônia, fissuras) 7. Indicar rastreamento para a idade. 8. Marca retorno/ esclarece dúvidas/ despede-se 16 Valdo Bertoldo Alcoolismo Paciente de 40 anos atende ao serviço de consulta, menciona não ter problema algum, e que só se dirigiu ao posto porque sua família insistiu dizendo que ele está bebendo muito. Acolhimento: 1. Se apresentar como médico da unidade (Eu sou o Dr/a, aqui do serviço que vou realizar seu atendimento). 2. Olhar sempre nos olhos da paciente, não baixar a cabeça, tronco voltado sempre para a paciente, sentar sempre reto, se possível tocar no ombro da paciente. Lembrar sempre que falar termos médicos: explicar em linguagem clara para a paciente (evitar palavras: sintomas, sinais, síndromes, exacerbação, diagnostico, etc.) 3. Qual seu nome? Idade? Profissão? Estado civil? Depois que ela falar seu nome, chamar sempre pelo nome. 4. Escutar a queixa da paciente sem interrupções desnecessárias. Anamnese: 1. Investigar a queixas: se está sentindo alguma coisa? Notou alguma alteração? Algo em especial que deseja se consultar ou falar? 2. Antecedentes patológicos: epilepsia? Infartos?Doenças diarréicas? Doenças do estomago? Doenças parasitológicas? Doença do coração? Diabetes? Depressão? Ansiedade atual ou em tratamento? Algum transtorno? Alguma perca recente? Hábitos: condições de vida: água potável, saneamento básico? Álcool? 3. Quantas vezes por semana bebe? E que quantidade? 4. Questionário CAGE: (1) você já pensou em largar a bebida? (2) ficou aborrecido quando outras pessoas criticaram o seu hábito de beber? (3) se sentiu mal ou culpado pelo fato de beber? (4) bebeu pela manhã para ficar mais calmo ou se livrar de uma ressaca. 5. Informar a dependência de acordo com o resultado do questionário: (A presença de duas respostas afirmativas sugere uma indicação positiva de dependência de álcool) 6. Questionar sintomas de dependência (irritabilidade, ansiedade, alterações do sono, aumento do apetite, dificuldade de concentração, agressividade). 7. Questionar sinais de tolerância (necessidade de beber cada vez mais para ter o efeito desejado). 8. Avaliar depressão. 9. Avaliar o grau de motivação do paciente: Pré-contemplação (“ I won’t”) - Não considera a possibilidade de mudar, nem se preocupa com a questão; Contemplação (“I might”) - Admite o problema, é ambivalente e considera adotar mudanças eventualmente; Preparação (“I will”) - Inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar, revisa tentativas passadas; Ação (“I am”) - Implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e energia na execução da mudança; 17 Valdo Bertoldo Manutenção (“I have”) - Processo de continuidade do trabalho iniciado com ação, para manter os ganhos e prevenir a recaída; Exame físico: 1. Solicitar que paciente suba até a maca, vou lavar minhas mãos, aquecer e me posicionar a direita da paciente. 2. Pedir autorização para examinar o paciente 3. Sinais vitais (FC, FR, Sto2, PA). 4. Exame físico geral/ peso/ IMC/ altura/ circunferência abdominal (calcular IMC e falar o resultado) Orientação e conduta: 1. Informar a importância de parar de beber/ informando riscos para sua saúde. 2. Solicitar ajuda dos amigos, família, da religião. 3. Informa o paciente sobre os AA, que eles ajudam pessoas a superar a dependência do álcool. 4. Indica a possibilidade de terapia de redução de danos (É uma forma de tratar que foi agrupando todas outras formas de tratamento que de alguma maneira amenizavam as conseqüências do uso da droga. É um campo muito rico porque é mais real, procurando estabelecer estratégias para reduzir os prejuízos do uso de drogas e não precisa, necessariamente, trabalhar com a abstinência total, que é um conceito muito utópico e inalcançável para boa parte dos dependentes. 5. Orienta sobre o ganho de peso, os sintomas de abstinência (ansiedade, agitação, insônia, fissuras). 6. Indicar rastreamento para a idade. 7. Marca retorno/ esclarece dúvidas/ despede-se. 18 Valdo Bertoldo Rastreamento de Doenças Será um paciente que vai chegar por um motivo qualquer a queixa, você tentará investigar muitas coisas, e não chegar a nada concreto. (Toda a resposta do paciente será inconclusiva, você trata a queixa do paciente, mais abrira os olhos para outros pontos no checklist). Importante sempre que tiver um caso que parece fácil ou o tempo sobrou no caso, comece a suspeitar que esteja faltando alguma coisa. (Cuidado com as neuras que tudo é pegadinha) Na prova em todas as estações indicar rastreamento (diminuindo as chances de esquecer). Já caiu um caso aonde o paciente chegava solicitando vitaminas e hemograma de rotina. (E não se indicava nenhum dos 2) – prevenção quaternária. 1. Investigar a queixa do paciente/ antecedentes patológicos e familiares / medicação/ hábitos de vida/ questionar histórico vacinal. 2. Exame físico (direcionado a queixa) 3. Conduta: resolver a queixa do paciente. Indicar rastreamento: 25 anos Ca de colo uterino Papanicolau Até 65 anos 35 anos homem 45 anos mulher Dislipidemia Perfil lipídico 45 anos Diabetes Teste glicêmico 50 anos Ca colo retal Ca de mama Colono, RSG, S. oculto Mamografia 55 anos Ca de pulmão TC baixa dose Tabagista que cessaram no últimos 15 anos ( carga tabagista de 30 maços) 65 anos Osteoporose Aneurisma Aorta abdominal Densitometria USG Mulheres Home de 65 a 75 anos que já fumaram. 1. Sempre indicar hábitos de vida saudável: atividade física, cessar tabagismo, alcoolismo, dieta pobre em sódio. 2. Alterar prescrição (no caso do paciente está tomando vários medicamentos com o mesmo efeito). 19 Valdo Bertoldo 20 Valdo Bertoldo Política Nacional da atenção básica O Que é atenção básica? A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. §1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. § 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde. Quais São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica? I - Princípios: a) Universalidade; b) Equidade; e c) Integralidade. II - Diretrizes: a) Regionalização e Hierarquização: b) Territorialização; c) População Adstrita; d) cuidado centrado na pessoa; e) Resolutividade; f) longitudinal idade do cuidado; g) Coordenação do cuidado; h) Ordenação da rede; e i) Participação da comunidade. Quais são os tipos de equipes? 1 - Equipe de Saúde da Família (eSF) 2 - Equipe da Atenção Básica (eAB) 3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB) 4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) 5 - Estratégia de Agentes Comunitáriosde Saúde (EACS) Especiais: 1 - Equipe de Saúde da Família para o atendimento da População Ribeirinha da Amazônia 2 - Equipe de Consultório na Rua (eCR) 3- Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): O que é ESF? É a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS. É considerada como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica, por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de ampliar a resolutividade e impactar na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade. Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, 21 Valdo Bertoldo enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião- dentista, preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal. O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local. Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomendam-se a cobertura de100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS. Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 40 (quarenta) horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da ESF. Dessa forma, os profissionais da ESF poderão estar vinculados a apenas 1 (uma) equipe de Saúde da Família, no SCNES vigente. O que é equipe de atenção básica? Esta modalidade deve atender aos princípios e diretrizes propostas para a AB. A gestão municipal poderá compor equipes de Atenção Básica (eAB) de acordo com características e necessidades do município. Como modelo prioritário é a ESF, as equipes de Atenção Básica (eAB) podem posteriormente se organizar tal qual o modelo prioritário. As equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família, auxiliares de enfermagem e ou Técnicos de enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou técnicos de saúde bucal, agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias. A composição da carga horária mínima por categoria profissional deverá ser de 10 (dez) horas, com no máximo de 3 (três) profissionais por categoria, devendo somar no mínimo 40 horas/semanais. O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos profissionais das equipes e os horários e dias de funcionamento devem ser organizados de modo que garantam amplamente acesso, o vínculo entre as pessoas e profissionais, a continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado. A distribuição da carga horária dos profissionais é de responsabilidade do gestor, devendo considerar o perfil demográfico e epidemiológico local para escolha da especialidade médica, estes devem atuar como generalistas nas equipes de Atenção Básica (eAB). Importante ressaltar que para o funcionamento a equipe deverá contar também com profissionais de nível médio como técnico ou auxiliar de enfermagem. Como precisa ser a estrutura, ambiente e funcionamento da atenção básica? As UBS devem ser construídas de acordo com as normas sanitárias e tendo como referência as normativas de infra-estrutura vigente, bem como possuir identificação segundo os padrões visuais da Atenção Básica e do SUS. Devem, ainda, ser cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), de acordo com as normas em vigor para tal. As UBS poderão ter pontos de apoio para o atendimento de populações dispersas (rurais, ribeirinhas, Assentamentos, áreas pantaneiras, etc.), com reconhecimento no SCNES, bem como nos instrumentos de monitoramento e avaliação. A estrutura física dos pontos de apoio deve respeitar as normas gerais de segurança sanitária. 22 Valdo Bertoldo A ambiência de uma UBS refere-se ao espaço físico (arquitetônico), entendido como lugar social, profissional e de relações interpessoais, que deve proporcionar uma atenção acolhedora e humana para as pessoas, além de um ambiente saudável para o trabalho dos profissionais de saúde a) Unidade Básica de Saúde Recomenda-se os seguintes ambientes: Consultório médico e de enfermagem, consultório com sanitário, sala de procedimentos, sala de vacinas, área para assistência farmacêutica, sala de inalação coletiva, sala de procedimentos, sala de coleta/exames, sala de curativos, sala de expurgo, sala de esterilização, sala de observação e sala de atividades coletivas para os profissionais da Atenção Básica. Se forem compostas por profissionais de saúde bucal, será necessário consultório odontológico com equipo odontológico completo; A. área de recepção, local para arquivos e registros, sala multiprofissional de acolhimento à demanda espontânea, sala de administração e gerência, banheiro público e para funcionários, entre outros ambientes conforme a necessidade. Funcionamento Recomenda-se que as Unidades Básicas de Saúde tenham seu funcionamento com carga horária mínima de 40 horas/semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. Horários alternativos de funcionamento podem ser pactuados através das instâncias de participação social, desde que atendam expressamente a necessidade da população, observando, sempre que possível, a carga horária mínima descrita acima. Como forma de garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso e resolutividade das equipes que atuam na Atenção Básica, recomenda-se: i) - População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 Pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica. Além dessa faixa populacional, podem existir outros arranjos de adscrição, conforme vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária, facultando aos gestores locais, conjuntamente com as equipes que atuam na Atenção Básica e Conselho Municipal ou Local de Saúde, a possibilidade de definir outro parâmetro populacional de responsabilidade da equipe, podendo ser maior ou menor do que o parâmetro recomendado, de acordo com as especificidades do território, assegurando-se a qualidade do cuidado. ii) - 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica ou Saúde da Família), para que possam atingir seu potencial resolutivo. iii) - Fica estipulado para cálculo do teto máximo de equipes de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF), com ou sem os profissionais de saúde bucal, pelas quais o Município e o Distrito Federal poderão fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos, conforme a seguinte fórmula: População/2.000. iv) - Em municípios ou territórios com menos de 2.000 habitantes, que uma equipe de Saúde da Família (eSF) ou de Atenção Básica (eAB) seja responsável por toda população; Reitera-se a possibilidade de definir outro parâmetro populacional de responsabilidade da equipe de acordo com especificidades territoriais, vulnerabilidades, riscos e dinâmica comunitária respeitando critérios de equidade, ou, ainda, pela decisão de possuir um número inferior de pessoas por equipe de Atenção Básica (eAB) e equipe de Saúde da Família (eSF) para avançar no acesso e na qualidade da Atenção Básica. Para que as equipes que atuam na Atenção Básica possam atingir seu potencial resolutivo, de forma a garantir a coordenação do cuidado, ampliando o acesso, é necessário adotar estratégias que permitam a definição de um amplo 23 Valdo Bertoldo escopo dos serviços a serem ofertadosna UBS, de forma que seja compatível com as necessidades e demandas de saúde da população adscrita, seja por meio da Estratégia Saúde da Família ou outros arranjos de equipes de Atenção Básica (eAB), que atuem em conjunto, compartilhando o cuidado e apoiando as práticas de saúde nos territórios. Essa oferta de ações e serviços na Atenção Básica devem considerar políticas e programas prioritários, as diversas realidades e necessidades dos territórios e das pessoas, em parceria com o controle social. O Que são as RAS? Define a organização na RAS, como estratégia para um cuidado integral e direcionado às necessidades de saúde da população. As RAS constituem-se em arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma complementar e com base territorial, e têm diversos atributos, entre eles, destaca-se: a Atenção Básica estruturada como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, constituída de equipe multidisciplinar que cobre toda a população, integrando, coordenando o cuidado e atendendo as necessidades de saúde das pessoas do seu território. Para que a Atenção Básica possa ordenar a RAS, é preciso reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em relação aos outros pontos de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das necessidades das pessoas, com isso fortalecendo o planejamento ascendente. 24 Valdo Bertoldo Consultório de Rua Prefeita atende ao serviço de consulta e gostaria de saber informações sobre equipe de consultório de rua. Tem muitos moradores de rua no município e tem percebido que eles estão sofrendo muito e queria encontrar uma solução. As eCR integram a componente atenção básica da Rede de Atenção Psicossocial e desenvolvem ações de Atenção Básica, devendo seguir os fundamentos e as diretrizes definidos na Política Nacional de Atenção Básica. Art. 2º As eCR são multiprofissionais e lidam com os diferentes problemas e necessidades de saúde da população em situação de rua. § 1º As atividades das eCR incluirão a busca ativa e o cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas. § 2º As eCR desempenharão suas atividades in loco, de forma itinerante, desenvolvendo ações compartilhadas e integradas às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, quando necessário, também com as equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dos serviços de Urgência e Emergência e de outros pontos de atenção, de acordo com a necessidade do usuário. § 3º As eCR utilizarão, quando necessário, as instalações das UBS do território. Art. 3º As equipes dos Consultórios na Rua possuem as seguintes modalidades: I - Modalidade I: equipe formada, minimamente, por quatro profissionais, escolhidos dentre aqueles estabelecidos no art. 2º desta Portaria, excetuando- se o médico, sendo: a) dois profissionais de nível superior; e b) dois profissionais de nível médio; II - Modalidade II: equipe formada, minimamente, por seis profissionais, escolhidos dentre aqueles estabelecidos no art. 2º desta Portaria, excetuando-se o médico, sendo: a) três profissionais de nível superior; e b) três profissionais de nível médio; e III - Modalidade III: equipe da Modalidade II acrescida de um profissional médico. Art. 4º As eCR poderão ser compostas pelos seguintes profissionais de saúde: I - enfermeiro; II - psicólogo; III - assistente social; IV - terapeuta ocupacional; V - médico; VI - agente social; VII - técnico ou auxiliar de enfermagem; eVIII - técnico em saúde bucal. § 1º Na composição de cada eCR deve haver, preferencialmente,o máximo de dois profissionais da mesma profissão de saúde, seja de nível médio ou superior. § 2º Todas as modalidades de eCR poderão agregar Agentes Comunitários de Saúde, complementando suas ações. § 3º As equipes de saúde da família que atendam pessoas em situação de rua poderão ter sua habilitação modificada para eCR, respeitados os parâmetros de adstrição de clientela e de composição profissional previstos para cada modalidade, nos termos desta Portaria. § 4º No caso do § 3º, as eCR poderão ser contabilizadas no numero de equipes matriciadas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). § 5º O agente social, quando houver, será considerado equivalente ao profissional de nível médio. § 6º Entende-se por agente social o profissional que desempenha atividades que visam garantir a atenção, a defesa e a proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social, assim como aproximar as equipes dos valores, modos de vida e cultura das pessoas em situação de rua. § 7º Os agentes sociais exercerão as seguintes atribuições: 25 Valdo Bertoldo I - trabalhar junto a usuários de álcool, crack e outras drogas, agregando conhecimentos básicos sobre Redução de Danos, uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas; II - realizar atividades educativas e culturais (educativas e lúdicas); III - dispensação de insumos de proteção à saúde; IV - encaminhar e mediar o processo de encaminhamento para Rede de Saúde e intersetorial; e V - acompanhar o cuidado das pessoas em situação de rua. § 8º Os agentes sociais terão, preferencialmente, experiência prévia em atenção a pessoas em situação de rua e/ou trajetória de vida em situação de rua. § 9º O técnico em saúde bucal da eCR será supervisionado por um cirurgião- dentista vinculado a uma Equipe de Saúde da Família (ESF) ou a outra equipe de atenção básica da área correspondenteà área de atuação da eCR ou da UBS mais próxima da área de atuação, conforme definição do gestor local. § 10. A equipe de que trata o §9º também será responsável pelo atendimento da população e pela programação de atividades em conjunto com o Técnico em Saúde Bucal da eCR. § 11. A supervisão do cirurgião-dentista, de que trata o § 9º, direta ou indireta, será obrigatória em todas as atividades realizadas pelo técnico em saúde bucal. Art. 5º As eCR cumprirão carga horária mínima de 30 (trinta) horas semanais. Parágrafo único. O horário de funcionamento deverá se adequar às demandas das pessoas em situação de rua, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno e em qualquer dia da semana. Art. 6º Para cálculo do número máximo de eCR financiados pelo Ministério da Saúde por Município, serão tomados como base os dados dos censos populacionais relacionados à população em situação de rua, realizados por órgãos oficias e reconhecidos pelo Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (DAB/SAS/MS). § 1º O número de eCR por município será publicado em portaria específica da SAS/MS, de acordo com os censos populacionais vigentes relacionados à população em situação de rua. § 2º O parâmetro adotado será de uma eCR a cada oitenta a mil pessoas em situação de rua, conforme faixas estabelecidas no Anexo I desta Portaria. Art. 7º As eCR terão acesso a processos de educação permanente, contemplando-se, dentre outros, a abordagem das diferentes necessidades de saúde da população em situação de rua, bem como o desenvolvimento de competências para a prática da redução de danos. Art. 8º Fica instituído o incentivo financeiro de custeio mensal para as equipes de Consultório na Rua, nos seguintes termos: I - para a eCR da Modalidade I será repassado o valor de R$ 9.500,00 (nove mil e quinhentos reais) por mês; II - para eCR da Modalidade II será repassado o valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais) por mês; e III - para a eCR da Modalidade III será repassado o valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais) por mês. § 1º O incentivo financeiro de custeio instituído neste artigo engloba o custeio para transporte da eCR. § 2º O início do repasse mensal do incentivo ocorrerá após a habilitação do Município, publicada por portaria específica da SAS/MS, que dependerádo cumprimento dos seguintes requisitos: I - demonstração do cadastramento da eCR no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES); e II - alimentação de dados no Sistema de Informação vigente. 26 Valdo Bertoldo § 3º O repasse do incentivo financeiro instituído neste artigo será suspenso em caso de descumprimento desta Portaria e da Portaria nº 2.488, de 2011, no que toca aos Consultórios na Rua. § 4º O funcionamento da eCR será avaliado e monitorado pelo DAB/SAS/MS, pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) e pela Secretaria de Saúde estadual. § 5º As 92 (noventa e duas) equipes de consultório de rua constantes do anexo II desta Portaria, contempladas com financiamento oriundo das Chamadas de Seleção realizadas em 2010 pela Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do DAPES/ SAS/MS, também poderão ser cadastradas como eCR, nos termos desta Portaria, para fins de recebimento do incentivo instituído neste artigo, desde que se adequem a alguma das modalidades descritas no art. 3º desta Portaria. § 6º No caso do § 5º, as equipes já existentes somente receberão o incentivo de que trata esta Portaria após ultrapassados doze meses desde o início do financiamento e da execução do recurso citado. Art. 9º O gestor municipal de saúde deverá disponibilizar veículo para deslocamento da eCR, para viabilizar o cuidado presencial para a população de rua, consoante as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica. Parágrafo único. O veículo destinado ao deslocamento da eCR deverá manter a identificação visual e o grafismo da eCR, de acordo com o padrão pactuado nacionalmente. Art. 10. Para implantação, credenciamento e liberação do financiamento das eCR, os Municípios e o Distrito Federal seguirão os processos descritos na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) para implantação das Equipes de Saúde da Família. Art. 11. O Ministério da Saúde publicará manual e documentos de apoio com vistas a auxiliar a implementação das eCR. Art. 12. Os recursos orçamentários de que dispõe esta Portaria serão transferidos de forma regular e automática, do Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos Fundos de Saúde municipais e do Distrito Federal, e correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 10.301.1214.20AD - Piso de Atenção Básica Variável. 27 Valdo Bertoldo Credenciamento Os credenciamentos são iguais/ vai mudar somente a proposta. Para a solicitação de credenciamento dos Serviços e de todas as equipes que atuam na Atenção Básica, pelos Municípios e Distrito Federal, deve-se obedecer aos seguintes critérios: I - Elaboração da proposta de projeto de credenciamento das equipes que atuam na Atenção Básica, pelos Municípios/Distrito Federal; a. O Ministério da Saúde disponibilizará um Manual com as orientações para a elaboração da proposta de projeto, considerando as diretrizes da Atenção Básica; b. A proposta do projeto de credenciamento das equipes que atuam na Atenção Básica deverá estar aprovada pelo respectivo Conselho de Saúde Municipal ou Conselho de Saúde do Distrito Federal; e c. As equipes que atuam na Atenção Básica que receberão incentivo de custeio fundo a fundo devem estar Inseridas no plano de saúde e programação anual. II - Após o recebimento da proposta do projeto de credenciamento das eABs, as Secretarias Estaduais de Saúde, conforme prazo a ser publicado em portaria específica, deverão realizar: a. Análise e posterior encaminhamento das propostas para aprovação da Comissão Intergestores Biparti-te (CIB);e b. após aprovação na CIB, encaminhar, ao Ministério da Saúde, a Resolução com o número de equipes por estratégia e modalidades, que pleiteiam recebimento de incentivos financeiros da atenção básica. Parágrafo único: No caso do Distrito Federal a proposta de projeto de credenciamento das equipes que atuam na Atenção Básica deverá ser diretamente encaminhada ao Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. III - O Ministério da Saúde realizará análise do pleito da Resolução CIB ou do Distrito Federal de acordo com o teto de equipes, critérios técnicos e disponibilidade orçamentária; e IV - Após a publicação de Portaria de credenciamento das novas equipes no Diário Oficial da União, a gestão municipal deverá cadastrar a(s) equipe(s) no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde , num prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar a partir da data de publicação da referida Portaria, sob pena de descredenciamento da(s) equipe(s) caso esse prazo não seja cumprido. Para recebimento dos incentivos correspondentes às equipes que atuam na Atenção Básica, efetivamente Credenciadas em portaria e cadastradas no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, os Municípios/Distrito Federal, deverão alimentar os dados no sistema de informação da Atenção Básica vigente, comprovando, obrigatoriamente, o início e execução das atividades. 28 Valdo Bertoldo Academia de saúde I - Configurar-se como ponto de atenção da Rede de Atenção à Saúde, complementar e potencializador das ações de cuidados individuais e coletivos na atenção básica; II - Referenciar-se como um programa de promoção da saúde, prevenção e atenção das doenças crônicas não transmissíveis; e III - estabelecer-se como espaço de produção, ressignificação e vivência de conhecimentos favoráveis à construção coletiva de modos de vida saudáveis. Art. 4oSão princípios do Programa Academia da Saúde: I -participação popular e construção coletiva de saberes e práticas em promoção da saúde; II -intersetor alidade na construção e desenvolvimento das ações; III - interdisciplinaridade na produção do conhecimento e do cuidado; IV - Integralidade do cuidado; V - Intergeracionalidade, promovendo o diálogo e troca entre gerações; e VI - Territorialidade, reconhecendo o espaço como local de produção da saúde. Parágrafo único. O Programa Academia da Saúde também segue os princípios, diretrizes e objetivos da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) e da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Art. 5o- São objetivos específicos do Programa Academia da Saúde: I - Ampliar o acesso da população às políticas públicas de promoção da saúde; II - Fortalecer a promoção da saúde como estratégia de produção de saúde; III - desenvolver a atenção à saúde nas linhas de cuidado, a fim de promover o cuidado integral; IV - Promover práticas de educação em saúde; V - promover ações intersetoriais com outros pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde e outros equipamentos sociais do território; VI - Potencializar as ações nos âmbitos da atenção básica, da vigilância em saúde e da promoção da saúde; VII - promover a integração multiprofissional na construção e na execução das ações; VIII - promover a convergência de projetos ou programas nos âmbitos da saúde, educação, cultura, assistência social, esporte e lazer; IX - Ampliar a autonomia dos indivíduos sobre as escolhas de modos de vida mais saudáveis; X - Aumentar o nível de atividade física da população; XI - promover hábitos alimentares saudáveis; XII - promover mobilização comunitária com a constituição de redes sociais de apoio e ambientes de convivência e solidariedade; XIII - potencializar as manifestações culturais locais e o conhecimento popular na construção de alternativas individuais e coletivas que favoreçam a promoção da saúde; e XIV - contribuir para ampliação e valorização da utilização dos espaços públicos de lazer, como proposta de inclusão social, enfrentamento das violências e melhoria das condições de saúde e qualidade de vida da população. Art. 6o- As atividades desenvolvidas no âmbito do Programa Academia da Saúde serão desenvolvidas conforme os seguintes eixos: I - Práticas corporais e atividades físicas; II - Produção do cuidadoe de modos de vida saudáveis; III - promoção da alimentação saudável; 29 Valdo Bertoldo IV - Práticas integrativas e complementares; V - Práticas artísticas e culturais; VI - Educação em saúde; VII - planejamento e gestão; e VIII - mobilização da comunidade. Art. 7o- O Programa Academia da Saúde será implantado pelas Secretarias de Saúde do Distrito Federal e dos Municípios, com o apoio das Secretarias Estaduais de Saúde e do Ministério da Saúde. Art. 8o- Compete ao Ministério da Saúde: I - elaborar diretrizes para implantação e funcionamento do Programa Academia da Saúde em âmbito nacional no SUS; II - elaborar normas técnicas do Programa Academia da Saúde; III - definir recursos orçamentários e financeiros para a implantação do Programa Academia da Saúde; IV - estimular pesquisas nas áreas de interesse para o Programa Academia da Saúde, em especial aquelas consideradas estratégicas para formação e desenvolvimento tecnológico para a promoção da saúde e produção do cuidado; V - estabelecer diretrizes para a educação permanente na área da promoção da saúde e da produção do cuidado, em consonância com as políticas de saúde vigentes; VI - manter articulação com os Estados para estimular a implantação de apoio aos Municípios para execução do Programa Academia da Saúde; VII - apoiar os Estados e o Distrito Federal no âmbito do Programa Academia da Saúde; VIII - promover articulação intersetorial para a efetivação do Programa Academia da Saúde com as outras políticas correlatas em âmbito nacional; IX - realizar monitoramento das propostas habilitadas para construção de polos do Programa Academia da Saúde; X - propor instrumentos e indicadores para acompanhamento e avaliação do impacto da implantação do Programa Academia da Saúde no Distrito Federal e nos Municípios; XI - divulgar o Programa Academia da Saúde nos diferentes espaços colegiados do SUS e da sociedade; XII - identificar experiências exitosas e promover o intercâmbio das tecnologias produzidas entre o Distrito Federal e os Municípios com o Programa Academia da Saúde; e XIII - fortalecer a construção de Comunidade de Práticas no SUS. Art. 9o- Compete às Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal: I - apoiar os Municípios situados no respectivo Estado na implantação e no desenvolvimento do Programa Academia da Saúde; II - promover articulação intersetorial para a implantação do Programa Academia da Saúde no âmbito estadual; III - definir recursos orçamentários e financeiros para a construção de polos e para a manutenção do Programa Academia da Saúde , conforme pactuação e quando necessário; IV - pactuar, junto aos Municípios, os instrumentos e indicadores complementares para o acompanhamento e avaliação do impacto da implantação do Programa Academia da Saúde; V - estimular pesquisas nas áreas de interesse para o Programa Academia da Saúde, em especial aquelas consideradas estratégicas para formação e desenvolvimento tecnológico para a promoção da saúde e produção do cuidado; VI - identificar experiências exitosas e promover o intercâmbio das tecnologias produzidas entre os Municípios; VII - monitorar e avaliar o Programa Academia da Saúde no âmbito distrital e estadual junto aos Municípios; e 30 Valdo Bertoldo VIII - divulgar o Programa Academia da Saúde nos diferentes espaços colegiados do SUS e da sociedade. Art. 10. Compete às Secretarias de Saúde do Distrito Federal e dos Municípios: I - implantar o Programa Academia da Saúde no âmbito distrital e municipal; II - executar os recursos financeiros de investimento repassados pelo Ministério da Saúde para a construção de polos do Programa Academia da Saúde; III - inserir o Programa Academia da Saúde no Plano Municipal de Saúde; IV - definir recursos orçamentários e financeiros para a construção de polos e manutenção do Programa Academia da Saúde, conforme pactuação e quando necessário; V - apresentar o Programa Academia da Saúde ao respectivo Conselho de Saúde; VI - elaborar fluxos para o funcionamento do Programa Academia da Saúde na rede distrital ou municipal e propor fluxos regionais de saúde na Comissão Intergestores Regional; VII - promover articulação intersetorial para a efetivação do Programa Academia da Saúde no âmbito distrital e municipal; VIII - estimular alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades; IX - estabelecer mecanismos para a qualificação dos profissionais do sistema local de saúde na área da promoção da saúde e produção do cuidado; X - estabelecer instrumentos de gestão e indicadores complementares para o acompanhamento e avaliação do impacto da implantação do Programa Academia da Saúde; XI - garantir o registro das atividades desenvolvidas no Programa; XII - utilizar o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) para envio de informações das atividades ao Ministério da Saúde ou outro sistema de informação vigente, observando-se os prazos determinados na Portaria no- 1.412/GM/MS, de 10 de julho de 2013; XIII - estimular pesquisas nas áreas de interesse para o Programa Academia da Saúde, em especial aquelas consideradas estratégicas para a formação e o desenvolvimento tecnológico para a promoção da saúde e produção do cuidado; e XIV - divulgar o Programa Academia da Saúde nos diferentes espaços colegiados do SUS e da sociedade. Art. 11. O Programa Academia da Saúde é um serviço da Atenção Básica e deve promover a articulação com toda a rede de atenção à saúde do SUS, bem como com outros serviços sociais realizados na respectiva região. Art. 12. As atividades do Programa Academia da Saúde também serão desenvolvidas por profissionais da Atenção Básica, inclusive aqueles que atuam na Estratégia Saúde da Família e nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, quando houver. Parágrafo único. Além dos profissionais mínimos da equipe, o Distrito Federal e os Municípios poderão acrescentar profissional (ais) de outras áreas de conhecimento para o desenvolvimento de atividades afins aos objetivos, princípios e diretrizes do Programa Academia da Saúde. Art. 13. Fica recomendado ao Distrito Federal e aos Municípios a constituição de grupo de apoio à gestão para cada polo implantado, formado pelos profissionais que atuam no Programa Academia da Saúde e na Atenção Básica da área de abrangência do polo, por representantes do controle social e por profissionais de outras áreas envolvidas no Programa, a fim de garantir a gestão compartilhada do espaço e a organização das atividades. Art. 14. O Programa Academia da Saúde será desenvolvido nos espaços dos polos, não havendo impedimento para extensão das atividades a outros equipamentos da saúde ou sociais. 31 Valdo Bertoldo Art. 15. Os recursos destinados à infraestrutura do polo do Programa Academia da Saúde poderão ser provenientes de recursos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme pactuação. Art. 16. É livre à iniciativa privada a reprodução total ou parcial de quaisquer das modalidades dos polos do Programa Academia da Saúde em espaços próprios, não havendo, porém, disponibilização de recursos financeiros de investimento e de custeio do Poder Público para tais fins. Programa Academia da Saúde possui três modalidades de polo: Modalidades Valor de Repasse (antes da PT nº 381/GM/MS, de 06/02/2017) Valor de Repasse (antes da PT nº 381/GM/MS, de 06/02/2017) Básica – 250 m² R$ 80.000,00 R$ 81.000,00 Intermediária – 263,2 m² R$ 100.000,00 R$ 125.000,00 Avançada – 451,2 m² R$ 180.000,00 R$ 218.000,00 32 Valdo Bertoldo Violência sexual Paciente de 25 anos de idade atende ao serviço de consulta muito agitada e chorando muito, com várias escoriações nos membros. Refere que foi atacada por um homem desconhecido. Acolhimento: 1. Se apresentarcomo médico da unidade (Eu sou o Dr/a, aqui do serviço que vou realizar seu atendimento). 2. Olhar sempre nos olhos da paciente, não baixar a cabeça, tronco voltado sempre para a paciente, sentar sempre reto, se possível tocar no ombro da paciente. Lembrar sempre que falar termos médicos: explicar em linguagem clara para a paciente (evitar palavras: sintomas, sinais, síndromes, exacerbação, diagnostico, etc.) 3. Qual seu nome? Idade? Profissão? Estado civil? Depois que ela falar seu nome, chamar sempre pelo nome. 4. Escutar a queixa da paciente sem interrupções desnecessárias. 5. (Paciente vai relatar que foi atacada por um home quando estava passando por uma rua) sempre acalmar a paciente, falar que vai ficar tudo bem, mais que precisa que ela passe as informações necessárias. 6. Informar à paciente que ela tem o direito de realizar o boletim de ocorrência, mais que não precisa para ser atendida, e que isso pode ajudar a encontrar a pessoa que fez isso com ela. Anamnese: 1. Questionar sobre a hora que aconteceu (lembrar que algumas profilaxias de doenças têm o tempo para se realizar). 2. Questionar se foi a primeira vez que isso aconteceu? Se ela conhecia a pessoa? Ou conseguiu identificar? (Em caso de várias vezes, não precisa realizar profilaxia). 3. Questionar sobre o tipo de penetração: anal, vaginal, oral? Questionar se usou preservativo? 4. Informar à paciente que precisa realizar algumas perguntas sobre sua saúde para tomar algumas medidas: Usa algum método anticoncepcional? Vida sexual ativa? Tem a carteira de vacina? Tem alguma doença? (Hiv, hepatite B e C, anemias, doenças crônicas) Toma alguma outra medicação? Tem alguma alergia? Orientação e conduta: 1. Informar que precisa solicitar alguns exames que serão realizados nesse momento (Teste rápido: HIV, HB, HC, SIFILIS, BHCG). 2. Solicitar: hemograma e transaminases 3. Indicar levonorgestrel 1,5mg VO dose única. (Informar efeitos adversos) náusea, vômitos, se vomitar nas primeiras 2 horas repetir dose. 4. Profilaxia para DTS: Penicilina G benzatina 2,4 Milhões (1,2 milhões em cada nadega) sífilis Azitromicina 1gramo via oral dose única (cancro e clamídia) 33 Valdo Bertoldo Cefitriaxone 250mg IM dose única (gonorreia) Metronidazol 2g VO dose única (tricomoniase) Indicar terapia antirretroviral (nas primeiras 72 horas penetração anal ou vaginal) tenofovir + lamivudina + dolutegravir / por 28 dias. Indicou vacina da hepatite B + Imunoglobulina 5. Informou a paciente sobre o risco de gravidez e que ela pode decidir ter ou não o filho: Pode ter e ficar com ele Pode ter e dar para adoção Tem o direito de abortar de formar legal (20-22 semanas) 6. Informação extra: documento necessário para realiza aborto Termo de consentimento livre e esclarecido Termo de responsabilidade Termo de relato circunstanciado Parecer técnico Termo de provação do procedimento de interrupção da gravidez 7. Notificação compulsória imediata (somente para registro de quantas mulheres sofrem esse tipo de violência, que seu nome não será divulgado) 8. Encaminhar a paciente para assistência social e apoio psicoterapia. 9. Marcara retorno em 2 semanas para repetir exames. 10. Esclarece dúvidas e despede-se 34 Valdo Bertoldo Regulamento Instituições de Longa Permanência para Idosos ABRANGÊNCIA: Esta norma é aplicável a toda instituição de longa permanência para idosos, governamental ou não governamental, destinada à moradia coletiva de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar. DEFINIÇÕES - Cuidador de Idosos- pessoa capacitada para auxiliar o idoso que apresenta limitações para realizar atividades da vida diária. Dependência do Idoso - condição do indivíduo que requer o auxílio de pessoas ou de equipamentos especiais para realização de atividades da vida diária. Equipamento de Auto-ajuda - qualquer equipamento ou adaptação, utilizado para compensar ou potencializar habilidades funcionais, tais como bengala, andador, óculos, aparelho auditivo e cadeira de rodas, entre outros com função assemelhada. Grau de Dependência do Idoso: a) Grau de Dependência I - idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de auto-ajuda; b) Grau de Dependência II - idosos com dependência em até três atividades de auto- cuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada; c) Grau de Dependência III - idosos com dependência que requeiram assistência em todas as atividades de auto-cuidado para a vida diária e ou com comprometimento cognitivo. Indivíduo autônomo - é aquele que detém poder decisório e controle sobre a sua vida. A instituição deve atender, dentre outras, às seguintes premissas: Observar os direitos e garantias dos idosos, inclusive o respeito à liberdade de credo e a liberdade de ir e vir, desde que não exista restrição determinada no Plano de Atenção à Saúde; Preservar a identidade e a privacidade do idoso, assegurando um ambiente de respeito e dignidade; Promover ambiência acolhedora; Promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus de dependência; Promover integração dos idosos, nas atividades desenvolvidas pela comunidade local; Favorecer o desenvolvimento de atividades conjuntas com pessoas de outras gerações; Incentivar e promover a participação da família e da comunidade na atenção ao idoso residente; desenvolver atividades que estimulem a autonomia dos idosos. Promover condições de lazer para os idosos tais como: atividades físicas, recreativas e culturais. A Instituição de Longa Permanência para Idosos deve estar legalmente constituída e apresentar: a) Estatuto registrado; b) Registro de entidade social; c) Regimento Interno. 35 Valdo Bertoldo Para os cuidados aos residentes: a) Grau de Dependência I: um cuidador para cada 20 idosos, ou fração, com carga horária de 8 horas/dia; b) Grau de Dependência II: um cuidador para cada 10 idosos, ou fração, por turno; c) Grau de Dependência III: um cuidador para cada 6 idosos, ou fração, por turno. Infraestrutura Física A Instituição de Longa Permanência para Idosos deve oferecer instalações físicas em condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança e garantir a acessibilidade a todas as pessoas com dificuldade de locomoção segundo o estabelecido na Lei Federal 10.098/00. Quando o terreno da Instituição de Longa Permanência para idosos apresentar desníveis, deve ser dotado de rampas para facilitar o acesso e a movimentação dos residentes. Saúde: A instituição deve elaborar, a cada dois anos, um Plano de Atenção Integral à Saúde dos residentes, em articulação com o gestor local de saúde. O Plano de Atenção à Saúde deve contar com as seguintes características: Ser compatível com os princípios da universalização, equidade e integralidade Indicar os recursos de saúde disponíveis para cada residente, em todos os níveis de atenção, sejam eles públicos ou privados, bem como referências, caso se faça necessário; Prever a atenção integral à saúde do idoso, abordando os aspectos de promoção, proteção e prevenção; Conter informações acerca das patologias incidentes e prevalentes nos residentes. A instituição deve avaliar anualmente a implantação e efetividade das ações previstas no plano, considerando, no mínimo, os critérios de acesso, resolubilidade e humanização. Alimentação A Instituição deve garantir aos idosos a alimentação, respeitando os aspectos culturais locais, oferecendo, no mínimo, seis refeições diárias. O Responsável Técnico deve possuir formação de nível superior Grau de dependência I: Um cuidador para cada 20 idosos, ou fração, com carga horária de 8 horas /dia • Grau de dependência II: Um cuidador para