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TCC DEFICIENCIA AUDITIVA

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11
FACULDADE - ICEG - INSTITUTO E CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO GERAL 
EDILEIA DUARTE PEREIRA
PERPECTIVAS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA INSERÇÃO DO ALUNO SURDO NAS ESCOLA PÚBLICAS
TEÓFILO OTONI-MG
2019
FACULDADE - ICEG - INSTITUTO E CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO GERAL 
EDILEIA DUARTE PEREIRA
PERPECTIVAS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA INSERÇÃO DO ALUNO SURDO NAS ESCOLA PÚBLICAS
Artigo científico apresentado à Faculdade ICEG - INSTITUTO E CONSULTORIA EM EDUCAÇÃO GERAL, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em em Educação Inclusiva e Especial.
TEÓFILO OTONI-MG
2019
PERPECTIVAS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA INSERÇÃO DO ALUNO SURDO NAS ESCOLA PÚBLICAS
Edileia Duarte Pereira[footnoteRef:2] [2: Aluna com Licenciatura em Letras pela Faculdade Fenord-TO. Curso de pos-graduação em Inclusiva e Especial] 
 
RESUMO:
O conceito de inclusão trouxe mudanças relativas às condições contextuais necessárias à educação e vida social das crianças com deficiência. Nos modelos de integração podia-se partir do contexto tal como ele é, considerando-se depois as mudanças ou adaptações necessárias de forma a poder acolher as crianças com problemas de desenvolvimento. A inclusão exige contextos verdadeiramente inclusivos.O presente artigo tem como proposta trazer temas questionadores e atuais com relação à Deficiência auditiva. Através deste poderão ser sanadas dúvidas com relação à surdez em si, porém será dada maior ênfase à questão envolvida nos aspectos educacionais das pessoas com essa deficiência. Serão expostas formas de minimizar as dificuldades encontradas pelos professores ao lidar com alunos portadores de Necessidades Especiais e também sugestões de como identificar, nesse caso, a deficiência auditiva. Simplesmente falar sobre educação inclusiva é muito fácil, em um contexto que mostra inúmeras diferenças em vários aspectos, sabe-se  os professores e a sociedade em geral não estão realmente preparados para receber essas pessoas em seu ambiente profissional, educacional e até mesmo social.
Palavras-chave: Deficiência auditiva, inclusão escolar, Família, LIBRAS.
1. Introdução:
A tarefa de projetar o educando para a vida em sociedade e, consequentemente, para o trabalho é da escola, portanto, é através da escola que toda e qualquer pessoa, criança ou adulto, deve escolarizar-se e conhecer as diferentes formas de aprendizagem que a escola pode emplacar. Mas, fazer acontecer a Inclusão Educacional de pessoas com surdez na educação básica é uma tarefa lenta e muito complexa.
Quando se fala da deficiência auditiva na classe comum de ensino observa-se que esse assunto causa várias polêmicas. Essa dificuldade ou impossibilidade de perceber através da via auditiva os sons da fala provocou e ainda provoca inúmeras discussões no campo educacional. Cabe-se ressaltar que alguns importantes documentos que versam sobre o direito de inclusão da pessoa com deficiência em salas comuns de ensino, como a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 e a Declaração de Salamanca de 1994, consideram o aluno com deficiência auditiva uma exceção possível no processo de inclusão nas classes comuns das redes de ensino, uma vez que tais alunos necessitam de adaptações comunicativas, como a Língua Brasileira de Sinais, para que eles possam acompanhar o que é dito em sala de aula.
Dentro dessa perspectiva podemos observar que, será que o simples fato dos professores conhecerem a Língua Brasileira de Sinais é suficiente?
 Sabe-se que escolarização do aluno com deficiência auditiva vai muitíssimo além da língua, se assim fosse não teríamos ouvintes normais com dificuldades de aprendizagem. A escola comum precisa propor ações que façam sentido para as crianças em geral e que possam ser compartilhadas com os alunos com deficiência auditiva. Isso vai muito além da língua a ser utilizada, os alunos com deficiência auditiva necessitam de ambientes educacionais estimuladores, desafiadores de seus pensamentos e de suas capacidades.
Outro ponto importante de reflexão se faz necessária. Quais são as adaptações ou processos curriculares necessários para promover a inclusão da pessoa com deficiência auditiva em ambientes educacionais comuns, aberta a todos e por isso verdadeiramente inclusiva?
Portanto, quanto ao questionamento “é possível a inclusão de pessoas com deficiência auditiva na escola comum de ensino” a resposta que propõe-se neste trabalho é que se faça uma reflexão a respeito de tais questionamentos e que se analise de forma justa, mas que fique claro que é uma questão muito maior que colocar crianças com diferentes características em um mesmo ambiente, precisamos mudar políticas públicas, precisamos quebrar paradigmas educacionais e, mais que tudo, precisamos exercer e ensinar a todas as crianças a exercerem sua cidadania”.
2 Conhecendo a Inclusão
O paradigma e a política da Educação Inclusiva constituem-se como processo claramente delineado na história da Educação Especial. Há aproximadamente quatro décadas que as idéias integradoras consubstanciadas no pensamento da não segregação das pessoas com deficiência no ambiente escolar, vêm inspirando uma série de propostas e ações em vários países do mundo.
O Brasil adotou com a LDB 9394 / 96 a proposta da inclusão escolar. De lá para cá houve um processo intenso de análise e transposição do Projeto Político Pedagógico para as diferentes realidades escolares onde a formação destes profissionais caracteriza-se pela qualificação ou habilitação específicas, obtidas por meio de cursos de licenciaturas ou de outras alternativas de formação agenciadas por instituições especializadas. 
2.1Inclusão social: valorização da vida
A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. Mas previamente vem a nossa mente o seguinte questionamento: o que é de fato a inclusão? O que leva as pessoas a terem entendimentos e significados tão diferentes? Nesse ponto deve-se aqui analisar algumas reflexões, pois dessa forma estaremos contribuindo para uma prática menos segregacionista e menos preconceituosa.
O adjetivo ”inclusivo" é usado quando se busca qualidade para todas as pessoas com ou sem deficiência.O termo inclusão já trás implícito a idéia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. A inclusão está respaldada na dialética inclusão/ exclusão, com a luta das minorias na defesa dos seus direitos.
Para falar sobre inclusão escolar é preciso repensar o sentido que se está atribuindo à educação, além de atualizar nossas concepções e resignificar o processo de construção de todo o indivíduo, compreendendo a complexidade e amplitude que envolve essa temática.
Também se faz necessário, uma mudança de paradigma dos sistemas educacionais onde se centra mais no aprendiz, levando em conta suas potencialidades e não apenas as disciplinas e resultados quantitativos, favorecendo uma pequena parcela dos alunos.
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse principio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada individuo.
Contudo a inclusão coloca inúmeros questionamentos aos professores e técnicos que atuam nessa área. Por isso é necessário avaliar a realidade e as controvertidas posições e opiniões sobre o termo.
Outro aspecto a ser considerado é o papel do professor, pois é difícil repensar sobre o que estamos habituados a fazer, além do mais a escola está estruturada para trabalhar com a homogeneidade e nunca com a diversidade.
A prática do professor na sala de aula não é a única responsável pelo fenômeno educativo, tampouco pela segregação dos alunos com deficiência. Contudo, não há dúvida de que a vivência de sala de aula contribui para o processo de formaçãohumana. Os professores, mediante sua prática em sala de aula formam pessoas. Assim poderão provocar transformações significativas, desde que suas ações sejam definidas por uma ética que priorize "educação para a cidadania global, livre de preconceitos, a qual se dispõe a reconhecer e a valorizar diferenças, a incompletude, a singularidade dos seres humanos, idéias essenciais para se entender a inclusão" (MANTOAN, 2003 p.46). 
A tendência é focar as deficiências dos nossos sistemas educacionais no desenvolvimento pleno da pessoa, onde se fala em fracasso escolar, no déficit de atenção na hiperatividade e nas deficiências onde o problema fica centrado na incompetência do aluno. Isso é cultura na escola, onde não se pensa como está se dando esse processo ensino-aprendizagem e qual o papel do professor no referido processo. Temos que refletir sobre a educação em geral para pensarmos em inclusão da pessoa com deficiência.
Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de barreiras, além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. É necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino aprendizagem, levando em conta como se dá este processo para cada aluno. Devemos utilizar novas tecnologias e Investir em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar. Focar na formação profissional do professor, que é relevante para aprofundar as discussões teóricas práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo ensino aprendizagem.
3 . Deficiência auditiva 
3.1 – O que é?
Capovilla e Walkiria (2001, p.18)citado por Sim-Sim et al (2005 p.23), afirma que o termo portador de deficiência auditiva é normalmente usadoparadescrever as pessoas, mesmo fazendo uso do aparelho auditivo, são incapazes de compreender a fala que ocorre no nível usual de conversação. 
De acordo com Regis (2003 p.14),a deficiência auditiva é um impedimento sensorial que causa no indivíduo danos lingüísticos, cognitivos, emocionais, sociais e escolares, o que pode produzir graves limitações na vida do surdo, visto que a linguagem é a principal função mental do ser humano, sendo a capacidade de utilizá-la o factor que o difere de outros animais. Ela pode gerar no indivíduo um sério bloqueio comunicativo levando-o a não compartilhar e participar da sociedade do ouvinte, o que leva a criança surda a sofrer sérias dificuldades escolares e o adulto surdo à incapacidade de inserção no mercado de trabalho. 
A deficiência auditiva moderada é a incapacidade de ouvir sons com intensidade menor que 50 decibéis e costuma ser compensada com a ajuda de aparelhos e acompanhamento terapêutico. Em graus mais avançados, como na perda auditiva severa (quando a pessoa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibéis, em média) e profunda (quando não escuta sons emitidos com intensidade menor que 91 decibéis), aparelhos e órteses ajudam parcialmente, mas o aprendizado de Libras e da leitura orofacial, sempre que possível, é recomendado.
Perdas auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total. Quanto mais agudo o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral. É importante lembrar que a perda da audição deve ser diagnosticada por um médico especialista ou por um fonoaudiólogo.
Deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição.
São inúmeras as formas de identificação de uma criança com deficiência auditiva, cada uma delas de acordo com a idade de cada indivíduo.
Para que aconteça uma boa inclusão escolar do educando é necessário que haja uma cumplicidade entre professor e aluno. É também preciso que o professor esteja em constante atualização, reconhecendo as necessidades de desenvolver métodos de conversação com o aluno, de acordo com seu grau de entendimento, seja ele visual ou auditivo.
Porém, apesar das muitas tentativas do professor, na maioria das vezes o aluno com deficiência auditiva necessita de atendimento em salas de recursos em turno inverso ao da aula. Nessas salas o educando irá desenvolver suas habilidades com auxílio de profissionais da saúde e professores especializados, pois em alguns casos um só professor pode "não dar conta" das necessidades do seu aluno.
Ao receber um aluno com necessidades especiais, o professor provavelmente se sentirá inseguro e com muitas dúvidas. O recomendável para que essas interrogações desapareçam, que se procure informações sobre a criança em seu ambiente familiar, com outros setores da escola e até mesmo com a simples observação de comportamentos do aluno.
Os colegas de turma também sentirão diferença ao conviver com essa criança, por isso é muito importante que haja uma prévia preparação desses alunos. Fazer brincadeiras em que toda a turma fique sem ouvir é interessante, pois assim perceberão quão delicada é a situação do novo colega.
3.2 Como lidar com a deficiência auditiva na escola?
Toda escola regular com alunos com deficiência auditiva tem o direito de receber um intérprete de Libras e material de apoio para as salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Para isso, recomenda-se que a direção da escola entre em contato com a Secretaria de Educação responsável.
No dia a dia, posturas simples do professor em sala facilitam o aprendizado do aluno surdo. Traga- o para as primeiras carteiras e fale com clareza, evitando cobrir a boca ou virar de costas para a turma, para permitir a leitura orofacial no caso dos alunos que sabem fazê-lo. Dê preferência ao uso de recursos visuais nas aulas, como projeções e registros no quadro negro.
Para os alunos com perda auditiva severa ou surdez, a aquisição da Língua Brasileira de Sinais é fundamental para a comunicação com os demais e para o processo de alfabetização inicial. O aprendizado de libras ocorre no contra turno, nas salas de AEE.É importante que professores da escola solicitem treinamento para aprender libras ou peçam o acompanhamento de um intérprete em sala. Isso garante a inclusão mais efetiva dos alunos.
A primeira coisa que o leigo deve saber em relação à educação de crianças com perda auditiva é que existem orientações diferentes para professores de alunos surdos, que se utilizam da Libras (Língua Brasileira de Sinais) como meio de comunicação, e para professores de crianças com deficiência auditiva, que se comunicam pela linguagem oral graças ao suporte de dispositivos eletrônicos como os aparelhos de amplificação sonora individual e o implante coclear (o chamado ouvido biônico, ler boxe ao lado).
No caso das crianças com surdez que se comunicam apenas pela Libras é indispensável a presença do intérprete em sala de aula. Há ainda casos em que a criança com deficiência auditiva não conhece nem a Libras nem foi beneficiada por um programa de reabilitação.
Nesses casos, a criança é encaminhada para algum recurso na comunidade que possa ajudá-la a se comunicar, paralelamente ao trabalho desenvolvido no ensino regular. E o professor terá de lançar mão de todos os recursos visuais, dando maior atenção a este aluno e tentando se comunicar com ele por meio de gestos convencionais ou mímicas para garantir a compreensão do conteúdo escolar.
Deve se ressaltar que é fundamental a presença de um interprete de libras para o aluno com deficiência auditiva, para se possa mediar a comunicação em sala de aula. Mas,nãoépossívelincluir oalunosurdoemumasaladeaularegularapenascomapresençadointérprete. 
A afeição, a emoção, o carinho e a amizade entre o professor e a criança com surdez são componentes essenciais e fundamentais nas atividades de conversação e diálogo, isto é, na interação.
Paraqueoprocessodeinclusãosejaconsolidado,deve-secriarum ambiente favorável,noqual,oalunosurdopossadesenvolver suaspotencialidades. Neste sentido, épreciso queosistema de educação disponibilize para asescolas, os recursos necessários aeste processo.Noentanto, muitasescolas querecebem estes alunos não disponibilizam destes recursos. Sendo assim, oaluno surdo é integradonestaescola,porém,nãoéincluído.
3.3 - Deficiência auditiva e a importância da família
De acordo com Giddens (2000), a família é o grupo de indivíduos ligados por laços de sangue de casamento ou adoções que formam uma unidade econômica, em que os membros são 
responsáveis pela educação das crianças. Para ele, todas as sociedades conhecidas tem de alguma forma um sistema familiar, embora a natureza das relações familiares seja muito razoável. O autor reforça que a família, é o primeiro e talvez o principal grupo social em que vivemos. É nela que aprendemos a construir a nossa individualidade e independência. A família é definida como unidade básica de desenvolvimento e experiência, realização e fracasso, saúde e enfermidade. É na família que o indivíduo constrói seus primeiros laços afetivos, suas primeiras relações sociais, sendo de grande importância para o desenvolvimento de sua personalidade.
Na empreitada da educação inclusiva, a participação da família também é fundamental. Aos pais cabe o papel de acompanhar o desenvolvimento da criança e dar constantes respostas aos professores no sentido de esclarecer as necessidades do filho e apresentar caminhos ao educador, afinal para ele esta também pode ser uma situação nova e desafiadora. Nesta jornada, pais e professores passam a ser parceiros na meta de educar aquela criança que apresenta diferenças lingüísticas em virtude do distúrbio auditivo. É claro que isso dificulta o acesso aos conteúdos escolares de forma igualitária em relação aos demais alunos que desenvolveram a linguagem oral de forma natural, na convivência com outras crianças ou com adultos.
A deficiência auditiva, exceto emalguns casos, afeta a comunicação, que representa a base para a interação social. 
A família é a principal responsável pelas ações do seu filho com necessidades especiais. É ela que lhe oferece a primeira formação. Aparticipação da família é de suma importância no movimento da inclusão, seja de forma individualizada ou por meio de suas organizações, é fundamental a sua participação, para que a continuidade histórica da luta por sociedades mais justas para seus filhos seja garantida. É imprescindíveis que, busquem conhecer para participar, dando o exemplo de cidadania, e servir, como um veículo por meio do qual seus filhos possam aprender para a ser.
O papel da família tem sido cada vez mais ressaltado, no sentido de ser parceira vital no processo de integração (social, escolar) do portador de deficiência. Os pais são os principais associados no tocante às necessidades educativas especiais de seus filhos, e a eles deveria competir, na medida do possível, a escolha do tipo de educação que desejam seja dada a seus filhos (Declaração de Salamanca 1994). E deve haver uma relação de cooperação e apoio entre administradores das escolas, professores e pais, fazendo com que estes últimos participem na tomada de decisões, em atividades educativas do seu filho. 
Para Correia (2008, p.31), a família constitui o alicerce da sociedade, ela é um dos principais agentes no desenvolvimento da criança e, apesar da existência de debate em torno do papel atual da família e da sua composição, ela permanece como o elemento-chave na vida e desenvolvimento da criança. Neste sentido, a escola deverá sempre considerar a família nas decisões mais importantes respeitantes á criança, seja crianças normais, seja crianças com NEE. 
Ao nascer uma criança deficiente, a família poderá sofrer alteração no desempenho de papéis, aprender a conviver com uma criança que muitas vezes não foi desejada, estabelecendo uma relação por vezes muito difícil. O papel da família tem sido cada vez mais ressaltado, no sentido de ser parceira vital no processo de integração (social, escolar) do portador de deficiência. 
Neste sentido colaboramos com Sassaki (1998, p.27) ao afirmar que envolvimento da família nas práticas inclusivas da escola ocorre quando existe entre a escola e a família, um sistema de comunicação; os pais participam nas reuniões da equipe escolar para planejar, adaptar o currículo e compartilhar sucessos; as famílias são reconhecidas pela escola como parceiros plenos junto à equipe escolar. 
Observa-se que quando os pais participam e envolvem nas atividades nas escolas muda completamente a imagem da escola, pois a escola é aberta a comunidade educativa, e quando é assim, as duas acabam por ganhar com essa colaboração, e contribui ambos para a qualidade educativa. 
4. Considerações finais
A deficiência auditiva é, portanto, um assunto sério e de interesse de toda a sociedade, seja em ambiente escolar ou não. As pessoas com deficiência auditiva têm o direito e devem ser inseridas normalmente na sociedade.
Para que isso ocorra efetivamente é preciso que os alunos com necessidades especiais sejam colocados dentro do contexto escolar regular, fazendo com que toda a comunidade escolar participe das inovações a caminho de uma educação com qualidade para todos.
É extremamente necessário que todos os setores da sociedade se empenhem em busca da qualidade e da igualdade na educação brasileira. Essa busca precisa ser iniciada dentro da escola, na mais tenra idade, para que a criança consiga exercer um bom papel na sociedade quando adulta.
É dever de todos proporcionar o bem-estar das pessoas com necessidades especiais, seja ela auditiva ou não.
No ambiente escolar cabe aos professores fazer com que os futuros cidadãos brasileiros aceitem as diferenças e convivam com elas com extrema naturalidade. Também é um dever do professor sua constante atualização e capacitação para suprir as necessidades de comunicação e formação pessoal dos alunos com deficiências.
Vamos relembrar que a forma usual de comunicação é a língua oral. Justamente a forma que se apresenta como maior desafio para essa parcela de alunos. Ao ingressar na escola, as crianças com  deficiência auditiva  podem trazer consigo a formação de conceitos espontâneos, fragmentados, ligados à sua convivência na vida diária. Sob a mediação do professor, esses conceitos poderão ser ampliados com a introdução dos conhecimentos formais. E, em casa, os pais poderão contribuir para que esses conhecimentos sejam apreendidos e exercitados.
Neste contexto, fica para o professor a responsabilidade de fazer flexibilizações curriculares, sem diferenciar os alunos com deficiência auditiva dos demais alunos, e mudar as estratégias em sala de aula para que o aluno possa se desenvolver apesar das limitações impostas pela deficiência.
Enfim, a inclusão social e escolar está cada vez mais presente na sociedade atual, mas, infelizmente aparece muito ainda na teoria. Cabe a cada um de nós fazer com que essa teoria se torne uma prática constante para o bem estar de todos.
5. Referências Bibliográficas
ARROYO, Miguel G. "Pedagogia da Inclusão: uma escola mais humanizada".Cadernos da AEC do Brasil. Brasília: 2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. "Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares / Secretaria de Educação Fundamental. Secretaria de Educação Especial". - Brasília: MEC / SEF / SEESP, 1998.
Brasil (1994). "Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais". Brasília: CORDE. Brasil (1996). Ministério da Educação e do Desporto Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF.
CAPOVILLA, Fernando C. & RAPHAEL, Walkiria. Dicionário"Enciclopédico 
Ilustrado Trilíngüe de Língua de Sinais". São Paulo, Edusp, 2001
Correia, L.M. (2000). "Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas classes regulares", Porto, Porto Editora .
FREIRE, Paulo. "Pedagogia do Oprimido". 35 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003. 
MANTOAN, Maria Teresa, "Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?" São Paulo(2003). 
MAZZOTA, Marcos José Silveira. "Educação especial no Brasil: História e políticas públicas". São Paulo: Cortez, 1996.
MELLI, Rosana. Educação Inclusiva. In: MANTOAN, M. T. E. "CaminhosPedagógicos da Inclusão". São Paulo: Memnon, 2001
SASSAKI, Romeu Kazumi, (1998), "Inclusão: Construindo uma Sociedade para Todos", São Paulo. 
SCHWARTZAN, J. S. "Síndrome de Down". São Paulo: Mackenzie, 2000
SILVA, Angélica."O aluno surdo na escola regular: imagem e ação do professor".Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000276979>.Acessado em: 20 de outubro de 2014

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