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DIREITO AMBIENTAL 
Áreas de preservação permanente e Reserva 
Legal 
 
Estudaremos neste breve curso à exploração, sistematização de informações e análise de como 
o Código Florestal define e limitação tanto das Áreas de Preservação Permanente quanto a 
Reserva Legal, como nos casos de utilidade pública para fins de utilização. 
1 
 
 
 
Olá queridos Alunos! 
É como grande prazer que lhes apresento o curso de Direito Ambiental com ênfase 
na inovação nas áreas de preservação de permanente, e reserva legal inserida ao novo Código 
Florestal (LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.) 
No decurso da evolução histórica e legislativa, é notável observar na Constituição de 
1988 a incumbência do Poder Público e a coletividade o dever de defender e preservar o meio 
ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes gerações, as Áreas ambientalmente 
protegidas são caracterizadas, pela intocabilidade e vedação de uso econômico direto, como 
bem informa o grande professor Romeu Thomé: 
 
A referida inovação do Novo Código Florestal é, do ponto de vista da proteção do 
meio ambiente, no mínimo questionável. A intervenção em Áreas de Preservação 
Permanente é situação excepcional que, como tal, submete-se ao preenchimento de 
requisitos impostos pelo legislador. (THOMÉ, 2012, p. 318). 
 
 
Assim, estudaremos neste breve curso à exploração, sistematização de informações e 
análise de como o Código Florestal define e limitação tanto das Áreas de Preservação 
Permanente quanto a Reserva Legal, como nos casos de utilidade pública para fins de 
utilização, Neste curso você irá aprender: 
 
 Conceito de propriedade, e sua relação com o interesse público 
 Princípios básicos do direito ambiental 
 Conceito e modalidades das áreas de preservação permanente, medidas de 
prevenção e recuperação. 
 Conceito e modalidades de reserva legal 
 Sistema Nacional do meio ambiente 
 Pagamento dos serviços ambientais 
 Responsabilidade Civil e Ambiental. 
 Questões de concurso referente ao tema 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 CONCEITO DE PROPRIEDADE E A SUA RELAÇÃO COM INTERESSE 
PÚBLICO.............................................................................................................. .......... 
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITO AMBIENTAL..................................................... 
 
2.1 Introdução........................................................................................................................... 
 
2.2 Princípios básicos do direito ambiental............................................................................ 
 
 
3 CONCEITO E MODALIDADES DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
E RESERVA LEGAL............................................................................................................. 
3.1Áreas de Preservação Permanente..................................................................................... 
 
3.2 Reserva Legal..................................................................................................................... 
 
4 SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE.............................................................. 
 
4.1 Origem............................................................................................................................. .... 
 
4.2 Estrutura............................................................................................................................. 
 
4.2.1Órgão Superior................................................................................................................... 
 
4.2.2Órgão Consultivo e Deliberativo........................................................................................ 
 
4.2.3Órgão Central.................................................................................................................... 
 
4.2.4Órgãos Setoriais................................................................................................................. 
 
4.2.5Órgãos Seccionais.............................................................................................................. 
 
4.2.6Órgãos locais...................................................................................................................... 
 
 
5 PAGAMENTO PELOS SERVIÇOS AMBIENTAIS....................................................... 
 
7.1 Introdução .......................................................................................................................... 
 
7.2 Modalidades......................................................................................................................... 
3 
 
6 RESPONSABILIDADE EM CASO DE DANO AMBIENTAL .................................. 
 
6.1 - CONCEITO DE RESPONSABILIDADE.................................... 
 
6.2 - PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL.................. 
 
7 QUESTÕES .................................................................................................................. 
 
8 CÓDIGO FLORESTAL.............................................................................................. 
4 
 
 
 
1 CONCEITO DE PROPRIEDADE E A SUA RELAÇÃO COM INTERESSE 
PÚBLICO. 
 
A propriedade constitui umas das categorias mais complexas do pensamento jurídico, 
pois sua compreensão pode ocorrer por diversas perspectivas, permeadas por aspectos 
históricos, filosóficos, econômicos e normativos. A preocupação com a função social da 
propriedade foi introduzida na ordem jurídica brasileira pela constituição de 1946, que, 
embora, sem menção expressa ao principio, condicionava o uso da propriedade ao bem estar 
social. A emenda constitucional nº 69 tratou da matéria econômica e social tem por fim 
realizar o desenvolvimento nacional e a justiça social, baseada na função social da 
propriedade, além, é claro de outros princípios. 
A partir da Constituição de 1988, a função social modificou a natureza da 
propriedade, que não pôde mais ser concebida como um direito meramente individual. Assim, 
é o maior grau de proteção oferecido á propriedade que cumpre a sua função social. 
O conjunto de normas constitucionais sobre a propriedade mostra que não se pode 
mais considerá-la um direito meramente individual. Assim, é o maior grau de proteção 
oferecido á propriedade que cumpre a sua função social. A constituição vigente trouxe 
relevantes modificações na velha concepção de propriedade, na forma de um direito absoluto, 
natural, privatista e imprescritível. O direito de propriedade, de uma relação 
O direito de propriedade assegurado pela Constituição Federal em seu artigo 5º 
XXII, considerado princípio da ordem econômica e tratado no artigo 1225 cc como um direito 
real, aquele que recai inteiramente sobre a coisa, sujeitando-a ao poder do seu titular, que a 
pode usar, gozar e dispor. 
A função social da propriedade é um poder dever, ou seja, configura uma obrigação 
imposta ao proprietário, que deve exercer o seu direito em harmonia com os fins da sociedade. 
Por isso, a propriedade como direito fundamental não poderia deixar de se compatibilizar com 
a sua destinação social; por conseguinte, tem necessidade de harmonizar-se com os fins 
legítimos da sociedade 
É de grande valia observar que o interesse público requisito para que ocorra a 
desapropriação não pode ser confundido com o interesse do Estado, 
O ordenamento jurídico reconhece ao proprietário do direito de usar, gozar de sua 
propriedade, mas não confere o direito de beneficiar-se totalmente dos usos inimagináveis e 
5 
 
possíveis, existe então uma limitação de algumas propriedades como ocorre por exemplo em 
Áreas de preservação permanente e Reserva Legal. 
Outrossim, a função social não se configura como simples limitação ao exercício do 
direito de propriedade, e sim apresenta-se como quinto atributo ao do lado do uso, gozo 
disposição e reivindicação. 
6 
 
 
 
 
 
2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO DIREITOAMBIENTAL 
 
 
2.1 Introdução 
 
 
A palavra princípio significa alicerce, base ou fundamento de alguma coisa, 
abarcando de início ou de ponto de partida. Trata-se de um vocábulo de origem latina que 
possui o sentido de “aquilo que ser torna primeiro.” 
 
Os princípios exercem uma função especialmente importante frente ás outras fontes 
do Direito, porque, além de incidir como regra de aplicação no caso prático, eles também 
influenciam na produção das demais fontes do direito. É com base nos princípios jurídicos 
que são feitas as leis, a jurisprudência, a doutrina e os tratados, já que eles traduzem os 
valores essenciais da Ciência Jurídica. 
 
De acordo com Talden Farias citado por Noberto Bobbio, os princípios constituem o 
mandamento nuclear do sistema normativo, já que, além de servirem de critério para 
interpretação de toas as normas jurídicas, eles têm a função de integrar e harmonizar todo o 
ordenamento jurídico, transformando-o efetivamente em um sistema, sendo assim o autor faz 
uma clara análise dos princípios gerais do direito, inserindo-os na amplo conceito de normas: 
 
Os princípios gerais são apenas, a meu ver, normas fundamentais ou generalíssimas 
dos sistemas as normas mais gerais. A palavra princípios leva ao engano, tanto que é 
velha questão entre jurista se os princípios gerais são normas. Para mim não há 
dúvidas: os princípios gerais são normas, os argumentos são dois; e ambos válidos; 
antes de mais nada, se são normas aquelas das quais os princípios gerais são 
extraídos, através de um procedimento de generalização sucessiva, não se vê por que 
não devam ser normas também eles; se abstraio da espécie animal obtenho sempre 
animais, e não flores ou estrelas. Em segundo lugar, a função para qual são extraídos 
e empregados é a mesma cumprida por todas as normas, isto é, a função de regular 
um caso. E com que finalidade são extraídos em caso de lacuna? Para regular um 
comportamento não regulamentado: mas então servem ao mesmo tempo escopo que 
servem as normas. E por que não deveriam ser normas? (BOBBIO, 1995, p. 159) 
 
 
 
2.2 Princípios básicos do direito ambiental 
 
 
No âmbito do direito ambiental, os princípios também desempenham essas mesmas 
funções de interpretação das normas legais, de integração e harmonização do sistema jurídico 
7 
 
e de aplicação ao caso concreto, além de não existir um consenso sobre os princípios do 
direito ambiental, são enormes as divergências doutrinárias sobre o conteúdo e a terminologia 
de cada um deles. Assim passarão a ser analisados os princípios mais importantes do Direito 
Ambiental, segundo a maior parte da doutrina. 
 
2.1 Princípio da Prevenção. 
 
 
Este princípio é implicitamente consagrado na Constituição Federal, e presente em 
resoluções do CONAMA1, já se tem base cientifica para prever os danos ambientais 
decorrentes de determinada atividade lesiva ao meio ambiente. 
A prevenção é o principio que fundamenta e que mais está presente em toda a 
legislação ambiental e em todas as políticas públicas de meio ambiente. A dificuldade, 
improbabilidade ou mesmo impossibilidade de recuperação é a regra em se tratando de um 
dano ao meio ambiente, muito onerosa e demorada, de tal forma que na maior parte das vezes 
somente a atuação preventiva pode ter efetividade. Tratando –se de direito ambiental, deve-se 
sempre que possível buscar a prevenção pois remediar normalmente não é possível. 
 
2.1.1 Princípio da Precaução 
 
 
Por conta do dano ambiental, a Constituição Federal reconheceu que deve ser dada 
prioridade áquelas medidas que impeçam o surgimento de lesões ao meio ambiente, o 
problema é que o principio da prevenção é aplicado em relação aos impactos ambientais 
conhecidos e dos quais se possa estabelecer as medidas necessárias para prever e evitar os 
danos ambientais, não levando em conta incerteza cientifica. 
Assim, a incerteza científica milita em favor do meio ambiente e da saúde. A 
precaução caracteriza-se pela ação antecipada diante do risco desconhecido. Enquanto a 
prevenção trabalha com o risco certo, a precaução vai além e se preocupa como o risco 
incerto. Prevenção se dá em relação ao perigo concreto, ao passo que a precaução envolve 
perigo abstrato ou potencial. Nesse sentido, Paulo Affonso Leme Machado afirma o seguinte: 
 
A precaução age no presente para não se ter que chorar e lastimar o futuro. A 
precaução não só deve estar presente para impedir o prejuízo ambiental, mesmo 
incerto que possa resultar das ações ou omissões humanas, como deve atuar para a 
 
1 O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio 
Ambiente-SISNAMA, que foi instituído pela Lei 6.938/81. 
http://www.mma.gov.br/port/conama/legipesq.cfm?tipo=1&numero=6938&ano=1981&texto
8 
 
prevenção oportuna desse prejuízo. Evita-se o dano ambiental através da prevenção 
no tempo certo. (MACHADO, 2006, p.57) 
 
Quanto a medida adotada com base na precaução, ela deverá ser proporcional, 
coerente (a medida deve ser de âmbito e natureza comparáveis ás medidas já tomadas em 
domínio equivalentes) e precária (as medidas precaucionais devem ser revistas 
periodicamente á luza do progresso cientifico e, sempre que necessário, alteradas). 
 
.2.1.2 Princípio do Poluidor- Pagador 
 
 
Por este princípio, deve o poluidor responder pelos custos sociais da degradação 
causada por sua atividade impactante, devendo-se agregar esse valor no custo produtivo da 
atividade, para evitar que se privatizem os lucros e se socializem os prejuízos. Ele se volta aos 
grandes poluidores. 
Como exemplo de aplicação deste Princípio, pode-se citar a reposição florestal que 
deve ser feita nos relevantes desmatamentos, bem como a indenização prevista no artigo 36,§ 
1º., da Lei 9.985/2005, que prevê que o empreendedor que causar significativo impacto 
ambiental licenciado em unidade de conservação deverá aplicar da unidade o equivalente a, 
pelo menos, 0,5 % dos custos totais do empreendimento. 
O princípio do poluidor pagador tem sido confundido por grande parte da doutrina 
como o princípio da responsabilidade. Contudo, o seu objetivo não é recuperar um bem 
lesado, nem criminalizar uma conduta lesiva ao meio ambiente, e sim afastar o ônus 
econômico da coletividade e voltá-lo para atividade econômica utilizadora de recursos 
ambientais. O princípio do poluidor- pagador leva em conta que os recursos ambientais são 
escassos, portanto sua produção e consumo geram reflexos, resultando assim sua degradação 
e suas escassez. Além do mais, ao utilizar gratuitamente um recurso ambiental, está se 
gerando um enriquecimento ilícito, pois, como o meio ambiente é um bem que pertence a 
todos, boa parte da comunidade nem utiliza um determinado recurso ou, se utiliza, o faz em 
menor escala. 
 
2.1.3 Princípio da Responsabilidade 
 
 
O princípio da responsabilidade faz com que os responsáveis pela degradação ao 
meio ambiente seja obrigados a arcar com a responsabilidade e com os custos da reparação ou 
da compensação pelo dano causado. Por este princípio o poluidor pessoa física ou jurídica, 
9 
 
responde pelas ações ou omissões de sua responsabilidade que resultarem em prejuízo ao 
meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas, já que a 
responsabilidade ambiental se dá de forma independente e simultânea nas esferas cível, 
criminal e administrativa. Além de ter previsão na Constituição Federal , é também previsto 
na primeira parte do inciso VII do art. 4º da Lei n. 6.938/91 ao determinar que a Política 
Nacional do Meio Ambiente visará á imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de 
recuperar e / ou indenizar os danos causados ao meio ambiente. 
 
2.1.4 Princípio da Função Socioambiental da Propriedade 
 
 
Já se fala atualmente em função socioambiental da propriedade, uma vez que um dos 
requisitos para que a propriedade rural alcancea sua função social é o respeito á legislação 
ambiental, bem como a propriedade urbana, pois o plano diretor deverá necessariamente 
considerar a preservação ambiental, a exemplo da instituição de áreas verdes. A função social 
se manifesta na própria configuração estrutural do direito de propriedade, o direito de 
propriedade deve ser exercitado em consonância com as suas finalidades econômicas e sócias 
e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a 
flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico. 
 
2.1.5 Princípio da Participação 
 
 
Este princípio assegura ao cidadão o direito a informação e á efetiva participação na 
elaboração das políticas ambientais, de modo que a ele deve ser assegurado os mecanismos 
judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o principio. Exemplo da aplicação desta 
norma é a necessidade de realização de audiências públicas em licenciamentos ambientais 
mais complexos. Essa participação popular no processo de formação da decisão política 
ambiental poderá também se dar por meio de associações ambientais pois vozes isoladas 
normalmente não têm o mesmo eco que um conjunto de pessoas que criam uma pessoa 
jurídica para realizar em conjunto o que seria mais árduo promover individualmente. 
Na verdade, a democracia participativa também é consagrada por diversos 
dispositivos da Constituição Federal, como o parágrafo único do art. 1º que dispõe que o 
poder é exercido por meio de representantes eleitos ou diretamente pelo povo. 
No que diz respeito ao Poder Legislativo, esse princípio se manifesta, por exemplo, 
por meio de iniciativas populares, plebiscitos e referendos de caráter ambiental e da realização 
10 
 
de audiências públicas que tenham o intuito de discutir projetos de lei relacionados ao meio 
ambiente. No que diz respeito ao Poder Judiciário, esse princípio se manifesta, por exemplo, 
por meio dos cidadãos individualmente, por meio de ação popular, do Ministério Público, das 
organizações não governamentais, de sindicatos e de movimentos sócias de forma geral, por 
meio de ação civil pública ou de mandado de segurança coletivo questionarem judicialmente 
as ações ou omissões do Poder Público ou de particulares que possam repercutir 
negativamente sobre o meio ambiente. 
 
2.1.6 Princípio de Limite 
 
 
De acordo com este princípio somente são permitidas as práticas e condutas cujos 
impactos ao meio ambiente estejam compreendidos dentro de padrões previamente fixados 
pela legislação ambiental e pela Administração Pública. Cuida-se do dever estatal de editar e 
efetivar normas jurídicas que instituam padrões máximos de poluição, a fim de mate-lo dentro 
de bons níveis para não afetar o equilíbrio ambiental e a saúde pública. 
Esse controle ambiental se dá pela averiguação e acompanhamento do potencial de 
geração de poluentes líquidos, de resíduos sólidos, de emissões atmosféricas, de ruídos e do 
potencial de riscos de explosões e incêndios. A Constituição de 1988 determina no artigo 225 
para assegurar o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, incumbe ao Poder 
Público controlar a produção e a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. 
11 
 
 
 
 
 
3 CONCEITO E MODALIDADES DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
Área de Preservação Permanente segundo o artigo 3º do novo Código Florestal é a 
“área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os 
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo 
genético de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem- estar das populações humana”, 
pela definição legal, percebe-se que a área de preservação permanente poderá ou não ser 
coberta por vegetação nativa, devendo esta ser mantida por questões ambientais e também 
para preservar a segurança das pessoas. Esse dispositivo é auto explicativo 
 
3.1 Características 
Exploração excepcional, apenas nas hipóteses de utilidade pública, interesse social ou 
intervenção eventual de baixo impacto ambiental sua incidência por meio do Chefe do Poder 
executivo, não há percentual de área da propriedade definido na lei, pois a delimitação 
ocorrerá em cada caso concreto segundo a metragem previstas no Código Florestal. 
 
 
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
 
Consideram-se Áreas de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas: 
I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e intermitente, excluídos 
os cursos d'água efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: 
Largura do curso d´água (m) Faixa da APP (m) Até 10 30 Entre 10 e 50 50 Entre 50 e 
200100Entre 200 e 600200Superior a 600 500 
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/glossario
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/glossario
12 
 
 
 
 
 
Foto: José Felipe Ribeiro 
 
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: 
 
Localização 
Área da superfície do espelho 
d´água (ha) 
Faixa marginal de APP 
(m) 
Zonas Rurais 
Até 20 50 
Acima de 20 100 
Zonas 
Urbanas 
Independente 30 
 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de barramento ou 
represamento de cursos d'água naturais, conforme abaixo: 
 
Para abastecimento público e 
geração de energia elétrica 
Não destinado a abastecimento público 
ou geração de energia elétrica 
Faixa marginal de APP 
Definido pelo licenciamento: 
- Área rural: mínimo 30 e máximo 
de 100 metros; 
- Área urbana: mínimo15 e máximo 
de 30 metros. 
 
 
 
Definido pelo licenciamento 
13 
 
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua 
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; 
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% na linha 
de maior declive; 
 
Foto: Felipe Ribeiro 
 
 
 
 
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
Foz do rio Itaguaré, Bertioga (SP). Jornal Costa Norte. 
14 
 
 
 
 
 
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; 
Foto: Itamar Soares de Melo 
15 
 
 
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa 
nunca inferior a 100 metros em projeções horizontais; 
Foto: Thiago Medonça 
 
 
 
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 metros e 
inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível 
correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta 
definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d'água adjacente ou, nos 
relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; 
X - as áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação; 
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 metros, 
a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. 
16 
 
 
 
 
Foto Elizabeth Arnnadt 
17 
 
 
 
 
Fonte https://www.embrapa.br/
18 
 
 
 
 
 
 
Fonte https://www.embrapa.br/
19 
 
 
 
 
 
 
3.2 Reserva legal 
 
 
O conceito legal da reserva legal vem estampado no artigo 3º. Inciso III, do novo 
CFlo (Lei 12.651/2012), que o define como a “área localizada no interior de uma propriedade 
ou posse rural, auxiliar a conservação e reabilitação dos processos ecológicos e promover a 
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora 
nativa. Por ser genérica e decorrer diretamente de lei, entende-se que a reserva legal tem a 
natureza jurídica de limitação ao uso da propriedade, conforme já reconhecido pelo STJ, não 
sendo, portanto, indenizável devendo ser suportadapor todos os proprietários rurais para a 
manutenção de parte das florestas e da biodiversidade nacional regime jurídico mantido com o 
novo Código Florestal. 
 
Áreas Rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente 
 
A Lei 12.651/2012 (Art. 61-A) estabelece que nas Áreas de Preservação Permanente 
é autorizado a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo 
rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. 
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/glossario
20 
 
Contudo, a continuidade das atividades acima em uma Área de Preservação 
Permanente, como de uso consolidado, é dependente da adoção de boas práticas de 
conservação de solo e água, uma vez que se trata de áreas com diversas fragilidades 
ambientais, demandando manejos diferenciados aos reservados às áreas produtivas fora das 
APPs. 
Para efeito de recomposição de algumas categorias de APP em áreas consideradas 
consolidadas, a Lei 12.651/2012 estabelece regras transitórias, indicando as dimensões 
mínimas a serem recompostas com vistas a garantir a oferta de serviços ecossistêmicos a elas 
associados. A aplicação de tais regras leva em consideração o tamanho da propriedade em 
módulos fiscais e às características associadas às APPs (ex: largura do curso d'água; área da 
superfície do espelho d'água). 
(Fonte Embrapa.br) 
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/glossario
21 
 
 
 
 
 
Fonte https://www.embrapa.br/
22 
 
23 
 
4 SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE- SISNAMA 
 
 
4.1 A origem 
 
 
Costuma-se apontar como antecedente imediato do sistema Nacional do Meio 
Ambiente a criação, em 1973, da Secretaria Especial do Meio Ambiente- Sema, logo após a 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, Estocolmo, 1972. Sabe-se 
que, naquele evento, os países do Terceiro Mundo, liderados pelo Brasil, passaram a 
questionar a postura dos países ricos, eles queriam encarecer a industrialização dos países 
subdesenvolvidos, impondo-lhes complexas exigências de controle ambiental. 
Ante as críticas da comunidade internacional, a instituição da SEMA2, como o 
declarado objetivo de orientar uma política de conservação do meio ambiente e o uso racional 
dos recursos naturais, foi a resposta brasileira neutralizadora das pressões do momento. Outro 
acontecimento importante foi a aprovação, em 1974, do II Plano Nacional de 
Desenvolvimento – PND, para ser executado no período de 1975 a 1979, o qual, incorporando 
em seu contexto a o estabelecimento de uma política a ambiental a ser seguida. 
A Política Nacional se deu apenas no III Plano Nacional de Desenvolvimento, em 
1979. Para vigora no período de 1980 a 1985. Instituída pela Lei 6.929, de 31.08.1981, a 
Política Nacional do Meio Ambiente trouxe, no seu bojo, a arquitetura do SISNAMA tal qual 
o temos hoje. 
 
4.2 Estrutura 
 
 
O SISNAMA3 é, de direito e de fato, uma estrutura político- administrativa oficial, 
governamental, ainda que aberta á participação de instituições não governamentais e da 
sociedade, através dos canais competentes. 
Constituído pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público responsáveis pela proteção e 
melhoria da qualidade ambiental, tem a seguinte estrutura: 
 
 
 
 
 
 
2 SEMA- Secretária Especial do Meio Ambiente 
3 SISNAMA- Sistema Nacional do Meio Ambiente 
24 
 
4.2.1 Órgão Superior: Conselho de Governo 
 
 
Embora previsto como órgão de assessoramento imediato ao Presidente da República não teve 
até o momento qualquer atuação concreta na formulação das diretrizes de ação governamental 
com relação ao meio ambiente. O lugar tem sido ocupado pelo Conselho Nacional do Meio 
Ambiente- CONAMA4. 
 
4.2.2 Órgão Consultivo e Deliberativo 
 
 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, com funções consultivas e 
deliberativas. 
Órgão é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente, sua composição obedece critérios 
representação dos Estados da Federação, do Distrito Federal e de Municípios e critérios 
institucionais com representação de Ministérios e outros, também tem representação da 
sociedade civil organizada, integram também um representante do Ministério Público Federal, 
um representante dos Ministérios Públicos estaduais e um representante da Comissão de 
Defesa do Consumidor, Meio ambiente e Minorias das Câmara dos deputados todos esses sem 
direito a voto. 
 
4.2.3 Órgão Central : o Ministério do Meio Ambiente. 
 
 
Ao Ministério do Meio Ambiente, como órgão central do Sistema, incumbe planejar, 
coordenar, supervisionar e controlar a Política Nacional e as diretrizes governamentais fixadas 
para o meio ambiente. 
IV Órgãos Executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
renováveis - IBAMA5 e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – 
Instituto Chico Mendes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente 
5 IBAMA-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente 
25 
 
4.2.4 Órgãos Setoriais 
 
 
Esta denominação compreende os entes integrantes da Administração Federal direta e 
indireta, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público cujas atividades estão 
associados á proteção da qualidade ambiental. 
 
4.2.5 Órgãos Seccionais 
 
 
São órgãos ou entidade estaduais, constituídos por lei e incumbidos de preservar o meio 
ambiente, melhorar a qualidade ambiental, os órgãos seccionais passam a constituir o 
verdadeiro esteio do SISNAMA. 
 
4.2.6 Órgãos locais 
 
 
São os órgãos ou entidades municipais incumbidos de exercer a gestão ambiental no 
respectivo território e no âmbito de sua competência, na forma da lei. 
Diante da exposição da estrutura institucional do SISNAMA, é importante pontuar 
algumas considerações acerca da gestão do meio ambiente.O SISNAMA representa a 
articulação da rede de órgãos ambientais existentes e atuantes em todas as esferas da 
Administração Pública. 
 
O SISNAMA não funciona como uma entidade situada no tempo e no espaço. Mais 
do que uma instituição, ele é um instituto jurídico ou legal. Não tem personalidade 
jurídica nem qualquer outra identificação. Ele não existe em si, sua existência 
efetiva reside nos órgãos que, em rede nacional, o compõem. Todavia, 
implicitamente tem atribuições, não próprias, porém conferidas aos órgãos, 
entidades e instituições que o integram. (MILARÉ ,2011 p. 371). 
26 
 
5 O PAGAMENTO PELOS SERVIÇOS AMBIENTAIS – PSA COMO 
INSTRUMENTO DE GESTÃO 
 
5.1 Introdução 
 
 
O homem como um todo e qualquer ser vivo, enquanto agente ecológico, apropria- 
se dos recursos necessários á manutenção da própria vida. Este comportamento é puramente 
biológico independe da cultura, sendo a apropriação dos bens naturais limitada a apenas pela 
sua disponibilidade, pela capacidade de consumo do grupamento social. 
Á medida, porém, que tais bens se vão quando escassos, quer pelo aumetno da 
procura, quer pelo maior demanda de trabalho para obtê-los, passam a ser encarados como 
integrantes de um patrimônio, como propriedade de alguém: a tribo, a nação, o rei, um 
particular qualquer. 
A concepção romano primitiva dizia que o proprietário é senhor absoluto da coisa, 
podendo dela usar, gozar e livremente dispor, ou até mesmo dela abusar e destruí-la, claro que 
essa é uma antiga concepção. Na Revolução Industrial o empreendedor munido de uma 
permissão do estado apropriava-se de um recurso natural qualquer- minério, água, madeira, ou 
o que fosse. 
Todo esse processo gerou grandes riquezas, tanto públicas quanto privadas, e 
propiciou um surto de progresso material nunca visto, tirando milhões de pessoas da miséria e 
favorecendo a explosão planetária da população humana. A natureza então continuava a ser 
percebida como uma mera fornecedora de produtos, de objetos concretos, com valor de uso 
mais ou menosimediato. 
 
A princípio, mesmo o mais primitivo predador poderia dar-se conta de que, 
saqueado, até a exaustão, um determinado recurso natural- espécie cinegética, 
estoque pesqueiro ou reserva madeireira- cessaria de dar seus frutos periódicos: é 
bem antiga a lenda da “ Gansa dos Ovos de Ouro”. Mas persistia a ilusão de que a 
terra era infinita, e bastaria mover a exploração para uma nova fronteira ainda 
intacta.(MILARÉ, 2011- p. 380). 
 
 
As conseqüências socio ambientais são conhecidas em áreas tropicais e familiares 
aos brasileiros: erosão do solo, desertificação, perda de biodiversidade e produtividade 
agrícola, redução da disponibilidade hídrica, pobreza e êxodo rural. Foi então que o governo 
criou uma taxa incidente sobre o consumo de água e gasolina, destinando o produto da 
27 
 
arrecadação a compensar aqueles que, na condição de prestadores de serviços ambientais, 
restaurassem ou preservassem as florestas de suas propriedades. 
A remuneração, embora relativamente baixa, foi suficiente para reverter a situação 
voltando ao país, atualmente, a contar com mais de 50% de seu território novamente 
recoberto de florestas. 
 
 
 
 
5.2 Modalidades 
 
 
Os pagamentos por serviços ambientais vêm ser firmando no Brasil, ademais, em 
quatro vertentes, água, carbono, biodiversidade e beleza cênica, tendo como pressuposto o 
reconhecimento de que ser trata de aspectos do meio ambiente fundamentais para o bem estar 
da sociedade atual e futura. 
Para sua efetividade é imprescindível a adoção de políticas públicas de vasto 
descortino político e teórico, mas que deixem ampla margem de ação para criativade e a 
iniciativa individuais. 
Não basta apenas modelos fechados de simples adesão. Para uma proteção ambiental 
eficaz, a legislação deverá impor a obrigatoriedade da remuneração dos serviços ecológicos 
em certos casos; mas noutros permitir e incentivar um plasticidade de negociação e 
entendimento, que entre agentes privados, quer entre este e os órgãos públicos, facultando 
inclusive contrapartidas substitutivas, para que as melhores soluções sejam encontradas e 
implementadas. 
28 
 
6 RESPONSABILIDADE EM CASO DE DANO AMBIENTAL 
 
6.1 - CONCEITO DE RESPONSABILIDADE 
 
Segundo Pontes de MIRANDA apud DIAS (1997, p. 7-10) os julgamentos de 
responsabilidade são reflexos individuais, psicológicos, do fato exterior social, objetivo, que é 
a relação de responsabilidade. Já sob o ponto de vista jurídico, a idéia de responsabilidade 
adota um sentido obrigacional: é a obrigação que tem o autor de um ato ilícito de indenizar a 
vítima pelos prejuízos a ela causados. 
Segundo Álvaro Villaça Azevedo, responsabilidade civil: 
 
É a situação de indenizar o dano moral ou patrimonial, decorrente de 
inadimplemento culposo, de obrigação legal ou contratual, ou imposta por 
lei. 
 
 
6.2 - PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL 
 
O legislador pátrio, com a edição da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente - 
Lei n. 6.938/81 – criou, em seu artigo 14, § 1o, o regime da responsabilidade civil objetiva 
pelos danos causados ao meio ambiente. Dessa forma, é suficiente a existência da ação lesiva, 
do dano e do nexo com a fonte poluidora ou degradadora para atribuição do dever de 
reparação. 
 
Comprovada a lesão ambiental, torna-se indispensável que se estabeleça uma relação 
de causa e efeito entre o comportamento do agente e o dano dele advindo. Para tanto, não é 
imprescindível que seja evidenciada a prática de um ato ilícito, basta que se demonstre a 
existência do dano para o qual exercício de uma atividade perigosa exerceu uma influência 
causal. 
 
Vale ressaltar que, mesmo sendo lícita a conduta do agente, tal fator torna-se 
irrelevante se dessa atividade resultar algum dano ao meio ambiente. Essa nada mais é do que 
uma consequência advinda da teoria do risco da atividade ou da empresa, segundo a qual cabe 
o dever de indenizar àquele que exerce atividade perigosa, consubstanciando ônus de sua 
atividade o dever de reparar os danos por ela causados. Tal teoria decorre da responsabilidade 
objetiva, adotada pela Lei de Política Nacional do Meio Ambiente. 
29 
 
A responsabilidade civil objetiva aos danos ambientais pode assumir duas acepções 
diferentes. Por um lado, a responsabilidade objetiva tenta adequar certos danos ligados aos 
interesses coletivos ou difusos ao anseio da sociedade, tendo em vista que o modelo clássico 
de responsabilidade não conseguia a proteção ambiental efetiva, pois não inibia o degradador 
ambiental com a ameaça da ação ressarcitória. Por outro lado, a responsabilidade objetiva visa 
a socialização do lucro e do dano, considerando que aquele que, mesmo desenvolvendo uma 
atividade lícita, pode gerar perigo, deve responder pelo risco, sem a necessidade da vítima 
provar a culpa do agente. Desse modo, a responsabilidade estimula a proteção a meio- 
ambiente, já que faz o possível poluidor investir na prevenção do risco ambiental de sua 
atividade. 
 
Quando se fala sobre a responsabilidade civil ambiental, que se sabe é OBJETIVA, 
faz-se imperioso refletir a respeito do princípio de Direito Ambiental do Poluidor-Pagador. 
 
 
Segundo este princípio, quem polui deve arcar com as despesas que seu ato produzir, 
e não, como querem alguns ,que quem paga pode poluir. Tal princípio pretende internalizar no 
preço as externalidades produzidas, o que se denomina custo ambiental. Tal expressão se 
traduz na imposição do sujeito causador do problema ambiental em sustentar financeiramente 
a diminuição ou afastamento do dano. Visa, ainda, impedir a socialização dos prejuízos 
decorrentes dos produtos inimigos ao 
 
 
Para Maria Helena Diniz na responsabilidade subjetiva o ilícito é o fato gerador, 
sendo que o imputado deverá ressarcir o prejuízo, se ficar provado que houve dolo ou culpa 
na ação. Já na responsabilidade objetiva a atividade que gerou o dano é lícita, mas causou 
perigo a outrem, de modo que aquele que a exerce, por ter a obrigação de velar para que dela 
não resulte prejuízo, terá o dever ressarcitório, pelo simples implemento do nexo causal. 
Neste caso, a vítima deverá demonstrar pura e simplesmente o nexo de causalidade entre o 
dano e a ação que o produziu. 
 
 
Como explica Maria Helena Diniz: A responsabilidade objetiva funda-se num 
princípio de equidade, existente desde o direito romano: aquele que lucra com uma situação 
deve responder pelo risco ou pelas desvantagens dela resultantes [...] Essa responsabilidade 
30 
 
tem como fundamento a atividade exercida pelo agente, pelo perigo que pode causar dano à 
vida, à saúde ou a outros bens, criando risco de dano para terceiro. 
31 
 
QUESTÕES 
 
1) Área de Preservação Permanente pode contar como Reserva Legal? 
SIM. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do 
percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: 
 
1. O benefício previsto não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do 
solo. Exceção é feita em área de floresta na Amazônia Legal, quando as Áreas de 
Preservação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às demais 
florestas e outras formas de vegetação nativa existentes ultrapassarem 80% da área do 
imóvel. 
2. A área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme 
comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do SISNAMA; 
3. O proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental 
Rural – CAR. 
 
2) É permitida a exploração econômica na Reserva Legal? 
SIM. A Lei 12.651/2012 prevê a possibilidade de seu manejo sustentável nas seguintes 
situações e oportunidades: 
I - É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos, cipós, folhas e 
sementes, devendo-se observar: 1. os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos 
específicos, quando houver; 2. a época de maturação dos frutos e sementes;3. técnicas que 
não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e da espécie coletada no caso de coleta 
de flores, folhas, cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos, bambus e raízes (Art. 21). 
II – O manejo sustentável para exploração florestal eventual sem propósito comercial, para 
consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos competentes, devendo 
apenas ser declarados previamente ao órgão ambiental a motivação da exploração e o volume 
a ser explorado, a exploração anual ficando limitada a 20 metros cúbicos (Art. 23). 
III- O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com propósito comercial 
depende de autorização do órgão competente e deverá atender as seguintes diretrizes e 
orientações (Art. 22): 
 
1. não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação da vegetação 
nativa da área; 
2. assegurar a manutenção da diversidade das espécies; 
3. conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de medidas que favoreçam a 
regeneração de espécies nativas. 
 
Sua exploração depende de licenciamento pelo órgão competente do SISNAMA, mediante 
aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS que contemple técnicas 
de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis com os variados 
ecossistemas a serem formados pela cobertura arbórea (Art. 31). 
http://www.ibama.gov.br/areas-tematicas/manejo-florestal-sustentavel
32 
 
Concurso: DPE-SP - 2013 - Defensor Público - Conc. VI | Prova: FCC - 2013 - DPE-SP - 
Defensor Público 
Disciplina: Direito Ambiental | Assunto: Áreas de preservação permanente – APP Código 
Florestal – Lei nº 12.651 de 2012 
O Novo Código Florestal Brasileiro foi objeto de inúmeras críticas ao longo do seu trâmite 
legislativo, inclusive em razão de estabelecer um padrão normativo menos rígido em compa- 
ração ao Código Florestal de 1965, notadamente em relação aos institutos da área de 
preservação permanente e da reserva legal, violando, por esse prisma, o princípio da proibição 
de retrocesso ambiental. Tomando por base o novo diploma florestal brasileiro: 
 
 a) Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de 
Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação 
Permanente, observado percentual mínimo de 30% (trinta por cento) em relação à área 
do imóvel, quando localizado nas regiões do País fora Amazônia Legal. 
 
 b) A Área de Preservação Permanente é a área localizada no interior de uma 
propriedade ou posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo 
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a 
reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, 
bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa. 
 
 c) A Reserva Legal é área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a 
função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e 
assegurar o bem-estar das populações humanas 
 
 d) Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, as 
faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os 
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de cinquenta 
metros, para os cursos d’água de menos de dez metros de largura. 
 
 e) A obrigação do proprietário, possuidor ou ocupante a qualquer título de promover a 
recomposição da vegetação suprimida em Área de Preservação Permanente tem 
natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse 
do imóvel rural. 
 
 
 
 
 
Questão Q115073 
 
Concurso: PGE-PI - 2014 - Procurador do Estado | Prova: CESPE - 2014 - PGE-PI - 
Procurador do Estado Substituto 
Disciplina: Direito Ambiental | Assunto: Código Florestal – Lei nº 12.651 de 2012 Áreas de 
preservação permanente – APP 
Acerca das áreas de proteção permanente (APPs), assinale a opção correta. 
33 
 
 a) Nos casos de regularização fundiária de interesse social em APP cujo licenciamento 
ambiental seja de competência do Estado, este também é competente para promover o 
licenciamento urbanístico do empreendimento. 
 b) A incidência de limitações administrativas sobre áreas localizadas em APPs 
ensejam, via de regra, indenização por desapropriação indireta. 
 c) Nas APPs, são proibidos a realização de qualquer atividade humana e o acesso de 
animais. 
 d) As matas ciliares existentes em APAs estão excluídas das APPs. 
 e) De acordo com o novo Código Florestal, são consideradas APPs as áreas 
protegidas, previstas na lei, cobertas ou não por vegetação nativa. 
 
 
 
 
 
Questão Q114541 
 
Concurso: PGE-GO - 2013 - Procurador do Estado | Prova: PGE-GO - 2013 - PGE-GO - 
Procurador do Estado 
Disciplina: Direito Ambiental | Assunto: Código Florestal – Lei nº 12.651 de 2012 Áreas de 
preservação permanente – APP 
Observado o disposto na Lei n.12.651, de 25 de maio de 2012, é INCORRETO afirmar que 
 
 a) a obrigação de recompor a área de preservação permanente (APP) tem natureza real 
e vincula o sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel. 
 
 b) é permitido o acesso de pessoas e animais às áreas de preservação permanente para 
obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto. 
 
 c) nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abrigue 
espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada 
pelos órgãos federal ou estadual ou municipal do SISNAMA, ou espécies migratórias 
dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a 
conservação da espécie. 
 
 d) a área da reserva legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por 
meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural-CAR, ficando nessa hipótese o 
proprietário ou possuidor rural desobrigado de realizar a averbação no Cartório de 
Registro de Imóveis. 
 
 e) é vedada a exploração econômica da reserva legal, sendo permitida apenas a coleta 
de produtos não madeireiros, tais como frutos, cipós, folhas e sementes. 
 
 
 
 
 
Questão Q114129 
 
Concurso: PGE-BA - 2013 - Diversos Cargos | Prova: FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de 
34 
 
Procuradoria - Área de Apoio Jurídico 
Disciplina: Direito Ambiental | Assunto: Código Florestal – Lei nº 12.651 de 2012 Áreas de 
preservação permanente – APP 
Considere: 
 
I. Os manguezais, em toda a sua extensão. 
 
II. As áreas em altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a vegetação. 
 
III. As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de 20 
metros, em zonas urbanas. 
 
IV. As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua 
situação topográfica, no raio mínimo de 50 metros. 
 
São áreas de preservação permanente as indicadas APENAS em 
 
 a) I e IV. 
 
 b) I e II. 
 
 c) II, III e IV. 
 
 d) I, II e IV. 
 
 e) I, III e IV. 
 
 
 
 
 
 
Questão Q112685 
 
Concurso: MPE-SE - 2010 - Promotor de Justiça | Prova: CESPE - 2010 - MPE-SE - 
Promotor de Justiça 
Disciplina: Direito Ambiental | Assunto: Código Florestal – Lei nº 12.651 de 2012 Áreas de 
preservação permanente – APP Reserva legal 
A respeito do Código Florestal, das novas regulamentações sobre reserva legal, das áreas de 
preservação permanente e de outros instrumentos legais, assinale a opção correta. 
 
 a) A reserva legal corresponde a área localizada no interior de uma propriedade, 
incluída naquela de preservação permanente. 
 b) As florestas que integram o patrimônio indígena ficam sujeitas ao regime de 
preservação permanente. 
 c) A área de vegetação situada em olhos d'água não é passível de proteção ambiental. 
 d) A retirada de vegetação nativa em encostas com sessenta graus, para a plantaçãode 
uvas, é permitida. 
35 
 
 e) Não são classificadas como áreas de preservação permanente as formas de 
vegetação natural, independentemente da sua largura, que estejam situadas ao longo de 
cursos d'água com largura inferior a dez metros. 
 
 
 
 
Gabarito: Q360766: E Q115073: E Q114541: E Q114129: D Q112685: B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO CÓDIGO FLORESTAL 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012. 
 
 
Texto compilado 
Mensagem de veto 
Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; 
altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 
9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 
22 de dezembro de 2006; revoga as Leis 
nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, 
de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória 
no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá 
outras providências. 
 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1o (VETADO). 
 
Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais com o fundamento central da proteção e uso 
sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do 
desenvolvimento econômico, atendidos os seguintes princípios: (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
I - reconhecimento das florestas existentes no território nacional e demais formas de vegetação 
nativa como bens de interesse comum a todos os habitantes do País; (Incluído pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e 
demais formas de vegetação nativa, da biodiversidade, do solo e dos recursos hídricos, e com a 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.651-2012?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Msg/VEP-212.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
36 
 
integridade do sistema climático, para o bem-estar das gerações presentes e 
futuras; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
III - reconhecimento da função estratégica da produção rural na recuperação e manutenção 
das florestas e demais formas de vegetação nativa, e do papel destas na sustentabilidade da 
produção agropecuária; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
IV - consagração do compromisso do País com o modelo de desenvolvimento ecologicamente 
sustentável, que concilie o uso produtivo da terra e a contribuição de serviços coletivos das florestas 
e demais formas de vegetação nativa privadas; (Incluído pela Medida Provisória nº 
571, de 2012). 
V - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, coordenada com a Política 
Nacional do Meio Ambiente, a Política Nacional de Recursos Hídricos, a Política Agrícola, o Sistema 
Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, a Política de Gestão de Florestas Públicas, a 
Política Nacional sobre Mudança do Clima e a Política Nacional da 
Biodiversidade; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
VI - responsabilidade comum de União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração 
com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa 
e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; (Incluído pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
VII - fomento à inovação para o uso sustentável, a recuperação e a preservação das florestas e 
demais formas de vegetação nativa; e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 
2012). 
VIII - criação e mobilização de incentivos jurídicos e econômicos para fomentar a preservação 
e a recuperação da vegetação nativa, e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas 
sustentáveis. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
Art. 1o-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação, áreas de 
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de 
matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e prevenção dos 
incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus 
objetivos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Parágrafo único. Tendo como objetivo o desenvolvimento sustentável, esta Lei atenderá aos 
seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - afirmação do compromisso soberano do Brasil com a preservação das suas florestas e 
demais formas de vegetação nativa, bem como da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e da 
integridade do sistema climático, para o bem estar das gerações presentes e futuras; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - reafirmação da importância da função estratégica da atividade agropecuária e do papel das 
florestas e demais formas de vegetação nativa na sustentabilidade, no crescimento econômico, na 
melhoria da qualidade de vida da população brasileira e na presença do País nos mercados nacional 
e internacional de alimentos e bioenergia; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
III - ação governamental de proteção e uso sustentável de florestas, consagrando o 
compromisso do País com a compatibilização e harmonização entre o uso produtivo da terra e a 
preservação da água, do solo e da vegetação; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
IV - responsabilidade comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em colaboração 
com a sociedade civil, na criação de políticas para a preservação e restauração da vegetação nativa 
e de suas funções ecológicas e sociais nas áreas urbanas e rurais; (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
V - fomento à pesquisa científica e tecnológica na busca da inovação para o uso sustentável do 
solo e da água, a recuperação e a preservação das florestas e demais formas de vegetação 
nativa; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
37 
 
VI - criação e mobilização de incentivos econômicospara fomentar a preservação e a 
recuperação da vegetação nativa e para promover o desenvolvimento de atividades produtivas 
sustentáveis. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 2o As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação nativa, 
reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os 
habitantes do País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em 
geral e especialmente esta Lei estabelecem. 
 
§ 1o Na utilização e exploração da vegetação, as ações ou omissões contrárias às disposições 
desta Lei são consideradas uso irregular da propriedade, aplicando-se o procedimento sumário 
previsto no inciso II do art. 275 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, 
sem prejuízo da responsabilidade civil, nos termos do § 1o do art. 14 da Lei no 6.938, de 31 de agosto 
de 1981, e das sanções administrativas, civis e penais. 
 
§ 2o As obrigações previstas nesta Lei têm natureza real e são transmitidas ao sucessor, de 
qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. 
 
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: 
 
I - Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato 
Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao 
oeste do meridiano de 44° W, do Estado do Maranhão; 
 
II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação 
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade 
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o 
bem-estar das populações humanas; 
 
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada 
nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos 
recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e 
promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da 
flora nativa; 
 
IV - área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de 
julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último 
caso, a adoção do regime de pousio; 
 
V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal 
do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma 
agrária, e que atenda ao disposto no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006; 
 
VI - uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por 
outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão de 
energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou outras formas de ocupação 
humana; 
 
VII - manejo sustentável: administração da vegetação natural para a obtenção de benefícios 
econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema 
objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas 
espécies madeireiras ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como a utilização de 
outros bens e serviços; 
 
VIII - utilidade pública: 
 
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art275ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art14%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art14%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11326.htm#art3
38 
 
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços públicos de transporte, 
sistema viário, inclusive aquele necessário aos parcelamentos de solo urbano aprovados pelos 
Municípios, saneamento, gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações 
necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou internacionais, bem 
como mineração, exceto, neste último caso, a extração de areia, argila, saibro e cascalho; 
 
c) atividades e obras de defesa civil; 
 
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção das funções 
ambientais referidas no inciso II deste artigo; 
 
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento 
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, 
definidas em ato do Chefe do Poder Executivo federal; 
 
IX - interesse social: 
 
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como 
prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de 
plantios com espécies nativas; 
 
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou posse rural 
familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal 
existente e não prejudique a função ambiental da área; 
 
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e atividades educacionais 
e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais consolidadas, observadas as condições 
estabelecidas nesta Lei; 
 
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados predominantemente por 
população de baixa renda em áreas urbanas consolidadas, observadas as condições estabelecidas 
na Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009; 
 
 
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e de efluentes 
tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes integrantes e essenciais da atividade; 
 
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela 
autoridade competente; 
 
g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em procedimento 
administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional à atividade proposta, definidas 
em ato do Chefe do Poder Executivo federal; 
 
X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental: 
 
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões, quando 
necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas e animais para a obtenção de 
água ou à retirada de produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável; 
 
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água e efluentes 
tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da água, quando couber; 
 
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo; 
 
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm
39 
 
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de comunidades 
quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o abastecimento 
de água se dê pelo esforço próprio dos moradores; 
 
f) construção e manutenção de cercas na propriedade; 
 
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros requisitos previstos na 
legislação aplicável; 
 
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção de mudas, como 
sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação específica de acesso a recursos genéticos; 
 
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e outros produtos 
vegetais, desde que não implique supressão da vegetação existente nem prejudique a função 
ambiental da área; 
 
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e familiar, incluindo a 
extração de produtos florestais não madeireiros, desde que não descaracterizem a cobertura vegetal 
nativa existente nem prejudiquema função ambiental da área; 
 
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de baixo impacto 
ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ou dos Conselhos Estaduais 
de Meio Ambiente; 
 
XI - (VETADO); 
 
XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com a 
palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos 
de espécies arbustivo-herbáceas; 
XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com 
palmáceas, sem formar dossel, em meio a agrupamentos de espécies arbustivo- 
herbáceas; (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
XII - vereda: fitofisionomia de savana, encontrada em solos hidromórficos, usualmente com a 
palmeira arbórea Mauritia flexuosa - buriti emergente, sem formar dossel, em meio a agrupamentos 
de espécies arbustivo-herbáceas; (Redação pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
XIII - manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das 
marés, formado por vasas lodosas recentes ou arenosas, às quais se associa, predominantemente, a 
vegetação natural conhecida como mangue, com influência fluviomarinha, típica de solos limosos de 
regiões estuarinas e com dispersão descontínua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do 
Amapá e de Santa Catarina; 
 
XIV - salgado ou marismas tropicais hipersalinos: áreas situadas em regiões com frequências 
de inundações intermediárias entre marés de sizígias e de quadratura, com solos cuja salinidade 
varia entre 100 (cem) e 150 (cento e cinquenta) partes por 1.000 (mil), onde pode ocorrer a presença 
de vegetação herbácea específica; 
 
XV - apicum: áreas de solos hipersalinos situadas nas regiões entremarés superiores, 
inundadas apenas pelas marés de sizígias, que apresentam salinidade superior a 150 (cento e 
cinquenta) partes por 1.000 (mil), desprovidas de vegetação vascular; 
 
XVI - restinga: depósito arenoso paralelo à linha da costa, de forma geralmente alongada, 
produzido por processos de sedimentação, onde se encontram diferentes comunidades que recebem 
influência marinha, com cobertura vegetal em mosaico, encontrada em praias, cordões arenosos, 
dunas e depressões, apresentando, de acordo com o estágio sucessional, estrato herbáceo, 
arbustivo e arbóreo, este último mais interiorizado; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
40 
 
XVII - nascente: afloramento natural do lençol freático que apresenta perenidade e dá início a 
um curso d’água; 
 
XVIII - olho d’água: afloramento natural do lençol freático, mesmo que intermitente; 
 
XIX - leito regular: a calha por onde correm regularmente as águas do curso d’água durante o 
ano; 
 
XX - área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com predomínio de vegetação, 
preferencialmente nativa, natural ou recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento 
Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos 
propósitos de recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos 
hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações culturais; 
 
XXI - várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a cursos d’água sujeitas 
a enchentes e inundações periódicas; 
 
XXII - faixa de passagem de inundação: área de várzea ou planície de inundação adjacente a 
cursos d’água que permite o escoamento da enchente; 
 
XXIII - relevo ondulado: expressão geomorfológica usada para designar área caracterizada por 
movimentações do terreno que geram depressões, cuja intensidade permite sua classificação como 
relevo suave ondulado, ondulado, fortemente ondulado e montanhoso. 
 
XXIV - pousio: prática de interrupção de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou 
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, em até 25% (vinte e cinco por cento) da área produtiva 
da propriedade ou posse, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou da estrutura física 
do solo; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
XXIV - pousio: prática de interrupção temporária de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou 
silviculturais, por no máximo 5 (cinco) anos, para possibilitar a recuperação da capacidade de uso ou 
da estrutura física do solo; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
XXV - área abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada: área não efetivamente 
utilizada, nos termos dos §§ 3o e 4o do art. 6o da Lei no 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, ou que não 
atenda aos índices previstos no referido artigo, ressalvadas as áreas em 
pousio; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
XXV - áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por águas, 
cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à inundação; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
XXVI – áreas úmidas: pantanais e superfícies terrestres cobertas de forma periódica por águas, 
cobertas originalmente por florestas ou outras formas de vegetação adaptadas à inundação; 
e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
XXVI - área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do caput do art. 47 da Lei 
no 11.977, de 7 de julho de 2009; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
XXVII – área urbana consolidada: aquela de que trata o inciso II do caput do art. 47 da Lei 
no 11.977, de 7 de julho de 2009. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
XXVII - crédito de carbono: título de direito sobre bem intangível e incorpóreo 
transacionável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, estende-se o tratamento dispensado aos imóveis a 
que se refere o inciso V deste artigo às propriedades e posses rurais com até 4 (quatro) módulos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8629.htm#art6%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8629.htm#art6%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm#art47ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
41 
 
fiscais que desenvolvam atividades agrossilvipastoris, bem como às terras indígenas demarcadas e 
às demais áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu 
território. 
 
CAPÍTULO II 
 
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
 
Seção I 
 
Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente 
 
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os 
efeitos desta Lei: 
 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito 
regular, em largura mínima de: 
 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os 
efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: (Incluído pelaLei 
nº 12.727, de 2012). 
 
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; 
 
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) 
metros de largura; 
 
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) 
metros de largura; 
 
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 
(seiscentos) metros de largura; 
 
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 
(seiscentos) metros; 
 
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: 
 
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares 
de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; 
 
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; 
 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na faixa definida na licença 
ambiental do empreendimento, observado o disposto nos §§ 1o e 2o; 
 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou 
represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do 
empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água, qualquer que seja a sua situação 
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; 
IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua 
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
42 
 
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua 
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
 
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por 
cento) na linha de maior declive; 
 
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; 
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca 
inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; 
 
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e 
inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 
(dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano 
horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota 
do ponto de sela mais próximo da elevação; 
 
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a 
vegetação; 
 
XI - as veredas. 
XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 
(cinquenta) metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado. (Redação dada 
pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 
(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. 
(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 1o Não se aplica o previsto no inciso III nos casos em que os reservatórios artificiais de água 
 não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água. 
 
§ 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais 
de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água naturais. (Redação 
dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 2o No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 (vinte) 
hectares de superfície, a área de preservação permanente terá, no mínimo, 15 (quinze) metros. 
 
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 3o (VETADO). 
 
§ 4o Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, 
fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do caput. 
§ 4o Fica dispensado o estabelecimento das faixas de Área de Preservação Permanente no 
entorno das acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, 
vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa. (Redação dada pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
 
§ 4o Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um) hectare, 
fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do caput, vedada nova 
supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do órgão ambiental competente do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
43 
 
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
§ 5o É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o inciso V do 
art. 3o desta Lei, o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de 
terra que fica exposta no período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de 
novas áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja protegida a 
fauna silvestre. 
 
§ 6o Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de que 
tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a infraestrutura física 
diretamente a ela associada, desde que: 
 
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos hídricos, 
garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos Estaduais de Meio 
Ambiente; 
 
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de recursos 
hídricos; 
 
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente; 
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. 
V – não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
 
V - não implique novas supressões de vegetação nativa. (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
§ 7o (VETADO). 
 
§ 8o (VETADO). 
 
§ 9o Em áreas urbanas, assim entendidas as áreas compreendidas nos perímetros urbanos 
definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, as faixas 
marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas da faixa de passagem de 
inundação terão sua largura determinada pelos respectivos Planos Diretores e Leis de Uso do Solo, 
ouvidos os Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, sem prejuízo dos limites 
estabelecidos pelo inciso I do caput. (Incluído pela Medida Provisórianº 571, de 2012). 
 
§ 9o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 10. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos 
definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, observar-se-á o 
disposto nos respectivos Planos Diretores e Leis Municipais de Uso do Solo, sem prejuízo do 
disposto nos incisos do caput. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
Art. 5o Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou 
abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão 
administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, 
conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) 
metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural e a faixa mínima de 15 (quinze) metros em área 
urbana. 
Art. 5o Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou 
abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão 
administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art4%C2%A76v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
44 
 
conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) 
metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e 
máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. (Redação dada pela Medida Provisória nº 
571, de 2012). 
 
Art. 5o Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou 
abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão 
administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, 
conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) 
metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e 
máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
§ 1o Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, 
no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno 
do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, não podendo exceder a 10% (dez por cento) da 
área total do entorno. 
§ 1o Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, 
no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno 
do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, não podendo exceder a dez por cento do total da 
Área de Preservação Permanente. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 
2012). 
 
§ 1o Na implantação de reservatórios d’água artificiais de que trata o caput, o empreendedor, 
no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno 
do Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão competente do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) 
do total da Área de Preservação Permanente. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
§ 2o O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial, para os 
empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser apresentado ao órgão ambiental 
concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e aprovado até o início da operação do 
empreendimento, não constituindo a sua ausência impedimento para a expedição da licença de 
instalação. 
 
§ 3o (VETADO). 
 
Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de interesse 
social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas ou outras formas de 
vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades: 
 
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de rocha; 
II - proteger as restingas ou veredas; 
III - proteger várzeas; 
 
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção; 
 
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico; 
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; 
VII - assegurar condições de bem-estar público; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
45 
 
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares. 
 
IX – proteger áreas úmidas, especialmente as de importância 
internacional. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Seção II 
 
Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente 
 
Art. 7o A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo 
proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado. 
 
§ 1o Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o 
proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição 
da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. 
 
§ 2o A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de 
transferência de domínio ou posse do imóvel rural. 
 
§ 3o No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de 2008, é 
vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas as 
obrigações previstas no § 1o. 
 
Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação 
Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo 
impacto ambiental previstas nesta Lei. 
 
§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente 
poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. 
 
§ 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente 
de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em 
locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras 
habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiáriade interesse social, 
em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. 
 
§ 3o É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter 
de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa civil destinadas à 
prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. 
 
§ 4o Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou 
supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei. 
 
Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para 
obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental. 
 
CAPÍTULO III 
 
DAS ÁREAS DE USO RESTRITO 
 
Art. 10. Na planície pantaneira, é permitida a exploração ecologicamente sustentável, 
devendo-se considerar as recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, ficando novas 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art6ix
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
46 
 
supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à autorização do órgão 
estadual do meio ambiente, com base nas recomendações mencionadas neste artigo. 
Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras é permitida a exploração ecologicamente 
sustentável, devendo-se considerar as recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, 
ficando novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à 
autorização do órgão estadual do meio ambiente, com base nas recomendações mencionadas neste 
artigo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é permitida a exploração ecologicamente 
sustentável, devendo-se considerar as recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, 
ficando novas supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à 
autorização do órgão estadual do meio ambiente, com base nas recomendações mencionadas neste 
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão permitidos o manejo florestal 
sustentável e o exercício de atividades agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura 
física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo 
vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social. 
 
 CAPÍTULO III-A 
DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL DOS APICUNS E SALGADOS 
(Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 4o do art. 225 da 
Constituição, devendo sua ocupação e exploração se dar de modo ecologicamente 
sustentável. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 1o Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, 
desde que observados os seguintes requisitos: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 
2012). 
I - área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por cento) dessa modalidade 
de fitofisionomia no bioma amazônico e a 35% (trinta e cinco por cento) no restante do País, 
excluídas as ocupações consolidadas que atendam ao disposto no § 6o; (Incluído pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos e dos processos 
ecológicos essenciais a eles associados, bem como da sua produtividade biológica e condição de 
berçário de recursos pesqueiros; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental estadual, cientificado o 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama e, no caso de uso 
de terrenos de marinha ou outros bens da União, realizada regularização prévia da titulação perante a 
União; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
IV - recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e 
resíduos; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
V - garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, respeitadas as Áreas de 
Preservação Permanente; e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
V - respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das comunidades 
locais. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 2o A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) anos, renovável apenas se 
o empreendedor cumprir as exigências da legislação ambiental e do próprio licenciamento, mediante 
comprovação anual inclusive por mídia fotográfica. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, 
de 2012). 
§ 3o São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA e Relatório de 
Impacto Ambiental - RIMA os novos empreendimentos: (Incluído pela Medida Provisória nº 
571, de 2012). 
I - com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentação do projeto para ocultar 
ou camuflar seu porte; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores de significativa 
degradação do meio ambiente; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
III - localizados em região com adensamento de empreendimentos de carcinicultura ou salinas 
cujo impacto afete áreas comuns. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 4o O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, poderá, sem prejuízo das 
sanções administrativas, civis e penais cabíveis, bem como do dever de recuperar os danos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art225%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art225%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
47 
 
ambientais causados, alterar as condicionantes e as medidas de controle e adequação, quando 
ocorrer: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
I - descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou medidas de controle 
previstas no licenciamento, ou desobediência às normas aplicáveis; (Incluído pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive por omissão, em qualquer 
fase do licenciamento ou período de validadeda licença; ou (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
III - superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente ou à saúde 
pública. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 5o A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o Zoneamento Ecológico- 
Econômico da Zona Costeira - ZEEZOC, com a individualização das áreas ainda passíveis de uso, 
em escala mínima de 1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no prazo máximo de 1 
(um) ano a partir da data de publicação desta Lei. (Incluído pela Medida Provisória 
nº 571, de 2012). 
§ 6o É assegurada a regularização das atividades e empreendimentos de carcinicultura e 
salinas cuja ocupação e implantação tenham ocorrido antes de 22 de julho de 2008, desde que o 
empreendedor, pessoa física ou jurídica, comprove sua localização em apicum ou salgado e se 
obrigue, por termo de compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos 
adjacentes. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 7o É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em qualquer hipótese ou forma, 
de ocupação ou exploração irregular em apicum ou salgado, ressalvadas as exceções previstas neste 
artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
CAPÍTULO III-A 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
DO USO ECOLOGICAMENTE SUSTENTÁVEL 
DOS APICUNS E SALGADOS 
Art. 11-A. A Zona Costeira é patrimônio nacional, nos termos do § 4o do art. 225 da 
Constituição Federal, devendo sua ocupação e exploração dar-se de modo ecologicamente 
sustentável. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 1o Os apicuns e salgados podem ser utilizados em atividades de carcinicultura e salinas, 
desde que observados os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - área total ocupada em cada Estado não superior a 10% (dez por cento) dessa modalidade 
de fitofisionomia no bioma amazônico e a 35% (trinta e cinco por cento) no restante do País, 
excluídas as ocupações consolidadas que atendam ao disposto no § 6o deste artigo; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - salvaguarda da absoluta integridade dos manguezais arbustivos e dos processos 
ecológicos essenciais a eles associados, bem como da sua produtividade biológica e condição de 
berçário de recursos pesqueiros; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
III - licenciamento da atividade e das instalações pelo órgão ambiental estadual, cientificado o 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e, no caso de uso 
de terrenos de marinha ou outros bens da União, realizada regularização prévia da titulação perante a 
União; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
IV - recolhimento, tratamento e disposição adequados dos efluentes e resíduos; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
V - garantia da manutenção da qualidade da água e do solo, respeitadas as Áreas de 
Preservação Permanente; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art225%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art225%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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48 
 
VI - respeito às atividades tradicionais de sobrevivência das comunidades locais. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 2o A licença ambiental, na hipótese deste artigo, será de 5 (cinco) anos, renovável apenas se 
o empreendedor cumprir as exigências da legislação ambiental e do próprio licenciamento, mediante 
comprovação anual, inclusive por mídia fotográfica. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
§ 3o São sujeitos à apresentação de Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA e Relatório de 
Impacto Ambiental - RIMA os novos empreendimentos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
I - com área superior a 50 (cinquenta) hectares, vedada a fragmentação do projeto para ocultar 
ou camuflar seu porte; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - com área de até 50 (cinquenta) hectares, se potencialmente causadores de significativa 
degradação do meio ambiente; ou (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
III - localizados em região com adensamento de empreendimentos de carcinicultura ou salinas 
cujo impacto afete áreas comuns. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 4o O órgão licenciador competente, mediante decisão motivada, poderá, sem prejuízo das 
sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, bem como do dever de recuperar os danos 
ambientais causados, alterar as condicionantes e as medidas de controle e adequação, quando 
ocorrer: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - descumprimento ou cumprimento inadequado das condicionantes ou medidas de controle 
previstas no licenciamento, ou desobediência às normas aplicáveis; (Incluído pela Lei 
nº 12.727, de 2012). 
 
II - fornecimento de informação falsa, dúbia ou enganosa, inclusive por omissão, em qualquer 
fase do licenciamento ou período de validade da licença; ou (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
III - superveniência de informações sobre riscos ao meio ambiente ou à saúde 
pública. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 5o A ampliação da ocupação de apicuns e salgados respeitará o Zoneamento Ecológico- 
Econômico da Zona Costeira - ZEEZOC, com a individualização das áreas ainda passíveis de uso, 
em escala mínima de 1:10.000, que deverá ser concluído por cada Estado no prazo máximo de 1 
(um) ano a partir da data da publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 6o É assegurada a regularização das atividades e empreendimentos de carcinicultura e 
salinas cuja ocupação e implantação tenham ocorrido antes de 22 de julho de 2008, desde que o 
empreendedor, pessoa física ou jurídica, comprove sua localização em apicum ou salgado e se 
obrigue, por termo de compromisso, a proteger a integridade dos manguezais arbustivos 
adjacentes. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 7o É vedada a manutenção, licenciamento ou regularização, em qualquer hipótese ou forma, 
de ocupação ou exploração irregular em apicum ou salgado, ressalvadas as exceções previstas neste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
CAPÍTULO IV 
 
DA ÁREA DE RESERVA LEGAL 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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Seção I 
 
Da Delimitação da Área de Reserva Legal 
 
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de 
Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, 
observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel: 
 
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de 
Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, 
observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos 
previstos no art. 68 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - localizado na Amazônia Legal: 
 
a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; 
 
b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; 
 
c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; 
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento). 
§ 1o Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para assentamentos 
pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do disposto do caput, a área do 
imóvel antes do fracionamento. 
 
§ 2o O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações florestais, de 
cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido considerando separadamente os 
índices contidos nas alíneas a, b e c do inciso I do caput. 
 
§ 3o Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou outras formas de 
vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental estadual integrante do Sisnama se o 
imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30. 
 
§ 4o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a Reserva Legal para 
até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposição, quando o Município tiver mais de 50% 
(cinquenta por cento) da área ocupada por unidades de conservação da natureza de domínio público 
e por terras indígenas homologadas. 
 
§ 5o Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o Conselho Estadual 
de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), quando o 
Estado tiver Zoneamento Ecológico-Econômico aprovado e mais de 65% (sessenta e cinco por cento) 
do seu território ocupado por unidades de conservação da natureza de domínio público, devidamente 
regularizadas, e por terras indígenas homologadas. 
 
§ 6o Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não 
estão sujeitos à constituição de Reserva Legal. 
 
§ 7o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por 
detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia hidráulica, 
nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam 
instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. 
 
§ 8o Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas com o 
objetivo de implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
50 
 
Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE estadual, realizado 
segundo metodologia unificada, o poder público federal poderá: 
 
I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante recomposição, regeneração ou 
compensação da Reserva Legal de imóveis com área rural consolidada, situados em área de floresta 
localizada na Amazônia Legal, para até 50% (cinquenta por cento) da propriedade, excluídas as 
áreas prioritárias para conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos e os corredores 
ecológicos; 
 
II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento) dos percentuais 
previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais de proteção à biodiversidade ou de 
redução de emissão de gases de efeito estufa. 
 
§ 1o No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de imóvel rural que 
mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área superior aos percentuais exigidos no referido 
inciso poderá instituir servidão ambiental sobre a área excedente, nos termos da Lei no 6.938, de 31 
de agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental. 
 
§ 2o Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico-Econômicos - ZEEs segundo 
a metodologia unificada, estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5 (cinco) anos, a partir da 
data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e aprovação. 
 
Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração 
os seguintes estudos e critérios: 
 
I - o plano de bacia hidrográfica; 
 
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico 
 
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preservação 
Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida; 
 
IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e 
V - as áreas de maior fragilidade ambiental. 
§ 1o O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada deverá aprovar a 
localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no CAR, conforme o art. 29 desta Lei. 
 
§ 2o Protocolada a documentação exigida para análise da localização da área de Reserva 
Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive 
restrição a direitos, em razão da não formalização da área de Reserva Legal. 
§ 2o Protocolada a documentação exigida para análise da localização da área de Reserva 
Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive 
restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental competente integrante do SISNAMA, em razão da 
não formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela Medida Provisória 
nº 571, de 2012). 
 
§ 2o Protocolada a documentação exigida para a análise da localização da área de Reserva 
Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive 
restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental competente integrante do Sisnama, em razão da 
não formalização da área de Reserva Legal. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do 
percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
51 
 
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso 
alternativo do solo; 
 
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme 
comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e 
 
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental 
Rural - CAR, nos termos desta Lei. 
 
§ 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese 
prevista neste artigo. 
 
§ 2o O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita no 
Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta 
Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de 
Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei. 
 
§ 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da 
Reserva Legal, abrangendo tanto a regeneração, como a recomposição e a compensação, em 
qualquer de suas modalidades. 
§ 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da 
Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e, na hipótese do art. 16, a 
compensação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
§ 3o O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento da 
Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a compensação. (Redação 
dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 4o É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de 
Preservação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às demais 
florestas e outras formas de vegetação nativa existentes em imóvel, ultrapassarem: 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na Amazônia Legal; 
e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre 
propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel, mediante a 
aprovação do órgão competente do Sisnama. 
 
Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre 
propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser 
agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes. 
 
Seção II 
 
Do Regime de Proteção da Reserva Legal 
 
Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo 
proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de 
direito público ou privado. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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§ 1o Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável, 
previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com as modalidades previstas 
no art. 20. 
 
§ 2o Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse rural familiar, os 
órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, 
análise e aprovação de tais planos de manejo. 
 
§ 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em Área de Reserva Legal desmatada 
irregularmente após 22 de julho de 2008, e deverá ser iniciado o processo de recomposição, no todo 
ou em parte, sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, não extrapolando a 
2 (dois) anos essa comprovação, contados a partir da data da publicação desta Lei ou, se a conduta 
for a ela posterior, da data da supressão da vegetação, vedado o uso da área para qualquer 
finalidade distinta da prevista neste artigo. 
§ 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em Área de Reserva Legal desmatada 
irregularmente após 22 de julho de 2008. (Redação dada pela Medida Provisória nº 
571, de 2012). 
 
§ 3o É obrigatória a suspensão imediata das atividades em área de Reserva Legal desmatada 
irregularmente após 22 de julho de 2008. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 4o Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, deverá ser iniciado o 
processo de recomposição da Reserva Legal em até dois anos contados a partir da data da 
publicação desta Lei, devendo tal processo ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de 
Regularização Ambiental – PRA, de que trata o art. 59. (Incluído pela Medida Provisória nº 
571, de 2012). 
 
§ 4o Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, deverá ser iniciado, 
nas áreas de que trata o § 3o deste artigo, o processo de recomposição da Reserva Legal em até 2 
(dois) anos contados a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal processo ser concluído nos 
prazos estabelecidos pelo Programa de Regularização Ambiental - PRA, de que trata o art. 
59. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente por 
meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos 
casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as exceções previstas nesta 
Lei. 
 
§ 1o A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a apresentação de planta e 
memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com pelo menos um ponto 
de amarração, conforme ato do Chefe do Poder Executivo. 
 
§ 2o Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de compromisso firmado pelo 
possuidor com o órgão competente do Sisnama, com força de título executivo extrajudicial, que 
explicite, no mínimo, a localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo 
possuidor por força do previsto nesta Lei. 
 
§ 3o A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações assumidas no termo de 
compromisso de que trata o § 2o. 
 
§ 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de 
Imóveis. 
 
§ 4o O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de Registro de 
Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o 
proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá direito à gratuidade deste 
ato. (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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53 
 
Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei municipal não 
desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só será extinta 
concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos aprovado segundo a 
legislação específica e consoante as diretrizes do plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da 
Constituição Federal.Art. 20. No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva Legal, serão adotadas 
práticas de exploração seletiva nas modalidades de manejo sustentável sem propósito comercial para 
consumo na propriedade e manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial. 
 
Art. 21. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos, cipós, folhas e 
sementes, devendo-se observar: 
 
I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos específicos, quando houver; 
II - a época de maturação dos frutos e sementes; 
III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e da espécie coletada 
no caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos, bambus e raízes. 
 
Art. 22. O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com propósito 
comercial depende de autorização do órgão competente e deverá atender as seguintes diretrizes e 
orientações: 
 
I - não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação da vegetação nativa 
da área; 
 
II - assegurar a manutenção da diversidade das espécies; 
 
III - conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de medidas que favoreçam a 
regeneração de espécies nativas. 
 
Art. 23. O manejo sustentável para exploração florestal eventual sem propósito comercial, para 
consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos competentes, devendo apenas ser 
declarados previamente ao órgão ambiental a motivação da exploração e o volume explorado, 
limitada a exploração anual a 20 (vinte) metros cúbicos. 
 
Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal, aplica-se igualmente o disposto 
nos arts. 21, 22 e 23. 
 
Seção III 
 
Do Regime de Proteção das Áreas Verdes Urbanas 
 
Art. 25. O poder público municipal contará, para o estabelecimento de áreas verdes urbanas, 
com os seguintes instrumentos: 
 
I - o exercício do direito de preempção para aquisição de remanescentes florestais relevantes, 
conforme dispõe a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001; 
 
II - a transformação das Reservas Legais em áreas verdes nas expansões urbanas 
 
III - o estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos, empreendimentos 
comerciais e na implantação de infraestrutura; e 
 
IV - aplicação em áreas verdes de recursos oriundos da compensação ambiental. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art182%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art182%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10257.htm
54 
 
CAPÍTULO V 
 
DA SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO PARA USO ALTERNATIVO DO SOLO 
 
Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto de domínio 
público como de domínio privado, dependerá do cadastramento do imóvel no CAR, de que trata o art. 
29, e de prévia autorização do órgão estadual competente do Sisnama. 
 
§ 1o (VETADO). 
 
§ 2o (VETADO). 
 
§ 3o No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem a 
utilização de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressão. 
 
§ 4o O requerimento de autorização de supressão de que trata o caput conterá, no mínimo, as 
seguintes informações: 
 
I - a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, da Reserva Legal e das 
áreas de uso restrito, por coordenada geográfica, com pelo menos um ponto de amarração do 
perímetro do imóvel; 
 
II - a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4o do art. 33; 
 
III - a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas; 
IV - o uso alternativo da área a ser desmatada. 
Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que abrigue 
espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial publicada pelos órgãos 
federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies migratórias, dependerá da adoção de 
medidas compensatórias e mitigadoras que assegurem a conservação da espécie. 
 
Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso alternativo do solo no 
imóvel rural que possuir área abandonada. 
 
CAPÍTULO VI 
 
DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL 
 
Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de 
Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório 
para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das 
propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento 
ambiental e econômico e combate ao desmatamento. 
 
§ 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita no órgão ambiental municipal, 
estadual ou federal, que, nos termos do regulamento, exigirá do possuidor ou proprietário: 
§ 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental 
municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do possuidor ou 
proprietário: (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
§ 1o A inscrição do imóvel rural no CAR deverá ser feita, preferencialmente, no órgão 
ambiental municipal ou estadual, que, nos termos do regulamento, exigirá do proprietário ou 
possuidor rural: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
55 
 
I - identificação do proprietário ou possuidor rural; 
II - comprovação da propriedade ou posse; 
III - identificação do imóvel por meio de planta e memorial descritivo, contendo a indicação das 
coordenadas geográficas com pelo menos um ponto de amarração do perímetro do imóvel, 
informando a localização dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Preservação 
Permanente, das Áreas de Uso Restrito, das áreas consolidadas e, caso existente, também da 
localização da Reserva Legal. 
 
§ 2o O cadastramento não será considerado título para fins de reconhecimento do direito de 
propriedade ou posse, tampouco elimina a necessidade de cumprimento do disposto no art. 2o da Lei 
no 10.267, de 28 de agosto de 2001. 
 
§ 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, devendo 
ser requerida no prazo de 1 (um) ano contado da sua implantação, prorrogável, uma única vez, por 
igual período por ato do Chefe do Poder Executivo. 
 
§ 3o A inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, devendo 
ser requerida até 31 de dezembro de 2017, prorrogável por mais 1 (um) ano por ato do Chefe do 
Poder Executivo. (Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016) (Vide Decreto nº 9.257, 
de 2017) 
 
Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada na matrícula do imóvel e 
em que essa averbação identifique o perímetro e a localização da reserva, o proprietário não será 
obrigado a fornecer ao órgão ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas no inciso 
III do § 1o do art. 29. 
 
Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos do caput, deverá 
apresentar ao órgão ambiental competente a certidão de registro de imóveis onde conste a 
averbação da Reserva Legal ou termo de compromisso já firmado nos casos de posse. 
 
CAPÍTULO VII 
 
DA EXPLORAÇÃO FLORESTAL 
 
Art. 31. A exploração de florestas nativas e formações sucessoras, de domínio público ou 
privado, ressalvados os casos previstos nos arts. 21, 23 e 24, dependerá de licenciamento pelo órgão 
competente do Sisnama, mediante aprovação prévia de Plano de Manejo Florestal Sustentável - 
PMFS que contemple técnicas de condução, exploração, reposição florestal e manejo compatíveis 
com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme. 
 
§ 1o O PMFS atenderá os seguintes fundamentos técnicos e científicos: 
 
I - caracterização dos meios físico e biológico; 
II - determinação do estoque existente; 
III - intensidade de exploração compatível com a capacidadede suporte ambiental da floresta; 
 
IV - ciclo de corte compatível com o tempo de restabelecimento do volume de produto extraído 
da floresta; 
 
V - promoção da regeneração natural da floresta; 
VI - adoção de sistema silvicultural adequado; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10267.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13295.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9257.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9257.htm#art1
56 
 
VII - adoção de sistema de exploração adequado; 
 
VIII - monitoramento do desenvolvimento da floresta remanescente; 
 
IX - adoção de medidas mitigadoras dos impactos ambientais e sociais. 
 
§ 2o A aprovação do PMFS pelo órgão competente do Sisnama confere ao seu detentor a 
licença ambiental para a prática do manejo florestal sustentável, não se aplicando outras etapas de 
licenciamento ambiental. 
 
§ 3o O detentor do PMFS encaminhará relatório anual ao órgão ambiental competente com as 
informações sobre toda a área de manejo florestal sustentável e a descrição das atividades 
realizadas. 
 
§ 4o O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as operações e atividades 
desenvolvidas na área de manejo. 
 
§ 5o Respeitado o disposto neste artigo, serão estabelecidas em ato do Chefe do Poder 
Executivo disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala empresarial, de pequena escala e 
comunitário. 
 
§ 6o Para fins de manejo florestal na pequena propriedade ou posse rural familiar, os órgãos 
do Sisnama deverão estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, análise e aprovação 
dos referidos PMFS. 
 
§ 7o Compete ao órgão federal de meio ambiente a aprovação de PMFS incidentes em 
florestas públicas de domínio da União. 
 
Art. 32. São isentos de PMFS: 
 
I - a supressão de florestas e formações sucessoras para uso alternativo do solo; 
 
II - o manejo e a exploração de florestas plantadas localizadas fora das Áreas de Preservação 
Permanente e de Reserva Legal; 
 
III - a exploração florestal não comercial realizada nas propriedades rurais a que se refere o 
inciso V do art. 3o ou por populações tradicionais. 
 
Art. 33. As pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria-prima florestal em suas atividades 
devem suprir-se de recursos oriundos de: 
 
I - florestas plantadas; 
 
II - PMFS de floresta nativa aprovado pelo órgão competente do Sisnama; 
 
III - supressão de vegetação nativa autorizada pelo órgão competente do Sisnama; 
 
IV - outras formas de biomassa florestal definidas pelo órgão competente do Sisnama. 
 
§ 1o São obrigadas à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizam matéria- 
prima florestal oriunda de supressão de vegetação nativa ou que detenham autorização para 
supressão de vegetação nativa. 
 
§ 2o É isento da obrigatoriedade da reposição florestal aquele que utilize: 
 
I - costaneiras, aparas, cavacos ou outros resíduos provenientes da atividade industrial 
57 
 
II - matéria-prima florestal: 
 
a) oriunda de PMFS; 
 
b) oriunda de floresta plantada; 
 
c) não madeireira. 
 
§ 3o A isenção da obrigatoriedade da reposição florestal não desobriga o interessado da 
comprovação perante a autoridade competente da origem do recurso florestal utilizado. 
 
§ 4o A reposição florestal será efetivada no Estado de origem da matéria-prima utilizada, 
mediante o plantio de espécies preferencialmente nativas, conforme determinações do órgão 
competente do Sisnama. 
 
Art. 34. As empresas industriais que utilizam grande quantidade de matéria-prima florestal são 
obrigadas a elaborar e implementar Plano de Suprimento Sustentável - PSS, a ser submetido à 
aprovação do órgão competente do Sisnama. 
 
§ 1o O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de matéria-prima florestal pela 
atividade industrial. 
 
§ 2o O PSS incluirá, no mínimo: 
 
I - programação de suprimento de matéria-prima florestal 
 
II - indicação das áreas de origem da matéria-prima florestal georreferenciadas; 
 
III - cópia do contrato entre os particulares envolvidos, quando o PSS incluir suprimento de 
matéria-prima florestal oriunda de terras pertencentes a terceiros. 
 
§ 3o Admite-se o suprimento mediante matéria-prima em oferta no mercado: 
 
I - na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições e durante o período, não 
superior a 10 (dez) anos, previstos no PSS, ressalvados os contratos de suprimento mencionados no 
inciso III do § 2o; 
 
II - no caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de florestas exóticas, licenciadas 
por órgão competente do Sisnama, o suprimento será comprovado posteriormente mediante relatório 
anual em que conste a localização da floresta e as quantidades produzidas. 
 
§ 4o O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas ou outras que consumam grandes 
quantidades de carvão vegetal ou lenha estabelecerá a utilização exclusiva de matéria-prima oriunda 
de florestas plantadas ou de PMFS e será parte integrante do processo de licenciamento ambiental 
do empreendimento. 
 
§ 5o Serão estabelecidos, em ato do Chefe do Poder Executivo, os parâmetros de utilização de 
matéria-prima florestal para fins de enquadramento das empresas industriais no disposto no caput. 
 
CAPÍTULO VIII 
 
DO CONTROLE DA ORIGEM DOS PRODUTOS FLORESTAIS 
 
Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos 
florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos, coordenado 
e fiscalizado pelo órgão federal competente do Sisnama. 
58 
 
Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos 
florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos, 
coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente do 
SISNAMA. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 1o O plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou exóticas independem de 
autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser 
informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem. 
§ 1o O plantio ou o reflorestamento com espécies florestais nativas independem de autorização 
prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser informados 
ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de 
origem. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
Art. 35. O controle da origem da madeira, do carvão e de outros produtos ou subprodutos 
florestais incluirá sistema nacional que integre os dados dos diferentes entes federativos, 
coordenado, fiscalizado e regulamentado pelo órgão federal competente do Sisnama. 
(Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 1o O plantio ou reflorestamento com espécies florestais nativas ou exóticas independem de 
autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser 
informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem. 
 
§ 2o É livre a extração de lenha e demais produtos de florestas plantadas nas áreas não 
consideradas Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. 
 
§ 3o O corte ou a exploração de espécies nativas plantadas em área de uso alternativo do solo 
serão permitidos independentemente de autorização prévia, devendo o plantio ou reflorestamento 
estar previamente cadastrado no órgão ambiental competente e a exploração ser previamente 
declarada nele para fins de controle de origem. 
 
§ 4o Os dados do sistema referido no caput serão disponibilizados para acesso público por 
meio da rede mundial de computadores, cabendo ao órgão federal coordenador do sistema fornecer 
os programas de informática a serem utilizados e definir o prazopara integração dos dados e as 
informações que deverão ser aportadas ao sistema nacional. 
 
§ 5o O órgão federal coordenador do sistema nacional poderá bloquear a emissão de 
Documento de Origem Florestal - DOF dos entes federativos não integrados ao sistema e fiscalizar os 
dados e relatórios respectivos. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
§ 5o O órgão federal coordenador do sistema nacional poderá bloquear a emissão de 
Documento de Origem Florestal - DOF dos entes federativos não integrados ao sistema e fiscalizar os 
dados e relatórios respectivos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 36. O transporte, por qualquer meio, e o armazenamento de madeira, lenha, carvão e 
outros produtos ou subprodutos florestais oriundos de florestas de espécies nativas, para fins 
comerciais ou industriais, requerem licença do órgão competente do Sisnama, observado o disposto 
no art. 35. 
 
§ 1o A licença prevista no caput será formalizada por meio da emissão do DOF, que deverá 
acompanhar o material até o beneficiamento final. 
 
§ 2o Para a emissão do DOF, a pessoa física ou jurídica responsável deverá estar registrada 
no Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos 
Ambientais, previsto no art. 17 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. 
 
§ 3o Todo aquele que recebe ou adquire, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, 
carvão e outros produtos ou subprodutos de florestas de espécies nativas é obrigado a exigir a 
apresentação do DOF e munir-se da via que deverá acompanhar o material até o beneficiamento 
final. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art17
59 
 
§ 4o No DOF deverão constar a especificação do material, sua volumetria e dados sobre sua 
origem e destino. 
 
§ 5o O órgão ambiental federal do SISNAMA regulamentará os casos de dispensa da licença 
prevista no caput. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
§ 5o O órgão ambiental federal do Sisnama regulamentará os casos de dispensa da licença 
prevista no caput. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 37. O comércio de plantas vivas e outros produtos oriundos da flora nativa dependerá de 
licença do órgão estadual competente do Sisnama e de registro no Cadastro Técnico Federal de 
Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, previsto no art. 17 da 
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo de outras exigências cabíveis. 
 
Parágrafo único. A exportação de plantas vivas e outros produtos da flora dependerá de 
licença do órgão federal competente do Sisnama, observadas as condições estabelecidas no caput. 
 
CAPÍTULO IX 
 
DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS 
 
Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações: 
 
I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas 
agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do 
Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de 
monitoramento e controle; 
 
II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o 
respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de 
Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características 
ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo; 
 
III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado 
pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia 
aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama. 
 
§ 1o Na situação prevista no inciso I, o órgão estadual ambiental competente do Sisnama 
exigirá que os estudos demandados para o licenciamento da atividade rural contenham planejamento 
específico sobre o emprego do fogo e o controle dos incêndios. 
 
§ 2o Excetuam-se da proibição constante no caput as práticas de prevenção e combate aos 
incêndios e as de agricultura de subsistência exercidas pelas populações tradicionais e indígenas. 
 
§ 3o Na apuração da responsabilidade pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou 
particulares, a autoridade competente para fiscalização e autuação deverá comprovar o nexo de 
causalidade entre a ação do proprietário ou qualquer preposto e o dano efetivamente causado. 
 
§ 4o É necessário o estabelecimento de nexo causal na verificação das responsabilidades por 
infração pelo uso irregular do fogo em terras públicas ou particulares. 
 
Art. 39. Os órgãos ambientais do Sisnama, bem como todo e qualquer órgão público ou 
privado responsável pela gestão de áreas com vegetação nativa ou plantios florestais, deverão 
elaborar, atualizar e implantar planos de contingência para o combate aos incêndios florestais. 
 
Art. 40. O Governo Federal deverá estabelecer uma Política Nacional de Manejo e Controle de 
Queimadas, Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, que promova a articulação institucional 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art17
60 
 
com vistas na substituição do uso do fogo no meio rural, no controle de queimadas, na prevenção e 
no combate aos incêndios florestais e no manejo do fogo em áreas naturais protegidas. 
 
§ 1o A Política mencionada neste artigo deverá prever instrumentos para a análise dos 
impactos das queimadas sobre mudanças climáticas e mudanças no uso da terra, conservação dos 
ecossistemas, saúde pública e fauna, para subsidiar planos estratégicos de prevenção de incêndios 
florestais. 
 
§ 2o A Política mencionada neste artigo deverá observar cenários de mudanças climáticas e 
potenciais aumentos de risco de ocorrência de incêndios florestais. 
 
CAPÍTULO X 
 
DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO MEIO 
AMBIENTE 
 
Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, no prazo de 180 (cento e oitenta) 
dias, contado da data da publicação desta Lei, sem prejuízo do cumprimento da legislação ambiental, 
programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como para adoção de 
tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos 
impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável, 
observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de 
ação: 
Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do cumprimento da 
legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como 
para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, 
com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento 
ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as 
seguintes categorias e linhas de ação: (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 
2012). 
 
Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do cumprimento da 
legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como 
para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, 
com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento 
ecologicamente sustentável, observadossempre os critérios de progressividade, abrangendo as 
seguintes categorias e linhas de ação: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição, monetária ou não, às 
atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas e que gerem serviços ambientais, tais como, 
isolada ou cumulativamente: 
 
a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do fluxo 
de carbono; 
 
b) a conservação da beleza cênica natural; 
 
c) a conservação da biodiversidade; 
 
d) a conservação das águas e dos serviços hídricos; 
 
e) a regulação do clima; 
 
f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico; 
 
g) a conservação e o melhoramento do solo; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
61 
 
h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito; 
 
II - compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para o cumprimento 
dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes instrumentos, dentre outros: 
 
a) obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, 
bem como limites e prazos maiores que os praticados no mercado; 
 
b) contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado; 
 
c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base 
de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, gerando créditos tributários; 
 
d) destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água, na forma 
da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para a manutenção, recuperação ou recomposição das 
Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito na bacia de geração da 
receita; 
 
e) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária de vegetação 
nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e agroflorestal 
sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas; 
 
f) isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fios de arame, 
postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração de solo, dentre outros utilizados para 
os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva 
Legal e de uso restrito; 
 
III - incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação, 
conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa, tais como: 
 
a) participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da produção agrícola; 
 
b) destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural 
relacionadas à melhoria da qualidade ambiental. 
 
§ 1o Para financiar as atividades necessárias à regularização ambiental das propriedades 
rurais, o programa poderá prever: 
 
I - destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural 
relacionadas à melhoria da qualidade ambiental; 
 
II - dedução da base de cálculo do imposto de renda do proprietário ou possuidor de imóvel 
rural, pessoa física ou jurídica, de parte dos gastos efetuados com a recomposição das Áreas de 
Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 
de julho de 2008; 
 
III - utilização de fundos públicos para concessão de créditos reembolsáveis e não 
reembolsáveis destinados à compensação, recuperação ou recomposição das Áreas de Preservação 
Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 
2008. 
 
§ 2o O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer diferenciação tributária para 
empresas que industrializem ou comercializem produtos originários de propriedades ou posses rurais 
que cumpram os padrões e limites estabelecidos nos arts. 4o, 6o, 11 e 12 desta Lei, ou que estejam 
em processo de cumpri-los. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm
60 
 
§ 3o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais inscritos no CAR, inadimplentes em 
relação ao cumprimento do termo de compromisso ou PRA ou que estejam sujeitos a sanções por 
infrações ao disposto nesta Lei, exceto aquelas suspensas em virtude do disposto no Capítulo XIII, 
não são elegíveis para os incentivos previstos nas alíneas a a e do inciso II do caput deste artigo até 
que as referidas sanções sejam extintas. 
 
§ 4o As atividades de manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e 
de uso restrito são elegíveis para quaisquer pagamentos ou incentivos por serviços ambientais, 
configurando adicionalidade para fins de mercados nacionais e internacionais de reduções de 
emissões certificadas de gases de efeito estufa. 
 
§ 5o O programa relativo a serviços ambientais previsto no inciso I do caput deste artigo 
deverá integrar os sistemas em âmbito nacional e estadual, objetivando a criação de um mercado de 
serviços ambientais. 
 
§ 6o Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de Unidades de Conservação 
de Proteção Integral são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação prevista 
no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção de 
áreas prioritárias para a gestão da unidade. 
 
§ 7o O pagamento ou incentivo a serviços ambientais a que se refere o inciso I deste artigo 
serão prioritariamente destinados aos agricultores familiares como definidos no inciso V do art. 
3o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 42. É o Governo Federal autorizado a implantar programa para conversão da multa 
prevista no art. 50 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, destinado aos imóveis rurais, 
referente a autuações vinculadas a desmatamentos promovidos sem autorização ou licença, em data 
anterior a 22 de julho de 2008. 
 
Art. 42. O Governo Federal implantará programa para conversão da multa prevista no art. 50 
do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, destinado a imóveis rurais, referente a autuações 
vinculadas a desmatamentos em áreas onde não era vedada a supressão, que foram promovidos 
sem autorização ou licença, em data anterior a 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
Art. 43. (VETADO). 
 
Art. 44. É instituída a Cota de Reserva Ambiental - CRA, título nominativo representativo de 
área com vegetação nativa, existente ou em processo de recuperação: 
 
I - sob regime de servidão ambiental, instituída na forma do art. 9o-A da Lei no 6.938, de 31 de 
agosto de 1981; 
 
II - correspondente à área de Reserva Legal instituída voluntariamente sobre a vegetação que 
exceder os percentuais exigidos no art. 12 desta Lei; 
 
III - protegida na forma de Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, nos termos do art. 
21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000; 
 
IV - existente em propriedade rural localizada no interior de Unidade de Conservação de 
domínio público que ainda não tenha sido desapropriada. 
 
§ 1o A emissão de CRA será feita mediante requerimento do proprietário, após inclusão do 
imóvel no CAR e laudo comprobatório emitido pelo próprio órgão ambiental ou por entidade 
credenciada, assegurado o controle do órgão federal competente do Sisnama, na forma de ato do 
Chefe do Poder Executivo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm#art36
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6514.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6514.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6514.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm#art21
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm#art21
61 
 
§ 2o A CRA não pode ser emitida com base em vegetação nativa localizada em área de RPPN 
instituída em sobreposição à Reserva Legal do imóvel. 
 
§ 3o A Cota de Reserva Florestal - CRF emitida nos termos do art. 44-B da Lei no 4.771, de 15 
de setembro de 1965, passa a ser considerada, pelo efeito desta Lei, como Cota de Reserva 
Ambiental. 
 
§ 4o Poderá ser instituída CRA da vegetação nativa que integra a Reserva Legal dos imóveis a 
que se refere o inciso V do art. 3o desta Lei. 
 
Art. 45. A CRA será emitida pelo órgão competente do Sisnama em favor de proprietário de 
imóvel incluído no CAR que mantenha área nas condições previstas no art. 44. 
 
§ 1o O proprietário interessado na emissão da CRA deve apresentar ao órgão referido 
no caput proposta acompanhada de: 
 
I - certidão atualizada da matrícula do imóvel expedida pelo registro de imóveis competente; 
II - cédula de identidade do proprietário, quando se tratar de pessoa física; 
III - ato de designação de responsável, quando se tratar de pessoa jurídica; 
 
IV - certidão negativa de débitos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR; 
 
V - memorial descritivo do imóvel, com a indicação da área a ser vinculada ao título, contendo 
pelo menos um ponto de amarração georreferenciado relativo ao perímetro do imóvel e um ponto de 
amarração georreferenciado relativo à Reserva Legal. 
 
§ 2o Aprovada a proposta, o órgão referido no caput emitirá a CRA correspondente, 
identificando: 
 
I - o número da CRA no sistema único de controle; 
 
II - o nome do proprietário rural da área vinculada ao título; 
 
III - a dimensão e a localização exata da área vinculada ao título, com memorial descritivo 
contendo pelo menos um ponto de amarração georreferenciado; 
 
IV - o bioma correspondente à área vinculada ao título; 
 
V - a classificação da área em uma das condições previstas no art. 46. 
 
§ 3o O vínculo de área à CRA será averbado na matrícula do respectivo imóvel no registro de 
imóveis competente. 
 
§ 4o O órgão federal referido no caput pode delegar ao órgão estadual competente atribuições 
para emissão, cancelamento e transferência da CRA, assegurada a implementação de sistema único 
de controle. 
 
Art. 46. Cada CRA corresponderá a 1 (um) hectare: 
 
I - de área com vegetação nativa primária ou com vegetação secundária em qualquer estágio 
de regeneração ou recomposição; 
 
II - de áreas de recomposição mediante reflorestamento com espécies nativas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4771.htm#art44b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4771.htm#art44b
62 
 
§ 1o O estágio sucessional ou o tempo de recomposição ou regeneração da vegetação nativa 
será avaliado pelo órgão ambiental estadual competente com base em declaração do proprietário e 
vistoria de campo. 
 
§ 2o A CRA não poderá ser emitida pelo órgão ambiental competente quando a regeneração 
ou recomposição da área forem improváveis ou inviáveis. 
 
Art. 47. É obrigatório o registro da CRA pelo órgão emitente, no prazo de 30 (trinta) dias, 
contado da data da sua emissão, em bolsas de mercadorias de âmbito nacional ou em sistemas de 
registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. 
 
Art. 48. A CRA pode ser transferida, onerosa ou gratuitamente, a pessoa física ou a pessoa 
jurídica de direito público ou privado, mediante termo assinado pelo titular da CRA e pelo adquirente. 
 
§ 1o A transferência da CRA só produz efeito uma vez registrado o termo previsto no caput no 
sistema único de controle. 
 
§ 2o A CRA só pode ser utilizada para compensar Reserva Legal de imóvel rural situado no 
mesmo bioma da área à qual o título está vinculado. 
 
§ 3o A CRA só pode ser utilizada para fins de compensação de Reserva Legal se respeitados 
os requisitos estabelecidos no § 6o do art. 66. 
 
§ 4o A utilização de CRA para compensação da Reserva Legal será averbada na matrícula do 
imóvel no qual se situa a área vinculada ao título e na do imóvel beneficiário da compensação. 
 
Art. 49. Cabe ao proprietário do imóvel rural em que se situa a área vinculada à CRA a 
responsabilidade plena pela manutenção das condições de conservação da vegetação nativa da área 
que deu origem ao título. 
 
§ 1o A área vinculada à emissão da CRA com base nos incisos I, II e III do art. 44 desta Lei 
poderá ser utilizada conforme PMFS. 
 
§ 2o A transmissão inter vivos ou causa mortis do imóvel não elimina nem altera o vínculo de 
área contida no imóvel à CRA. 
 
Art. 50. A CRA somente poderá ser cancelada nos seguintes casos: 
 
I - por solicitação do proprietário rural, em caso de desistência de manter áreas nas condições 
previstas nos incisos I e II do art. 44; 
 
II - automaticamente, em razão de término do prazo da servidão ambiental; 
 
III - por decisão do órgão competente do Sisnama, no caso de degradação da vegetação nativa 
da área vinculada à CRA cujos custos e prazo de recuperação ambiental inviabilizem a continuidade 
do vínculo entre a área e o título. 
 
§ 1o O cancelamento da CRA utilizada para fins de compensação de Reserva Legal só pode 
ser efetivado se assegurada Reserva Legal para o imóvel no qual a compensação foi aplicada. 
 
§ 2o O cancelamento da CRA nos termos do inciso III do caput independe da aplicação das 
devidas sanções administrativas e penais decorrentes de infração à legislação ambiental, nos termos 
da Lei no9.605, de 12 de fevereiro de 1998. 
 
§ 3o O cancelamento da CRA deve ser averbado na matrícula do imóvel no qual se situa a 
área vinculada ao título e do imóvel no qual a compensação foi aplicada. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm
63 
 
CAPÍTULO XI 
 
DO CONTROLE DO DESMATAMENTO 
 
Art. 51. O órgão ambiental competente, ao tomar conhecimento do desmatamento em 
desacordo com o disposto nesta Lei, deverá embargar a obra ou atividade que deu causa ao uso 
alternativo do solo, como medida administrativa voltada a impedir a continuidade do dano ambiental, 
propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada. 
 
§ 1o O embargo restringe-se aos locais onde efetivamente ocorreu o desmatamento ilegal, não 
alcançando as atividades de subsistência ou as demais atividades realizadas no imóvel não 
relacionadas com a infração. 
 
§ 2o O órgão ambiental responsável deverá disponibilizar publicamente as informações sobre o 
imóvel embargado, inclusive por meio da rede mundial de computadores, resguardados os dados 
protegidos por legislação específica, caracterizando o exato local da área embargada e informando 
em que estágio se encontra o respectivo procedimento administrativo. 
 
§ 3o A pedido do interessado, o órgão ambiental responsável emitirá certidão em que conste a 
atividade, a obra e a parte da área do imóvel que são objetos do embargo, conforme o caso. 
 
CAPÍTULO XII 
 
DA AGRICULTURA FAMILIAR 
 
Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente e 
de Reserva Legal para as atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental, previstas no inciso X 
do art. 3o, excetuadas as alíneas b e g, quando desenvolvidas nos imóveis a que se refere o inciso V 
do art. 3o, dependerão de simples declaração ao órgão ambiental competente, desde que esteja o 
imóvel devidamente inscrito no CAR. 
 
Art. 53. Para o registro no CAR da Reserva Legal, nos imóveis a que se refere o inciso V do 
art. 3o, o proprietário ou possuidor apresentará os dados identificando a área proposta de Reserva 
Legal, cabendo aos órgãos competentes integrantes do Sisnama, ou instituição por ele habilitada, 
realizara captação das respectivas coordenadas geográficas. 
 
Parágrafo único. O registro da Reserva Legal nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 
3o é gratuito, devendo o poder público prestar apoio técnico e jurídico. 
 
Art. 54. Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal nos imóveis a que se 
refere o inciso V do art. 3o, poderão ser computados os plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou 
industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em consórcio com 
espécies nativas da região em sistemas agroflorestais. 
 
Parágrafo único. O poder público estadual deverá prestar apoio técnico para a recomposição 
da vegetação da Reserva Legal nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o. 
 
Art. 55. A inscrição no CAR dos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o observará 
procedimento simplificado no qual será obrigatória apenas a apresentação dos documentos 
mencionados nos incisos I e II do § 1o do art. 29 e de croqui indicando o perímetro do imóvel, as 
Áreas de Preservação Permanente e os remanescentes que formam a Reserva Legal. 
 
Art. 56. O licenciamento ambiental de PMFS comercial nos imóveis a que se refere o inciso V 
do art. 3o se beneficiará de procedimento simplificado de licenciamento ambiental. 
 
§ 1o O manejo sustentável da Reserva Legal para exploração florestal eventual, sem propósito 
comercial direto ou indireto, para consumo no próprio imóvel a que se refere o inciso V do art. 3o, 
64 
 
independe de autorização dos órgãos ambientais competentes, limitada a retirada anual de material 
lenhoso a 2 (dois) metros cúbicos por hectare. 
 
§ 2o O manejo previsto no § 1o não poderá comprometer mais de 15% (quinze por cento) da 
biomassa da Reserva Legal nem ser superior a 15 (quinze) metros cúbicos de lenha para uso 
doméstico e uso energético, por propriedade ou posse rural, por ano. 
 
§ 3o Para os fins desta Lei, entende-se por manejo eventual, sem propósito comercial, o 
suprimento, para uso no próprio imóvel, de lenha ou madeira serrada destinada a benfeitorias e uso 
energético nas propriedades e posses rurais, em quantidade não superior ao estipulado no § 1o deste 
artigo. 
 
§ 4o Os limites para utilização previstos no § 1o deste artigo no caso de posse coletiva de 
populações tradicionais ou de agricultura familiar serão adotados por unidade familiar. 
 
§ 5o As propriedades a que se refere o inciso V do art. 3o são desobrigadas da reposição 
florestal se a matéria-prima florestal for utilizada para consumo próprio. 
 
Art. 57. Nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o, o manejo florestal madeireiro 
sustentável da Reserva Legal com propósito comercial direto ou indireto depende de autorização 
simplificada do órgão ambiental competente, devendo o interessado apresentar, no mínimo, as 
seguintes informações: 
 
I - dados do proprietário ou possuidor rural; 
 
II - dados da propriedade ou posse rural, incluindo cópia da matrícula do imóvel no Registro 
Geral do Cartório de Registro de Imóveis ou comprovante de posse; 
 
III - croqui da área do imóvel com indicação da área a ser objeto do manejo seletivo, estimativa 
do volume de produtos e subprodutos florestais a serem obtidos com o manejo seletivo, indicação da 
sua destinação e cronograma de execução previsto. 
 
Art. 58. Assegurado o devido controle e fiscalização dos órgãos ambientais competentes dos 
respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações do detentor do imóvel, o poder público 
instituirá programa de apoio técnico e incentivos financeiros, podendo incluir medidas indutoras e 
linhas de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere o inciso V do art. 
3o, nas iniciativas de: 
Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais competentes dos 
respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações do detentor do imóvel, o Poder Público 
poderá instituir programa de apoio técnico e incentivos financeiros, podendo incluir medidas indutoras 
e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere o inciso V 
do caput do art. 3o, nas iniciativas de: (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 
2012). 
 
Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais competentes dos 
respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações do detentor do imóvel, o poder público 
poderá instituir programa de apoio técnico e incentivos financeiros, podendo incluir medidas indutoras 
e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere o inciso V 
do caput do art. 3o, nas iniciativas de: (Redação dada pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites estabelecidos no art. 12; 
II - proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção; 
III - implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril; 
 
IV - recuperação ambiental de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
65 
 
V - recuperação de áreas degradadas; 
 
VI - promoção de assistência técnica para regularização ambiental e recuperação de áreas 
degradadas; 
 
VII - produção de mudas e sementes; 
 
VIII - pagamento por serviços ambientais. 
 
CAPÍTULO XIII 
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 59. A União, os Estados e o Distrito Federal deverão, no prazo de 1 (um) ano, contado a 
partir da data da publicação desta Lei, prorrogável por uma única vez, por igual período, por ato do 
Chefe do Poder Executivo, implantar Programas de Regularização Ambiental - PRAs de posses e 
propriedades rurais, com o objetivo de adequá-las aos termos deste Capítulo. 
 
§ 1o Na regulamentação dos PRAs, a União estabelecerá, em até 180 (cento e oitenta) dias a 
partir da data da publicação desta Lei, sem prejuízo do prazo definido no caput, normas de caráter 
geral, incumbindo-se aos Estados e ao Distrito Federal o detalhamento por meio da edição de normas 
de caráter específico, em razão de suas peculiaridades territoriais, climáticas, históricas, culturais, 
econômicas e sociais, conforme preceitua o art. 24 da Constituição Federal. 
 
§ 2o A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória para a adesão ao PRA, 
devendo esta adesão ser requerida pelo interessado no prazo de 1 (um) ano, contado a partir da 
implantação a que se refere o caput, prorrogável por uma única vez, por igual período, por ato do 
Chefe do Poder Executivo. 
 
§ 2o A inscrição do imóvel rural no CAR é condição obrigatória para a adesão ao PRA, 
devendo essa adesão ser requerida no prazo estipulado no § 3o do art. 29 desta 
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.335, de 2016) 
 
§ 3o Com base no requerimento de adesão ao PRA, o órgão competente integrante do 
Sisnama convocará o proprietário ou possuidor para assinar o termo de compromisso, que constituirá 
título executivo extrajudicial. 
 
§ 4o No período entre a publicação desta Lei e a implantação do PRA em cada Estado e no 
Distrito Federal, bem como após a adesão do interessado ao PRA e enquanto estiver sendo cumprido 
o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas 
antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em Áreas de Preservação 
Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito. 
 
§ 5o A partir da assinatura do termo de compromisso, serão suspensas as sanções 
decorrentes das infrações mencionadas no § 4o deste artigo e, cumpridas as obrigações 
estabelecidas no PRA ou no termo de compromisso para a regularização ambiental das exigências 
desta Lei, nos prazos e condições neles estabelecidos, as multas referidas neste artigo serão 
consideradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperaçãoda qualidade do 
meio ambiente, regularizando o uso de áreas rurais consolidadas conforme definido no PRA. 
 
§ 6o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#cfart24
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13335.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
66 
 
Art. 60. A assinatura de termo de compromisso para regularização de imóvel ou posse rural 
perante o órgão ambiental competente, mencionado no art. 59, suspenderá a punibilidade dos crimes 
previstos nos arts. 38, 39 e 48 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, enquanto o termo estiver 
sendo cumprido. 
 
§ 1o A prescrição ficará interrompida durante o período de suspensão da pretensão punitiva. 
 
§ 2o Extingue-se a punibilidade com a efetiva regularização prevista nesta Lei. 
 
Seção II 
 
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Preservação Permanente 
 
Art. 61. (VETADO). 
 
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente é autorizada, exclusivamente, a continuidade 
das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 
22 de julho de 2008. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 1o Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas 
 consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será 
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda 
da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 2o Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos 
fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos 
 d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, 
contados da borda da calha do leito regular, independente da largura do curso 
d´água. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 3o Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) 
módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de 
 cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 
(quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso 
d’água. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 4o Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será 
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, 
de 2012). 
I - em 20 (vinte) metros, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com área 
 superior a4 (quatro) e de até 10 (dez) módulos fiscais, nos cursos d’agua com até 10 (dez) metros de 
largura; e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - nos demais casos, em extensão correspondente à metade da largura do curso d’água, 
observado o mínimo de 30 (trinta) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha do 
leito regular. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno 
 de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, 
de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo 
de: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo 
fiscal; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 
(dois) módulos fiscais; e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos 
fiscais. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 6o Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa 
marginal com largura mínima de: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo 
fiscal; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm#art38
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm#art38
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm#art48
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
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II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 
(dois) módulos fiscais; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de 
até 4 (quatro) módulos fiscais; e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 7o Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição das 
faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de 
largura mínima de: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 
e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 8o Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1o a 7o, a área detida pelo 
imóvel rural em 22 de julho de 2008. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 9o A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no CAR para fins de 
monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do solo e da 
água que visem à mitigação dos eventuais impactos. (Incluído pela Medida Provisória nº 
571, de 2012). 
§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já existentes, é o 
proprietário ou possuidor responsável pela conservação do solo e da água, por meio de adoção de 
boas práticas agronômicas. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios técnicos de 
conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta Lei, sendo vedada a conversãode 
novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive o acesso a essas atividades, 
independentemente das determinações contidas no caput e nos §§ 1o a 7o, desde que não estejam 
em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas. (Incluído pela 
Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, pelos 
seguintes métodos: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
I - condução de regeneração natural de espécies nativas; (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
II - plantio de espécies nativas; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies 
nativas; (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas, no caso 
dos imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3º. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o Poder Público, verificada a existência de 
risco de agravamento de processos erosivos ou de inundações, determinará a adoção de medidas 
mitigadoras que garantam a estabilidade das margens e a qualidade da água, após deliberação do 
Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual 
equivalente. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do prazo de adesão ao PRA de 
que trata o § 2o do art. 59, é autorizada a continuidade das atividades desenvolvidas nas áreas de 
que trata o caput, as quais deverão ser informadas no CAR, para fins de monitoramento, sendo 
exigida a adoção de medidas de conservação do solo e da água. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos nos limites de 
Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas por ato do Poder Público até a data de 
publicação desta Lei não são passíveis de ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas 
nos termos do caput e dos parágrafos anteriores, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo 
elaborado e aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão competente do SISNAMA, 
nos termos do que dispuser regulamento do Chefe do Poder Executivo, devendo o proprietário, 
possuidor ou ocupante a qualquer título, adotar todas as medidas indicadas. (Incluído 
pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
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§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme previsto em legislação 
específica, o Chefe do Poder Executivo poderá, em ato próprio, estabelecer metas e diretrizes de 
recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às definidas no caput e nos §§ 1o a 7o, 
como projeto prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual de Meio 
Ambiente. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
 
Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente, é autorizada, exclusivamente, a 
continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais 
consolidadas até 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 1o Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será 
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda 
da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 2o Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos 
fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos 
d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, 
contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 3o Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) 
módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de 
cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 
(quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso 
d’água. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 4o Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será 
obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais: (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
 
I - (VETADO); e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o mínimo de 20 (vinte) e o 
máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha do leito regular. (Incluído pela 
Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 5o Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no 
entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio 
mínimo de 15 (quinze) metros. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 6o Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação 
Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo oude turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa 
marginal com largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal; 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 
(dois) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de 
até 4 (quatro) módulos fiscais; e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 7o Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição das 
faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de 
largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) módulos fiscais; 
e (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos 
fiscais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 8o Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1o a 7o, a área detida pelo 
imóvel rural em 22 de julho de 2008. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 9o A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no CAR para fins de 
monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do solo e da 
água que visem à mitigação dos eventuais impactos. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
§ 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já existentes, é o 
proprietário ou possuidor rural responsável pela conservação do solo e da água, por meio de adoção 
de boas práticas agronômicas. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios técnicos de 
conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta Lei, sendo vedada a conversão de 
novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
§ 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às atividades 
agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive o acesso a essas atividades, 
independentemente das determinações contidas no caput e nos §§ 1o a 7o, desde que não estejam 
em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas. (Incluído pela Lei 
nº 12.727, de 2012). 
 
§ 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, 
pelos seguintes métodos: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - condução de regeneração natural de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
II - plantio de espécies nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies 
nativas; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
IV - plantio intercalado de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, exóticas com nativas 
de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por cento) da área total a ser recomposta, no caso dos 
imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3o; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 
2012). 
 
V - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 14. Em todos os casos previstos neste artigo, o poder público, verificada a existência de 
risco de agravamento de processos erosivos ou de inundações, determinará a adoção de medidas 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
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mitigadoras que garantam a estabilidade das margens e a qualidade da água, após deliberação do 
Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual equivalente. 
(Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 15. A partir da data da publicação desta Lei e até o término do prazo de adesão ao PRA de 
que trata o § 2o do art. 59, é autorizada a continuidade das atividades desenvolvidas nas áreas de 
que trata o caput, as quais deverão ser informadas no CAR para fins de monitoramento, sendo 
exigida a adoção de medidas de conservação do solo e da água. (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
§ 16. As Áreas de Preservação Permanente localizadas em imóveis inseridos nos limites de 
Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas por ato do poder público até a data de 
publicação desta Lei não são passíveis de ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas 
nos termos do caput e dos §§ 1o a 15, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo elaborado e 
aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão competente do Sisnama, nos termos do 
que dispuser regulamento do Chefe do Poder Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou 
ocupante a qualquer título adotar todas as medidas indicadas. (Incluído pela Lei nº 
12.727, de 2012). 
 
§ 17. Em bacias hidrográficas consideradas críticas, conforme previsto em legislação 
específica, o Chefe do Poder Executivo poderá, em ato próprio, estabelecer metas e diretrizesde 
recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às definidas no caput e nos §§ 1o a 7o, 
como projeto prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual de Meio 
Ambiente. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
§ 18. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de 2008, 
detinham até 4 (quatro) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente, é garantido que a exigência de recomposição, 
nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não 
ultrapassará: (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até 2 (dois) 
módulos fiscais; e (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior a 2 
(dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 
2012). 
 
Art. 61-B. Aos proprietários e possuidores dos imóveis rurais que, em 22 de julho de 2008, 
detinham até 10 (dez) módulos fiscais e desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente é garantido que a exigência de recomposição, 
nos termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do imóvel, não 
ultrapassará: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012) 
 
I - 10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área de até 2 (dois) 
módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
II - 20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais com área superior a 2 
(dois) e de até 4 (quatro) módulos fiscais; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
III - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
Art. 61-C. Para os assentamentos do Programa de Reforma Agrária a recomposição de áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo ou no entorno de cursos d'água, lagos 
e lagoas naturais observará as exigências estabelecidas no art. 61-A, observados os limites de cada 
área demarcada individualmente, objeto de contrato de concessão de uso, até a titulação por parte do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
71 
 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 571, de 2012). 
 
Art. 61-C. Para os assentamentos do Programa de Reforma Agrária, a recomposição de áreas 
consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo ou no entorno de cursos d'água, lagos 
e lagoas naturais observará as exigências estabelecidas no art. 61-A, observados os limites de cada 
área demarcada individualmente, objeto de contrato de concessão de uso, até a titulação por parte do 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra. (Incluído pela Lei nº 12.727, 
de 2012). 
 
Art. 62. Para os reservatórios artificiais de água destinados a geração de energia ou 
abastecimento público que foram registrados ou tiveram seus contratos de concessão ou autorização 
assinados anteriormente à Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, a faixa da Área 
de Preservação Permanente será a distância entre o nível máximo operativo normal e a cota 
máxima maximorum. 
 
Art. 63. Nas áreas rurais consolidadas nos locais de que tratam os incisos V, VIII, IX e X do art. 
4o, será admitida a manutenção de atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou 
de ciclo longo, bem como da infraestrutura física associada ao desenvolvimento de atividades 
agrossilvipastoris, vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo. 
 
§ 1o O pastoreio extensivo nos locais referidos no caput deverá ficar restrito às áreas de 
vegetação campestre natural ou já convertidas para vegetação campestre, admitindo-se o consórcio 
com vegetação lenhosa perene ou de ciclo longo. 
 
§ 2o A manutenção das culturas e da infraestrutura de que trata o caput é condicionada à 
adoção de práticas conservacionistas do solo e da água indicadas pelos órgãos de assistência 
técnica rural. 
 
§ 3o Admite-se, nas Áreas de Preservação Permanente, previstas no inciso VIII do art. 4o, dos 
imóveis rurais de até 4 (quatro) módulos fiscais, no âmbito do PRA, a partir de boas práticas 
agronômicas e de conservação do solo e da água, mediante deliberação dos Conselhos Estaduais de 
Meio Ambiente ou órgãos colegiados estaduais equivalentes, a consolidação de outras atividades 
agrossilvipastoris, ressalvadas as situações de risco de vida. 
 
Art. 64. Na regularização fundiária de interesse social dos assentamentos inseridos em área 
urbana de ocupação consolidada e que ocupam Áreas de Preservação Permanente, a regularização 
ambiental será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da Lei 
no 11.977, de 7 de julho de 2009. 
Art. 64. Na regularização fundiária de interesse social dos núcleos urbanos informais inseridos 
em área urbana de ocupação consolidada e que ocupam Áreas de Preservação Permanente, a 
regularização ambiental será admitida por meio da aprovação do projeto de regularização fundiária, 
na forma da Lei específica de Regularização Fundiária Urbana. (Redação dada pela 
Medida Provisória nº 759, de 2016) 
 
Art. 64. Na Reurb-S dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação 
Permanente, a regularização fundiária será admitida por meio da aprovação do projeto de 
regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária urbana. 
(Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
§ 1o O projeto de regularização fundiária de interesse social deverá incluir estudo técnico que 
demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior com a adoção das 
medidas nele preconizadas. 
 
§ 2o O estudo técnico mencionado no § 1o deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos: 
 
I - caracterização da situação ambiental da área a ser regularizada; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2166-67.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv759.htm#art65
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv759.htm#art65
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art82
72 
 
II - especificação dos sistemas de saneamento básico; 
 
III - proposição de intervenções para a prevençãoe o controle de riscos geotécnicos e de 
inundações; 
IV - recuperação de áreas degradadas e daquelas não passíveis de regularização; 
V - comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental, 
considerados o uso adequado dos recursos hídricos, a não ocupação das áreas de risco e a proteção 
das unidades de conservação, quando for o caso; 
 
VI - comprovação da melhoria da habitabilidade dos moradores propiciada pela regularização 
proposta; e 
 
VII - garantia de acesso público às praias e aos corpos d'água. 
 
Art. 65. Na regularização fundiária de interesse específico dos assentamentos inseridos em 
área urbana consolidada e que ocupam Áreas de Preservação Permanente não identificadas como 
áreas de risco, a regularização ambiental será admitida por meio da aprovação do projeto de 
regularização fundiária, na forma da Lei no 11.977, de 7 de julho de 2009. 
Art. 65. Na regularização fundiária de interesse específico dos núcleos urbanos informais 
inseridos em área urbana consolidada e que ocupem Áreas de Preservação Permanente não 
identificadas como áreas de risco, a regularização ambiental será admitida por meio da aprovação do 
projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização fundiária 
urbana. (Redação dada pela Medida Provisória nº 759, de 2016) 
§ 1o O processo de regularização ambiental, para fins de prévia autorização pelo órgão 
ambiental competente, deverá ser instruído com os seguintes elementos: 
 
Art. 65. Na Reurb-E dos núcleos urbanos informais que ocupam Áreas de Preservação 
Permanente não identificadas como áreas de risco, a regularização fundiária será admitida por meio 
da aprovação do projeto de regularização fundiária, na forma da lei específica de regularização 
fundiária urbana. (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
§ 1o O processo de regularização fundiária de interesse específico deverá incluir estudo 
técnico que demonstre a melhoria das condições ambientais em relação à situação anterior e ser 
instruído com os seguintes elementos: (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017) 
 
I - a caracterização físico-ambiental, social, cultural e econômica da área; 
 
II - a identificação dos recursos ambientais, dos passivos e fragilidades ambientais e das 
restrições e potencialidades da área; 
 
III - a especificação e a avaliação dos sistemas de infraestrutura urbana e de saneamento 
básico implantados, outros serviços e equipamentos públicos; 
 
IV - a identificação das unidades de conservação e das áreas de proteção de mananciais na 
área de influência direta da ocupação, sejam elas águas superficiais ou subterrâneas; 
 
V - a especificação da ocupação consolidada existente na área; 
 
VI - a identificação das áreas consideradas de risco de inundações e de movimentos de massa 
rochosa, tais como deslizamento, queda e rolamento de blocos, corrida de lama e outras definidas 
como de risco geotécnico; 
 
VII - a indicação das faixas ou áreas em que devem ser resguardadas as características típicas 
da Área de Preservação Permanente com a devida proposta de recuperação de áreas degradadas e 
daquelas não passíveis de regularização; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11977.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv759.htm#art65
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art82
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art82
73 
 
VIII - a avaliação dos riscos ambientais; 
 
IX - a comprovação da melhoria das condições de sustentabilidade urbano-ambiental e de 
habitabilidade dos moradores a partir da regularização; e 
 
X - a demonstração de garantia de acesso livre e gratuito pela população às praias e aos 
corpos d’água, quando couber. 
 
§ 2o Para fins da regularização ambiental prevista no caput, ao longo dos rios ou de qualquer 
curso d’água, será mantida faixa não edificável com largura mínima de 15 (quinze) metros de cada 
lado. 
 
§ 3o Em áreas urbanas tombadas como patrimônio histórico e cultural, a faixa não edificável de 
que trata o § 2o poderá ser redefinida de maneira a atender aos parâmetros do ato do tombamento. 
 
Seção III 
 
Das Áreas Consolidadas em Áreas de Reserva Legal 
 
Art. 66. O proprietário ou possuidor de imóvel rural que detinha, em 22 de julho de 2008, área 
de Reserva Legal em extensão inferior ao estabelecido no art. 12, poderá regularizar sua situação, 
independentemente da adesão ao PRA, adotando as seguintes alternativas, isolada ou 
conjuntamente: 
 
I - recompor a Reserva Legal; 
 
II - permitir a regeneração natural da vegetação na área de Reserva Legal; 
III - compensar a Reserva Legal. 
§ 1o A obrigação prevista no caput tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de 
transferência de domínio ou posse do imóvel rural. 
 
§ 2o A recomposição de que trata o inciso I do caput deverá atender os critérios estipulados 
pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20 (vinte) anos, abrangendo, a cada 2 
(dois) anos, no mínimo 1/10 (um décimo) da área total necessária à sua complementação. 
 
§ 3o A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser realizada mediante o plantio 
intercalado de espécies nativas e exóticas, em sistema agroflorestal, observados os seguintes 
parâmetros: 
 
§ 3o A recomposição de que trata o inciso I do caput poderá ser realizada mediante o plantio 
intercalado de espécies nativas com exóticas ou frutíferas, em sistema agroflorestal, observados os 
seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
 
I - o plantio de espécies exóticas deverá ser combinado com as espécies nativas de ocorrência 
regional; 
 
II - a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50% (cinquenta por cento) 
da área total a ser recuperada. 
 
§ 4o Os proprietários ou possuidores do imóvel que optarem por recompor a Reserva Legal na 
forma dos §§ 2o e 3o terão direito à sua exploração econômica, nos termos desta Lei. 
 
§ 5o A compensação de que trata o inciso III do caput deverá ser precedida pela inscrição da 
propriedade no CAR e poderá ser feita mediante: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
74 
 
I - aquisição de Cota de Reserva Ambiental - CRA; 
 
II - arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva Legal; 
 
III - doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade de Conservação de 
domínio público pendente de regularização fundiária; 
 
IV - cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal, em imóvel de 
mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação nativa estabelecida, em 
regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo bioma. 
 
§ 6o As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do § 5o deverão: 
 
I - ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser compensada; 
 
II - estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser compensada; 
 
III - se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como prioritárias pela União ou 
pelos Estados. 
 
§ 7o A definição de áreas prioritárias de que trata o § 6o buscará favorecer, entre outros, a 
recuperação de bacias hidrográficas excessivamente desmatadas, a criação de corredores 
ecológicos, a conservação de grandes áreas protegidas e a conservação ou recuperação de 
ecossistemas ou espécies ameaçados. 
 
§ 8o Quando se tratar de imóveis públicos, a compensação de que trata o inciso III 
do caput poderá ser feita mediante concessão de direito real de uso ou doação, por parte da pessoa 
jurídica de direito público proprietária de imóvel rural que não detém Reserva Legal em extensão 
suficiente, ao órgão público responsável pela Unidade de Conservação de área localizada no interior 
de Unidade de Conservação de domínio público, a ser criada ou pendente de regularização fundiária. 
 
§ 9o As medidas de compensação previstas neste artigo nãopoderão ser utilizadas como 
forma de viabilizar a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo. 
 
Art. 67. Nos imóveis rurais que detinham, em 22 de julho de 2008, área de até 4 (quatro) 
módulos fiscais e que possuam remanescente de vegetação nativa em percentuais inferiores ao 
previsto no art. 12, a Reserva Legal será constituída com a área ocupada com a vegetação nativa 
existente em 22 de julho de 2008, vedadas novas conversões para uso alternativo do solo. 
 
Art. 68. Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais que realizaram supressão de 
vegetação nativa respeitando os percentuais de Reserva Legal previstos pela legislação em vigor à 
época em que ocorreu a supressão são dispensados de promover a recomposição, compensação ou 
regeneração para os percentuais exigidos nesta Lei. 
 
§ 1o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais poderão provar essas situações 
consolidadas por documentos tais como a descrição de fatos históricos de ocupação da região, 
registros de comercialização, dados agropecuários da atividade, contratos e documentos bancários 
relativos à produção, e por todos os outros meios de prova em direito admitidos. 
 
§ 2o Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais, na Amazônia Legal, e seus herdeiros 
necessários que possuam índice de Reserva Legal maior que 50% (cinquenta por cento) de cobertura 
florestal e não realizaram a supressão da vegetação nos percentuais previstos pela legislação em 
vigor à época poderão utilizar a área excedente de Reserva Legal também para fins de constituição 
de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental - CRA e outros instrumentos congêneres previstos 
nesta Lei. 
 
CAPÍTULO XIV 
75 
 
DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES E FINAIS 
 
Art. 69. São obrigados a registro no órgão federal competente do Sisnama os 
estabelecimentos comerciais responsáveis pela comercialização de motosserras, bem como aqueles 
que as adquirirem. 
 
§ 1o A licença para o porte e uso de motosserras será renovada a cada 2 (dois) anos. 
 
§ 2o Os fabricantes de motosserras são obrigados a imprimir, em local visível do equipamento, 
numeração cuja sequência será encaminhada ao órgão federal competente do Sisnama e constará 
nas correspondentes notas fiscais. 
 
Art. 70. Além do disposto nesta Lei e sem prejuízo da criação de unidades de conservação da 
natureza, na forma da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e de outras ações cabíveis voltadas à 
proteção das florestas e outras formas de vegetação, o poder público federal, estadual ou municipal 
poderá: 
 
I - proibir ou limitar o corte das espécies da flora raras, endêmicas, em perigo ou ameaçadas 
de extinção, bem como das espécies necessárias à subsistência das populações tradicionais, 
delimitando as áreas compreendidas no ato, fazendo depender de autorização prévia, nessas áreas, 
o corte de outras espécies; 
 
II - declarar qualquer árvore imune de corte, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou 
condição de porta-sementes; 
 
III - estabelecer exigências administrativas sobre o registro e outras formas de controle de 
pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam à extração, indústria ou comércio de produtos ou 
subprodutos florestais. 
 
Art. 71. A União, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, realizará o 
Inventário Florestal Nacional, para subsidiar a análise da existência e qualidade das florestas do País, 
em imóveis privados e terras públicas. 
 
Parágrafo único. A União estabelecerá critérios e mecanismos para uniformizar a coleta, a 
manutenção e a atualização das informações do Inventário Florestal Nacional. 
 
Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de silvicultura, quando realizada em área apta ao 
uso alternativo do solo, é equiparada à atividade agrícola, nos termos da Lei no 8.171, de 17 de 
janeiro de 1991, que “dispõe sobre a política agrícola”. 
 
Art. 73. Os órgãos centrais e executores do Sisnama criarão e implementarão, com a 
participação dos órgãos estaduais, indicadores de sustentabilidade, a serem publicados 
semestralmente, com vistas em aferir a evolução dos componentes do sistema abrangidos por 
disposições desta Lei. 
 
Art. 74. A Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, de que trata o art. 20-B da Lei no 9.649, de 
27 de maio de 1998, com a redação dada pela Medida Provisória no 2.216-37, de 31 de agosto de 
2001, é autorizada a adotar medidas de restrição às importações de bens de origem agropecuária ou 
florestal produzidos em países que não observem normas e padrões de proteção do meio ambiente 
compatíveis com as estabelecidas pela legislação brasileira. 
 
Art. 75. Os PRAs instituídos pela União, Estados e Distrito Federal deverão incluir mecanismo 
que permita o acompanhamento de sua implementação, considerando os objetivos e metas nacionais 
para florestas, especialmente a implementação dos instrumentos previstos nesta Lei, a adesão 
cadastral dos proprietários e possuidores de imóvel rural, a evolução da regularização das 
propriedades e posses rurais, o grau de regularidade do uso de matéria-prima florestal e o controle e 
prevenção de incêndios florestais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9985.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8171.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8171.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9649cons.htm#art20b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9649cons.htm#art20b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2216-37.htm
76 
 
Art. 76. (VETADO). 
 
Art. 77. (VETADO). 
 
Art. 78. O art. 9o-A da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a seguinte 
redação: 
 
“Art. 9o-A. O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento 
público ou particular ou por termo administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama, limitar 
o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os recursos 
ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. 
 
§ 1o O instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental deve incluir, no mínimo, os 
seguintes itens: 
 
I - memorial descritivo da área da servidão ambiental, contendo pelo menos um ponto de amarração 
georreferenciado; 
 
II - objeto da servidão ambiental; 
 
III - direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; 
 
IV - prazo durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental. 
 
§ 2o A servidão ambiental não se aplica às Áreas de Preservação Permanente e à Reserva Legal 
mínima exigida. 
 
§ 3o A restrição ao uso ou à exploração da vegetação da área sob servidão ambiental deve ser, no 
mínimo, a mesma estabelecida para a Reserva Legal. 
 
§ 4o Devem ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de imóveis competente: 
 
I - o instrumento ou termo de instituição da servidão ambiental; 
 
II - o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental. 
 
§ 5o Na hipótese de compensação de Reserva Legal, a servidão ambiental deve ser averbada na 
matrícula de todos os imóveis envolvidos. 
 
§ 6o É vedada, durante o prazo de vigência da servidão ambiental, a alteração da destinação da 
área, nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento ou de retificação 
dos limites do imóvel. 
 
§ 7o As áreas que tenham sido instituídas na forma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da 
Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, passam a ser consideradas, pelo efeito desta Lei, como de 
servidão ambiental.” (NR) 
 
Art. 78-A. Após cinco anos da data da publicação desta Lei, as instituições financeiras só 
concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais 
que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural - CAR e que comprovem sua regularidade nos 
termos desta Lei. (Incluído pela Medida Provisória nº 571, de 2012). 
Art. 78-A. Após 5 (cinco) anos da data da publicação desta Lei, as instituiçõesfinanceiras só 
concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais 
que estejam inscritos no CAR. (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art9a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4771.htm#art44a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4771.htm#art44a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Mpv/571.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12727.htm
77 
 
Art. 78-A. Após 31 de dezembro de 2017, as instituições financeiras só concederão crédito 
agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos 
no CAR. (Redação dada pela Lei nº 13.295, de 2016) 
 
Parágrafo único. O prazo de que trata este artigo será prorrogado em observância aos novos 
prazos de que trata o § 3o do art. 29. (Incluído pela Lei nº 13.295, de 2016) 
 
Art. 79. A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 
9o-B e 9o-C: 
 
“Art. 9o-B. A servidão ambiental poderá ser onerosa ou gratuita, temporária ou perpétua. 
 
§ 1o O prazo mínimo da servidão ambiental temporária é de 15 (quinze) anos. 
 
§ 2o A servidão ambiental perpétua equivale, para fins creditícios, tributários e de acesso aos 
recursos de fundos públicos, à Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, definida no art. 21 
da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000. 
 
§ 3o O detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-la, total ou parcialmente, 
por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de outro proprietário ou de entidade pública 
ou privada que tenha a conservação ambiental como fim social.” 
 
“Art. 9o-C. O contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental deve ser 
averbado na matrícula do imóvel. 
 
§ 1o O contrato referido no caput deve conter, no mínimo, os seguintes itens: 
 
I - a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou recuperação ambiental; 
II - o objeto da servidão ambiental; 
III - os direitos e deveres do proprietário instituidor e dos futuros adquirentes ou sucessores; 
IV - os direitos e deveres do detentor da servidão ambiental; 
V - os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão ambiental; 
 
VI - a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas judiciais necessárias, em 
caso de ser descumprido. 
 
§ 2o São deveres do proprietário do imóvel serviente, entre outras obrigações estipuladas no 
contrato: 
 
I - manter a área sob servidão ambiental; 
 
II - prestar contas ao detentor da servidão ambiental sobre as condições dos recursos naturais ou 
artificiais; 
 
III - permitir a inspeção e a fiscalização da área pelo detentor da servidão ambiental; 
IV - defender a posse da área serviente, por todos os meios em direito admitidos. 
§ 3o São deveres do detentor da servidão ambiental, entre outras obrigações estipuladas no 
contrato: 
 
I - documentar as características ambientais da propriedade; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13295.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13295.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art9b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm#art9c
78 
 
II - monitorar periodicamente a propriedade para verificar se a servidão ambiental está sendo 
mantida; 
 
III - prestar informações necessárias a quaisquer interessados na aquisição ou aos sucessores da 
propriedade; 
 
IV - manter relatórios e arquivos atualizados com as atividades da área objeto da servidão; 
V - defender judicialmente a servidão ambiental.” 
Art. 80. A alínea d do inciso II do § 1o do art. 10 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1996, 
passa a vigorar com a seguinte redação: 
 
“Art. 10. ..................................................................... 
 
§ 1o ......................................……………………............. 
 
............................................................................................. 
 
II - ...................................................…………................ 
 
............................................................................................. 
 
d) sob regime de servidão ambiental; 
 
...................................................................................” (NR) 
 
Art. 81. O caput do art. 35 da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006, passa a vigorar com 
a seguinte redação: 
 
 “Art. 35. A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação primária ou da vegetação 
secundária em qualquer estágio de regeneração do Bioma Mata Atlântica cumpre função social e é 
de interesse público, podendo, a critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata esta 
Lei ser computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins de 
compensação ambiental ou instituição de Cota de Reserva Ambiental - CRA. 
 
...................................................................................” (NR) 
 
Art. 82. São a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios autorizados a instituir, 
adaptar ou reformular, no prazo de 6 (seis) meses, no âmbito do Sisnama, instituições florestais ou 
afins, devidamente aparelhadas para assegurar a plena consecução desta Lei. 
 
Parágrafo único. As instituições referidas no caput poderão credenciar, mediante edital de 
seleção pública, profissionais devidamente habilitados para apoiar a regularização ambiental das 
propriedades previstas no inciso V do art. 3o, nos termos de regulamento baixado por ato do Chefe do 
Poder Executivo. 
 
Art. 82-A. Ficam estendidos até 5 de maio de 2017 os prazos para inscrição no CAR e para 
adesão ao PRA, previstos, respectivamente, nos art. 29, § 3º, e art. 59, § 2º, exclusivamente para os 
proprietários e possuidores de imóveis rurais a que se referem o art. 3º, caput, inciso V, e parágrafo 
único, e que se enquadrem nos dispositivos do Capítulo XIII. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 724, de 2016) 
 
Art. 83. Revogam-se as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 
1989, e suas alterações posteriores, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9393.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9393.htm#art10%C2%A71iid
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm#art35
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art29%C2%A73
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art59%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art3v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art3p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm#art3p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv724.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Mpv/mpv724.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4771.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7754.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7754.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2166-67.htm
79 
 
Art. 84. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 25 de maio de 2012; 191o da Independência e 124o da República. 
 
DILMA ROUSSEFF 
Mendes Ribeiro Filho 
Márcio Pereira Zimmermann 
Miriam Belchior 
Marco Antonio Raupp 
Izabella Mônica Vieira Teixeira 
Gilberto José Spier Vargas 
Aguinaldo Ribeiro 
Luís Inácio Lucena Adams 
 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 28.5.2012 
 
* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BRASIL.Constituição (1988). Constituiçãoda República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 
Centro Gráfico, 1988 
 
BRASIL. Lei n. 9.985, de 18 de Julho de 2000. Regulamenta o art. 225 § 1º, incisos I, II, III da Constituição 
Federal, institui o Sistema Nacional de Conservação da Natureza e dá outras providências. Diário Oficial 
[da] República Federativa do Brasil. Poder executivo, Brasília, DF, 18 de Julho de 2000. Disponível em : 
http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 10 de fev. 2018. 
 
BRASIL. Lei n. 12.651, de 25 de Maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis 
nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 
2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida 
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil. Poder executivo, Brasília, DF, 25 de Maio de 2012. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 10 de fev. 2018 
 
AMADO, Frederico. Direito ambiental esquematizado.4. ed. São Paulo: Método, 2013. 878p. 
 
SANTOS, Cacilda Lopes. Desapropriação e Política Urbana. Belo Horizonte: Forum, 2010,cap.5. p.94-
113. 
 
THOMÉ, Romeu. Manual de Direito Ambiental. 2. ed. Bahia: Jus Podivm, 2012. 
 
MARÇAL, Justen Filho. Curso de direito administrativo. 6. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2010. p.1248. 
 
DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. cap 6 165-193. 
MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. Atualização de Veralice Celidonio Lopes 
Meireles. 32. ed. São Paulo: Malheiros, 2006. p.549-645 
 
MILARÉ, Édis- A administração ambiental no Brasil. gestão pública do meio ambiente. 7. ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais.2011.cap.6. p. 359-393. 
 
Responsabilidade civil por danos ambientais, acesso em 10 de fevereiro de 2018 > 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1934/Responsabilidade-civil-por-danos-ambientais. 
 
Questões assertivas, acesso em 10 de fevereiro de 2018 >https://www.qconcursos.com/ 
 
Área de reserva Legal, Regularização da Reserva Legal> acesso em 11 de fevereiro de 2018 > 
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/area-de-reserva-legal-arl. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1934/Responsabilidade-civil-por-danos-ambientais
https://www.qconcursos.com/
https://www.embrapa.br/codigo-florestal/area-de-reserva-legal-arl
	Olá queridos Alunos!
	É como grande prazer que lhes apresento o curso de Direito Ambiental com ênfase na inovação nas áreas de preservação de permanente, e reserva legal inserida ao novo Código Florestal (LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.)
	Assim, estudaremos neste breve curso à exploração, sistematização de informações e análise de como o Código Florestal define e limitação tanto das Áreas de Preservação Permanente quanto a Reserva Legal, como nos casos de utilidade pública para fins de...
	3 CONCEITO E MODALIDADES DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA LEGAL.............................................................................................................
	3.2 Reserva Legal.....................................................................................................................
	4.1 Origem.................................................................................................................................
	4.2.3Órgão Central....................................................................................................................
	2.2 Princípios básicos do direito ambiental
	No âmbito do direito ambiental, os princípios também desempenham essas mesmas funções de interpretação das normas legais, de integração e harmonização do sistema jurídico
	Por conta do dano ambiental, a Constituição Federal reconheceu que deve ser dada prioridade áquelas medidas que impeçam o surgimento de lesões ao meio ambiente, o problema é que o principio da prevenção é aplicado em relação aos impactos ambientais co...
	Quanto a medida adotada com base na precaução, ela deverá ser proporcional, coerente (a medida deve ser de âmbito e natureza comparáveis ás medidas já tomadas em domínio equivalentes) e precária (as medidas precaucionais devem ser revistas periodicame...
	II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
	VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
	IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25 , as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo es...
	Embora previsto como órgão de assessoramento imediato ao Presidente da República não teve até o momento qualquer atuação concreta na formulação das diretrizes de ação governamental com relação ao meio ambiente. O lugar tem sido ocupado pelo Conselho N...
	Ao Ministério do Meio Ambiente, como órgão central do Sistema, incumbe planejar, coordenar, supervisionar e controlar a Política Nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.
	5 O PAGAMENTO PELOS SERVIÇOS AMBIENTAIS – PSA COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO
	O homem como um todo e qualquer ser vivo, enquanto agente ecológico, apropria- se dos recursos necessários á manutenção da própria vida. Este comportamento é puramente biológico independe da cultura, sendo a apropriação dos bens naturais limitada a ap...
	As conseqüências socio ambientais são conhecidas em áreas tropicais e familiares aos brasileiros: erosão do solo, desertificação, perda de biodiversidade e produtividade agrícola, redução da disponibilidade hídrica, pobreza e êxodo rural. Foi então qu...
	Concurso: PGE-PI - 2014 - Procurador do Estado | Prova: CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto
	Concurso: PGE-GO - 2013 - Procurador do Estado | Prova: PGE-GO - 2013 - PGE-GO - Procurador do Estado
	Procuradoria - Área de Apoio Jurídico
	Concurso: MPE-SE - 2010 - Promotor de Justiça | Prova: CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de Justiça
	Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.
	Seção I
	Seção II
	Seção I (1)
	Seção II (1)
	Seção I Disposições Gerais
	Seção II (2)
	Seção III

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