Sr. Carlos, proprietário de uma extensa fazenda no bioma Cerrado, denominada "Fazenda Nova Esperança", decidiu modernizar e expandir suas atividades agropecuárias. A propriedade é cortada por um rio perene de 20 metros de largura e possui uma área de Reserva Legal (RL) averbada, correspondente a 20% da área total do imóvel rural. Visando aumentar sua área produtiva, Sr. Carlos construiu um novo galpão para maquinário agrícola a 15 metros da margem do rio, suprimindo vegetação nativa ciliar para tal finalidade. Adicionalmente, converteu 10% (dez por cento) da área de sua Reserva Legal em pastagem para gado, alegando baixo potencial produtivo da vegetação nativa original e a necessidade de otimizar o uso do solo. Durante uma fiscalização de rotina, o órgão ambiental competente constatou que resíduos provenientes da lavagem de seus pulverizadores agrícolas estavam sendo carreados pelas chuvas para um córrego que deságua diretamente nos limites de um Parque Estadual adjacente à sua fazenda. Verificou-se que o plano de manejo deste Parque Estadual, embora existente, ainda não havia delimitado formalmente sua zona de amortecimento. O fiscal também observou que as intervenções na Área de Preservação Permanente (APP) e na Reserva Legal não possuíam a devida autorização do órgão ambiental. Considerando o exposto e a legislação ambiental pertinente, assinale a alternativa correta. Escolha uma: a. A inexistência de zona de amortecimento formalmente delimitada no plano de manejo do Parque Estadual exime Sr. Carlos de qualquer responsabilidade por eventuais danos ambientais causados ao córrego que deságua na unidade de conservação. b. A conversão de 10% da Reserva Legal em pastagem é considerada regular, desde que o proprietário compense essa perda em outra área equivalente, mesmo sem autorização prévia do órgão ambiental competente para a supressão. c. A construção do galpão a 15 metros da margem do rio configura supressão irregular de vegetação em Área de Preservação Permanente, sujeitando Sr. Carlos às sanções administrativas, civis e penais cabíveis. d. As irregularidades constatadas, como o carreamento dos resíduos dos pulverizadores e a supressão de vegetação em APP, configuram exclusivamente infrações de natureza administrativa, não implicando responsabilidade penal na ausência de laudo comprovando dano irreparável. e. A edificação do galpão a 15 metros da margem do rio respeita os limites legais, pois o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) define uma Área de Preservação Permanente de 15 metros para rios com até 20 metros de largura.