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* Reforma Psiquiátrica - política de Saúde Mental no Brasil Profª Ivete S Barreto e Telma Brasil Zanatta Serviços de atendimento em saúde mental e psiquiatria * Reforma Psiquiátrica e política de Saúde Mental no Brasil A Reforma Psiquiátrica é Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais, é um processo político e social complexo. O movimento pela Reforma Psiquiátrica é definido como um processo de crítica e de prática, no sentido de se elaborar propostas para a transformação do modelo clássico e do paradigma da psiquiatria. * Declaração de Caracas. Seus pontos principais são os seguintes: 1. A atenção psiquiátrica hospitalar convencional não atende aos seus objetivos por: Isolar o paciente do meio social e, portanto, promover a segregação Afronta os direitos civis e humanos Consome recursos financeiros Não promove aprendizagem 2. A atenção deve: Salvaguardar a dignidade e os direitos dos pacientes Basear-se em critérios tecnicamente adequados Promover a manutenção do paciente no seu meio 3. As legislações devem assegurar: Respeito aos direitos humanos e civis Organização de serviços comunitários 4. As internações psiquiátricas devem ser feitas em hospitais gerais. * No ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que a Lei Paulo Delgado é sancionada no país. Assim, a Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais. * Os objetivos da reforma psiquiátrica são: a desinstitucionalização, o resgate da cidadania dos portadores de transtornos mentais a transformação cultural na sociedade, visando a superação dos preconceitos e da desinformação. * O processo de desinstitucionalização: Redução de leitos - O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos As residências terapêuticas - Os Serviços Residenciais Terapêuticos, residências terapêuticas ou simplesmente moradias O Programa de Volta para Casa - É um dos instrumentos mais efetivos para a reintegração social das pessoas com longo histórico de hospitalização * A rede de cuidados na comunidade A rede de atenção à saúde mental é composta por: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), Centros de Convivência, Ambulatórios de Saúde Mental Hospitais Gerais caracteriza-se por ser essencialmente pública, de base municipal e com um controle social fiscalizador e gestor no processo de consolidação da Reforma Psiquiátrica. * Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. É o surgimento destes serviços que passa a demonstrar a possibilidade de organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. É função dos CAPS: prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando assim as internações em hospitais psiquiátricos; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica. * Tipos de Caps: CAPS I - são os Centros de Atenção Psicossocial de menor porte, capazes de oferecer uma resposta efetiva às demandas de saúde mental em municípios com população entre 20.000 e 50.000 habitantes; CAPS II - são serviços de médio porte, e dão cobertura a municípios com mais de 50.000 Habitantes; CAPS III - são os serviços de maior porte da rede. São serviços de grande complexidade, uma vez que funcionam durante 24 horas em todos os dias da semana e em feriados; CAPS i - Especializados no atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais; CAPS ad - Especializados no atendimento de pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas. * Saúde Mental na atenção primária: articulação com o programa de saúde da Família Saúde Mental e Inclusão social A política de álcool e outras drogas * Os principais desafios da Reforma Psiquiátrica Acessibilidade e eqüidade; Formação de Recursos Humanos; O debate cultural: estigma, inclusão social, superação do valor atribuído ao modelo hospitalocêntrico, papel dos meios de comunicação; O debate científico: evidência e valor. * Conheça a Lei nº 10216 - De 06 de abril de 2001 – que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental * A Lei 10. 216/2001 relaciona os seguintes direitos da pessoa com transtorno mental: Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, conforme suas necessidades; Ser tratada com humanidade e respeito, no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela integração na família, no trabalho e na comunidade; Ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; Ter garantia de sigilo nas informações prestadas; Ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; Receber o maior número de informação a respeito de sua doença e de seu tratamento; Ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasívos possíveis; Ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. * Referência Bibliográfica: CHAMMA, R de C et all – Papel do enfermeiro em enfermagem em saúde mental e psiquiátrica, in: Enfermagem psiquiátrica em suas dimensões assistenciais.Ed. Manole. 2008. São Paulo. Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil - Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental : 15 anos depois de Caracas.. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação Geral de Saúde Mental. OPAS - Brasil. Brasília, novembro de 2005. Bom Estudo !!!
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