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Sociologia – Atividade Dissertativa – SOLANGE MARQUES
Além da busca pela compreensão das causas e consequências do que acontece ao redor do mundo, tal busca se dá em antecipar, estudar, eventos para as gerações futuras. Então a Sociologia é uma ciência extremamente importante para o mundo em que vivemos para nos ajudar a encontrar soluções aos males da atualidade, como a educação, desigualdade social, criminalidade e outros.
Comte defendia a ideia de que para uma sociedade funcionar corretamente, precisa estar organizada e só assim alcançará o progresso. Porém, precisamos analisar o indivíduo separadamente, pois o homem busca cada vez mais, reconhecimento, seja no trabalho ou em um grupo social, fazendo com que indivíduos acabem por se afastar de seus contatos sociais mais importantes, sendo este a família, precursora de tradições. E tal afastamento acarreta na maioria dos casos, em intolerâncias no que diz respeito às diferenças sociais, sejam elas religiosas ou políticas, por exemplo, de um indivíduo ou grupo. Tudo isso ajuda a aumentar ainda mais os problemas atuais. Sendo assim, o cenário se abre para a imaginação sociológica, que trabalha através da visualização individual da sociedade como um prisma atuante fora do meio correspondido, se livrando de perspectivas pessoais carregadas pelo cultural que circunda o indivíduo em questão. “A imaginação sociológica é uma ferramenta que nos proporciona poder. Ela nos permite olhar para além de uma compreensão limitada do comportamento humano...” (SCHAEFER, Richard T., 2016, p.6).
Já o pensador Durkheim entendia que a sociedade era um organismo que funcionava como um corpo, onde cada órgão tem uma função e depende dos outros para sobreviver. Analisando o que ele expõe, vemos que o que importa é o indivíduo se sentir parte do todo, pois caso contrário ocorrerá anomalias sociais, deteriorando o tecido social. “Efetivamente, acreditava que as ações escolhidas para serem praticadas não eram aleatórias, mas produtos do conhecimento social que induz os indivíduos a reproduzirem. Assim, os fatos sociais seriam as ações que têm sentido quando praticadas em sociedade.” (Nascimento, Aline Michele, 2018, p.7). Com isto, vemos que Durkheim defende que o comportamento individual se dá por meio dos fatos sociais, fatos estes gerados pelas convenções impostas pelos poderes dentro da sociedade.
Então temos uma diferença entre Comte e Durkheim: o primeiro crê que se tudo estiver em ordem, a sociedade viverá bem. Ele a elevou à condição de SER, com uma natureza e leis próprias, mas não levou em consideração os diferentes tipos de sociedades existentes, colocando essas diferenças como etapas distintas de uma mesma evolução. Ele pretendia explicar o movimento social consolidado, colocando os fatos sociais como idênticos em todos os lugares, variando apenas na sua intensidade. Enquanto Durkheim sugeriu a observação das várias sociedades, não como pertencentes a uma evolução que desemboca no mesmo lugar, mas como espécies distintas de um organismo cujas observações e comparações nos levariam a conhecer tal organismo. Defende que não se pode receitar os mesmos “remédios” que serviu a uma sociedade para resolver os “males” sociais de outras sociedades. 
Porém, sob a perspectiva de Max Weber, ele entende que a sociedade não funciona de forma tão simples e nem pode ser harmoniosa como pensam Comte e Durkheim, mas também não propõe uma revolução como faz Marx, mas justifica que o papel da Sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem na sociedade, buscando apreender desses fenômenos os ensinamentos e sistematizá-los para uma melhor compreensão, é por isso que sua Sociologia é tida como compreensiva. Enquanto a Sociologia de Conte é positivista, a de Durkheim estuda os fatos sociais.
Cabe ainda falarmos sobre Karl Marx, que consegue visualizar em suas teorias, a consciência de classe, que estuda com base no sistema capitalista, as desigualdades estruturais que percorrem as sociedades no mundo e também, quais são suas influências nos meios de produção e nas relações entre o proprietário e o operário. Conceituando sua teoria do mais-valia, a alienação do trabalhador e o materialismo histórico, que classifica as transformações históricas como derivadas das relações de produção.
Por fim, mas não menos importante, temos o Construtivismo Bourdieusiano. O sociólogo Bourdieu sempre manteve uma concepção pessimista em relação à escola e ao sistema educacional, ele entendia como uma grande ilusão afirmar que o sistema escolar é um facilitador da mobilidade social, quando na verdade na escola se demonstra como o ambiente onde todas diferenças de classes não são atenuadas e assim coopera com a conservação social. São essas noções que posteriormente fundamentam afirmações sobre a legitimidade das desigualdades sociais e meritocracia. que trata sobre a abordagem sociológica construtivista oferece um novo arcabouço para se pensar as desigualdades sociais, apontando instituições, como a escola, como responsáveis pela manutenção do problema.
Em termos gerais, a sociologia é uma ciência preocupada com a compreensão da sociedade. Trata de objetos de estudo como a relação humana, relação entre grupos humanos. Enquanto o senso comum é, em seu lugar, um conjunto de conhecimentos empíricos que, conectados, contribuem e contribuíram para o avanço social, dada sua acertividade prática e eficiência social. Diferem-se, no entanto, por conta das características mais científicas que a sociologia possui, aliada aos seus métodos.
A Sociologia é importante para o mundo contemporâneo, assim como outras ciências, porque ela volta especificamente para a compreensão dos problemas sociais, e assim adquire reflexões e debates sobre estes problemas com o intuito de, além de gerar pensamentos também gerar soluções.

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