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PSICOLOGIA JURÍDICA - SDE4821 Semana Aula: 1 O trabalho da Psicologia junto ao Direito Tema História da Psicologia Jurídica e atribuições do psicólogo jurídico no Brasil. Palavras-chave Psicologia Jurídica - Psicologia do Testemunho - Psicólogo Jurídico Objetivos Entender as diferentes terminologias na área da Psicologia Jurídica; Analisar a evolução histórica da Psicologia Jurídica; Compreender as atribuições do Psicólogo Jurídico no Brasil. Estrutura de Conteúdo UNIDADE I O trabalho da Psicologia junto ao Direito 1.1 Psicologia: Psicologia forense, Psicologia Jurídica, Psicologia Judiciária 1.2 Primórdios da Psicologia Jurídica 1.3 Psicologia do Testemunho 1.4 Psicologia Jurídica no Brasil 1.5 Atribuições do psicólogo jurídico no Brasil A apresentação do Plano de Ensino será realizada e a explicação de como será apresentado o conteúdo a ser estudado durante o semestre, assim como os procedimentos de avaliação. Ao apresentar a importância do trabalho da Psicologia junto ao Direito, deve ser enfatizada a realidade atual do trabalho do psicólogo nas diferentes áreas do Judiciário. 1.1 Psicologia: Psicologia forense, Psicologia Jurídica, Psicologia Judiciária Inicialmente, deve ser estabelecida a diferença entre os termos Psicologia Forense, Psicologia Jurídica e Psicologia Judiciária. Psicologia Forense - o trabalho do psicólogo na execução penal objetivando a reintegração social do preso e o realizado nas Centrais de Penas e Medidas Alternativas, assim como a assistência técnica psicológica realizada no Ministério Público e nos serviços criados pela Lei Maria da Penha e nos CREAS. Psicologia Jurídica - Psicologia Jurídica como o conjunto universo de todas essas práticas, nela se inserindo aquelas realizadas nos órgãos cujo fundamento é evitar a jurisdicionalização dos conflitos (Defensoria Pública e Conselho Tutelar), bem como naqueles voltados a atender pessoas em situação de vulnerabilidade social (CRAS) ou sob risco de rompimento de vínculos familiares (CREAS), quando o psicólogo insiste em uma prática genuinamente psicológica. Psicologia Judiciária - as práticas realizadas pelo psicólogo funcionário dos Tribunais de Justiça e as de todos que a eles se equiparam ao proceder a estudo psicológico sob determinação judicial de envolvidos em processos judiciais com quem nunca mantiveram contato prévio, além da realização de exame criminológico pelo psicólogo que atua no sistema prisional. Na disciplina a Psicologia Jurídica é concebida como contendo a Psicologia Forense, que contém a Psicologia Judiciária, segundo Oliveira (2016). 1.2 Primórdios da Psicologia Jurídica Ao realizar uma análise histórica da Psicologia até chegarmos ao seu trabalho junto ao Direito, podemos começar com um breve resumo da história da Psicologia, até o seu reconhecimento como uma ciência, com os seus trabalhos em laboratórios, que levou ao interesse do Direito por essa prática científica que estudava os processos mentais e o comportamento. 1.3 Psicologia do Testemunho A psicologia do testemunho, na sua evolução histórica, inicialmente era considerada a verificação, através do estudo experimental dos processos psicológicos, a fidedignidade do relato do sujeito envolvido em um processo jurídico. Esta fase inicial foi muito influenciada pelo ideário positivista, importante nesta época, que privilegiava o método científico empregado pelas ciências naturais, enfatizando a prática profissional do psicólogo, nesta área, voltada para a perícia, exame criminológico e laudos psicológicos baseados no psicodiagnóstico. Entretanto, os laudos repetiam os preconceitos que a sociedade já tinha com relação ao criminoso, com relação a alguém que vai para a prisão. 1.4 Psicologia Jurídica no Brasil A inserção da Psicologia Jurídica enquanto ramo da Psicologia, no contexto brasileiro, se deu de forma lenta e gradual. Os primeiros trabalhos ocorreram muitas vezes de forma informal e voluntária.Um importante texto para ser utilizado neste item é: Um breve histórico da Psicologia Jurídica no Brasil e seus campos de atuação. 1.5 Atribuições do Psicólogo Jurídico A Psicologia Jurídica é um campo amplo de atuação e engloba o trabalho desenvolvido por psicólogos no Poder Judiciário, em delegacias, no Ministério Público, em Defensorias Públicas e, até mesmo, em instituições de saúde mental. De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, os psicólogos jurídicos podem: desenvolver atividades de pesquisa visando a construção e a ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito, prestar assessoria na formulação, revisão e execução de leis, realizar atendimento psicológico, elaborar documentos, entre outras atribuições. Embora seja amplo o campo de atuação de psicólogas e psicólogos jurídicos, a demanda destes profissionais ainda se encontra muito voltada à perícia psicológica. Isto porque, a avaliação psicológica ou a perícia psicológica é uma atividade constantemente requisitada neste contexto, já que pode servir como uma prova judicial e, consequentemente, subsidiar a decisão de juízes em um processo jurídico. Assim sendo, há uma errônea interpretação de que a atuação do psicólogo jurídico se restringe à elaboração de laudos e pareceres psicológicos. Outra visão equivocada é de que cabe a este profissional a aplicação da lei ou determinar o percurso de um processo judicial. Um documento importante para uma melhor compreensão desta atuação profissional é o documento do Conselho Federal de Psicologia que foi realizado para integrar o Catálogo Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho. Estratégias de Aprendizagem Durante a sala de aula, esteja atento / a às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com o seu professor e tire as dúvidas provenientes do conteúdo apresentado na aula. Após a sala de aula desenvolva atividades de estudo, retomando e aprofundando os conteúdos apresentados pelo professor. Indicação de Leitura Específica CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Atribuições profissionais do psicólogo no Brasil. Brasília: CFP, 1992. LAGO, V. de M.; AMATO, P.; TEIXEIRA, P. A.; ROVINSKI, S. L. R.; BANDEIRA, D. R. Um breve histórico da Psicologia Jurídica e seus campos de atuação. Estudos de Psicologia 26(4): 483-491, outubro - dezembro 2009 OLIVEIRA, Edson Alves de. Psicologia jurídica, forense e judiciária: relações de inclusão e delimitações a partir dos objetivos e da imposição de imparcialidade. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) - Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Aplicação: articulação teoria e prática Apresentação de alguns trechos do vídeo: Entre o direito e a Lei: uma História da Psicologia Jurídica em São Paulo, do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=_xGg57hdO5E Acesso em 08 dez.2019. Considerações Adicionais Leitura para a próxima aula: SOUZA, C. J. Psicologia jurídica: encontros e desencontros em sua prática. Disponível em https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/artigos-discursos-e- entrevistas/artigos/2014/psicologia-juridica-encontros-e-desencontros-em-sua-pratica- servidora-cristiana-jobim-souza Acesso em 08 dez.2019. https://www.youtube.com/watch?v=_xGg57hdO5E https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2014/psicologia-juridica-encontros-e-desencontros-em-sua-pratica-servidora-cristiana-jobim-souza https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2014/psicologia-juridica-encontros-e-desencontros-em-sua-pratica-servidora-cristiana-jobim-souza https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/artigos-discursos-e-entrevistas/artigos/2014/psicologia-juridica-encontros-e-desencontros-em-sua-pratica-servidora-cristiana-jobim-souza
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