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MODELO DE QUEIXA CRIME 2018

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Modelo de Queixa-Crime
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE JAGUARIÚNA /SP
IP n°--------
Antonio da Costa, brasileiro, casado, enfermeiro, portador do RG de n° 61.987.677-5, inscrito sob o nº de CPF 451.267.531-43, residente na Rua Alfredo Engler 516, bairro Centro, da cidade de Jaguariúna – SP, por intermédio de sua advogada e bastante procuradora que esta subscreve, vem respeitosamente, perante vossa excelência, oferecer 
QUEIXA-CRIME, com fulcro nos arts. 30 e 41 do CPP, em face do Querelado João Álvares, brasileiro, solteiro, consultor de vendas, portador do RG 33.789.052-7, inscrito sob o nº de CPF 272.553.969-87, residente na Rua Minas Gerais 96, Bairro Dom Bosco, da cidade de Jaguariúna-SP, pelas razões de fato e de direito. 
DOS FATOS
O querelante, em 01/01/2020, comprou do Querelado o veículo de marca VW/Gol, ano 2012, no importe de R$30.000,00 (trinta mil reais), e ficou acordado que o pagamento seria em três parcelas iguais, sendo a primeira no ato da compra e as demais em 30 e 60 dias. 
Assim sendo, o querelante efetuou o pagamento das duas primeiras parcelas, no entanto, ficou inadimplente quanto à terceira, que venceu em 01/03/2020.
Isto posto, no dia 01/04/2020, o querelado dirigiu-se à residência do querelante, portando a cópia da chave do veículo, a fim de receber a quantia devida. Contudo, ao notar que não havia ninguém na residência e que o portão da garagem estava aberto, o querelado adentrou à casa do querelante, sem nenhum consentimento, e retirou o veículo do local.
No momento em que o querelado estava deixando o local, o querelante apareceu e questionou tal atitude. Não obstante, o querelado respondeu da seguinte forma: “seu vagabundo, caloteiro, tá pensando que eu sou criança”. 
Logo após o ato, o querelado deixou o local rapidamente, “cantando” pneu.
Vale ressaltar que, ambos os vizinhos do querelante presenciaram o ocorrido.
DO DIREITO 
Da Competência dos Juizados Especiais
O assunto em questão é de competência deste juízo, tendo em vista, que a pena em abstrato dos crimes imputados não perpassa 2 (dois) anos, atendendo desta maneira as condições do artigo 61 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais).
Feito deste modo, a obrigatoriedade de aplicação dos fatos delitivos imputados ao réu neste feito em concurso formal a pena máxima em concreto não passará dos limites legais.
Do exercício arbitrário das próprias razões
Diante dos fatos supracitados, evidencia-se a conduta justiceira do querelado na busca em fazer justiça com as próprias mãos, não respeitando o fato de que as divergências entre as pessoas devem ser dirimidas pelo poder judiciário. Tal conduta incide no delito do exercício arbitrário das próprias razões previsto no artigo 345 do Código Penal:
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência. Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Nestes termos, a Constituição Federal em seu artigo 5° inciso XI assegura de forma explícita:
Art. 5°. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:”
XI – “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial.”
Deste modo, analisa-se que à atitude do querelado não foi realizada em decorrência de nenhuma das hipóteses taxativamente delimitadas acima. A conduta se deu pela finalidade de fazer justiça com as próprias mãos, ou seja, recuperar o bem por via própria, não respeitando direito fundamental presente na Constituição, a inviolabilidade domiciliar.
Da Difamação
 Em conformidade com os fatos já narrados nesta, é fato que a atitude do Querelado incorreu também no crime de difamação tipificado no código penal no artigo 139 que diz:
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
O crime de difamação é a imputação de um fato ofensivo à reputação. O fato ofensivo deve, necessariamente, chegar ao conhecimento de terceiros, pois o que é protegido pela lei penal é a reputação do ofendido.
Assim sendo, é notório que, o querelado ao expressar as seguintes palavras, “vagabundo, caloteiro” ofendeu a reputação do querelante na frente de seus vizinhos.
DO PEDIDO
Ante o exposto, tendo o querelado infringido os dispostos nos arts. 139 e 345 do Código Penal, requer:
a) Seja designada audiência preliminar para eventual composição e transação, ou então se infrutífera, seja intimado para apresentação de defesa preliminar;
b) O recebimento da queixa-crime;
c) Citação e designação de audiência de instrução;
d) A oitiva das testemunhas ao final arroladas;
e) A condenação do querelado pela prática do crime do exercício arbitrário das próprias razões;
f) A fixação do valor mínimo de R$ 1.000,00 para pagamento de indenização.
À causa atribui-se o valor de R$ 1.000,00.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Jaguariúna - SP, 01 de janeiro de 2020
 Advogada /OAB--------
Antonio Da Costa/451.267.531-43 
 Querelante/CPF
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1) Marcos Gonçalves, brasileiro, casado, dentista, portador do RG 32.594.876-3 e inscrito sob o CPF 324.985.226-98, residente na rua Joaquim pires 43, bairro Nassif na cidade de Jaguariúna-SP;
2) Michel Campos, brasileiro, solteiro, vendedor, portador do RG 89.967.222-5 e inscrito sob o CPF 001.878.117-74, residente na Avenida Pacífico Moneda 200, bairro Vargeão na cidade de Jaguariúna-SP;

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