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Petição Queixa crime

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE - MG
PENÉLOPE CHARMOSA, brasileira, casada, síndica, RG n°0000, CPF n°0000, domiciliada na Rua Rio de Janeiro, n° 999, Edifício das Andorinhas, bairro Centro, Belo Horizonte – MG, doravante denominada querelante, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através do seu procurador que esta subscreve (procuração com poderes especiais anexa), com fulcro nos artigos 30, 41 a 44 do Código de Processo Penal c/c artigo 100 § 2° do Código Penal, oferecer 
QUEIXA-CRIME
Em face DICK VIGARISTA, brasileiro, solteiro, comerciante, domiciliado na Rua Rio de Janeiro, n° 999, Edifício das Andorinhas, bairro Centro, Belo Horizonte- MG, doravante denominado, querelado, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos: 
I - DOS FATOS
 Em data 22/05/2013. O Sr. Dick Vigarista, atualmente Presidente do conselho fiscal do Condomínio do Edifício Andorinhas, situado na Rua Rio de janeiro, nº 999, Centro de Belo Horizonte, anexou no quadro de aviso do vão de entrada próximo ao acesso aos elevadores do edifício acima citado, onde circula várias pessoas por dia, uma carta, notificando que a Sr.ª Penélope Charmosa, teria se apropriado de uma quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) proveniente do pagamento das taxas de condomínio pelos moradores daquele condomínio.
 No ter desta carta o Sr. Dick Vigarista apontava irregularidade nas contas do condomínio, onde este alegava ter desenvolvido minucioso balancete financeiro referente ao período entre março de 2012 e fevereiro de 2013.
 Ocorre que, Penélope, contratou uma empresa de contabilidade que, após analisar as contas do condomínio, nada constatou de errado. 
 Após algumas diligencias Penélope, descobriu que Dick Vigarista assim agiu, porque queria denegrir a sua imagem, com o intuito de ocupar o seu cargo de sindica.
 Por fim, a Querelante solicita que Vossa Excelência CONDENE o Querelado nas penas dos art. 138 c/c 141, III do Código Penal brasileiro, preenchidos os requisitos legais, inclusive aos Princípios da Ampla Defesa e do Contraditório. Que ao final seja julgado procedente o presente feito, pois, além de legítima a pretensão da parte autora, provados estarão os fatos e os pressupostos essenciais da demanda, originadas pela ação lesiva da parte demandada.
.
II - DO DIREITO 
 Por essa razão, em razão do ataque sofrido, não restou alternativa ao querelante senão ajuizar esta ação contra o querelado. O querelado, ao dizer que o querelante apropriou-se da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) proveniente do pagamento das taxas de condomínio, cometeu o crime tipificado no artigo 138 do Código Penal, pois se trata de afirmação falsa. Vejamos : 
“Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção de meses a dois anos." 
 Ademais, como o crime foi praticado na presença de várias pessoas quando anexou a carta no vão de entrada do Edifício, imperiosa a aplicação da causa de aumento de pena prevista no art. 141, III, do Código Penal.
“Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.”
 Portanto, está demonstrada, sem dúvida alguma, a hipótese do crime de calúnia, previsto no art. 138, somado à causa de aumento prevista no art. 141, III, ambos do Código Penal, devendo o querelado ser condenado por sua prática.
 Para a caracterização do Crime de Calúnia, o agente não necessariamente precisa ter consciência de que é falsa suas afirmações, mas basta que haja a incerteza da autoria, para que este assuma os riscos decorrentes da ofensa a integridade moral alheia. Assim sendo, é oportuna a transcrição dos textos jurisprudenciais, que firma entendimento quanto ao assunto, senão vejamos:
"Na calúnia, a culpabilidade compreende a vontade e a consciência de imputar a outrem, perante terceiro, fato definido como crime, sabendo ao agente que, assim agindo, pode atingir a reputação da vítima. Irrelevante à configuração do delito a existência de certeza de falsidade por parte do acusado. Basta ao reconhecimento do crime a ocorrência de dúvida na mente do réu, uma vez que apesar da incerteza, age assumindo o risco de criar condição pela qual a possível inverdade afirmada pode determinar lesão à honra alheia" (TACRIM - SP - AC - Rel. Mello Almada - JUTACRIM 33/276)."
III - DO PEDIDO 
 Ante o exposto, requer o/a querelante seja recebida esta queixa-crime, citando o querelado para apresentação de defesa preliminar e, uma vez deflagrada a ação penal, pugna-se, após regular instrução do feito, pela procedência da pretensão punitiva ora deduzida, condenando-o nas penas do artigo 13 c/c 141 do código penal. Requer, ainda, a intimação das testemunhas abaixo arroladas, bem como o cumprimento do disposto no artigo 45, do Código de Processo Penal.
ROL DE TESTEMUNHAS:
Maria Helena Souza, Rua Rio de Janeiro, 999 apto. 702 Centro Belo Horizonte
Nilda Joaquina, Rua Rio de Janeiro, 999 apto. 101, Centro Belo Horizonte
Cecília Meireles, Rua Rio de Janeiro, 999 apto. 305, Centro Belo Horizonte
Rosa Maria, Rua Rio de Janeiro, 999 apto. 202, Centro Belo Horizonte
Nestes termos,
Requer deferimento
Belo Horizonte, 10/06/2016
--------------------------------------------
KARINE GARUZZI CALDEIRA
 OAB/MG
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 PENÉLOPE CHARMOSA
PROCURAÇÃO 
Pelo presente instrumento particular de mandato, eu, PENÉLOPE CHARMOSA, brasileira, casada, residente na rua Rio de Janeiro, n° 999, bairro Centro, Belo Horizonte – MG, constituo e nomeio minha bastante procuradora, a Dr.ª. KARINE GARUZZI CALDEIRA, brasileira, solteira, advogada inscrito na OAB/MG sob o n° 27327, com escritório profissional na Rua Hortência, n° 52, Esplanada, Belo Horizonte-MG, a quem concedo os poderes da cláusula ad judicia, em especial para ajuizar queixa-crime contra DICK VIGARISTA, brasileiro, solteiro, residente na rua Rio de Janeiro, n° 999, apto 502, bairro Centro, Belo Horizonte MG, pelo fato de ter no dia 22/05/2013. anexou no quadro de aviso do vão de entrada próximo ao acesso aos elevadores do edifício acima citado, onde circula várias pessoas por dia, uma carta, notificando que a Sr.ª Penélope Charmosa, teria se apropriado de uma quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) proveniente do pagamento das taxas de condomínio pelos moradores daquele condomínio Concedo, ainda, ao outorgado, poderes especiais para confessar, transigir, desistir, receber e dar quitações, renunciar e firmar compromisso, podendo, ainda, substabelecer, com ou sem reserva de poderes. 
Belo Horizonte, 10 de junho de 2016.
 
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 PENÉLOPE CHARMOSA

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