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USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO 
Curso de Fisioterapia 
 
HELOISA BONETTI MAFFEI 
KAREN PATRICIA CAMARGO 
 
 
 
 
 
USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM 
DOENÇA DE PARKINSON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bragança Paulista 
2017 
HELOISA BONETTI MAFFEI - R.A. 001201302302 
KAREN PATRICIA CAMARGO - R.A. 001201302425 
 
 
 
 
 
USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃODE INDIVÍDUOS COM 
DOENÇA DE PARKINSON 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bragança Paulista 
2017 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Fisioterapia 
da Universidade São Francisco, 
como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel em Fisioterapia. 
Orientadora Temática: Profª. Mª. 
Gianna Carla Cannonieri Nonose 
Orientadora Metodológica: Profª. Mª. 
Grazielle Aurelina Fraga de Sousa 
 
HELOISA BONETTI MAFFEI 
KAREN PATRICIA CAMARGO 
 
USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃODE INDIVÍDUOS COM 
DOENÇA DE PARKINSON 
 
 
 
 
 
 
 
Banca examinadora: 
___________________________________________________________ 
Profª. Mª. Gianna Carla Cannonieri Nonose (Orientadora Temática) 
Universidade São Francisco 
___________________________________________________________ 
Profª. Mª. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica) 
Universidade São Francisco 
___________________________________________________________ 
Profª. Mª. Manuela Amaral Mucci Casanova (Convidada) 
Universidade São Francisco 
 
Bragança Paulista 
2017 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Fisioterapia 
da Universidade São Francisco, 
como requisito parcial para obtenção 
do título de Bacharel em Fisioterapia. 
Data de aprovação: ___/___/___ 
AGRADECIMENTOS 
Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida. Aos nossos pais, familiares e 
namorados pela compreensão, incentivo e apoio nos estudos; aos pacientes pelo 
compromisso; as professoras Gianna e Grazielle por compartilhar conosco seus 
conhecimentos; a nós pela cumplicidade, paciência e incentivos ao decorrer desta longa 
jornada e a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte de nossas formações. 
 
 
 
Heloísa Bonetti Maffei 
Karen Patrícia Camargo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota no mar. 
Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.” 
Madre Teresa de Calcutá 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7 
2 OBJETIVO................................................................................................................. 14 
2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 14 
2.2 Objetivo específico ................................................................................................. 14 
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 15 
4 ARTIGO CIENTÍFICO................................................................................................ 18 
5 ANEXOS ................................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
A Doença de Parkinson (DP) foi descrita em 1817 por James Parkinson que a 
denominou como “Paralisia Agitante” (ANDRADE, BARSOTTINI, FERRAZ, 2013; MELNIK, 
1994). Os indivíduos, mesmo estando, “paralisados” apresentavam movimentos de tremores 
intensos e rítmicos que aconteciam geralmente nos membros superiores, mais 
especificamente nas mãos (DORETTO, 1996). 
A DP é uma patologia crônica e degenerativa que atinge os neurônios dopaminérgicos 
da substância negra localizado no mesencéfalo do sistema nervoso central (SNC) 
(MACHADO, 2000; MELNIK, 1994). Faz parte de um grupo de distúrbios que é 
caracterizado por tremor e perturbação do movimento voluntário, da postura e do equilíbrio 
(GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). Segundo JANKOVIC (2008), outros sinais clínicos 
consideráveis são apresentados no Quadro 1: 
QUADRO1: Sinais clínicos que podem envolver indivíduos com DP. 
Micrografia Disartria Disfunção sexual 
Alteração da voz Depressão Sialorréia 
Distúrbios da marcha Demência Seborréia 
Dores Distúrbios do sono Disfunção olfatória 
Parestesias Fáceis em máscara Hiperidrose 
Câimbras Bradifrenia Hipotenção ortostática 
Disfagia Incontinência urinária 
 
A progressão da DP pode causar uma diminuição da independência funcional nas 
atividades de vida diária (AVD), alterações no sistema de controle motor e também 
alterações cognitivas, aumentando o risco de quedas (BLOEM, GRIMBERGEN e DJIK, 
2006), além da imobilidade em casos mais graves gerando perda de peso, complicações 
respiratórias e também úlceras (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). 
A Dopamina (DA) é responsável por modular o circuito dos Núcleos da Base (NB) e 
atua facilitando o movimento na via direta e inibindo a via indireta, fazendo com que haja a 
facilitação da execução do movimento. As duas vias passam pelo tálamo e chegam ao 
córtex (GOLDMAN-RAKIC e SELEMON, 1990) como demonstra a FIGURA 1 do estudo de 
GODEIRO, FELÍCIO e PRADO (2006). Os NB são formados por cinco núcleos subcorticais, 
denominados: núcleo caudado, putamen, globo pálido, núcleo subtalâmico e substância 
negra. A substância negra é dividida em duas partes chamadas de zonas, a zona pálida 
8 
 
ventral e a zona pigmentada escura. Os núcleos subcorticais participam do controle do 
movimento, além de processos cognitivos, emocionais e motivacionais (MACHADO, 2000); 
têm envolvimento com os aspectos superiores do controle motor, ou seja, estão envolvidos 
com o planejamento e a execução do desempenho motor. Quando alguma patologia afeta 
esses núcleos o organismo apresenta alterações de movimentos involuntários como o 
tremor, lentidão do movimento e mudança de tônus muscular e de postura; pode gerar tanto 
a lentificação do movimento como a acinesia que ocorre na DP, quanto movimentos 
excessivos como a coréia, que acontece na Doença de Huntington (CARR e SHEPHERD, 
2008). A DA possui dupla função para poder regular o movimento, ela ativa a via direta e 
inibe a via indireta, portanto, na DP, por conta da perda de DA, a via direta encontra-se 
hipoativa enquanto a via indireta fica hiperativa, desencadeando as alterações do 
movimento (STANDRING, 2010). 
 
FIGURA 1: Circuito dos Núcleos da Base. Fonte: GODEIRO, FELÍCIO e PRADO 
(2006, p. 51). 
As concentrações de DA têm seu maior aumento dos 5 aos 20 anos de idade e após 
esse período, sofre uma diminuição lenta e progressiva entre os 20 aos 80 anos. Não existe 
uma causa aparente para o aparecimento da DP, sua incidência vem sendo distribuída de 
igual para igual entre homens e mulheres. Tem como principais sintomas a bradicinesia, 
caracterizada por movimentos lentos, a rigidez, anormalidades de postura e marcha, a 
escrita com letra pequena, denominada micrografia, e o mais conhecido popularmente, o 
tremor (MELNIK, 1994). A evolução dessa patologia pode ser rápida, mas também pode 
9 
 
evoluir de forma lenta, e por esse motivo, algumas vezes pode não ser identificada pelos 
sujeitos e seus familiares (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). 
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o uso do medicamento 
Levodopa tem uma grande eficácia no tratamento dos sintomas da DP, porém, como todo o 
medicamento pode gerar reações adversas como distúrbios psiquiátricos como depressão, 
ansiedade, insônia, alucinações; distúrbios neurológicos como movimentos involuntários, 
freezing, sonolência excessiva; distúrbios cardiovasculares como arritmias cardíacas e 
hipotenção ortostática; reações alérgicas; náuseas; entre outros (ANVISA, 2016). 
O medicamento Levodopa, quando administrado,atravessa a barreira 
hematoencefálica, quando no interior da célula, a enzima dopa-descarboxilase transforma-o 
em DA (DORETTO, 1996; HADDAD, 1995). No entanto, apenas a administração de DA não 
atravessa a barreira, não surtindo efeito para o tratamento (DORETTO, 1996). Portanto, 
POEWE (2010), concluiu em seu estudo que a Levodopa é o medicamento padrão-ouro 
para a terapia da DP, controlando as características motoras cardinais da doença, podendo 
ter a diminuição do risco de quedas em alguns indivíduos quando a rigidez é diminuída 
(MELNIK, 1994). 
Outro medicamento que também é eficaz no tratamento da DP é o Dicloridrato de 
Pramipexol, ele alivia as disfunções motoras que a DP gera, através de estimulação dos 
receptores de dopamina no corpo estriado; este pode ser usado em conjunto com a 
Levodopa e também somente como monoterapia. É comum gerar tonturas, discinesias, 
sonolências e náuseas e também insônia, confusões mentais, cefaléias, etc (ANVISA, 
2016). 
Alterações do globo pálido promovem as alterações da estabilidade postural, gerando 
a diminuição do equilíbrio, além das outras alterações de marcha e posturas (HADDAD, 
1995). A instabilidade postural é considerada um importante elemento contribuinte para a 
incapacidade, propicia ao indivíduo com DP a ocorrência de maior incidência de quedas, 
promovendo várias outras repercussões ao indivíduo. Umas das causas que geram pouco 
equilíbrio é a incapacidade de realizar os ajustes antecipatórios (CARR e SHEPHERD, 
2008). 
Para a explicação do controle da postura ereta durante o movimento, FRANK e EARL 
(1990) e MOCHIZUKI e AMADIO (2003) afirmam que esse controle é dado por meio das 
estratégias de feedback baseado na excitação do sistema sensorial, com os receptores 
visuais, vestibulares, cutâneos e proprioceptivos que consequentemente ativam o controle 
automático do movimento. A postura ereta também pode ser atribuída por uma preparação 
10 
 
postural que é feita antes do início do movimento, essa preparação é dada por um aumento 
da base de suporte e uma estabilização das articulações através da co-contração muscular. 
FRANK e EARL (1990) afirmam que o controle postural é essencial para que haja uma 
execução eficiente dos movimentos voluntários. Segundo FLORES (2009), o controle do 
equilíbrio é realizado de forma inconsciente pelo organismo quando o mesmo se encontra 
sem alterações, porém quando ele está alterado, os indivíduos têm uma grande dificuldade 
em se adaptar para manter o equilíbrio, acarretando várias alterações na vida do indivíduo 
como a falta de atenção, alterações do sono, aumento da chance de quedas e também 
gerar uma fadiga excessiva ao indivíduo, portanto, o equilíbrio é fundamental para que se 
possam realizar as tarefas do dia a dia. 
BERARDELLI et al., (1984) apud CARR e SHEPHERD (2008), apresentam duas 
teorias para descrever as causas da instabilidade, a primeira seria alterações na 
responsividade central ou a utilização das informações sensoriais deficitárias, a segunda 
teoria seria explicada por uma alteração da programação central com déficits, incluindo a 
incapacidade de realizar uma tarefa rapidamente chamada bradicinesia. 
Quanto à postura em posição ortostática, o indivíduo com DP apresenta uma postura 
flexionada que é típica da patologia. Essa mudança postural pode ser uma maneira de se 
adaptar para manter o equilíbrio (CARR e SHEPHERD, 2008), e o indivíduo fica em 
semiflexão de quadril e joelhos, ombros arqueados e protrusão de cabeça. Nessa posição 
esses indivíduos tendem a tombar para frente devido a mudança no centro de massa, ou 
seja, manifestam incapacidade em readquirir o equilíbrio com algumas estratégias de 
movimentos compensatórios, aumentando a chance de possíveis quedas (GODWIN-
AUSTEN e JONES, 2000). 
Na marcha, através da complexidade em transferir o centro de gravidade de um pé 
para o outro, adotam o padrão de passos curtos e cambaleantes. CARR e SHEPHERD 
(2008) relatam que os indivíduos com DP adotam um padrão de marcha em festinada, onde 
a aceleração involuntária da marcha e a diminuição dos passos ajudam a diminuir a 
probabilidade de quedas. Uma grande dificuldade em relação a iniciar a marcha é a 
interrupção inesperada dos movimentos dos membros inferiores, onde ocorre o 
congelamento ou também chamado freezing, especialmente com presença de obstáculos; o 
freezing pode ocorrer tanto no início da marcha quanto durante (GODWIN-AUSTEN e 
JONES, 2000; CARR e SHEPHERD, 2008). 
Os movimentos aprendidos e voluntários limitam-se tanto a velocidade quanto a 
amplitude na DP, na marcha os passos são em distâncias menores e lentos (bradicinesia), 
11 
 
atividades como abotoar uma camisa e cortar alimentos podem tornar-se impraticáveis. 
Ocorre uma hipertonia plástica, porém a resistência a movimentação passiva é homogênea 
em toda a articulação (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). 
Além dos outros sinais que a patologia gera, o tremor de repouso também é um sinal 
cardinal da DP; HADDAD (1995) diz que esse tremor tem inicio no núcleo ventral lateral do 
tálamo. SANVITO (2010) classifica o tremor como movimentos oscilatórios, rítmicos e 
involuntários que envolvem uma região corporal, o tremor de repouso é mais frequente nas 
mãos, mais também pode acometer pés, lábios e mento; no entanto, quando há o 
movimento, o tremor cessa. 
Além do tratamento clínico e medicamentoso, a fisioterapia está ganhando espaço no 
tratamento dessa patologia, que interfere nas atividades funcionais desse indivíduo, 
prevenindo complicações secundárias e fazendo com que as tarefas funcionais não sejam 
uma ameaça e para que eles não tenham tantas dificuldades em realizá-las. 
Segundo MORRIS, MARTIN e SCHENKMAN (2010), o conjunto das intervenções 
fisioterapêuticas devem ser feitas de acordo com as necessidades de cada indivíduo 
associada ao estágio de progressão da doença, além de outros aspectos como idade, 
capacidade de aprendizagem e a forma preferida da terapia do indivíduo. BURKE-DOE e 
JOBST (2015) dizem que a equipe de trabalho deve ser multiprofissional, incluindo médico 
neurologista, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, e outros profissionais como 
psicólogos, psiquiatras quando o indivíduo apresenta quadros de depressão, além do 
fisioterapeuta. 
A fisioterapia tem como principais objetivos promover a melhora da qualidade de vida 
dos indivíduos com DP, mantendo um estilo de vida adequado e ativo, com uma melhora da 
aptidão física e do sistema neuromuscular flexível, praticando também atividades mais 
complexas, oferecendo a ele estratégias e soluções para as tarefas que o dia a dia 
proporciona (CARR e SHEPHERD, 2008). 
Pistas visuais e auditivas são utilizadas durante o tratamento para minimizar os sinais 
e sintomas que a patologia gera; CARR e SHEPHERD (2008) dizem que em 1967, Martin foi 
o primeiro que fez o uso das pistas visuais em pacientes com DP que tinham quadros de 
congelamento, as pistas auditivas também são usadas para que os indivíduos melhorem o 
padrão da marcha; porém, a atenção durante o exercício é fundamental para que a marcha 
seja realizada adequadamente melhorando o comprimento dos passos e também gerando 
uma diminuição do tempo de duplo apoio, além do congelamento. 
12 
 
MORRIS, MARTIN e SCHENKMAN (2010) dizem ainda que a gestão fisioterapêutica 
deve incluir três elementos que são fundamentais para o tratamento. O primeiro elemento é 
ensinar a pessoa como desenvolver estratégias para que a sua locomoção fique mais 
facilitada, mantendo a estabilidade postural por meio das estratégias cognitivas. O segundo 
elemento apresenta como foco tratar as lesões secundárias que a DP pode causar, como 
alterações dos sistemas músculo-esquelético e cardiorrespiratório; essas duas alterações 
são dadas pelo descondicionamento físico que é gerado pela diminuição das atividades 
físicas, idade avançada e presença de comorbidades. O terceiro elemento é a inclusãodas 
atividades físicas, que geram uma mudança do indivíduo relacionada a prática de atividades 
físicas, além de prevenir quedas e outras patologias que podem ser advindas dela. Portanto, 
é de grande importância, sempre estimular os pacientes com essa patologia a realizarem 
atividades; exercícios físicos e fisioterapia que auxiliam para a melhora dos aspectos 
motores de indivíduos com DP, principalmente o equilíbrio (NITRINI, 2014; MELNIK, 1994), 
para manter, melhorar e prolongar a qualidade de vida do indivíduo (VARA, MEDEIROS e 
STRIEBEL, 2012). 
No quesito inovação em tratamento, pesquisadores estão estudando o uso da 
realidade virtual (RV) com o intuito de melhor beneficiar os indivíduos com DP. O uso da 
realidade virtual ou também chamado de ambiente virtual é uma terapia que está sendo 
aplicada hoje em diversas patologias neurológicas, jogos de vídeo game são usados para 
esse novo tipo de tratamento. 
VIEIRA, et al., (2014), explicam que o uso da RV vem sendo uma ferramenta 
terapêutica utilizada na neurorreabilitação de indivíduos portadores de doenças 
neurológicas. Ela é considerada uma atividade lúdica que promove feedback visual e 
auditivo ao indivíduo, diminuindo as dificuldades na adesão dos pacientes ao tratamento. 
Nesta técnica é utilizado o vídeo game Nintendo Wii® para o tratamento dessas 
patologias, inclusive a DP. O Nintendo Wii® teve como objetivo criar algo diferenciado para 
a interação, trazendo uma nova forma de jogar. Através de um controle sem fio, o aparelho 
capta os movimentos realizados pelo usuário, os interpreta e depois transporta para o jogo 
(DIAS, SAMPAIO e TADDEO, 2009). 
A terapia com a RV faz com que os indivíduos realizem movimentos lentos e rápidos 
de membros superiores e membros inferiores, com mudança corporal, deslocamentos do 
centro de gravidade e também uma mensuração de grau de força e amplitude de movimento 
(SANTANA et al., 2015). 
13 
 
VIEIRA, et al., (2014), mostrou que além de potencializar a aprendizagem motora na 
funcionalidade, capacidade cognitiva e equilíbrio na DP, o indivíduo tem um maior incentivo 
melhorando a sua adesão para o tratamento. RENDON, et al., (2012), obtiveram resultados 
significativos nos seus estudos, com a melhora do equilíbrio e da estabilidade postural nos 
indivíduos que fizeram o uso da RV, os sujeitos também apresentaram uma melhora da 
segurança para a realização das atividades funcionais, além da diminuição do risco de 
quedas. 
O uso da RV usando o vídeo game Nintendo Wii® promove uma melhora em vários 
aspectos que foram apresentados pelos indivíduos do estudo de ZALECKI, et al., (2013) 
comprovou sua eficácia. Obtiveram melhora nos seguintes aspectos: equilíbrio, mobilidade, 
força de membros inferiores, diminuição do medo de cair, aumento da velocidade de 
caminhada, e também uma maior facilidade relacionado a inclusão do sujeito com a terapia, 
os sujeitos relataram que tiveram um aumento da satisfação, do prazer e também do humor 
em fazer uso da terapia com a RV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 OBJETIVO 
2.1 Objetivo geral 
Avaliar o efeito do treino de equilíbrio utilizando o console Nintendo Wii® em 
indivíduos com DP. 
2.2 Objetivo específico 
Avaliar o equilíbrio em indivíduos com DP. 
Avaliar os efeitos da fisioterapia convencional associado ao console Nintendo Wii® 
para melhora do equilíbrio em indivíduos com DP. 
Avaliar se após o treinamento houve alteração do risco de quedas nos indivíduos com 
DP. 
Comparar os resultados da avaliação inicial com a avaliação final após a intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 REFERÊNCIAS 
ANDRADE, L. A. F.; BARSOTTINI, O. G. P.; FERRAZ, H. B. Doenças Extrapiramidais: 
Doença de Parkinson. In: MELO-SOUZA, S.; PAGLIOLINETO, E.; CENDES, F. Tratamento 
das Doenças Neurológicas (Eds.). 3. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2013, p. 
881-895. VitalSourceBookshelf Online.Disponívelem: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2257-
5/cfi/906!/4/4@0.00:0.00>. Acessoem 19 de dezembro de 2016. 
ANVISA. Bula Carbidol. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=9294002
014&pIdAnexo=2266616>. Acesso em 30 de junho de 2017. 
ANVISA. Bula Dicloridrato de Pramipexol. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=2423644
2016&pIdAnexo=3975626>. Acesso em: 30 de junho de 2017. 
BERARDELLI, A. et al. Pathophysiology of Bradykinesia in Parkinson’s Disease.Brain, 
v. 124, p. 2131-2146, 2001. Disponível em: <http://homes.mpimf-
heidelberg.mpg.de/~mhelmsta/pdf/2001%20Berardelli%20Rothwell%20Thompson%20Hallet
t%20Brain.pdf>. Acesso em: 25 de novembro de 2016. 
BLOEM, B.R. et al. The "posture second" strategy: a review of wrong priorities in Parkinson's 
Disease. JournaloftheNeurologicalSciences, v. 248, p. 196-204, 2006. Disponível em: 
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16806270>. Acesso em: 11 de outubro de 2016. 
CARR, J., SHEPERD, R. Doença de Parkinson. In:______. Reabilitação Neurológica: 
otimizando o desempenho motor. Barueri. Manole, 2008. p. 319-359. 
BURKE-DOE A.; JOBST, E.E. Doença de Parkinson: Diagnóstico. In: DAVID, H. S. (Eds.). 
Casos clínicos em fisioterapia e reabilitação neurológica. Porto Alegre. AMGH, 2015. p. 
37. VitalSourceBookshelf Online. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554625/cfi/52!/4/2@100:0.00> . 
Acesso em: 10 de novembro de 2016. 
DIAS, R.S.; SAMPAIO, I.L.A.; TADDEO, L.S. Fisioterapia x Wii: a introdução do lúdico no 
processo de reabilitação de pacientes em tratamento fisioterápico. VIII Brazilian 
Symposium on Games and Digital Entertainment, Rio de Janeiro. p. 34- 37, 
2009.Disponível em: 
<http://www.sbgames.org/papers/sbgames09/culture/short/cults8_09.pdf>. Acesso em: 17 
de setembro de 2016. 
DORETTO, D. Fisiopatologia das Estruturas Supra-Espinais que Atuam Sobre a 
Motricidade: “O Sistema Extrapiramidal”. In:______. Fisiopatologia Clínica do Sistema 
Nervoso - Fundamentos da Semiologia. 2. ed. São Paulo, Atheneu. p. 73-103, 1996. 
FRANK, J.S.; EARL, M. Coordination of Posture and Movement. Physical Therapy. 
Waterloo, 1990. v. 70, n. 12. p. 855-863. Disponível em: 
<http://e.guigon.free.fr/rsc/article/FrankEarl90.pdf>. Acessoem: 09 de setembro de 2016. 
16 
 
GODEIRO JR, C., O.; FELÍCIO, A., C.; PRADO, G., F. Sistema Extrapiramidal: Anatomia e 
Síndromes clínicas. Neurociências, 2006, v. 14, p. 48 – 51. Disponível em: 
<http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%2
0RN%2014%2001-8.pdf> . Acesso em 27 de setembro de 2017. 
GODWIN - AUSTEN, R.B.; JONES, D. Doença de Parkinson. In: STOKES, M. (Ed.) 
Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo. Premier.p. 167-177, 2000. 
GOLDMAN - RAKIC P.S.; SELEMON L.D. New frontiers in basal ganglia research. Elsevier, 
New Haven. v. 13, n. 7, p. 241-244, 1990. Disponível em: 
<http://www.cell.com/trends/neurosciences/pdf/0166-2236(90)90103-H.pdf>. Acesso em: 27 
de outubro de 2016. 
HADDAD, M.S. Fisiopatologia da Doença de Parkinson. In: NITRINI, R. et al. (Eds.). 
Condutas em Neurologia. São Paulo, Clínica Neurológica HC/FMUSP. p. 29-36, 1995. 
HOEHN, M. M.; YAHR, M. D. Parkinsonism: onset, progression, and mortality. American 
Academy of Neurology, Cleveland. v. 17, n. 5, p. 427-442, 1967. 
JANKOVIC, J. Parkinson’s disease: clinical features and diagnosis. J Neurol Neurosurg 
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http://jnnp.bmj.com/content/79/4/368. Acesso em: 25 de março de 2017. 
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18 
 
4 ARTIGO CIENTÍFICO 
USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA 
DE PARKINSON 
THE USE OF DO NINTENDO WII® IN THE REHABILITATION OF PEOPLE WITH 
PARKINSON´S DESEASE 
 
Heloisa Bonetti Maffei1, Karen Patricia Camargo1, Gianna Carla Cannonieri-Nonose2 
1- Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF) – 
Bragança Paulista – SP 
2- Professora Mestre do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco 
(USF) – Bragança Paulista – SP 
 
RESUMO 
Objetivo: Avaliar o efeito do treino de equilíbrio utilizando o console Nintendo Wii® 
em indivíduos com Doença de Parkinson (DP). Método: Estudo de 3 casos com 
indivíduos diagnosticados com DP Idiopática de ambos os gêneros, independente da 
idade, que encontravam-se no estágio de 1 a 3 na Escala de Estágios de 
Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada). Foi realizada uma avaliação inicial com 
escala de equilíbrio de Berg, Teste de Alcance Funcional e Timed Up and Go, 14 
sessões com duração de 30 minutos cada com o Nintendo Wii® e uma avaliação 
final compostas pelas mesmas escalas. Resultados: Através de uma análise 
comparativa da avaliação inicial e da avaliação final encontrou-se melhora no 
paciente A com aumento de 6,42 cm no TAF e no Berg aumento de 2 pontos; no 
paciente B houve um aumento de 9,99 cm no TAF e no Berg aumento de 7 pontos e 
no paciente C aumento de 2,49 cm no TAF e de 3 pontos de Berg. Conclusão: 
Encontrou-se melhora do equilíbrio nos 3 indivíduos após o treinamento, 
corroborando estudos prévios sobre a eficácia da fisioterapia convencional em 
conjunto da Realidade Virtual no paciente com DP. 
Palavras chave: Fisioterapia, Doença de Parkinson, Equilíbrio Postural, Terapia de 
Exposição à Realidade Virtual. 
 
Objective: To assess the effect of balance training by using the Nintendo Wii® 
console in individuals with Parkinson´s Disease. Method: 3 study cases with 
diagnoses of idiopathic PD who were undergoing physiotherapeutic care at the 
School Clinic USF and at the Rehabilitation Center Municipal of Bragança Paulista – 
SP. Individuals of both genders were selected, regardless of their ages, who were at 
stages 1 to 3 on the Hoehn and Yahr Disability Scale Stages. An initial assessment 
was carried out with Berg balance scale, functional range test and Timed Up and Go, 
14 sessions of 30 minutes each with every patient using the Nintendo Wii® and a 
final assessment. Outcomes: Through a comparative analysis from the initial 
assessment as well as from the final assessment, improvement has been perceived 
in the patient A with an increase of 6,42cm in TAF and an increase of 2 points in 
Berg; In patient B there was an increase of 9,99cm in TAF and an increase of 7 
19 
 
points in Bergand in patient C an increase of 2,49cmin TAF and an increase of 3 
points in Berg. Conclusion: Balance improvement has been perceived in the 3 
patients, supporting previous studies about the effectiveness of conventional 
physiotherapy in Virtual Reality set in individual with DP 
Key-words: Physiotherapy – Parkinson´s Disease – Postural Balance – Virtual 
Reality Exposing Therapy 
 
INTRODUÇÃO 
A Doença de Parkinson (DP) é uma patologia crônica e degenerativa que atinge os 
neurônios dopaminérgicos da substância negra localizado no mesencéfalo do sistema 
nervoso central (SNC)1,2. Faz parte de um grupo de distúrbios que é caracterizado por 
tremor e perturbação do movimento voluntário, da postura e do equilíbrio3. 
A progressão da DP pode causar uma diminuição da independência funcional nas 
atividades de vida diária (AVD), alterações no sistema de controle motor e também 
alterações cognitivas, aumentando o risco de quedas4, além da imobilidade em casos mais 
graves gerando perda de peso, complicações respiratórias e também úlceras3. 
Frank e Earl5 afirmam que o controle postural é essencial para que haja uma execução 
eficiente dos movimentos voluntários. Segundo Flores6, o controle do equilíbrio é realizado 
de forma inconsciente pelo organismo quando o mesmo se encontra sem alterações, porém 
quando ele está alterado, os indivíduos têm uma grande dificuldade em se adaptar para 
manter o equilíbrio, acarretando várias alterações na vida do indivíduo como a falta de 
atenção, alterações do sono, aumento da chance de quedas e também gerar uma fadiga 
excessiva ao indivíduo, portanto, o equilíbrio é fundamental para que se possam realizar as 
tarefas do dia a dia. 
Além do tratamento clínico e medicamentoso, a fisioterapia está ganhando espaço no 
tratamento dessa patologia, que interfere nas atividades funcionais desse indivíduo, 
prevenindo complicações secundárias e fazendo com que as tarefas funcionais não sejam 
uma ameaça e para que eles não tenham tantas dificuldades em realizá-las. 
A fisioterapia tem como principais objetivos promover a melhora da qualidade de vida 
dos indivíduos com DP, mantendo um estilode vida adequado e ativo, com uma melhora da 
aptidão física e do sistema neuromuscular flexível, praticando também atividades mais 
complexas, oferecendo a ele estratégias e soluções para as tarefas que o dia a dia 
proporciona7. 
20 
 
Vieira, et al.8 explicam que o uso da Realidade Virtual (RV) vem sendo uma 
ferramenta terapêutica utilizada na neurorreabilitação de indivíduos portadores de doenças 
neurológicas. Ela é considerada uma atividade lúdica que promove feedback visual e 
auditivo ao indivíduo, diminuindo as dificuldades na adesão dos indivíduos ao tratamento. 
Nesta técnica é utilizado o vídeo game Nintendo Wii® para o tratamento dessas 
patologias, inclusive a DP. O Nintendo Wii® teve como objetivo criar algo diferenciado para 
a interação, trazendo uma nova forma de jogar. Através de um controle sem fio, o aparelho 
capta os movimentos realizados pelo usuário, os interpreta e depois transporta para o jogo9. 
A terapia com a RV faz com que os indivíduos realizem movimentos lentos e rápidos 
de membros superiores e membros inferiores, com mudança corporal, deslocamentos do 
centro de gravidade e também uma mensuração de grau de força e amplitude de 
movimento10. 
Portanto, o objetivo desde estudo foi avaliar o efeito do treino de equilíbrio utilizando o 
console Nintendo Wii® em indivíduos com DP. 
 
 
MÉTODO 
Estudo analítico experimental do tipo ensaio clínico não controlado, com tamanho 
amostral de 3 indivíduos com DP. Foram selecionados indivíduos com diagnóstico médico 
de DP Idiopática que passaram por atendimento fisioterapêutico convencional na Clínica 
Escola de Fisioterapia da Universidade São Francisco (CEF-USF) ou do Centro de 
Reabilitação Municipal, ambos na cidade de Bragança Paulista, Estado de São Paulo. 
Para participar deste estudo foram selecionados indivíduos com diagnóstico de DP 
Idiopática de ambos os gêneros, independente da idade, que se encontravam no estágio de 
1 a 3 na Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada)11, consciente 
em participar do estudo com assinatura pessoal do Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido. Portanto pessoas que apresentavam alguma complicação neurológica, 
alterações cognitivas que impedissem o entendimento do exercício, alterações 
cardiorrespiratórias grave, ortopédicas ou reumatológicas que impedissem a realização da 
Wii Terapia foram exclusos deste estudo. 
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São 
Francisco (parecer nº 1.915.402). 
21 
 
Realizou-se inicialmente uma análise de prontuário na CEF-USF e também no Centro 
de Reabilitação Municipal. Após essa análise, uma parte dos indivíduos foram convidados 
pessoalmente e outra parte por atendimento telefônico. Esses indivíduos já encontravam-se 
participando ou já participaram de reabilitação fisioterapêutica convencional nesses locais. 
Primeiramente realizou-se uma avaliação inicial, coletando dados pessoais do 
paciente, diagnóstico clínico, medicamentos e a Escala de Estágios de Incapacidade de 
Hoehn e Yahr (modificada) que classifica de 0 a 5 o estágio da doença em que o paciente 
se encontra e após, foram analisados os resultados destas avaliações para a seleção dos 
sujeitos que estavam de acordo com os critérios de inclusão, caso a pontuação na escala 
tenha sido maior que 3 o indivíduo foi excluso do estudo. Posteriormente ao resultado da 
Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada), foram realizadas as 
avaliações: Escala de Equilíbrio de Berg que ajuda a indicar os fatores de risco para quedas 
em idosos e a perda da independência, sendo que este fator será indiretamente avaliado 
neste estudo12, Teste de Alcance Funcional Anterior (TAF) também é utilizado para 
constatar o risco de queda. Ele indica o quanto a pessoa é capaz de se deslocar dentro do 
seu limite de estabilidade anterior13 e o Teste de Timed Up and Go (TUG) que têm como 
objetivo avaliar equilíbrio funcional e mobilidade do indivíduo14. 
As sessões com o Nintendo Wii® tiveram duração de 30 minutos realizadas pelos 
pesquisadores deste estudo, sendo que os indivíduos desta pesquisa praticaram fisioterapia 
convencional associada a este treinamento. As sessões foram realizadas durante os meses 
de março, abril, maio e junho do ano de 2017, totalizando 14 sessões de fisioterapia com os 
jogos de Balance Games (Soccer Heading, TableTilt, Balance Bubble, Tightrope Walke 
Penguin Slide) e Plataforma WiiFit Plus®. Após as 14 sessões, uma sessão foi destinada à 
avaliação final com os mesmos testes e escalas da avaliação inicial. 
Em seguida, os dados foram organizados e analisados por meio do programa 
Microsoft Office Excel 2010 com análise descritiva e entre as avaliações inicial e final. Os 
resultados obtidos foram expressos em gráficos. 
 
RESULTADOS 
Seis indivíduos foram selecionados na CEF-USF para conversa para possível inclusão 
no estudo, porém, apenas 2 participaram deste. No Centro de Reabilitação Municipal foram 
selecionados 9 indivíduos, porém apenas 1 participou desde estudo (Figura 1). 
22 
 
 
Figura 1: Fluxograma de seleção dos indivíduos. 
Indivíduo A, gênero masculino, 68 anos, aposentado e diagnosticado com DP em 
2014, estágio 3 na escala de incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada). Iniciou tratamento 
fisioterapêutico em fevereiro de 2017 e também realizava acompanhamento 
fonoaudiólogico. O tratamento medicamentoso foi realizado com Dicloridrato de Pramipexol, 
porém até a nona sessão, utilizou somente o medicamento Prolopa. 
Devido à troca de medicamento realizada pelo médico neurologista, observou-se um 
declínio do quadro do indivíduo acarretando em um agravamento da bradicinesia durante 
esse período, dificultando a execução do treino no decorrer do estudo e consequentemente 
nos resultados finais. 
Comparando a avaliação inicial e final, o indivíduo apresentou os seguintes resultados: 
aumento na escala de Berg de 2 pontos (gráfico 1), aumento no TAF de 6,42 cm (gráfico 2) 
e manteve o tempo do teste TUG de 17 segundos (gráfico 3), não apresentando variação 
entre a avaliação final e inicial. 
Indivíduo B, gênero feminino, 65 anos, aposentada e diagnosticada com DP em março 
de 2017, estágio 1 na escala de incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada) e fazia uso do 
medicamento Dicloridrato de Pramipexol para o tratamento desta patologia. Não realizava 
tratamento fisioterapêutico, apenas realizou 14 sessões juntamente a este estudo. Ativa, 
praticava atividade física semanalmente, realizava aulas de dança do estilo zumba e 
caminhadas matinais diárias. Realizava acompanhamento psicológico e tratamento 
fisioterapêutico cardiorrespiratório na CEF-USF, por conta da Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica, mais conhecida como DPOC, porém, essa patologia não interferiu na realização 
das sessões de Wii Terapia. Paciente relatou melhora na postura, na marcha e no equilíbrio. 
Comparando a avaliação inicial e final, o indivíduo apresentou os seguintes resultados: 
aumento na escala de Berg de 7 pontos (gráfico 1) quando comparado a avaliação inicial 
com a avaliação final. No TAF, houve um aumento de 9,99 cm de distância (gráfico 2) e 
diminuição do tempo de execução do teste TUG de 0,82 segundos (gráfico 3). 
23 
 
Indivíduo C, gênero masculino, 54 anos, profissão de guarda civil municipal e 
diagnosticado com DP em 2012, estágio 2 na escala de incapacidade de Hoehn e Yahr 
(modificada), o tratamento medicamentoso era realizado com o medicamento Prolopa; fazia 
caminhadas 2 vezes semanais. Não realizava tratamento fisioterapêutico, apenas realizou 
as 14 sessões deste estudo associado à fisioterapia convencional. Paciente apresentou 
disartria, incoordenação do corpo como um todo e Síndrome das Pernas Inquietas. Relata 
melhora em dor nos MMII após o estudo. 
Comparando a avaliação inicial e final, o indivíduo apresentou os seguintes resultados: 
melhora na escala de Berg com aumento de3 pontos (gráfico 1), aumento no TAF de 2,49 
cm após a intervenção (gráfico 2) e diminuição do tempo de execução no teste TUG de 3,62 
segundos (gráfico 3). 
 
Gráfico 1: Resultados da Escala de Berg na avaliação inicial e final. 
 
Gráfico 2: Resultados do Teste de Alcance Funcional (TAF) na avaliação inicial e 
final. 
24 
 
 
Gráfico 3: Resultados do Teste Timed Up and Go (TUG) na avaliação inicial e final. 
 
DISCUSSÃO 
No presente estudo, corroboramos a ideia vigente na literatura de que a fisioterapia 
em conjunto com a Wii terapia é benéfica, visto que além da retroalimentação e o incentivo, 
também a repetição de movimentos que os jogos proporcionam geram vantagens sobre o 
aprendizado motor, fator este necessário para que haja progressão no tratamento, já que os 
indivíduos devem estar motivados para praticar movimentos intensos e frequentes15. 
Um estudo feito por Ferreira et. al16 apresentou a eficácia de um programa de 
reabilitação utilizando a fisioterapia convencional associada a Wii Terapia em indivíduos 
com DP, havendo uma melhora do equilíbrio dos participantes expresso por um aumento da 
pontuação da escala de equilíbrio de Berg com média de 3,66 pontos a mais quando 
comparado pré e pós intervenção. Foi aplicado também o questionário de Qualidade de Vida 
na Doença de Parkinson (PDQL - Parkinson Disease Quality of Life) que avalia função 
emocional e social dos Parkinsonianos, apresentando um avanço da pontuação com média 
de 12 pontos entre pré e pós intervenção. 
A Wii Terapia vem sendo utilizada no tratamento de patologias neurológicas como 
pacientes com sequelas de Encefalopatia Crônica Não-Progressiva da Infância, mais 
conhecida como Paralisia Cerebral (PC), pacientes com Acidente Vascular Encefálico 
(AVE), Traumatismos Crânio-Encefálicos (TCE)17. 
A DP tem uma especificidade que difere das demais doenças acima citadas pois tem 
um caráter progressivo. Esse fato pode levar, muitas vezes, a acreditar que a recuperação 
funcional ou a plasticidade cerebral poderia não ocorrer de forma efetiva nesses indivíduos. 
Porém a neuroreabilitação é capaz de propiciar tais mudanças18. O estudo de Pompeu et. 
25 
 
al19, foi o primeiro a apontar resultados satisfatórios da fisioterapia em conjunto ao uso do 
Nintendo WII® como terapia para melhora no equilíbrio de indivíduos com DP, o que foi 
reafirmado com recentes estudos que corroboram a capacidade terapêutica deste console 
para a complementação na reabilitação destes indivíduos20,21. 
Nos resultados alcançados no presente estudo verificou-se a eficácia do uso do 
Nintendo Wii na reabilitação de equilíbrio em indivíduos com DP. Todos os indivíduos 
participantes do estudo se adequaram ao treino e as propostas iniciais do estudo durante as 
sessões de fisioterapia. 
A atuação da fisioterapia como tratamento de indivíduos com DP têm grande valor e 
relevância para manter e melhorar a qualidade de vida de cada indivíduo, mantendo a 
atividade muscular e preservando a mobilidade articular22. De acordo com Haase, Machado e 
Oliveira23, os sintomas da DP interferem significativamente nas atividades funcionais do 
cotidiano e com isso, a fisioterapia deve se basear nos padrões funcionais, de acordo com a 
queixa de cada um, fazendo com que essas atividades se tornem prazerosas. 
Devido a proporcionar um feedback sensório motor durante o treinamento, a terapia 
de exposição à realidade virtual, mostra-se eficiente na reabilitação de indivíduos com déficit 
na função cognitiva e motora, promovendo maior motivação e facilitação do aprendizado 
durante a prática do exercício24. 
A RV na reabilitação fisioterapêutica pode ser abordada com base em três conceitos 
chaves: a repetição, a retroalimentação e a motivação, que conduzem o aprendizado motor, 
sendo fatores interdependentes e essenciais para o alcance dos resultados esperados25. 
A escala de Berg é um dos instrumentos capazes de avaliar quantitativamente e 
qualitativamente, de forma confiável, o risco de quedas em idosos relacionados ao equilíbrio 
e em qual momento isso acontece, é composta por 14 itens, onde sua pontuação varia de 0 
a 4, com pontuação máxima de 5612. 
No presente estudo foi observado um aumento da pontuação da Escala de Berg nos 
três indivíduos participantes quando comparado a avaliação inicial com a avaliação final, 
após o término do tratamento proposto, o que consequentemente reduziu do risco de 
quedas dos mesmos, evitando assim, possíveis lesões secundárias. 
O resultado da pontuação da escala de Berg é inversamente proporcional ao risco de 
quedas, ou seja, quanto menor a pontuação da escala, maior será o risco de quedas e maior 
a chance de lesões secundárias à essas quedas como fraturas e indivíduos acamados26. 
26 
 
Nesse contexto, podemos observar os dados obtidos na escala do indivíduo C, que 
obteve menor pontuação na avaliação inicial, de 46 pontos, indicando que o mesmo 
apresentava um alto índice de risco de quedas (82%) e após a realização do treino de Wii 
Terapia obteve um aumento de 6 pontos (52) na escala e então, uma diminuição de 12% do 
risco de quedas. 
O teste de Timed Up and Go (TUG) objetiva avaliar equilíbrio funcional e 
mobilidade14. Nele, o individuo A manteve-se em 17 segundos quando comparado a 
avalição inicial e final, já o B e o C apresentaram na avaliação inicial 12 segundos e 14 
segundos e na final uma diminuição para 11,18 segundos e 10,38 segundos 
respectivamente. Portanto, de acordo com Mathias, Nayak e Isaacs27 o participante A e B 
apresentam baixo risco de quedas e o C não apresenta risco de quedas. 
Em estudo realizado por Henderson, Korner-Bitensky e Levin28 (2007) apresentou a 
eficácia de um plano de treinamento de equilíbrio utilizando a RV em indivíduos com DP, por 
um período de seis semanas, totalizando 18 sessões com duração de 40 minutos cada em 3 
dias na semana, no qual na avaliação final, observou-se uma diminuição do tempo do TUG. 
Outro instrumento utilizado para indicar o risco de quedas é o TAF, determinando 
assim, a possibilidade de deslocamento do idoso de acordo com seu limite de estabilidade 
anterior. Os valores dados como referência são utilizados a partir de um cálculo da média 
realizados após três tentativas e então, comparado aos valores de referência, onde apontam 
que valores menores que 15 centímetros indicam risco de quedas13. Nos três participantes 
foram encontrados melhora dos resultados após o término do tratamento, porém no 
Indivíduo B, observou-se que o resultado do TAF foi mais satisfatório quando comparado 
com os indivíduos A e C, com um aumento de 9,99 centímetros, visto que a mesma 
apresentava estágio inicial na Escala de Hoehn e Yahr e praticava atividade física 
regularmente. 
Loureiro, Ribas, Zotz, Chen e Ribas29 (2012) verificaram através de um programa 
de treinamento com o uso da RV um aumento de 5 cm (p=0,04) da distância alcançada 
comparando antes e depois do TAF, em 6 indivíduos com DP, durante 12 sessões, 2 
vezes semanais, corroborando com o presente estudo. 
Deve ser levado em conta que quando uma pessoa tem uma patologia progressiva e 
pratica atividade física, a mesma irá causar um retardo da sua progressão, ou seja, sua 
evolução irá ocorrer de forma mais lentificada quando comparado a indivíduos que não 
praticam atividade física30, isso pode ser justificado quando se compara o indivíduo B com o 
27 
 
A e C, o mesmo apresentou um aumento de todas as escalas realizadas (Berg, TAF e 
TUG). 
Nos indivíduos com DP a prática de exercícios tem grande valor relacionados a não só 
do ponto de vista motor, mas também psicológicos e sociais, melhorando assim a motivação 
e o bem-estar, otimizando sua funcionalidade. 
Apesar de não ser aplicado teste de qualidade de vida que comprovem a melhora do 
quadro emocional e humor, neste estudo foi relatado uma melhora nesses aspectos, onde 
os indivíduos referiram sentissem mais motivados e confiantespara realizar as sessões de 
fisioterapia, onde os mesmos também relatavam de acordo com o decorrer das sessões. 
Duas escalas avaliam essa mudança: Escala de Auto estima de Rosenberg (EAR) e a 
Escala de Perfil de Saúde de Nottingham (PSN) e poderiam ser utilizadas em um estudo 
futuro. 
 
CONCLUSÃO 
Conclui-se que a fisioterapia convencional associada ao treino de equilíbrio com o uso 
do Nintendo Wii® nos indivíduos com DP deste estudo foi eficaz, porém, é necessário 
maisestudos com maior número de participantes e que avaliem aspectos emocionais, auto-
estima e motivação. 
 
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11. SHENKMAN, ML, XIE, T, KUCHIBHATLA M, SHINBERG M, RAY L. Spinal 
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Parkinson disease. American Physical Therapy Association. 2001;(81):1400-1411. 
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Biological Research. São Paulo. 2004;(37):1411-1421. 
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recurso fisioterapêutico na reabilitação da doença de Parkinson. Neurociências. 
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paciente com Doença de Parkinson. Fisioterapia em Movimento. 2008; (21):79-85. 
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https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kuchibhatla%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Shinberg%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Ray%20L%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Khan%20F%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Amatya%20B%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Galea%20MP%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Gonzenbach%20R%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kesselring%20J%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158
29 
 
25. HOLDEN, MK, DYAR, T. Virtual environment training: a new tool for 
neurorehabilitation. Neurology Report. 2002;(26):61-72. 
26. SHUMWAY-COOK, A, WOOLLACOTT, M. Controle Motor: Teoria e aplicações 
práticas. 2. ed. Manole, 2003, 610p. 
27. MATHIAS, S, NAYAK, USL, ISAACS, B. Balance in elderly patients: the “get up and 
go” test. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation.1986;(67):387-389. 
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rehabilitation: a system aticreview of its effectiveness for upperlimb motor 
recovery. Top Stroke Rehabilitation. 2007;(14):52-61. 
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therapy in rehabilitation of Parkinson’s disease patients: pilot study. Fisioterapia em 
Movimento. 2012;(25):659-666. 
30. HAUSER, RE, ZESIEWICZ, T. A doença de Parkinson: perguntas e respostas. São 
Paulo, Novartis, 2001, p. 182. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
ANEXO 1 - NORMAS DE PUBLICAÇÃO 
Revista Neurociências é voltada à Neurologia e às ciências afins. Publica artigos de 
interesse científico e tecnológico, realizados por profissionais dessas áreas, resultantes de 
estudos clínicos ou com ênfase em temas de cunho prático, específicos ou 
interdisciplinares. Serão aceitos artigos em inglês, português ou espanhol. Seus volumes 
anuais e números trimestrais serão publicados em março, junho, setembro e dezembro. A 
linha editorial da revista publica, preferencialmente, artigos Originais de pesquisa (incluindo 
Revisões Sistemáticas). Contudo, também serão aceitos para publicação os artigos de 
Revisãode Literatura, Atualização, Relato de Caso, Resenha, Ensaio, Texto de Opinião e 
Carta ao Editor, desde que aprovados pelo Corpo Editorial. Trabalhos apresentados em 
Congressos ou Reuniões Científicas de áreas afins poderão constituir-se de anais em 
números ou suplementos especiais da Revista Neurociências. Os artigos deverão ser 
inéditos, isto é, não publicados em outros periódicos, exceto na forma de Resumos em 
Congressos e não deverão ser submetidos a outros periódicos simultaneamente, com o quê 
se comprometem seus autores. 
Os artigos devem ser submetidos eletronicamente, via e-mail para o endereço: 
revistaneurociencias@yahoo.com. Recebido o manuscrito, o Corpo Editorial verifica se o 
mesmo encontra-se dentro dos propósitos do periódico e de acordo com as Normas de 
Publicação, recusando-se aqueles que não cumprirem essas condições. O Corpo Editorial 
emitirá um Protocolo de Recebimento do Artigo e enviará a Carta de Autorização, a ser 
assinada por todos os autores, mediante confirmação de que o artigo seja inédito, e uma 
declaração de eventuais conflitos de interesse pessoais, comerciais, políticos, acadêmicos 
ou financeiros de cada autor. O Corpo Editorial enviará, então, o artigo para, pelo menos, 
dois revisores dentro da área do tema do artigo, no sistema de arbitragem por pares. O 
Corpo Editorial analisará os pareceres e encaminhará as sugestões para os autores, para 
aprimoramento do conteúdo, da estrutura, da redação e da clareza do texto. Os autores 
terão 15 dias para revisar o texto, incluir as modificações sugeridas, cabendo-lhes direito de 
resposta. O Corpo Editorial, quando os revisores sugerirem a adição de novos dados, e a 
depender do estudo, poderá prover tempo extra aos autores, para cumprimento das 
solicitações. O Corpo Editorial verificará as modificações realizadas no texto e, se 
necessário, sugerirá correções adicionais. O Corpo Editorial poderá aceitar o artigo para 
publicação ou recusá-lo se for inadequado. Para publicação, será observada a ordem 
cronológica de aceitação dos artigos e distribuição regional. Os artigos aceitos estarão 
sujeitos a adequações de gramática, clareza do texto e estilo da Revista Neurociências sem 
prejuízo ao seu conteúdo. Ficará subentendido que os autores concordam com a 
exclusividade da publicação do artigo no periódico, transferindo os direitos de cópia e 
permissões à publicadora. Separatas poderão ser impressas sob encomenda, arcando os 
autores com seus custos. Os artigos são de responsabilidade de seus autores. 
A partir de maio de 2012, todos os artigos aceitos para publicação deverão ser 
publicados com o número DOI (Digital ObjectIdentifier), com o custo de 10 dolares a serem 
pagos pelos autores. 
 
 
31 
 
ANEXO 2 - INSTRUÇÕES PARA OS AUTORES 
www.revistaneurociencias.com.br 
Submissão do artigo: os artigos deverão ser encaminhados ao Editor Chefe via email: 
revistaneurociencias@yahoo.com e poderão ser utilizados editores de texto, 
preferencialmente “Word”, no formato “doc”, uma coluna, espaço duplo, Times New Roman, 
fonte 12. 
Categoria de artigos: Editorial, Original, Revisão Sistemática, Revisão de Literatura, 
Atualização, Relato de Caso, Resenha, Ensaio, Texto de Opinião e Carta ao Editor. O 
número de palavras inclui texto e referências bibliográficas (não devem ser considerada 
folha de rosto com título, autores, endereço de correspondência, resumo e summary e 
tabelas, figuras e gráficos). Adotar as recomendações abaixo. 
I - Editorial: a convite do Editor, sob tema específico, deve conter no máximo 2000 
palavras e no máximo 10 referências bibliográficas (estilo Vancouver). 
II - Artigos Original, Revisão Sistemática e Relato de Caso: resultado de pesquisa de 
natureza empírica, experimental ou conceitual (6000 palavras). 
Título: em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, 
contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. A Revista 
prefere títulos informativos. 
Autor(es): referir nome(es) e sobrenome(s) por extenso. Referir a instituição em que foi 
feita a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação acadêmica, titulação máxima e 
vínculo profissional mais importante de cada autor, por ex.: 1- Neurologista, Livre Docente, 
Professor Adjunto da UNIFESP, 2- Neurologista, Pós-graduando na UNICAMP, 3- 
Neurologista, Residente no Hospital São Paulo - UNIFESP. Referir suporte financeiro. A 
ordem dos autores deve seguir orientação Vancouver: primeiro autor o que realizou o 
projeto, último autor o orientador. O orientador ou professor da instituição deve ser indicado 
como autor correspondente. 
Resumo e Abstract: devem permitir uma visão panorâmica do trabalho. O resumo 
deve ser estruturado em objetivos, métodos, resultados e conclusões. Não exceder 200 
palavras. 
Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis), referir após o Resumo e o Abstract, 
respectivamente. Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). 
Corpo do Artigo: apresentar a matéria do artigo seqüencialmente: introdução e 
objetivo; método (sujeitos ou relato de caso, número do protocolo do Comitê de Ética da 
Instituição, procedimento ou intervenção e análise estatística) com detalhes suficientes para 
a pesquisa poder ser duplicada, resultados (apresentados de forma clara e concisa), 
discussão (interpretação dos resultados comparados à literatura), conclusões, 
agradecimentos, referências bibliográficas. As abreviações devem vir acompanhadas do seu 
significado na primeira vez que aparecerem no texto. Nomes comerciais e marcas 
registradas devem ser utilizados com parcimônia, devendo-se dar preferência aos nomes 
genéricos. 
32 
 
Agradecimentos: Devem ser feitos a pessoas ou Instituição que auxiliou diretamente a 
pesquisa, mas que não cabem como autores do trabalho. 
Figuras, Quadros, Gráficos e Tabelas: Juntos não poderão exceder 5. Deverão ser 
apresentados em páginas separadas e no final do texto. Em cada um, deve constar seu 
número de ordem, título e legenda. As figuras e gráficos devem ter tamanho não superior a 
6cm x 9cm, com alta resolução (300) e em arquivo JPEG. Identificar cada ilustração com 
seu número de ordem e legenda. Ilustrações reproduzidas de textos já publicados devem 
ser acompanhadas de autorização de reprodução, tanto do autor como da publicadora. O 
material recebido não será devolvido aos autores. Manter os negativos destas. 
Referências: Máximo de 30 (as Revisões Sistemáticas deverão solicitar o aumento do 
número de referências ao Editor, conforme a necessidade), restritas à bibliografia essencial 
ao conteúdo do artigo. Todos os autores e trabalhos citados no texto devem constar na 
listagem de referências bibliográficas. No texto, as citações devem seguir o sistema 
numérico, isto é, são numerados por ordem de sua citação no texto, utilizando-se números 
arábicos sobrescritos segundo o estilo Vancouver (www.icmje.org). Por exemplo: “....o 
horário de ir para a cama e a duração do sono na infância e adolescência6-12,14,15.” As 
referências devem ser ordenadas consecutivamente na ordem na qual os autores são 
mencionados no texto. Mais de 6 autores, listar os 6 primeiros seguidos de “et al.”. 
a) Artigos: Autor(es). Título do artigo. Título do periódico (abreviados de acordo com o 
Index Medicus) ano; volume: página inicial – final. Ex.: Wagner ML, Walters AS, Fisher BC. 
Symptoms of att entionde ficit/ hyperactivity disorder in adults withres tlesslegs syndrome. 
Sleep. 2004;27:1499-504. 
b) Livros: Autor(es) ou editor(es). Título do livro. Edição, se não for a primeira. 
Tradutor(es), se for o caso. Local de publicação: editora, ano, total de páginas. Ex.: Ferber 
R, Kriger M. Principles and practice of sleep medicine in thechild. Philadelphia: W.B. 
Saunders Company, 1995, 253p. 
c) Capítulos de livros: Autor(es) do capítulo. Título do capítulo. In: Editor(es) do livro. 
Título do livro. Edição, se nãofor a primeira. Tradutor(es), se for o caso. Local de 
publicação: editora, ano, página inicial e página final. Ex.: Stepanski EJ. BehavioralTherapy 
for Insomnia. In: Kryger MH; Roth T, Dement WC (eds). Principles and practice of sleep 
medicine. 3rd ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 2000, p.647-56. 
d) Resumos: Autor(es). Título. Periódico ano; volume (suplemento e seu número se for 
o caso): página(s). Quando não publicado em periódico: Título da publicação. Cidade em 
que foi publicada: editora, ano, página(s). Ex.: Carvalho LBC, Silva L, Almeida MM. 
Cognitive dysfunction in sleep breathing disorders children. Sleep. 2003; 26(Suppl):A135. 
e) Comunicações pessoais só devem ser mencionadas no texto entre parênteses. 
f) Tese: Autor. Título da obra, seguido por (tese) ou (dissertação). Cidade: instituição, 
ano, número de páginas. Ex.: Fontes SV. Impacto da fisioterapia em grupo na qualidade de 
vida de pacientes por AVCi (Tese). São Paulo: UNIFESP, 2004, 75p. 
g) Documento eletrônico: Título do documento (Endereço na Internet). Local: 
responsável (atualização mês/ano; citado em mês/ano). Disponível em: site. Ex.: The pre-
history of cognitive science (endereço na Internet). Inglaterra: World Federation Neurology. 
33 
 
(última atualização 12/2005; citado em 01/2006). Disponível em: 
http://www.wfneurology.org/index.htm 
Recomendações: não colocar nome de autores e datas no texto, apenas indicar o 
número da referência; não utilizar referências apud, dar preferência ao artigo original; não 
fazer citações em notas de rodapé; O Corpo Editorial segue a padronização da Sociedade 
Brasileira de Doenças Cerebrovasculares de 1996, utilizando o termo Acidente Vascular 
Cerebral – AVC. 
III - Artigos de Revisão de Literatura e Atualização: revisão crítica de literatura ou 
atualização relativa a neurociências, com ênfase em causa, diagnóstico, prognóstico, terapia 
ou prevenção (8000 palavras). 
Título: em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, 
contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. A Revista 
prefere títulos informativos. 
Autor(es): referir nome(es) e sobrenome(s) por extenso. Referir a instituição em que foi 
feita a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação acadêmica, titulação máxima e 
vínculo profissional de cada autor, ex.: 1- Neurologista, Livre Docente, Professor Adjunto da 
UNIFESP, 2- Neurologista, Pós-graduando na UNICAMP, 3- Neurologista, Residente no 
Hospital São Paulo - UNIFESP. Referir suporte financeiro. Identificar o autor e endereço 
para correspondência. 
Resumo e Abstract: devem permitir uma visão panorâmica do trabalho. O resumo 
deve ser estruturado em objetivos, métodos, resultados e conclusões. Não exceder 200 
palavras. 
Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis), referir após o Resumo e o Abstract, 
respectivamente. Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). 
Corpo do Artigo: apresentar a matéria do artigo seqüencialmente: introdução, método, 
resultados, discussão, conclusão e referências bibliográficas. 
Referências: citar até 100 referências, seguindo o sistema numérico por ordem de sua 
citação no texto, segundo o estilo Vancouver. 
Quadros e Tabelas: juntos não devem exceder 2, apresentados em páginas 
separadas e no final do texto. Em cada um, deve constar seu número de ordem, título e 
legenda. 
IV - Artigos de Resenha: é a apresentação do conteúdo de uma obra (livros 
publicados, teses e dissertações dos últimos dois anos), acompanhada de uma avaliação 
crítica (3000 palavras). 
As Resenhas devem seguir os itens: título em inglês e em português ou espanhol, 
sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não 
excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e 
vínculo profissional, instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para 
correspondência. Resumo e Abstract: até 200 palavras com Unitermos e Keywords: Máximo 
de 6 (seis). Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). 
34 
 
Corpo do texto contendo: tema, hipótese ou idéia central; argumentos; evidências 
científicas; avaliação pessoal quanto à organização da obra, pontos fortes e fracos, 
bibliografia utilizada (estilo Vancouver); conclusão, críticas e comentários. 
V - Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo 
idéias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema pesquisas da área 
das neurociências (3000 palavras). Deverá conter: título em inglês e em português ou 
espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para 
catalogação, não excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação 
acadêmica e vínculo profissional, instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para 
correspondência; e no máximo 10 referências bibliográficas no estilo Vancouver. Resumo e 
Abstract: até 200 palavras com Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis). Como guia, 
consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). 
VI - Texto de Opinião e Carta ao Editor: deve conter opinião qualificada sobre um tema 
na área de neurociências, nota curta, crítica sobre artigo já publicado na Revista 
Neurociências ou relato de resultados parciais ou preliminares de pesquisa (1000 palavras). 
Deverá conter: título em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, 
mas contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. Nome 
do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e vínculo profissional, instituição onde o 
trabalho foi realizado, endereço para correspondência; e no máximo 10 referências 
bibliográficas (estilo Vancouver). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
ANEXO 3 – Parecer Consubstanciado do CEP
 
36 
 
 
37 
 
 
 
38 
 
ANEXO 4 - Ficha de Avaliação Fisioterapêutica 
 
Data da avaliação: _____/_____/_____ 
Nome: ______________________________________________________ 
Data de nascimento: ___________________ Idade: ___________ 
Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino 
Medicações: __________________________________________________ 
 
Avaliação 
 Data: Data: 
Teste Avaliação inicial Avaliação final 
Estágio da Escala de 
Hoehn e Yahr (modificada) 
 
Escala de Equilíbrio de 
Berg 
 
Teste de Alcance 
Funcional Anterior (TAF) 
 
Timed Up and Go (TUG) 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
ANEXO 5 - Estágio da Escala de Hoehn e Yarh (Modificada) 
 
( ) Estágio 0 – Nenhum sinal da doença 
 
( ) Estágio 1 – Doença unilateral 
 
( ) Estágio 1,5 – Envolvimento unilateral e axial 
 
( ) Estágio 2 – Doença bilateral sem déficit de equilíbrio 
 
( ) Estágio 2,5 – Doença bilateral leve com recuperação no “Teste do Empurrão” 
 
( ) Estágio 3 – Doença bilateral leve à moderada, alguma instabilidade postural, capacidade 
para viver independente 
 
( ) Estágio 4 – Incapacidade grave, ainda capaz de caminhar ou permanecer em pé sem 
ajuda 
 
( ) Estágio 5 – Confinado à cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda 
 
Referência: SHENKMAN ML et. al (2001). 
 
 
 
 
40 
 
ANEXO 6 - Escala de equilíbrio de Berg 
 
DESCRIÇÃO DOS ITENS PONTUAÇÃO 
1 – Sentado para em pé 
2 – Em pé sem apoio 
3 – Sentado sem apoio 
4 – Em pé para sentado 
5 – Transferências 
6 – Em pé com os olhos fechados 
7 – Em pé com os pés juntos 
8 – Reclinar à frente com os braços estendidos 
9 – Apanhar objeto do chão 
10 – Virando-se para olhar para trás 
11 – Girando 360º 
12 – Colocar os pés alternadamente sobre um banco 
13 – Em pé com um pé à frente do outro 
14 – Em pé apoiado em um dos pés 
 TOTAL: 
 
Referência: MIYAMOTO et. al (2004). 
 
Instruções gerais 
- O fisioterapeuta deverá demonstrar ou instruir cada tarefa a ser realizada ao individuoconforme está descrito abaixo. 
- Após a execução de cada item deve atribuir a pontuação de acordo com o que o individuo 
realizou. 
- O individuo deve manter a posição no tempo estipulado conforme descrito no item. No 
entanto, a pontuação será determinada de acordo com a duração da tarefa, sua distância e 
execução. Caso o indivíduo necessite de supervisão para a execução da tarefa, ou se o 
individuo se apóie em algum suporte externo, ou se recebe ajuda do examinador a 
pontuação será diminuída. 
- É necessário que o fisioterapeuta solicite ao individuo que ele permaneça em equilíbrio 
enquanto executa a tarefa. 
41 
 
- É de escolha do individuo qual membro superior e/ou inferior ele usará para execução da 
tarefa. 
- Para realização dos itens o fisioterapeuta deve usar um cronômetro ou um relógio com 
ponteiro de segundos e uma régua ou fita métrica. As cadeiras para realização do teste 
devem ser de altura adequada para o individuo, permitindo que seus pés estejam em 
contato com o solo. Um degrau ou um banco de altura de um degrau irá ser usado no item 
12. 
- O fisioterapeuta não deve influenciar o individuo na execução das tarefas, apenas o 
ajudando no que ele necessite para execução no seu limite. 
 
1 – SENTADO PARA EM PÉ 
Instruções: por favor, fique em pé. Tente não usar as mãos para suporte. 
4 ( ) Capaz de permanecer em pé sem auxílio das mãos e se estabilizar de maneira 
independente. 
3 ( ) Capaz de permanecer em pé independentemente usando as mãos. 
2 ( ) Capaz de permanecer em pé usando as mãos após várias tentativas. 
1 ( ) Necessidade de ajuda mínima para ficar em pé ou se estabilizar. 
0 ( ) Necessidade de moderada ou máxima assistência para permanecer em pé. 
 
2 – EM PÉ SEM APOIO 
Instruções: por favor, fique em pé por dois minutos sem se segurar em nada. 
4 ( ) Capaz de permanecer em pé com segurança por dois minutos. 
3 ( ) Capaz de permanecer em pé durante dois minutos com supervisão. 
2 ( ) Capaz de permanecer em pé durante trinta segundos sem suporte. 
1 ( ) Necessidade de várias tentativas para permanecer trinta segundos sem suporte. 
0 ( ) Incapaz de permanecer em pé por trinta segundos sem assistência. 
- Se o individuo for capaz de permanecer em pé por dois minutos sem apoio, marque a 
pontuação máxima na situação sentado sem suporte. Siga diretamente para o item 4. 
42 
 
 
3 – SENTADO SEM SUPORTE PARA AS COSTAS, MAS COM OS PÉS APOIADOS 
SOBRE O CHÃO OU SOBRE UM BANCO 
Instruções: Por favor, sente-se com os braços cruzados durante dois minutos. 
4 ( ) Capaz de sentar com segurança por dois minutos. 
3 ( ) Capaz de sentar com segurança por dois minutos sob supervisão. 
2 ( ) Capaz de sentar durante trinta segundos. 
1 ( ) Capaz de sentar durante dez segundos. 
0 ( ) Incapaz de sentar sem suporte durante dez segundos. 
 
4 – EM PÉ PARA SENTADO 
Instruções: por favor, sente-se. 
4 ( ) Senta com segurança com o mínimo uso das mãos. 
3 ( ) Controla descida utilizando as mãos. 
2 ( ) Apoia a parte posterior das pernas na cadeira para controlar a descida. 
1 ( ) Senta independentemente mas apresenta descida descontrolada. 
0 ( ) Necessita de ajuda para sentar. 
 
5- TRANSFERÊNCIAS 
Instruções: pedir ao paciente para passar de uma cadeira com descanso de braços para a 
outra sem descanso de braços (ou uma cama). 
4 ( ) Capaz de passar com segurança com o mínimo uso das mãos. 
3 ( ) Capaz de passar com segurança com o uso das mãos evidente. 
2 ( ) Capaz de passar com pistas verbais e/ou supervisão. 
1 ( ) Necessita de assistência de uma pessoa. 
43 
 
0 ( ) Necessita de assistência de duas pessoas ou supervisão para segurança. 
 
6- EM PÉ SEM SUPORTE COM OLHOS FECHADOS 
Instruções: por favor, feche os olhos e permaneça parado por dez segundos. 
4 ( ) Capaz de permanecer em pé com segurança por dez segundos. 
3 ( ) Capaz de permanecer em pé com segurança por dez segundos com supervisão. 
2 ( ) Capaz de permanecer em pé durante três segundos. 
1 ( ) Incapaz de manter os olhos fechados por três segundos, mas permanece em pé. 
0 ( ) Necessidade de ajuda para evitar queda. 
 
7 – EM PÉ SEM SUPORTE COM OS PÉS JUNTOS 
Instruções: por favor, mantenha os pés juntos e permaneça em pé sem se segurar. 
4 ( ) Capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente com segurança 
por um minuto. 
3 ( ) Capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente com segurança 
por um minuto, com supervisão. 
2 ( ) Capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente e se manter por 
trinta segundos. 
1 ( ) Necessidade de ajuda para manter a posição, mas capaz de ficar em pé por quinze 
segundos com os pés juntos. 
0 ( ) Necessidade de ajuda para manter a posição, mas incapaz de se manter por quinze 
segundos. 
 
8 – ALCANCE A FRENTE COM OS BRAÇOS ESTENDIDOS PERMANECENDO EM PÉ 
Instruções: Mantenha os braços estendidos a 90°, estenda os dedos e tente alcançar a 
maior distância possível. O examinador coloca uma régua no final dos dedos quando os 
braços estão a 90°. Os dedos não devem tocar a régua enquanto executam a tarefa. A 
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medida registrada é a distância que os dedos conseguem alcançar enquanto o paciente está 
na máxima inclinação para frente. Se possível, pedir ao paciente que execute a tarefa com 
os dois braços para evitar a rotação do tronco. 
4 ( ) Capaz de alcançar com confiabilidade acima de vinte e cinco centímetros (10 
polegadas). 
3 ( ) Capaz de alcançar acima de 12,5 centímetros (5 polegadas). 
2 ( ) Capaz de alcançar acima de 5 centímetros (2 polegadas). 
1 ( ) Capaz de alcançar mas com necessidade de supervisão. 
0 ( ) Perda de equilíbrio durante as tentativas/necessidade de suporte externo. 
 
9 – APANHAR UM OBJETO DO CHÃO A PARTIR DA POSIÇÃO EM PÉ 
Instruções: Pegue um sapato/chinelo localizado a frente de seus pés. 
4 ( ) Capaz de pegar o chinelo facilmente e com segurança. 
3 ( ) Capaz de pegar o chinelo mas necessita de supervisão. 
2 ( ) Incapaz de pegar o chinelo mas alcança 2,5 centímetros (1-2 polegadas) do chinelo e 
manter o equilíbrio de maneira independente. 
1 ( ) Incapaz de pegar e necessita se supervisão enquanto tenta. 
0 ( ) Incapaz de tentar/necessita de assistência para evitar perda de equilíbrio ou queda. 
 
10 – EM PÉ, VIRAR E OLHAR PARA TRÁS SOBRE OS OMBROS DIREITO E 
ESQUERDO 
Instruções: Vire e olhe para trás sobre o ombro esquerdo. Repetir para o direito. O 
examinador pode pegar um objeto para olha e colocá-lo atrás para encorajá-lo a realizar o 
giro. 
4 ( ) Olha para trás para ambos os lados com mudança de peso adequada. 
3 ( ) Olha para trás para ambos os lados porém um lado mostra-se com menor mudança de 
peso. 
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2 ( ) Apenas vira para os dois lados mas mantém equilíbrio. 
1 ( ) Necessita de supervisão ao virar. 
0 ( ) Necessita de assistência para evitar perda de equilíbrio ou queda. 
 
11 – VIRAR EM 360° 
Instruções: Vire completamente fazendo um círculo completo. Pausa. Faça o mesmo na 
outra direção. 
4 ( ) Capaz de virar 360° com segurança em 4 segundos ou menos. 
3 ( ) Capaz de virar 360° com segurança para apenas um lado em 4 segundos ou menos. 
2 ( ) Capaz de virar 360° com segurança, mas lentamente. 
1 ( ) Necessita de supervisão ou orientação verbal. 
0 ( ) Necessita de assistência enquanto vira. 
 
12 – COLOCAR OS PÉS ALTERNADAMENTE SOBRE UM DEGRAU OU BANCO 
PERMANECENDO EM PÉ E SEM APOIO 
Instruções: Coloque cada pé alternadamente sobre o degrau ou banco. Continue até cada 
pé ter tocado o degrau ou banco 4 vezes. 
4 ( ) Capaz de ficar em pé independentemente e com segurança e completar 8 passos em 
20 segundos. 
3 ( ) Capaz de ficar em pé independentemente e completar 8 passos em mais de 20 
segundos. 
2 ( ) Capaz de completar 4 passos sem ajuda mas com supervisão. 
1 ( ) Capaz de completar mais de 2 passos necessitando de mínima assistência. 
0 ( ) Necessita de assistência para prevenir

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