Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Curso de Fisioterapia HELOISA BONETTI MAFFEI KAREN PATRICIA CAMARGO USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON Bragança Paulista 2017 HELOISA BONETTI MAFFEI - R.A. 001201302302 KAREN PATRICIA CAMARGO - R.A. 001201302425 USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃODE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON Bragança Paulista 2017 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientadora Temática: Profª. Mª. Gianna Carla Cannonieri Nonose Orientadora Metodológica: Profª. Mª. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa HELOISA BONETTI MAFFEI KAREN PATRICIA CAMARGO USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃODE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON Banca examinadora: ___________________________________________________________ Profª. Mª. Gianna Carla Cannonieri Nonose (Orientadora Temática) Universidade São Francisco ___________________________________________________________ Profª. Mª. Grazielle Aurelina Fraga de Sousa (Orientadora Metodológica) Universidade São Francisco ___________________________________________________________ Profª. Mª. Manuela Amaral Mucci Casanova (Convidada) Universidade São Francisco Bragança Paulista 2017 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Data de aprovação: ___/___/___ AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida. Aos nossos pais, familiares e namorados pela compreensão, incentivo e apoio nos estudos; aos pacientes pelo compromisso; as professoras Gianna e Grazielle por compartilhar conosco seus conhecimentos; a nós pela cumplicidade, paciência e incentivos ao decorrer desta longa jornada e a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte de nossas formações. Heloísa Bonetti Maffei Karen Patrícia Camargo “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota.” Madre Teresa de Calcutá SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7 2 OBJETIVO................................................................................................................. 14 2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 14 2.2 Objetivo específico ................................................................................................. 14 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 15 4 ARTIGO CIENTÍFICO................................................................................................ 18 5 ANEXOS ................................................................................................................... 30 7 1 INTRODUÇÃO A Doença de Parkinson (DP) foi descrita em 1817 por James Parkinson que a denominou como “Paralisia Agitante” (ANDRADE, BARSOTTINI, FERRAZ, 2013; MELNIK, 1994). Os indivíduos, mesmo estando, “paralisados” apresentavam movimentos de tremores intensos e rítmicos que aconteciam geralmente nos membros superiores, mais especificamente nas mãos (DORETTO, 1996). A DP é uma patologia crônica e degenerativa que atinge os neurônios dopaminérgicos da substância negra localizado no mesencéfalo do sistema nervoso central (SNC) (MACHADO, 2000; MELNIK, 1994). Faz parte de um grupo de distúrbios que é caracterizado por tremor e perturbação do movimento voluntário, da postura e do equilíbrio (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). Segundo JANKOVIC (2008), outros sinais clínicos consideráveis são apresentados no Quadro 1: QUADRO1: Sinais clínicos que podem envolver indivíduos com DP. Micrografia Disartria Disfunção sexual Alteração da voz Depressão Sialorréia Distúrbios da marcha Demência Seborréia Dores Distúrbios do sono Disfunção olfatória Parestesias Fáceis em máscara Hiperidrose Câimbras Bradifrenia Hipotenção ortostática Disfagia Incontinência urinária A progressão da DP pode causar uma diminuição da independência funcional nas atividades de vida diária (AVD), alterações no sistema de controle motor e também alterações cognitivas, aumentando o risco de quedas (BLOEM, GRIMBERGEN e DJIK, 2006), além da imobilidade em casos mais graves gerando perda de peso, complicações respiratórias e também úlceras (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). A Dopamina (DA) é responsável por modular o circuito dos Núcleos da Base (NB) e atua facilitando o movimento na via direta e inibindo a via indireta, fazendo com que haja a facilitação da execução do movimento. As duas vias passam pelo tálamo e chegam ao córtex (GOLDMAN-RAKIC e SELEMON, 1990) como demonstra a FIGURA 1 do estudo de GODEIRO, FELÍCIO e PRADO (2006). Os NB são formados por cinco núcleos subcorticais, denominados: núcleo caudado, putamen, globo pálido, núcleo subtalâmico e substância negra. A substância negra é dividida em duas partes chamadas de zonas, a zona pálida 8 ventral e a zona pigmentada escura. Os núcleos subcorticais participam do controle do movimento, além de processos cognitivos, emocionais e motivacionais (MACHADO, 2000); têm envolvimento com os aspectos superiores do controle motor, ou seja, estão envolvidos com o planejamento e a execução do desempenho motor. Quando alguma patologia afeta esses núcleos o organismo apresenta alterações de movimentos involuntários como o tremor, lentidão do movimento e mudança de tônus muscular e de postura; pode gerar tanto a lentificação do movimento como a acinesia que ocorre na DP, quanto movimentos excessivos como a coréia, que acontece na Doença de Huntington (CARR e SHEPHERD, 2008). A DA possui dupla função para poder regular o movimento, ela ativa a via direta e inibe a via indireta, portanto, na DP, por conta da perda de DA, a via direta encontra-se hipoativa enquanto a via indireta fica hiperativa, desencadeando as alterações do movimento (STANDRING, 2010). FIGURA 1: Circuito dos Núcleos da Base. Fonte: GODEIRO, FELÍCIO e PRADO (2006, p. 51). As concentrações de DA têm seu maior aumento dos 5 aos 20 anos de idade e após esse período, sofre uma diminuição lenta e progressiva entre os 20 aos 80 anos. Não existe uma causa aparente para o aparecimento da DP, sua incidência vem sendo distribuída de igual para igual entre homens e mulheres. Tem como principais sintomas a bradicinesia, caracterizada por movimentos lentos, a rigidez, anormalidades de postura e marcha, a escrita com letra pequena, denominada micrografia, e o mais conhecido popularmente, o tremor (MELNIK, 1994). A evolução dessa patologia pode ser rápida, mas também pode 9 evoluir de forma lenta, e por esse motivo, algumas vezes pode não ser identificada pelos sujeitos e seus familiares (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o uso do medicamento Levodopa tem uma grande eficácia no tratamento dos sintomas da DP, porém, como todo o medicamento pode gerar reações adversas como distúrbios psiquiátricos como depressão, ansiedade, insônia, alucinações; distúrbios neurológicos como movimentos involuntários, freezing, sonolência excessiva; distúrbios cardiovasculares como arritmias cardíacas e hipotenção ortostática; reações alérgicas; náuseas; entre outros (ANVISA, 2016). O medicamento Levodopa, quando administrado,atravessa a barreira hematoencefálica, quando no interior da célula, a enzima dopa-descarboxilase transforma-o em DA (DORETTO, 1996; HADDAD, 1995). No entanto, apenas a administração de DA não atravessa a barreira, não surtindo efeito para o tratamento (DORETTO, 1996). Portanto, POEWE (2010), concluiu em seu estudo que a Levodopa é o medicamento padrão-ouro para a terapia da DP, controlando as características motoras cardinais da doença, podendo ter a diminuição do risco de quedas em alguns indivíduos quando a rigidez é diminuída (MELNIK, 1994). Outro medicamento que também é eficaz no tratamento da DP é o Dicloridrato de Pramipexol, ele alivia as disfunções motoras que a DP gera, através de estimulação dos receptores de dopamina no corpo estriado; este pode ser usado em conjunto com a Levodopa e também somente como monoterapia. É comum gerar tonturas, discinesias, sonolências e náuseas e também insônia, confusões mentais, cefaléias, etc (ANVISA, 2016). Alterações do globo pálido promovem as alterações da estabilidade postural, gerando a diminuição do equilíbrio, além das outras alterações de marcha e posturas (HADDAD, 1995). A instabilidade postural é considerada um importante elemento contribuinte para a incapacidade, propicia ao indivíduo com DP a ocorrência de maior incidência de quedas, promovendo várias outras repercussões ao indivíduo. Umas das causas que geram pouco equilíbrio é a incapacidade de realizar os ajustes antecipatórios (CARR e SHEPHERD, 2008). Para a explicação do controle da postura ereta durante o movimento, FRANK e EARL (1990) e MOCHIZUKI e AMADIO (2003) afirmam que esse controle é dado por meio das estratégias de feedback baseado na excitação do sistema sensorial, com os receptores visuais, vestibulares, cutâneos e proprioceptivos que consequentemente ativam o controle automático do movimento. A postura ereta também pode ser atribuída por uma preparação 10 postural que é feita antes do início do movimento, essa preparação é dada por um aumento da base de suporte e uma estabilização das articulações através da co-contração muscular. FRANK e EARL (1990) afirmam que o controle postural é essencial para que haja uma execução eficiente dos movimentos voluntários. Segundo FLORES (2009), o controle do equilíbrio é realizado de forma inconsciente pelo organismo quando o mesmo se encontra sem alterações, porém quando ele está alterado, os indivíduos têm uma grande dificuldade em se adaptar para manter o equilíbrio, acarretando várias alterações na vida do indivíduo como a falta de atenção, alterações do sono, aumento da chance de quedas e também gerar uma fadiga excessiva ao indivíduo, portanto, o equilíbrio é fundamental para que se possam realizar as tarefas do dia a dia. BERARDELLI et al., (1984) apud CARR e SHEPHERD (2008), apresentam duas teorias para descrever as causas da instabilidade, a primeira seria alterações na responsividade central ou a utilização das informações sensoriais deficitárias, a segunda teoria seria explicada por uma alteração da programação central com déficits, incluindo a incapacidade de realizar uma tarefa rapidamente chamada bradicinesia. Quanto à postura em posição ortostática, o indivíduo com DP apresenta uma postura flexionada que é típica da patologia. Essa mudança postural pode ser uma maneira de se adaptar para manter o equilíbrio (CARR e SHEPHERD, 2008), e o indivíduo fica em semiflexão de quadril e joelhos, ombros arqueados e protrusão de cabeça. Nessa posição esses indivíduos tendem a tombar para frente devido a mudança no centro de massa, ou seja, manifestam incapacidade em readquirir o equilíbrio com algumas estratégias de movimentos compensatórios, aumentando a chance de possíveis quedas (GODWIN- AUSTEN e JONES, 2000). Na marcha, através da complexidade em transferir o centro de gravidade de um pé para o outro, adotam o padrão de passos curtos e cambaleantes. CARR e SHEPHERD (2008) relatam que os indivíduos com DP adotam um padrão de marcha em festinada, onde a aceleração involuntária da marcha e a diminuição dos passos ajudam a diminuir a probabilidade de quedas. Uma grande dificuldade em relação a iniciar a marcha é a interrupção inesperada dos movimentos dos membros inferiores, onde ocorre o congelamento ou também chamado freezing, especialmente com presença de obstáculos; o freezing pode ocorrer tanto no início da marcha quanto durante (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000; CARR e SHEPHERD, 2008). Os movimentos aprendidos e voluntários limitam-se tanto a velocidade quanto a amplitude na DP, na marcha os passos são em distâncias menores e lentos (bradicinesia), 11 atividades como abotoar uma camisa e cortar alimentos podem tornar-se impraticáveis. Ocorre uma hipertonia plástica, porém a resistência a movimentação passiva é homogênea em toda a articulação (GODWIN-AUSTEN e JONES, 2000). Além dos outros sinais que a patologia gera, o tremor de repouso também é um sinal cardinal da DP; HADDAD (1995) diz que esse tremor tem inicio no núcleo ventral lateral do tálamo. SANVITO (2010) classifica o tremor como movimentos oscilatórios, rítmicos e involuntários que envolvem uma região corporal, o tremor de repouso é mais frequente nas mãos, mais também pode acometer pés, lábios e mento; no entanto, quando há o movimento, o tremor cessa. Além do tratamento clínico e medicamentoso, a fisioterapia está ganhando espaço no tratamento dessa patologia, que interfere nas atividades funcionais desse indivíduo, prevenindo complicações secundárias e fazendo com que as tarefas funcionais não sejam uma ameaça e para que eles não tenham tantas dificuldades em realizá-las. Segundo MORRIS, MARTIN e SCHENKMAN (2010), o conjunto das intervenções fisioterapêuticas devem ser feitas de acordo com as necessidades de cada indivíduo associada ao estágio de progressão da doença, além de outros aspectos como idade, capacidade de aprendizagem e a forma preferida da terapia do indivíduo. BURKE-DOE e JOBST (2015) dizem que a equipe de trabalho deve ser multiprofissional, incluindo médico neurologista, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, e outros profissionais como psicólogos, psiquiatras quando o indivíduo apresenta quadros de depressão, além do fisioterapeuta. A fisioterapia tem como principais objetivos promover a melhora da qualidade de vida dos indivíduos com DP, mantendo um estilo de vida adequado e ativo, com uma melhora da aptidão física e do sistema neuromuscular flexível, praticando também atividades mais complexas, oferecendo a ele estratégias e soluções para as tarefas que o dia a dia proporciona (CARR e SHEPHERD, 2008). Pistas visuais e auditivas são utilizadas durante o tratamento para minimizar os sinais e sintomas que a patologia gera; CARR e SHEPHERD (2008) dizem que em 1967, Martin foi o primeiro que fez o uso das pistas visuais em pacientes com DP que tinham quadros de congelamento, as pistas auditivas também são usadas para que os indivíduos melhorem o padrão da marcha; porém, a atenção durante o exercício é fundamental para que a marcha seja realizada adequadamente melhorando o comprimento dos passos e também gerando uma diminuição do tempo de duplo apoio, além do congelamento. 12 MORRIS, MARTIN e SCHENKMAN (2010) dizem ainda que a gestão fisioterapêutica deve incluir três elementos que são fundamentais para o tratamento. O primeiro elemento é ensinar a pessoa como desenvolver estratégias para que a sua locomoção fique mais facilitada, mantendo a estabilidade postural por meio das estratégias cognitivas. O segundo elemento apresenta como foco tratar as lesões secundárias que a DP pode causar, como alterações dos sistemas músculo-esquelético e cardiorrespiratório; essas duas alterações são dadas pelo descondicionamento físico que é gerado pela diminuição das atividades físicas, idade avançada e presença de comorbidades. O terceiro elemento é a inclusãodas atividades físicas, que geram uma mudança do indivíduo relacionada a prática de atividades físicas, além de prevenir quedas e outras patologias que podem ser advindas dela. Portanto, é de grande importância, sempre estimular os pacientes com essa patologia a realizarem atividades; exercícios físicos e fisioterapia que auxiliam para a melhora dos aspectos motores de indivíduos com DP, principalmente o equilíbrio (NITRINI, 2014; MELNIK, 1994), para manter, melhorar e prolongar a qualidade de vida do indivíduo (VARA, MEDEIROS e STRIEBEL, 2012). No quesito inovação em tratamento, pesquisadores estão estudando o uso da realidade virtual (RV) com o intuito de melhor beneficiar os indivíduos com DP. O uso da realidade virtual ou também chamado de ambiente virtual é uma terapia que está sendo aplicada hoje em diversas patologias neurológicas, jogos de vídeo game são usados para esse novo tipo de tratamento. VIEIRA, et al., (2014), explicam que o uso da RV vem sendo uma ferramenta terapêutica utilizada na neurorreabilitação de indivíduos portadores de doenças neurológicas. Ela é considerada uma atividade lúdica que promove feedback visual e auditivo ao indivíduo, diminuindo as dificuldades na adesão dos pacientes ao tratamento. Nesta técnica é utilizado o vídeo game Nintendo Wii® para o tratamento dessas patologias, inclusive a DP. O Nintendo Wii® teve como objetivo criar algo diferenciado para a interação, trazendo uma nova forma de jogar. Através de um controle sem fio, o aparelho capta os movimentos realizados pelo usuário, os interpreta e depois transporta para o jogo (DIAS, SAMPAIO e TADDEO, 2009). A terapia com a RV faz com que os indivíduos realizem movimentos lentos e rápidos de membros superiores e membros inferiores, com mudança corporal, deslocamentos do centro de gravidade e também uma mensuração de grau de força e amplitude de movimento (SANTANA et al., 2015). 13 VIEIRA, et al., (2014), mostrou que além de potencializar a aprendizagem motora na funcionalidade, capacidade cognitiva e equilíbrio na DP, o indivíduo tem um maior incentivo melhorando a sua adesão para o tratamento. RENDON, et al., (2012), obtiveram resultados significativos nos seus estudos, com a melhora do equilíbrio e da estabilidade postural nos indivíduos que fizeram o uso da RV, os sujeitos também apresentaram uma melhora da segurança para a realização das atividades funcionais, além da diminuição do risco de quedas. O uso da RV usando o vídeo game Nintendo Wii® promove uma melhora em vários aspectos que foram apresentados pelos indivíduos do estudo de ZALECKI, et al., (2013) comprovou sua eficácia. Obtiveram melhora nos seguintes aspectos: equilíbrio, mobilidade, força de membros inferiores, diminuição do medo de cair, aumento da velocidade de caminhada, e também uma maior facilidade relacionado a inclusão do sujeito com a terapia, os sujeitos relataram que tiveram um aumento da satisfação, do prazer e também do humor em fazer uso da terapia com a RV. 14 2 OBJETIVO 2.1 Objetivo geral Avaliar o efeito do treino de equilíbrio utilizando o console Nintendo Wii® em indivíduos com DP. 2.2 Objetivo específico Avaliar o equilíbrio em indivíduos com DP. Avaliar os efeitos da fisioterapia convencional associado ao console Nintendo Wii® para melhora do equilíbrio em indivíduos com DP. Avaliar se após o treinamento houve alteração do risco de quedas nos indivíduos com DP. Comparar os resultados da avaliação inicial com a avaliação final após a intervenção. 15 3 REFERÊNCIAS ANDRADE, L. A. F.; BARSOTTINI, O. G. P.; FERRAZ, H. B. Doenças Extrapiramidais: Doença de Parkinson. In: MELO-SOUZA, S.; PAGLIOLINETO, E.; CENDES, F. Tratamento das Doenças Neurológicas (Eds.). 3. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2013, p. 881-895. VitalSourceBookshelf Online.Disponívelem: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2257- 5/cfi/906!/4/4@0.00:0.00>. Acessoem 19 de dezembro de 2016. ANVISA. Bula Carbidol. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=9294002 014&pIdAnexo=2266616>. Acesso em 30 de junho de 2017. ANVISA. Bula Dicloridrato de Pramipexol. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=2423644 2016&pIdAnexo=3975626>. Acesso em: 30 de junho de 2017. BERARDELLI, A. et al. Pathophysiology of Bradykinesia in Parkinson’s Disease.Brain, v. 124, p. 2131-2146, 2001. Disponível em: <http://homes.mpimf- heidelberg.mpg.de/~mhelmsta/pdf/2001%20Berardelli%20Rothwell%20Thompson%20Hallet t%20Brain.pdf>. Acesso em: 25 de novembro de 2016. BLOEM, B.R. et al. The "posture second" strategy: a review of wrong priorities in Parkinson's Disease. JournaloftheNeurologicalSciences, v. 248, p. 196-204, 2006. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16806270>. Acesso em: 11 de outubro de 2016. CARR, J., SHEPERD, R. Doença de Parkinson. In:______. Reabilitação Neurológica: otimizando o desempenho motor. Barueri. Manole, 2008. p. 319-359. BURKE-DOE A.; JOBST, E.E. Doença de Parkinson: Diagnóstico. In: DAVID, H. S. (Eds.). Casos clínicos em fisioterapia e reabilitação neurológica. Porto Alegre. AMGH, 2015. p. 37. VitalSourceBookshelf Online. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554625/cfi/52!/4/2@100:0.00> . Acesso em: 10 de novembro de 2016. DIAS, R.S.; SAMPAIO, I.L.A.; TADDEO, L.S. Fisioterapia x Wii: a introdução do lúdico no processo de reabilitação de pacientes em tratamento fisioterápico. VIII Brazilian Symposium on Games and Digital Entertainment, Rio de Janeiro. p. 34- 37, 2009.Disponível em: <http://www.sbgames.org/papers/sbgames09/culture/short/cults8_09.pdf>. Acesso em: 17 de setembro de 2016. DORETTO, D. Fisiopatologia das Estruturas Supra-Espinais que Atuam Sobre a Motricidade: “O Sistema Extrapiramidal”. In:______. Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso - Fundamentos da Semiologia. 2. ed. São Paulo, Atheneu. p. 73-103, 1996. FRANK, J.S.; EARL, M. Coordination of Posture and Movement. Physical Therapy. Waterloo, 1990. v. 70, n. 12. p. 855-863. Disponível em: <http://e.guigon.free.fr/rsc/article/FrankEarl90.pdf>. Acessoem: 09 de setembro de 2016. 16 GODEIRO JR, C., O.; FELÍCIO, A., C.; PRADO, G., F. Sistema Extrapiramidal: Anatomia e Síndromes clínicas. Neurociências, 2006, v. 14, p. 48 – 51. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2001/Pages%20from%2 0RN%2014%2001-8.pdf> . Acesso em 27 de setembro de 2017. GODWIN - AUSTEN, R.B.; JONES, D. Doença de Parkinson. In: STOKES, M. (Ed.) Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo. Premier.p. 167-177, 2000. GOLDMAN - RAKIC P.S.; SELEMON L.D. New frontiers in basal ganglia research. Elsevier, New Haven. v. 13, n. 7, p. 241-244, 1990. Disponível em: <http://www.cell.com/trends/neurosciences/pdf/0166-2236(90)90103-H.pdf>. Acesso em: 27 de outubro de 2016. HADDAD, M.S. Fisiopatologia da Doença de Parkinson. In: NITRINI, R. et al. (Eds.). Condutas em Neurologia. São Paulo, Clínica Neurológica HC/FMUSP. p. 29-36, 1995. HOEHN, M. M.; YAHR, M. D. Parkinsonism: onset, progression, and mortality. American Academy of Neurology, Cleveland. v. 17, n. 5, p. 427-442, 1967. JANKOVIC, J. Parkinson’s disease: clinical features and diagnosis. J Neurol Neurosurg Psychiatry, Houston. v. 79, p. 368-376, 2008. Disponível em: http://jnnp.bmj.com/content/79/4/368. Acesso em: 25 de março de 2017. MACHADO, A. Estrutura e funções dos Núcleos da Base. In:______. Neuroanatomia Funcional.3 ed. São Paulo, Atheneu, p. 235-240, 2000. MATHIAS, S., NAYAK, U. S. L., ISAACS, B. Balance in elderly patients: the “get up and go” test. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. v. 67, p. 387-389, 1986. Disponívelem: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3487300>. Acesso em: 05 de maio de 2017. MELNIK, M.E. Distúrbios dos Gânglios da Base: Distúrbios metabólicos, hereditários e genéticos em adultos. In: UMPHRED, D. A. (Ed.) Fisioterapia Neurológica. 2 ed. São Paulo, Manole, p. 549-578, 1994. MOCHIZUKI, L.; AMADIO, C. A. As funções do controle postural durante a postura ereta. Revista Fisioterapia Universidade de São Paulo. São Paulo. v.10, n.1, p. 7-15, 2003. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/fpusp/article/view/77416>. Acesso em: 30 de janeiro de 2017. MORRIS M. E.; MARTIN C. L.; SCHENKMAN M. L. Striding out with Parkinson disease: evidence-based physical therapy for gait disorders. Journal of the American Physical Therapy Association. v. 90, n. 2, p. 280-288, 2010. Disponível em: <https://academic.oup.com/ptj/article-lookup/doi/10.2522/ptj.20090091>. Acesso em: 30 de janeiro de 2017. NITRINI, R. et al. Condutas em Neurologia. 11. ed. Barueri, SP. Manole, 2016. Vital Source Book shelf Online. 17 POEWE, W. et al. Levodopa in the treatment of Parkinson's disease: an old drug still going strong. Clinical Interventions in Aging. v. 5, p. 229-238, 2010. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2938030/>. Acesso em: 17 de março de 2017. RENDON, A. A. et al. The effect of virtual reality gaming dynamic balance in older adults. Age and Ageing. v. 41, n. 4, p. 549-552, 2012. Disponível em: < https://academic.oup.com/ageing/article-lookup/doi/10.1093/ageing/afs053>. Acesso em: 16 de março de 2017. SANTANA, C. M. F. et al. Efeitos do tratamento com realidade virtual não imersiva na qualidade de vida de indivíduos com Parkinson. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. v. 18, n. 1, p. 49-58, 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v18n1/1809-9823-rbgg-18-01-00049.pdf>. Acesso em: 16 de setembro de 2016. SANVITO, W.L. Transtornos do Movimento. In:______. Propedêutica neurológica básica. 2. ed. São Paulo, Atheneu, p. 61-72, 2010. STANDRING, S. G. Núcleos da Base. In: ______. Anatomia: a base anatômica para a prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro. Elsevier, p. 325-334, 2010. VARA, A.C.; MEDEIROS, R.; STRIEBEL, V.L.W. O Tratamento Fisioterapêutico na Doença de Parkinson. Revista Neurociências. v. 20, n. 2, p. 266-272, 2012. Disponível em: < http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2002/revisao%2020%2002/624% 20revisao.pdf>. Acesso em: 09 de setembro de 2016. VIEIRA, G. P. et al. Realidade virtual na reabilitação física de pacientes com doença de Parkinson. Journal of Human Growth and Development. v. 24, n. 1, p. 31-41, 2014. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/72046/79850>. Acesso em: 05 de novembro de 2016. ZALECKI, T., et al. Visual Feedback Training Using Wii Fit Improves Balance In Parkinson’s Disease. Folia Medica Cracoviensia. v. 53, n. 1, p. 65-78, 2013. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24858332>. Acesso em: 25 de novembro de 2016. 18 4 ARTIGO CIENTÍFICO USO DO NINTENDO WII® NA REABILITAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON THE USE OF DO NINTENDO WII® IN THE REHABILITATION OF PEOPLE WITH PARKINSON´S DESEASE Heloisa Bonetti Maffei1, Karen Patricia Camargo1, Gianna Carla Cannonieri-Nonose2 1- Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF) – Bragança Paulista – SP 2- Professora Mestre do curso de Fisioterapia da Universidade São Francisco (USF) – Bragança Paulista – SP RESUMO Objetivo: Avaliar o efeito do treino de equilíbrio utilizando o console Nintendo Wii® em indivíduos com Doença de Parkinson (DP). Método: Estudo de 3 casos com indivíduos diagnosticados com DP Idiopática de ambos os gêneros, independente da idade, que encontravam-se no estágio de 1 a 3 na Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada). Foi realizada uma avaliação inicial com escala de equilíbrio de Berg, Teste de Alcance Funcional e Timed Up and Go, 14 sessões com duração de 30 minutos cada com o Nintendo Wii® e uma avaliação final compostas pelas mesmas escalas. Resultados: Através de uma análise comparativa da avaliação inicial e da avaliação final encontrou-se melhora no paciente A com aumento de 6,42 cm no TAF e no Berg aumento de 2 pontos; no paciente B houve um aumento de 9,99 cm no TAF e no Berg aumento de 7 pontos e no paciente C aumento de 2,49 cm no TAF e de 3 pontos de Berg. Conclusão: Encontrou-se melhora do equilíbrio nos 3 indivíduos após o treinamento, corroborando estudos prévios sobre a eficácia da fisioterapia convencional em conjunto da Realidade Virtual no paciente com DP. Palavras chave: Fisioterapia, Doença de Parkinson, Equilíbrio Postural, Terapia de Exposição à Realidade Virtual. Objective: To assess the effect of balance training by using the Nintendo Wii® console in individuals with Parkinson´s Disease. Method: 3 study cases with diagnoses of idiopathic PD who were undergoing physiotherapeutic care at the School Clinic USF and at the Rehabilitation Center Municipal of Bragança Paulista – SP. Individuals of both genders were selected, regardless of their ages, who were at stages 1 to 3 on the Hoehn and Yahr Disability Scale Stages. An initial assessment was carried out with Berg balance scale, functional range test and Timed Up and Go, 14 sessions of 30 minutes each with every patient using the Nintendo Wii® and a final assessment. Outcomes: Through a comparative analysis from the initial assessment as well as from the final assessment, improvement has been perceived in the patient A with an increase of 6,42cm in TAF and an increase of 2 points in Berg; In patient B there was an increase of 9,99cm in TAF and an increase of 7 19 points in Bergand in patient C an increase of 2,49cmin TAF and an increase of 3 points in Berg. Conclusion: Balance improvement has been perceived in the 3 patients, supporting previous studies about the effectiveness of conventional physiotherapy in Virtual Reality set in individual with DP Key-words: Physiotherapy – Parkinson´s Disease – Postural Balance – Virtual Reality Exposing Therapy INTRODUÇÃO A Doença de Parkinson (DP) é uma patologia crônica e degenerativa que atinge os neurônios dopaminérgicos da substância negra localizado no mesencéfalo do sistema nervoso central (SNC)1,2. Faz parte de um grupo de distúrbios que é caracterizado por tremor e perturbação do movimento voluntário, da postura e do equilíbrio3. A progressão da DP pode causar uma diminuição da independência funcional nas atividades de vida diária (AVD), alterações no sistema de controle motor e também alterações cognitivas, aumentando o risco de quedas4, além da imobilidade em casos mais graves gerando perda de peso, complicações respiratórias e também úlceras3. Frank e Earl5 afirmam que o controle postural é essencial para que haja uma execução eficiente dos movimentos voluntários. Segundo Flores6, o controle do equilíbrio é realizado de forma inconsciente pelo organismo quando o mesmo se encontra sem alterações, porém quando ele está alterado, os indivíduos têm uma grande dificuldade em se adaptar para manter o equilíbrio, acarretando várias alterações na vida do indivíduo como a falta de atenção, alterações do sono, aumento da chance de quedas e também gerar uma fadiga excessiva ao indivíduo, portanto, o equilíbrio é fundamental para que se possam realizar as tarefas do dia a dia. Além do tratamento clínico e medicamentoso, a fisioterapia está ganhando espaço no tratamento dessa patologia, que interfere nas atividades funcionais desse indivíduo, prevenindo complicações secundárias e fazendo com que as tarefas funcionais não sejam uma ameaça e para que eles não tenham tantas dificuldades em realizá-las. A fisioterapia tem como principais objetivos promover a melhora da qualidade de vida dos indivíduos com DP, mantendo um estilode vida adequado e ativo, com uma melhora da aptidão física e do sistema neuromuscular flexível, praticando também atividades mais complexas, oferecendo a ele estratégias e soluções para as tarefas que o dia a dia proporciona7. 20 Vieira, et al.8 explicam que o uso da Realidade Virtual (RV) vem sendo uma ferramenta terapêutica utilizada na neurorreabilitação de indivíduos portadores de doenças neurológicas. Ela é considerada uma atividade lúdica que promove feedback visual e auditivo ao indivíduo, diminuindo as dificuldades na adesão dos indivíduos ao tratamento. Nesta técnica é utilizado o vídeo game Nintendo Wii® para o tratamento dessas patologias, inclusive a DP. O Nintendo Wii® teve como objetivo criar algo diferenciado para a interação, trazendo uma nova forma de jogar. Através de um controle sem fio, o aparelho capta os movimentos realizados pelo usuário, os interpreta e depois transporta para o jogo9. A terapia com a RV faz com que os indivíduos realizem movimentos lentos e rápidos de membros superiores e membros inferiores, com mudança corporal, deslocamentos do centro de gravidade e também uma mensuração de grau de força e amplitude de movimento10. Portanto, o objetivo desde estudo foi avaliar o efeito do treino de equilíbrio utilizando o console Nintendo Wii® em indivíduos com DP. MÉTODO Estudo analítico experimental do tipo ensaio clínico não controlado, com tamanho amostral de 3 indivíduos com DP. Foram selecionados indivíduos com diagnóstico médico de DP Idiopática que passaram por atendimento fisioterapêutico convencional na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade São Francisco (CEF-USF) ou do Centro de Reabilitação Municipal, ambos na cidade de Bragança Paulista, Estado de São Paulo. Para participar deste estudo foram selecionados indivíduos com diagnóstico de DP Idiopática de ambos os gêneros, independente da idade, que se encontravam no estágio de 1 a 3 na Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada)11, consciente em participar do estudo com assinatura pessoal do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Portanto pessoas que apresentavam alguma complicação neurológica, alterações cognitivas que impedissem o entendimento do exercício, alterações cardiorrespiratórias grave, ortopédicas ou reumatológicas que impedissem a realização da Wii Terapia foram exclusos deste estudo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Francisco (parecer nº 1.915.402). 21 Realizou-se inicialmente uma análise de prontuário na CEF-USF e também no Centro de Reabilitação Municipal. Após essa análise, uma parte dos indivíduos foram convidados pessoalmente e outra parte por atendimento telefônico. Esses indivíduos já encontravam-se participando ou já participaram de reabilitação fisioterapêutica convencional nesses locais. Primeiramente realizou-se uma avaliação inicial, coletando dados pessoais do paciente, diagnóstico clínico, medicamentos e a Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada) que classifica de 0 a 5 o estágio da doença em que o paciente se encontra e após, foram analisados os resultados destas avaliações para a seleção dos sujeitos que estavam de acordo com os critérios de inclusão, caso a pontuação na escala tenha sido maior que 3 o indivíduo foi excluso do estudo. Posteriormente ao resultado da Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada), foram realizadas as avaliações: Escala de Equilíbrio de Berg que ajuda a indicar os fatores de risco para quedas em idosos e a perda da independência, sendo que este fator será indiretamente avaliado neste estudo12, Teste de Alcance Funcional Anterior (TAF) também é utilizado para constatar o risco de queda. Ele indica o quanto a pessoa é capaz de se deslocar dentro do seu limite de estabilidade anterior13 e o Teste de Timed Up and Go (TUG) que têm como objetivo avaliar equilíbrio funcional e mobilidade do indivíduo14. As sessões com o Nintendo Wii® tiveram duração de 30 minutos realizadas pelos pesquisadores deste estudo, sendo que os indivíduos desta pesquisa praticaram fisioterapia convencional associada a este treinamento. As sessões foram realizadas durante os meses de março, abril, maio e junho do ano de 2017, totalizando 14 sessões de fisioterapia com os jogos de Balance Games (Soccer Heading, TableTilt, Balance Bubble, Tightrope Walke Penguin Slide) e Plataforma WiiFit Plus®. Após as 14 sessões, uma sessão foi destinada à avaliação final com os mesmos testes e escalas da avaliação inicial. Em seguida, os dados foram organizados e analisados por meio do programa Microsoft Office Excel 2010 com análise descritiva e entre as avaliações inicial e final. Os resultados obtidos foram expressos em gráficos. RESULTADOS Seis indivíduos foram selecionados na CEF-USF para conversa para possível inclusão no estudo, porém, apenas 2 participaram deste. No Centro de Reabilitação Municipal foram selecionados 9 indivíduos, porém apenas 1 participou desde estudo (Figura 1). 22 Figura 1: Fluxograma de seleção dos indivíduos. Indivíduo A, gênero masculino, 68 anos, aposentado e diagnosticado com DP em 2014, estágio 3 na escala de incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada). Iniciou tratamento fisioterapêutico em fevereiro de 2017 e também realizava acompanhamento fonoaudiólogico. O tratamento medicamentoso foi realizado com Dicloridrato de Pramipexol, porém até a nona sessão, utilizou somente o medicamento Prolopa. Devido à troca de medicamento realizada pelo médico neurologista, observou-se um declínio do quadro do indivíduo acarretando em um agravamento da bradicinesia durante esse período, dificultando a execução do treino no decorrer do estudo e consequentemente nos resultados finais. Comparando a avaliação inicial e final, o indivíduo apresentou os seguintes resultados: aumento na escala de Berg de 2 pontos (gráfico 1), aumento no TAF de 6,42 cm (gráfico 2) e manteve o tempo do teste TUG de 17 segundos (gráfico 3), não apresentando variação entre a avaliação final e inicial. Indivíduo B, gênero feminino, 65 anos, aposentada e diagnosticada com DP em março de 2017, estágio 1 na escala de incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada) e fazia uso do medicamento Dicloridrato de Pramipexol para o tratamento desta patologia. Não realizava tratamento fisioterapêutico, apenas realizou 14 sessões juntamente a este estudo. Ativa, praticava atividade física semanalmente, realizava aulas de dança do estilo zumba e caminhadas matinais diárias. Realizava acompanhamento psicológico e tratamento fisioterapêutico cardiorrespiratório na CEF-USF, por conta da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mais conhecida como DPOC, porém, essa patologia não interferiu na realização das sessões de Wii Terapia. Paciente relatou melhora na postura, na marcha e no equilíbrio. Comparando a avaliação inicial e final, o indivíduo apresentou os seguintes resultados: aumento na escala de Berg de 7 pontos (gráfico 1) quando comparado a avaliação inicial com a avaliação final. No TAF, houve um aumento de 9,99 cm de distância (gráfico 2) e diminuição do tempo de execução do teste TUG de 0,82 segundos (gráfico 3). 23 Indivíduo C, gênero masculino, 54 anos, profissão de guarda civil municipal e diagnosticado com DP em 2012, estágio 2 na escala de incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada), o tratamento medicamentoso era realizado com o medicamento Prolopa; fazia caminhadas 2 vezes semanais. Não realizava tratamento fisioterapêutico, apenas realizou as 14 sessões deste estudo associado à fisioterapia convencional. Paciente apresentou disartria, incoordenação do corpo como um todo e Síndrome das Pernas Inquietas. Relata melhora em dor nos MMII após o estudo. Comparando a avaliação inicial e final, o indivíduo apresentou os seguintes resultados: melhora na escala de Berg com aumento de3 pontos (gráfico 1), aumento no TAF de 2,49 cm após a intervenção (gráfico 2) e diminuição do tempo de execução no teste TUG de 3,62 segundos (gráfico 3). Gráfico 1: Resultados da Escala de Berg na avaliação inicial e final. Gráfico 2: Resultados do Teste de Alcance Funcional (TAF) na avaliação inicial e final. 24 Gráfico 3: Resultados do Teste Timed Up and Go (TUG) na avaliação inicial e final. DISCUSSÃO No presente estudo, corroboramos a ideia vigente na literatura de que a fisioterapia em conjunto com a Wii terapia é benéfica, visto que além da retroalimentação e o incentivo, também a repetição de movimentos que os jogos proporcionam geram vantagens sobre o aprendizado motor, fator este necessário para que haja progressão no tratamento, já que os indivíduos devem estar motivados para praticar movimentos intensos e frequentes15. Um estudo feito por Ferreira et. al16 apresentou a eficácia de um programa de reabilitação utilizando a fisioterapia convencional associada a Wii Terapia em indivíduos com DP, havendo uma melhora do equilíbrio dos participantes expresso por um aumento da pontuação da escala de equilíbrio de Berg com média de 3,66 pontos a mais quando comparado pré e pós intervenção. Foi aplicado também o questionário de Qualidade de Vida na Doença de Parkinson (PDQL - Parkinson Disease Quality of Life) que avalia função emocional e social dos Parkinsonianos, apresentando um avanço da pontuação com média de 12 pontos entre pré e pós intervenção. A Wii Terapia vem sendo utilizada no tratamento de patologias neurológicas como pacientes com sequelas de Encefalopatia Crônica Não-Progressiva da Infância, mais conhecida como Paralisia Cerebral (PC), pacientes com Acidente Vascular Encefálico (AVE), Traumatismos Crânio-Encefálicos (TCE)17. A DP tem uma especificidade que difere das demais doenças acima citadas pois tem um caráter progressivo. Esse fato pode levar, muitas vezes, a acreditar que a recuperação funcional ou a plasticidade cerebral poderia não ocorrer de forma efetiva nesses indivíduos. Porém a neuroreabilitação é capaz de propiciar tais mudanças18. O estudo de Pompeu et. 25 al19, foi o primeiro a apontar resultados satisfatórios da fisioterapia em conjunto ao uso do Nintendo WII® como terapia para melhora no equilíbrio de indivíduos com DP, o que foi reafirmado com recentes estudos que corroboram a capacidade terapêutica deste console para a complementação na reabilitação destes indivíduos20,21. Nos resultados alcançados no presente estudo verificou-se a eficácia do uso do Nintendo Wii na reabilitação de equilíbrio em indivíduos com DP. Todos os indivíduos participantes do estudo se adequaram ao treino e as propostas iniciais do estudo durante as sessões de fisioterapia. A atuação da fisioterapia como tratamento de indivíduos com DP têm grande valor e relevância para manter e melhorar a qualidade de vida de cada indivíduo, mantendo a atividade muscular e preservando a mobilidade articular22. De acordo com Haase, Machado e Oliveira23, os sintomas da DP interferem significativamente nas atividades funcionais do cotidiano e com isso, a fisioterapia deve se basear nos padrões funcionais, de acordo com a queixa de cada um, fazendo com que essas atividades se tornem prazerosas. Devido a proporcionar um feedback sensório motor durante o treinamento, a terapia de exposição à realidade virtual, mostra-se eficiente na reabilitação de indivíduos com déficit na função cognitiva e motora, promovendo maior motivação e facilitação do aprendizado durante a prática do exercício24. A RV na reabilitação fisioterapêutica pode ser abordada com base em três conceitos chaves: a repetição, a retroalimentação e a motivação, que conduzem o aprendizado motor, sendo fatores interdependentes e essenciais para o alcance dos resultados esperados25. A escala de Berg é um dos instrumentos capazes de avaliar quantitativamente e qualitativamente, de forma confiável, o risco de quedas em idosos relacionados ao equilíbrio e em qual momento isso acontece, é composta por 14 itens, onde sua pontuação varia de 0 a 4, com pontuação máxima de 5612. No presente estudo foi observado um aumento da pontuação da Escala de Berg nos três indivíduos participantes quando comparado a avaliação inicial com a avaliação final, após o término do tratamento proposto, o que consequentemente reduziu do risco de quedas dos mesmos, evitando assim, possíveis lesões secundárias. O resultado da pontuação da escala de Berg é inversamente proporcional ao risco de quedas, ou seja, quanto menor a pontuação da escala, maior será o risco de quedas e maior a chance de lesões secundárias à essas quedas como fraturas e indivíduos acamados26. 26 Nesse contexto, podemos observar os dados obtidos na escala do indivíduo C, que obteve menor pontuação na avaliação inicial, de 46 pontos, indicando que o mesmo apresentava um alto índice de risco de quedas (82%) e após a realização do treino de Wii Terapia obteve um aumento de 6 pontos (52) na escala e então, uma diminuição de 12% do risco de quedas. O teste de Timed Up and Go (TUG) objetiva avaliar equilíbrio funcional e mobilidade14. Nele, o individuo A manteve-se em 17 segundos quando comparado a avalição inicial e final, já o B e o C apresentaram na avaliação inicial 12 segundos e 14 segundos e na final uma diminuição para 11,18 segundos e 10,38 segundos respectivamente. Portanto, de acordo com Mathias, Nayak e Isaacs27 o participante A e B apresentam baixo risco de quedas e o C não apresenta risco de quedas. Em estudo realizado por Henderson, Korner-Bitensky e Levin28 (2007) apresentou a eficácia de um plano de treinamento de equilíbrio utilizando a RV em indivíduos com DP, por um período de seis semanas, totalizando 18 sessões com duração de 40 minutos cada em 3 dias na semana, no qual na avaliação final, observou-se uma diminuição do tempo do TUG. Outro instrumento utilizado para indicar o risco de quedas é o TAF, determinando assim, a possibilidade de deslocamento do idoso de acordo com seu limite de estabilidade anterior. Os valores dados como referência são utilizados a partir de um cálculo da média realizados após três tentativas e então, comparado aos valores de referência, onde apontam que valores menores que 15 centímetros indicam risco de quedas13. Nos três participantes foram encontrados melhora dos resultados após o término do tratamento, porém no Indivíduo B, observou-se que o resultado do TAF foi mais satisfatório quando comparado com os indivíduos A e C, com um aumento de 9,99 centímetros, visto que a mesma apresentava estágio inicial na Escala de Hoehn e Yahr e praticava atividade física regularmente. Loureiro, Ribas, Zotz, Chen e Ribas29 (2012) verificaram através de um programa de treinamento com o uso da RV um aumento de 5 cm (p=0,04) da distância alcançada comparando antes e depois do TAF, em 6 indivíduos com DP, durante 12 sessões, 2 vezes semanais, corroborando com o presente estudo. Deve ser levado em conta que quando uma pessoa tem uma patologia progressiva e pratica atividade física, a mesma irá causar um retardo da sua progressão, ou seja, sua evolução irá ocorrer de forma mais lentificada quando comparado a indivíduos que não praticam atividade física30, isso pode ser justificado quando se compara o indivíduo B com o 27 A e C, o mesmo apresentou um aumento de todas as escalas realizadas (Berg, TAF e TUG). Nos indivíduos com DP a prática de exercícios tem grande valor relacionados a não só do ponto de vista motor, mas também psicológicos e sociais, melhorando assim a motivação e o bem-estar, otimizando sua funcionalidade. Apesar de não ser aplicado teste de qualidade de vida que comprovem a melhora do quadro emocional e humor, neste estudo foi relatado uma melhora nesses aspectos, onde os indivíduos referiram sentissem mais motivados e confiantespara realizar as sessões de fisioterapia, onde os mesmos também relatavam de acordo com o decorrer das sessões. Duas escalas avaliam essa mudança: Escala de Auto estima de Rosenberg (EAR) e a Escala de Perfil de Saúde de Nottingham (PSN) e poderiam ser utilizadas em um estudo futuro. CONCLUSÃO Conclui-se que a fisioterapia convencional associada ao treino de equilíbrio com o uso do Nintendo Wii® nos indivíduos com DP deste estudo foi eficaz, porém, é necessário maisestudos com maior número de participantes e que avaliem aspectos emocionais, auto- estima e motivação. REFERÊNCIAS 1. MACHADO, A. Estrutura e funções dos Núcleos da Base. In: Neuroanatomia Funcional. 3 ed. São Paulo, Atheneu, 2000, p. 235-240. 2. MELNIK, ME. Distúrbios dos Gânglios da Base: Distúrbios metabólicos, hereditários e genéticos em adultos. In: UMPHRED, D. A. Fisioterapia Neurológica. 2 ed. São Paulo, Manole, 1994, p. 549-578. 3. GODWIN - AUSTEN, RB, JONES, D. Doença de Parkinson. In: STOKES, M. Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo. Premier. 2000, p. 167-177. 4. BLOEM BR, GRIMBERGEN YA, VAN DIJK JG, MUNNEKE M. The "posture second" strategy: a review of wrong priorities in Parkinson's Disease. Journal of the Neurological Sciences. 2006;(248):196-204 5. FRANK, JS, EARL, M. Coordination of Posture and Movement. Physical Therapy. Waterloo. 1990;(70):855-863. 6. FLORES, FT. Equilíbrio Corporal de Indivíduos com Doença de Parkinson. Santa Maria, 2009. 95 f. Dissertação (Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2009. 7. CARR, J, SHEPERD, R. Doença de Parkinson. In: Reabilitação Neurológica: otimizando o desempenho motor. Barueri. Manole, 2008. p. 319-359. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Bloem%20BR%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=16806270 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Grimbergen%20YA%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=16806270 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=van%20Dijk%20JG%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=16806270 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Munneke%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=16806270 28 8. VIEIRA, GP, ARAÚJO, DFGH, LEITE, MAA, ORSINI, M, CORREA, CL. Realidade virtual na reabilitação física de pacientes com doença de Parkinson. Journal of Human Growth and Development. 2014;(24):31-41. 9. DIAS, RS, SAMPAIO, ILA, TADDEO, LS. Fisioterapia x Wii: a introdução do lúdico no processo de reabilitação de pacientes em tratamento fisioterápico. VIII Brazilian Symposium on Games and Digital Entertainment, Rio de Janeiro. 2009:34- 37. 10. SANTANA, CMF et al. Efeitos do tratamento com realidade virtual não imersiva na qualidade de vida de indivíduos com Parkinson. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2015;(18):49-58. 11. SHENKMAN, ML, XIE, T, KUCHIBHATLA M, SHINBERG M, RAY L. Spinal movement and performance of standing reach task in participants with and with out Parkinson disease. American Physical Therapy Association. 2001;(81):1400-1411. 12. MIYAMOTO, ST, LOMBARDI, IJ, BERG, KO, RAMOS, LR, NATOUR, J.Brazilian version of the Berg balance scale. Riberão Preto. Brazilian Journal of Medical and Biological Research. São Paulo. 2004;(37):1411-1421. 13. KARUKA, AH, SILVA, JAMG, NAVEGA, MT. Análise da concordância entre instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal em idosos. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos. 2011;(15):460-466. 14. PODSIADLO, D, RICHARDSON, S. The timed ‘‘up & go’’: A test of basic functional mobility for frail elderly persons. Journal of the American Geriatrics Society. 1991;(39):142–148. 15. HOLDEN, MK. Virtual environments for motor rehabilitation: review. Cyber psychology & Behavior: The Impact of the Internet, Multimedia and Virtual Reality on Behavior and Society. 2005;(8):187–211. 16. FERREIRA, ME, FABRIN, S, SOARES, N, ZANELLA, CAB. Nintendo Wii como recurso fisioterapêutico na reabilitação da doença de Parkinson. Neurociências. 2014;(10):85-93. 17. SOARES, MD, SANTOS, JKV, COSTA, FA, MELO, LP. Wii reabilitação e fisioterapia neurológica: uma revisão sistemática. Revista Neurociências. 2015;(23):81-88. 18. KHAN F, AMATYA B, GALEA MP, GONZENBACH R, KESSELRING J. Neurorehabilitation: applied neuroplasticity. Journal of Neurology. 2017,(264):603- 615. 19. POMPEU, JE et al. Effect of Nintendo WiiTM-based motor and cognitive training on activities of daily living in patients with Parkinson’s Disease: a randomised clinicaltrial. Physiotherapy. 2012;(98):196–204. 20. HERZ, NB, MEHTA, SH, SETHI, KD, JACKSON, P, HALL, P e MORGAN, JC. Nintendo Wii rehabilitation («Wii-hab») provides benefits in Parkinson’s disease. Parkinsonism & Related Disorders.2013;(19):1039–1042. 21. MHATRE, PV et al. Wii Fit balance boardplaying improves balance andgait in Parkinson disease. PM & R: The Journal of Injury, Function, and Rehabilitation. 2013;(5):769–777. 22. VARA, AC, MEDEIROS, R, STRIEBEL, VLW. O Tratamento Fisioterapêutico na Doença de Parkinson. Revista Neurociencias. 2012;(20):266-272. 23. HAASE, DCBV, MACHADO, DC, OLIVEIRA, JGD. Atuação da Fisioterapia no paciente com Doença de Parkinson. Fisioterapia em Movimento. 2008; (21):79-85. 24. BATISTA JS, WIBELINGER LM, MARCHI ACB, SCHNEIDER RH, PASQUALOTTI A. Reabilitação de idosos com alterações cognitivas através do videogame Nintendo Wii. RBCEH. 2012;(9):293-299. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Xie%20T%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kuchibhatla%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Shinberg%20M%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Ray%20L%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=11509070 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Khan%20F%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Amatya%20B%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Galea%20MP%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Gonzenbach%20R%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Kesselring%20J%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=27778158 29 25. HOLDEN, MK, DYAR, T. Virtual environment training: a new tool for neurorehabilitation. Neurology Report. 2002;(26):61-72. 26. SHUMWAY-COOK, A, WOOLLACOTT, M. Controle Motor: Teoria e aplicações práticas. 2. ed. Manole, 2003, 610p. 27. MATHIAS, S, NAYAK, USL, ISAACS, B. Balance in elderly patients: the “get up and go” test. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation.1986;(67):387-389. 28. HENDERSON, A, KORNER-BITENSKY, N, LEVIN, M. Virtual reality in stroke rehabilitation: a system aticreview of its effectiveness for upperlimb motor recovery. Top Stroke Rehabilitation. 2007;(14):52-61. 29. LOUREIRO, APC; RIBAS, CG; ZOTZ, TGG; CHEN, R; RIBAS, F. Feasibility of virtual therapy in rehabilitation of Parkinson’s disease patients: pilot study. Fisioterapia em Movimento. 2012;(25):659-666. 30. HAUSER, RE, ZESIEWICZ, T. A doença de Parkinson: perguntas e respostas. São Paulo, Novartis, 2001, p. 182. 30 ANEXO 1 - NORMAS DE PUBLICAÇÃO Revista Neurociências é voltada à Neurologia e às ciências afins. Publica artigos de interesse científico e tecnológico, realizados por profissionais dessas áreas, resultantes de estudos clínicos ou com ênfase em temas de cunho prático, específicos ou interdisciplinares. Serão aceitos artigos em inglês, português ou espanhol. Seus volumes anuais e números trimestrais serão publicados em março, junho, setembro e dezembro. A linha editorial da revista publica, preferencialmente, artigos Originais de pesquisa (incluindo Revisões Sistemáticas). Contudo, também serão aceitos para publicação os artigos de Revisãode Literatura, Atualização, Relato de Caso, Resenha, Ensaio, Texto de Opinião e Carta ao Editor, desde que aprovados pelo Corpo Editorial. Trabalhos apresentados em Congressos ou Reuniões Científicas de áreas afins poderão constituir-se de anais em números ou suplementos especiais da Revista Neurociências. Os artigos deverão ser inéditos, isto é, não publicados em outros periódicos, exceto na forma de Resumos em Congressos e não deverão ser submetidos a outros periódicos simultaneamente, com o quê se comprometem seus autores. Os artigos devem ser submetidos eletronicamente, via e-mail para o endereço: revistaneurociencias@yahoo.com. Recebido o manuscrito, o Corpo Editorial verifica se o mesmo encontra-se dentro dos propósitos do periódico e de acordo com as Normas de Publicação, recusando-se aqueles que não cumprirem essas condições. O Corpo Editorial emitirá um Protocolo de Recebimento do Artigo e enviará a Carta de Autorização, a ser assinada por todos os autores, mediante confirmação de que o artigo seja inédito, e uma declaração de eventuais conflitos de interesse pessoais, comerciais, políticos, acadêmicos ou financeiros de cada autor. O Corpo Editorial enviará, então, o artigo para, pelo menos, dois revisores dentro da área do tema do artigo, no sistema de arbitragem por pares. O Corpo Editorial analisará os pareceres e encaminhará as sugestões para os autores, para aprimoramento do conteúdo, da estrutura, da redação e da clareza do texto. Os autores terão 15 dias para revisar o texto, incluir as modificações sugeridas, cabendo-lhes direito de resposta. O Corpo Editorial, quando os revisores sugerirem a adição de novos dados, e a depender do estudo, poderá prover tempo extra aos autores, para cumprimento das solicitações. O Corpo Editorial verificará as modificações realizadas no texto e, se necessário, sugerirá correções adicionais. O Corpo Editorial poderá aceitar o artigo para publicação ou recusá-lo se for inadequado. Para publicação, será observada a ordem cronológica de aceitação dos artigos e distribuição regional. Os artigos aceitos estarão sujeitos a adequações de gramática, clareza do texto e estilo da Revista Neurociências sem prejuízo ao seu conteúdo. Ficará subentendido que os autores concordam com a exclusividade da publicação do artigo no periódico, transferindo os direitos de cópia e permissões à publicadora. Separatas poderão ser impressas sob encomenda, arcando os autores com seus custos. Os artigos são de responsabilidade de seus autores. A partir de maio de 2012, todos os artigos aceitos para publicação deverão ser publicados com o número DOI (Digital ObjectIdentifier), com o custo de 10 dolares a serem pagos pelos autores. 31 ANEXO 2 - INSTRUÇÕES PARA OS AUTORES www.revistaneurociencias.com.br Submissão do artigo: os artigos deverão ser encaminhados ao Editor Chefe via email: revistaneurociencias@yahoo.com e poderão ser utilizados editores de texto, preferencialmente “Word”, no formato “doc”, uma coluna, espaço duplo, Times New Roman, fonte 12. Categoria de artigos: Editorial, Original, Revisão Sistemática, Revisão de Literatura, Atualização, Relato de Caso, Resenha, Ensaio, Texto de Opinião e Carta ao Editor. O número de palavras inclui texto e referências bibliográficas (não devem ser considerada folha de rosto com título, autores, endereço de correspondência, resumo e summary e tabelas, figuras e gráficos). Adotar as recomendações abaixo. I - Editorial: a convite do Editor, sob tema específico, deve conter no máximo 2000 palavras e no máximo 10 referências bibliográficas (estilo Vancouver). II - Artigos Original, Revisão Sistemática e Relato de Caso: resultado de pesquisa de natureza empírica, experimental ou conceitual (6000 palavras). Título: em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. A Revista prefere títulos informativos. Autor(es): referir nome(es) e sobrenome(s) por extenso. Referir a instituição em que foi feita a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação acadêmica, titulação máxima e vínculo profissional mais importante de cada autor, por ex.: 1- Neurologista, Livre Docente, Professor Adjunto da UNIFESP, 2- Neurologista, Pós-graduando na UNICAMP, 3- Neurologista, Residente no Hospital São Paulo - UNIFESP. Referir suporte financeiro. A ordem dos autores deve seguir orientação Vancouver: primeiro autor o que realizou o projeto, último autor o orientador. O orientador ou professor da instituição deve ser indicado como autor correspondente. Resumo e Abstract: devem permitir uma visão panorâmica do trabalho. O resumo deve ser estruturado em objetivos, métodos, resultados e conclusões. Não exceder 200 palavras. Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis), referir após o Resumo e o Abstract, respectivamente. Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). Corpo do Artigo: apresentar a matéria do artigo seqüencialmente: introdução e objetivo; método (sujeitos ou relato de caso, número do protocolo do Comitê de Ética da Instituição, procedimento ou intervenção e análise estatística) com detalhes suficientes para a pesquisa poder ser duplicada, resultados (apresentados de forma clara e concisa), discussão (interpretação dos resultados comparados à literatura), conclusões, agradecimentos, referências bibliográficas. As abreviações devem vir acompanhadas do seu significado na primeira vez que aparecerem no texto. Nomes comerciais e marcas registradas devem ser utilizados com parcimônia, devendo-se dar preferência aos nomes genéricos. 32 Agradecimentos: Devem ser feitos a pessoas ou Instituição que auxiliou diretamente a pesquisa, mas que não cabem como autores do trabalho. Figuras, Quadros, Gráficos e Tabelas: Juntos não poderão exceder 5. Deverão ser apresentados em páginas separadas e no final do texto. Em cada um, deve constar seu número de ordem, título e legenda. As figuras e gráficos devem ter tamanho não superior a 6cm x 9cm, com alta resolução (300) e em arquivo JPEG. Identificar cada ilustração com seu número de ordem e legenda. Ilustrações reproduzidas de textos já publicados devem ser acompanhadas de autorização de reprodução, tanto do autor como da publicadora. O material recebido não será devolvido aos autores. Manter os negativos destas. Referências: Máximo de 30 (as Revisões Sistemáticas deverão solicitar o aumento do número de referências ao Editor, conforme a necessidade), restritas à bibliografia essencial ao conteúdo do artigo. Todos os autores e trabalhos citados no texto devem constar na listagem de referências bibliográficas. No texto, as citações devem seguir o sistema numérico, isto é, são numerados por ordem de sua citação no texto, utilizando-se números arábicos sobrescritos segundo o estilo Vancouver (www.icmje.org). Por exemplo: “....o horário de ir para a cama e a duração do sono na infância e adolescência6-12,14,15.” As referências devem ser ordenadas consecutivamente na ordem na qual os autores são mencionados no texto. Mais de 6 autores, listar os 6 primeiros seguidos de “et al.”. a) Artigos: Autor(es). Título do artigo. Título do periódico (abreviados de acordo com o Index Medicus) ano; volume: página inicial – final. Ex.: Wagner ML, Walters AS, Fisher BC. Symptoms of att entionde ficit/ hyperactivity disorder in adults withres tlesslegs syndrome. Sleep. 2004;27:1499-504. b) Livros: Autor(es) ou editor(es). Título do livro. Edição, se não for a primeira. Tradutor(es), se for o caso. Local de publicação: editora, ano, total de páginas. Ex.: Ferber R, Kriger M. Principles and practice of sleep medicine in thechild. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1995, 253p. c) Capítulos de livros: Autor(es) do capítulo. Título do capítulo. In: Editor(es) do livro. Título do livro. Edição, se nãofor a primeira. Tradutor(es), se for o caso. Local de publicação: editora, ano, página inicial e página final. Ex.: Stepanski EJ. BehavioralTherapy for Insomnia. In: Kryger MH; Roth T, Dement WC (eds). Principles and practice of sleep medicine. 3rd ed. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 2000, p.647-56. d) Resumos: Autor(es). Título. Periódico ano; volume (suplemento e seu número se for o caso): página(s). Quando não publicado em periódico: Título da publicação. Cidade em que foi publicada: editora, ano, página(s). Ex.: Carvalho LBC, Silva L, Almeida MM. Cognitive dysfunction in sleep breathing disorders children. Sleep. 2003; 26(Suppl):A135. e) Comunicações pessoais só devem ser mencionadas no texto entre parênteses. f) Tese: Autor. Título da obra, seguido por (tese) ou (dissertação). Cidade: instituição, ano, número de páginas. Ex.: Fontes SV. Impacto da fisioterapia em grupo na qualidade de vida de pacientes por AVCi (Tese). São Paulo: UNIFESP, 2004, 75p. g) Documento eletrônico: Título do documento (Endereço na Internet). Local: responsável (atualização mês/ano; citado em mês/ano). Disponível em: site. Ex.: The pre- history of cognitive science (endereço na Internet). Inglaterra: World Federation Neurology. 33 (última atualização 12/2005; citado em 01/2006). Disponível em: http://www.wfneurology.org/index.htm Recomendações: não colocar nome de autores e datas no texto, apenas indicar o número da referência; não utilizar referências apud, dar preferência ao artigo original; não fazer citações em notas de rodapé; O Corpo Editorial segue a padronização da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares de 1996, utilizando o termo Acidente Vascular Cerebral – AVC. III - Artigos de Revisão de Literatura e Atualização: revisão crítica de literatura ou atualização relativa a neurociências, com ênfase em causa, diagnóstico, prognóstico, terapia ou prevenção (8000 palavras). Título: em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. A Revista prefere títulos informativos. Autor(es): referir nome(es) e sobrenome(s) por extenso. Referir a instituição em que foi feita a pesquisa que deu origem ao artigo. Referir formação acadêmica, titulação máxima e vínculo profissional de cada autor, ex.: 1- Neurologista, Livre Docente, Professor Adjunto da UNIFESP, 2- Neurologista, Pós-graduando na UNICAMP, 3- Neurologista, Residente no Hospital São Paulo - UNIFESP. Referir suporte financeiro. Identificar o autor e endereço para correspondência. Resumo e Abstract: devem permitir uma visão panorâmica do trabalho. O resumo deve ser estruturado em objetivos, métodos, resultados e conclusões. Não exceder 200 palavras. Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis), referir após o Resumo e o Abstract, respectivamente. Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). Corpo do Artigo: apresentar a matéria do artigo seqüencialmente: introdução, método, resultados, discussão, conclusão e referências bibliográficas. Referências: citar até 100 referências, seguindo o sistema numérico por ordem de sua citação no texto, segundo o estilo Vancouver. Quadros e Tabelas: juntos não devem exceder 2, apresentados em páginas separadas e no final do texto. Em cada um, deve constar seu número de ordem, título e legenda. IV - Artigos de Resenha: é a apresentação do conteúdo de uma obra (livros publicados, teses e dissertações dos últimos dois anos), acompanhada de uma avaliação crítica (3000 palavras). As Resenhas devem seguir os itens: título em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e vínculo profissional, instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para correspondência. Resumo e Abstract: até 200 palavras com Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis). Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). 34 Corpo do texto contendo: tema, hipótese ou idéia central; argumentos; evidências científicas; avaliação pessoal quanto à organização da obra, pontos fortes e fracos, bibliografia utilizada (estilo Vancouver); conclusão, críticas e comentários. V - Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo idéias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema pesquisas da área das neurociências (3000 palavras). Deverá conter: título em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e vínculo profissional, instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para correspondência; e no máximo 10 referências bibliográficas no estilo Vancouver. Resumo e Abstract: até 200 palavras com Unitermos e Keywords: Máximo de 6 (seis). Como guia, consulte descritores em ciências da saúde (http://decs.bvs.br). VI - Texto de Opinião e Carta ao Editor: deve conter opinião qualificada sobre um tema na área de neurociências, nota curta, crítica sobre artigo já publicado na Revista Neurociências ou relato de resultados parciais ou preliminares de pesquisa (1000 palavras). Deverá conter: título em inglês e em português ou espanhol, sintético e restrito ao conteúdo, mas contendo informação suficiente para catalogação, não excedendo 90 caracteres. Nome do(s) autor(es), com formação, titulação acadêmica e vínculo profissional, instituição onde o trabalho foi realizado, endereço para correspondência; e no máximo 10 referências bibliográficas (estilo Vancouver). 35 ANEXO 3 – Parecer Consubstanciado do CEP 36 37 38 ANEXO 4 - Ficha de Avaliação Fisioterapêutica Data da avaliação: _____/_____/_____ Nome: ______________________________________________________ Data de nascimento: ___________________ Idade: ___________ Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino Medicações: __________________________________________________ Avaliação Data: Data: Teste Avaliação inicial Avaliação final Estágio da Escala de Hoehn e Yahr (modificada) Escala de Equilíbrio de Berg Teste de Alcance Funcional Anterior (TAF) Timed Up and Go (TUG) 39 ANEXO 5 - Estágio da Escala de Hoehn e Yarh (Modificada) ( ) Estágio 0 – Nenhum sinal da doença ( ) Estágio 1 – Doença unilateral ( ) Estágio 1,5 – Envolvimento unilateral e axial ( ) Estágio 2 – Doença bilateral sem déficit de equilíbrio ( ) Estágio 2,5 – Doença bilateral leve com recuperação no “Teste do Empurrão” ( ) Estágio 3 – Doença bilateral leve à moderada, alguma instabilidade postural, capacidade para viver independente ( ) Estágio 4 – Incapacidade grave, ainda capaz de caminhar ou permanecer em pé sem ajuda ( ) Estágio 5 – Confinado à cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda Referência: SHENKMAN ML et. al (2001). 40 ANEXO 6 - Escala de equilíbrio de Berg DESCRIÇÃO DOS ITENS PONTUAÇÃO 1 – Sentado para em pé 2 – Em pé sem apoio 3 – Sentado sem apoio 4 – Em pé para sentado 5 – Transferências 6 – Em pé com os olhos fechados 7 – Em pé com os pés juntos 8 – Reclinar à frente com os braços estendidos 9 – Apanhar objeto do chão 10 – Virando-se para olhar para trás 11 – Girando 360º 12 – Colocar os pés alternadamente sobre um banco 13 – Em pé com um pé à frente do outro 14 – Em pé apoiado em um dos pés TOTAL: Referência: MIYAMOTO et. al (2004). Instruções gerais - O fisioterapeuta deverá demonstrar ou instruir cada tarefa a ser realizada ao individuoconforme está descrito abaixo. - Após a execução de cada item deve atribuir a pontuação de acordo com o que o individuo realizou. - O individuo deve manter a posição no tempo estipulado conforme descrito no item. No entanto, a pontuação será determinada de acordo com a duração da tarefa, sua distância e execução. Caso o indivíduo necessite de supervisão para a execução da tarefa, ou se o individuo se apóie em algum suporte externo, ou se recebe ajuda do examinador a pontuação será diminuída. - É necessário que o fisioterapeuta solicite ao individuo que ele permaneça em equilíbrio enquanto executa a tarefa. 41 - É de escolha do individuo qual membro superior e/ou inferior ele usará para execução da tarefa. - Para realização dos itens o fisioterapeuta deve usar um cronômetro ou um relógio com ponteiro de segundos e uma régua ou fita métrica. As cadeiras para realização do teste devem ser de altura adequada para o individuo, permitindo que seus pés estejam em contato com o solo. Um degrau ou um banco de altura de um degrau irá ser usado no item 12. - O fisioterapeuta não deve influenciar o individuo na execução das tarefas, apenas o ajudando no que ele necessite para execução no seu limite. 1 – SENTADO PARA EM PÉ Instruções: por favor, fique em pé. Tente não usar as mãos para suporte. 4 ( ) Capaz de permanecer em pé sem auxílio das mãos e se estabilizar de maneira independente. 3 ( ) Capaz de permanecer em pé independentemente usando as mãos. 2 ( ) Capaz de permanecer em pé usando as mãos após várias tentativas. 1 ( ) Necessidade de ajuda mínima para ficar em pé ou se estabilizar. 0 ( ) Necessidade de moderada ou máxima assistência para permanecer em pé. 2 – EM PÉ SEM APOIO Instruções: por favor, fique em pé por dois minutos sem se segurar em nada. 4 ( ) Capaz de permanecer em pé com segurança por dois minutos. 3 ( ) Capaz de permanecer em pé durante dois minutos com supervisão. 2 ( ) Capaz de permanecer em pé durante trinta segundos sem suporte. 1 ( ) Necessidade de várias tentativas para permanecer trinta segundos sem suporte. 0 ( ) Incapaz de permanecer em pé por trinta segundos sem assistência. - Se o individuo for capaz de permanecer em pé por dois minutos sem apoio, marque a pontuação máxima na situação sentado sem suporte. Siga diretamente para o item 4. 42 3 – SENTADO SEM SUPORTE PARA AS COSTAS, MAS COM OS PÉS APOIADOS SOBRE O CHÃO OU SOBRE UM BANCO Instruções: Por favor, sente-se com os braços cruzados durante dois minutos. 4 ( ) Capaz de sentar com segurança por dois minutos. 3 ( ) Capaz de sentar com segurança por dois minutos sob supervisão. 2 ( ) Capaz de sentar durante trinta segundos. 1 ( ) Capaz de sentar durante dez segundos. 0 ( ) Incapaz de sentar sem suporte durante dez segundos. 4 – EM PÉ PARA SENTADO Instruções: por favor, sente-se. 4 ( ) Senta com segurança com o mínimo uso das mãos. 3 ( ) Controla descida utilizando as mãos. 2 ( ) Apoia a parte posterior das pernas na cadeira para controlar a descida. 1 ( ) Senta independentemente mas apresenta descida descontrolada. 0 ( ) Necessita de ajuda para sentar. 5- TRANSFERÊNCIAS Instruções: pedir ao paciente para passar de uma cadeira com descanso de braços para a outra sem descanso de braços (ou uma cama). 4 ( ) Capaz de passar com segurança com o mínimo uso das mãos. 3 ( ) Capaz de passar com segurança com o uso das mãos evidente. 2 ( ) Capaz de passar com pistas verbais e/ou supervisão. 1 ( ) Necessita de assistência de uma pessoa. 43 0 ( ) Necessita de assistência de duas pessoas ou supervisão para segurança. 6- EM PÉ SEM SUPORTE COM OLHOS FECHADOS Instruções: por favor, feche os olhos e permaneça parado por dez segundos. 4 ( ) Capaz de permanecer em pé com segurança por dez segundos. 3 ( ) Capaz de permanecer em pé com segurança por dez segundos com supervisão. 2 ( ) Capaz de permanecer em pé durante três segundos. 1 ( ) Incapaz de manter os olhos fechados por três segundos, mas permanece em pé. 0 ( ) Necessidade de ajuda para evitar queda. 7 – EM PÉ SEM SUPORTE COM OS PÉS JUNTOS Instruções: por favor, mantenha os pés juntos e permaneça em pé sem se segurar. 4 ( ) Capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente com segurança por um minuto. 3 ( ) Capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente com segurança por um minuto, com supervisão. 2 ( ) Capaz de permanecer em pé com os pés juntos independentemente e se manter por trinta segundos. 1 ( ) Necessidade de ajuda para manter a posição, mas capaz de ficar em pé por quinze segundos com os pés juntos. 0 ( ) Necessidade de ajuda para manter a posição, mas incapaz de se manter por quinze segundos. 8 – ALCANCE A FRENTE COM OS BRAÇOS ESTENDIDOS PERMANECENDO EM PÉ Instruções: Mantenha os braços estendidos a 90°, estenda os dedos e tente alcançar a maior distância possível. O examinador coloca uma régua no final dos dedos quando os braços estão a 90°. Os dedos não devem tocar a régua enquanto executam a tarefa. A 44 medida registrada é a distância que os dedos conseguem alcançar enquanto o paciente está na máxima inclinação para frente. Se possível, pedir ao paciente que execute a tarefa com os dois braços para evitar a rotação do tronco. 4 ( ) Capaz de alcançar com confiabilidade acima de vinte e cinco centímetros (10 polegadas). 3 ( ) Capaz de alcançar acima de 12,5 centímetros (5 polegadas). 2 ( ) Capaz de alcançar acima de 5 centímetros (2 polegadas). 1 ( ) Capaz de alcançar mas com necessidade de supervisão. 0 ( ) Perda de equilíbrio durante as tentativas/necessidade de suporte externo. 9 – APANHAR UM OBJETO DO CHÃO A PARTIR DA POSIÇÃO EM PÉ Instruções: Pegue um sapato/chinelo localizado a frente de seus pés. 4 ( ) Capaz de pegar o chinelo facilmente e com segurança. 3 ( ) Capaz de pegar o chinelo mas necessita de supervisão. 2 ( ) Incapaz de pegar o chinelo mas alcança 2,5 centímetros (1-2 polegadas) do chinelo e manter o equilíbrio de maneira independente. 1 ( ) Incapaz de pegar e necessita se supervisão enquanto tenta. 0 ( ) Incapaz de tentar/necessita de assistência para evitar perda de equilíbrio ou queda. 10 – EM PÉ, VIRAR E OLHAR PARA TRÁS SOBRE OS OMBROS DIREITO E ESQUERDO Instruções: Vire e olhe para trás sobre o ombro esquerdo. Repetir para o direito. O examinador pode pegar um objeto para olha e colocá-lo atrás para encorajá-lo a realizar o giro. 4 ( ) Olha para trás para ambos os lados com mudança de peso adequada. 3 ( ) Olha para trás para ambos os lados porém um lado mostra-se com menor mudança de peso. 45 2 ( ) Apenas vira para os dois lados mas mantém equilíbrio. 1 ( ) Necessita de supervisão ao virar. 0 ( ) Necessita de assistência para evitar perda de equilíbrio ou queda. 11 – VIRAR EM 360° Instruções: Vire completamente fazendo um círculo completo. Pausa. Faça o mesmo na outra direção. 4 ( ) Capaz de virar 360° com segurança em 4 segundos ou menos. 3 ( ) Capaz de virar 360° com segurança para apenas um lado em 4 segundos ou menos. 2 ( ) Capaz de virar 360° com segurança, mas lentamente. 1 ( ) Necessita de supervisão ou orientação verbal. 0 ( ) Necessita de assistência enquanto vira. 12 – COLOCAR OS PÉS ALTERNADAMENTE SOBRE UM DEGRAU OU BANCO PERMANECENDO EM PÉ E SEM APOIO Instruções: Coloque cada pé alternadamente sobre o degrau ou banco. Continue até cada pé ter tocado o degrau ou banco 4 vezes. 4 ( ) Capaz de ficar em pé independentemente e com segurança e completar 8 passos em 20 segundos. 3 ( ) Capaz de ficar em pé independentemente e completar 8 passos em mais de 20 segundos. 2 ( ) Capaz de completar 4 passos sem ajuda mas com supervisão. 1 ( ) Capaz de completar mais de 2 passos necessitando de mínima assistência. 0 ( ) Necessita de assistência para prevenir
Compartilhar