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Fisioterapia-Neurofuncional

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2020 by PG Editorial
Copyright ©‎ PG Editorial
Editora: Priscila Goes.
Revisão: Os autores.
Diagramação: Ygor Moretti.
Conselho editorial
Profa. Msc. Carole Cavalcante da Conceição Aguiar.
Profa. Msc. Isis Nunes Veiga.
Profa. Msc. Silvia Cátia Rodrigues Gonçalves.
Profa. Msc. Daniela São Paulo Vieira.
Todo o conteúdo deste livro está sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 
4.0 Internacional (CC BY 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados, confi abilidade e correção 
são de responsabilidade exclusiva dos autores. Está permitido o download da obra e o 
compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de 
alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fi ns comerciais.
Contato: pgeditoa@gmail.com.
V426 Veiga, Isis Nunes Veiga. 
Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos [recurso eletrônico] / 
Isis Nunes Veiga. -- Conceição do Coité, Bahia: PG Editorial, 2020.
120 p.
ISBN: 978-65-80258-13-0 E-Book
1. Saúde. I. Título. 
SUMÁRIO
PREFÁCIO 7
TÉCNICA POR CONTENSÃO INDUZIDA NA REABILITAÇÃO 8
DO MEMBRO SUPERIOR EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE 
VASCULAR ENCEFÁLICO: REVISÃO SISTEMÁTICA 
EVIDÊNCIAS DA TERAPIA DE MOVIMENTO INDUZIDO 17
POR RESTRIÇÃO EM PACIENTES 
PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO 
ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA E DO 26
EQUILÍBRIO EM ADULTOS E IDOSOS COM UTILIZAÇÃO 
DE EXERGAME NINTENDO WII®. 
MICROSOFT KINECT XBOX NA REABILITAÇÃO DE 34
PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: 
REVISÃO SISTEMÁTICA 
ANÁLISE DA EFICÁCIA DA MOBILIZAÇÃO NEURAL 44
NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM SÍNDROME DO 
TÚNEL DO CARPO LEVE A MODERADA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 
EFEITOS DA GAMETERAPIA NOS ASPECTOS COGNITIVOS E 50
MOTORES DE INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON 
O BALANCE EM PACIENTES COM HEMIPLEGIA PÓS DOENÇA 58 
ENCÉFALO VASCULAR THE BALANCE IN PATIENTS WITH 
POST HEMIPLEGIA ENCEPHALON VASCULAR DISEASE 
APLICABILIDADE DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL 68
DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE (CIF) EM 
CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL 
EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM CRIANCAS 78
COM PARALISIA CEREBRAL 
A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA 86
NA SÍNDROME DE RETT 
PREFÁCIO
Com grande satisfação que escrevo o prefácio desta coletânea, primeiro, por acreditar que 
devemos alimentar o sistema de produção acadêmica com produtos de qualidade e foi isso que 
encontrei nos temas, segundo, pela atualidade e relevância dos temas escolhidos e, terceiro, mas não 
menos importante, a condução deste trabalho pela brilhante fisioterapeuta e professora Isis Nunes 
Veiga, que une a ciência e a humanidade de maneira exemplar na sua caminhada profissional. Essa 
associação deve ser algo natural de toda pessoa, principalmente na área de saúde. 
Acredito que, dentro dos vários pontos de vista dentro da saúde, um que sempre alcança a 
maioria das pessoas é que essa humanidade que nos é intrínseca deve nortear TODAS as nossas ações 
seja na pesquisa, no ensino ou na assistência. Entretanto, o que vemos é que nos distanciamos do que 
é nossa essência e agimos abrindo gavetas de comportamento de acordo com a situação, se bem que 
deveria ter uma gaveta com tudo isso junto e misturado.
Sempre que sou convidado para uma palestra, escrever, orientar ou pesquisar, pergunto de que 
forma podemos contribuir para a ciência e para melhorar a vida das pessoas. Acredito firmemente 
que é para isso que estamos aqui, mas na função que exercemos isso se torna mais necessário. Dessa 
forma, precisamos de uma ação integrada, coletiva e com um olhar que alcance o nível do indivíduo 
nas suas muitas variações e particularidades. Ao mesmo tempo de como o ambiente e a sociedade no 
seu coletivo acolhe o olhar mais singular.
Complexo tudo isso? Sim, isso eu não nego. Mas tenho absoluta convicção que é o melhor 
caminho para saúde, para a vida, quando os números mantêm seu papel e importância, mas não 
ultrapassam o lugar que lhe é devido. Por isso, sou inteiramente fascinado pela Classificação 
Internacional de Funcionalidade – CIF e confesso que mudou minha prática profissional e de viver. 
A pessoa veio para o centro, veio chamar a atenção dos que estavam acostumados a ver apenas o 
diagnóstico, o número, o prontuário e as condutas.
Afirmo que você pode pesquisar o que quiser, mas seu direcionamento deve ser o de tornar-se 
uma contribuição para a sociedade, para a pessoa e se ajudar a diminuir as desigualdades da nossa 
sociedade melhor ainda, pois temos que pensar de que lugar criamos nossas narrativas. Isso reflete na 
prática dos diversos Brasis que vivemos e também aproxima a produção científica daqueles que estão 
na assistência, um fator extremamente importante. 
Uma excelente leitura com o humano em cada linha!
Prof. Dr. Nildo M S Ribeiro
Chefe da Unidade de Reabilitação 
Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgar Santos - EBSERH
Universidade Federal da Bahia
Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento - UPMackenzie
Doutor em Neurociências/Neurologia - UNIFESP
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 8
Pietro Santos
Universidade Federal da Bahia (UFBA), 
Doutor - Programa de Pós-graduação em 
Medicina e Saúde, Salvador, BA, Brasil 
Isabella Félix, Laís Pereira
Universidade Federal da Bahia (UFBA), 
Mestranda - Programa de Pós-graduação em 
Enfermagem e Saúde, Salvador, BA, Brasil 
Laís Pereira
Centro Universitário Ruy Barbosa Wyden 
(UniRuy), Graduada - Curso de Fisioterapia, 
Salvador, BA, Brasil
RESUMO 
Caracterizada pelo redução de força e 
funcionalidade de um lado do corpo, a hemiparesia 
é uma alteração comum da capacidade motora 
em pacientes que sofreram AVE. Dentre as 
intervenções fisioterapêuticas consideradas 
nestes casos, a TCI tem sido amplamente utilizada 
na recuperação funcional. Objetivo: Compilar 
informações sobre o uso da TCI na reabilitação 
de pacientes pós-AVE. Metodologia: Foram 
selecionados ensaios clínicos randomizados 
publicados nas bases de dados MEDLINE, 
LILACS e SciELO que avaliaram adultos e 
 
idosos 
de ambos os sexos, no período crônico 
pós-AVE. Para avaliação da qualidade 
metodológica dos artigos foi utilizada a escala 
PEDro. Resultados: Foram encontrados 465 
artigos e selecionados 4 para a análise qualitativa. 
A média de idade dos participantes foi de 53,6 
anos. O tempo do tratamento com TCI mostrou 
uma variabilidade de 2 semanas. A duração da 
intervenção com uso de TCI variou de 2 horas 
a 5 horas por dia. Os 4 estudos relataram uma 
melhora significativa no Grupo TCI comparado 
ao Grupos Controle. Conclusão: A TCI foi eficaz 
na reabilitação do membro superior parético 
e gerou melhorias na qualidade, quantidade e 
destreza do movimento em pacientes pós-AVE.
Palavras-chave: Terapia de Contenção 
Induzida pós-AVE. Fisioterapia pós-AVE. 
Terapia de Contenção Induzida. 
TÉCNICA POR CONTENSÃO INDUZIDA NA 
REABILITAÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR 
EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR 
ENCEFÁLICO: REVISÃO SISTEMÁTICA
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos9
1. INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) caracteriza-se por uma interrupção sanguínea em nível 
encefálico e ocasiona o desenvolvimento de sequelas que prejudicam as capacidades motora, cognitiva 
e emocional do indivíduo. Tal acometimento está entre as causas mais importantes de morbidade e 
mortalidade em adultos de meia-idade e idosos, e pode ser dividido em AVE isquêmico (AVEi) ou 
AVE hemorrágico (AVEh), de acordo com a etiologia (FUSCO et al., 2014; ALMEIDA; VIANNA, 
2018).
No que concerne o AVEi, este é resultante da insuficiência do suprimento sanguíneo cerebral e 
é o mais frequente (80% dos casos). Já o AVEh apresenta-se com maior taxa de mortalidade (30-50%) 
e, em ambos os casos, demanda a necessidade de assistência parcial ou completa para realização 
das Atividades da Vida Diária (AVD), a depender da região afetada (ALMEIDA; VIANNA, 2018; 
CARMO et al., 2015).Em todo o mundo, estima-se cerca de 16 milhões de novos casos de AVE por ano, que resultam 
em aproximadamente 6 milhões de óbitos. Especificamente no Brasil, este acometimento representa 
uma das principais causas de incapacidade adulta adquirida e é a principal causa de morte, com cerca 
de 68 mil casos registrados (BRASIL, 2012). No entanto, os recentes avanços no tratamento pós-AVE 
reduziram as taxas de mortalidade, que, associadas ao crescente fenômeno de envelhecimento da 
população, resultaram no aumento do número de sobreviventes (CARMO et al., 2015).
Em se tratando de alterações motoras em pacientes pós-AVE, a hemiparesia configura-se a 
mais comum, caracterizada por redução de força e funcionalidade do hemicorpo contralateral a lesão 
encefálica. Assim, melhorar e acelerar a recuperação motora através do estímulo à neuroplasticidade 
é, na verdade, o desafio atual mais importante para a reabilitação neurológica destes indivíduos 
(FUSCO et al., 2014).
Dentre as terapias ofertadas para o tratamento pós-AVE, a fisioterapia mostra-se indispensável 
para o processo de recuperação da função motora. Ademais, uma das técnicas mais recorridas 
atualmente, por esses profissionais de saúde, é a Terapia de Contensão Induzida (TCI), que apresenta 
resultados positivos na recuperação funcional de indivíduos nesta condição clínica e estudos recentes 
evidenciam que a mesma funciona como um tratamento potente para a melhorada movimentação 
funcional do membro hemiplégico de indivíduos com sequelas pós-AVE (BROL; BORTOLOTO; 
MAGAGNIN, 2009; SILVA; TAMASHIRO; ASSIS, 2010).
A TCI consiste em uma combinação de tarefas, estabelecidas conforme a necessidade motora 
do sujeito, que o induzem a utilizar a extremidade superior acometida por várias horas do dia em 
um número determinado de semanas, influenciando para que o lado parético passe a fazer parte das 
atividades de rotina e não seja negligenciado (“uso forçado”) e é, portanto, considerado um método 
comportamental projetado para transferir os ganhos obtidos no ambiente clínico ou laboratorial para 
o ambiente do mundo real dos pacientes (MORRIS; TAUB; MARK, 2006).
Logo, constata-se a relevância da visibilidade da produção científica para TCI na reabilitação 
do membro superior em pacientes pós-acidente vascular encefálico, esperando que este estudo possa 
contribuir na assistência da fisioterapia a esse público acometido, permitindo que essa técnica utilizada 
seja associada a outras ferramentas, durante o processo de reabilitação, sempre almejando uma maior 
funcionalidade do membro afetado. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo compilar o 
conhecimento atual acerca da utilização da TCI na reabilitação de pacientes pós-AVE.
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 10
2. METODOLOGIA
2.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de uma revisão sistemática realizada conforme as diretrizes de protocolo do PRISMA 
(Guideline específico para revisões sistemáticas e meta-análises).
2.2 REFINAMENTO DE BUSCA
A pesquisa eletrônica foi realizada no período entre agosto a setembo de 2019 nas bases de 
dados: 1) MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) via PubMed(U.S. 
National Library of Medicine); 2) LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da 
Saúde) via BIREME (Biblioteca Virtual em Saúde); 3) SciELO (Scientific Eletronic Library Online).
Foram utilizados os descritores em inglês: “Constraint-induced after stroke”, “Physiotherapy 
after stroke” e “Constraint-induced Therapy”, validados no MeSH (Medical Subject Headings) para 
uso na PUBMED, e no DeCS (Descritores em Ciência da Saúde) para pesquisa nas demais bases de 
dados analisadas. Os estudos relevantes foram obtidos sempre pelo cruzamento dos três descritores 
com os operadores booleanos “AND”, entre o termo principal e demais termos, e “OR” para ampliar 
os resultados entre os outros termos, da seguinte maneira:
((Constraint-induced after stroke) AND ((Physiotherapy after stroke) OR (Constraint-induced 
Therapy))
Para avaliação da qualidade metodológica dos Ensaios Clínicos Randomizados (ECR), foi 
utilizada a escala PEDro (Physiotherapy Evidence Database), capaz de analisar se o estudo contém 
informações estatísticas suficientes para que os resultados possam ser interpretáveis. Composta de 11 
itens, com pontuações de 0-10, sendo o primeiro item (critério de elegibilidade) relacionado com a 
validade externa, ou seja, não é considerado na pontuação.
Os trabalhos pesquisados durante desenvolvimento do presente artigo foram avaliados por 
dois revisores de forma independente e qualquer discordância entre os resultados foi solucionada em 
consenso. Não foram necessários demais revisores para esta resolução.
2.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
Como critérios de inclusão, foram considerados apenas ECR com abordagem da TCI no 
tratamento de pacientes com hemiparesia pós-AVE crônico (> 6 meses), disponíveis na íntegra, nos 
idiomas inglês, espanhol e português, realizados com humanos de ambos os sexos com idade superior 
a 18 anos.
2.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Foram excluídos artigos de revisão, meta-análises, editoriais, artigos com abordagens 
terapêuticas voltadas para diferentes modalidades, associadas a outras terapias ou realizados em casos 
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos11
agudos (período pós-AVE < 6 meses) e estudos publicados em formato de protocolo de ensaio clínico, 
ou seja, com ausência de dados finais para análise.
3. RESULTADOS
Após a consulta às bases de dados e a aplicação das estratégias de busca supracitadas, foram 
identificados inicialmente 465 artigos e descartados os estudos de revisão ou duplicados (n=108). 
Posteriormente, 350 estudos foram excluídos após análise do título e resumo a fim de estabelecer a 
inclusão ou não no trabalho e, em seguida, foi realizada a leitura integral do conteúdo dos documentos 
restantes (n=07), restando ao final 04 estudos para síntese qualitativa (Figura 1).
Figura 1 - Fluxograma de busca e seleção dos estudos para integrar a revisão sistemática.
Fonte: Adaptado de Moher e colaboradores (2009)
Após avaliação e exclusão dos documentos incoerentes ao objetivo do presente trabalho, a 
avaliação da qualidade metodológica dos estudos restantes foi realizada com uso da Escala PEDro.Os 
estudos mantidos na presente revisãoapresentaram um escore mínimo de 6 e máximo de 8 (média= 
7) (Tabela 1).
 
Seleção 
Elegibilidade 
Inclusão 
Identificação 
Artigos excluídos na seleção: 
Por duplicidade (n=73) 
Revisões ou meta-análises (n=35) 
Artigos identificados nas bases de 
dados: 
n=465 
Artigos rastreados para análise 
detalhada 
(n=357) 
Artigos excluídos 
baseados no título e 
resumo (n=350) 
Artigos incluídos na síntese 
(n= 04) 
Artigos em texto completo 
avaliados para elegibilidade 
(n=7) 
Artigos em texto completo 
excluídos após leitura 
integral (n=3) 
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 12
Tabela 1 -Qualidade metodológica do estudo pela escala PEDro.
Autor 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Pontuação
DAHL et al., 2008 X X X X X X X X X 8/10
DOUSSOULIN et al., 2017 X X X X X X X 6/10
SMANIA et al., 2012 X X X X X X X X 8/10
TAKEBAYASHI et al., 
2013 X X X X X X X 6/10
Fonte: Adaptado de Teles & Gonçalves (2016)
3.1 CARACTERÍSTICAS DOS ESTUDOS
Dentre os 4 estudos incluídos na presente revisão, 2 foram realizados na Europa (DAHL et al., 
2008; SMANIA et al., 2012), 1 na América (DOUSSOULIN et al., 2017) e 1 na Ásia (TAKEBAYASHI 
et al, 2013), com tamanho amostral de146 indivíduos e idade média de 58,3 anos. Foram considerados 
ambos os gêneros (115 homens e 38 mulheres) durante a análise e 3 dos estudos consideraram o 
tempo da lesão como critério de inclusão(Tabela 2).
Tabela 2 -Características dos estudos sobre o uso da TCI em pacientes pós-AVE
Autor/Ano País Características da amostra (n)
Idade média 
(anos) Tempo pós-AVE
DAHL et al. (2008) Noruega 30 (23H e 7M) 61 > 24 meses
DOUSSOULIN et al. (2017) Chile 36 (22H e 13M) 53,6 > 6 meses
SMANIA et al. (2012)Itália 59 (49H e 7M) 66,1 > 10 meses
TAKEBAYASHI et al. 
(2013) Japão 21 (14H e 7M) 52,5 12 meses
Legenda: n= número da amostra; H= Homens; M= Mulheres; AVE=Acidente Vascular Encefálico.
3.2 CARACTERÍSTICAS DA INTERVENÇÃO
O tempo do tratamento com TCI mostrou uma variabilidade de 2 semanas. A duração da 
intervenção com uso de TCI variou de 2 horas a 5 horas por dia. Todavia, além do uso de TCI, alguns 
dos estudos utilizaram o pacote de transferência nos grupos experimentais (Tabela 3).
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos13
Tabela 3 - Características da intervenção dos estudos sobre uso da TCI em pacientes pós-AVE
Autor/Ano Intervenção (amostra)
Protocolo de 
restrição*
Duração da 
sessão Frequência
Duração do 
tratamento Desfecho
DAHL et al. 
(2008)
TCI (n=18)
GC (n=12)
90% do TV
Sem restrição
6 h/dia 10 dias consecutivos 2 semanas
Melhora do nível de 
independência em AVD 
nos 2 grupos
DOUSSOULIN 
et al. (2017)
TCI (n=24)
GC (n=12)
90% do TV
Sem restrição
3h/dia
6h/dia
10 dias 
consecutivos 2 semanas
A independência 
funcional foi melhorada 
após TCI em uma 
modalidade cole
SMANIA et al. 
(2012)
TCI (n=30)
GC (n=29)
12 h/dia
do TV 2h/dia 5 dias/semana 2 semanas
A TCI foi mais eficaz 
em comparação 
com a reabilitação 
convencional.
TAKEBAYASHI 
et al. (2013)
TCI (n=11)
TCI+PT 
(n=10)
Restrição 
durante 
sessões de 
TCI
TCI=4,5h/dia 
+ PT=0,5h/dia
TCI=5h
5 dias/semana 2 semanas
O pacote de 
transferência melhora 
o resultado em longo 
prazo.
TCI= Terapia de Contenção Induzida; GC=Grupo Controle;PT= Pacote de Transferência; TV=Tempo de Vigília.
Os 4 estudos (DAHL et al., 2008; DOUSSOULIN et al., 2017; SMANIA et al., 2012; 
TAKEBAIASHY et al., 2013) relataram uma melhora significativa no Grupo TCI associados a outras 
terapias ou comparado a Grupos Controle (GC). Dahl e colaboradores (2008) concluíram que a TCI 
representa uma intervenção eficaz para melhorar a função motora de pacientes pós-AVE, isto baseado 
na escala que avalia a quantidade de atividade motora, Motor Activity Log (MAL) após os 10 dias 
de intervenção de tratamento comparado ao Grupo Controle. Takebayashie colaboradores (2013) 
durante registro de atividade motora detectaram resultados parecidos, com efeitos estatisticamente 
significativos no tempo de realização das AVD no grupo com pacote de transferência (p = 0,002). 
Doussoulin e colaboradores (2017) evidenciaram que os pacientes tratados com TCI 
demoraram menos tempo para afetuar movimentos de agarramento, com um tempo de reação mais 
curto quando comparado aos pacientes do GC.
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 14
4. DISCUSSÃO
Os resultados da presente revisão sistemática, de maneira geral, revelaram que o uso da 
TCI na reabilitação de pacientes pós-AVE foi eficaz na reabilitação da funcionalidade do membro 
superior. Este resultado apresenta uma contribuição importante para o tratamento da hemiparesia, o 
que corrobora com os achados de Tuke (2008) em sua revisão narrativa sobre aplicação da TCI em 
pacientes pós-AVE. 
De acordo com o protocolo original, a TCI é aplicada durante duas semanas consecutivas 
por seis horas diárias, totalizando 14 dias de aplicação da técnica e, destes, dez dias com a presença 
deTerapeuta (SOERENSEN; MENDES; HAYASHIDA, 2004). Doussoulin e colaboradores (2017) 
reduziram o tempo de duração das sessões coletivas realizadas (3h/dia) visando evitar a fadiga dos 
participantes, algo comum em pacientes pós-AVE. Além disso, neste e em outros estudos (DAHL 
et al., 2008; SMANIA et al., 2012) o uso da luva de contenção foi mantido durante 90% do tempo 
de vigília, enquanto Takebayashi e colaboradores (2013) consideramo tempo de intervenção das 
sessões para contenção do membro hemiparético. Todos realizaram a TCI com protocolos de tarefas 
intensivas relacionadas às AVD, entretanto, estes estudos evidenciaram resultados semelhantes apesar 
da variabilidade do tempo de intervenção.
A literatura descreve estratégias de intervenção para a reabilitação de pacientes com patologias 
neurológicas (WU et al., 2012; THRANE et al., 2014; SILVA; ALBUQUERQUE, 2017), entretanto, 
apenas um número limitado propõe trabalhar a TCI com tempo de duração das sessões diferente 
do protocolo original. Nesta mesma linha de raciocínio, o estudo de Silvae Albuquerque (2017), 
onde osvoluntários do grupo com restrição foram submetidos a sessões de TCIpor 6 horas, associado 
a atividades de shaping por 40 minutos, 3 vezes por semana, durante 4 semanas consecutivas, 
demonstrou que a TCI aplicada por tempo superior ao protocolo original influenciou positivamente 
no uso membros superiores e, consequentemente, no equilíbrio dos indivíduos avaliados.
Em contrapartida, Dahl e colaboradores (2008), em seu estudo com objetivo de investigar a 
viabilidade da TCI em comparação com a reabilitação tradicional, identificaram que a TCI isolada 
não foi capaz de melhorar a função motora em longo prazo. No sexto mês de acompanhamento 
posterior ao tratamento, o grupo TCI manteve sua melhora, mas de maneira inferior ao GC e não 
houve diferenças significativas entre os grupos em nenhuma medida analisada. No entanto, os autores 
frisaram como desvantagens do estudo a heterogeneidadedo tempo pós-AVE dos pacientes e a falta 
de uma descrição detalhada da reabilitação tradicional dada ao GC.
Ao induzir o sujeito a utilizar o membro superior parético juntamente com a restrição do 
membro não afetado, a TCI colabora na reorganização cortical uso-dependente, o que reflete a 
neuroplasticidade do Sistema Nervoso Central (SNC), definida como a capacidade do cérebro de 
reorganizar suas funções formando novas conexões neurais ao longo da vida, mesmo após lesão(BROL; 
BORTOLOTO; MAGAGNIN, 2009; FUSCO et al., 2014).
Considerando tal fato, Takebayashi e colaboradores (2012) investigaram indivíduostreinados 
com o pacote de transferência associado à TCI.O pacote de transferência inclui, além do treinamento 
intensivo de tarefas, a monitoração do paciente sobre o uso do braço afetado em AVD, incentivando 
os pacientes a maximizar o uso do braço treinado, bem como conselhos práticos com dispositivos 
auxiliares e/ou modificação de movimento. É digno de nota que, ao contrário dos pacientes sem o 
pacote de transferência, aqueles com o pacote de transferência mostraram melhorias contínuas vários 
meses após a TCI por restrição (TEKABAYASHI et al., 2012).
Ressalta-se que outros estudos apresentaram resultados variados em comparação com 
os estudos analisados napresente revisão. Wang e colaboradores (2011), por exemplo,verificaram 
melhores efeitos terapêuticos da TCI, em comparação a TerapiaConvencional (TC) na melhoria 
da função motora de pacientes com reabilitação iniciada na fase aguda e subaguda pós-AVE e não 
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos15
somente na fase crônica. 
Por fim, este artigo apresentou algumas limitações em sua execução. Limitações como: 1) 
reduzido número de artigos encontrados sobre uso da TCI como única terapia de intervenção e 2) 
Alterações nos protocolos utilizados e na duração das sessões. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo traz significativas contribuições para a prática de Fisioterapia, por meio do 
levantamento de evidências científicas sobre a utilização da TCI na reabilitação do membro superior 
em pacientes pós-acidente vascular encefálico que potencializa e direciona o planejamento e 
assistência terapêutica nesses indivíduos.
 Logo, essa produção examinou e mapeou evidências científicas que demonstraram a TCI 
ser uma técnica eficaz com melhora da função e destreza do MS parético em pacientes pós-AVE, 
podendo ser associada a outras ferramentas no processo de reabilitação de maneira viável. 
Por fim, a TCI é uma intervenção complexa e a intensidade / duração padrão recomentada ao 
tratamento permanece ainda desconhecida, portanto, novos estudos são necessários para maximizar 
os resultados desta terapia nos processos de reabilitação física no indivíduo pós-AVE.REFERÊNCIAS
ALMEIDA, L. G.; VIANNA, J. B. M. Perfil epidemiológico dos pacientes internados por acidente 
vascular cerebral em um hospital de ensino. Revista Ciências em Saúde, v. 8, n. 1, p. 12-17, 2018.
BRASIL. Ministério da Justiça. Lei nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998: Lei do direito autoral. 
Brasília: Diário Oficial da União, 1998. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Acidente vascular cerebral (AVC). Brasil sem AVC. abr. 2012. 
Acesso em: 03 mar. 2018. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/saude/2012/04/acidente-vascular-
cerebral-avc.
BROL, A. M; BORTOLOTO, F; MAGAGNIN, N. M.S. Tratamento de restrição e indução do 
movimento na reabilitação funcional de pacientes pós-acidente vascular encefálico: uma revisão 
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 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos17
EVIDÊNCIAS DA TERAPIA DE MOVIMENTO 
INDUZIDO POR RESTRIÇÃO EM PACIENTES 
PÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Selma Maria Calazans D’ajuda
Centro Universitário Dom Pedro II, 
Graduada - Curso de Fisioterapia, Salvador, BA, 
Brasil
Uagda do Amor Gois Estrellado
Centro Universitário Dom Pedro II, 
Graduada - Curso de Fisioterapia, Salvador, BA, 
Brasil
Mateus Garcia Prado Torres 
Docente do Centro Universitário Dom 
Pedro II, Salvador, BA, Brasil 
RESUMO 
Introdução: O Acidente Vascular 
Encefálico (AVE) é uma encefalopatia abrupta, 
não progressiva, de origem vascular, que 
atinge o cérebro, tronco cerebral e cerebelo. 
Existem várias abordagens de reabilitação para 
tratar esta condição e, nos últimos anos, tem 
crescido o interesse com relação a terapia de 
movimento induzida por restrição (TMIR). 
Objetivo: Avaliar a eficácia TMIR em pacientes 
pós-AVE. Metodologia: Revisão de literatura, 
realizada entre fevereiro e junho de 2018. Para 
a coleta foi realizada pesquisa as bases de dados 
eletrônica PUBMED, LILACS e SCIELO Brasil. 
Resultados: Os resultados evidenciam que a TMIR 
é uma terapia eficaz para indivíduo acometido 
por AVE obter ganhos funcionais. Discussão: 
 
Dentre os artigos pesquisados, percebem-se que 
a terapia em sua versão clássica e modificada, 
beneficiou os pacientes pós-AVE. Conclusão: É 
possível observar que a Terapia de Movimento 
Induzido por Restrição se destaca como uma 
técnica eficaz no comprometimento do membro 
superior parético de pacientes pós-AVC. 
Palavras-chave: TMIR. AVE. 
Fisioterapia. Reabilitação. 
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 18
1. INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma encefalopatia abrupta, não progressiva, de 
origem vascular, caracterizado pela interrupção do aporte sanguíneo que atinge o cérebro, tronco 
cerebral e cerebelo. Parte dos pacientes acometidos por esta condição evolui para a morte, além 
disso, boa parte dos sobreviventes apresentarão incapacidade física e cognitiva com grande variação 
da severidade. Ele pode ser classificado em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico (BUENO et al., 
2008; VAZ et al., 2008; TONÚS; QUEIROZ, 2015; YADAV et al., 2016). 
O AVE afeta indivíduos em todo o mundo. A Global Burden of Disease (GBD) constatou que 
há 16,9 milhões de novos casos e 5,9 milhões de óbitos anualmente. A sua incidência está em ascensão. 
Nota-se que a ocorrência é numerosa em idosos, mas há um aumento crescente de casos entre os 
jovens. A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco (SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 
2017; ZARANTONELLO; STEFANI; COMEL, 2017). 
As complicações associadas ao AVE são múltiplas, divididas em físicas e mentais. Dentro das 
alterações físicas destaca-se a hemiplegia ou hemiparesia, sendo esta consequência a mais comum, 
presente em 80% dos casos na fase aguda e 40% na fase crônica. A topografia lesional evidencia que 
a maior repercussão é no membro superior em comparação ao membro inferior, além da fraqueza 
observa-se a espasticidade e padrão sinérgico predominantemente flexor no membro superior e 
extensor no membro inferior (BUENO et al., 2008; BARZEL et al., 2015; TONÚS; QUEIROZ, 2015; 
SEOK et al., 2016; TAKEBAYASHI et al., 2017; ZARANTONELLO; STEFANI; COMEL, 2017). 
Para pacientes pós-AVE, existe um conjunto terapêutico amplo, sendo aplicadas diversas 
abordagens fisioterapêuticas, dentre essas técnicas destacam-se: a terapia do movimento induzida 
por restrição, conceito Neuroevolutivo (método Bobath), Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva 
(método Kabat), estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), Terapia Espelhada, 
Acupuntura, Treino Mental (TM), entre outras (SILVA; TAMASHIRO; ASSIS, 2010; SIQUEIRA; 
BARBOSA, 2013; SEOK et al., 2016; FIGLEWSKI et al., 2017; JIN, et al., 2017; TAKEBAYASHI 
et al., 2017; JU; YOON,2018). 
A terapia do movimento induzida por restrição criado por Edward Taub consiste na contenção 
do membro superior não afetado, o qual fica restrito por um dispositivo durante 90% do período 
acordado. O tempo de tratamento é variável, com duração de no mínimo seis horas/dia, nesse período 
são realizadas atividades motoras repetitivas e orientadas. Os efeitos observados são melhora do 
equilíbrio, da coordenação do membro afetado, do controle de tronco e da performance das atividades 
manuais (VAZ et al., 2008; SIQUEIRA; BARBOSA, 2013; FIGLEWSKI et al., 2017; SILVA FILHO; 
ALBUQUERQUE, 2017). 
A TMIR baseia-se em duas teorias: o desuso aprendido e reorganização uso-dependente. A 
primeira descreve que o uso minimizado da extremidade afetada é discrepante quando comparado 
com o potencial motor do paciente. Já a segunda consiste na ampliação de áreas de representação 
cortical de partes estimulando novas sinapses a partir do treinamento intensivo. (VAZ et al., 2008; JIN 
et al., 2017). Este estudo tem como objetivo avaliar a eficácia da Terapia de Movimento Induzido por 
Restrição em pacientes pós-AVC.
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos19
2. METODOLOGIA 
2.1 TIPO DO ESTUDO
A metodologia utilizada para desenvolvimento desta pesquisa é uma revisão de literatura, feita 
entre fevereiro e junho de 2018. Para a coleta foi realizada pesquisa nas bases de dados eletrônica 
PubMed, LILACS e SciELO Brasil. O critério de inclusão foram artigos que avaliaram a eficácia 
da Terapia de Movimento Induzido por Restrição em pacientes pós-AVE publicados na língua 
portuguesa e inglesa, entre 2008 a 2018. Como critério de exclusão, artigos que não fazem referência 
ao objetivo proposto. Os descritores utilizados para este estudo foram: terapia de movimento induzido 
por restrição, AVE, fisioterapia, reabilitação e seus correspondentes na língua inglesa.
2.2 REFINAMENTO DE BUSCA 
Os resultados são apresentados abaixo na tabela 1.
AUTOR/NO] OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS
WU, et al., 
2012
Investigar os efeitos da 
dCIT-TR, na função motora 
e na função diária, QOL e 
controle motor no membro 
superior e tronco
Ensaio aleatório monocego com 57 
participantes que sofreram AVE, 
divididos em 3 grupos: dCIT – TR, 
dCIT e o de terapia controle. Os 
pacientes foram avaliados com ARAT, 
FAI, SIS e o Registro de Atividades 
Motoras para a função diária e 
QV. Todos os grupos realizaram o 
acompanhamento durante 3 semanas, 
com frequência de 5 dias, com cada 
terapia tendo a duração de 2 horas/dia.
Os pacientes que realizaram a dCITTR e dCIT, 
obtiveram ganhos significativos no escore da 
ARAT, FAI, além de aumento no domínio da 
função manual do SIS. Tendo uma melhor 
qualidade de movimento e maior quantidade de 
uso do braço afetado, no MAL. O grupo da terapia 
controle não obteve esses ganhos. Observou-se 
também que o grupo que realizou a dCIT obteve 
um melhor resultado no domínio de força SIS 
após o tratamento do que o grupo dCIT-TR.
YOON, et al., 
2014.
Avaliar os benefícios 
referentes as funções da mão 
após a terapia do espelho.
Estudo experimental, cego. 
Selecionados 26 pacientes, divididos 
em 3 grupos aleatórios: CIMT + terapia 
do espelho (08), CIMT (09), controle 
(09). Antes do tratamento todos os 
indivíduos foram avaliados através 
da FMA e K-MBI. O tratamento foi 
realizado em uma frequência de 5 dias 
por semana, com cada terapia tendo a 
duração de 6 horas/dia.
Nos grupos de intervenção houve melhoras 
estatisticamente significativas na FMA e K-MBI. 
O grau de mudanças entre antes e depois do 
tratamento, mostraram melhoras na maior dos 
parâmetros avaliados.
PARK, 2015
Comparar a função motora 
após a realização da mCIT 
combinada com a prática 
mental (MP) em indivíduos 
pósAVE crônico
Pesquisa com 26 indivíduos, separados 
em 2 grupos distintos: mCIT + MP 
e outro só mCIT. Na avaliação dos 
pacientes foi utilizado os escores de 
ARAT, FMA e KMBI, pré e pós-
intervenção. Sendo realizado 30 
minutos, 5 vezes/semana, durante 6 
meses.
O grupo mCIT + MP mostrou maiores ganhos nos 
escores ARAT, FM e K-MBI. Aumentando o grau 
de independência nas AVD’s. quando comparado 
ao grupo controle.
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 20
BARZEL, et al., 
2015. 
Avaliar se a TMIR em 
casa é melhor que a terapia 
padrão para pacientes com 
disfunção do membro pós-
AVE.
Estudo mono cego, randomizado e 
controlado com 153 participantes 
dividido em dois grupos: TMIR 
domiciliar (82); terapia padrão (71). 
Para avaliar a capacidade funcional, foi 
utilizado WMFT; e MAL. Os pacientes 
de ambos os grupos receberam 5 h de 
contato do terapeuta por 4 semanas.
Após as intervenções, ambos os grupos 
melhoraram a qualidade do movimento pela 
melhora no escore de MAL com maiores ganhos 
no TMIR em casa, não houve outras diferença 
entre os grupos.
BALLESTER, 
et al., 2016
Analisar os efeitos da 
intervenção com TMIR em 
pacientes após acidente 
vascular encefálico
Ensaio clínico randomizado duplo 
cego, com 18 participantes. Grupo 
experimental realizou TMIR terapia 
com amplificação de movimento em 
RV e Grupo controle que seguiu o 
mesmo protocolo, porém sem utilizar 
a amplificação do movimento. Os 
participantes foram avaliados com 
FMA para (UE-FM) e CAHAI e o 
K-MBI. A terapia teve duração de 30 
minutos diários durante 6 semanas.
Ambos os grupos obtiveram ganhos motores 
significativos. Porém o grupo experimental obteve 
ganhos adicionais no EU-FM com o aumento do 
uso do membro afetado comparado com o grupo 
controle.
YADAV, et al., 
2016.
Comparar a eficácia da 
da TMIR em relação ao 
programa convencional de 
reabilitação em relação a 
performance funcional da 
mão.
Estudo prospectivo, monocego, 
randomizado e controlado com 60 
participantes, distribuídos em dois 
grupos: estudo (30) e controle (30). 
Para avaliação utilizou-se: MAL e 
FMA, AOUSP e QOUS. Os grupos 
receberam 3 horas por dia do programa 
de reabilitação convencional, 3 dias/
semana. A diferença foi que o grupo 
de estudo realizou a TMIR modificada. 
A duração total da intervenção foi de 
4 semanas.
No início do estudo não houve diferenças 
significativas em FMAS, AOUS e QOUS entre os 
dois grupos. - No 1º e 3º mês, o grupo de estudo 
apresentou escores significativamente melhores 
que o grupo controle. Após um mês de terapia, 
os pacientes do grupo de estudo exibiram maiores 
benefícios em comparação com o grupo controle.
SILVA FILHO; 
ALBUQUERQUE, 
2017.
Investigar os possíveis 
efeitos da restrição do 
MS não parético sobre o 
equilíbrio e mobilidade 
funcional em pacientes pós 
AVE. 
Ensaio clínico, randomizado, 
controlado e cego. Com 19 participantes 
que foram distribuídos em dois grupos 
distintos: com restrição (9) e sem 
restrição (10). Para avaliação utilizou-
se: Escala de Equilíbrio de Berg, subir 
e descer escadas, TUG e Velocidade da 
marcha. Realizado 3 vezes por semana, 
durante 4 semanas consecutivas, 40 
minutos de treinamento especifico para 
MS parético.
O grupo que realizou TMIR mostrou melhor 
performance na escala de Equilíbrio de Berg, 
no teste de subir e descer escada, no TUG e 
velocidade de marcha todos com significância 
estatística.
YU, et al., 201
Determinar se a mCIMT 
pode melhorar a função 
do membro superior 
hemiplégico em pacientes 
com AVE isquêmico 
subcortical agudo.
Ensaio clínico randomizado cego. 
com 26 participantes: distribuídos em 
mCIMT e terapia padrão. O grupo 
controle realizou a terapia combinada 
com técnicas de desenvolvimento 
neurológico. Utilizou-se mensuração 
através da WMFT, MAL e as escalas 
AOU e QOM. Os grupos realizaram 10 
dias de treinamento com duração de 3 
horas.
Foi observada melhora significativa no grupo 
mCIMT na função motora, MAL, utilizando 
a escala AOU e QOM. Houve mudanças de 
excitabilidade cortical no grupo mCIMT. Não 
houve melhoria significativa no grupo controle.
Tabela 1.
FONTE: Próprio autor
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos21
ABREVIATURAS: Terapia Induzidapor Restrições distribuída combinada com a Restrição 
do Tronco (dCIT-TR); Teste de Braga de Pesquisa de Ação (ARAT); Índice de Atividades de 
Frenchay (FAI); Escala de Impacto do Curso (SIS); Log de Atividade Motora (MAL); Qualidade de 
Vida (QOL); Wolf Motor Function Test (WMFT); Terapia de Movimento Induzida por Restrições 
modificada (mCIMT); Prática Mental (MP); Índice Barthel Modificado (K-MBI); Atividades de 
Vida Diária (AVDs); Realidade Virtual (RV); Avaliação de Bimotor da Extremidade Superior (UE-
FM); inventário de atividades de mão e braço chedoke (CAHAI); Fugl-Meyer Assessment (FMA); 
Quantidade de Pontuação de Uso (AOUSP); Índice de Qualidade de Uso (QOUS); Timed Up and Go 
(TUG). 
3. DISCUSSÃO
O AVE por sua alta incidência e prevalência é um grande problema de saúde pública, gerando 
a necessidade de organização dos serviços responsáveis pela assistência desta população, tanto em 
relação a qualidade do atendimento, quanto no uso dos recursos de maneira eficiente. Desta forma, 
buscar abordagens que sejam eficazes se torna uma necessidade imperativa para solucionar parte dos 
problemas vivenciados pelos pacientes que evoluem com limitações funcionais pós-AVC (SILVA 
FILHO; ALBUQUERQUE, 2017). 
O leque de opções terapêuticas tem aumentado de forma significativa nas últimas décadas, neste 
contexto destaca-se o uso da indução do movimento por contenção dos membros, pela quantidade de 
estudos e resultados terapêuticos nos últimos anos na população elegível (BROGÅRDH; VESTLING; 
SJÖLUND, 2009; DROMERICK et al., 2009; BROGÅRDH; LEXELL, 2010; HAYNER; GIBSON; 
GILES, 2010; YOON et al., 2014; BATOOL et al., 2015; SOUZA et al., 2015; BALLESTER et al., 
2016). 
Os estudos apresentaram uma homogeneidade com relação à metodologia, sendo a maioria 
deles randomizados, controlados e monocegos. Além disso, a população envolvida foi significativa 
com total de 385 participantes quando somados os trabalhos. Outra característica observada é que 
todos os pacientes estavam na fase subaguda ou crônica (WU et al., 2012; YOON et al., 2014; 
BARZEL et al., 2015; PARK, 2015; BALLESTER et al., 2016; YADAV et al., 2016; SILVA FILHO; 
ALBUQUERQUE, 2017; YU et al., 2017). 
Contudo, observaram-se diferenças nos protocolos de aplicação da terapia. Alguns trabalhos 
usaram o protocolo original com contenção do membro não afetado e realização de treinos funcionais 
com o membro afetado continuadamente durante 6 horas como visto nos estudos de BARZEL et 
al. (2015) e BALLESTER et al. (2016). Outros usaram o protocolo distribuído, o qual consiste em 
treinos mais fracionados realizados ao longo do dia. Outros autores optaram por associar a contenção 
do tronco além do membro superior (WU et al., 2012; YOON et al., 2014; PARK, 2015; YADAV et 
al., 2016; SILVA FILHO; ALBUQUERQUE, 2017; YU et al., 2017). 
A elegibilidade para aplicação TMIR são pacientes que possuem motricidade do membro 
superior com capacidade de realizar extensão de pelo menos dois dedos da mão ou punho, classificação 
na escala de Raking Modificada de 0-2, ausência de heminegligência, capacidade de atender a mais 
de dois comandos e o Mini Mental Test maior que 20 (STOCK, et al., 2017).
 Para evidenciar os ganhos funcionais após a realização da terapia os trabalhos utilizaram 
diferentes medidas e escalas. Muitos autores tiveram como objetivo aferir os ganhos na função do 
membro superior afetado, para isso utilizou se na maioria deles a escala de Fulg-Meyer. Outros 
estudos também mediram a melhora no equilíbrio pós-terapia e utilizaram principalmente a Time and 
Up Go Test (TUG) e escala de Berg (PAGE; LEVINE; KHOURY, 2009; WU et al., 2012; YOON et 
al., 2014; KWAKKEL et al., 2015; PARK, 2015; SOUZA et al., 2015; STOCK et al., 2017). 
As evidências encontradas têm apontado o benefício do uso desta modalidade terapêutica, 
mostrando melhora significativa na performance funcional dos participantes ficando evidente em 
diversos estudos como por exemplo o de de Yoon et al. (2014) e de YU et al. (2017). Observa-se 
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 22
também efetividade da TMIR e sua versão modificada que consiste adicionalmente na contenção do 
tronco, isto ficou evidenciado no trabalho YADAV et al. (2016) mostrando que indivíduos submetidos 
a terapia apresentavam uma adaptação maior em relação as suas limitações residuais. 
ALBUQUERQUE (2017) ampliaram as evidências dos benefícios da TMIR quando 
demonstraram em seu estudo que os pacientes melhoraram o equilíbrio, propriocepção, coordenação e 
função motora, o que leva este indivíduo ter uma maior qualidade de vida evidenciado pela melhora na 
performance do TUG teste de subir e descer escadas e velocidade da marcha. Estes achados são muito 
importantes pois ampliam os benefícios da terapia, a qual foi proposta para tratar especificamente o 
membro superior. 
 Existem variações com relação ao uso da TMIR no que se refere ao local da aplicação 
da mesma. BARZEL et al. (2015) aplicaram um estudo para avaliar as diferenças nos resultados 
terapêuticos de pacientes tratados em domicílio e na clínica. Os resultados encontrados mostraram 
maior ganho funcional na população tratada em clínicas ou ambulatórios. Estes achados precisam 
serem melhores compreendidos já que muitos pacientes podem ter dificuldade em acessar serviços de 
saúde principalmente os de reabilitação. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema abordado nesse artigo é de grande relevância, visto que há um aumento nos casos de AVC 
a cada ano. É possível observar que a TMIR se destaca como uma técnica eficaz no comprometimento 
do membro superior parético de pacientes pós AVC. Entretanto torna-se necessário a realização de 
novas pesquisas abordando a TMIR que comprovem seus benefícios.
 
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 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 26
ANALYSIS OF MOTOR 
COORDINATION AND BALANCE IN 
ADULTS AND ELDERLY EXERGAME 
NINTENDO WII®.
Gomes AC1, Nascimento SC2, Ferraz 
DD3, Aguiar CCdaC41
RESUMO: 
O objetivo deste estudo foi avaliar o 
equilíbrio, coordenação motora e qualidade de 
vida de adultos e idosos ativos após tratamento 
com wiiterapia. Metodologia: Foi realizado um 
estudo quase experimental com a aplicação de 
Wiiterapia para avaliar a coordenação motora e 
o equilíbrio. Foi utilizada a escala de equilíbrio 
de Berg no início e final da terapia, no qual foram 
inscritos 19 indivíduos ativos, porém apenas 
10 permaneceram na pesquisa. Resultados: Os 
participantes apresentaram uma melhora da 
pontuação na escala de Berg e na qualidade de 
vida. Conclusão: Através dos resultados obtidos, 
verifica-se que a terapia com Wii® proporcionaresultados positivos no equilíbrio e coordenação 
de indivíduos ativos, além de proporcionar uma 
melhora da qualidade de vida, podendo se tornar 
 
1 Fisioterapeuta, pós graduada em Fisioterapia Hospitalar com ênfase em Terapia Intensiva (UNISBA), Salvador, 
Bahia.
2 Fisioterapeuta, Unidompedro, Salvador, Bahia.
3 Fisioterapeuta, doutor em Ciências da Saúde (UFBA), Salvador, Bahia.
4 Fisioterapeuta, mestra em Tecnologias aplicadas à Bioenergia (UniFtc), Salvador, Bahia.
 
um grande aliado da fisioterapia convencional.
Descritores: Idoso, Equilíbrio Postural, 
Jogos Eletrônicos.
Abstract: The aim of this study was to 
evaluate the balance, motor coordination and 
quality of life of active adults and elderly after 
treatment with wiitherapy. Methodology: A 
quasi-experimental study was performed with 
the application of Wiiterapia to evaluate motor 
coordination and balance. The Berg balance scale 
was used at the beginning and end of therapy, 
in which 19 active individuals were enrolled, 
but only 10 remained in the research. Results: 
Participants had an improvement in the Berg 
score and quality of life. Conclusion: Through 
the results obtained, it appears that therapy with 
Wii® provides positive results in the balance and 
coordination of active individuals, and provides 
an improvement in quality of life and can become 
a great ally of conventional physiotherapy.
Key words: Elderly, Postural Balance, Electronic 
Games.
ANÁLISE DA COORDENAÇÃO MOTORA E DO 
EQUILÍBRIO EM ADULTOS E IDOSOS COM 
UTILIZAÇÃO DE EXERGAME NINTENDO WII®.
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos27
1. INTRODUÇÃO
O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial que, no Brasil, ocorre de forma 
acelerada e significativa (IBGE, 2013; PEREIRA, 2013). De acordo com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística, havia aproximadamente 20 idosos para cada adulto em idade ativa em 2012, 
porém, estimativas apontam que, em 2060, essa relação possa alcançar 63 idosos (IBGE, 2013).
O processo de envelhecimento caracteriza-se por modificações orgânicas que provocam a 
diminuição da massa e força muscular, redução da atividade do sistema nervoso, diminuição do 
equilíbrio, fraqueza e alterações cardiorrespiratórias. Essas mudanças podem contribuir para a 
diminuição da mobilidade e a limitação funcional do idoso (NOBREGA et al., 1999).
 O sedentarismo somado às disfunções provocadas pelo envelhecimento se torna um importante 
fator de risco para o desenvolvimento de doenças neurológicas, cardiovasculares, diabetes mellitus, 
neoplasias, osteoporose e hipertensão arterial (PORTELA, 2010). Nesse contexto, a prática de 
atividade física de forma regular mostra-se um elemento útil na modificação dos fatores de risco 
causados pelo sedentarismo, e na prevenção e tratamento das doenças crônicas não transmissíveis 
(CARNEIRO et al., 2016; CARRUBA, 2010; DIAS; SAMPAIO; TADDEO, 2009).
 Os idosos devem realizar exercício físico durante toda a vida, para que possam se beneficiar 
das vantagens de um envelhecimento ativo. Para isso, é importante que estejam motivados durante a 
prática de atividade física, uma vez que essa deve ser realizada de forma regular (WHO, 2005).
Assim, o uso da realidade virtual pode ser uma alternativa para incentivar a assiduidade dessa 
população à prática de exercício físico. Lançado em 2006, o Nintendo Wii® (NW) foi o primeiro 
exergame, vídeo game com realidade virtual não imersiva, criado com o objetivo de proporcionar 
entretenimento. O NW capta os movimentos corporais e os transfere a um avatar que é a interface entre 
jogador e os desafios propostos pelo jogo. Nesse contexto de mover-se para jogar os fisioterapeutas 
vislumbraram a possibilidade de utilizar essa ferramenta na reabilitação de seus pacientes (JONES; 
THIRUVATHUKAL, 2012; YANG et al., 2016).
Porém, a inserção do NW como modalidade alternativa de exercício físico para indivíduos 
idosos com déficit de equilíbrio ainda é um assunto pouco estudado. Assim, o objetivo deste estudo 
foi verificar os efeitos do uso do exergame NW na qualidade de vida, coordenação motora e equilíbrio 
postural de adultos e idosos sedentários.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de um estudo quase experimental realizado em um Centro de Convivência para 
idosos localizado na cidade de Itaparica no estado da Bahia. A pesquisa foi realizada entre o período 
de janeiro de 2014 a julho de 2014, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com número de 
parecer 14308113.5.0000.5032.
Participaram do estudo indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos que cumpriram os 
critérios de inclusão e exclusão. Entre os critérios de inclusão encontram-se: ser independente para as 
atividades básicas da vida diária, apresentar marcha independente e sem ajuda de dispositivos auxiliares, 
não realizar ou ter realizado nos últimos 12 meses um programa de exercício físico e apresentar algum 
déficit de equilíbrio. Entre os critérios de exclusão encontram-se: apresentar hipertensão arterial 
sistêmica, diabetes mellitus, cardiopatias e doenças cardiorrespiratórias instáveis ou não controladas, 
pneumopatias, doenças infectocontagiosas ou lesões ortopédicas que impossibilitassem a prática de 
atividade física e deficiência visual. 
A amostragem foi do tipo não-aleatória por auto-seleção. As atividades da pesquisa foram 
divulgadas durante o período do estudo e foi disponibilizado um período para inscrição no local de 
realização do estudo. Participaram do estudo os indivíduos inscritos que cumpriram os critérios de 
elegibilidade. 
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 28
Os participantes foram submetidos ao treino com o NW com uma frequência de 3 vezes por 
semana, durante 4 semanas, totalizando 12 sessões de tratamento. Foram utilizados os jogos Wii 
Sport, Wii Sport Resort, Deca Sport e Wii Fit Plus. Estes jogos são utilizados para promover a prática 
de exercícios físicos como alongamentos, saltos, flexões e extensão de todos os segmentos corporais, 
rotação de membros e tronco, sendo adaptados às condições neurológicas e de déficit de equilíbrio 
apresentadas por cada indivíduo. Cada sessão possuía um objetivo terapêutico diferente, de forma 
alternada foi trabalhado com a coordenação motora e com o equilíbrio, utilizando assim os jogos 
específicos para cada um.
Na primeira e última sessão cada participante foi avaliado com a Escala de Equilíbrio de 
Berg, que é uma escala de avaliação de equilíbrio e tem por função avaliar a habilidade do indivíduo, 
mediante a independência ou dependência na execução de 14 itens relacionados a Atividades de Vida 
Diárias (AVD’s), onde sua pontuação pode chegar até 56 pontos, quanto maior a pontuação, melhor 
o equilíbrio e a coordenação motora. Para a aplicação da escala de Berg foram necessários alguns 
materiais como o cronômetro, fita métrica, cadeira com e sem braço e escada de 20 cm de altura 
(DIAS, 2009; SILVA; ALMEIDA; CASSILHAS, 2008). 
Na terceira e na última sessão foi aplicado um questionário de satisfação, com o objetivo 
de colher informações sobre satisfação e sensação durante e após a prática dos jogos. Para cada 
sessão foi necessário redistribuir os colaboradores em três subgrupos. Cada subgrupo foi preenchido 
conforme a disponibilidade de cada colaborador, onde o tempo de execução dos jogos foi de uma hora 
para cada subgrupo.
A análise dos dados realizou-se com o uso do T Student para análise das variáveis categóricas, 
sendo considerado o p de significância quando menor ou igual a 0,05. 
3. RESULTADOS
Foram inscritos na pesquisa 19 indivíduos, sendo 1 do sexo masculino (5,3%) e 18 do sexo 
feminino (94,71%), com idade média de 59,4 anos. Dos pacientes inscritos, 9 (47,37%) foram 
excluídos devido a não adaptação aos jogos, baixa acuidade visual, complicações osteomioarticulares 
sem devido tratamento e ausência em 3 ou mais sessões. 
Dos 10 pacienntes (52,63%) restantes que permaneceram na pesquisa, 100% foram do sexo 
feminino, com idade média de 60,3 anos. Dentre asparticipantes da pesquisa, todas apresentaram 
algum grau de déficit de equilíbrio, 7 delas (70%) possuíam morbidade cardiovascular, sendo a 
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) a patologia de maior destaque, 2 Diabetes Mellitus (DM), 
e 2 Hipercolesterolemia. Das 10 participantes, 5 (50%) tinham morbidades neuromusculares, onde 
1 apresentava bursite em membros superiores (MMSS), 1 espondiloartrose e 3 tinham gonartrose. 
Quanto à deficiência sensorial, 10 (100%) utilizavam óculos. Com relação aos hábitos de vida, 10 
(100%) realizavam exercícios físicos diariamente e 4 (40%) eram etilistas. Nenhuma das colaboradoras 
relatou ser tabagista (Tabela 1).
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos29
Tabela 1. Morbidades presentes nas colaboradoras participantes da pesquisa.
N %
MORBIDADE CARDIOVASCULAR 7 70
HAS 7 70
DM 2 20
Hipercolesterolemia 2 20
 
MORBIDADE NEUROMUSCULAR 5 50
Bursite em MMSS 1 10
Espondilartrose 1 10
Gonartrose 3 30
 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL 10 100
Uso de Óculos 10 100
 
HÁBITO DE VIDA
Tabagista - -
Etilista 4 40
No que se refere aos resultados obtidos para o índice de Berg (Tabela 2), não se apresentam 
de forma significativamente estatísticos. No entanto, observou-se uma variação positiva nos valores 
finais. 
Tabela 2. Resultados do Índice de Berg verificados nos participantes da pesquisa.
Paciente BERG Inicial BERG Final
P1 50 55
P2 46 53
P3 53 55
P4 44 55
P5 52 54
P6 53 54
P7 54 55
P8 51 55
P9 55 55
P10 48 52
Média 50,6 54,3
p 0,006
Quanto aos resultados obtidos da Pressão Arterial (P.A.) e Frequência Cardíaca (F.C.), não 
ocorreram alterações significantes. Isso foi interesse desse estudo, pois não foi desejado provocar 
variação ou alteração na PA e FC, visto que a maioria das colaboradoras eram hipertensas (70%) 
(Tabelas 3 e 4).
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 30
Tabela 3. Pressão Arterial (PA) e Frequência Cardíaca (FC) antes do exercício
 PA SISTÓLICA PA DIASTÓLICA FC 
1ª A 2ª SEMANA
Média 123 72 66
Test t 0,466 0,773 0,602
2ª A 3ª SEMANA
Média 121 72 67
Test t 0,866 0,773 0,843
3ª A 4ª SEMANA
Média 119 73 70
Test t 0,395 0,556 0,063
4ª A 5ª SEMANA
Média 119 73 71
Test t 0,512 0,641 0,238
1ª A 5ª SEMANA
Média 123 72 67
Test t 0,369 1 0,219
Tabela 4. Pressão Arterial (PA) e Frequência Cardíaca (FC) depois do exercício
 PA SISTÓLICA PA DIASTÓLICA FC
1ª A 2ª SEMANA
Média 126 76 71
Test t 0,793 0,035 0,169
2ª A 3ª SEMANA
Média 125 74 74
Test t 0,870 0,264 0,499
3ª A 4ª SEMANA
Média 120 75 71
Test t 0,020 1 0,103
4ª A 5ª SEMANA
Média 117 75 71
Test t 0,618 0,82 0,974
1ª A 5ª SEMANA
Média 123 77 70
Test t 0,170 0,241 0,553
Relacionado aos dados obtidos no questionário de satisfação, percebeu-se na primeira 
aplicação no quesito que se refere à sensação de desconforto durante ou após a prática dos jogos, 60% 
das colaboradoras afirmaram que sentiram desconforto, destacando-se o cansaço e a dor durante jogo.
Relacionado à percepção de mudança na vida após a terapia, 90% das colaboradoras afirmaram 
que perceberam mudanças como: melhora da motivação, bem estar e alegria, mais disposição nas 
atividades de vida diárias e laborais. Já na segunda aplicação do questionário, no final do trabalho, 
30% permaneceram afirmando que sentiram desconforto durante ou após as sessões, permanecendo 
assim as essas queixas anteriores. E para percepção de alguma mudança em suas vidas, 100% das 
colaboradoras afirmaram a mudança positiva. Sendo estas mudanças listadas como: melhor disposição 
para as atividades de vida diária, aumento do bem estar e melhora da autoestima, conquistaram novas 
amizades, perceberam aumento de força muscular, melhora na memória, sentiram mais alegre (Tabela 
5).
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos31
Tabela 5. Resultados do Questionário de Satisfação no início e no final da pesquisa
Questões 1ª aplicação 2ª aplicação
Sentiram Desconforto 60% 30%
Não Sentiram Desconforto 40% 70%
 Desconforto Cansaço e Dor. Cansaço e Dor.
Perceberam Mudanças na Vida 90% 100%
Não Perceberam Mudanças na Vida 10% _
Mudanças 
Aumento de Motivação; Novas 
amizades; Melhora da Autoestima; 
Melhora de Atenção; Alegria.
Disposição; Melhora da Autoestima; 
Novas Amizades; Aumento de Força 
Muscular; Alegria; Melhora de Memória; 
Melhora da Coordenação Motora.
4. DISCUSSÃO
A terapia com jogos eletrônicos mostrou-se benéfica para indivíduos saudáveis e indivíduos 
com patologias neurológicas, principalmente nos quesitos de ganho de postura e equilíbrio (LOPES 
et al., 2013; SCHIAVINATO, 2010; SVEISTRUP, 2004). No estudo de Schiavinato et al. (2010) 
observou-se através do score de Berg, que após à aplicação de terapia com o uso do Nintendo Wii® 
houve uma melhora no equilíbrio, que foi consequência dos ajustes posturais causados pela prática 
dos jogos específicos para o equilíbrio. Em um estudo mais recente, também foi verificado otimização 
do equilíbrio de idosos com risco de quedas, após 12 sessões de treinamento com realidade virtual 
(PHU et al, 2019)2.
Já Portela (2010) concluiu que para se obter um impacto positivo no equilíbrio dos idosos 
com a prática dos jogos do Wii®, os mesmos devem ser submetidos no mínimo em 15 sessões de 
50 minutos cada. Nesse estudo, apesar de se ter obtido uma variação positiva nos scores de Berg 
do inicial para o final, essa variação não se apresentou de forma significante. Isso pode ter ocorrido 
devido ao tempo de aplicação da terapia, quantidades de sessões, o baixo número de colaboradores, 
o perfil das colaboradoras e até mesmo o foco terapêutico dos segmentos corporais, nos quais foram 
trabalhados de forma alternada em cada sessão.
A atividade física quando realizada em alta intensidade visa atingir volume máximo e 
submáximo, ocasionando uma alteração significativa da PA, FC e no sistema cardiorrespiratório, 
o que não ocorreu neste estudo, pois os jogos escolhidos foram de intensidades moderadas, pois o 
mesmo não visava trabalhar diretamente com o Volume máximo de O2. Portanto os dados da PA e 
FC foram colhidos e analisados em nível de segurança por se tratar de indivíduos idosos. No relato de 
caso do estudo de Campos, Silva e Sandoval (2011) demonstraram que houve uma descompensação 
respiratória normal devido ao esforço físico da paciente, o fato que comprova isso é o aumento 
ocorrido na frequência cardíaca aferida sempre no início e final de cada sessão. 
O envelhecimento faz parte de um processo natural do organismo, nesta fase da vida é comum 
surgirem algumas alterações fisiológicas. Durante a avaliação algumas comorbidades foram atadas 
como a HAS, DM e a hipercolesterolemia. Considerando essas comorbidades, a prática de exercício 
físico assume um papel importante na prevenção e redução dessas alterações que são inerentes a 
qualquer indivíduo (SVEISTRUP, 2004). Segundo Pinto et al. (2009) a prática de atividade física 
tem sido considerada um dos componentes mais importantes na modificação do risco em indivíduos 
acometidos por comorbidades decorrentes ou associadas à inatividade. Sendo assim, a atividade física 
não precisa ser de alta intensidade para alcançar efeitos benéficos à saúde, os melhores resultados 
podem ser alcançados aumentando a duração ou a frequência da prática dos jogos. Essa é uma 
importante estratégia, tanto na prevenção como no tratamento das doenças cardiovasculares, HAS, 
2 
 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 32
DM, acidente vascular encefálico.
Os hábitos de vida são fatores relevantes para a prevenção dessas comorbidades, nesse estudo 
alguns dos idosos avaliados relataram ser etilista, além de fazer ingestão de alimentos hipercalóricos. 
Levando em consideração esse fator se faz necessário à interação no equilíbrio dos hábitos de vida 
associado e atividade física visando prevenir essas possíveis alterações fisiológicas.
5. CONCLUSÃO
Os resultados obtidos no presente estudo demonstraram que o uso dos jogos eletrônicos 
influenciam de forma positiva na melhora do equilíbrioe coordenação gerando um impacto 
significativo na melhora da qualidade de vida.
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 Isis Nunes Veiga (Coordenadora) 34
Pietro Santos 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), 
Doutor - Programa de Pós-graduação em 
Medicina e Saúde, Salvador, BA, Brasil 
Isabella Félix 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), 
Mestranda - Programa de Pós-graduação em 
Enfermagem e Saúde, Salvador, BA, Brasil 
IdaianeSantos
Centro Universitário Ruy Barbosa Wyden 
(UniRuy), Graduada - Curso de Fisioterapia, 
Salvador, BA, Brasil
RESUMO
O acidente vascular encefálico (AVE) 
é um insulto neurológico caracterizado pela 
diminuição ou completa interrupção do aporte 
sanguíneo encefálico, podendo gerar déficits 
neurológicos que se manifestam através de 
alterações no nível de consciência, percepção, 
linguagem e motricidade. Dentre os processos 
de reabilitação pós AVE destaca-se o Microsoft 
KinectXbox (MKX), que consiste em uma 
abordagem dinâmica e motivadora que tem 
como objetivo incentivar o uso de funções 
motoras grosseiras e finas por meio de uma 
interação do indivíduo com um meio ambiente 
virtual Objetivo: Compilar o conhecimento 
atual acerca da utilização do Microsoft Kinect 
 
na reabilitação de pacientes pós AVE. Métodos: 
Ensaios controlados aleatórios pesquisados nas 
bases de dados PUBMED, SciELO, MEDLINE, 
BIREME E LILACS utilizando os descritores: 
“Acidente vascular cerebral”, “Terapia de 
Exposição a Realidade Virtual”, “Reabilitação”, 
“Jogos de Vídeo”. Conclusão: Esta revisão 
sistemática demonstrou que o MKX pode ser 
uma técnica eficaz e esta pode ser associada a 
outras ferramentas no processo de reabilitação, 
porém faz-se necessário a realização de mais 
estudos sobre a utilização do MKX isolado na 
reabilitação de pacientes pós AVE.
Palavras-chave: Acidente vascular 
encefálico. Terapia de Exposição a Realidade 
Virtual. Reabilitação.
MICROSOFT KINECT XBOX NA REABILITAÇÃO 
DE PACIENTES PÓS ACIDENTE VASCULAR 
ENCEFÁLICO: REVISÃO SISTEMÁTICA
 Fisioterapia Neurofuncional: diálogos contemporâneos35
1. INTRODUÇÃO
.
O acidente vascular encefálico (AVE) é um insulto neurológico caracterizado pela diminuição 
ou completa interrupção do aporte sanguíneo encefálico. Sua causa pode ser devido a formação de 
um trombo (tipo isquêmico) ou devido ao rompimento de um vaso sanguíneo do encéfalo, gerando 
extravasamento de sangue no parênquima (tipo hemorrágico). Ambos os tipos ocasionam disfunção 
no encéfalo, porém os mecanismos de lesão são diferenciados. O primeiro leva a diminuição da 
perfusão de sangue, enquanto, no segundo a lesão encefálica é oriunda do contato direto das estruturas 
sanguíneas com as células do tecido (LIMA et al., 2016).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVE é a segunda causa de óbito no mundo 
e a primeira causa de incapacidade funcional para a realização das atividades de vida diária. Além 
disso, 15 milhões de pessoas apresentam AVE por ano, destas, 5 milhões morrem em decorrência do 
evento (RANGEL; BELASCO; DICCINI, 2013).
Em relação aos déficits neurológicos ocasionados no pós AVE, grande parte dos sobreviventes 
apresentam alterações no nível de consciência, na percepção, na linguagem e motricidade, levando a 
uma hemiplegia ou hemiparesia. Estes pacientes podem apresentar também alterações na deglutição, 
visão, memória, marcha, perda de equilíbrio e de coordenação motora (GALVÃO et al. 2015).
Por isso, esses pacientes necessitam de reabilitação contínua, progressiva e educativa para 
atingirem a restauração funcional e social além de uma melhor qualidade de vida. Para alcançar 
estes propósitos, vem sendo bastante utilizadas abordagens dinâmicas que priorizam a funcionalidade 
(RANGEL; BELASCO; DICCINI, 2013). Desta forma, a Realidade Virtual (RV) é uma abordagem 
dinâmica e motivadora que tem como objetivo incentivar o uso de funções motoras grosseiras e finas 
por meio de uma interação do indivíduo com um meio ambiente virtual (SOUZA et al., 2016).
Várias tecnologias atuais facilitam a inclusão da RV no ambiente de reabilitação, com interação 
entre o paciente e a atividade física realizada. Uma possibilidade de utilizar jogos virtuais é através 
do Microsoft KinectXbox (MKX), uma ferramenta baseada na captura de movimentos e que utiliza 
o conceito de interfaces naturais. Este tipo de interface está focado na utilização de uma linguagem 
natural para interação humana com o aplicativo, como gestos, poses e comando de voz com um 
grau de precisão avançado, no qual o paciente é estimulado a imitar os movimentos do personagem 
animado

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