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Escola Estadual de Educação Profissional - EEEP Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Edificações Patologia das Construções Governador Vice Governador Secretário Executivo Assessora Institucional do Gabinete da Seduc Cid Ferreira Gomes Francisco José Pinheiro Antônio Idilvan de Lima Alencar Cristiane Carvalho Holanda Secretária da Educação Secretário Adjunto Coordenadora de Desenvolvimento da Escola Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC Maria Izolda Cela de Arruda Coelho Maurício Holanda Maia Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs Thereza Maria de Castro Paes Barreto Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕES DISCIPLINA DE PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES SUMÁRIO 1 PATOLOGIA E TERAPIA DAS CONSTRUÇÕES......................................................................03 1.1 PATOLOGIA.............................................................................................................................03 1.2 TERAPIA..................................................................................................................................03 1.3 SINTOMAS PATOLÓGICOS......................................................................................................03 1.4 TERAPIA..................................................................................................................................04 1.5 FUNDAÇÕES............................................................................................................................04 1.5.1 Rasas .....................................................................................................................................04 1.5.2 Profundas ..............................................................................................................................06 2 PATOLOGIAS DE FUNDAÇÕES...............................................................................................08 2.1 RECALQUE DIFERENCIADO..................................................................................................08 2.2 INSTABILIDADE DO SOLO......................................................................................................08 2.3 EXCESSO DE CARGAS............................................................................................................08 2.4 ALTERAÇÕES NAS CARACTERISTICAS DO TERRENO.........................................................08 2.5 MOVIMENTAÇÃO DO TERRENO............................................................................................08 2.6 AÇÕES QUIMICAS SOBRE AS FUNDAÇÕES...........................................................................08 2.7 FUNDAÇÕES INADEQUADAS................................................................................................08 2.8 USO INADEQUADO.................................................................................................................08 2.9 AMPLIAÇÃO............................................................................................................................09 2.10 MUDANÇAS NA MEDIÇÃO DO TERRENO...........................................................................09 2.11 ALTERAÇÕES PRODUZIDAS POR RECALQUE DE TERRENO..............................................09 2.11.1 Alterações Químicas...............................................................................................................09 2.12 CONSEQUÊNCIAS DOS RECALQUES...................................................................................10 2.13 CUIDADOS NA CONCRETAGEM...........................................................................................14 2.13.1 Cuidados na Concretagem - ANTES.......................................................................................14 2.13.2 Cuidados na Concretagem - DURANTE................................................................................15 2.13.3 Cuidados na Concretagem - DEPOIS.....................................................................................15 3 ENSAIO DE CARBONATAÇÃO................................................................................................15 4 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE TEOR DE CLORETOS.....................................................16 Patologia das Construções 3 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 5 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE ADERÊNCIA....................................................................16 6 ARGAMASSAS..........................................................................................................................28 6.1 INTRODUÇÃO AO CONCRETO...............................................................................................28 6.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS...................................................................................28 6.2.1 Classificação Segundo ao Emprego...........................................................................................28 6.2.2 Classificação Segundo ao Tipo de Aglomerante.........................................................................29 6.2.3 Classificação Segundo a Dosagem.............................................................................................29 6.3 PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS.....................................................................................29 6.3.1 Trabalhabilidade.....................................................................................................................29 6.3.2 Resistência Mecânica...............................................................................................................29 6.3.3 Retração.................................................................................................................................29 6.3.4 Estabilidade do Volume............................................................................................................30 6.3.5 Resistência ao intemperismo.....................................................................................................30 6.3.6 Resistência ao fogo...................................................................................................................30 6.3.7 Revestimento de Gesso Puro....................................................................................................30 6.3.8 Argamassas Hidráulicas...........................................................................................................30 6.4 TRAÇOS DE ARGAMASSAS EM VOLUME.............................................................................30 6.5 ARGAMASSAS PARA ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO E TIJOLOS DE VIDRO...........30 6.6 ARGAMASSAS PARA ALVENARIA DE PEDRA.......................................................................31 6.7 ARGAMASSAS PARA LADRILHOS HIDRAÚLICOS E CERÂMICOS.......................................31 6.8 ARGAMASSAS PARA LADRILHOS DE MARMORE E GRANITO............................................31 6.9 ARGAMASSAS PARA TACOS DE MADEIRA...........................................................................31 7 CORROSÃO...............................................................................................................................32 7.1 TIPOS DE CORROSÃO ............................................................................................................32 7.1.1 Corrosão Uniforme.................................................................................................................32 7.1.2 Corrosão do Pites....................................................................................................................32 7.1.3 Corrosão por Concentração Diferencial....................................................................................327.2 FISSURAÇAO POR CORROSÃO..............................................................................................35 7.2.1 Corrosão sob Tensão ..............................................................................................................35 7.2.2 Fissuração Induzida pela Pressão de Hidrogênio.......................................................................35 7.2.3 Corrosão-fadiga......................................................................................................................35 7.3 CORROSÃO DE ARMADURAS................................................................................................35 7.3.1 Generalidades ........................................................................................................................35 7.3.2 A Recuperação da Corrosão de Armaduras..............................................................................36 8 BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................39 Patologia das Construções 4 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 1. PATOLOGIA E TERAPIA DAS CONSTRUÇÕES 1.1 PATOLOGIA Estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos direitos das construções civis, ou melhor, estuda as partes que compõem o diagnóstico do problema. 1.2 TERAPIA Estuda a correção e a solução dos problemas patológicos em uma construção. 1.3 SINTOMAS PATOLÓGICOS São lesões, danos, efeitos ou manifestações patológicas, podem ser descritos e classificados, orientando um primeiro diagnóstico. Sintomas mais comuns: fissuras, eflorescência, flechas excessiva, manchas, corrosão das armaduras, ninhos de concretagem, deslocamento de revestimento, etc. Gráfico 1 Patologia das Construções 5 Origem dos Problemas 10% 4% 40% 18% 28% Uso Planejamento Projeto Materiais Execução Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Lei da Evolução dos Custos 1.4 TERAPIA É recomendável que, após qualquer intervenção, sejam tomadas medidas de proteção e implantação de um programa de manutenção periódica. 1.5 FUNDAÇÕES 1.5.1 Rasas (Diretas) Blocos Patologia das Construções 6 t1 t2 t3 t4 1 5 25 125 0 20 40 60 80 100 120 140 Custo da Intervenção Tempo LEI DE SITTER Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Fundação Corrida para Alvenarias Sapatas _Centradas _Excêntricas 1.5.2 Profundas Patologia das Construções 7 Alv. de Elevação Cinta Impermeabilização Baldrame Fund. de Pedra Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Estacas Metálicas Trilhos Perfis I Pré-fabricadas Franki Patologia das Construções 8 Simples Soldados Simples Soldados Vazadas Maciças Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Broca Raiz Perfuração com água Colocação de armaduras Preenchimento com concreto Retirada do tubo com ar comprimido 2. PATOLOGIAS DE FUNDAÇÕES 2.1RECALQUE DIFERENCIADO Fissuras Patologia das Construções 9 Bloco de Coroamento Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Rompimento de tubulações 2.2 INSTABILIDADE DO SOLO Aterros e encostas 2.3 EXCESSO DE CARGAS Reforma do edifício pra outros fins ou novos andares 2.4 ALTERAÇÕES NAS CARACTERÍSTICAS DO TERRENO Argilas secas e argilas com água 2.5 MOVIMENTAÇÃO DO TERRENO Sismos 2.6 AÇÕES QUÍMICAS SOBRE AS FUNDAÇÕES 2.7 FUNDAÇÕES INADEQUADAS – ÁREA INSUFICIENTE Ex: Taxa do terreno = 0,5 kg/cm2 Figura 06 2.8 USO INADEQUADO Projetado para residência e uso em biblioteca 2.9 AMPLIAÇÃO Patologia das Construções 10 2 ton 1,0 m 1,0 m Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Projeto de dois pavimentos e uso de 3 ou 4 pavimentos 2.10 MUDANÇAS DE MEDIÇÃO DO TERRENO Argila + água (Limoeiro do Norte ) Ideal é ter uma inclinação ao redor das edificações de 2 a 4% para escoamento das águas. Esta água pode vir das chuvas ou do lençol freático MARÉS Para edificações próximas à praia: ex. Beira mar de Fortaleza, devem existir drenos bem projetados, inclusive com poços de coleta e bombeamento. RUPTURA DE CANALIZAÇÕES 2.11 ALTERAÇÕS PRODUZIDAS POR RECALQUE DO TERRENO Conseqüências – fissuras Origens – Movimentações sísmicas Vibrações – Tráfego pesado – bate estaca – explosões e implosões Retrações e/ou expansões de argilas ( Limoeiro do Norte ) Raízes e arvores – Efeito de cunha Muito perigosa – acácia Perigosa – carvalho Pouco – cedro 2.11.1 Alterações Químicas Sulfato de sódio Sulfato de magnésio Sulfato de cálcio Elementos que reagem com o álcalis do cimento Exemplo: Bloco em Caucaia 2.12 CONSEQUÊNCIAS DOS RECALQUES Fissuras de cortante Trincas diagonais em alvenarias e muros Aberturas nos encontros de paredes Desajustes nos forramentos de portas e janelas Patologia das Construções 11 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Patologia das Construções 12 Região do solo que poderá sofrer recalque Região do solo que poderá sofrer recalque Velho Ed. Novo Região consolidada Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional REPAROS Exemplo: Edifícios em Santos – SP – 98 edifícios fora de prumo na orla santista Patologia das Construções 13 Reforço 17 andares 4% de inclinação 8% - Itália TP Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Reforço de Fundação Patologia das Construções 14 Reforço Reforço Reforço Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Pilares Retang. Circ. Quadrado Pilar parede Altura de concretagem <= 2 metros 2.13 CUIDADOS NA CONCRETAGEM - Limpeza prévia Patologia das Construções 15 estacas estacas Cabo Protendido Macaco Hidráulico Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional - Estanqueidade de formas - Prumos - Alinhamento - Vibrações - Ninhos ou vazios (bexigas) - Garantia do cobrimento - Traços - Curas Espaçadores 2.13.1 Cuidados na Concretagem - ANTES - Revisão de Projetos – Arquitetura /instalações/Estrutura -Concretagem de equipamento Betoneira Vibradores Equipamentos de transportes Formas para CP’s Equipamentos de Slump Test EPI’s - Check de Andaimes - Check de Formas - Cobrimentos/Prumos/Alinhamentos/Segurança - Dobramentos e Posicionamento das Armaduras - Previsão de Juntas -Previsão de Concretagem em Tempo Frio/quente/chuva/demorado/iluminação - Dimensionamento de Equipes - Check de Traço/Qualidade dos Materiais/Quantidade de Materiais 2.13.2 Cuidados na Concretagem - ANTES - Preparo/Transporte Lançamento de Concreto - Compactação/Vibração do Concreto - Estanqueidade de Formas/Segurança de Formas-Pessoal sob lastro – Não movimentar as formas cheias, concreto pode fissurar. - Moldagem de CP’s para 3,7,28 dias - Posicionamento de Armaduras – Principalmente as negativas - Níveis e espessuras de lajes – equipamentos adequados - Pessoal – Eletricista/Bombeiro/Ferreiro/Engenheiro/Técnico Patologia das Construções 16 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 2.13.2 Cuidados naConcretagem - DEPOIS - Cura - Retirada de escoras/Reescoramentos/Desformas - Reparação de possíveis defeitos – Vazios/Bexigas 3 ENSAIO DE CARBONATAÇÃO O ensaio de carbonatação nada mais é do que a aplicação de solução de fenolftaleína ou timolftaleína no interior do concreto com o objetivo de detectar a mudança ou não de suas características superficiais. Para a realização do ensaio, deve-se retirar lascas do concreto com o auxilio de uma marreta, por isso o mesmo é considerado ensaio semi- destrutivo. Ao se aplicar a solução no concreto, a mesmo muda de coloração, partindo do incolor para o lilás (caso não tenha havido mudança de Ph ). Sabe-se que a superfície do concreto se altera ao longo do tempo quando em contato com elementos existentes na atmosfera, tal com, dióxido/monóxido de carbono, etc. Outro fator , bastante influente na capacidade de avanço desta frente de carboidrato é a qualidade do concreto, ou seja, seu teor dd vazios, sua resistência à compressão, dentre outras. No caso, a área em lilás refere- se aquela em que a armadura, ainda se encontra passivada, ou seja, ambiente em que está inserida a armadura, ainda tem capacidade de protegê-la, pois o Ph existente ainda é considerado alcalino. Patologia das Construções CO2CO CO CO2 CO2CO CO2 CO Agentes A i Área Passivada 17 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 4 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE TEOR DE CLORETOS Este ensaio é basicamente laboratorial. Após a retirada do pó de concreto com o auxílio de furadeira elétrica, leva-se o material colhido ao laboratório para medir o teor de cloretos (CR) existente no interior do concreto. Por norma, este teor não deve ultrapassar a quantidade de 500mg/g em relação à água do amassamento. Com este ensaio pode-se verificar a capacidade do concreto de se desencadear um processo corrosivo à armadura, isto, se houverem outros agentes inerentes ao processo, tal como, alta umidade, alta temperatura e uma diferença de potencial. 5 ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DE ADERÊNCIA O ensaio de determinação de aderência é bastante utilizado em revestimentos como, rebocos, emboços e revestimentos cerâmicos. Para sua determinação, utiliza-se aparelhos laboratoriais, onde o mesmo traciona a amostra fazendo com que esta reação seja medida e demonstrada num dinamômetro acoplado ao aparelho. Por norma, esta resistência não deve ser inferior a 0,3 MPa, ou seja, 3Kgf/centímetros quadrados. Patologia das Construções 18 Substrato Pastilha Metálica Cola Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Patologia das Construções 19 À galga TIJOLO MACIÇO ½ Tijolo Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Deslocamento Argamassa de Assentamento/Placa Cerâmica Patologia das Construções 20 1 Tijolo 1 e ½ Tijolo 1 Tijolo ½ Tijolo TIJOLO FURADO Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Deslocamento Argamassa de Assentamento/Emboço Deslocamento Argamassa de Assentamento/Emboço Patologia das Construções 21 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Resistência de Aderência Superficial Exigências variáveis em função das condições de exposição: _ Fachadas e forros – 0,5 a 0,7 MPa _ Revestimentos internos – 0,20 a 0,30 MPa Resistência de Aderência entre placa cerâmica e argamassa de assentamento Exigências da NBR 13749:1996 Para emboço e camada única Patologia das Construções 22 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Resistência de aderência superficial ao emboço Resistência de aderência entre emboço e substrato Resistência de aderência superficial do emboço Patologia das Construções LOCAL ACABAMENTO Ra parede Interna Pintura ou base para reboco > 0,20 Parede Interna Cerâmica ou laminado > 0,20 Parede Externa Pintura ou base para reboco > 0,30 parede externa Cerâmica > 0,30 Teto > 0,30 23 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Resistência de aderência entre placa cerâmica e argamassa de assentamento RUTURA DO EMBOÇO Patologia das Construções 24 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Há varias formas de ruptura do emboço Deslocamento de chapisco /substrato Patologia das Construções 25 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Tratamento de superfície Patologia das Construções 26 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional FISSURAS E TRINCAS ESTUFAMENTO – EPU Patologia das Construções 27 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional ESMALTE METAMERISMO – PLANICIDADE GRETAMENTO Patologia das Construções 28 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Minimizar Patologias Elaboração de um projeto ( especificação dos materiais; critério/escolha do revestimento, logística, geometria, procedimentos executivos, controle/avaliação das etapas de execução, manutenção preventiva. 6 ARGAMASSAS 6.1 INTRODUÇÃO AO CONCRETO Argamassas são misturas íntimas de um ou mais aglomerantes, agregados miúdos e água. Alem dos componentes essenciais das argamassas, podem se adicionados outros com o fim de melhorar determinadas propriedades. As pastas são misturas de aglomerante mais água. As pastas são pouco usadas devido ao seu alto custo e aos efeitos secundários causados pela retração. Os aglomerantes podem ser utilizados isolados ou adicionados a materiais inertes. Quando misturamos a uma pasta um agregado miúdo, obtemos o que se chama de argamassa. As argamassas são assim constituídas por um material ativo – o aglomerante – e um material inerte – o agregado. A adição do agregado miúdo à pasta, no caso das argamassas de cimento, bastaria o produto e elimina em parte as modificações de volume; no caso das argamassas de cal, a presença da areia, além de oferecer as vantagens acima apontadas, ainda facilita a passagem de anidrido carbônico do ar, que produz a recarbonatação do hidróxido de cálcio. As argamassas são empregadas para assentamento de tijolos, blocos, azulejos, etc. Servem ainda para revestimento das paredes e tetos, e nos reparos de peças de concreto. A escolha dd um determinado tipo de argamassa está condicionada às exigências da obra. De um modo geral as argamassas devem satisfazer as seguintes condições, dependendo de sua finalidade. - Resistência mecânica - Compacidade - Impermeabilidade - Constância de voluma - Aderência Patologia das Construções 29 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional - Durabilidade Para a obtenção de u produto de boa qualidade, é necessário que todos os grãos do material inerte sejam completamente envolvidos pela pasta como também a ela estejam perfeitamente aderidos, além disso, os vazios entre os grãos do agregado devem ser inteiramente cheios pela pasta. 6.2 CLASSIFICAÇÃO DAS ARGAMASSAS Dependendo do ponto de vista considerado, podemos apontar várias classificações para as argamassas. Algumas estão citadas abaixo. 6.2.1 Classificação segundo ao emprego Comuns quando se destinam a obras correntes, podendo ser: - Argamassas para rejuntamento nas alvenarias - Argamassas para revestimentos - Argamassas para pisos - Argamassas para injeções - Argamassas refratárias,quando devem resistir a elevadas temperaturas. 6.2.2 Classificação segundo o tipo de aglomerante - Argamassas aéreas – cal aérea, gesso etc. - Argamassas hidráulicas – clã hidráulica e cimento -Argamassas mistas – Argamassa com um aglomerante aéreo e um hidráulico 6.2.3 Classificação segundo a dosagem - Pobres ou magras – Quando o volume de aglomerante é insuficiente para encher os vazios do agregado - Cheias – Quando os vazios do agregado são preenchidos exatamente pela pasta - Ricas ou gordas – Quando houver excesso de pasta. 6.3 PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS 6.3.1 Trabalhabilidade A determinação do traço e consequentemente da qualidade de cal que deve entrar na composição de uma argamassa devem estar orientadas tendo em vista o aspecto da mistura. As argamassas para revestimentos deverão apresentar-se como uma massa coesa que possui uma trabalhabilidade apropriada. As argamassas de cal são muito mais coesas do que as de cimento de mesmo traço, pois elas necessitam de menos aglomerante que as Patologia das Construções 30 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional de cimento tornam-se mais trabalháveis pela a adição de cal. As argamassas de cal retém por mais tempo a água de amassamento. 6.3.2 Resistência Mecânica As argamassas de cal são poucos resistentes, sua resistência compressão aos vinte e oito dias varia de 0,2 a 0,6 Mpa podendo se tomar um valor médio de 0,4 Mpa. 6.3.3 Retração As argamassas de cal apresentam redução de volume que será maior se as porcentagens de água e cal forem elevadas. A ocorrência de fissura nas argamassas de cal recém-colocadas é devido a secagem muito rápda pela ação do sol e do vento. As fissuras surgirão também quando a retração da argamassa endurecida for impedida. 6.3.4 Estabilidade de volume Os efeitos que podem ocorrer no reboco são devidos à ação do intemperismo o devido à falta de estabilidade de volume. 6.3.5 Resistência ao intemperismo As argamassas de cal aérea não resistem à água, por isso nos revestimentos externos deve-se empregar argamassas e cal hidráulica ou de cimento. 6.3.6 Resistência à ação do fogo As argamassas de cal resistem a elevadas temperaturas, servindo como proteção dos elementos construtivos de madeira, aço, concreto, etc. 6. 3.7 Revestimento de gesso puro A pasta de gesso na proporção de dez quilos de gesso para 6 a 7 litros de água serve para revestimento interno a execução de placas e blocos para divisões 9nternas. As argamassas de gesso também servem para revestimentos internos. 6.3.8 Argamassas hidráulicas As argamassas hidráulicas resistem à ação da água e resistem satisfatoriamente quando imersas na água. As argamassas hidráulicas mais comuns entre nós são preparadas com cimento portland. 6.4 TRAÇOS DE ARGAMASSAS EM VOLUME Patologia das Construções 31 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional A seguir estão relacionados alguns traços de argamassas e suas aplicações que servirão como roteiro para as sobras: - Argamassa de alvenaria de tijolo cerâmico. - Cimento, cal e areia fina - Cal, pozolana e areia fina 6.5 ARGAMASSAS PARA ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO E TIJOLOS DE VIDRO - Cimento e areia fina - Cal, pozolana e reia fina 6.6 ARGAMASSAS PARA ALVENARIA DE PEDRAS - Cimento e areia fina - Cal, pozolana e areia fina 6.7ARGAMASSAS PARA LADRILHOS HIDRÁULICOS E CERÂMICOS - Cimento e areia peneirada - Cimento, cal e areia fina peneirada - Cal, pozolana e areia fina 6.8 ARGAMASSAS PARA LADRILHOS DE MARMORE E GRANITOS - Cimento e areia fina - Cal, pozolana e areia fina 6.9 ARGAMASSAS PARA TACOS DE MADEIRA - Cimento e areia fina - Cimento, cal e areia fina. 7 CORROSÃO 7.1 TIPOS DE CORROSÃO 7.1.1Corrosão Uniforme Patologia das Construções 32 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional - Ataque de toda superfície metálica - Diminuição da espessura - Formação de pilhas de ação local - Desgaste de fácil acompanhamento - Leva as falhas significativas do equipamento 7.1.2 Corrosão do Pites - Localizada, com formação de cavidades de pequena extensão e razoável profundidade - Características de materiais metálicos formadores de películas protetoras (passiváveis) - Pilha ativa-passiva, com rompimento de camada passiva - Pequena área anódica e grande área catódica. - Difícil acompanhamento 7.1.3 Corrosão Por Concentração Diferencial Corrosão por Concentração Diferencial - Pilhas de concentração iônica diferencial - Ânodo – área com menor concentração - Cátodo – área com maior concentração Corrosão por Aeração Diferencial - Pilhas de aeração diferencial - Ânodo – área com menor concentração - Cátodo – área com maior concentração - Interface de saída de uma estrutura do solo ou da água para a atmosfera. Corrosão em Frestas - Pilhas de aeração diferencial (meio gasoso) e de concentração iônica diferencial (meio líquido) - Juntas soldadas com chapas superpostas, juntas rebitadas, ligações roscadas, revestimentos com chapas aparafusadas. - Evitar frestas Corrosão Filiforme - Filmes de revestimentos, especialmente tintas - Pilha de aeração diferencial provocada por defeito no filme de pintura. Patologia das Construções 33 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Corrosão Galvânica - Pilhas de eletrodos diferentes - Maior ddp, maior corrosão. - Menor relação entre a área catódica e anódica – Desgaste menor e mais uniforme da área anódica. - Presença de íons metálicos (de materiais mais catódicos) no eletrólito – Oxidação do metal, devido à redução destes íons. Corrosão Seletiva - Formação de par galvânico devido a grande diferença de nobreza entre dois elementos de uma liga metálica Corrosão Grafítica - Ferros fundidos cinzentos e ferro nodular, usados em tubulações de água, esgotos, drenagem. - Grafite é mais catódico que o ferro - Revestimento interno com argamassa de cimento Corrosão por Dezincificação - Ligas de zinco, especialmente latões com alto teor de zinco, sendo o zinco o material mais anódico. - Tratamento térmico de solubilização da liga, ou uso de ligas com elementos inibidores como As e Sb Corrosão Associada ao Escoamento de Fluidos - Aceleração dos processos corrosivos devido a associação do efeito mecânico com a ação corrosiva Corrosão – Aerosão -Erosão – Desgaste mecânico provocado pela abrasão superficial de uma substância sólida, líquida ou gasosa. - Desgaste maior do que se apenas o processo corrosivo ou erosivo agisse isoladamente - Tubulação, permutadores, pás de turbina. Corrosão com Cavitação - Cavitação – Desgaste provocado em uma superfície metálica devido a ondas de choque Patologia das Construções 34 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do líquido, oriundas do colapso de bolhas gasosas - Cavitação surge em zona de baixa pressão onde o líquido entra em ebulição formando bolhas (de vapor do líquido), as quais ao tomarem contato com zonas de pressão mais alta são destruídas criando ondas de choque no líquido. Corrosão por Turbulência - Processo corrosivo associado ao fluxo turbulento de um líquido. Ocorre particularmente quando há redução na área de fluxo. - Aparecimento de bolhas gasosas (bolhas de ar) – impingimento Corrosão Intergranular - Corrosão nas regiões dos contornos do grão - Grãos se destacam à medida que a corrosão se propaga - ddp ocasionada pelas diferenças nas características dos materiais (meio do grão e material vizinho ao contorno). Corrosão Intergranular nos Aços Inoxidáveis - Formação de uma região empobrecida (sensitização) emcromo ao longo dos contornos do grão (precipitação de carbonetos de cromo). - Aços austeníticos – 440 a 950°C - Aços ferríticos – acima de 925°, sensitização mais rápida, número de meios corrosivos é bem maior. Tratamento térmico prolongado ( 2 a 3 horas ) a 750°C. Promovem a difusão do cromo da matriz para a região empobrecida, restaurando a resistência à corrosão. - Prevenção – Emprega-se aços inoxidáveis austeníticos com teor de carbono inferior a 0,03% ou aços contendo Nb ou Ti, que fixam o carbono, não permitindo a formação dos carbonetos de cromo. - Aços inoxidáveis duplex (austeno-ferríticos) – Maior resistência à MzZn2. - Ligas de alumínio-cobre – precipitado de CuAl2, mais nobre que a matriz. Agem como cátodo, acelerando a corrosão da região vizinha. - corrosão intergranular que os austeníticos com mesmo teor de carbono – a precipitação de carbonetos é mais aleatória na estrutura. Corrosão Intergranular de Liga de Alumínio - Liga de alumínio magnésio, com mais de3% de magnésio, podem formar precipitados de Mg2Al8 nos contornos dos grãos. Estes precipitados são corroídos. - Também em ligas de alumínio-magnésio-zinco – precipitado de MgZn2. - Ligas de alumínio-cobre – precipitado de CuAl2, mais nobre que a matriz. Agem como cátodo, acelerando a corrosão da região vizinha. - Precipitados são imprescindíveis para a elevação da resistência mecânica. Patologia das Construções 35 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 7.2 FISSURAÇÃO POR CORROSÃO - Corrosões que produzem trincas e que estão associadas a esforços mecânicos (tensões residuais, ou conseqüentes do próprio processo corrosivo). - Trincas intergranulares ou transgranulares 7.2.1 Corrosão sob Tensão - Material submetido a tensões de tração, aplicadas ou residuais, é colocado em contato com um meio corrosivo específico. - Fatores decisivos: dureza, encruamento, fases presentes. - Propagação de trincas por corrosão sob tensão é geralmente lenta, até atingir, o tamanho crítico para uma ruptura brusca. 7.2.2 Fissuração Induzida pela Pressão de Hidrogênio - Hidrogênio no estado atômico tem grande capacidade de difusão em materiais metálicos. - Hidrogênio atômico migra para o interior e acumula-se em falhas existentes, causando aumento de pressão no interior da falha. - Falhas próximas à superfície: empolamento pelo hidrogênio. 7.2.3 Corrosão-fadiga - Progressão de uma trinca a partir da superfície até a fatura, quando o material é submetido a solicitações cíclicas. - Processo corrosivo pode ser a causa do surgimento de uma trinca, por onde se inicia a liga. - Área anódica – base da trinca – região tensionada e encruada. - Associação dos dois efeitos causa e falha do material em um número muito menor de ciclos. 7.3 CORROSÃO DE ARMADURAS 7.3.1 Generalidades Pode-se definir corrosão como a interação de um material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica. Basicamente são dois os processos principais de corrosão que podem sofrer as armaduras de aço para concreto armado: a oxidação e a corrosão propriamente dita. Por oxidação entende-se o ataque provocado por uma reação gás-metal, com formação de uma película de óxido. Este tipo de corrosão é extremamente lento à temperatura ambiente e não provoca deterioração substancial das superfícies metálicas, Patologia das Construções 36 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional salvo se existirem gases extremamente agressivos na atmosfera. Este fenômeno ocorre, preponderantemente, durante a fabricação de fios e barras de aço. Ao sair do trem de laminação, com temperatura da ordem de 900 Graus, o aço experimenta uma forte reação de oxidação com o ambiente. A película que se forma sobre a superfície das barras é compacta, uniforme e pouco permeável, podendo servir até de proteção relativa das armaduras contra a corrosão úmida posterior, de natureza, preponderantemente eletroquímica. Por corrosão propriamente dita entende-se o ataque de natureza preponderantemente eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão acontece quando é formada uma película de eletrólito sobre a superfície dos fios ou barras de aço. Esta película é causada pela presença de umidade no concreto, salvo situações especiais e muito raras, tais como dentro de estufas ou sob a ação de elevadas temperaturas maior que 80 Graus em ambiente de baixa umidade relativa ( U.R. menor que 50 Graus). Este tipo de corrosão é também responsável pelo ataque que sofrem as armaduras antes de seu emprego, quando ainda armazenadas no canteiro. É o tipo de corrosão que o Eng. Civil deve conhecer e com a qual deve se preocupar. É melhor e mais simples preveni-la do que tentar saná-la depois de iniciado o processo. 7.3.2 A Recuperação da Corrosão de Armaduras A recuperação deste tipo de fenômeno patológico – corrosão de armaduras – é delicada e requer mão-de-obra especializada. Consiste basicamente de três etapas, designadas abaixo: Limpeza Rigorosa Deve ocorrer de preferência com jato de areia e apicoamento de todo o concreto solto ou fissurado, inclusive das camadas de óxidos/hidróxidos das superfícies das barras. Análise criteriosa da possível redução de secção transversal das armaduras atacadas. Se viável esta análise será feita através de ensaios comparativos de resistência entre peças sadias e as mais atingidas. Se necessário, colocar novos estribos e/ou novas armaduras longitudinais. Sempre que se empregar solda, esta deve ser á base de eletrodos, controlando-se o tempo e a temperatura a fim de evitar a mudança da estrutura do aço, principalmente se este for de classe B (EB-3 da ABNT). Reconstrução do Cobrimento das Armaduras Deve ocorrer preferencialmente com concreto bem adensado. Este cobrimento tem a finalidade de: _ impedir a penetração de umidade, oxigênio e agentes agressivos até as armaduras; _ recompor a área de secção de concreto original; Patologia das Construções 37 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional _ propiciar um meio que garanta a manutenção da capa passivadora no aço. OBSERVAÇÃO: Antes de qualquer recuperação, devem ser identificadas e sanadas as causas. Caso isso não seja observado, corre-se o risco de acarretar corrosão em outros locais por haver criado mais descontinuidade na estrutura, além das que originalmente existiam. ANOTAÇÕES GERAIS ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Patologia das Construções 38 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ BIBLIOGRAFIA THOMAZ, Ercio. Trincas em edifícios. São Paulo: Pini, 1989 BELLMUNT, Rafael et all. Manual de diagnosis e intervención em estructuras de hormigón armado. Barcelona: César Vigueira, 2000 HELENE, Paulo; Pereira, Fernanda. Manual de Rehabilitación de Estructuras de Homigón: Reparación, Refuerzo y Protección. São Paulo: Bandeirantes, 2003 HELENE, Paulo R. L. Corrosão em armaduras para concreto armado. São Paulo:Pini, 1986 HELENE, Paulo. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1992 MACHADO, Ari de Paula. Reforço de Estruturas de Concreto Armado com Fibras de Carbono. São Paulo: Pini, 2002 VERÇOSA, Ênio José. Patologia das Edificações. Porto Alegre: Sagra, 1991. CÁNOVAS, Manuel Fernández. Patologia e Terapia do Concreto Armado. São Paulo: Pini, 1998. SOUZA, Vicente Custódio M. de RIPPER, Thomaz. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. São Paulo: Pini, 1998. GENTIL Vicente. Corrosão. 3ed. São Paulo: LTC, 1996. THOMAZ, Ercio. Tecnologia, Gerenciamento e Qualidade na Construção. São Paulo: Pini, 2001. CASCUO, Oswaldo. O controle da corrosão de armaduras em concreto. São Paulo: Pini, 1997 Patologia das Construções 39 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Patologia das Construções 40 Hino do Estado do Ceará Poesia de Thomaz Lopes Música de Alberto Nepomuceno Terra do sol, do amor, terra da luz! Soa o clarim que tua glória conta! Terra, o teu nome a fama aos céus remonta Em clarão que seduz! Nome que brilha esplêndido luzeiro Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro! Mudem-se em flor as pedras dos caminhos! Chuvas de prata rolem das estrelas... E despertando, deslumbrada, ao vê-las Ressoa a voz dos ninhos... Há de florar nas rosas e nos cravos Rubros o sangue ardente dos escravos. Seja teu verbo a voz do coração, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte! Ruja teu peito em luta contra a morte, Acordando a amplidão. Peito que deu alívio a quem sofria E foi o sol iluminando o dia! Tua jangada afoita enfune o pano! Vento feliz conduza a vela ousada! Que importa que no seu barco seja um nada Na vastidão do oceano, Se à proa vão heróis e marinheiros E vão no peito corações guerreiros? Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas! Porque esse chão que embebe a água dos rios Há de florar em meses, nos estios E bosques, pelas águas! Selvas e rios, serras e florestas Brotem no solo em rumorosas festas! Abra-se ao vento o teu pendão natal Sobre as revoltas águas dos teus mares! E desfraldado diga aos céus e aos mares A vitória imortal! Que foi de sangue, em guerras leais e francas, E foi na paz da cor das hóstias brancas! Hino Nacional Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada,Brasil! Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - "Paz no futuro e glória no passado." Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
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